quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

15 de outubro de 2008

O Globo


Manchete: Meganegócios param por causa da crise financeira

A rede gaúcha Renner avisou que suspendeu temporariamente a compra da Leadre devido ao agravamento da crise financeira. O negócio era estimado em R$ 670 milhões. A cervejaria belgo-brasileira InBev adiou o plano de captar US$ 9,8 bilhões para comprar a americana Anheuser-Busch, dona da Budweiser. Nos EUA a Apple anunciou que baixará seus laptops para US$ 999 para tentar vender mais. Até a compra da BrT pela OI está ameaçada. As bolsas fecharam ontem em alta, após fortes oscilações. (págs. 1 e 21 a 26)

Senado abre brecha para o nepotismo

O Senado abriu uma brecha para o nepotismo e manterá nos cargos parentes contratados antes do atual mandato. A Casa terá mais oito dias para fazer as demissões determinadas pelo Supremo Tribunal Federal. (pága. 1 e 13)

Compra no cartão poderá ficar mais cara

Senadores aprovaram ontem projeto de lei que autoriza o comércio a cobrar preços diferenciados para pagamento com cartão , o que é vedado pelo Código do Consumidor. (págs. 1 e 30)

Crivella apóia Paes, que promete Cimento Social

Em silêncio desde a votação do primeiro turno, o senador Marcelo Crivella (PRB) anunciou em carta apoio ao peemedebista Eduardo Paes, que na campanha chamava de "candidato dos ricos". Agora, Crivella crê que o ex-adversário fará uma gestão "sobretudo para os mais pobres". Em troca, Paes defendeu o Cimento Social, polêmico projeto de Crivella. Fernando Gabeira (PV) teve a adesão de atores de "Tropa de Elite", que hoje gravam para seu programa. Sambistas como Dudu Nobre vão de Paes. (págs. 1 e 3 a 9)

Ibope confirma Gabeira à frente, em empate técnico

O candidato do PV à prefeitura do Rio, Fernando Gabeira, lidera a disputa eleitoral, com 42% contra 39% do seu adversário Eduardo Paes (PMDB), segundo a pesquisa Ibope/ TV Globo/ "Estado de S. Paulo" realizada ontem e segunda-feira. Os dois estão empatados tecnicamente, já que a margem de erro é de três pontos. O resultado confirma o levantamento feito pelo Datafolha, divulgado semana passada, em que Gabeira vencia Paes por 43% a 41%. (págs. 1 e 3)

BH: peemedebista dispara com 61% dos votos válidos (págs. 1 e 10)


Em São Paulo, Kassab tem 51%, e Marta, 39% (págs. 1 e 12)


Advogado de invasores assessora deputado

Embora tenha inicialmente negado, o advogado Marcelo Bianchinni Penna - que representa invasores de um terreno em Vargem Grande, onde nasceu a Favela Vila Taboinhas - admitiu que é assessor do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB). A denúncia de que o funcionário da Alerj está envolvido em loteamento irregular será levada ao Ministério Público estadual. (págs. 1 e 14)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Expectativa de recessão ainda preocupa mercado

A euforia nos mercados financeiros foi substituída ontem pelo realismo numérico que mostram queda de ganhos, anúncios de demissões e sinais de recessão. Apesar de as Bolsas européias terem registrado ganhos e a de Tóquio ter batido recorde de alta, os índices da Bolsa de Nova York recuaram – o Dow Jones perdeu 82%. A Bovespa sentiu a oscilação, mas fechou em alta de 1,81%. O dólar caiu 2,4% para R$ 2,09. Embora o Tesouro dos EUA já tenha detalhado boa parte do plano de US$ 250 bilhões, o mercado de crédito no país continua travado. As famílias norte-americanas carregam hoje endividamento recorde, de quase US$ 20 trilhões, o equivalente a 140% do PIB do país. Ações de empresas ligadas ao mercado de consumo caíram ante temor de recessão. As maiores economias européias já prevêem contratação. Em 2009, a Alemanha, maior economia do continente, crescerá 0,2% no melhor cenário, diz estudo. No pior, encolhe 0,6%. (págs. 1 e Dinheiro)

Dinheiro liberado pelo BC pára no caixa dos bancos

O dinheiro liberado pelo Banco Central dos depósitos compulsórios desde o fim de setembro ainda está parado no caixa dos bancos. Em vez de emprestar a outros bancos, instituições com recursos à disposição têm buscado segurança em negociações com títulos do governo. Assim, bancos menores têm dificuldades para fechar suas contas. (págs. 1 e B9)

Artigo: Alexandre Scwartsman

Bancar a ilha de prosperidade já nos custou uma crise: Mesmo que a recapitalização do sistema financeiro não evite a recessão, ela deve marcar o início da recuperação da capacidade de expansão do crédito. Mas, em ambiente externo, claramente hostil, não há como o Brasil sair ileso. Bancar a ilha de prosperidade, impulsionada por artificialismos já nos custou uma crise. (págs. 1 e B2)

Editoriais

Leia "Crise em etapas", sobre divulgação do plano Paulson; e "Retrocesso armado", acerca de falhas no desarmamento. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Ibope: Kassab tem 12 pontos à frente

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) está com 12 pontos porcentuais de vantagem (51% a 39%) sobre a petista Marta Suplicy na disputa à Prefeitura de São Paulo, mostra pesquisa Ibope para o Estado. A margem de erro é de três pontos porcentuais. A sondagem indica que Kassab agregou 22 pontos em relação ao primeiro turno, contra 11 pontos de Marta. O instituto disse que não é possível, por ora, medir os efeitos dos ataques da ex-prefeita. (págs. 1 e A4)

Gabeira e Paes empatam no Rio

Fernando Gabeira (42%) e Eduardo Paes (39%) estão em empate técnico. Em BH, Leonardo Quintão abriu 18 pontos sobre Márcio Lacerda. (págs. 1, A9 e A10)


Brasil produzirá óleo diesel com caldo de cana

Um projeto anunciado ontem em São Paulo prevê a produção de diesel com o caldo de cana. A tecnologia foi criada pela empresa americana Amyris e será colocada em prática em 2010 junto com a Votorantim e a Usina Santa Elisa, de Sertãozinho. O processo, que inclui modificação genética, cria molécula com todas as propriedades do diesel, exceto as poluentes. O diesel de cana pode ser usado diretamente no motor, sem mistura. A idéia inicial é que o produto seja adicional ao combustível de petróleo - o Brasil consome 45 bilhões de litros de diesel por ano, dos quais 5 bilhões são importados. (págs. 1 e A18)

Europa muda regras para fiscalizar bancos

A União Européia prepara um novo marco regulatório para fiscalizar bancos, companhias de seguro e fundos de investimento. Os detalhes finais serão discutidos hoje em Bruxelas, em reunião dos chefes de Estado e de governo de 27 países, informa de Paris o correspondente Andrei Netto. Será criada uma comissão bancária européia e definidas regras comuns para controle dos grupos financeiros. As normas vão exigir maior transparência nos balanços de empresas e podem estabelecer até mesmo restrições à especulação com a cotação de matérias-primas.

Nos EUA, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, divulgou o plano de capitalização dos bancos americanos, relata de Washington a correspondente Patrícia Campos Mello. Ele advertiu que os recursos recebidos pela venda de ações ao governo terão de ser usados pelos bancos para conceder empréstimos. As bolsas viveram ontem um dia calmo. A de Nova York caiu 0,82% e a Bovespa subiu 1,81%. (págs. 1 e B1 a B12)

Bolsa tem onda de recompras

Para aliviar o tombo na bolsa, 16 empresas brasileiras, entre elas Vale e CSN, lançam programas de recompra de suas ações. A intenção é alavancar preços. (págs. 1 e B16)

"Vamos pagar o preço da retração do mundo"

Não se deve ter ilusão de que a crise global não afetará a economia real, advertiram analistas no debate O Brasil e a Crise, realizado pelo Grupo Estado. Houve divergências, porém, sobre o peso da turbulência na inflação. (págs. 1, B10 e B11)

Notas e Informações - Mais ações contra a crise

As novas medidas contra a crise internacional levarão algum tempo para fazer efeito duradouro. Nenhuma autoridade se arrisca a prever uma alteração importante e imediata das expectativas nos vários segmentos do setor financeiro. Mas não se pode negar a importância das iniciativas anunciadas nos últimos dias. (págs. 1 e A3)

Brown vira o "herói da crise"

O plano de resgate dos bancos britânicos converteu o criticado premiê Gordon Brown em herói. Comparado a Flash Gordon, disse, modesto: "Só Gordon". (págs. 1 e B3)

Maior parte dos roubos de carga ocorre na cidade

A maior parte dos roubos de carga no Estado de São Paulo ocorre na capital. No primeiro semestre, 58,6% dos casos foram registrados na cidade - 1.815, num total de 3.096. As ocorrências se concentram na Vila Maria, onde ficam os galpões de transportadoras,e a Cidade Ademar, no caminho para o Porto de Santos. (págs. 1, C1 e C3)

Artigo - Engolidos pelo clima

Marcos Sá Corrêa: Nem tudo o que pode afundar no mundo é cotação de bolsa. (págs. 1 e A2)

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Jornal do Brasil


Manchete: Crise freia protecionismo e dá vantagem ao Brasil

A crise deve mudar a correlação de forças nas negociações internacionais. Para especialistas, países ricos, terão menos dinheiro para sustentar subsídios agrícolas. A tendência deixará o Brasil mais competitivo nas exportações e com melhores condições nos acordos bilaterais. Ontem o governo anunciou a ampliação das medidas de socorro para a agricultura: serão R$ 8,1 bilhões para ao setor. A má notícia vem dos juros bancários, que registraram alta pelo quinto mês consecutivo. (págs. 1, Economia A18 e A19)

Governo dos EUA injeta nos bancos US$ 250 bilhões

O governo dos EUA seguiu os europeus e divulgou detalhes do plano de compra de ações de bancos. O presidente Bush prometeu usar mais de um terço do pacote de ajuda aprovado no Congresso. O republicano John McCain anunciou seu plano econômico. Centrado no corte de juros, custa US$ 52 bilhões. (págs. 1, Economia A17 e Internacional A21)

OMS cita Brasil como exemplo

A OMS recomendou a todos os países a adoção do sistema universal de acesso à saúde pública e citou o Brasil como exemplo, com "70% da população atendidos". Mas destacou a diferença da expectativa de vida entre nações ricas e pobres. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Eike doa para o meio ambiente

O empresário Eike Batista, do grupo EBX, assinou ontem um termo de doação ao Ministério do Meio Ambiente de R$ 11,4 milhões para apoio de projetos de conservação. O ministro Carlos Minc afirmou que o ato nada tem a ver com compensação ambiental. (págs. 1 e País A10)

Cabral tira de Cesar controle da dengue

A chance de uma nova epidemia de dengue, pior do que a deste ano, fez o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, tirar da prefeitura, à revelia de Cesar Maia, o combate preventivo à doença. Para o secretário, não é hora de discutir, e sim de impedir que a dengue volte mais forte. O tema está sendo tratado pelos candidatos a prefeito - Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV). No fim do mês, técnicos começam a medir os índices de infestação para orientar a prevenção. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A3)

Forçado por Marta, Kassab nega ser gay

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM) reagiu às insinuações de Marta Suplicy (PT) e negou ser homossexual. Kassab acusa petistas de baixarem o nível da campanha. (págs. 1 e Eleições A7)

Eduardo Paes recebe apoio de Crivella

O candidato Eduardo Paes (PMDB) ganhou ontem o reforço de um forte aliado nas zonas Norte e Oeste do Rio: o senador Marcelo Crivella (PRB). O apoio veio por meio de carta divulgada à noite. (págs. 1 e Eleições A5)

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Correio Braziliense


Manchete: Casa própria no DF sobe 30% com a crise

Preço de casas e apartamentos continua o mesmo. Mas o financiamento...Por causa das agruras vindas do exterior, principais bancos subiram nos últimos 10 dias os juros do crédito imobiliário. Só BB e Caixa mantêm tabelas antigas. (págs. 1 e 13 a 18)

Bush assume dívidas

Casa Branca repete Europa e adquire ações de nove bancos em apuros. (págs. 1 e 13 a 18)

Empacados na sala de aula

Estudo do Ipea mostra que, em média, brasileiros entre 15 e 17 anos estão 2,8 anos atrasados na escola. (págs. 1 e 10)

Senadores desafiam STF

Parlamentares criam argumento para manter parentes empregados, ao contrário do que determinou o Supremo. (págs. 1 e 3)

Baderna em Ministério

300 servidores da Seguridade Social ocuparam o prédio do Ministério do Planejamento pedindo aumento de salário. (págs. 1 e 19)

Cespe

Dinheiro de concurso bancou viagens pessoais de ex-diretora. (págs. 1 e 28)

STJ manda retirar grades do Cruzeiro

Por três votos a um, ministros do Superior Tribunal de Justiça decidiram que o projeto original da cidade não poder se mutilado e proibiram o cercamento dos prédios. Inconformados, moradores garantem que vão recorrer. (págs. 1 e 30)

Padre suspeito de pedofilia em Ceilândia

A polícia investiga denúncia de pedofilia contra o padre Wilson Pereira, 49 anos, responsável por mais de 70 paróquias da Ceilândia. O sacerdote é acusado por um rapaz de 19 anos, supostamente abusado quando era coroinha. O clérigo saiu de Brasília. (págs. 1 e 25)

¿ Sabes con quién hablas?

Depois de bater em dois carros, Sebastian González Ayala identificou-se como filho do embaixador paraguaio no Brasil e invocou a imunidade diplomática para se safar. Acabou liberado, mesmo com sinais de embriaguez. (págs. 1 e 29)

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Valor Econômico


Manchete: Crédito à exportação cai 80% e BC prepara medidas

O Banco Central vai usar suas baterias agora para reanimar o mercado de crédito para o comércio exterior, travado desde o fim de setembro com o agravamento da crise financeira internacional. Diante da dificuldade jurídica, técnica e operacional para regulamentar o uso de reservas cambiais para comprar ativos de bancos brasileiros no exterior, nos termos da medida anunciada pelo Banco Central no dia 7 - considerada inovadora e de bom potencial de solução para o problema -, o governo está disposto a adotar outras providências, na direção do que fez na segunda-feira, até que se resolvam todos os empecilhos à aquisição de ativos. Hoje, as linhas de financiamento às operações de comércio exterior estão reduzidas a 20% do que eram antes da crise financeira internacional. Ou seja, houve uma queda de 80% em relação ao volume normal.

Junto com o pacote de liberação de até R$ 100 bilhões para os bancos, o BC editou uma medida de incentivo para que os bancos participem mais efetivamente dos leilões de linhas de recursos externos - o que não estava acontecendo até ontem. Para isso, autorizou a liberação do compulsório sobre depósitos interfinanceiros feitos com as empresas de leasing do mesmo grupo no valor equivalente, em reais, à compra de linhas de exportação e importação. O leilão de linha hoje, no qual será ofertado US% 1 bilhão, será o primeiro a ser testado com esse estímulo. Após concentrar suas atenções no provimento de liquidez ao sistema bancário, o BC se dedicará, agora, a medidas que reanimem os financiamentos às exportações.

Dependendo da evolução da crise financeira, a injeção de até R$ 160 bilhões no sistema bancário, anunciado nas últimas semanas, poderá estimular a demanda e provocar aceleração da inflação. Mas, para a autoridade monetária, esse é um risco aceitável, considerando que a falta de ação poderia ter conseqüências muito mais graves. O combate à inflação, segundo fontes do Banco Central, não está sendo negligenciado. Ao mesmo tempo em que concede liquidez a segmentos do mercado, faz operações de mercado aberto, vendendo títulos públicos para recolher dinheiro do sistema financeiro. (págs. 1 e C12)

Anbid obriga os fundos a ajustar cotas

Os fundos de investimento de renda fixa, que aplicam parte dos recursos em papéis privados, como CDBs de bancos, debêntures e cotas de fundos de recebíveis, terão de atualizar os preços desses títulos aos valores que estão sendo negociados no mercado, mais baixos, uma vez que os juros subiram. Quando os juros sobem, o papel que pagava menos perde valor ao se ajustar à taxa atual. O ajuste já ocorreu nas cotas de alguns fundos na segunda-feira e vários tiveram perdas, especialmente os de maior risco.

Muitos fundos só mostrarão esse ajuste nas cotas de ontem e de hoje. A atualização foi determinada pela Anbid, que na sexta-feira orientou os gestores a marcar a mercado os papéis privados segundo os preços dos últimos 15 dias. (págs. 1 e D1)

Construtoras perdem o ímpeto e revisam projeções para baixo

O setor da construção, que já vinha em correção de rota, experimentou um golpe duro com a crise financeira internacional. A mudança de cenário alterou o discurso das empresas: prudência e conservadorismo substituíram o crescimento desenfreado. As projeções encolheram 28% para 2008 e 34% para 2009.

Oito companhias entrevistadas pelo Valor, que previam colocar no mercado R$ 16 bilhões em novos empreendimentos neste ano, reduziram a meta para R$ 11,6 bilhões. Para 2009, a expectativa de sete companhias que revisaram seus números passou de R$ 17,3 bilhões para R$ 11,4 bilhões. As construtoras perderam agressividade: só lançam imóveis se o financiamento da obra estiver garantido e só compram terrenos se aparecer uma "oportunidade de ouro". E novas correções de rumo estão por vir. (págs. 1 e B1)

Recompra de ações pode girar R$ 8,7 bi

Diante da queda livre das ações na bolsa, analistas acreditam que a melhor arma para lutar contra a pressão vendedora atual é a própria empresa mostrar que confia em seu negócio e que a depreciação das ações é exagerada. Por isso, nos últimos dias, várias companhias anunciaram aumentos privados de capital, em que os próprios acionistas controladores tomam a iniciativa de injetar novos recursos nas empresas.

Agora, começa a aumentar a lista daquelas que recompram suas ações. Desde o agravamento da crise, em 15 de setembro, 19 empresas divulgaram esses programas. Pelo valor das ações ontem, as recompras podem movimentar R$ 8,7 bilhões, caso todos os papéis envolvidos sejam de fato adquiridos. Só o plano da Vale envolve potencial de recompra de R$ 6,9 bilhões. (págs. 1 e D3)

Tesouro dos EUA põe US$ 125 bi em nove bancos

O novo plano de socorro aos bancos apresentado ontem pelos EUA transformará o Tesouro em importante acionista de algumas das maiores instituições financeiras do país, um movimento agressivo para restaurar a confiança dos investidores no sistema financeiro e reativar os mercados de crédito globais.

O Tesouro investirá US$ 250 bilhões para injetar capital nos bancos em troca de participações acionárias. Metade irá para nove grandes bancos que aceitaram ser os primeiros a entrar no programa e o restante para os que se candidatarem nas próximas semanas.

Quatro bancos receberão US$ 25 bilhões cada um: Citigroup, JPMorgan Chase, Bank of America e Wells Fargo. Dois bancos de investimento que estão se transformando em bancos mais tradicionais, Goldman Sachs e Morgan Stanley, receberão US$ 10 bilhões cada. O Bank of New York Mellon terá US$ 3 bilhões e o State Street, mais US$ 2 bilhões. A preços de ontem, US$ 25 bilhões equivalem a um quarto do valor de mercado do Citigroup. (págs. 1 e C1)

InBev adia oferta de ações de US$ 9,8 bi

A InBev adiou ontem uma oferta de direitos de subscrição de ações de US$ 9,8 bilhões que ela esperava usar para financiar parte da compra do controle da Anheuser-Busch, por US$ 52 bilhões. A companhia atribuiu a decisão à "volatilidade sem precedentes dos mercados de capitais mundiais". A InBev disse que isso não vai afetar a conclusão do negócio até o fim do ano. Ela pretende usar os recursos para pagar um empréstimo-ponte com bancos. A companhia, cujas ações caíram 30% no último mês, terá até seis meses após o fechamento da transação para pagar os US$ 9,8 bilhões. (págs. 1 e B6)

Receita mira exportações

Decisão do Conselho de Contribuintes confirma autuações de R$ 20 milhões pela Receita contra o fabricante de carrocerias Marcopolo, em exportações realizadas por meio de subsidiárias nas Ilhas Virgens Britânicas e no Uruguai. (págs. 1 e A4)

Comércio desacelera

A crise internacional deve reduzir o crescimento do comércio mundial em pelo menos 1 ponto percentual já neste ano e ainda mais em 2009. Para a OMC, que previa expansão de 4,5% em 2008, a queda deve ficar ao redor de 1,2 ponto. (págs. 1 e A9)

Economia européia

A produção industrial na zona do euro em agosto caiu 0,7% em relação ao mesmo mês em 2007, enquanto que na União Européia a queda foi de 1,1%. Frente a julho, o indicador subiu 1,1% na eurozona e 0,5% na UE. Após recuo de 0,3% no 2º trimestre, a economia francesa entrou em recessão com queda de 0,1% do PIB no 3º trimestre. (págs. 1 e A12)

Reações à crise

A PepsiCo anunciou um corte de custos de US$ 1,2 bilhão em três anos que deve resultar na demissão de 3,3 mil empregados. A Cadbury também ampliou seu plano de cortes, que deve atingir agora 7,5 mil pessoas. (págs. 1, B5 e B6)

Menos frango

A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) recomendou a seus associados que reduzam a produção em 5% por conta da crise internacional. A intenção é controlar a oferta do produto diante da recessão na Europa, grande importadora. (págs. 1 e B11)

Diesel de cana

Em parceria com a empresa americana de biotecnologia Amyris, a Crystalsev (grupo Santaelisa Vale) vai produzir diesel de cana a partir de 2010. A produção deve chegar a 1 bilhão de litros em 2012, 20% da importação de diesel convencional do Brasil. (págs. 1 e B12)

Preços de ocasião

Investidores voltam a olhar os papéis de empresas que tiveram perdas significativas com derivativos - duramente castigadas na bolsa nas últimas semanas. Ontem, Aracruz, VCP e Sadia fora, pela ordem, as maiores altas do Ibovespa. (págs. 1 e D2)

Argentina aperta fiscalização contra importações desviadas dos EUA pela crise. (págs. 1 e A9)


Idéias - Martin Wolf

Programas de socorro são suficientes para enfrentar a crise. (págs. 1 e A11)

Idéias - Cristiano Romero

BC investiga perda das empresas com alta do dólar. (págs. 1 e A2)

Idéias - Rosângela Bittar

Dilma se legitimou nas campanhas municipais. (págs. 1 e A6)

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Gazeta Mercantil


Manchete: Exportadores agora festejam dólar em queda

A desvalorização do dólar em relação ao real - fonte de reclamação da maior parte das empresas exportadoras nos últimos anos - agora é motivo de comemoração, principalmente para as companhias que fizeram contratos derivativos apostando no fortalecimento da moeda doméstica. No pregão desta terça-feira, os papéis de Aracruz, Sadia e Votorantim Celulose e Papel (VCP), que anunciaram prejuízos em meio à crise que levou a moeda norte-americana a superar os R$ 2,30, ficaram entre as maiores altas do Ibovespa.

Além de aproveitar a forte queda dessas ações nas últimas semanas, os investidores voltaram a se posicionar nos papéis, em conseqüência do comportamento do dólar, que ontem recuou mais 1,96%, para R$ 2,102.

Caso seja confirmada, a queda da moeda reduzirá as perdas das companhias, o que justifica uma redução do forte desconto que o mercado aplicou às ações. Em situações “normais”, a análise seria a contrária, ou seja, a valorização do real levaria a uma redução das receitas com exportações e a uma piora nas perspectivas para as ações.

É justamente para neutralizar o efeito do câmbio sobre as operações que as empresas contratam derivativos. Mas, no caso das companhias que tiveram problemas recentemente, a exposição é exagerada. Para profissionais de mercado, a queda do dólar deve ser positiva também para as companhias que usaram os derivativos apenas como proteção (hedge). (págs. 1 e B5)

Odebrecht deixa o Equador

A construtora Norberto Odebrecht já está trabalhando na desmobilização e entrega de suas obras no Equador, informou a assessoria da empresa em Quito, capital equatoriana. O rompimento dos contratos foi formalizado pelo presidente equatoriano, Rafael Correa, em decreto divulgado na segunda-feira.

Somados, os quatro contratos da empresa brasileira suspensos pelo governo do Equador chegam a US$ 712 milhões. Os contratos suspensos são os das hidrelétricas de San Francisco, Toachi-Pilatón e Baba, o projeto de irrigação Carrizal-Chone e o aeroporto regional de Tena. Os dois diretores da empresa que eram mantidos no país com os vistos cassados pelo governo, também se preparam para voltar ao Brasil em 48 horas, como estipulado pelo decreto de Correa. (págs. 1 e A11)

BNDES negocia empréstimo de US$ 300 milhões

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, viajou para Tóquio para negociar um empréstimo com o Eximbank do Japão (JBIC) para reforçar o caixa do próximo ano. O montante pode chegar a US$ 300 milhões, considerando o total de recursos que o banco brasileiro planejou tomar em captações junto a organismos multilaterais.

Antes de embarcar para o Japão, Coutinho esteve em Washington, onde fechou com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) empréstimo de US$ 1 bilhão referente à última parcela do total de US$ 3 bilhões carimbado para pequenas e médias empresas.

Os desembolsos de 2008 estão garantidos. O BNDES já providenciou os R$ 85 bilhões necessários para as linhas de financiamento deste ano. Para 2009, Coutinho prevê que a demanda ultrapassará R$ 90 bilhões, mas prefere não arriscar quanto, dado o momento de muita volatilidade. (págs. 1 e A4)

Agências revisam risco de instituição de médio porte

Diante de um cenário de aperto de liquidez que poderá persistir até o próximo ano e das previsões de redução do crescimento econômico em 2009, as agências de classificação de risco começam a revisar ratings, particularmente os atribuídos às instituições financeiras de pequeno e médio portes, que têm tradicionalmente menos fôlego para captações.

A Moody’s Investors Service foi a agência mais rígida nas reavaliações e colocou ontem em revisão para possível rebaixamento os ratings do Banco Cruzeiro do Sul, Banco Ibi e Banco Bonsucesso. Também colocou em perspectiva de estável para negativa os ratings do Banco BMG.

Ceres Lisboa, analista da Moody’s, enfatiza, contudo, que os bancos são solventes; têm índices de capitalização “bastante” adequados, em conformidade com as regras de Basiléia; e qualidade de carteiras e outros ativos “excepcionais”. Ele ressalva que as reavaliações refletem possíveis impactos dos problemas de liquidez e de captação atual na capacidade futura de expansão das instituições

A Fitch Ratings também alterou de positiva para perspectiva estável os ratings de alguns bancos de pequeno e médio portes, na semana passada, bem como a Austin Rating. (págs. 1 e B3)

Paulson cobra de bancos que façam bom uso dos recursos

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, deu ontem um recado claro aos bancos que receberão os recursos do governo: “As necessidades de nossa economia exigem que as instituições financeiras não recebam esse novo capital para guardá-lo, mas para colocá-lo em circulação”.

Em troca da ajuda financeira, que para os nove primeiros bancos chega a US$ 125 bilhões - parte do pacote total de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso -, o governo norte-americano está exigindo restrições aos benefícios de executivos com cargos mais altos e ainda receber dividendos de 5% a 9% das ações que serão emitidas pelos bancos quando receberem o dinheiro público.

Passado o pior momento da crise internacional, os investidores já mudaram o foco e agora estão preocupados com a desaceleração econômica dos Estados Unidos. Depois dos ganhos de segunda-feira, o índice Dow Jones perdeu 0,82%, o índice S&P 500 cedeu 0,53% e o Nasdaq recuou 3,54%.

No Brasil, o Banco Central anunciou uma nova redução de depósitos compulsórios. Com isso, espera irrigar o mercado com mais R$ 3,6 bilhões. (págs. 1, B1, B2 e A4)

Ibovespa

Bolsa de São Paulo tem alta de 1,81%. (págs. 1 e B4)

Lição de casa

Educação vive momento histórico, diz o ministro Fernando Haddad. (págs. 1 e C7)

Compliance

Crise deve endurecer as regras de conduta e ética. (págs. 1 e A8)

Hong Kong libera US$ 773 bi

O Banco Central de Hong Kong liberou um pacote de US$ 773 bilhões para garantir os depósitos bancários locais até 2010. A medida pode beneficiar também 23 instituições incorporadas. (págs. 1 e B1)

Brown, o novo Flash Gordon

O premier britânico Gordon Brown, ameaçado de perder seu cargo há poucas semanas, mostrou poder de liderança e decisão na crise. O jornal The Guardian o comparou a Flash Gordon, herói dos quadrinhos. (págs. 1 e A14)

Equipamentos médicos em alta

O setor de equipamentos médicos registra alta de até 70% nos pedidos realizados neste ano. Por isso, as indústrias acreditam na manutenção da demanda crescente e mantêm investimentos em novas fábricas. (págs. 1 e C1)

Expansão é o norte

Para o presidente da SulAmérica, Patrick Larragoiti Lucas, as estratégias da segunda maior seguradora do País para crescer acima do ritmo do mercado segurador brasileiro passam pelas vendas cruzadas, aquisições e por acordos comerciais. (págs. 1 e B4)

Opinião

Augusto Nunes: Juventude é uma expressão associada a entusiasmo, energia, dinamismo, vitalidade. No Brasil, pode ser o outro nome do perigo. (págs. 1 e A9)

Opinião

Klauss Kleber: Os bancos internacionais se tornaram inquebráveis. Se ameaçados de insolvência, os governos os estatizam ou compram suas ações. (págs. 1 e B3)

Opinião

Rogério Mori: O modelo de crescimento econômico dos EUA, baseado na abundância de crédito e ampla liquidez, parece ter encerrado o seu ciclo. (págs. 1 e A3)

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Estado de Minas


Manchete: Quando educar deixa cicatrizes

Dados de instituto ligado ao MEC mostram que 45,71% dos professores do país se sentem esgotados após um dia de trabalho. Agressividade de alunos, más condições das escolas e baixos salários afastam das salas de aula profissionais, como o da foto ao lado, e transformam a profissão em atividade de risco. Em BH, os transtornos mentais, com 15,78% dos casos, figuram como o principal motivo de afastamento por licença médica.

Outro traço perverso que enodoa a educação vem de estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O analfabetismo está em queda, mas ainda atinge 30% dos 50,2 milhões de jovens que têm de 15 a 29 anos e 17,2% dos brasileiros com mais de 40. (págs. 1, 21 a 23 e editorial “A Realidade Vergonhosa”)

Crédito fica mais caro e prazos caem (pág. 1)


Senado dá um jeitinho de manter parentes (pág. 1)


Justiça prorroga prisão de Marcos Valério (pág. 1)


Propaganda de Lacerda é suspensa (pág. 1)


Rola-Moça em perigo

Bombeiros, brigadistas e voluntários tiveram muito trabalho para controlar um incêndio que começou domingo à noite no entorno do Parque Estadual do Rola-Moça, na Grande BH. A linha de fogo chegou a cinco quilômetros. Três aviões com tanques d'água ajudaram no combate às chamas. (págs. 1 e 26)

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Jornal do Commercio


Manchete: Internet no país é lenta e cara

O que os usuários sentem na pele foi confirmado por pesquisas das Universidades de Oxford e de Ovieda que colocam a banda larga brasileira na lista das que têm preço mais alto e pior serviço do mundo. (pág.1)

Mais concorrência para o celular

Nova operadora entra no mercado local com preços, pelo menos agora, mais baixos do que os praticados pelas demais. (pág.1)

Prefeito de Palmares é cassado e vai recorrer da decisão (pág.1)


Governo Bush decide investir nos bancos (pág.1)


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