terça-feira, 14 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM, HOJE, OS PRINCIPAIS JORNAIS DO PAÍS

14 de outubro de 2008o

Manchete: Europa despeja dinheiro em bancos e reanima mercado

Uma ação coordenada de países da zona do euro, Reino Unido e nações de Oceania e Oriente Médio permitiu a liberação de US$ 2,4 trilhões para socorrer o sistema financeiro global. O volume é praticamente o mesmo que os EUA injetaram em seus mercados nos últimos meses. Além do Reino Unido, já visto como modelo para a Europa, grandes programas de capitalização de bancos partiram de Alemanha e França. A ajuda, acertada no fim de semana em Paris, foi fundamental para que as bolsas batessem recordes e afastassem o fantasma de mais uma Segunda-feira Negra. A Bovespa teve a maior alta do mundo: 14,66%. A bolsa de Nova York, após a pior semana em 112 anos de existência, fechou com a maior alta da sua história. O governo americano pode usar US$ 250 bilhões para comprar ações de nove bancos. (págs. 1, 21 a 29, Míriam Leitão, Merval Pereira e editorial "Com solução")

BC libera mais R$ 100 bi

O Banco Central deu ontem mais um passo para tentar amenizar os efeitos da crise financeira internacional sobre o mercado brasileiro e anunciou que pode liberar mais R$ 100 bilhões em compulsórios. É a quarta medida em menos de 20 dias. O BC avaliou que a escassez do crédito ainda é grave. (págs. 1 e 27)

Krugman, crítico, leva o Nobel

Grande crítico da política econômica de Bush e do ex-presidente do Fed Alan Greenspan, o economista Paul Krugman recebeu o Nobel por seu trabalho sobre o comércio internacional. O GLOBO republica hoje entrevista de Krugman, de 20 de julho, em que ele dizia que os EUA já se encontravam em recessão. (págs. 1, 28 e 29)

TRE notifica Paes sobre ato na Zona Oeste

O candidato do PMDB à prefeitura, Eduardo Paes, será notificado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a participação de partidários de sua candidatura no ato de sábado, em Campo Grande, contra seu adversário, Fernando Gabeira (PV). Paes nega envolvimento de sua campanha, mas fiscais eleitorais ouviram três mulheres que admitiram ter recebido R$ 50, com promessa de mais R$ 50, para fazer campanha para o peemedebista. O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, informou que, a pedido da campanha de Paes, repassou a ficha de antecedentes criminais do militante do PV agredido por cabos eleitorais do PMDB. (págs. 1, 3 e Luiz Garcia)

Gabeira e Paes sem projetos aprovados

Na Câmara dos Deputados, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) tiveram algo em comum: não conseguiram transformar um só projeto em lei. Gabeira apresentou 33 projetos em quatro mandatos. Paes, sem mandato desde 2006, propôs 86 em duas legislaturas. Os dois têm a mesma explicação: dizem que é difícil ter projetos aprovados diante do excesso de medidas provisórias no Congresso. (págs. 1 e 4)

Marta aprova ataque pessoal

A candidata do PT à prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, responsabilizou seu publicitário, mas defendeu a exploração da vida de Gilberto Kassab (DEM). Na campanha petista, um locutor pergunta se Kassab é casado ou tem filhos. O comitê gay de apoio a Marta suspendeu as atividades por considerar que houve preconceito. Ex-marido de Marta, o senador Eduardo Suplicy pediu que ela desista de ataques pessoais. (págs. 1, 12 e 13)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Pacotes geram euforia global; BC injeta R$106 bi no Brasil

As Bolsas mundiais emergiram da profunda fossa em que mergulharam na sexta para uma exuberante euforia, com subidas tão espetaculares como haviam sido as quedas na semana passada. Numa óbvia conseqüência dos pacotes de ajuda ao setor financeiro, Nova York registrou o maior crescimento em pontos históricos. Houve altas acima de 10% na Europa e na Bovespa, que teve o melhor pregão desde 1999. O dólar caiu 7,3% e fechou a R$2,145. Calcula-se que os pacotes cheguem a US$ 2,55 trilhões, duas vezes e meia o Produto Interno Bruto do Brasil. Nos EUA, o Tesouro poderá usar cerca de US$ 250 bilhões para comprar participações em até nove bancos, como parte do plano de resgate do segmento. O Banco Central brasileiro diz que pode liberar mais R$100 bilhões para o setor financeiro, por meio da extinção de algumas modalidades do recolhimento compulsório. Se as medidas surtirem o máximo efeito, o BC vai injetar R$ 106 milhões na economia. (págs. 1 e Dinheiro)

Governo fixa em 60 segundos tempo de espera em call center

Medida do Ministério da Justiça, com exceções, vale a partir de dezembro; empresa que descumprir poderá ser multada em até R$ 3 milhões. (págs.1 e C1)

Governo socorre também fundos de investimento

O Banco Central resolveu conceder um incentivo para que bancos comprem títulos emitidos pelo setor privado que estejam na carteira de fundos de investimento. Quem fizer isso poderá reduzir o valor do compulsório a ser recolhido no BC. Em uma semana, os fundos perderam R$5,84 bilhões por causa de saques. (págs. 1 e B4)

Índios invadem e incendiam obras de usina em Mato Grosso

Cerca de 120 índios da etnia enawenê nawê invadiram e incendiaram no sábado o canteiro de obras da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) Telegráfica, em Sapezal (430 Km em Cuíabá). Foram destruidos camihões e alojamentos, e houve saques de equipamentos, segundo a empresa. Os índios reclamam que as obras causarão impacto ambiental. A Secretária Estadual do Meio Ambiente afirma que o impacto é pequeno. (págs. 1 A11)

Para Marta, é importante saber se Kassab é casado

Em cerca de uma hora e meia de sabatina, Marta Sublicy (PT) insistiu que saber o estado civil de Gilberto Kassab (DEMO), questionado em sua propaganda, é relevante para o eleitor. A petista, porém, afirmou que não sabia da existência do anuncio. ''A vida é politica,'' disse. Apesar disso, ela se irritou com questão sobre sua separação e disse que não falará mais sobre sua vida privada. Marta voltou a criticar Kassab por ter sido secretário de Planejamento de Celso Pitta e disse que a vitória dela represntaria nova ''eleição de Pitta. (págs. 1 A4 )

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Mercados têm dia de euforia com socorro global a bancos

A ação coordenada dos países ricos para assegurar a estabilidade do sistema financeiro provocou ontem euforia nos investidores e levou a uma disparada nas bolsas de valores. O principal fator para a virada dos mercados internacionais, que até a sexta-feira passada acumulavam perdas históricas, foi a decisão de oito governos europeus de lançar um pacote conjunto de mais de US$ 2 trilhões para garantir operações bancárias. O montante é superior ao reservado pelo governo dos Estados Unidos para socorro aos bancos. O Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 936 pontos, a maior alta já registrada. Em termos porcentuais, o avanço foi de 11,08%, o mais expressivo desde 1933. No Brasil, a Bovespa teve valorização de 14,66%, a maior desde 1999. A cotação do dólar caiu 7,76%, fechando em R$ 2,14. O Tesouro dos EUA informou que planeja gastar até US$ 250 bilhões na compra de ações de bancos, primeira parcela do pacote de resgate de US% 700 bilhões. O governo pedirá ao Congresso a liberação imediata da próxima parcela, de US$ 100 bilhões. (págs. 1 e B1 a B11)

Lula defende Estado forte

O presidente Lula defendeu ontem a "volta da política e do Estado" nas questões financeiras, dizendo que não se pode mais deixar os bancos livres para atuar como queiram. "Precisamos fortalecer o Estado. Chegou a hora da política", afirmou. Ele defendeu a decisão européia de comprar ações de bancos que estejam quebrando, classificando-a de "sábia", mas foi evasivo sobre se faria o mesmo no Brasil: "Depende, depende". (págs. 1 e B4)

BC injeta R$ 100 bi na economia

O Banco Central anunciou a liberação de até R$ 100 bilhões em depósitos que os bancos têm de fazer no BC, os compulsórios para dar mais liquidez ao mercado. É a quarta medida do gênero em um mês. Já o estouro da bolha cambial - prejuízo com apostas contra o dólar - poder ter contaminado pelo menos 200 empresas. A informação preocupou o Planalto. (págs. 1, B4 e B7)

PT vai tirar do ar ataque pessoal a Kassab

O PT decidiu retirar do ar a campanha na TV que atacou a vida pessoal de Gilberto Kassab (DEM), em razão da reação negativa inclusive dentro do partido de Marta Suplicy. A propaganda perguntava, sobre o prefeito: "É casado? Tem filhos?". Kassab disse que a questão é de "foro íntimo" e entrou na Justiça. "Não há insinuação de homossexualismo", afirmou Marta. Para cientista político, ataque pode tirar votos da petista. (págs. 1, A4 e A5)

Call center terá de atender em 1 minuto

Portaria federal definiu prazos para atendimento telefônico. (págs. 1 e B17)

Arnaldo Jabor – Os filhos da bolha

Como será o governo Lula sem a bolha que nos favoreceu e que agora arrebenta? (págs. 1 e D10)

Sinais animadores

Os governos do mundo rico decidiram agir coordenadamente. A crise não passará de um dia para outro e 2009 será um ano muito difícil, mas o caminho parece ter sido encontrado. (págs. 1 e A3)

Conflito de fora

Rubens Barbosa: A importação da crise EUA-Rússia pela Venezuela é inconveniente. (págs. 1 e A2)

Prêmio à visão crítica

Paul Krugman, crítico do governo Bush e dos dogmas econômicos das últimas décadas, levou o Nobel de Economia. Premiado por trabalhos sobre comércio internacional, Krugman se notabilizou por explicar questões complexas da economia em sua coluna no New York Times. (págs. 1 e B12)

Obama lança plano para classe média e ofusca McCain

O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, apresentou um plano para reduzir o efeito da crise financeira sobre a classe média. Serão US$ 60 bilhões em dois anos, com redução de impostos e moratória na execução de hipotecas. O anúncio coincidiu com o "relançamento" da candidatura do republicano John McCain, em baixa nas pesquisas. (págs. 1 e A10)

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Jornal do Brasil


Manchete: Pessimismo recua com ação anticrise

A decisão da União européia de injetar 1 trilhão de euros nas economias do bloco trouxe o efeito desejado. As bolsas dos principais países fecharam em alta, depois de dias de perdas sérias. No Brasil, a Bovespa reagiu favoravelmente, e o dólar recuou para R$ 2,15. Contribuiu para o dia de otimismo global a declaração do diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Khan, para quem "o pior da crise já passou". (págs. 1, A19 e A20)

União gasta R$ 1 bi contra a dengue e Rio é a prioridade

O Ministério da Saúde gastará R$ 1,08 bilhão em investimentos em ações de combate à dengue. O Rio é um dos 12 estados prioritários, pelo potencial da doença tipo 2. "O problema é que o sistema de saúde do Rio é esquizofrênico", definiu o ministro José Gomes Temporão. (págs. 1 e A11)

Candidatos partem para as acusações

O tom amistoso do debate político perde espaço para acusações e bate-bocas entre candidatos a prefeito no segundo turno, como Eduardo Paes e Fernando Gabeira, no Rio; Marta Suplicy e Gilberto Kassab, em São Paulo; e Leonardo Quintão e Márcio Lacerda, em Minas. A campanha de Marta Suplicy questiona se Kassab tem filhos. (págs. 1, A2 e A4)

Nobel de Economia para Paul Krugman

O prêmio Nobel de Economia de 2008 é do professor da Universidade Princeton e colunista do The New York Times, Paul Krugman. Seus artigos - como o de hoje, sobre a crise - são publicados no JB, que tem o maior acordo editorial do país com o NYT. (págs. 1 a A21)

Obama apresenta plano econômico

De olho na Casa Branca, e em meio à crise, Barack Obama apresentou seu plano de reforma econômica: descontos fiscais e crédito para empresas que criarem vagas de trabalho, saques sem custo de contas de aposentadoria e proibição por 90 dias de execução de hipoteca de clientes que busquem pagar dívidas. (pág. 1 e Internacional, pág. A22)

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Correio Braziliense


Manchete: Crise castiga a mesa, mas Europa castiga a crise

União Européia anuncia pacote de socorro de mais de US$ 2 trilhões para seu sistema financeiro. Preços das ações disparam pelo mundo. No Brasil, Bovespa sobe 14,6% e dólar recua a R$ 2,14. (págs. 1, 15 a 20 e Tema do dia)

Corrida contra o tempo para conter a dengue

Ante o aumento de 42,7% nos casos registrados este ano, Ministério da Saúde anuncia plano para evitar que a doença acabe mais uma vez com o verão dos brasileiros. Temporão promete liberar R$ 128 milhões entre novembro e dezembro. Situação em Brasília é preocupante, diz GDF. (págs. 1 e 12)

Senadores nepotistas

Parentes continuam empregados na casa e presidente, Garibaldi Alves Filho, diz não ter como punir. (págs. 1 e 3)

Só 1 minuto de espera

Portaria estabelece tempo-limite para que empresas atendam clientes em seus call centers. (págs. 1 e 22)

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Valor Econômico


Manchete: Mercado recebe trilhões com euforia

A formação de uma rede trilionária de sustentação do sistema financeiro na Europa fez os investidores acreditarem que há chances de evitar a prolongada espiral de baixas que ameaçava os bancos com um colapso de proporções imprevisíveis. As bolsas de todo o mundo bateram recordes de alta ontem, enquanto se completava um pacote de US$ 2,3 trilhões que garantirá principalmente os empréstimos entre bancos e a injeção de capital nas instituições financeiras. A Bolsa de Valores de São Paulo teve sua maior valorização desde 15 de janeiro de 1999 e subiu 14,66%. O índice Dow Jones avançou 11,1% e teve a maior alta em pontos da história - 936,4 para fechar aos 9.387,61.

O ânimo dos mercados seguiu a promessa de oferta de recursos praticamente ilimitados pelos governos dos principais países desenvolvidos. Mas a execução dos planos é complexa e pode não ser suficiente para impedir uma recessão nos EUA e Europa, que trará novos resultados ruins a bancos frágeis e exigirá mais tempo e dinheiro para a tarefa de saneamento e recuperação.

A promessa de liquidez sem fim, enquanto alegrava investidores machucados por perdas, não foi suficiente para destravar um dos principais nós da crise atual, a dos empréstimos entre os bancos, paralisados por uma desconfiança generalizada. Ontem, a taxa Libor para empréstimos em dólar por três meses, um indicador da liquidez e risco no mercado interbancário, recuou de 4,82% para 4,75%. Na segunda-feira passada estava em 4,29%.

Ontem, o governo do Reino Unido começou a nacionalizar seu sistema bancário com a injeção de US$ 63 bilhões em três dos maiores bancos locais, que tiveram bloqueadas a distribuição de dividendos e cortados os bônus de seus executivos. O governo britânico terá participação majoritária no Royal Bank of Scotland (RBS), um dos maiores bancos do mundo, e mais de 40% da instituição a ser formada pela fusão do Lloyds e HBOS.

O governo americano deve anunciar hoje um plano de ação para o setor financeiro. Ele autorizaria o Tesouro a comprar cerca de US$ 250 bilhões em participações e daria garantias para títulos de dívidas dos bancos, além de aumentar o seguro para determinados tipos de depósitos. (págs. 1 e C1 a C12)

R$ 100 bilhões devem ajudar bancos médios

O Banco Central vai liberar até R$ 100 bilhões aos bancos, numa resposta à crise de liquidez que se alastrou para bancos médios e para uma parcela da indústria de fundos. Uma fonte do BC disse que os novos recursos, que se somam à liberação de R$ 60 bilhões em depósitos compulsórios anunciada anteriormente, devem mostrar que a autoridade monetária usará "munição pesada" para combater a crise.

A medida já surtiu efeitos ontem, com a alta das ações dos bancos. Para o BC, a crise mundial se agravou, em grande parte, porque outros países anunciaram medidas em conta-gotas.

A preocupação maior, agora, é com os bancos médios. Ontem, o BC aumentou a faixa de isenção do compulsório sobre depósitos à prazo, como CDBs, sobre os quais os bancos têm de recolher 15%. Dessa obrigação, podiam abater R$ 700 milhões e agora podem deduzir R$ 2 bilhões. A medida deve liberar R$ 13,1 bilhões. O BC também afrouxou as normas para o compulsório adicional sobre depósitos à vista. (págs. 1 e C12)

Obra de Jirau opõe Aneel e Ibama

Documento encaminhado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deixa claro que a agência deverá aprovar as mudanças propostas pelo consórcio Enersus, liderado pela multinacional franco-belga Suez, no projeto da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. Segundo o documento, "da perspectiva da Aneel não existem óbices para que se dê início às providências preliminares de implantação da obra".

No entanto, nota técnica elaborada pelo Ibama relaciona preocupações do órgão com a mudança do local da usina e pede estudos complementares ao consórcio. Para antecipar o início da operação para janeiro de 2012, as obras teriam de ser iniciadas até o fim do mês. (págs. 1 e B8)

Fertilizantes dividem governo

O Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento recomendou à Camex a manutenção da tarifa antidumping na importação de nitrato de amônio - matéria-prima de fertilizantes. O Ministério da Agricultura é contrário à medida. (págs. 1 e B11)

Feijão transgênico

Após dez anos de pesquisas, a Embrapa deve encaminhar até meados de 2009 o pedido de aprovação, pelo CTNBio, da primeira semente de feijão transgênico 100% nacional. A variedade é resistente ao vírus mosaico dourado. (págs. 1 e B12)

Previdência desacelera

Os esforços dos bancos para captar recursos em CDBs já teve reflexo no crescimento da previdência privada, com uma interrupção no ritmo de expansão do setor. Em setembro, o segmento captou R$ 598 milhões, valor 22,4% inferior ao do mesmo mês em 2007. (págs. 1 e D1)

Térmica no Pará

O Conselho Estadual do Meio Ambiente do Pará deve aprovar na próxima semana a instalação da primeira termelétrica do Estado. A usina, movida a carvão, será construída pela Vale e causa polêmica com ambientalistas e o Ministério Público. (págs. 1 e B6)

Expectativas de inflação

Analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para a inflação oficial, medida pelo IPCA, de 6,14% para 6,20% no ano. Para 2009, a previsão caiu de 4,85% para 4,80%. A expectativa para a taxa Selic é de 14,75% no fim do ano. Hoje, os juros básicos estão em 13,75%. (págs. 1 e A3)

Idéias - Celso Amorim

Na liderança do G-20, Brasil manteve posição firme em busca de benefícios para países do bloco. (págs. 1 e A10)

Idéias - Delfim Netto

BC deveria conciliar bancos e empresas que fizeram hedge exótico para calibrar perdas e ganhos. (págs. 1 e A2)

Idéias - Luiz G. Belluzzo

Mão visível do Estado salva economias capitalistas. (págs. 1 e A11)




Esteves compra operações do Lehman no Brasil

A empresa de gestão de recursos BTG Fund, criada pelo ex-banqueiro André Esteves, deve anunciar hoje a compra das operações e dos ativos no Brasil do Lehman Brothers, o banco de investimentos americano cuja concordata, em 15 de setembro, ajudou a aprofundar a crise financeira internacional. As negociações foram iniciadas há dez dias com a direção do banco em Nova York. O valor do negócio não deverá ser divulgado, mas a aquisição envolve a assunção de dívida do Lehman Brothers no Brasil com o banco nos Estados Unidos.

A BTG deve dar continuidade às operações de trading e aos outros negócios do Lehman brasileiro. Mas, para cumprir os acordos firmados com o UBS quando Esteves deixou o banco, neste ano, e quando o UBS comprou em 2006 o Banco Pactual, do qual Esteves era sócio, não será mantido o plano do Lehman de abrir um banco de investimentos no mercado brasileiro. Assim, a BTG deverá retirar o pedido feito pelo Lehman ao Banco Central para se tornar um banco de investimentos - era e continuará sendo uma companhia não financeira. (pág. 1)

Grupo Splice leva derivativos à Justiça

O banco Credibel, do grupo Splice, conseguiu liminar na Justiça para não pagar a variação cambial em contratos de derivativos fechados com o Itaú BBA. O Credibel apostava na desvalorização do dólar em troca de juros menores em operações de crédito. Em dois contratos anteriores a aposta deu certo e o Credibel lucrou. Agora na ponta perdedora, depositou R$ 4 milhões em juízo e questiona pagamento da variação cambial ao banco antes do vencimento do contrato. Por enquanto, a liminar é um caso isolado. Empresas com grandes prejuízos nos derivativos estão optando por renegociar prazos de pagamento. (págs. 1 e C4)

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Gazeta Mercantil


Manchete: Ação coordenada de lideranças globais reaquece mercados

Uma ação conjunta dos governos europeus devolveu, ao menos momentaneamente, a confiança dos mercados financeiros globais. No total, o plano de socorro aos bancos europeus deve chegar a US$ 2,2 trilhões, entre compras de ativos e empréstimos. O compromisso das autoridades em resgatar a credibilidade do sistema foi reforçado com o plano do governo dos Estados Unidos de ampliar a ajuda aos bancos com a compra de participações acionárias nas instituições financeiras.

A resposta dos investidores foi imediata. Wall Street se recuperou da sua pior semana com uma alta diária recorde em pontos. O Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, saltou 11,08%, para 9.387 pontos. No Brasil, o Ibovespa disparou 14,6%, maior alta desde janeiro de 1999.

Apesar da alta, profissionais de mercado disseram que pretendem aguardar os próximos dias para ver de que maneira as bolsas reagirão à eficácia das medidas. Para economistas, o plano conjunto dos governos europeus tem um efeito importante na medida em que reafirma o compromisso de ação global para conter a crise.

Após o anúncio europeu, as atenções se voltaram para os Estados Unidos, onde o governo divulgou um programa de compra de ações das instituições financeiras, como parte do plano de resgate dos bancos. Na linha de frente, estariam nove pesos pesados, entre eles, Citigroup, Wells Fargo, JPMorgan, Bank of America, Goldman Sachs, Morgan Stanley, State Street e Bank of New York Mellon, com os quais o governo pretende investir US$ 125 bilhões. De acordo com uma fonte próxima às negociações, o Merril Lynch também estaria no grupo.

Ontem à tarde, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, chamou os dirigentes das principais instituições financeiras para comunicar que o plano envolve a compra da participação dos bancos com problemas - ao contrário do que agradaria aos banqueiros. (págs. 1, B1, B2 e B3)

Governo usará todas as armas, diz Mantega

Ao encerrar, ontem, sua visita a Washington, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo brasileiro usará “todas as armas disponíveis” nessa “guerra contra a crise financeira”. O País nunca esteve tão preparado para enfrentar a atual turbulência nos mercados, disse o ministro ao anunciar nova flexibilização nas regras do depósito compulsório dos bancos. (págs. 1 e A11)

Elogios mais uma vez ao Brasil no FMI

Enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial encerravam os trabalhos do encontro das duas instituições, economistas e empresários aproveitavam um evento paralelo para mostrar que o pessimismo que rondou os mercados nos últimos dias tem fatores positivos e a economia brasileira ganhou destaque. “Quando o mercado se acalmar, o que poderá acontecer é uma evolução do mercado atual”, afirmou o executivo da Itaú Holding, Sergio Ribeiro da Costa Werlang no encontro promovido pela Câmara de Comércio Brasileiro-EUA. (págs. 1 e A11)

Segurança Nacional

Defesa não depende do orçamento, diz Unger. (págs. 1 e A4)

Equador volta a acusar Odebrecht

Depois de expulsar a Odebrecht e Furnas, o governo equatoriano anunciou supostas operações superfaturadas em contratos da construtora naquele país. Em comunicado, a Odebrecht negou as irregularidades. (págs. 1 e A14)

São Paulo precisa de mais gás

São Paulo precisará, até 2010, de 4 milhões de m³ diários de gás adicionais para atender à demanda, revela a secretária de Energia do Estado, Dilma Pena, que negocia a entrega do insumo com a Petrobras. (págs. 1 e C8)

Menor oferta de crédito rural

A crise financeira mundial vai ter impacto na oferta de crédito ao agropecuarista brasileiro, prevêem a Sociedade Rural Brasileira (SRB) e a Nelore do Brasil. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Candidatos intensificam ataques

A petista Marta Suplicy e o prefeito Gilberto Kassab intensificaram os ataques mútuos na reta final da campanha. O prefeito acusa a petista de invadir sua vida pessoal e foi à Justiça pedindo direito de resposta. (págs. 1 e A6)

Livre da crise, Santander faz aquisições

Livre de exposições no mercado de subprime, o espanhol Banco Santander está aproveitando as oportunidades que os tempos de crise oferecem e já fechou algumas aquisições nas últimas semanas. Na noite de ontem, o capitalizado banco anunciou a compra da Sovereign Bancorp., maior banco de poupança e crédito norte-americano, em troca de ações avaliadas em US$ 1,9 bilhão. A transação deverá ser concluída no primeiro trimestre de 2009. Os negócios do Santander nos EUA deverão ser comandados por Gabriel Jaramillo, ex-presidente do Grupo Santander no Brasil, segundo fontes do mercado. O colombiano naturalizado brasileiro está desde meados deste ano na Pensilvânia, estado que sedia a Sovereign. Após sua chegada, o Santander, que já tinha uma participação de 19% no banco norte-americano, adquirida há cerca de três anos, ampliou a fatia para 24,9%.

Não é somente na Europa e Estados Unidos que o Santander está aproveitando
as oportunidades. A instituição prefere manter em sigilo a estratégia, mas uma fonte informou que o banco espanhol estuda adquirir carteiras de crédito no Brasil. Ontem, Bradesco e Unibanco também anunciaram compras de carteiras. (págs. 1 e B3)

Tyson aproveita e vai às compras

Maior empresa de alimentos do mundo, com faturamento de US$ 26,9 bilhões, a americana Tyson Foods anunciou que tem US$ 1,5 bilhão disponível para fazer aquisições, aproveitando oportunidades sobretudo no Brasil, na China e na Índia. A empresa entrou no Brasil este ano com a compra de três frigoríficos pequenos de abate de aves. Mas, para analistas, deve agora ser mais agressiva com compra de companhias maiores.

O valor anunciado não é nem um pouco desprezível। Com menos - US$ 1,4 bilhão - o JBS/Friboi comprou a gigante americana Swift Foods, recorda Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria. Com o US$ 1,5 bilhão, a Tyson Foods poderia, por exemplo, adquirir a Sadia, cujo valor de mercado fechou ontem em R$ 3,24 bilhões. (págs. 1 e B12)

ओ QUE पुब्लिकाम OS जोर्नैस दे hoje

Paul Krugman recebe o Prêmio Nobel de Economia

O colunista de opinião do jornal The New York Times e professor da Universidade de Princeton, Paul Krugman, ganhou o Prêmio Nobel de Economia ontem. O prêmio foi concedido por seu trabalho sobre comércio internacional e sobre a geografia, elogiados pelo comitê responsável pela premiação por “ter mostrado os efeitos das economias de escala sobre os padrões de comércio e sobre a localização da atividade econômica”.

Em seu artigo reproduzido hoje na Gazeta Mercantil, Krugman indaga se Gordon Brown, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, salvou o sistema financeiro mundial. “Embora a pergunta seja prematura, vimos que o governo Brown tem-se mostrado disposto a pensar claramente a crise financeira e a agir rápido baseado em suas conclusões. E essa combinação de clareza e poder de decisão não foi igualada por nenhum outro governo ocidental, muito menos pelo governo americano.” (págs. 1 e A15)

Opinião - Luiz Guilherme Piva

Não se tem notícia de nenhum pacote de socorro ou de reuniões do G-7 ou do G-20 para combater a fome aguda de 820 milhões de pessoas em 33 países ao redor do mundo. (págs. 1 e A3)

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Estado de Minas


Pacote europeu de US$ 2,3 trilhões anima mercado. (pág. 1)


Guerra na TV esquenta o 2º turno em BH. (pág. 1)


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Jornal do Commercio


Crise mundial eleva juro da casa própria. (pág. 1)


Governo lança pacote para conter a dengue. (pág. 1)


Prefeito eleito de Lajedo é cassado pelo TSE e vai recorrer. (pág. 1)


Justiça ordena MST a manter distância de terras de Estreliana. (pág. 1)


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