25 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Dinheiro do Tesouro vai socorrer as construtoras
Temendo os efeitos da escassez de crédito sobre o mercado imobiliário, o governo deverá repassar recursos do Tesouro Nacional às construtoras. A medida constará do pacote que está sendo anunciado nos próximos dias. O dinheiro, para capital de giro, seria repassado via BNDES e Caixa Econômica Federal com juros de mercado e prazo de três anos. A linha de crédito, inicialmente de R$ 3 bilhões pode ser ampliada. Com o boom do financiamento imobiliário, as construtoras abriram capital na bolsa, levantaram recursos, compraram terrenos e, antes de começar a construir, já venderam milhares de unidades. Agora, encontram dificuldades de crédito. (págs. 1, 31, Míriam Leitão e Negócios & Cia)
Unibanco antecipa balanço para mostrar lucro
O Unibanco anunciou que obteve lucro líquido de R$ 704 milhões no terceiro trimestre, o que significa 5,6% a mais que no mesmo período de 2007. Nos nove meses de 2008, o ganho é de R$ 2,2 bilhões. A Bovespa fechou em queda de 6,91%. As ações de bancos tiveram quedas fortes. (págs. 1 e 33)
Presente de Grego
O prefeito Cesar Maia desistiu de transferir para a iniciativa privada a gestão da Cidade da Música – complexo cultural ainda em obras na Barra da Tijuca - e deixará para seu sucessor uma dor de cabeça que já custou R$ 518 milhões aos cofres públicos, além de uma despesa de manutenção estimada em R$ 10 milhões por ano. Cesar tomou essa decisão porque não quer deixar o poder sem inaugurar em dezembro a nova casa de espetáculos da cidade, após duas tentativas fracassadas de licitação. Caberá ao vereador eleito Elder Dantas, nomeado ontem presidente da empresa Riocentro, a tarefa de implementar uma programação cultural (ainda inexistente) e de contratar os serviços que garantam o funcionamento do complexo, por um período de pelo menos 90 dias. Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) criticaram a medida de César. Os dois candidatos deram ontem uma trégua na agitação da campanha e passaram o dia descansando e se preparando para o debate na TV Globo, à noite. (págs. 1, 4 e 8)
Violência cresce em Niterói
Uma onda de violência assusta Niterói. Horas depois de assaltantes fazerem um arrastão num prédio no Jardim Icaraí, ladrões invadiram ontem de madrugada um shopping em São Francisco – outra área nobre do município – e roubaram três estabelecimentos comerciais. (págs. 1 e 20)
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Folha de S. Paulo
Manchete: BNDES ajudará empresas que perderam com dólar
O BNDES anunciou que pretende ajudar empresas exportadoras em dificuldades após registrarem perdas com operações cambiais. Segundo o presidente do banco, Luciano Coutinho, a ajuda será discutida caso a caso. A decisão contraria o discurso oficial de que não haveria socorro direto a empresas. O presidente Lula tinha dito que as companhias especulam contra o real e que praticaram as operações por conta própria, por ganância. O ministro Guido Mantega (Fazenda) havia descartado a possibilidade de ajuda. Grandes empresas já anunciaram perdas substanciais com o câmbio. Coutinho disse estar em negociação com algumas companhias: “São empresas robustas. Elas têm meios de equacionar isso com o sistema bancário privado e terão se necessário, o suporte do BNDES para que nenhum problema de liquidez inviabilize empresas de grande qualidade potencial. Acompanhando os principais mercados, a Bovespa fechou ontem forte baixa, de 6,91%. A intensificação das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio foi insuficiente para deter a alta do dólar, que subiu 0,95% para R$ 2,327. Na semana, a moeda americana se valorizou 9,76%. (págs. 1 e Dinheiro)
Situação é séria e não permite piadas, afirma presidente do BC
Em palestra a investidores nos EUA, o presidente do Banco Central brasileiro, Henrique Meirelles, afirmou que é preciso parar com as "piadas" a respeito da crise global; "È uma situação muito séria". Meirelles, porém, voltou a dizer que o Brasil está em situação favorável e, com outros emergentes, tem sido um "estabilizador". Ele também defendeu as medidas do BC contra a crise. (págs. 1 e B 4)
55% acham que inflação subirá, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha com eleitores de cinco capitais (São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre) revela que, para 55% a inflação voltará a crescer. Para 30%, a situação econômica do país vai piorar, enquanto 46% crêem em mais desemprego. (págs. 1 e B4)
Para economistas, reforma fiscal no país é necessária
Em debate na Folha os economistas e colunistas do jornal, Alexandre Shwartsman, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Paulo Rabello de Castro e Yoshiaki Nakano defenderam o corte nos gastos do governo para tentar evitar um aperto monetário maior. (págs. 1 e B9)
Temor de recessão global cresce e bolsas desabam
Novos dados elevaram o temor de recessão global. A economia britânica recuou 0,5% no terceiro trimestre, primeira queda desde 1992. Apesar do corte de 1,5 milhões de barris/dia na produção de petróleo, a cotação diminuiu, porque a demanda deve cair mais ainda. As Bolsas voltaram a sofrer forte desvalorização; a de Nova York recuou 3,59%. (págs. 1 e B 7)
Justiça proíbe Daniel Dantas de sair do Brasil
A menos de dois meses da conclusão do processo contra Daniel Dantas por suposta tentativa de corromper um policial, o juiz Fausto De Sanctis, da 6º Vara Federal de SP, proibiu o banqueiro de deixar o país sem autorização judicial. (págs. 1 e A17)
Editoriais
Leia “Batalhas no câmbio” sobre valorização do dólar; e “Foco no professor”, que aborda cursos de formação. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Indicadores da recessão global agravam queda dos mercados
A divulgação de dados negativos sobre a economia européia e a decisão de grandes empresas de cortar produção provocaram um dia de pânico nos mercados financeiros. O que mais assustou os investidores foi o anúncio de que o PIB do Reino Unido recuou 0,5% no terceiro trimestre - a economia britânica não sofria redução desde 1992.
Também abalou os mercados a informação de que a montadora francesa Peugeot-Citroën resolveu fechar fábricas temporariamente para reduzir a produção em 30%. Nas bolsas de valores, esses e outros sinais foram interpretados como confirmação de que a crise antes restrita a atividades financeiras atingiu a economia real. A de Nova York caiu 3,59%. A de Londres, 5%. A de Tóquio, 9,6%. A Bovespa fechou em baixa de 6,91%.
No Brasil, o Unibanco antecipou a divulgação de seu balanço para apresentar lucros e conter rumores de que está em situação difícil. (págs. 1 e B1 a B13)
Não vai faltar crédito, diz Lula
O presidente Lula prometeu a empresários empenho para reduzir o impacto da crise na economia. Segundo relato de participantes da reunião, Lula disse que é "questão de honra" garantir o crédito. (págs. 1 e B8)
BNDES socorre empresas que perderam com câmbio
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou que o banco vai ajudar empresas que enfrentam dificuldade por causa de perdas em operações com câmbio. Coutinho revelou que o BNDES já abriu negociações com companhias. "São problemas solucionáveis", assegurou. (págs. 1 e B6)
Senado cumpre lei e demite 86 parentes
O Senado concluiu ontem a exoneração dos parentes dos senadores e de servidores ocupantes de cargos de chefia, em cumprimento à determinação do STF. No total, foram afastados 86 parentes. O senador campeão de nepotismo era Efraim Morais (DEM-PB), que teve de demitir uma filha, cinco sobrinhos e um cunhado. O diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, também tinha sete parentes em postos de confiança: a mulher, três filhas, um irmão, uma cunhada e uma ex-nora. (págs. 1 e A14)
Pizzarias lideram lista da falta de higiene em SP
Estudo da Secretaria de Saúde de São Paulo mostra que as pizzarias lideram o ranking da falta de higiene no Estado - entre as pesquisadas, 31% apresentaram problemas. Em seguida vêm as churrascarias (19%) e as pastelarias (14%). (págs. 1 e A18)
Kassab usa Serra; Marta o compara a Collor
O último dia de programa eleitoral em São Paulo manteve o tom agressivo. Marta Suplicy (PT) acusou Gilberto Kassab (DEM) de ser "como Collor", que "apareceu do nada". Já o prefeito, que usou José Serra, acusou Marta de má gestão. (págs. 1 e A4)
Notas e informações: O turno da baixaria
O segundo turno em algumas das capitais se degradou no baixo nível da apelação. Diversos candidatos se entregam com desenvoltura a ações politicamente obscenas. (págs. 1 e A3)
A cidade e seu futuro
Marco A. Nogueira: Se soubermos politizar São Paulo, teremos o futuro. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Brasil
Manchete: Sobrou para o próximo prefeito
Decreto assinado pelo prefeito Cesar Maia, publicado no Diário Oficial, acrescenta novo ingrediente à polêmica em torno da Cidade da Música - que já custou mais R$ 500 milhões aos cofres do município. Depois de tentar atrair interessados na primeira licitação, o prefeito deixa para o sucessor a tarefa de gerir o complexo: será a Riocentro S/A, empresa da prefeitura que está autorizada ainda a licitar os serviços internos e a "seleção especial" para a inauguração do espaço. O custo estimado de manutenção da Cidade da Música é de R$ 15 milhões anuais. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)
BNDES vai socorrer empresas em crise
O BNDES vai ajudar empresas exportadoras que tiveram perdas com operações realizadas em dólar e estejam enfrentando dificuldades. Manter a economia aquecida é uma questão de honra para o governo, informou o presidente Lula a empresários, num dia de baixa nas bolsas. (pág. 1 e Economia, págs. A17 a A19)
Dramalhão deixou para domingo o final feliz
No último programa eleitoral da TV, Eduardo Paes vendeu a idéia do trabalho. E Fernando Gabeira vendeu-se como a utopia. (pág. 1 e Eleições, pág. A6)
Película protege o mosquito da dengue
Transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypiti teve sua maior defesa descoberta por cientistas da Fiocruz. Trata-se de uma película protetora - transparente e impermeável - que protege os ovos do cloro e de inseticidas. E o ajuda a sobreviver de um verão para outro. (pág. 1 e Cidade, pág. A13)
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Correio Braziliense
Manchete: E o real derrete!
Sob ataque severo, como de resto estão todas as moedas de países emergentes, o real perde valor dia a dia. Ontem, o BC interveio quatro vezes no mercado de câmbio e usou US$ 2,8 bilhões para baixar a cotação. Ainda assim, o dólar terminou o dia ainda mais caro, vendido a R$ 2,32. Só nesta semana, a moeda norte-americana encareceu 9,7%. E 30% no ano. Resultado: quem havia feito apostas no mercado futuro acreditando na força do real entrou pelo cano. A Aracruz, uma das maiores empresas do país, tenta negociar com bancos credores dívidas sete vezes maiores que o próprio patrimônio. A Vale, outra gigante nacional, anunciou redução na produção de minério, por conta da queda na demanda. A inflação, velha inimiga, já dá as caras no preço dos alimentos, segundo a FGV. E o valor das empresas medido no índice da Bolsa de São Paulo se desmancha rapidamente - perdas de 50% desde janeiro. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 22 a 29)
PIB da Grã-Bretanha recua 0,5% no terceiro trimestre, primeira queda em 16 anos.
Chrysler anuncia demissão de 2 mil funcionários.
Peugeot reduz produção em todo o mundo.
GM demite 500 na Argentina.
Opep corta produção e ainda assim petróleo cai.
Arcelor fecha fornalhas na Bélgica, França e Alemanha.
Islândia pede socorro de US$ 2 bi ao FMI. (pág. 1)
Proibido remédio para emagrecer
Anvisa segue Europa e suspende a venda do Acomplia, usado para inibir o apetite. Estudos revelam que medicamento provoca depressão. (págs. 1 e 36)
Salário de servidores sustenta economia do DF
Dois terços da massa de salários paga no Distrito Federal pertencem a funcionários públicos. O número faz parte de estudo divulgado ontem pelo IBGE e revela uma evolução: há dez anos, a preponderância dos vencimentos públicos sobre os privados era menor, 60%. (págs. 1 e 31)
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Valor Econômico
Manchete: Crise já coloca em xeque os projetos de novos prefeitos
O acirramento da crise financeira nas últimas semanas, exatamente durante a campanha eleitoral do segundo turno, põe em risco as propostas mais vistosas dos candidatos a prefeito nos cinco maiores colégios eleitorais que vão às urnas no domingo. Em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, os postulantes prometem grandes realizações, desconsiderando os impactos que a crise terá em suas receitas e nas dos governos estaduais e federal.
Grandes obras viárias, expansão do metrô, congelamento de tarifas de ônibus, escolas, hospitais e reforço e valorização do funcionalismo público foram proposições correntes na campanha do segundo turno. Todas essas propostas foram colocadas nos planos de governo no primeiro semestre deste ano, quase que simultaneamente à elaboração dos orçamentos municipais dentro de perspectivas econômicas otimistas para 2009, com crescimento de PIB de 4,5%. As novas projeções de mercado mostram expansão muito mais modesta. As conseqüências imediatas da mudança no cenário econômico são menos recursos para investimentos. Em alguns casos, já se pensa em começar o ano com contingenciamento de gastos.
Nas secretaria de finanças municipais, a crise provoca revisões dos orçamentos. Em São Paulo, a previsão de crescimento do PIB caiu de 4,3% para 3,6%, o que significa menor R$ 3 bilhões para investir. “Estamos trabalhando com um cenário ruim para 2009”, afirma Walter Aluísio Rodrigues, secretário de Finanças. Em Belo Horizonte, o secretário José Afonso Beltrão da Silva afirma que uma reavaliação do orçamento de R$ 6,1 bilhões está programada para novembro. Já prevê, porém, que em um cenário de crise os R$ 500 milhões de investimentos ficarão comprometidos.
Em Porto Alegre, o contingenciamento já era esperado e, segundo Clóvis Magalhães, coordenador da campanha do prefeito José Fogaça (PMDB), normalmente é de 20%. “É natural que devamos fazer uma readequação orçamentária diante da crise”, admitiu. Já na campanha da candidata do PT, Maria dos Rosário, o coordenador Ubiratan de Souza confirma a revisão orçamentária, mas diz que o baixo percentual de investimentos da gestão atual possibilita um aumento de volume. (págs. 1 e A18)
BC usará até US$ 50 bi para normalizar câmbio
O Banco Central vai realizar um programa de venda de até US$ 50 bilhões em swaps cambiais no mercado de futuro como parte de sua estratégia para diminuir os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira. Ontem, o BC deu início ao programa, com venda de US$ 2,22 bilhões.
Com o comunicado, o BC mostra que pretende usar munição pesada para combater a crise. Pelos dados oficiais, no fim de setembro o BC tinha uma posição ativa de US$ 22,45 bilhões no mercado futuro. Ela foi construída ao longo dos últimos anos, por tradicionais e pela venda dos chamados swaps cambiais reversos, em que o BC assume uma posição ativa em dólares. Essa posição ativa vem sendo consumida rapidamente. Até quarta-feira, as vendas de swaps já haviam chegado a US$ 13,6 bilhões, além de US$ 1,5 bilhões de swaps cambiais reversos, o que equivale a dois terços da posição ativa de setembro.
Com a decisão de ontem, na prática o BC anuncia que poderá assumir uma posição passiva em dólares de pouco mais de US$ 43 bilhões. (págs. 1 e C1)
Políticas públicas dos últimos 20 anos não reduziram desigualdades (págs. 1 e A6)
Desemprego recua
Disputa de desemprego em setembro ficou em 7,6% da população economicamente ativa, estável em relação a agosto, mas inferior aos 9% de setembro de 2007. O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.267,30)subiu 0,9% em relação a agosto e 6,4% sobre setembro de 2007. (págs. 1 e A4)
Idéias
Claudia Safatle: Crise pode fazer a arrecadação federal cair em 2010, ano da eleição presidencial. (págs. 1 e A2)
Idéias
Maria C. Fernandes: Governos terão de puxar o freio das despesas. (págs. 1 e A8)
SDE investiga setor de tubos
Disputa de mercados entre Saint-Gobain e Amitech leva a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça a abrir investigação sobre o mercado de tubos para saneamento básico no país. (págs. 1 e B1)
Empresas ainda conseguem contornar a falta de crédito
O principal efeito do agravamento da crise financeira sobre o setor produtivo foi o adiamento dos investimentos, especialmente aqueles ainda não iniciados. Outros problemas como dificuldade de pagamento a fornecedores, demissões, cancelamento de encomendas ou falta de capital de giro para sustentar a produção aparecem em casos isolados.
Os indicadores de atividade econômica de outubro já vão registrar os efeitos da crise financeira no dia-a-dia das empresas, mas o impacto será muito menor do que no mercado de crédito. As empresas têm encontrado alternativas - como transferir recursos de investimentos para o capital de giro - e algumas indústrias esperam, inclusive, bater recorde de produção neste mês. (págs. 1, A3 e A4)
AES e Duke buscam opção para geração em São Paulo
A AES Tietê e a Duke Energy Geração Paranapanema travam um embate com o governo paulista para cumprir obrigações do programa de privatização. O edital de venda previa a expansão em 15% do parque gerador ou a compra de igual quantidade de energia de projetos novos construídos no Estado. Nada deu certo. O potencial hidrelétrico paulista está esgotado e as tentativas de termelétricas a gás esbarram nas restrições à oferta do insumo. O governo de São Paulo não vai abrir mão da exigência. A geração dos 722 megawatts que correspondem à expansão a ser feita pelas duas companhias necessitam de investimentos em torno de R$ 2 bilhões.
A disputa foi levada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que se considerou incompetente para decidir a questão. Atrasadas para cumprir os prazos, as empresas começaram a estruturar projetos alternativos. A AES Tietê tem planos para co-gerar energia a partir do bagaço de cana e está construindo duas pequenas centrais hidrelétricas. A Duke não quis falar sobre o assunto e alegou estar em período de silêncio estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em razão da emissão de debêntures. (págs. 1 e B9)
Bancos tentam fisgar aplicador com fundo de capital protegido
Com a forte queda da bolsa, os bancos tentam fisgar investidores com a oferta de fundos de capital protegido, que devolvem o valor aplicado em caso de perdas. O patrimônio desses fundos cresceu 88% desde o início do ano e já alcança R$ 3,25 bilhões. Esses fundos são atrelados à variação da bolsa: se o Ibovespa subir, mas sem bater uma determinada pontuação definida na aplicação (40% em alguns casos), o investidor leva o ganho todo. Se ultrapassar esse limite, a aplicação tem um retorno prefixado. Se o índice cair, o aplicador leva o principal investido, descontada a taxa de administração. "O aplicador sai com o principal, mas, na prática, isso é perda, porque ele deixou de ganhar", alerta Marcia Dessen, da Bankrisk Consultoria. (págs. 1 e D1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Vale tem o maior lucro líquido da história AL
A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) encerrou o terceiro trimestre com lucro recorde de R$ 12,4 bilhões, um crescimento de 167% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se do maior resultado até agora divulgado na América Latina. Em dólares, o lucro líquido da Vale alcançou US$ 4,8 bilhões, 64% maior. Com 95% das vendas atreladas ao dólar, o lucro da companhia em reais ganhou uma contribuição de R$ 2,8 bilhões provenientes da valorização da moeda americana.
Além da valorização do dólar, o recorde da Vale também refletiu marcas históricas da companhia em receita bruta, produção, geração de caixa e embarques, mas as taxas de crescimento ficaram bem aquém do salto no lucro.
A receita bruta alcançou R$ 21,4 bilhões valor 33,4% superior ao valor no primeiro trimestre de 2007. A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ficou em R$ 11,3 bilhões, num aumento de 41,9%. A Vale ressalta que possui “recursos em caixa da ordem de US$ 15,3 bilhões, disponibilidade de linhas de crédito de médio e longo prazos e perfil de dívida de baixo risco, com baixa alavancagem, baixo custo, elevada cobertura de juros e longo prazo médio de vencimento”.
A companhia reconhece, entretanto, que a crise vai afetar a demanda por minerais no mundo, inclusive na China, seu maior mercado. “Esperamos a continuação da desaceleração econômica global, com o ritmo de crescimento caindo no curto prazo ao nível observado na recessão de 2001”, prevê a empresa. Para a Vale, haverá recuperação gradual a partir do segundo semestre de 2009. (págs. 1 e A4)
BB vai ampliar financiamento de veículos
O Banco do Brasil poderá adquirir uma financeira para fomentar o crédito na compra de veículos. “Não fosse o financiamento direto das montadoras, teríamos queda maior do que a que se anuncia, de 20%”, disse o governador Aécio Neves, que levou sua preocupação ao presidente Lula. (págs. 1 e C3)
Opinião
Márcio Artur Laurelli Cypriano: Agiu bem o governo, com a MP 443, ao antecipar medidas cujo objetivo é proteger o País da contaminação de problemas do exterior. (págs. 1 e A3)
BC oferece até US$ 50 bi para acalmar mercado de câmbio
O Banco Central (BC) mostrou ontem que tem artilharia para aplacar os ânimos no mercado de câmbio. E está disposto a usá-la. Poderá realizar novas operações de swap cambial de até US$ 50 bilhões. “Estamos num momento de estresse muito forte e, obviamente, em momentos como esses o governo tem de tomar posição, não pode ficar parado”, disse o secretário extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais do Ministério da Fazenda, Bernard Appy.
Por causa de uma parada súbita dos fluxos privados e, conseqüentemente, do aumento de demanda por dólar no mercado futuro, o BC interveio cinco vezes para tentar conter a alta da moeda norte-americana. Foram três leilões de venda direta, com dinheiro das reservas internacionais, e mais dois de swap cambial no montante de R$ 2,2 bilhões. Durante o dia de ontem, a volatilidade reinou e a cotação do dólar frente ao real oscilou entre a mínima de R$ 2,255 e a máxima de R$ 2,524 até fechar em baixa de 3,27% (R$ 2,305). (págs. 1 e B1)
Pregão
Em dia volátil, bolsa paulista cai 3,57%. (págs. 1 e B5)
País registra déficit de US$ 2,7 bi
O País registrou déficit em transações correntes de US$ 2,7 bilhões em setembro. No acumulado do ano, o resultado ficou em US$ 23 bilhões, o equivalente a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1 e A7)
Confiança do consumidor cai 10%
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 10% em outubro. O indicador passou de 112,7 pontos para 101,4 pontos, segundo sondagem realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV). (págs. 1 e A5)
Petróleo no preço atual já inviabiliza explorar pré-sal
A queda do petróleo — que ontem fechou em US$ 67,84 o barril, 53% abaixo do recorde de US$ 147,27 — pode postergar o sonho da Petrobras de extrair, em grande escala, o petróleo na camada pré-sal do litoral brasileiro, a maior descoberta já ocorrida no mundo em 30 anos. Analistas ouvidos pela Gazeta Mercantil dizem que o barril entre US$ 50 e US$ 70 inviabiliza a exploração na região. “O bilhete continua premiado, mas a retirada do prêmio pode demorar”, afirmou o analista Adriano Pires, para quem o petróleo a US$ 70 já impede a extração no pré-sal. José Marcusso, diretor da Petrobras, porém, disse que “qualquer especulação sobre a viabilidade da região ainda é prematura”. A estatal prevê explorar comercialmente o óleo só em 2015.
Ontem, o presidente da Opep afirmou que a crise financeira mundial adiará a exploração na fronteira brasileira. (págs. 1 e C2)
Construção busca alternativas
A construção busca alternativas de crédito, mas considera que a criação de um banco de investimentos não corresponde às necessidades do setor. (págs. 1 e investnews.com.br)
Frigoríficos suspendem abates
Quatro frigoríficos decretaram férias coletivas por falta de bois para abate e por conta da incerteza internacional. Foram três unidades do JBSFriboi e uma do grupo Minerva. (págs. 1 e B12)
Greenspan reconhece falhas
O ex-presidente do Fed (o banco central norte-americano) Alan Greenspan reconheceu ontem que há falhas no modelo econômico de livre mercado. (págs. 1 e B4)
WEF vê mais riscos de recessão
O alto nível de incerteza trazido pela turbulência financeira mostra que são cada vez maiores os riscos de uma recessão prolongada, diz o estudo do WEF sobre a Europa e Ásia Central divulgado ontem. (págs. 1 e A13)
Opinião
Ariverson Feltrin: Há em todos os setores natural temor em relação ao amanhã. E, nessa situação, o pé troca de lado. Em vez de pisar no acelerador, vai para o freio. (págs. 1 e A2)
PMDB deve ser o grande vitorioso neste domingo
Mais de 27 milhões de eleitores vão escolher neste domingo os prefeitos de 30 cidades no segundo turno da eleição municipal. O PMDB deve ser o grande vitorioso, mas PT, PSDB e o DEM também terão motivos para comemorar. (págs. 1, A8 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: Mercado de luxo ignora a crise
Governo decide ajudar empresas (págs. 1, 13 a 16)
Candidatos brigam nas ruas e na Justiça (pág. 1)
Indústria quer fundo para infra-estrutura (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Raiva humana volta a atacar
Após dois anos sem registros em Pernambuco, um jovem de 15 anos contraiu a doença em Floresta, ao ser mordido por um morcego. Paciente está em estado grave, no Hospital Oswaldo Cruz. (Págs. 1 e 7)
Acordo com a Caixa encerra greve dos bancários no País (pág. 1)
Crise atinge planos de saúde e redes de lojas (pág.1)
Saneamento básico de Petrolina serve de exemplo no Estado (pág. 1)
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