domingo, 19 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

19 de outubro de 2008

O Globo

Manchete: Empresas têm ganhos em excesso com especulação
Levantamento inédito mostra que 80 grandes empresas do país com ações na Bolsa obtêm mais da metade do seu lucro em operações financeiras, não ligadas à sua atividade principal. Segundo a consultoria Economática, 35 delas chegam a ter resultado financeiro superior ao lucro líquido. Com o agravamento da crise econômica global e a disparada do dólar, especialistas alertam que a especulação em excesso dessas companhias pode provocar perdas para os seus acionistas, informa Felipe Frisch. (págs. 1, 31 a 41)

Para favelas, velhas idéias e não à remoção
Diferentes no estilo, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) têm propostas semelhantes em muitas áreas. Os dois querem manter o Favela-Bairro – ainda que Paes defenda a ampliação das obras do PAC nas favelas e Gabeira, a preocupação ambiental. Eles são contra remoções e o uso da força para conter a expansão irregular. Paes e Gabeira também defendem o fim da aprovação automática e o bilhete único. Para revitalizar e dar segurança à noite carioca, os dois apostam numa medida simples: iluminação. (págs. 1, 3 a 8)

Na Bahia, Geddel nega ser novo ACM
Padrinho da candidatura à reeleição de João Henrique em Salvador, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) nega ser um novo ACM, bate no PT e diz que não há alinhamento automático para 2010. (págs. 1 e 14)

Piora estado de jovem seqüestrada
Piorou muito ontem de manhã e era gravíssimo o estado de saúde de Eloá Pimentel, baleada pelo seqüestrador Lindemberg Alves. A bala atravessou a cabeça dela. (págs. 1 e 18)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Mantega descarta freio na economia
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil tem condições de sair da crise econômica mundial com um desempenho melhor que o dos países que estão no seu epicentro.

Para o ministro, é preciso que o Brasil não ponha o “pé no freio” e tente manter o nível de investimento público e privado. Não estamos a salvo da crise, mas ainda não vejo a necessidade de revermos as nossas projeções. O que posso dizer é que o Brasil está muito mais preparado para enfrentá-la”, disse. (págs. 1 e Dinheiro)

Eloá piora; comandante defende operação
Caiu para o nível mais crítico o estado neurológico da estudante Eloá Pimentel, 15, baleada na cabeça anteontem após ter ficado quatro dias refém do ex-namorado Lindemberg Alves, 22.

Nayara Silva, 15, amiga de Eloá que estava no apartamento e levou um tiro no rosto, está fora de perigo. Lindemberg foi transferido para cela isolada em centro de detenção em Pinheiros. A ação da polícia foi defendida pelo governador de SP, José Serra. Responsável pela operação, o coronel da PM Eduardo José Félix negou erro na volta de Nayara ao cativeiro. (págs. 1, C1, C3 e C4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Bancos prometem destravar crédito para empresas
A Febrabran considera que as medidas do governo para estimular empréstimos ainda não fizeram o efeito esperado porque nem todos os recursos foram liberados. Mesmo quando isso ocorre, porém, o crédito deverá ficar mais caro. “Teremos uma condição melhor que a das últimas semanas, mas não será o cenário de seis meses atrás”, disse ao Estado o presidente da federação dos bancos, Fabio Barbosa. (págs. 1, B1, B3 e B4)

Lula diz que Serra deve desculpa ao PT
Em seu último evento público na campanha de Marta Suplicy, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governador José Serra lhe deve um pedido de desculpas por ter acusado o PT de insuflar protesto entre policiais civis e militares.

“O governador Serra não tinha esse direito”, afirmou Lula diante de uma platéia de sindicalistas e representantes de movimentos sociais. Aproveitou para dizer que Marta é alvo de preconceito “raivoso e rançoso” em São Paulo. (págs. 1 e A4)

Nova classe média tem medo da inflação
Pesquisa do Ibope para medir a percepção da crise pelas classes C e D no Brasil mostra que 89% de seus integrantes têm consciência da turbulência. Desse grupo, 48% acham que o Brasil já é afetado, e 35% temem a volta da inflação. Para 45%, o Natal deverá ser mais magro que o de 2007, mas a maioria (39%) espera que 2009 seja melhor. (págs. 1 e B10)

‘Colocaria meu filho no lugar de Nayara’, diz coronel.
À frente da operação para libertar as reféns de Lindembergue Alves, coronel Eduardo Feliz de Oliveira disse não ver erro em deixar que Nayara, amiga de Eloá, voltasse ao local do seqüestro. “A menina é equilibrada.” (págs. 1, C1 a C8)

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Jornal do Brasil

Manchete: Herança de Cesar
O prefeito do Rio, Cesar Maia, deixará heranças pesadas para o sucessor. Entre as pendências estão R$ 150 milhões em obras não concluídas para proteção de encostas e áreas de risco, legado que se espalha por mais de 90 bairros e atinge diretamente a vida de quase 390 mil moradores. (Págs. 1, Tema do dia, A2 e A3 e Eleições A25 a A27)


A burocracia agrava crise para exportadores
Mesmo com as reservas brasileiras em mais de US$ 200 bilhões, os exportadores seguem sem dólares, à espera de que o Banco Central regulamente os mecanismos de socorro. (págs. 1, Economia e E1)


Tensão agrária beira a violência
Fortalecidos com Fernando Lugo na Presidência, camponeses paraguaios, denunciam que terras estão sendo ocupadas por fazendeiros brasileiros, com a ajuda de autoridades locais corruptas. (págs. 1, internacional e A19)

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Correio Braziliense

Manchete: Brasil tem um milhão de crianças viciadas
Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Psiquiatria revela uma triste realidade. Chega a um milhão o número de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos que apresentam sintomas de dependência química.

Eles consomem álcool, merla, crack, maconha, solventes e outros entorpecentes; fogem de casa; servem a traficantes; roubam; abandonam a escola e transformam a vida dos pais e a deles num tormento cotidiano.

As famílias buscam ajuda, mas 60% delas não conseguem tratamento para os filhos e se deparam com a falta de políticas públicas. É o que percebemos nos depoimentos para esta reportagem. ( págs. 1 Tema do dia, 16 e 17)

Brasília atrai mais de 9 milhões de pessoas
Em busca de lazer, cultura, compras, saúde, estudo e trabalho, a população de 298 municípios de Goiás, Minas e Bahia faz da capital o segundo pólo de atração do país, perdendo apenas para São Paulo, segundo estudo do IBGE. (págs. 1, 33 e 34)

GDF já tem lista de familiares empregados
Pelo menos 35 servidores com cargos de confiança no governo local enviaram as fichas que informam o grau de parentesco com outros funcionários. Corregedor afirma que análise será caso a caso, de acordo com a súmula do STF sobre nepotismo. (págs. 1, 13 e 15)

Manchete: Brasil tem um milhão de crianças viciadas
Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Psiquiatria revela uma triste realidade. Chega a um milhão o número de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos que apresentam sintomas de dependência química.

Eles consomem álcool, merla, crack, maconha, solventes e outros entorpecentes; fogem de casa; servem a traficantes; roubam; abandonam a escola e transformam a vida dos pais e a deles num tormento cotidiano.

As famílias buscam ajuda, mas 60% delas não conseguem tratamento para os filhos e se deparam com a falta de políticas públicas. É o que percebemos nos depoimentos para esta reportagem. ( págs. 1 Tema do dia, 16 e 17)


Brasília atrai mais de 9 milhões de pessoas
Em busca de lazer, cultura, compras, saúde, estudo e trabalho, a população de 298 municípios de Goiás, Minas e Bahia faz da capital o segundo pólo de atração do país, perdendo apenas para São Paulo, segundo estudo do IBGE. (págs. 1, 33 e 34)

GDF já tem lista de familiares empregados
Pelo menos 35 servidores com cargos de confiança no governo local enviaram as fichas que informam o grau de parentesco com outros funcionários. Corregedor afirma que análise será caso a caso, de acordo com a súmula do STF sobre nepotismo. (págs. 1, 13 e 15)

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Valor Econômico

Manchete: Varejo e indústria discutem os repasses da alta do dólar
Varejo e indústria discutem alternativas para destravar as negociações de preços das mercadorias afetadas pela alta do dólar. Alguns fabricantes de bens de consumo já trabalham com tabelas que embutem aumentos de 2% a 15%, dependendo do produto, mas o varejo resiste aos reajustes. Para assegurar os negócios, uma prática que começa a ser adotada é condicionar o valor do aumento à evolução futura da taxa de câmbio.

A Lojas Cem informa que os fabricantes da linha branca (como geladeiras) e de móveis querem repassar uma alta de 2% a 3% nos preços de seus produtos nas rendas relacionadas ao fim do ano. No Sul, os varejistas relatam tentativas de repasses superiores, de 8% a 10%, incluindo a linha marrom. Segundo o supervisor-geral da Lojas Cem, Domingos Alves, a empresa confirmou os pedidos, mas o percentual de reajuste efetivo vai depender do nível em que se acomodar a taxa de câmbio. Como as mercadorias serão entregues a partir do fim do mês, elas serão faturadas gradualmente levando em conta o patamar do câmbio.

De acordo com Nabil Sayon, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping Centers (Alshop), as varejistas estão incluindo nos contratos com as indústrias uma cláusula de "rebate" para se proteger. Nesses casos, o fornecedor devolverá a diferença de preços ao lojista caso a taxa de câmbio recue no futuro.

O presidente da rede Berlanda, Nilso Berlanda, com 104 lojas no Sul do país, conta que recebeu pedido de aumento de preços de diversos fornecedores. "Tínhamos muitas encomendas programadas para o fim do ano, mas quando houve o aumento do dólar muitas fábricas ligaram avisando que não manteriam os preços para os pedidos de novembro e dezembro que já haviam sido feitos", diz. Além dos reajustes de até 10% para eletrodomésticos e eletroeletrônicos, ele relata que fabricantes de colchoes, cuja matéria-prima é importada, pediram aumentos em torno de 15%.

Semp Toshiba e Fresnomaq, fabricante dos aspiradores e lavadoras de marca Wap, que suspenderam as vendas na primeira semana de outubro, retomaram os negócios. A Fresnomaq informou que reajustou seus preços. (págs. 1 e A3)

Siderúrgicas de ferro-gusa estão paradas
A desaceleração da economia americana atingiu diretamente as siderúrgicas de ferro-gusa do Brasil, principalmente as da Região Norte. As primeiras vítimas são fabricantes do pólo de Marabá (PA), que enviam aos EUA um quarto das exportações nacionais do produto. Assim como as empresas do pólo do Maranhão, elas têm dificuldades para renovar os contratos de venda.

Duas usinas paraenses, Usimar e Sidenorte, paralisaram as operações por falta de pedidos. "Estamos há mais de um mês aguardando os consumidores que sumiram", afirmou Nail Othmam, gerente de vendas da Usimar. Com o fim de seus contratos em agosto e sem novas encomendas, no fim de setembro a empresa paralisou as atividades e demitiu seus 400 empregados. (págs. 1 e B7)


Brasil é um dos campeões em desigualdade salarial, diz relatório da OIT (págs. 1 e A2)

Crise se espalha pelos emergentes
A moeda da Coréia do Sul teve sua maior desvalorização em dez anos e levantou suspeitas de que o país poderá ser a primeira vítima asiática da crise financeira mundial, que se alastra pelos países emergentes. O Banco Central Europeu (BCE) socorreu a Hungria e fez parte de empréstimos de até 5 bilhões de euros. Os bancos restringiram a oferta de crédito externo, enquanto a moeda e o mercado acionário têm acumulado perdas.

Hungria e Ucrânia bateram às portas do Fundo Monetário Internacional com pedido de auxílio financeiro para fazer frente à forte dependência de crédito externo, que está desaparecendo. Problemas semelhantes - a dificuldade de bancos domésticos em obter dinheiro de fora - levaram a moeda e a bolsa sul-coreanas a quedas livres. A falta de liquidez desencadeou pedidos para que o governo forneça garantias para as dívidas bancárias, de forma a encorajar os empréstimos interbancários. O governo injetou cerca de US$ 15 bilhões em bancos e empresas locais desde o fim de setembro. Ao contrário da crise de 1997, a Coréia do Sul dispõe agora de reservas elevadas, cerca de US$ 240 bilhões. (págs. 1, A9 e C12)

Corte em compulsório melhora liquidez para bancos pequenos
A redução nos depósitos compulsórios promovida pelo Banco Central é uma medida eficaz para prover caixa de maneira rápida ao sistema financeiro, avalia o Credit Suisse. Estudo feito pelo banco estima que as medidas adotadas até agora liberam R$ 87 bilhões se forem plenamente utilizadas.

Ontem, o Banco Central ampliou ainda mais os tipos de operações que os bancos grandes podem comprar dos pequenos e médios com recursos dos depósitos compulsórios.

Até agora, instituições de maior porte compraram 18 carteiras de bancos menores. A taxa chega a 150% do CDI em comparação com os 115% de antes da crise. (págs. 1 e C1 a C3)

Chineses oferecem desconto para vender calçado ao Brasil
Empresários do setor calçadista prevêem uma nova enxurrada de sapatos chineses no mercado brasileiro. Mesmo com o dólar em alta, as fábricas chinesas querem "desovar" a produção que não conseguem mais vender para os Estados Unidos e a Europa.

"Sei de fabricantes da China que estão dando 40%, até 50% de desconto em seus produtos para desaguar o que está encalhado lá", diz Milton Cardoso, presidente da Vulcabras/Azaléia e da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). "O setor está se mobilizando para pressionar o governo a tomar medidas que impeçam essa invasão". (págs. 1 e B1)

Das cinzas de um vulcão, “melhor café do mundo”
A microrregião de Poços de caldas, que inclui os municípios de Botelhos e a paulista São Sebastião da Grama, conta com um aliado de porte para a manutenção da cultura cafeeira já centenária. É o vulcão extinto sobre o qual se instalaram cidades e fazendas que ajuda a tornar o café produzido na região tão especial, a ponto de ser considerado um dos melhores do mundo.

Com clima naturalmente frio e terras mais férteis, por conta do maior teor de potássio no solo, é uma área própria para a plantação do borboun amarelo – café arábica top de linha, que confere à bebida sabor e aroma típico e qualidade superior. E são as encostas íngremes das montanhas, inclusive do vulcão, que impedem a expansão da cana-de-açúcar, que tem expulsado tantas outras lavouras tradicionais de suas regiões.

Já a convivência com o eucalipto está por não ser ameça ao plantio do café. Ao contrário, tornaram-se uma alternativa econômica importante, sobretudo por conta do período de baixa dos preços internacionais do café. Gabriel de Carvalho Dias, de tradicional família de cafeicultores, dedica 30% da fazenda Cachoeira aos eucaliptos. (págs. 1 e B12)

UE volta a taxar cereais
A União Européia voltará a cobrar imposto de importação na compra de cereais. A medida terá impacto sobre as vendas de milho do Brasil, que desde o ano passado vinha sendo um importante fornecedor do grão para o bloco. (págs. 1 e B10)

Inadimplência em alta
As dívidas dos brasileiros com os bancos atingiram valor médio de R$ 1.371,35 entre janeiro e setembro, alta de 7,5% sobre igual período de 2007. O valor médio dos cheques sem fundos também cresceu 12%, para R$ 677,64. Segundo a Serasa, a inadimplência no período cresceu 7,6%. (págs. 1 e C1)


Vendas a descoberto
Companhias abertas de baixa liquidez, sentindo-se prejudicadas por operações de venda de ações a descoberto, que consideram especulativas, querem que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) restrinja essas transações. (págs. 1 e D1)

Cérebros importados
Sem mão-de-obra local suficiente para sustentar seu pólo de tecnologia de informação, que já conta com 400 empresas, companhias instaladas em Florianópolis (SC) "importam" profissionais das grandes cidades do país. (págs. 1 e D12)


Sadia aperta o cinto
A Sadia, que perdeu R$ 760 milhões em operações com derivativos, enviou carta a fornecedores solicitando desconto de 10% nos preços até dezembro. A empresa também adiou boa parte dos investimentos previstos para o próximo ano. (págs. 1 e B11)

Gávea na RBS
A Gávea Investimentos, gestora de recursos da ex-presidente do BC Armínio Fraga, assumiu uma participação minoritária de 12,64% no capital da RBS Comunicações, holding que controla 18 emissoras de TV, 25 estações de rádio e 8 jornais no Sul do país. (págs. 1 e B3)

Serra enfrenta conflito entre polícias em SP
Uma manifestação dos policiais civis de São Paulo, que estão em greve por aumentos salariais há 31 dias, degenerou ontem em grave conflito com a Polícia Militar, no acesso ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Houve uso de bombas de efeito moral, balas de borracha e até tiros com munição real. O governador José Serra (PSDB) acusou o PT, a CUT e a Força Sindical de manipular os manifestantes para tirar proveito eleitoral. A oposição estadual reagiu acusando o governador de usar a disputa política para transferir responsabilidades. A tese da motivação eleitoral para a manifestação também circulou na coordenação de campanha pela reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Até o início da noite, o balanço oficial mostrava 12 feridos: dez policiais civis, um cinegrafista e um coronel da Polícia Militar, atingido por uma bala de pistola 9 mm no abdômen. (págs. 1 e A12)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Sadia processará bancos por perdas com câmbio
O presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que pretende ir à Justiça contra as instituições financeiras com as quais a empresa realizou operações que lhe provocaram perdas de R$ 760 milhões. “Temos indícios de que alguns grandes bancos internacionais induziram a empresa a realizar essas operações e vamos ver se há brechas para que possamos entrar com ações judiciais contra eles”, disse Furlan, sem revelar nomes. “Eles (os nomes) estão aí nos jornais”, afirmou.

O especialista em contencioso cível Eduardo Coluccini Cordeiro, do Azevedo Sette Advogados, vê com reserva a chance de êxito em ações como esta. O Código Civil, diz ele, prevê a revisão de contratos desde que haja um evento imprevisível que cause vantagem excessiva para uma das partes. “Mas não é o caso de um contrato de derivativo que, por sua natureza, é firmado para evitar o risco das variações. Quem o faz demonstra conhecer a possibilidade de ocorrerem essas oscilações”, explicou Cordeiro.

Os bancos que estruturaram operações de derivativos cambiais com perdas a várias empresas, por sua vez, já começaram a renegociar os contratos para evitar conflitos. As novas condições envolvem a conversão da dívida para reais a taxas de juros “compatíveis” e o alongamento do prazo de pagamento de acordo com o fluxo de caixa da companhia. Na avaliação de executivos das instituições financeiras, a maior parte das companhias deve optar pela negociação e não ingressar na Justiça, como pretende fazer a Sadia. (págs. 1 e B14)

Instituições de menor porte recebem novo apoio do BC
O Banco Central fez ontem mais uma tentativa de acabar com a falta de recursos que afeta os bancos de menor porte. Depois de autorizar o uso do compulsório para a compra de carteiras de crédito destas instituições, agora o BC elevou o número de ativos passíveis de serem adquiridos, incluindo papéis como CDB e CDI. O BC foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a obrigar os bancos que usarem a janela de redesconto a direcionar parte dos recursos para os exportadores. (págs. 1 e B1)

Setor bancário tem prejuízo e consegue mais recursos
Enquanto a nova temporada de balanços revela novas e pesadas perdas no setor financeiro, os dois principais bancos suíços - UBS e Credit Suisse - informaram ontem ter garantido suporte financeiro no total de US$ 74 bilhões. Os recursos virão do governo e de investidores externos, como a Autoridade de Investimento do Catar.

As baixas contábeis sobre investimentos e perdas maiores em relação aos empréstimos do setor de consumo levaram o Citigroup a registrar um prejuízo de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre, o quarto período consecutivo em que o gigante do setor bancário global se desequilibra. O valor total das perdas da instituição com crédito desde o ano passado já atinge US$ 64 bilhões.

O Merrill Lynch, banco vendido para o Bank of America no mês passado, informou prejuízo de US$ 5,1 bilhões entre julho e setembro, quinto trimestre seguido de perdas. (págs. 1 e B3)

Petróleo rompe barreira e fecha em US$ 69,85
Pela primeira vez desde agosto de 2007, o petróleo caiu para menos de US$ 70 fechando a US$ 69,85, ontem em Nova York. A baixa foi influenciada pelo aumento nos estoques nos EUA, em função da redução de demanda. A queda influiu no desempenho das bolsas. O índice Dow Jones chegou a cair, mas fechou em alta de 4,68%. O Ibovespa, que recuou mais de 8%, fechou com queda de 1,06%. (págs. 1, B2, B4 e C5)

IGP-10 tem alta de 0,78% com pressão cambial
A valorização do dólar frente ao real começa a impactar os preços de produtos industrializados. O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) surpreendeu o mercado e registrou alta de 0,78% em outubro, depois de fechar com queda de 0,42% no mês anterior. “A indústria importa muitos insumos. Se o dólar está mais caro, os preços dos importados sobem também”, afirma Gian Barbosa, economista da Tendências Consultoria Integrada. (págs. 1 e A4)


Emprego na indústria deve crescer 4,5%
O nível de emprego na indústria paulista se mantém em crescimento e fechará o ano com alta de 4,5%. Segundo Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em setembro foram abertas 11 mil vagas no estado. Esta evolução mostra que a crise ainda não afetou o emprego industrial. (págs. 1 e A4)


Anatel aprova fusão Oi-BrT
A avaliação da proposta de mudança nas regras só pôde começar às 19h, quando a agência conseguiu derrubar liminar na Justiça. Por 3 votos a 2, as fusões foram autorizadas e a Oi vai poder comprar a BrT. (págs. 1 e A5)


Cuba diz ter 20 bilhões de barris
O governo cubano afirmou ontem que a ilha pode ter mais de 20 bilhões de barris de petróleo no litoral, volume superior ao já descoberto e estimado para a camada pré-sal brasileira (até 12 bilhões). (págs. 1 e A11)


Orçamento 2009 pode ter cortes
O relator-geral do Orçamento 2009, senador Delcídio Amaral (PT-MS), admitiu que irá sugerir cortes nas previsões de gastos de custeio da máquina administrativa federal. (págs. 1 e A7)

Maior seletividade no crédito
As instituições financeiras estão mais seletivas para fornecer crédito e mais atentas ao endividamento dos consumidores e ao comportamento da renda. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)


Opinião - Paulo Skaf
Apesar das ligações históricas e culturais, o comércio entre Brasil e Portugal está muito aquém de seu potencial e, por isso, a Fiesp programou uma missão àquele país em 2009. (págs. 1 e A3)

Opinião - Gabriel de Salles
Ao tentarem solucionar apenas os efeitos da crise do subprime, ignorando suas causas, os governantes estão ajudando a promover a globalização do “171”. (págs. 1 e A2)

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Veja

Câncer de Próstata - A medicina fecha o cerco ao maior inimigo do homem

O final trágico do seqüestro em São Paulo.

“O diretor da ABIN mentiu ao Congresso”
O presidente da CPI dos Grampos acusa a Abin de patrocinar um esquema paralegal que envolveu seus agentes em ações clandestinas. O ex-diretor Paulo Lacerda pode ser indiciado por falso testemunho. (págs. 72 a 75)

Vale-tudo eleitoral - As campanhas de Marta Suplicy, em São Paulo, e de Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, lançam mão de golpes baixos contra seus adversários, Kassab e Gabeira. (págs. 80 a 82)

Salvos, mas e agora? - Diz-se que os economistas previram cinco das três últimas recessões. Espera-se que estejam exagerando também quanto às próximas. (págs. 84 a 87)

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Época

100 horas de agonia
Um ex-namorado perturbado, uma polícia despreparada – e um desfecho trágico.

Cuiabá: o vídeo que revela a compra de votos

Só falta rolar na lama
Um confronto de policiais em São Paulo e as insinuações sobre a vida pessoal de Kassab abaixam o nível da disputa na reta final. (págs. 40 a 42)

Um aliado por R$ 420 mil - Vídeos mostram como a equipe do candidato do PR a prefeito de Cuiabá comprou o apoio de um partido nanico. (págs. 44 e 45)

A confusão está longe do fim - Os estragos do colapso financeiro mundial começam a ser sentidos na economia real. Com isso pode afetar o rumo do governo Lula? (págs. 46 a 48)


A maior disputa na história do pensamento econômico – Paul Krugman – O vencedor do Nobel da Economia em 2008 escreve sobre as divergências entre o liberal Milton Friedman e o intervencionista John Maynard Keynes. (págs. 56 a 62)

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ISTOÉ

Terapia sexual - Como médicos e analistas estão ajudando a melhorar a vida íntima dos casais

Eleições - Por que Marta Suplicy partiu para a baixaria

Marta perde o eixo
Pressionada pelo crescimento da candidatura de Gilberto Kassab, a ex-ministra parte para a baixaria, faz ataques pessoais e preconceituosos contra o prefeito e atenta contra a própria biografia. (págs. 36 a 39)

O presidente depois da eleição - A mais importante transformação da política, desde o surgimento de Lula como líder sindical, começa a ser operada silenciosamente, a partir do máximo domingo. (págs. 40 a 42)

República dos parentes - Apesar de proibido legalmente, nepotismo continua em alta e encontra defensores no Senado e na Câmara dos Deputados. (pág. 43)

Sangue comprometido - Auditorias mostram falhas do Ministério da Saúde que comprometem produção de remédios para hemofílicos. (pág. 47)

Milícias contra índios - Relatório da OAB denuncia que grupos armados ameaçam expulsar guaranis de área nobre de Niterói. (pág. 52)

Greves de alto risco - Conflito entre PM de São Paulo e policiais civis chama a atenção para a onda de paralisações que se espalha pelo País no momento da crise econômica. (pág. 92)

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ISTOÉ Dinheiro

Cresça na crise - Inspire-se nas histórias de empreendedores que investiram, avançaram e até criaram novos negócios em épocas de turbulência

Entrevista – Thibault Desteract - “A Alstom é uma empresa ética”
Nos últimos dez anos a francesa Alstom viveu em uma espécie de montanha-russa. Quase quebrou e hoje opera a plena capacidade com uma carteira de pedidos recorde de € 23,5 bilhões. No Brasil, a situação não é diferente. Embalada pelas obras do PAC nas áreas de transporte e energia, a filial deve crescer 40%, se consolidando como uma das seis maiores subsidiárias do grupo. (págs. 26 a 30)

Quem vai rir por último? - Países ricos dependem dos emergentes, como o Brasil, para pôr fim ao pânico dos mercados e minimizar os efeitos da grave crise financeira internacional. (págs. 34 a 42)

A conquista brasileira - 160 empresários nativos vão a Lisboa participar do Meeting e descobrem que o Brasil está mais em alta do que nunca no cenário mundial, com força para realizar a travessia da crise como protagonista. (págs. 46 a 49)


A bronca de Lula - Depois de liberar R$ 100 bilhões e ver os bancos sentarem em cima dos recursos, o presidente ameaça elevar de novo o compulsório. (pág. 50)

A hora da tesoura - Previsão de crescimento menor obriga o governo a cortar despesas, sem afetar os investimentos do PAC e dos projetos sociais. (pág. 52)

Tensão no financeiro - Perdas cambiais criam clima de apreensão nas empresas, que ameaçam processar bancos em busca de compensação. (págs. 82 e 83)

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CartaCapital

Lá vai o outro muro - Berlim 1989: soçobra o socialismo real - Nova York 2008: fracassa o capitalismo neoliberal


Fala o chefe da segurança da TIM: Dirceu estava com Dantas

Memórias de um espião
Guerra empresarial – Ex-chefe do setor de segurança da Telecom Itália, Giuliano Tavaroli lança livro recheado de episódios sobre o Brasil, do leilão da Telebrás ao governo Lula. (págs. 12 a 17)

No colo do Estado - Crise – Os investidores que se cuidem: o que se viu até agora é só o começo do ajuste à queda do muro de Wall Street. (págs. 28 a 31)

É pau, é pedra - Segundo turno – A temperatura do debate eleitoral sobe. Em são Paulo, a campanha de marta apela e é criticada até por aliados. (págs. 40 a 42)

De novo, com jeitinho - Vizinhança – O Brasil espera a “poeira baixar” na briga entre Equador e a Odebrecht . (págs. 46 e 47)

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EXAME

Para onde ir agora?
A economia oscila entre o pânico e a euforia. E isso tem impacto direto no dia-a-dia das empresas brasileiras.Uma pesquisa exclusiva de Exame com 268 grandes companhias mostra como elas estão se preparando para um período de desafio nos negócios.


Como será em 2009? Este é o retrato da economia brasileira em 2008
Uma pesquisa exclusiva de Exame com 268 empresas mostra como seus principais executivos enxergam a economia brasileira no próximo ano. E como estão se preparando para um 2009 marcado pelos reflexos da crise financeira mundial. (págs. 22 a 30)


Sai o IPO, entra o PRA - Após quatro anos de uma avalanche de aberturas de capital na Bovespa, várias empresas dão meia volta. Seus Programas de Recompra de Ações são a tentativa de reconquistar a confiança dos investidores. (págs. 34 a 37)

Alfândega quase fantasma - A autoridade máxima do maior porto brasileiro funciona com um único funcionário durante 12 horas do dia. Por que um problema tão simples não é resolvido? (págs. 44 a 45)

A Aposentadoria pode esperar - Ao fim de uma bem-sucedida carreira, o ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan dedicava seus dias a jogar tênis, presidir uma ONG e participar de reuniões de conselhos – até que um rombo de 760 milhões de reais o obrigou a voltar ao comando da Sadia. (págs. 56 a 58)

Obstáculos na pista - O governo deve realizar mudanças drásticas no setor de transporte rodoviário de passageiros – e a Itapemirim, atolada em problemas financeiros e de gestão, corre o risco de ficar sem suas melhores rotas. (págs. 68 a 70)

O “T” da questão - O símbolo que identifica os produtos com substâncias transgênicas tornou-se uma preocupação entre as empresas de alimentos. O que elas têm feito para escapar da patrulha. (págs. 80 a 82)

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