31 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Paes reafirma promessas e anuncia choque de ordem
Um dia após obter do presidente Lula o compromisso de ajuda para obras importantes no Rio, o prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista ao Globo, que a marca de sua gestão será um choque de ordem. Citou a Tijuca, onde perdeu para Fernando Gabeira (PV), como uma das áreas mais afetadas pela desordem urbana. Diante da lista de suas promessas de campanha, publicadas pelo jornal, disse que pretende cumprir todas. Citou seis áreas onde quer secretários técnicos: Saúde, Educação, Fazenda, Obras, Urbanismo e Administração. Ainda assustado com o isolamento em que ficou na Zona Sul da cidade, ele desabafou: "Quer saber a minha opinião? Não entendi nada.” (págs. 1 e 3 a 5)
Recessão bate às portas dos EUA e PIB já encolhe 0,3%
A crise nos Estados Unidos mostrou os seus sinais mais evidentes com a retração no consumo e a queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. O resultado é o pior desde 2001. Mesmo assim, o mercado não reagiu mal porque os analista esperam queda ainda maior - de 0,5%. O Dow Jones subiu 2,11%. A Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 7,47% e o dólar caiu 1,77%, fechando em R$ 2,105. Na semana, recuou 9,54%. (págs 1 e 25 a 28)
Sinais da recessão
A economia americana encolheu 0,3% no terceiro trimestre, depois de ter crescido 2,8% no trimestre anterior. Os consumidores se retraíram, o que levou ao pior resultado do PIB desde 2001
A American Express, administradora de cartões de crédito, vai demitir 7 mil pessoas, o equivalente a 10% da sua força de trabalho
Número um da siderurgia mundial, a ArcelorMittal vai suspender, por pelo menos dois trimestres, o funcionamento de altos-fornos de 12 fábricas na Europa
A Motorola teve perdas de US$ 397 milhões no trimestre e vai demitir 3 mil funcionários
A confiança econômica da zona do euro diminuiu em outubro para o menor patamar desde 1993, registrando a maior queda mensal da história
O Deutsche Bank evitou prejuízo com mudança nas regras contábeis, mas o lucro caiu 73% no trimestre
O IGP-M de outubro ficou em 0,98%, já contaminado pelo impacto da alta do dólar. Em setembro, houve queda de 0,11%
Nos EUA, dinheiro de socorro vai para acionistas (págs. 1 e 26)
Inflação dos aluguéis sobe em outubro para 0,98% (págs. 1 e 29)
Governadores agem para barrar a reforma tributária (págs. 1 e 11)
Correios: nova fraude lembra o mensalão
A Polícia Federal descobriu um novo esquema de fraude nos Correios e prendeu 16 pessoas, incluindo o diretor comercial da instituição. São suspeitas de desviar R$ 21 milhões. A operação foi batizada de Déjà vu (já visto, em francês) porque a atuação da quadrilha era semelhante à ação criminosa descoberta há três anos, também nos Correios, no escândalo do mensalão. (págs. 1 e 12)
Quadrilha desvia R$ 100 milhões da Saúde em SP
Cinco empresários foram presos em SP sob suspeita de fraudar licitações para compra de remédios e equipamentos em hospitais estaduais e municipais. As fraudes somam R$ 100 milhões. O grupo agia em 21 hospitais. (págs. 1 e 10)
No Rio, quase todo presídio tem falhas
Após vistoria ontem, o Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária descobriu que quase todos os presídios do Rio têm falhas no sistema de câmeras e de detectores de metais, além de guaritas sem guardas. (págs. 1 e 14)
Corcovado fica sem trenzinho
A Secretaria de Patrimônio da União decidiu suspender o trem do Corcovado a partir do fim de semana. O motivo é uma divergência entre a União e a concessionária. (págs. 1 e 19)
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Folha de S. Paulo
Manchete: BC pune banco que segurar crédito
Diante da resistência dos grandes bancos em injetar dinheiro nos concorrentes de menor porte, o governo Lula decidiu impor prejuízos á queles que preferirem deixar seus recursos parados no Banco Central a usá-los para ampliar o crédito. O BC ordenou que só 30% do compulsório sobre os depósitos a prazo poderão ser recolhidos por meio de títulos público; os outros 70% não terão remuneração se ficarem parados. Desde o início do mês, o BC oferece incentivos para que os grandes bancos comprem carteiras de crédito dos menores. Mesmo assim, o governo afirma haver um potencial de R$ 28 bilhões sem uso. A Febrabam não quis comentar a medida. Há risco de os bancos aumentarem o ''spread'' ( diferença entre a que repassa ao cliente) cobrado sobre as operações. Em audiência no Senado, o presidente do BC, Henrique Meirelles, já havia dito que o governo iria tomar novas medidas para ampliar a liquidez do país. (págs. 1 e Dinheiro)
Esquema que fraudava hospitais agia em 5 estados
Cinco pessoas foram presas, acusadas de fazer parte de esquema de fraude em licitações pública de produtos farmacêuticos e materiais médico-hospitalares em SP, MG, RJ, GO e MS. Entre os atingidos, estão o Hospital das Clínicas de SP e os hospitais Pérola Byington e Jabaquara. (págs. 1 e C10)
Editoriais
Leia ''Sem concessão á crise'', sobre leilão de rodovias; e ''correção de rota'', acerca de ações para construção (págs. 1 e A 2)
Queda no gasto das família nos Estados Unidos derruba o PIB
A economia norte-americana encolheu 0,3% (taxa anualizada) no terceiro trimestre deste ano. Foi o maior recuo no Produto Interno Bruto desde 2001. De julho a setembro, o consumo das família caiu 3,1%, primeira redução desde 1991 e a maior desde 1980. Economistas prevêem retração superior a 2% no último quadrimestre; alguns já estimam 4%. Em qualquer hipótese, o país estará tecnicamente em recessão. ( págs. 1 e B 7 )
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo admite economizar menos para aliviar crise
O governo vai reduzir o superávit primário (economia para pagar juros da dívida) para 3,8% do PIB, em vez de 4,3%, como tem feito este ano. A medida visa a proteger as obras previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dos efeitos da crise econômica no ano que vem. Com a estratégia, devem ser liberados R$ 15 bilhões. Se isso não for suficiente, haverá cortes no Orçamento, a começar por R$ 20 bilhões em investimentos que não estão no PAC e emendas de parlamentares.
O programa foi escolhido pelo governo para tentar evitar queda acentuada da expansão econômica. "O PAC tem um nítido caráter anticíclico", disse a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Por essa razão, o presidente Lula afirmou que não abre mão de "nenhum centavo" do programa. Ao expor o quinto balanço sobre o PAC, o governo repetiu projeções positivas e estimou em até 4,5% o crescimento do PIB em 2009. (págs. 1 e B1 a B5)
Frase
Dilma Rousseff (ministra-chefe da Casa Civil): "Não acredito numa desaceleração profunda". (pág. 1)
BC eleva pressão sobre bancos
O BC baixou normas para forçar os bancos a colocar mais dinheiro em circulação. Hoje, os bancos são obrigados a deixar no BC 15% dos depósitos a prazo que conseguem captar. Antes, todo esse dinheiro podia ser aplicado em títulos federais, que rendem juros para os bancos. Agora, só 30% podem permanecer em títulos. O resto precisa ser mantido em espécie - sem rendimento - ou aplicado na compra de carteiras de crédito de outras instituições financeiras. (págs. 1 e B6)
Notas e informações: Inovação contra a crise
A ação preventiva do FMI é apenas parte de uma inovação mais ampla. Forçados por mais esta crise, os bancos centrais desenvolvem formas inéditas de cooperação internacional. (págs. 1 e A3)
Quadrilha fraudava até pregões eletrônicos
A Polícia Civil de São Paulo prendeu cinco acusados de pertencer a quadrilha especializada em fraudar licitações em hospitais públicos. O grupo é formado por empresários suspeitos de subornar servidores, superfaturar preços e fornecer produtos de má qualidade. O esquema conseguiu manipular até pregões eletrônicos promovidos pelo governo paulista. Os resultados eram previamente combinados com os pregoeiros e as empresas simulavam uma disputa. (págs. 1, A4, A6 e A7)
Número
R$ 100 milhões é o valor estimado do faturamento da quadrilha nos últimos dois anos. (pág. 1)
Cadastro de inadimplência já tem mais de 43 mil alunos
O Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros, que começou a funcionar quarta e serve como lista de inadimplência para escolas, já tem 43,5 mil alunos. O Procon considera a prática abusiva e disse que punirá a escola que usar o cadastro para inibir matrículas. (págs. 1 e A18)
22% têm sintomas de depressão em SP
Na faixa entre 18 e 29 anos, índice é de 25%, mostra pesquisa do Ibope. (págs. 1 e A17)
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Jornal do Brasil
Manchete: BC aperta bancos em dia de trégua
O Banco Central editou circular em que muda as regras do empréstimo compulsório para forçar os bancos grandes a comprarem carteiras de crédito dos pequenos. Com a medida, o BC estimula as instituições menores a emprestarem. É mais uma tentativa de aumentar a circulação de crédito no mercado e enfrentar a crise internacional, que teve um dia de trégua nas bolsas: os investidores reagiram bem ao corte de juros nos EUA e ao anúncio de retração de 0,3% da economia americana - índice menor que o esperado. (págs. 1, A18 e A19)
Fumo passivo dá prejuízo ao SUS
O Instituto Nacional do Câncer calcula em R$ 19 milhões o gasto do SUS com o tratamento de saúde dos 2.655 não-fumantes que morrem, anualmente, em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo. (págs. 1 e A24)
Caças da FAB geram uma forte disputa
Boeing, Dassault e Saab fazem concorrência acirrada para vender ao Brasil 36 caças de multiemprego, com gastos de US$ 2,5 bilhões. (págs. 1 e A6)
Revitalização da Zona Portuária terá obras de R$ 169 milhões
O projeto de revitalização da Zona Portuária prevê investimentos de R$ 169 milhões em obras de remodelamento do Santo Cristo, da Saúde, da Gamboa e do Centro, e um novo porto na região. Uma ciclovia permitirá que o carioca vá de bicicleta do Leblon até o novo pólo boêmio, cultural e gastronômico da Praça Mauá. (págs. 1, A2 e A3)
Diesel menos poluente no Rio e em SP
Ônibus e caminhões pesados que trafegam nas cidades do Rio e São Paulo terão de usar o diesel S50, menos poluente, a partir de janeiro. (págs. 1 e A10)
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Correio Braziliense
Manchete: Três homens e um destino
Na próxima terça-feira, a maior potência do mundo escreverá um capítulo crucial da história. Os eleitores norte-americanos decidirão se entregam o comando da Casa Branca ao republicano John McCain, herói da guerra do Vietnã e figura tarimbada de Washington, ou ao democrata Barack Obama, senador que se tornou um fenômeno global com um discurso cujo mote é a inovação.
Após o desastroso governo de George W. Bush, marcado por tragédias como o 11 de setembro, a fracassada guera do Iraque e a monumental crise financeira dos últimos meses, o próximo presidente dos Estados Unidos inicia o mandato com enormes desafios dentro e fora do território.
Um caderno especial do Correio apresenta as principais questões que se colocam para Obama ou McCain - como o programa nuclear do Irã, a ascensão da Rússia e o tratamento a imigrantes - e detalha as idéias e as propostas de candidatos ao cargo mais poderoso do planeta. Independentemente do resultado da votação - todas as pesquisas apontam vitória de Obama -, a América traçará o destino de uma humanidade cada vez mais globalizada.
O presidente muda, o protecionismo não: EUA devem manter jogo duro com o Brasil.
O intricado sistema de votação, por meio de um colégio eleitoral, pode trazer surpresas.
Obama propõe governo de coalização e admite chamar republicanos para compor o gabinete. (págs. 1, 20 e Caderno Especial)
Servidores vão pagar o pato da crise
Em audiência no Congresso, ministro da Fazenda pede para não se aprovar nada que aumente despesas com pessoal e com a Previdência. Há duas MPs por lá, com reajuste para 350 mil funcionários públicos. (págs. 1, Tema do Dia, 11)
Fim da farra no ramo das cooperativas
Das 500 cooperativas habitacionais existentes no DF, 300 estão a caminho da degola, por irregularidades diversas, e estarão inaptas a receberem lotes do governo. A informação faz parte de estudo preliminar da Secretaria de Habitação, feito para pôr ordem num setor que aglutina mais de 100 mil pessoas. (págs. 1 e 27)
Aeroporto novo em Planaltina
GDF anuncia disposição de construir novo aeroporto em Brasília. Ele seria instalado em Planaltina e receberia apenas vôos de carga. Em seu entorno, o governo pretende instalar depósitos e galpões de fábricas. Se vingar, a idéia demandará investimento de R$ 1 bilhão. Estudo de viabilidade sai em seis meses. (págs. 1 e 17)
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Valor Econômico
Manchete: Governo reduz o superávit de 2009 para 3,8%
No início de outubro, uma alta fonte do governo disse ao Valor que o superávit primário poderia ser reduzido a 3,8% do Produto Interno Bruto no próximo exercício, caso o agravamento da crise exigisse um contra ponto à retração da atividade econômica. Agora, a decisão está tomada. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo vai efetivamente reduzir o esforço fiscal em 2009, diminuindo a meta de superávit primário de 4,3% para 3,8% do PIB. Na prática, a redução será ainda maior, uma vez que o setor público consolidado (União, Estados e municípios) vem economizando 4,5% do PIB.
Paulo Bernardo disse que "não faz sentido" aumentar o esforço fiscal no momento em que a economia dá sinais de desaceleração. A idéia é compensar, pelo menos em parte, a suspensão de investimentos do setor privado. Com o superávit menor, a capacidade de investimento público pode ser elevada em cerca de R$ 20 bilhões em 2009. "Vamos fazer o esforço que for preciso para a atividade desacelerar o menos possível", afirmou o ministro.
Ele informou que, apesar da esperada queda da arrecadação tributária, o governo manterá os gastos do Bolsa Família, o reajuste do salário minimo (estimado em mais de 12% em 2009) e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo Paulo Bernardo, o governo deve reduzir a previsão de crescimento da economia no próximo ano - de 4,5%, como estava na proposta original do Orçamento, para algo entre 3,8% e 4%. Ele considera que, nos países onde a crise está sendo mais forte, haverá um período de até dois anos para superar as seqüelas, mas o Brasil tem uma situação diferente e poderá se recuperar mais rapidamente.
De acordo com ele, o problema das aplicações das empresas no mercado de câmbio não tem a gravidade que muitos vinham afirmando e deverá ficar reduzido a algo em torno de US$ 7 bilhões.
O ministro disse também que se o Congresso não aprovar a criação do fundo soberano o governo será obrigado a esterilizar R$ 14 bilhões do superávit economizado neste ano. "A oposição quer criar dificuldades. Em tempos normais isso faz parte do jogo, mas num momento como esse é perigoso brincar com a sorte do país". (págs. 1 e Al6)
BC pressiona bancos a emprestar
O Banco Central baixou ontem circular que procura forçar os grandes bancos a comprar carteiras de crédito de instituições financeiras pequenas e médias, que enfrentam problemas de falta de liquidez. A regra funciona também como um indutor para os bancos voltarem a emprestar, em vez de aplicar recursos em títulos públicos.
Os bancos que não comprarem carteiras dos pequenos e médios ou não voltarem a emprestar vão perder dinheiro. Eles terão que recolher ao BC, sem remuneração, o equivalente a 10,5% dos recursos captados sob a forma de depósitos a prazo, como CDBs. Os bancos perdem porque, para captar esses de recursos, pagam aos clientes juros próximos à Selic, hoje em 13,75% ao ano.
Muito discutida no governo, a medida foi considerada a única alternativa diante do fracasso em persuadir os grandes bancos a assumir papel ativo na resolução da crise. Ontem, o BC teve de enxugar R$ 247 bilhões do mercado, um recorde. A quinta-feira foi mais um dia de calma. A bolsa de Nova York subiu 2,11% e a de São Paulo, 7,47%. (págs. 1, C1 e C2)
Esforço fiscal
O governo central - Tesouro, Banco Central e Previdência - obteve superávit primário de R$ 6,008 bilhões em setembro. Nos primeiros nove meses do ano, o resultado acumulado é de R$ 80,828 bilhões, ante R$ 51,495 bilhões no mesmo período de 2007. (págs. 1 e A3)
Câmbio puxa os preços
A inflação de outubro medida pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,98%, ante 0,11% no mês anterior, principalmente em razão do efeito da valorização do dólar. Os preços no atacado (IPA) subiram 1,24%. (págs. 1 e A2)
Balanços de bancos médios já mostram marcas da crise
Os cinco primeiros bancos médios que divulgaram balanço do terceiro trimestre mostraram uma característica semelhante: os depósitos encolheram, o crédito desacelerou e os lucros caíram. Os números de Daycoval, Paranabanco, Pine, Sofisa e ABC Brasil exibem as primeiras marcas da crise internacional. Esses bancos esperam uma desaceleração do crédito neste fim de ano e em 2009, em conseqüência do menor crescimento econômico, mas estão otimistas com as medidas de "desempoçamento" da liquidez anunciadas pelo Banco Central.
No Daycoval, o desacasamento de moedas em uma captação externa e a desaceleração das operações de crédito explicam em boa parte a queda do lucro líquido. No Pine, o vice-presidente Clive Botelho explicou que a carteira de crédito diminui 3,2% entre o segundo e o terceiro trimestres. (págs. 1 e C3)
Idéias
Claudia Safatle: concentração bancária deve aumentar no país. (págs. 1 e A2)
Governo japonês lança pacote de US$ 51 bi para reativar a economia (págs. 1 e A11)
Liderança no campo
Projeções do Ministério da Agricultura mostram que, em uma década, o Brasil será responsável por 89,7% das exportações mundiais de frango e 60,6% das de carne bovina. Também será responsável por 40% das vendas de soja (73,5% no caso do óleo) e 74,3% das de açúcar. (págs. 1 e B12)
Diesel limpo
Ministério Público Federal, Anfavea, Petrobras e ANP assinaram um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecendo um novo cronograma para a utilização de óleo diesel com menor teor de enxofre no país a partir de 2012. (págs. 1 e B9)
Potencial de crescimento
Pesquisa do The Boston Consulting Group em parceria com a Anbid mostra que dos mais de R$ 2,4 trilhões em ativos de pessoas físicas disponíveis para investimentos no ano passado só R$ 260 bilhões, ou 11% do total, estavam sob gestão de "private banks". (págs. 1 e D2)
Substituição tributária
O governo paulista vai ampliar a cobrança de ICMS por meio de substituição tributária. Projeto enviado à Assembléia Legislativa propõe a inclusão de setores como brinquedos, eletroeletrônicos, máquinas e aparelhos mecânicos. (págs. 1 e A4)
Aliados de Kassab invadem tradicional reduto petista
A derrota da petista Marta Suplicy nas eleições de São Paulo colocou em risco a hegemonia de um dos seus principais grupos de apoio político, a família Tatto, que congrega um vereador e dois deputados, um estadual e outro federal. Não apenas pela derrota no reduto dos Tatto, a Capela do Socorro, bairro da periferia da capital, como pela queda na votação obtida pelo vereador da família, Arselino. O poder dos Tatto minguou com a perda da máquina pública para a base política do prefeito Gilberto Kassab. Fica na região um dos principais investimentos do PAC na capital, um projeto de reurbanização de favelas, capitalizado pelos vereadores kassabistas. (págs. 1 e A10)
Idéias
Maria C. Fernandes: PMDB é depositário de interesses conflitantes. (págs. 1 e A6)
STJ define foro de ação contra Varig
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que cabe à Justiça do Trabalho julgar o processo de uma ex-funcionária da Varig que cobra da companhia aérea Gol verbas trabalhistas não pagas no passado. Ainda que o STJ não tenha decidido se a dívida recai ou não sobre a Gol, que comprou a Varig, a decisão é apontada como um precedente importante. A disputa envolve a possibilidade de companhias que compram empresas em recuperação judicial herdarem seus débitos trabalhistas. (págs. 1 e E1)
Ulbra tenta escapar do colapso
Em meio a uma batalha jurídica sobre sua condição de entidade beneficente - cassada liminarmente pela Justiça Federal -, a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) busca uma ampla reestruturação financeira e administrativa para evitar o colapso. A instituição enfrenta ações de execução fiscal que, segundo a União, chegam a R$ 2 bilhões e tenta renegociar quase R$ 300 milhões em dívidas bancárias. Com 36 anos de atuação, a Ulbra tem 15 campi e 153,2 mil alunos. (págs. 1 e B4)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos médios cortam pessoal e empréstimos
Os primeiros balanços dos bancos brasileiros de pequeno e médio portes, os principais afetados pelo aperto da liquidez, mostram uma tendência que, conforme alguns analistas e executivos do setor, será comum a quase todas essas instituições e deverá ficar mais forte neste trimestre: a redução dos empréstimos à pessoa física, além do corte no quadro de funcionários. As demissões são para reduzir custos e readequar o tamanho da estrutura, mais enxuta com a menor atividade no crédito.
O Banco Daycoval informou que está reduzindo em 10% o quadro de funcionários, de 700 colaboradores no total. As áreas mais afetadas são as voltadas para operações de varejo, segmento que pretende desacelerar. O Banco Pine também anunciou redução de 20 pessoas em um ano, assim como fez o Banco Indusval Multistock há poucos dias, quando descontinuou suas atividades na área de crédito ao consumidor e demitiu. O superintendente do Daycoval, Carlos Lazar, disse que o plano é manter as despesas estáveis. (págs. 1 e B3)
Câmbio
Dólar cai 1,73% e é negociado a R$ 2,105. (págs. 1 e B2)
BC já injetou US$ 32,8 bilhões
O Banco Central já injetou, até anteontem, US$ 32,8 bilhões para tentar conter a disparada do dólar frente ao real e amenizar a volatilidade do mercado por conta da crise financeira internacional. (págs. 1 e B2)
Incentivos globais mantêm ânimo do mercado de ações
O Japão anunciou ontem um pacote de US$ 51 bilhões de incentivos a empresas e consumidores, para ajudar o país a superar a atual turbulência. Entre as medidas está a redução em pedágios e a ajuda a consumidores. A Alemanha fará gastos de até € 30 bilhões para sustentar diversas iniciativas que devem ser anunciadas na próxima semana. Nos Estados Unidos, o Tesouro e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) finalizam medidas de ajuda a pelo menos três milhões de pessoas com prestações de imóveis em atraso, o que deve custar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.
Com os investidores animados, as bolsas tiveram nova rodada de altas. O Dow Jones subiu 2,11% e o Nasdaq, 2,49%. Em São Paulo, a bolsa subiu 7,47%, acumulando 27% em três dias. (págs. 1, A11, B2 e B5)
Troca cambial é mais interessante aos americanos
O Brasil é o quarto maior credor dos Estados Unidos, atrás apenas do Japão, China e Grã-Bretanha, observa Emílio Garófalo, ex-diretor de Câmbio do BC, para justificar que a operação de swap (troca) de reais por dólares, no valor de US$ 30 bilhões, não tem nada de caritativa. “É do interesse também dos Estados Unidos”, diz. (págs. 1 e B2)
Opinião
Carlos Daniel Coradi: Normas dos EUA, como a COSO e a Sarbanes-Oxley, são adequadas. As grandes falhas, antes da crise, foram de controle e supervisão. (págs. 1 e A3)
Certificação eleva a renda no campo
Com o forte recuo nos preços das commodities, agricultores recorrem à certificação com a garantia de procedência da produção e do respeito às normas ambientais e sociais. Consultorias do setor estimam que a atividade controlada no campo pode agregar entre 3% e 10% na receita final dos produtos agropecuários, o que em tempos de crise pode ser determinante para alcançar lucro.
Isabela Becker, da fazenda Daterra, especializada na produção de café, revela que o custo da certificação pode ser alto. “Após implantado, o sistema funciona como um tipo de seguro. Eleva a confiança entre as duas pontas.” Entre os clientes da fazenda estão a tradicional torrefadora italiana Illy Café e a inglesa Fortnun&mason, que possui 300 anos de tradição e fornece a bebida para a família real britânica.
Mesmo com a crise, o Ministério da Agricultura divulgou ontem uma previsão positiva para o campo nos próximos dez anos. Conforme o estudo, a produção agropecuária deve crescer 25% no período, com uma colheita de 179,8 milhões de toneladas de soja, arroz, feijão, milho e trigo. Até lá, o País será responsável por 89,7% das exportações mundiais de aves e 73,5% das exportações de óleo de soja. (págs. 1, B11 e B12)
Exxon, BP e Shell mostram lucros recordes
O petróleo está em queda livre de preço, mas no trimestre anterior alcançou as mais altas cotações, o que levou grupos petrolíferos a contabilizar lucros recordes. Balanços do terceiro trimestre fechados pela Exxon, BP e Shell mostram ganhos recordes de, respectivamente, US$ 15 bilhões, US$ 10,3 bilhões e US$ 8,45 bilhões. (págs. 1 e C4)
Previdência Privada capta R$ 20 bi
O investidor tem aplicado mais nos fundos de previdência privada por causa da crise. Neste ano, o setor já acumula captação de R$ 20 bi. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Brasil será o sétimo no ranking de energia em 2030
De 11º colocado, o Brasil será o sétimo maior consumidor mundial de energia em 2030, projeta um estudo desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Ernst & Young. Para dar o salto, o País terá de investir no período um total de US$ 750 bilhões no setor, estima o pesquisador Fernando Garcia, da FGV.
A nova posição projeta demanda de 468,7 milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). Na posição de hoje, o Brasil consome 223,2 milhões de tep. Como o estudo considera o cenário futuro, a atual crise na economia não teve influência no trabalho.
O estudo aponta crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que em 2030 será de US$ 2,25 trilhões. (págs. 1 e C4)
Serra e a reforma tributária
O governador paulista José Serra (PSDB) propôs que a discussão sobre a reforma tributária, em tramitação no Congresso, seja adiada até que a extensão da crise econômica possa ser delimitada. (págs. 1 e A7)
Fusão BrT-Oi
Mercado diz que Oi pressiona governo ao afirmar que multa é irreversível. (págs. 1 e A6)
Femsa planeja novos investimentos
Com a fábrica de Manaus operando a plena capacidade, a Femsa, dona das marcas Kaiser e Sol, planeja realizar novos investimentos no Brasil para ampliar a produção de cerveja. (págs. 1 e C1)
Brasil vai bem no festival El Ojo
O Brasil conquistou vitórias importantes no segundo dia do Festival de Publicidade El Ojo de Iberoamerica. Foram anunciados os vencedores nas categorias Desempenho, Interativo e Local. (págs. 1 e C6)
Opinião
Norberto Stavisky: Já se prevê falta de áreas para reflorestamento. Em dez anos, os investimentos vão desembarcar em Angola, em Moçambique ou no Congo. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Consumidor de BH vai às compras mesmo na crise
A pesquisa mostra que índice de confiança subiu 2,67% e que aumentou em 8,98% a pretensão de adquirir bens. Governo admite crescimento abaixo de 4% no ano que vem. Votorantim adia investimentos em Minas. Bovespa terceira alta seguida, de 7,47%. (págs.1, 12 a 14 e 16)
Mantega pede veto a reajustes de servidor federal (págs.1, 12 a 14 e 16)
Sudeste contra a reforma (pág.1)
Mercado Central pode ser tombado
O Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quer tombar o Mercado Central como bem imaterial do Brasil. O primeiro passo é convencer os comerciantes que são contra. (págs. 1, 23 e 24)
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Jornal do Commercio
Manchete: Edifício JK vai virar faculdade
Na paisagem do Centro desde 1960, a antiga sede do INSS foi arrematada em leilão por R$ 2,3 milhões por engenheiro paranaense. Prédio vai abrigar instituição de ensino superior e terá área comercial. (pág.1)
Brasil gasta por ano R$ 37,4 milhões com fumantes passivos (pág.1)
Novo dia de otimismo no mercado
Dólar recuou para R$ 2,10 e Bovespa teve alta de 7,47%. Construção civil local apóia pacote federal para o setor. (pág.1)
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