Manchete: BC vai usar mais de US$ 50 bi para enfrentar alta do dólar
O Banco Central anunciou ontem que terá mais US$ 50 bilhões para evitar a disparada do dólar. O anúncio surpreendeu o mercado, e a cotação, que estava em R$ 2,524, recuou imediatamente. No fim do dia, ficou em R$ 2,305, com a queda 3,15%. No governo, teme-se que o país já tenha se tornado alvo de um ataque especulativo. Para enfrentar isso, o presidente Lula decidiu reforçar a artilharia do BC, que ontem fez intervenções de US$ 3 bilhões. A Bovespa caiu 3,57%. As maiores quedas foram no setor financeiro, um dia após o governo anunciar que poderia comprar parte do capital de vários bancos. (págs. 1, 27 a 34 e Míriam Leitão)
Vale lucra na crise com a alta do dólar (págs. 1 e 34)
Alan Greenspan, ex-Fed, admite que errou (págs. 1 e 32)
Wagner ataca João Henrique e Geddel
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), chamou de traidor o prefeito de Salvador, João Henrique, candidato à reeleição, e de oportunista o ministro Geddel Vieira Lima, ambos do PMDB. Wagner apóia Walter Pinheiro (PT). (págs. 1 e 11)
Indefinição torna o debate de hoje decisivo
Na corrida pela prefeitura do Rio, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) fazem hoje à noite o último debate da campanha na Rede Globo, de olho nos eleitores que estão indecisos ou ainda podem mudar seus votos. Pesquisa Datafolha divulgada anteontem estima em 10% o percentual de eleitores que ainda não fizeram uma escolha definitiva. Pelos dados do Ibope, o percentual chega a 15%. De acordo com as pesquisas, há empate no Rio, e a eleição está indefinida. Eleitores que concluíram o ensino fundamental ou o médio são os mais propensos a mudar de voto. (págs. 1 e 3)
Recorrendo a orixás e ao verde
Mergulhado na campanha de Paes, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), foi a um terreiro de candomblé pedir votos para seu aliado. Já partidários de Gabeira convocaram seus militantes a usar a cor do PV. (págs. 1 e 3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: BC reserva US$ 50 bi para tentar conter alta do dólar
Na tentativa de conter a desvalorização do real, o Banco central anunciou que está disposto a injetar até R$50 bilhões no mercado por meio de contratos de “swap cambial”, papéis que equivalem a uma venda futura de dólares e ajudam a reduzir a pressão sobre a cotação da moeda dos EUA. O comunicado sobre o assunto foi divulgado quando a cotação subia e se aproximava de R$ 2,55; no final do dia, ela ficou em R$ 2,305 com baixa de 3,15%. Além disso, o BC vendeu dólares no mercado à vista duas vezes. A moeda norte-americana já se valorizou 21% no mês e quase 30% neste ano. Dados do Banco Central também mostram que, com o agravamento da crise em outubro, investidores externos tiraram US$ 5,2 bilhões do mercado financeiro brasileiro. As maiores perdas diz o BC, ocorreram na Bovespa, de onde saíram US$ 4,4 bilhões. A Bolsa fechou em queda de 3,57% ontem,. Os números do governo apontam, ainda, alta no déficit em transações correntes, que foi de US$ 2,27 bilhões em setembro. A deterioração se deve à redução no saldo da balança comercial e ao aumento na remessa de lucros para o exterior. (págs. 1 e Dinheiro)
Novo texto sobre crime ambiental reduz as multas para infratores
A nova versão do projeto que define sanções para crimes ambientais dá mais um ano para que ruralistas se comprometam a recuperar área de reserva legal e reduz a multa pelo não-cumprimento da regra. A pena para abate de árvores sem plano de manejo cai de R$ 5.000 a R$ 1.000 por hectare. Para Carlos Minc (Meio Ambiente), não há retrocesso. (págs. 1 e A14)
Financiamento de carro poderá ter mais verba do BB
O Banco do Brasil analisa adquirir cinco carteiras de financiamento de carros de bancos de pequeno porte ou ligados às montadoras. A instituição tem R$ 3 bilhões para isso. Oficialmente, o BB nega essas negociações. Mas, após encontrar o presidente Lula, o governador Aécio Neves (PSDB-MG) disse ter ouvido dele que há “possibilidade concreta” de o banco atuar na área. (págs. 1 e B8)
Editoriais
Leia "Pacote infeliz", que critica medida para bancos estatais; e "Prioridades no Congresso", sobre nepotismo. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Congresso quer limitar MP que permite estatização de bancos
Parlamentares envolvidos na discussão da Medida Provisória 443 querem definir limites à autorização dada ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal para comprar outras empresas. Uma proposta é excluir bancos públicos da lista de companhias que podem ser adquiridas pelo BB e pela CEF. "Não podemos admitir que a Nossa Caixa ou o Banco de Brasília sejam comprados por outro banco público sem licitação", disse o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).
Outra idéia é estabelecer um prazo que bancos estatizados sejam revendidos à iniciativa privada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o BB poderá comprar financeiras para garantir o crédito no mercado de veículos: "A indústria automobilística tem uma cadeia extraordinária, e não queremos que deixe de ser um dos carros-chefes da economia brasileira." (págs. 1 e B1 a B10)
BC oferece US$ 50 bi em proteção cambial
O Banco Central, preocupado em conter o nervosismo dos mercados, anunciou um programa para oferecer até US$ 50 bilhões em proteção cambial a bancos e empresas. A medida conseguiu reverter a alta na cotação do dólar: a moeda americana chegou ontem a R$ 2,53, mas fechou em R$ 2,30. Desde do início do mês, o Banco Central já havia repassado US$ 16,2 bilhões em proteção cambial. (págs. 1 e B6)
Notas e informações: Cooperação complicada
O Brasil propõe a busca de uma reação conjunta da América do Sul à crise. Poderia renunciar ao discurso de terceiro-mundista e defender comércio mais entre os países da região. (págs. 1 e A3)
O Mundo real
Washington Novaes: A crise dá chance de adequar a economia à realidades maiores. (págs. 1 e A2)
Greenspan, em estado de choque
“Quem acreditou, como eu, que as instituições de crédito eram mais bem habilitadas para proteger o interesse de seus acionistas está em estado de choque”, disse ontem o ex-presidente do Fed Alan Greenspan. Ele admitiu ter cometido “alguns erros”. (págs. 1 e B10)
Hemocentros de SP e MG desperdiçam sangue doado
Falhas no armazenamento de sangue em hemocentros de São Paulo e Minas geraram uma perda de matéria-prima suficiente para produzir hemoderivados avaliados em US$ 6,82 milhões – 260 mil bolsas de plasma estavam estocados sem refrigeração. A empresa francesa encarregada de fazer o processamento recusou o material, coletado durante um ano e meio. (págs. 1 e A21)
Policiais civis vão propor emendas para reajuste
Pelos menos 300 policiais civis grevistas, alguns com nariz de palhaço, protestaram ontem na Assembléia Legislativa de São Paulo contra o projeto de lei de aumento salarial apresentado pelo governador José Serra. Os manifestantes aplaudiam os deputados da oposição e vaiavam os governistas. Sindicalistas querem propor emendas ao projeto. A greve já dura 38 dias. (págs. 1 e C6)
Kassab e Marta fazem hoje o último debate
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) e a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) fazem na noite de hoje, na TV Globo, o último debate do segundo turno da eleição em São Paulo. Em desvantagem nas pesquisas, Marta terá a oportunidade final de tentar roubar os votos de Kassab e pretende insistir na estratégia de associar o adversário a Celso Pitta e Paulo Maluf. Já Kassab planeja transmitir uma imagem “alto-astral”, mas não deixará de reagir a eventuais ataques, ligando Marta a petistas envolvidos no escândalo do mensalão. (págs. 1 e A4)
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Jornal do Brasil
Manchete: Confronto da cordialidade
A tensão de uma das eleições mais disputadas da história não fez com que Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) abrissem mão da cordialidade no debate promovido pelo JB, com a transmissão pelo JB Online. O tom propositivo revelou convergência. Às 12h31, ao terminar o evento, 62% dos internautas declararam que Paes se saíra melhor e 38% apontaram Gabeira. Às 20h, o candidato do PV tinha 62%, e o peemedebista 38%. (págs. 1, caderno especial Debate JB A25 a A32 e Editorial A8)
BC vende US$ 50 bi para blindar a crise
No fim de um dia nervoso, com várias intervenções para segurar a cotação do dólar, o Banco Central anunciou que venderá US$ 50 bilhões para blindar o mercado de oscilações futuras. Para autoridades do BC, swap cambial não afeta as reservas do país, de US$ 200 bilhões. (págs. 1, tema do dia A2 e A3)
Dólar engorda lucro recorde da Vale
A alta do dólar ajudou a Vale a registrar lucro recorde de R$ 12,4 bilhões, dos quais R$ 2,84 bilhões em variação cambial. Mas a crise reflete na inflação: o IPCA-15 subiu 6,26% em 12 meses, puxado pelos alimentos. A produção de grãos pode cair 7%. (págs. 1, economia A21 e Tema do dia A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Real é atacado, BC reage e FMI oferece socorro
Banco Central avisa que porá US$ 50 bi sobre a mesa para vencer apostas no dólar, mas especuladores não se intimidam. Fundo Monetário abre crédito de US$ 250 bi para emergentes. (págs. 1 e Tema do dia págs. 12 a 18)
Nepotismo no Senado acabou, jura Garibaldi
Após 86 demissões, presidente da Casa afirma que não há mais parentes de senadores ou de diretores pendurados na folha de pagamentos. “O assunto está encerrado”, decretou. O novo advogado-geral, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, porém, diz que não há como garantir que todos os casos foram resolvidos. (págs. 1 e 3)
Financiamento facilitado para servidor do GDF
Governo assina na próxima sexta convênio com Caixa Econômica Federal e lança pacote imobiliário para servidores comprarem a casa própria. Prazo de pagamento será de 20 anos e os juros, segundo o banco federal, ficarão abaixo das taxas cobradas no mercado. Medida beneficiará 55 mil famílias. (págs. 1 e 25)
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Valor Econômico
Manchete: Crise já coloca em xeque os projetos de novos prefeitos
O acirramento da crise financeira nas últimas semanas, exatamente durante a campanha eleitoral do segundo turno, põe em risco as propostas mais vistosas dos candidatos a prefeito nos cinco maiores colégios eleitorais que vão às urnas no domingo. Em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, os postulantes prometem grandes realizações, desconsiderando os impactos que a crise terá em suas receitas e nas dos governos estaduais e federal.
Grandes obras viárias, expansão do metrô, congelamento de tarifas de ônibus, escolas, hospitais e reforço e valorização do funcionalismo público foram proposições correntes na campanha do segundo turno. Todas essas propostas foram colocadas nos planos de governo no primeiro semestre deste ano, quase que simultaneamente à elaboração dos orçamentos municipais dentro de perspectivas econômicas otimistas para 2009, com crescimento de PIB de 4,5%. As novas projeções de mercado mostram expansão muito mais modesta. As conseqüências imediatas da mudança no cenário econômico são menos recursos para investimentos. Em alguns casos, já se pensa em começar o ano com contingenciamento de gastos.
Nas secretaria de finanças municipais, a crise provoca revisões dos orçamentos. Em São Paulo, a previsão de crescimento do PIB caiu de 4,3% para 3,6%, o que significa menor R$ 3 bilhões para investir. “Estamos trabalhando com um cenário ruim para 2009”, afirma Walter Aluísio Rodrigues, secretário de Finanças. Em Belo Horizonte, o secretário José Afonso Beltrão da Silva afirma que uma reavaliação do orçamento de R$ 6,1 bilhões está programada para novembro. Já prevê, porém, que em um cenário de crise os R$ 500 milhões de investimentos ficarão comprometidos.
Em Porto Alegre, o contingenciamento já era esperado e, segundo Clóvis Magalhães, coordenador da campanha do prefeito José Fogaça (PMDB), normalmente é de 20%. “É natural que devamos fazer uma readequação orçamentária diante da crise”, admitiu. Já na campanha da candidata do PT, Maria dos Rosário, o coordenador Ubiratan de Souza confirma a revisão orçamentária, mas diz que o baixo percentual de investimentos da gestão atual possibilita um aumento de volume. (págs. 1 e A18)
BC usará até US$ 50 bi para normalizar câmbio
O Banco Central vai realizar um programa de venda de até US$ 50 bilhões em swaps cambiais no mercado de futuro como parte de sua estratégia para diminuir os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira. Ontem, o BC deu início ao programa, com venda de US$ 2,22 bilhões.
Com o comunicado, o BC mostra que pretende usar munição pesada para combater a crise. Pelos dados oficiais, no fim de setembro o BC tinha uma posição ativa de US$ 22,45 bilhões no mercado futuro. Ela foi construída ao longo dos últimos anos, por tradicionais e pela venda dos chamados swaps cambiais reversos, em que o BC assume uma posição ativa em dólares. Essa posição ativa vem sendo consumida rapidamente. Até quarta-feira, as vendas de swaps já haviam chegado a US$ 13,6 bilhões, além de US$ 1,5 bilhões de swaps cambiais reversos, o que equivale a dois terços da posição ativa de setembro.
Com a decisão de ontem, na prática o BC anuncia que poderá assumir uma posição passiva em dólares de pouco mais de US$ 43 bilhões. (págs. 1 e C1)
Políticas públicas dos últimos 20 anos não reduziram desigualdades (págs. 1 e A6)
Desemprego recua
Disputa de desemprego em setembro ficou em 7,6% da população economicamente ativa, estável em relação a agosto, mas inferior aos 9% de setembro de 2007. O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.267,30)subiu 0,9% em relação a agosto e 6,4% sobre setembro de 2007. (págs. 1 e A4)
Idéias
Claudia Safatle: Crise pode fazer a arrecadação federal cair em 2010, ano da eleição presidencial. (págs. 1 e A2)
Idéias
Maria C. Fernandes: Governos terão de puxar o freio das despesas. (págs. 1 e A8)
SDE investiga setor de tubos
Disputa de mercados entre Saint-Gobain e Amitech leva a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça a abrir investigação sobre o mercado de tubos para saneamento básico no país. (págs. 1 e B1)
Empresas ainda conseguem contornar a falta de crédito
O principal efeito do agravamento da crise financeira sobre o setor produtivo foi o adiamento dos investimentos, especialmente aqueles ainda não iniciados. Outros problemas como dificuldade de pagamento a fornecedores, demissões, cancelamento de encomendas ou falta de capital de giro para sustentar a produção aparecem em casos isolados.
Os indicadores de atividade econômica de outubro já vão registrar os efeitos da crise financeira no dia-a-dia das empresas, mas o impacto será muito menor do que no mercado de crédito. As empresas têm encontrado alternativas - como transferir recursos de investimentos para o capital de giro - e algumas indústrias esperam, inclusive, bater recorde de produção neste mês. (págs. 1, A3 e A4)
AES e Duke buscam opção para geração em São Paulo
A AES Tietê e a Duke Energy Geração Paranapanema travam um embate com o governo paulista para cumprir obrigações do programa de privatização. O edital de venda previa a expansão em 15% do parque gerador ou a compra de igual quantidade de energia de projetos novos construídos no Estado. Nada deu certo. O potencial hidrelétrico paulista está esgotado e as tentativas de termelétricas a gás esbarram nas restrições à oferta do insumo. O governo de São Paulo não vai abrir mão da exigência. A geração dos 722 megawatts que correspondem à expansão a ser feita pelas duas companhias necessitam de investimentos em torno de R$ 2 bilhões.
A disputa foi levada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que se considerou incompetente para decidir a questão. Atrasadas para cumprir os prazos, as empresas começaram a estruturar projetos alternativos. A AES Tietê tem planos para co-gerar energia a partir do bagaço de cana e está construindo duas pequenas centrais hidrelétricas. A Duke não quis falar sobre o assunto e alegou estar em período de silêncio estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em razão da emissão de debêntures. (págs. 1 e B9)
Bancos tentam fisgar aplicador com fundo de capital protegido
Com a forte queda da bolsa, os bancos tentam fisgar investidores com a oferta de fundos de capital protegido, que devolvem o valor aplicado em caso de perdas. O patrimônio desses fundos cresceu 88% desde o início do ano e já alcança R$ 3,25 bilhões. Esses fundos são atrelados à variação da bolsa: se o Ibovespa subir, mas sem bater uma determinada pontuação definida na aplicação (40% em alguns casos), o investidor leva o ganho todo. Se ultrapassar esse limite, a aplicação tem um retorno prefixado. Se o índice cair, o aplicador leva o principal investido, descontada a taxa de administração. "O aplicador sai com o principal, mas, na prática, isso é perda, porque ele deixou de ganhar", alerta Marcia Dessen, da Bankrisk Consultoria. (págs. 1 e D1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Vale tem o maior lucro líquido da história AL
A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) encerrou o terceiro trimestre com lucro recorde de R$ 12,4 bilhões, um crescimento de 167% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do maior resultado até agora divulgado na América Latina. Em dólares, o lucro líquido da Vale alcançou US$ 4,8 bilhões, 64% maior. Com 95% das vendas atreladas ao dólar, o lucro da companhia em reais ganhou uma contribuição de R$ 2,8 bilhões provenientes da valorização da moeda americana.
Além da valorização do dólar, o recorde da Vale também refletiu marcas históricas da companhia em receita bruta, produção, geração de caixa e embarques, mas as taxas de crescimento ficaram bem aquém do salto no lucro.
A receita bruta alcançou R$ 21,4 bilhões valor 33,4% superior ao valor no primeiro trimestre de 2007. A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou em R$ 11,3 bilhões, num aumento de 41,9%. A Vale ressalta que possui “recursos em caixa da ordem de US$ 15,3 bilhões, disponibilidade de linhas de crédito de médio e longo prazos e perfil de dívida de baixo risco, com baixa alavancagem, baixo custo, elevada cobertura de juros e longo prazo médio de vencimento”.
A companhia reconhece, entretanto, que a crise vai afetar a demanda por minerais no mundo, inclusive na China, seu maior mercado. “Esperamos a continuação da desaceleração econômica global, com o ritmo de crescimento caindo no curto prazo ao nível observado na recessão de 2001”, prevê a empresa. Para a Vale, haverá recuperação gradual a partir do segundo semestre de 2009. (págs. 1 e A4)
BB vai ampliar financiamento de veículos
O Banco do Brasil poderá adquirir uma financeira para fomentar o crédito na compra de veículos. “Não fosse o financiamento direto das montadoras, teríamos queda maior do que a que se anuncia, de 20%”, disse o governador Aécio Neves, que levou sua preocupação ao presidente Lula. (págs. 1 e C3)
Opinião
Márcio Artur Laurelli Cypriano: Agiu bem o governo, com a MP 443, ao antecipar medidas cujo objetivo é proteger o País da contaminação de problemas do exterior. (págs. 1 e A3)
BC oferece até US$ 50 bi para acalmar mercado de câmbio
O Banco Central (BC) mostrou ontem que tem artilharia para aplacar os ânimos no mercado de câmbio. E está disposto a usá-la. Poderá realizar novas operações de swap cambial de até US$ 50 bilhões. “Estamos num momento de estresse muito forte e, obviamente, em momentos como esses o governo tem de tomar posição, não pode ficar parado”, disse o secretário extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Por causa de uma parada súbita dos fluxos privados e, conseqüentemente, do aumento de demanda por dólar no mercado futuro, o BC interveio cinco vezes para tentar conter a alta da moeda norte-americana. Foram três leilões de venda direta, com dinheiro das reservas internacionais, e mais dois de swap cambial no montante de R$ 2,2 bilhões. Durante o dia de ontem, a volatilidade reinou e a cotação do dólar frente ao real oscilou entre a mínima de R$ 2,255 e a máxima de R$ 2,524 até fechar em baixa de 3,27% (R$ 2,305).(págs. 1 e B1)
Pregão
Em dia volátil, bolsa paulista cai 3,57%. (págs. 1 e B5)
País registra déficit de US$ 2,7 bi
O País registrou déficit em transações correntes de US$ 2,7 bilhões em setembro. No acumulado do ano, o resultado ficou em US$ 23 bilhões, o equivalente a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1 e A7)
Confiança do consumidor cai 10%
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 10% em outubro. O indicador passou de 112,7 pontos para 101,4 pontos, segundo sondagem realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). (págs. 1 e A5)
Petróleo no preço atual já inviabiliza explorar pré-sal
A queda do petróleo — que ontem fechou em US$ 67,84 o barril, 53% abaixo do recorde de US$ 147,27 — pode postergar o sonho da Petrobras de extrair, em grande escala, o petróleo na camada pré-sal do litoral brasileiro, a maior descoberta já ocorrida no mundo em 30 anos. Analistas ouvidos pela Gazeta Mercantil dizem que o barril entre US$ 50 e US$ 70 inviabiliza a exploração na região. “O bilhete continua premiado, mas a retirada do prêmio pode demorar”, afirmou o analista Adriano Pires, para quem o petróleo a US$ 70 já impede a extração no pré-sal. José Marcusso, diretor da Petrobras, porém, disse que “qualquer especulação sobre a viabilidade da região ainda é prematura”. A estatal prevê explorar comercialmente o óleo só em 2015.
Ontem, o presidente da Opep afirmou que a crise financeira mundial adiará a exploração na fronteira brasileira. (págs. 1 e C2)
Construção busca alternativas
A construção busca alternativas de crédito, mas considera que a criação de um banco de investimentos não corresponde às necessidades do setor.(págs. 1 e investnews.com.br)
Frigoríficos suspendem abates
Quatro frigoríficos decretaram férias coletivas por falta de bois para abate e por conta da incerteza internacional. Foram três unidades do JBSFriboi e uma do grupo Minerva. (págs. 1 e B12)
Greenspan reconhece falhas
O ex-presidente do Fed (o banco central norte-americano) Alan Greenspan reconheceu ontem que há falhas no modelo econômico de livre mercado. (págs. 1 e B4)
WEF vê mais riscos de recessão
O alto nível de incerteza trazido pela turbulência financeira mostra que são cada vez maiores os riscos de uma recessão prolongada, diz o estudo do WEF sobre a Europa e Ásia Central divulgado ontem. (págs. 1 e A13)
Opinião
Ariverson Feltrin: Há em todos os setores natural temor em relação ao amanhã. E, nessa situação, o pé troca de lado. Em vez de pisar no acelerador, vai para o freio. (págs. 1 e A2)
PMDB deve ser o grande vitorioso neste domingo
Mais de 27 milhões de eleitores vão escolher neste domingo os prefeitos de 30 cidades no segundo turno da eleição municipal. O PMDB deve ser o grande vitorioso, mas PT, PSDB e o DEM também terão motivos para comemorar.(págs. 1, A8 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: Lacerda abre nove pontos de vantagem
Márcio Lacerda (PSB) ultrapassou Leonardo Quintão (PMDB) na reta final da disputa pela Prefeitura de BH, abrindo 9,2 pontos de frente. Pesquisa do Instituto EM Data/Veritá com 1.020 eleitores mostra Lacerda com 46,6% das intenções de voto contra 37,4% de Quintão que liderava na sondagem anterior, na semana passada, por 12 pontos. Considerando-se apenas os votos válidos (excluídos os brancos, nulos e indecisos), a diferença a favor de Lacerda é 55,5% a 44,5%. (págs. 1 e 3)
Lula garante a Aécio dinheiro para levar o metrô à Savassi (págs. 1 e 9)
Desafio agora é evitar a recessão
A crise mostra sua face mais perversa, a recessão, e o mundo todo, o Brasil inclusive, luta para combatê-la. Ontem, o governo anunciou que o Banco do Brasil também vai atuar no mercado de financiamento de automóveis. Para segurar o dólar, que bateu em R$ 2,54 e agitou a BM&F, o Banco Central anunciou venda de até US$ 50 bilhões. Resultado: a moeda americana recuou para R$ 2,30. A Bovespa teve mais um dia ruim e fechou em baixa de 3,57%. (págs. 1, 14 a 17 e 19)
Enfim, uma boa notícia
Mesmo em meio à crise, o Brasil continua a receber investimentos estrangeiros. (pág. 1)
Quintão usa esquema de Maluf para lavar dinheiro
Documentos da Promotoria de Nova York mostram que Leonardo Quintão e família usaram o mesmo esquema do ex-prefeito Paulo Maluf para enviar dinheiro ao exterior. Foram movimentados mais de US$ 1 milhão, entre 1998 e 2002, por meio do Beacon Hill, megaescritório de lavagem de dinheiro, contratado por doleiros, fechado a pedido de promotores dos EUA em 2003. (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Mais US$ 50 bilhões para segurar o dólar
Antes de fechar em R$ 2,30, a moeda americana chegou a bater R$ 2,52, ontem, e o BC anunciou que vai iniciar hoje um programa de até US$ 50 bilhões em contratos para reduzir os impactos da crise financeira internacional. (pág.1)
Estado tem pressa para identificar e combater a dengue (pág.1)
Vereadores do Recife articulam reajuste dos próprios salários (pág.1)
Servidor acusa IML por dano sério na visão (pág.1)
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