03 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Temor de novo veto a pacote nos EUA derruba as bolsas
Nem a aprovação do pacote anticrise pelo Senado americano ajudou a acalmar os mercados que tiveram ontem um dia de fortes perdas. A bolsa brasileira, mais uma vez, teve a maior queda: 7,34%, após ter oscilado até 9,41%. O dólar disparou 5,09% e fechou a R$ 2,023, maior cotação desde agosto de 2007. Em Nova York, o Dow Jones caiu 3,22% e o Nasdaq recuou 4,48%.
Hoje, o pacote deve ir à votação na Câmara, com risco de ser rejeitado novamente. Há grupos de deputados contrários às emendas que elevaram o custo para US$ 850 bilhões. À noite, o BC brasileiro anunciou mudanças nas regras compulsórias dos bancos para dar mais liquidez ao mercado. (págs. 1, 29 a 35, Míriam Leitão, Merval Pereira e Editorial "Desconfiança")
Apoiado por Lula, Severino sobe
Com vídeo de apoio de Lula e a presença de ministro nos comícios, o ex-deputado Severino Cavalcante canta vitória em sua cidade natal. (págs. 1 e 13)
Graziano: Minc expôs sujeira sob o tapete
O ex-presidente do Incra Xico Graziano elogiou o ministro Carlos Minc por "levantar a sujeira sob o tapete", ao publicar lista que aponta assentamento de sem-terra como os maiores causadores de desmatamento na Amazônia. "A reforma agrária no Brasil, com este formato, é antiecológica." O Ibama admite fechar um acordo para perdoar a dívida milionária do Incra. (págs. 1 e 16)
Privatização em rodovias federais avança
Mais de 600 quilômetros das rodovias federais BR-116 e BR-324, na Bahia, serão privatizados em 1º de dezembro. O valor máximo de pedágio é de R$ 2,80 por trecho. Empresários temem que grupos estrangeiros fiquem de fora por causa da crise global. (págs. 1 e 36)
Graziano: Minc expôs sujeira sob o tapete
O ex-presidente do Incra Xico Graziano elogiou o ministro Carlos Minc por "levantar a sujeira sob o tapete", ao publicar lista que aponta assentamento de sem-terra como os maiores causadores de desmatamento na Amazônia. "A reforma agrária no Brasil, com este formato, é antiecológica." O Ibama admite fechar um acordo para perdoar a dívida milionária do Incra. (págs. 1 e 16)
COB: Nuzman é reeleito na surdina
O presidente Carlos Arthur Nuzman foi reeleito por aclamação no COB, em pleito contestado por algumas confederações, como a CBF, que não mandou representante. Nuzman ignorou o prazo mínimo de convocação previsto no estatuto do comitê. (págs. 1 e 42)
Chefe da Scotland Yard se demite
O comissário da Scotland Yard, Ian Blair, pediu demissão, pondo fim a uma gestão polêmica marcada pelo assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes. Atritos com o prefeito Boris Johnson e má gestão de verbas públicas teriam causado a saída. (págs. 1 e 39)
A conquista do Oeste
Os quase 40% dos votos cariocas que se concentram na Zona Oeste foram disputados ontem, palmo a palmo, pelos candidatos a prefeito que aparecem à frente nas pesquisas. Eduardo Paes (PMDB) fez campanha ao lado do pastor evangélico Manoel Ferreira e se empenhou em explicar suas propostas para as vans, rebatendo os ataques que tem sofrido de cooperativas do setor. Marcelo Crivella (PRB) insistiu em se apresentar como o candidato dos pobres contra aquele que apontou como o dos ricos (Paes). Fernando Gabeira (PV) conversou com eleitores no calçadão de Bangu e disse que não quer ser o candidato anti-Lula. Ele disse ter dúvida sobre qual candidato o presidente prefere. Jandira Feghali (PcdoB) concentrou suas críticas em Gabeira, mas se disse anti-Crivella. (págs. 1 e 3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Bolsa cai 7,3% e dólar passa de R$2
Um dia após o Senado americano aprovar um pacote financeiro de US$ 850 bilhões, os mercados voltaram a sofrer fortes perdas. A Bovespa fechou em queda de 7,34%, superior à dos demais mercados. no pior momento, a desvalorização chegou a 9,41% e quase o pregão foi interrompido - o que ocorreria se as perdas superasssem 10%. O dólar subiu 5,09%, para R$ 2,023. A divulgação de novos dados ruins da economia americana puxou o mau humor geral. Em Nova York, O Dow Jones recuou 3,22%. Os mercados emergentes também caíram fortemente. Mesmo que a Câmara aprove hoje o pacote, teme-se que a economia dos EUA não escape da recessão. A equipe econômica apresentou ao presidente Lula plano com vários cenários de medidas para combater os efeitos da crise. Lula quer garantir crescimento de 4% nos próximos anos. (págs. 1 e Dinheiro)
Foto: Moeda americana sobe 30% em 2 meses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com a Organização das Cooperativas Brasileiras, no Planalto, pela manhã.
Editoriais
Leia "Cautelas fiscais", sobre prevenção contra a crise e "Concessões sem controle", acerca de autorizações de TV. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dólar bate R$ 2,00 e bolsa cai com incertezas sobre pacote
Os mercados mundiais tiveram ontem novo dia de tensão e quedas fortes, apesar da aprovação pelo Senado dos EUA, no dia anterior, do pacote de US$ 700 bilhões para socorrer o sistema financeiro do país. Permanece o temor de recessão global e de que a crise bancária atinja também Europa e Japão. A Bovespa caiu 7,34% e o dólar foi a R% 2,021, superando os R$ 2 pela primeira vez desde agosto de 2007. A desvalorizaçao do real atingiu 18,5% no último mês.
Em Nova York, a bolsa recuou 3,22%, diante da incerteza sobre o pacote de ajuda. O plano enfrenta forte resistência e sua votação na Câmara, prevista para hoje, pode nem acontecer, já que a presidente da Casa, a democrata Nancy Pelosi, disse que o texto só iria a plenário se houvesse votos suficientes para aprová-lo. Na Europa, os líderes devem se reunir amanhã para dar uma reposta à crise, mas a UE está dividida. No Brasil, o governo decidiu fazer economia de gastos e busca folga fiscal para 2009, quando se espera que o efeito da crise surja com mais força. (págs. 1, B1 a B11)
Bancos médios vão atrás de recursos
Com dificuldade para captar recursos, bancos médios brasileiros buscam financiamento pela emissão de papéis baseados em empréstimos a receber. Em setembro, os pedidos de emissão somaram R$ 1,4 bilhão. (págs. 1 e B7)
Terceirização pode ser limitada pelo governo
Anteprojeto enviado pelo Ministério do Trabalho ao Planalto propõe novas regras que dificultam a contratação de serviços terceirizados, informam Isabel Sobral e Rui Nogueira. Pelo texto, empresas privadas não poderiam manter por mais de cinco anos contratos do mesmo serviço terceirizado. Profissionais liberais também ficariam impedidos de registrar empresas exclusivamente para prestar serviços - as chamadas "empresas de um funcionário só". (págs. 1 e B14)
Brasil e Espanha fazem acordo
Convênio dá assistência jurídica a barrados nos dois países. (págs. 1 e C1)
Fórum Estadão: Crise desafia país a fazer reformas
Em caderno especial, analistas pedem novo debate sobre a Previdência. (pág. 1)
Os 20 anos da Constituição
Os defeitos da Constituição não são poucos, mas ela tem servido como bom farol para a vida brasileira. A comemoração de seus 20 anos é também a celebração da estabilidade política. (págs. 1 e A3)
Artigo: Amizade histórica
Celso Amorim e Serguei Lavrov: O laço Rússia-Brasil independe da conjuntura. (págs. 1 e A2)
Crianças da classe A são as que tomam menos vacinas
Crianças da classe A tomam menos vacinas, revela estudo da Santa Casa de SP. O fenômeno é nacional, mas se acentua no Sudeste, onde só 68,9% das crianças mais ricas receberam as vacinas do calendário oficial. A meta é de 95%. (págs. 1 e A22)
Livrarias e editoras se expandem
A abertura de loja da Livraria Cultura dedicada à Companhia das Letras reforçou segmento do mercado em expansão: o de editoras que mantêm livrarias com seu nome, como acontece na França. Com canal exclusivo de distribuição, elas testam quais títulos interessam mais. (págs. 1 e D5)
Marta e Kassab já reúnem munição para o 2º turno
Os comitês de Marta Sulicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) já reúnem munição para o segundo turno da eleição em São Paulo. A equipe de Kassab separou imagens de 2004 em que Marta, então prefeita, aparece batendo boca com uma eleitora que reclama de enchentes. Eles temem a exibição de cenas de Kassab chamando um autônomo de "vagabundo" durante vistoria a posto de saúde. (págs. 1 e A4)
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Jornal do Brasil
Manchete: Nos EUA, mutirão a favor do pacote
Um mutirão de lobistas resolveu agir para aprovar a nova versão do pacote de socorro contra a crise que abala o mercado financeiro internacional. Aprovado pelo Senado americano na quarta-feira, o projeto, que destina US$ 700 bilhões para evitar o xeque-mate de instituições financeiras, já foi aumentado para US$ 850 bilhões e será votado hoje na Câmara. As linhas telefônicas ficaram sobrecarregadas, com chamadas tentando convencer os relutantes. Mas o mercado parece não se saciar facilmente. A Bovespa liderou a queda das bolsas: - 7,34%. (págs. 1 e Economia A18)
Horário eleitoral perdeu audiência
Terminou ontem o horário eleitoral gratuito do primeiro turno, no rádio e na TV, com baixos índices de audiência. Os números do Ibope em São Paulo – segundo a Rede Globo, semelhantes aos do Rio – apontam que a quantidade de aparelhos ligados caiu 17% nas transmissões da tarde. Nas noturnas, 12%. Cientistas políticos consideram os programas de Eduardo Paes e Fernando Gabeira como os melhores. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)
Chefe da Scotland Yard renuncia após caso Jean Charles
Pressionado por críticas à sua ineficiência e acusação de racismo na resolução do caso da morte do brasileiro Jean Charles, o chefe da Scotland Yard, Ian Blair, anunciou que vai deixar o cargo. No pronunciamento da renúncia, nem remorso nem pedido de desculpas. Blair avisou que sai “pelo interesse dos londrinos”. (págs. 1 e Internacional A22)
Radioterapia curta é mais eficaz
Estudo feito no Canadá, que acompanhou por 12 anos grupos de mulheres com câncer de mama em estágio inicial, recomenda uma nova técnica de radioterapia: o tratamento é mais eficaz se durar três semanas, em vez de cinco. (págs. 1 e A24)
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Correio Braziliense
Manchete: Jogatina de grã-fino na Península dos Ministros
A QL 12 do Lago Sul, conhecida como Península dos Ministros, é um dos endereços mais nobres de Brasília. Tem como moradores o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente de Senado, o ministro da Fazenda. Em uma operação concluída na madrugada de ontem, investigadores da 10ª Delegacia de Polícia desativaram um cassino que funcionava na casa 9 do Conjunto 20, vizinho às residências de poderosos da capital federal.
Quarenta pessoas foram presas em flagrante, entre elas dois comerciantes jordanianos. Os policiais apreenderam mesas, fichas, baralhos, livros-caixas, recibos e comprovantes de movimentação financeira da casa. O material recolhido foi suficiente para encher dois caminhões. Uma primeira análise indica que as apostas no cassino do Lago Sul chegavam a R$ 3 mil. (págs. 1 e 25)
BC permite que bancões salvem banquinhos brasileiros
No fim da noite, o Banco Central anunciou mudanças nas regras dos depósitos compulsórios, para injetar R$ 23,5 bilhões no sistema financeiro. Grandes bancos ganharam autorização para adquirir carteiras de crédito dos menores, em apuros desde que a crise dos EUA interrompeu as linhas de financiamento internacionais. (págs. 1, 12 e Tema do Dia)
Incertezas levam dólar a mais de R$ 2
A taxa de câmbio brasileira encerrou o dia cotada a R$ 2,02, alta de 5,3%. A bolsa de São Paulo caiu 7,3%. Tudo porque ninguém mais sabe como vai acabar a crise americana. (págs. 1, 12 e Tema do Dia)
Chefe da Scotland Yard, enfim, deixa cargo
Ian Blair, comissário da polícia londrina, sucumbiu à pressão pelos erros da operação na qual o brasileiro Jean Charles de Menezes acabou assassinado, há três anos. Ele deixará o cargo em 1º de dezembro. O último a tomar tal decisão foi James Monro, em 1890, por não conseguir prender Jack, o Estripador. (págs. 1 e 24)
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Valor Econômico
Manchete: Receita alta explica onda de reeleição nas capitais
As contas públicas explicam parte importante da força reeleitoral deste ano – os candidatos com apoio da prefeitura lideram as pesquisas de intenção de voto em 20 das 26 capitais estaduais. A receita corrente das prefeituras das capitais saltou de R$ 41 bilhões em 2004 para R$ 59,6 bilhões em 2007 (aumento de 46,8%). No conjunto dos municípios, os recursos disponíveis tiveram um aumento ainda maior, de 52,4%. Foi uma alta mais significativa do que aquela observada nas receitas da União (45,7%) e dos Estados (41,7%) no mesmo período.
O Rio – capital que teve o menor aumento de receita (24,1%) – é a cidade em que a candidatura apoiada pela máquina municipal registra o pior resultado nas pesquisas. Sustentada pelo prefeito César Maia (DEM), a deputada Solange Amaral (DEM) disputa o quinto lugar com Chico Alencar (P-SOL) e Alessandro Molon (PT).
O prefeito que provavelmente será campeão proporcional de votos no Brasil, Cícero Almeida (PP), de Maceió, assistiu a um aumento de 60,5% em sua receita. No entanto, a relação entre alta de receita e vitória na eleição não é automática. A receita da prefeitura de São Paulo subiu 55,8% no período, o que não foi suficiente para levar o prefeito Gilberto Kassab (DEM) à liderança, embora deva passar para o segundo turno com chances de vender Marta Suplicy (PT).
Caso o resultado das pesquisas se confirme nas urnas, haverá um grande contraste em relação ao que ocorreu quatro anos atrás. Em 2004, em ambiente geral de crise econômica, a oposição venceu em 16 das 26 capitais estaduais e dez prefeitos foram reeleitos. Foi a primeira gestão regida do início ao fim pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu limites de endividamento e de gastos.
A elevação das receitas dos municípios nos últimos anos foi resultado de uma combinação de fatores que vão desde mudanças na lei até o desempenho geral da economia. Mas a geração de recursos próprios, sobretudo nas capitais, teve lugar de destaque. Enquanto as transferências da União tiveram uma elevação de 38,6% e as dos Estados subiram 35,8%, a arrecadação tributária nas capitais aumentou 51,8% nos últimos três anos, principalmente em razão da mudança no Imposto sobre Serviços (ISS), o principal tributo das prefeituras. (págs. 1 e A18)
Dólar supera R$ 2 em mais um dia nervoso
Uma nova rodada de indicadores ruins sobre a economia americana e especulação levaram o dólar a ultrapassar a casa dos R$ 2 - fechou a R$ 2,023 - e subir 5,09% ontem. As bolsas de valores levaram mais tombos e a Bovespa chegou perto de interromper seu pregão diante de uma queda de 9,4%. O Ibovespa encerrou o dia com perda de 7,34%. A bolsa de Nova York caiu 3,22%, em mais um dia de queda generalizada das ações.
A corrida ao fechamento de câmbio por parte dos exportadores para aproveitar a cotação favorável do dólar não tem sido suficiente para contrabalançar dois movimentos opostos. O primeiro, de restrição das linhas externas de financiamento para Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). O segundo, de saída de divisas do país no câmbio financeiro. Desde o dia 5, com raras exceções, o fluxo cambial diário se manteve ligeiramente negativo.
O Banco Central não se moveu no mercado de câmbio. Sua ausência equivaleu ao recado de que a alta do dólar não se sustentará, cessado o movimento especulativo. O BC não percebeu falta de liquidez nem de linhas externas. Operadores de câmbio consideram a notícia de que os dados relativos ao fluxo cambial passarão a ser divulgados semanalmente como um indício de que o BC pretende demonstrar que não está faltando liquidez no sistema. (págs. 1, C1 a C12 e D1)
Destaques: atividade industrial
A produção da indústria brasileira diminuiu 1,3% em agosto em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto de 2007, o indicador mostra crescimento de 2%. No acumulado do ano, a alta chegou a 6% e 6,5% em 12 meses. (págs. 1 e A3)
Destaques: floresta em pé gera lucro
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, no Amazonas, recebeu aval da auditoria alemã Tüv Süd para negociar créditos de carbono pelo não-desmatamento da floresta. É a segunda operação do gênero no mundo e a primeira no Brasil. (págs. 1 e A4)
Destaques: exportações de carne
A União Européia decidiu ontem restabelecer a habilitação do Mato Grosso do Sul e áreas do Mato Grosso e Minas Gerais para exportar carne bovina in natura a seus mercados. Atualmente, apenas 364 propriedades no país podem exportar para a UE. (págs. 1 e B11)
Destaques; Codesp quer elevar receita
Proposta levada pela Codesp, administradora do porto de Santos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários prevê a participação das companhias docas estatais nos resultados dos terminais privados. A mudança valeria para os novos arrendamentos. (págs. 1 e B8)
Projetos de governos da América do Sul agitam o mercado de satélites (págs. 1 e B2)
Destaques: demissões nos EUA
As empresas americanas anunciaram cortes de 95 mil postos de trabalho no mês passado, um número 7,2% maior do que as 88 mil demissões feitas em agosto. Até setembro, já foram suprimidas 763 mil vagas, quase o mesmo que em todo o ano passado. (págs. 1 e D2)
Brenco fecha venda de álcool anidro aos EUA
A Brenco fechou na quarta-feira, no Texas, um acordo comercial para exportar 1 bilhão de litros de álcool anidro para a companhia petrolífera americana Lyondell. O Valor apurou que o contrato tem a duração de quatro anos e que os embarques começarão a ser realizados a partir do quarto trimestre de 2009, até 2013. Em valores atuais, a negociação envolve cerca de US$ 680 milhões. (págs. 1 e B11)
Pedro Afonso começa a plantar cana-de-açúcar
Ao contrário da maioria dos municípios de Tocantins, a festa anual de Pedro Afonso não celebra o gado, mas sim a soja. E é natural que seja assim, porque o grão domina a vida econômica da cidade e de toda a região. Mas isso vai mudar. A soja dará lugar à cana-de-açúcar. Com a chegada da Ferrovia Norte-Sul, que terá uma estação de transbordo a menos de 20 quilômetros da cidade, grandes grupos, como a Bunge, estão comprando terras para plantar cana.
A estimativa da cooperativa agroindustrial de Pedro Afonso é que a área plantada com soja caia mais de 70% nos próximos três anos. "A soja vai migrar para regiões mais distantes. Aqui em Pedro Afonso, o que vai ter mesmo é cana", reconhece Vanderlei de Souza, gerente da Coapa. A cidade, que foi pioneira da soja no Estado, está vivendo uma mudança que se repete com mais ou menos intensidade em outras regiões que prosperaram com a produção de grãos e agora, com a grande demanda por biocombustíveis, se voltam para a cana. (págs. 1 e B12)
Emissões privadas de ações suprem IPOs
Cosan receberá um aporte do Gávea, fundo gestor de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, por meio de um aumento de capital privado de US$ 130 milhões. O controlador, Rubens Ometto, colocará outros US$ 50 milhões. É a quarta empresa a levantar recursos por meio de emissão privada de ações, atraindo fundos de participações ou de ações com foco no longo prazo.
Com o mercado de capitais fechado a emissões públicas (IPOs), os negócios se voltam para operações que combinam a chegada de novos sócios com o aporte de mais recursos dos acionistas. "Para nós, o momento é espetacular", disse Luiz Fraga, sócio do Gávea, que captou US$ 1,2 bilhão, há dois meses, para abertura da terceira carteira. (págs. 1 e D3)
Idéias
Naércio Menezes Filho: em breve não haverá mais aumento da demanda por cursos superiores. (págs. 1 e A17)
Idéias
Robert Skidelsky: crescimento foi maior e mais estável na era keynesiana do que na era de Friedman. (págs. 1 e A17)
Idéias
Maria Cristina Fernandes: Marta não conseguiu reduzir rejeição. (págs. 1 e A6)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Mercados se retraem à espera do pacote
Descrença. Este foi o sentimento que levou os mercados a nova queda ontem, um dia após a aprovação do pacote de socorro ao setor financeiro pelo Senado norte-americano. Não bastassem as inúmeras alterações na proposta original, que elevaram o total da ajuda para US$ 850 bilhões, a votação do pacote na Câmara dos Representantes, prevista para hoje, assim como sua real eficácia, é incerta.
O Tesouro afirmou ontem que levará semanas para começar a desembolsar os recursos destinados a comprar os ativos podres dos bancos. Mesmo com medidas aprovadas e liquidez recuperada, especialistas acreditam que dificilmente os EUA evitarão uma recessão. “Não vamos colocar o projeto em votação sem ter os votos, mas estou otimista“, disse Nancy Pelosi, presidente da Câmara.
Com tanta incerteza, o preço do petróleo recuou mais de 4%, a US$ 94 o barril, em Nova York. O dólar subiu frente a outras moedas. No Brasil, a moeda avançou 4,99%, cotada a R$ 2,021. O Ibovespa esteve perto de um novo circuit breaker, ao recuar 9,4%, mas fechou com queda de 7,34%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 3,2%. Nos EUA, o preço dos imóveis caiu tanto que uma casa chegou a ser leiloada por US$ 1,75 no site de leilões Ebay. (págs. 1 e B1)
Promessa de dinheiro novo não convence agricultores
A maioria dos produtores brasileiros ainda não conseguiu ter acesso aos R$ 45 bilhões prometidos pelo governo federal em julho para o custeio da safra 2008/09. O Banco do Brasil (BB), responsável por 63% do total destinado ao agronegócio, liberou até 30 de setembro R$ 4,155 bilhões. Mesmo com a limitação, o número é 70% maior do que em igual período de 2007.
Para os representantes dos produtores, o adiantamento dos R$ 5 bilhões anunciados anteontem pelo governo não devem proporcionar o efeito esperado. “No ano passado sobraram R$ 2 bilhões do total e no anterior, R$ 5 bilhões. Isso prova que o produtor não tem sido atendido”, argumenta Carlos Sperotto, presidente da Comissão de Endividamento da CNA.
A restrição atinge até quem paga as contas em dia. “Liquidei as dívidas para ter acesso ao crédito e agora estou sem capital de giro”, revela Anderson Taques Moreira Castro, produtor em Castro (PR). Independentemente da burocracia, os recursos são insuficientes, avalia Pedro Arantes, assessor econômico da Faeg.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou, ontem, tranqüilizar os agricultores, reafirmando que não faltará crédito para o custeio rural. (págs. 1 e B12)
Produção industrial recua em agosto
O efeito calendário contribuiu para que a produção da indústria caísse 1,3% em agosto (que teve dois dias a menos que o mês anterior), mas já se torna visível que a economia brasileira começou a colher taxas mais moderadas de crescimento. O ritmo chinês de algumas categorias da indústria no segundo semestre do ano passado torna a base de comparação elevada demais para grandes saltos daqui para frente.
As fábricas mantiveram em agosto o nível de produção nas alturas, mas mesmo assim o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou aumento de apenas 2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Como elevar o crescimento sobre um salto de 10,5%? Foi este o percentual de aumento da produção industrial em outubro do ano passado. O ritmo asiático foi empurrado pela produção de bens de capital, que cresceu 27,8% naquele mês, conforme lembra a pesquisadora do IBGE Isabella Nunes. Os bens duráveis no mesmo período cresceram 18,2%. “A base de agosto a dezembro está muito elevada e vai ser difícil crescer muito. Mas o ritmo da indústria continua crescendo e o patamar de produção é alto”, afirmou.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, debitou a queda da produção em agosto à alta da Selic e à retração da demanda. (págs. 1 e A5)
Câmbio – Dólar ultrapassa a marca de R$ 2 (págs. 1 e B2)
Elétricas estão blindadas contra crise, diz estudo
Agentes da cadeia produtiva do setor elétrico, que engloba as áreas de distribuição, transmissão e geração, afirmam que a atual crise financeira global não afetará os investimentos e a rentabilidade de empresas ligadas ao segmento. “Os agentes econômicos estão vendo o setor elétrico de forma muito positiva. É como se o segmento estivesse blindado à crise internacional”, diz o professor Nivalde José de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que divulgou ontem um estudo sobre o setor.
As razões para tanta confiança, afirma Castro, residem no fato de boa parte do endividamento das empresas energéticas ter sido feito com moeda local, além dos bons faturamentos obtidos nos últimos anos e das projeções de as receitas para o futuro estarem acima da inflação. “Eles têm a percepção de que a rentabilidade deverá se manter, pois as regras já estão definidas, avalia o professor.
O otimismo ainda é revelado sobre projeções de investimentos, que serão maiores entre 2009 e 2012 do que têm sido nos últimos quatro anos, segunda a pesquisa. (págs. 1 e C3)
Orçamento da Marinha será de R$ 2,7 bilhões no próximo ano
O orçamento da Marinha de Guerra do Brasil poderá alcançar R$ 2,7 bilhões em 2009. O anúncio abre perspectivas para a renovação de equipamentos da Força Naval. “Antes o orçamento destinava-se apenas ao custeio. Hoje já prevê investimentos”, diz o contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha. O País tem 8.500 quilômetros de litoral para defender, além da exploração de petróleo do pré-sal, em pontos situados a até 300 quilômetros da costa. (págs. 1 e A6)
Crédito caro no comércio exterior
Apesar de capitalizadas, as instituições financeiras preferem não emprestar, para manter liquidez e evitar riscos. Isso tem elevado consecutivamente a taxa de juros das linhas de comércio exterior (ACC). (págs. 1 e B3)
Fuga para a governança
Os departamentos de análise de várias corretoras endureceram os critérios de recomendação das ações. A palavra de ordem é priorizar empresas com práticas reconhecidas de governança corporativa. (págs. 1 e B4)
Satyam amplia receita no Brasil
A Satyam, quarta maior empresa de tecnologia da Índia, planeja expandir para 5% a participação da receita oriunda da operação no Brasil em sua receita global, que até agora era de apenas 1%. (págs. 1 e C6)
Opinião
Márcio Artur Laurelli Cypriano: No Brasil, os bancos e a equipe econômica tornaram-se referência em termos de rigor regulatório, vigilância, prudência e eficiência. (págs. 1 e A3)
Mineração
As exportações brasileiras de minério de ferro cresceram 28% em setembro (págs. 1 e C7)
Constituição Cidadã completa 20 anos
No dia 5 de outubro de 1988, o País conheceu a democracia através da promulgação da Constituição Federal. Em seu vigésimo aniversário, ela ainda divide a opinião de juristas. O símbolo máximo dos direitos individuais e fundamentais dos cidadãos completa duas décadas em meio a críticas sobre seu conteúdo e eficácia e com 3,7 milhões de normas editadas. (págs. 1 e Suplemento Especial)
O mestre reencontra seu primeiro amor
No início de 1941, do encontro entre o jovem Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek, então governador de Minas Gerais, nascia o projeto de criar o mais belo bairro de Belo Horizonte, o Complexo da Pampulha, obra que projetou o nome do arquiteto. Hoje, aos 101 anos, Niemeyer volta a interferir na paisagem da cidade, a convite de outro governador, Aécio Neves, que encomendou ao mestre um Centro Administrativo. (págs. 1, D1 e D2)
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Estado de Minas
Manchete: Frankenstein americano semeia a incerteza...
Mercado reage mal um dia depois de o Senado dos EUA aprovar o megapacote anticrise. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 3,22%. Na Ásia e na Europa, as bolsas fecharam em queda. No Brasil, a Bovespa desabou 7,34% e o dólar disparou 5,37%, superando a barreira dos R$ 2. As profundas mudanças feitas pelos parlamentares no plano de Bush esticaram o texto de três para mais de 400 páginas e criaram um monstrengo que eleva de US$ 700 bilhões para pelo menos US$ 850 bilhões o custo do socorro aos bancos. Além disso, há dúvidas sobre a aprovação do projeto pelos deputados. E também sobre a real dimensão do tsunami financeiro e de seu impacto nos Estados Unidos e na economia mundial. (págs. 1 e 13 a 15)
Brasileiros fogem das viagens em dólar
Com a disparada do dólar, que ontem fechou a R$ 2,02, brasileiros estão fugindo dos pacotes turísticos para o exterior e mudando os planos para passeios em destinos domésticos, que ficaram mais baratos e seguros. Segundo os operadores de turismo, mais do que o patamar atual da moeda americana, a incerteza quanto à cotação no futuro próximo assustou quem tinha planos de viajar para fora do país. (págs. 1 e 13 a 15)
Como o eleitor decide seu voto na capital
Pesquisa mostra que quase quatro em cada 10 eleitores de BH escolhem o candidato a prefeito de acordo com as propostas de governo apresentadas durante a campanha. Também aponta descrédito nos partidos. (págs. 1, 4 e Editorial, pág. 10)
Nova Lima
Pesquisa aponta ampla vantagem para petista. (págs. 1 e 6)
Pampulha
Despoluição da lagoa não tem prazo para terminar. (págs. 1, 21 e 22)
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Jornal do Commercio
Manchete: Dólar passa de R$ 2
Pessimismo com a crise dos EUA volta a derrubar as Bolsas pelo mundo e o dólar chegou a R$ 2,02, uma alta de 5,09%. Esse aumento deve afetar, de imediato, os juros para habitação e o preço de produtos importados típicos do Natal. (pág. 1)
Cesta básica no Recife foi a mais barata (pág.1)
Debate sem surpresa fecha a campanha (pág. 1)
Petrobras lança até janeiro concurso que terá vagas para refinaria (pág. 1)
Entidade dos EUA paga transporte do corpo de pernambucano (pág. 1)
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