quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

02 de outubro de 2008

O Globo

Manchete: EUA: Senado aprova socorro mas custo vai a US$ 850 bi
O Senado americano aprovou ontem, por 74 votos a favor e 25 contra, o pacote de socorro de US$ 700 bilhões a instituições financeiras. O texto deve ser votado amanhã na Câmara. De olho na eleição, os senadores cederam, no entanto, a ação de lobistas que conseguiram incluir várias propostas elevam o custo para US$ 850 bilhões. Entre as mudanças, está a prorrogação de benefícios para a indústria de cinema e donos de autódromos, além de isenção de impostos para vítimas de furacões. O plano manteve o teto de salários para executivo de instituições que receberem ajuda.

O mercado financeiro passou o dia à espera da votação, que só aconteceu à noite. O Índice Dow Jones caiu 0,18% e a Bovespa subiu 0,52%. O dólar fechou cotado a R$ 1,925, com alta de 1,1%. Pesquisa mostra que George W. Bush é o presidente mais impopular da história americana, com 70% de desaprovação. (págs. 1, 27 a 33 e 36, Miriam Leitão e editorial “Plano de vôo”)

Lula: ‘Cuidem do crédito que o Natal ta aí’
O presidente Lula cobrou de seus ministros que não falte crédito para os consumidores: “Cuidem do crédito. O Natal está aí”. O Banco do Brasil dará R$ 5 bi a agricultores para compensar a falta de crédito. (págs. 1, 29 e Negócios & Cia)

Eleições 2008
Fanfarra eleitoral: o Exército entra no Complexo do Alemão tocando hinos dos clubes cariocas. A ocupação mobilizou o maior contingente da Operação Eleições, com 3.500 soldados. Uma Bandeira do Brasil foi fincada no ponto mais alto do conjunto de favelas. (págs. 1 e 9)

Marinha ameaça interromper patrulhas navais
Depois do Exército, agora é a vez de a Marinha avisar que pode interromper atividades por falta de dinheiro. As patrulhas navais correm risco de suspensão, o que afetaria a segurança das plataformas de petróleo. (págs. 1 e 9)

Segundo Caderno
O ex-ministro Gilberto Gil volta à música e diz não sentir saudades da política. (pág. 1)

Caracas à frente entre as mais violentas
A capital da Venezuela está entre as cidades mais violentas do mundo e tem a maior taxa de homicídios da América do Sul, segundo a revista “Foreign Policy”. Desde que Chávez assumiu, a taxa de homicídios do país subiu 67%. (págs. 1 e 37)

Apac não impede demolições no Leblon
Apontada pelo prefeito César Maia como instrumento para deter a especulação imobiliária, a Área de Proteção do Ambiente Cultural (Apac) não está impedindo nova leva de demolições no Leblon. Dezenove pequenos prédios já foram derrubados desde que o prefeito publicou o primeiro decreto de proteção, em junho de 2001. (págs. 1 e 16)

Esforço final de Gabeira e Crivella pelo 2º turno
A mais recente pesquisa Datafolha mostra Marcelo Crivella (PRB), com 19% e Fernando Gabeira (PV) com 17%, em empate técnico, brigando voto a voto por uma vaga no segundo turno contra Eduardo Paes (PMDB), que se manteve com 29%. Nos três últimos dias de campanha, Crivella investirá no eleitorado mais pobre e Gabeira, na classe média. (págs. 1, 3 e 5)

SP: Kassab abre oito pontos sobre Alckmin
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), subiu para 27% na última pesquisa Datafolha e abriu oito pontos de vantagem sobre o tucano Geraldo Alckmin. Ele polariza com Marta Suplicy (PT), que aparece com 35%. (págs. 1 e 13)

Em BH, 2º turno surge no cenário
Pesquisa Datafolha abriu possibilidade de segundo turno em Belo Horizonte, com o candidato do PMDB, Leonardo Quintão, subindo para 23% nos últimos dias. Márcio Lacerda, do PSB com apoio do PT e PSDB, chegou a 45%. (págs. 1 e 15)

BA: João Henrique lidera em Salvador
O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), apareceu pela primeira vez à frente na pesquisa Datafolha, com 25%, em empate técnico com ACM Neto (DEM), com 24%. O candidato do PT, Walter Pinheiro, tem 22%. (págs. 1 e 11)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo tenta garantir o crédito de final de ano
O presidente Lula pediu aos ministro da área econômica que “não deixem faltar crédito” para nenhum setor da economia brasileira, diante da turbulência internacional. “O presidente disse que não se pode fingir que não tem crise”, relatou Paulo Bernardo (Planejamento). “Ele afirmou: ‘Olha, o Natal está chegando’.” Para dar mais fôlego aos financiamentos, discutiu-se a hipótese de redução dos depósitos que os bancos têm de fazer no Banco Central. Além disso, deverão ter ajuda o agronegócio, o setor de infra-estrutura e os exportadores – segundo o BC, o crédito para a exportação caiu à metade desde meados de setembro. Lula negou que as medidas sejam “pacote”. “Tem pacote sim, mas é nos EUA”, disse Guido Mantega (Fazenda).

O Senado americano votaria o plano de ajuda financeira ontem à noite. Os candidatos à Casa Branca, Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano), passaram o dia fazendo apelos por sua aprovação. “Aos (congressistas) que se opuseram ao plano, peço o seguinte: mãos à obra. Façam o que é correto para o país porque agora é o momento de agir”, disse Obama. (págs. 1, B1 a B13)


Frase
Paulo Bernardo – Ministro do Planejamento: “O presidente disse que não se pode fingir que não há crise e pediu que cuidássemos do crédito” (pág. 1)

Lula vai reforçar campanha em SP
O presidente Lula vai reforçar as campanhas do PT em São Paulo. No sábado, véspera da eleição municipal, ele vai se reunir com candidatos petistas e prefeituras da Grande SP, entre eles Marta Suplicy. O encontro será durante almoço em São Bernardo do Campo, berço do PT. Na capital, o comitê de Marta já discute a estratégia de segundo turno e pretende “nacionalizar” ainda mais a campanha. A idéia é ampliar a presença de Lula na propaganda e mostrar os benefícios que programas do governo federal trazem à cidade. (págs. 1, A4 e A8)

Notas e informações: Perguntem a Lula
Lula se recusava a falar seriamente sobre a crise. “Pergunte ao Bush” era sua resposta-padrão. O governo parece ter entendido, afinal, que a turbulência é problema também do Brasil. (págs. 1 e A3)

Fuga dos fundos de alto risco
Investidores brasileiros estão fugindo dos fundos hedge, os mais arriscados – e badalados – do mercado. As perdas desse tipo de fundo já somam R$ 17,8 bilhões e atingem estréias do setor, como Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest investimentos, e Ilan Goldfajn, da Claro Investimentos. (págs. 1 e B4)

4.500 soldados ocupam Complexo do Alemão.
Com o maior contingente já usado pelas Forças Armadas na segurança das eleições, 4.500 homens do Exército e da Marinha ocuparam o Complexo do Alemão, conjunto de favelas em uma das áreas mais violentas do Rio. Parte da tropa permanecerá o tempo todo no local, onde foi hasteada uma bandeira do Brasil. A operação mobilizou ainda 20 blindados. (págs. 1 e A11)

Eleições 2008
Camuflados – Crianças observam soldados que montam guarda em meio a rochas no Complexo do Alemão: tropa na favela até a eleição. (pág. 1)

Espanha recebe ajuda brasileira e prende 121 por pedofilia
A polícia espanhola deteve ontem 121 pessoas na maior operação já feita no país contra pedofilia na internet. Dados da Polícia Federal brasileira foram usados na ação. As investigações da Operação Carrossel, que contou com 800 agentes, começaram em julho de 2007 e permitiram localizar rede de troca de arquivos com 18 mil conexões em 75 países. (págs. 1 e C8)

Equador: Odebrecht aceita termos de Correa
Empresa cede ao presidente equatoriano para voltar ao país. (págs. 1 e A18)

Educação – Resolução limita idade em supletivo
Se aprovada, medida vetará ingresso de menores de 18 anos. (págs. 1 e A21)

Lixões em 67 municípios paulistas serão interditados
A Cetesb vai interditar lixões em 67 municípios de São Paulo. Os aterros funcionam sob as mesmas condições desde os anos 80, contaminando áreas de mananciais, como a Represa Billings. Os prefeitos de cidades com aterros irregulares se dizem perseguidos e afirmam que a Cetesb favorece os lixões particulares. O governo paulista nega. (págs. 1, C1, C3 e C4)

Artigo: Liberdade de informar
Demétrio Magnoli: Não seria tempo de uma Primeira Emenda à Constituição? (págs. 1 e A2)

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Jornal do Brasil

Manchete: Brasil prepara pacote
O presidente Lula evita rotular de pacote, mas o governo está costurando medidas para se prevenir contra a crise. Prepara ações para diferentes possibilidades de intensidade de turbulência internacional. Formulado pelo Banco Central e ministérios do Desenvolvimento e Fazenda, o plano é ampliar linhas de crédito para financiar as exportações. Cerca de R$ 5 bilhões de antecipação para a agricultura e desburocratização para pequenas e médias empresas estão entre as providências.(págs. 1 e Tema do Dia, A2)

Festa para uns, cobranças para outros
Medalhista: Presidente Lula recebe campeões olímpicos e paraolímpicos em Brasília, e cobra do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e do ministro dos Esportes, Orlando Silva, melhor preparação dos atletas brasileiros. (págs. 1 e Esportes D8)

Rio resiste à lei e crescem acidentes
Pesquisa do Núcleo de Atenção ao Acidentado de Trânsito da UFRJ aponta o Rio como um dos Estados com menor redução, no Brasil, no número de atendimentos à vítimas de acidentes de trânsito, após a entrada em vigor da Lei Seca. (págs. 1 e A15)

Hinos contra a barricada
Para dar segurança às eleições, os homens das Forças Armadas se apresentaram ontem, no Complexo do Alemão, ao som do hino do Flamengo e de outros clubes. A aparente tranqüilidade foi interrompida pela derrubada de uma barricada de metal. (págs. 1 e A6)

Morre empresário Baby de Carvalho
Morreu ontem, aos 95 anos, Joaquim Monteiro de Carvalho, o baby, empresário responsável pela vinda de várias grandes empresas para o Brasil, como a Volkswagen e a Peugeot. (págs. 1 e A15)

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Correio Braziliense

Manchete: Senado dá nova chance ao superpacote de Bush
Barack Obama votou sim. John McCain votou sim. Outros 72 senadores fizeram o mesmo. E o pacote de US$ 700 bilhões para socorrer os falidos bancos americanos, mandado pela Casa Branca, foi aprovado no Senado dos EUA. Com isso, o texto volta à Casa dos Representantes — como eles chamam a Câmara dos Deputados de lá — e deve ser submetido à nova votação, prevista para amanhã. Para resgatar o plano, rejeitado pelos deputados dois dias antes, o governo Bush foi obrigado a alterar o texto em vários pontos, cortando US$ 150 bilhões em impostos e elevando o valor do seguro para correntistas das instituições financeiras em apuros. Apesar do suspiro de esperança, não há certeza de que a câmara baixa mude a posição quanto às medidas. “O que o Senado está mandando de volta é um gêmeo fraterno daquele que eu votei contra na segunda-feira”, reclamou o deputado texano Joe Barton, republicano como George W. Bush. (págs. 1, Tema do dia, 22 a 27)

Sobrepreço de 10% pára obra em Guarulhos
A Infraero cancelou a licitação das obras do terceiro terminal do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Presente na lista do PAC como um dos itens para construção da infra-estrutura do país, o projeto havia sido orçado em R$ 1,12 bilhão, mas, segundo o TCU, tal valor está superestimado em pelo menos R$ 100 milhões. (págs. 1 e 2)

Pesquisa terá R$ 21 milhões ainda este ano
Verbas do governo federal serão liberadas por meio de dois editais a cientistas que desenvolvem projetos de terapia celular. Governo quer criar uma rede virtual englobando todos eles. Movimentos que lutaram pela aprovação das pesquisas no STF comemoraram a descoberta da primeira linhagem nacional de células-tronco embrionárias. (págs. 1 e 17)

Tropa na rua tenta garantir eleição no Rio
O Exército reproduziu nas ruas do Rio de Janeiro o que já havia feito no Haiti. Um contingente de 3,5 mil homens entrou no Complexo do Alemão para assegurar aos cidadãos cariocas o direito ao voto. Além de promessas para reduzir a violência, plataforma eleitoral dos candidatos inclui a construção de um superaquário. (págs. 1 e 6)

O inimigo da Lei Seca
Remédio contra alcoolismo é a nova arma de motoristas para escapar do bafômetro. Mas o medicamento não é eficaz em blitz e traz riscos à saúde se tomado sem indicação médica. (págs. 1 e 39)

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Valor Econômico

Manchete: Brasil e Argentina se armam para conter ‘invasão chinesa’
Brasil e Argentina já se preparam para enfrentar uma provável invasão de produtos chineses e de outros países no Mercosul. A preocupação dos dois governos decorre de previsões de que os exportadores, principalmente da China, deverão buscar de forma agressiva mercados alternativos ao americano e de outras nações ricas que estão prestes a entrar em recessão.

O assunto foi discutido com o presidente Lula na reunião ministerial de segunda-feira. O governo acredita ser possível lidar com a invasão chinesa usando os mecanismos tradicionais de defesa comercial, como sobretaxas. Muitos empresários não sabem usar esses mecanismos e o governo vai fazer um esforço para divulga-los. “Existe uma preocupação muito grande porque os chineses são fornecedores importantes dos EUA”, disse ao Valor o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “O Brasil é um alvo previsível”.

No entanto, o governo quer evitar medidas que possam ser interpretadas como discriminatórias, como seria o caso da imposição de salvaguardas. “O governo tem evitado recorrer à salvaguarda prevista na OMC contra os chineses, mas é possível usar a salvaguarda geral, não específica contra a China”, diz Ivan Ramalho, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento. Há grande preocupação dos empresários com a entrada de brinquedos para o Natal. Nesse segmento, o governo espera obter, em novembro, um compromisso da China de conter voluntariamente suas exportações.

Na Argentina, o Ministério da Economia pretende colocar em vigor um sistema regulamentado há um mês que reduz de 24 para 12 meses o prazo médio para análise de processos antidumping. Além de proteger a indústria local, a medida responde a uma demanda interna do empresariado, que pede desvalorização do peso frente ao dólar e estímulos à produção.

Afastada do mercado internacional de crédito desde a moratória, a Argentina não está sofrendo impactos da crise, a não ser pelos mercados de ações e bônus, que despencaram como um todo o mundo. Mas o secretário de Finanças do Ministério da Economia, Hernan Lorenzino, previu no Congresso que a desaceleração econômica também vai atingir o país. (págs. 1, A6 e A11)

Fim da euforia nos imóveis comerciais
O mercado de imóveis comerciais começa a sentir os efeitos da crise financeira. A euforia e a corrida desenfreadas por terrenos e edifícios prontos, que dominaram o mercado até o início do ano, deram lugar à cautela. Com forte presença de investidores estrangeiros, as decisões que envolvem grandes negócios começam a ser reavaliadas e até adiadas.

O mercado de locação continua aquecido, mas a compra de ativos está mais lenta. “Com uma crise desse tamanho não há quem não pare para pensar. Metade dos compradores desistiu das propostas”, afirma Walter Cardoso, presidente da CB Richard Ellis. No auge do aquecimento do mercado, uma licitação para venda de imóvel chegava a ter de dez a 15 propostas. Agora, são de três a seis. Segundo o executivo, parte dos investidores se retraiu, apostando na queda dos preços. (págs. 1 e B8)

Ação defensiva
Gestores que participam da Carteira Valor recomendam papéis defensivos para enfrentar as turbulências da crise financeira internacional. Entre os destaques estão as ações de empresas do setor elétrico, que têm fluxo de caixa estável, e também de grandes bancos. (págs. 1 e D1)

Fluxo cambial e especulações
O fluxo cambial em setembro, até o dia 26, foi positivo em US$ 2,75 bilhões. O déficit financeiro, de US$ 3,52 bilhões, foi coberto pelo saldo comercial de US$ 6,26 bilhões. Os dados mostram que a alta do dólar no mercado interno é resultado de especulação. (págs. 1 e C2)

Russos fora da venda de caças à FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) eliminou metade das propostas e selecionou três fornecedores para a última fase do projeto F-X2, que resultará em uma encomenda inicial de 36 caças de múltiplo emprego, com entregas a partir de 2014. Passaram à etapa final o F-18 Super Hornet (da americana Boeing), Rafale (da francesa Dassault) e Gripen New Generation (da sueca Saab).

Em uma postura rara, os americanos enviaram cartas à FAB em que acenam com transferência de tecnologia e abertura do código-fonte de componentes de seus aviões. Ficaram de fora da lista o caça russo Sukhoi Su-35, o americano F-16 (da Lockheed Martin) e o Eurofighter Typhoon (de um consórcio europeu). A ausência da Sukhoi surpreendeu, já que a aeronave russa era considerada uma das favoritas. (págs. 1 e A7)

Brasil tende a ser um importante competidor no mercado de leite, diz Carletti, do Rabobank (págs. 1 e B10)

Propostas de orçamento dos Estados ignoram crise
O agravamento da crise financeira internacional nas últimas semanas não modificou as propostas de orçamento estaduais para o próximo ano. Pelo menos seis Estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Piauí – prevêem crescimento de receitas maior do que os 13% estimados pela União para 2009. Alguns projetam elevação em torno de 20%.

Estados como São Paulo e Paraná consideraram prematuro rever as premissas de crescimento do PIB e da inflação levadas em consideração para a elaboração das propostas e mantiveram os números com os quais vinham trabalhando nos últimos dois ou três meses. O bom desempenho das contas neste ano colaborou para a decisão.

Segundo o secretário da Economia e Planejamento de São Paulo, Francisco Vidal Luna, a projeção de inflação deve se cumprir em 2009. “Talvez o crescimento do PIB fique um pouco abaixo do esperado, mas o ‘colchão’ de 2008, deve compensar os resultados de 2009”. (págs. 1 e A3)

Um estilo tucano que dá certo
Um lidera com muita folga as pesquisas em Curitiba e talvez seja o melhor representante de um PSDB sem crise nas eleições de domingo. O outro nem é do partido, mas deve levar o estilo tucano de gestão para a prefeitura de Belo Horizonte, num reflexo do que o governador Aécio Neves, este sim do PSDB, faz no governo estadual.

Beto Richa, de 43 anos, aparece em todas as pesquisas com mais de 68% das intenções de voto, mas dispensa o rótulo que vem recebendo. “Estou longe de ser um fenômeno”, seu desempenho na prefeitura e na campanha tornaram inevitáveis as especulações sobre suas possibilidades de suceder o governador Roberto Requião (PMDB) em 2010.

Márcio Lacerda (PSB), de 62 anos, comunista na juventude e empresário bem-sucedido, pretende implementar uma diretriz política distinta da que prevaleceu nos últimos 16 anos de gestão do PT à frente da prefeitura de Belo Horizonte, caso seu favoritismo nas pesquisas seja confirmado no domingo. Ele quer não só trazer os tucanos de volta como também replicar, em âmbito local, o “choque de gestão”, difundido por Aécio. (págs. 1 e A14)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Senado americano aprova plano de socorro financeiro
O Senado dos Estados Unidos aprovou ontem à noite o pacote de resgate que prevê o uso de até US$ 700 bilhões para comprar títulos podres das instituições financeiras. Foram 74 votos a favor e 25 contra.

O pacote também precisa de aprovação na Câmara para ser implementado. A votação pode acontecer amanhã. Na segunda-feira, a Câmara rejeitou uma versão anterior do plano.

A aprovação do Senado ocorreu depois de intensas negociações e a inclusão de novos pontos no plano (ver quadro). Na tarde de ontem, o presidente George W. Bush fez novo pronunciamento apelando pela aprovação do plano. Os dois candidatos à presidência, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, votaram a favor do pacote de socorro, que, de acordo com acerto feito entre os parlamentares, para passar no Senado o projeto teria de ter aceitação de 60 dos 100 senadores.

No início da noite, a brigada pró-pacote já dizia contar com o mínimo de 60 votos para a aprovação das medidas. “Desejamos dar uma demonstração substantiva de apoio ao Senado, para servir de exemplo à Câmara”, disse o congressista Joe Lieberman. (págs. 1 e A16)

Governo libera US$ 5 bi ao campo
Os ministérios do Desenvolvimento, da Fazenda e o Banco Central preparam um conjunto de medidas para proteger o País dos efeitos da crise. O governo pretende ampliar as linhas de crédito para as exportações e para dar liquidez ao mercado. “Os dois ministérios e o Banco Central estão preparando medidas de precaução. A determinação do presidente Lula é a de que nos antecipássemos para qualquer situação”, disse o secretário de comércio exterior, Welber Barral.

O presidente Lula quer evitar chamar de pacote as medidas em estudo devido ao peso negativo que a palavra tem na história econômica do país. Entre as medidas estão a antecipação de R$ 5 bilhões para a agricultura, sanando a falta de crédito que atinge o setor desde o agravamento da crise financeira.

Segundo dados do Banco do Brasil (BB), 25% dos produtores rurais têm alguma restrição de crédito por comprometimento total ou parcial dos seus limites com renegociação de dívidas. A situação deve refletir em queda na área plantada nesta safra. Se não fossem as exportações do agronegócio, o Brasil teria, no primeiro semestre, saldo negativo de US$ 16,7 bilhões na balança comercial.

Outro ponto do pacote é a desburocratização do crédito para pequenas e médias empresas, além de medidas já anunciadas, como a nova regulamentação do compulsório para o leasing e o leilão de venda de dólares para elevar a liquidez. (págs. 1 e B10)

Moody’s prevê menor liquidez
A crise de crédito já impacta a capacidade de financiamento de dívidas e investimentos de empresas da América Latina. De acordo com relatório que a agência internacional de classificação de risco Moody’s divulga hoje, companhias da economia real apresentam maior risco de liquidez. (págs. 1 e B3)

Agronegócio perde US$ 21 bi na Bovespa
As 14 principais companhias do agronegócio listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perderam R$ 21 bilhões até 30 de setembro na comparação com seu valor estimado em 20 de maio, antes do agravamento da crise internacional. Algumas delas podem ter dificuldade para retornar à posição anterior, sobretudo porque devem ser mais atingidas pela crise nos próximos meses ou simplesmente porque têm como negócio a venda de commodities agrícolas, cujos preços estão baixos e não devem recuperar patamares altos no curto prazo. A maior parte dessas empresas teve perdas superiores às do Ibovespa, que se desvalorizou 32,6%. (págs. 1 e B10)

Balança comercial: País exportou US$ 150,8 bi até setembro (págs. 1 e A5)

Volatilidade do dólar faz EDP desistir de usina
A Energias do Brasil, do grupo português EDP, sentiu o impacto da crise financeira mundial e desistiu de investir em uma usina térmica a carvão no Ceará, orçada em cerca de US$ 600 milhões. “Tivemos uma segunda-feira negra”, disse ontem António Pita de Abreu, presidente da empresa, que atribuiu o fracasso do plano americano de US$ 700 bilhões e a grande volatilidade do dólar à decisão do grupo de não participar do leilão de energia realizado na terça-feira, quando a usina cearense foi colocada à venda pelo sócio do projeto, a MPX. Representantes do governo, porém, ressaltaram o sucesso do leilão, que irá resultar em aportes de R$ 11 bilhões. (págs. 1 e C2)

Imóveis: Incorporadoras começam a rever lançamentos (págs. 1 e C1)

Impactos da crise só em 2009
Os impactos da crise serão sentidos pelo comércio exterior ao longo de 2009. A avaliação é de José Augusto de Castro, vice-presidente da AEB. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Opinião
Thomas L. Friedman: Reconheço momentos sem precedentes quando vejo um. Senti medo pelo meu país poucas vezes na vida. Uma delas, na segunda-feira. (págs. 1 e A16)

Opinião
Rodrigo da Rocha Loures: O Copom deve baixar a taxa Selic. Se isso não acontecer, corremos o risco de abortar outro ciclo de crescimento da economia brasileira. (págs. 1 e A3)

Caos e riscos na duplicação da BR-101
Principal ligação rodoviária entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a BR-101 convive com caos, transtornos e riscos, acentuados pelos desvios criados nas obras de duplicação. No total, 348 quilômetros estão sendo duplicados, entre os municípios de Palhoça, na região metropolitana de Florianópolis, e Osório, a cerca de 100 quilômetros de Porto Alegre.

A reportagem da Gazeta Mercantil percorreu o trecho e mostra os principais problemas da estrada. Além dos desvios e da sinalização confusa, há partes esburacadas e sem acostamento. E, embora o prazo previsto inicialmente para a conclusão das obras fosse dezembro de 2008, há trechos cuja construção da segunda pista sequer começou.

E os transtornos podem se estender por mais tempo. O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu o embargo de 48 obras em todo o país, entre elas um túnel da BR-101, em Maquiné (RS). (págs. 1, C4 e C5)

DEM, PSDB e PT estão otimistas
Três dos principais partidos políticos do País — DEM, PSDB e PT — acreditam que vão colher bons resultados nas eleições municipais de domingo. (págs. 1, A9 e A10)


Opinião
Sandra Nascimento: Na legislação passada foram apresentados apenas dois projetos contra “crimes do colarinho-branco”. Um deles já foi arquivado. (págs. 1 e A2)

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Estado de Minas

Manchete: Papai Noel agradece
O governo brasileiro vai esperar o desdobramento da crise americana para decidir medidas internas. Mas, apesar do abalo financeiro, Lula cobrou dos ministros ações para que não falte crédito aos consumidores no fim do ano.

“O Natal está chegando”, disse. Ele pediu, também, a liberação de mais dinheiro para bancar as exportações, o que levou o Banco do Brasil a anunciar, ontem mesmo, uma linha de financiamento de R$ 5 bilhões para agricultores. (págs. 1, 17 a 19, 21 e 22)

Indefinição na eleição em Contagem
Pesquisa do Instituto EM Data em Contagem mostra Marília Campos (PT) na frente, com 37% das intenções de voto, seguida de Ademir Lucas (PSDB), com 26%. Carlin Moura (PCdoB) tem 7%, e os outros cinco candidatos juntos, 5%. Nos votos válidos (excluídos brancos e nulos), Marília aparece com 50%, mesmo percentual da soma dos adversários, deixando indefinida a realização de segundo turno. (págs. 1 e 4)

Prontos para decolar
Um grupo de 16 alunos que cursam engenharia mecânica, com ênfase em Aeronáutica, na UFMG, testou ontem o pequeno avião desenvolvido por eles. O vôo foi um sucesso, demonstrando que George, nome dado ao artefato, está pronto para a competição nacional do projeto SAE Brasil Aerodesign 2008, de 16 a 19 de outubro, em São José dos Campos. (págs. 1 e 28)

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Jornal do Commercio

Manchete: Pernambucano é assassinado nos EUA
José Ricardo Souza, 31 anos, arcebispo da Igreja Antiga Católica Americana, foi encontrado com sinais de estrangulamento no Brooklyn, Nova Iorque. Ele dava assistência para imigrantes e fazia palestras para portadores de HIV. (pág. 1)

Sem verba, Exército pode ser forçado a reduzir contingente (pág.1)

Senado americano aprova pacote (pág.1)

Candidatos têm só hoje para garimpar votos (pág.1)

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