O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não tem dúvida: se a crise atingir a arrecadação, o governo vai cortar gastos. Apenas PAC e programas sociais já implantados serão preservados. (...) O presidente George W. Bush disse ontem que o G-7, grupo de países ricos, se unirá contra a crise. (págs. 1, 33, 34 e 38)
Taxas do crédito consignado dobram
a dobrar taxas. O total de empréstimo A crise atingiu em cheio o crédito com desconto em folha. Financeiras chegaram caiu 2%. (págs. 1 e 35)
Aécio: idade não é premissa para 2010
O governador Aécio Neves diz que o candidato do PSDB a presidente em 2010 não será definido por faixa etária ou vontade pessoal. (págs. 1 e 18)
MP investiga desvio de verbas da Saúde
O Ministério Público estadual descobriu que um esquema desviou R$ 26 milhões de um contrato da Secretaria estadual de Saúde, para pagamento de cooperativas de médicos, em 2005 e 2006. A maior parte das cooperativas continua sendo contratada na atual gestão. (págs. 1 e 23)
Servidores reagem ao controle do Estado
Servidores municipais, estaduais e federais têm reagido às novidades na gestão dos recursos humanos. A PM, que implantou ponto eletrônico em sete batalhões, é alvo de protestos de policiais. (págs. 1 e 31)
A fronteira mais remota do Brasil
O arquipélago de São Pedro e São Paulo, a 1.010 km de Natal (RN), atrai cada vez mais cientistas e militares. É ocupando o arquipélago e a igualmente remota Ilha de Trindade, que o Brasil garante a soberania sobre uma área mais ampla do Atlântico, revelam Roberta Jansen, Simone Marinho e Antônio Marinho numa série especial de reportagens que começa hoje. (págs. 1, 59 e 60)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Falta de liderança global agrava crise financeira
A crise global já leva autoridades a reconhecer falhas na maneira como o mundo vem sendo governado e a propor uma “nova direção”. “Precisamos de um grupo financeiro mundial, um G8 ampliado, para tratar de um novo ordenamento das relações financeiras globais”, disse o ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, à edição da revista “Der Spiegel”. Esse novo G8 incluiria “potências econômicas emergentes como Brasil, Índia e China”. Para Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, o G7 “não está funcionando”. A direção do FMI defende uma nova arquitetura regulatória global. Nos Estados Unidos, o vácuo de poder pré-eleitoral levou o presidente George W. Bush a instituir um gabinete de transição, o primeiro desde 92, para conversar com as campanhas de Barack Obama e John McCain na quarta-feira. (pág. 1 e Dinheiro)
Concentração de bancos deve crescer no país
Para especialistas, a crise vai desacelerar a expansão do crédito no Brasil e tornar a atividade bancária cara e para poucas instituições. “Toda crise é concentradora”, diz Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC. Também se avalia que o avanço dos bancos nas classes C e D vai parar. (págs. 1 e B6)
Elio Gaspari – Lula diz bobagens e trata crise como coisa pitoresca. (págs. 1 e A15)
L. F. de Alencastro – Eixo geopolítico muda com declínio dos americanos. (pág. 1 e Mais!)
Kassab e Marta pretendem visar gestão anterior do adversário
No segundo turno da eleição em SP, Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) buscarão desqualificar o rival criticando sua gestão anterior. Com o presidente Lula no programa de estréia, hoje, Marta tentará associar Kassab ao ex-prefeito Celso Pitta para tirar a diferença de 17 pontos percentuais para o prefeito, pelo Datafolha. Kassab pretende só reagir se necessário. Hoje à noite acontece o primeiro debate do segundo turno. (págs. 1 e A8)
Revista – Refugiados palestinos no Brasil sofrem para poder se adaptar. (págs. 1, 10 a 18)
Editorial – Leia “Resposta imediata”, que elenca ações de política pública para mitigar os efeitos da crise financeira global no Brasil. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo avalia que especulação cambial é subprime brasileiro
A maior preocupação do governo Lula, em relação à crise do mercado financeiro, é com o estouro da bolha cambial e seu efeito para empresas brasileiras que especulavam com o dólar. (...) Na visão do Ministério da Fazenda, trata-se de uma espécie de subprime brasileiro, a exemplo do que a crise do credito imobiliário representa para os EUA. A equipe econômica prevê que a fase mais aguda da crise dure até um ano, o que pode dificultar o cumprimento da meta de superávit primário para 2009. Será difícil atingir o índice de 3,8% do PIB, caso a economia cresça menos do que as previsões. (págs. 1, B1 a B4)
Uma encruzilhada para o BC
A desvalorização crescente do real alimenta o risco de que o cenário de 2009 combine forte desaceleração econômica com alta da inflação. (...) (págs. 1 e B9)
Rodrigues prevê ‘guerra’ na agricultura. (págs. 1 e B12)
‘Estado’ debate a crise e os seus efeitos no Brasil. (págs. 1 e B13)
Campanha volta à TV e acirra disputa
A propaganda gratuita no rádio e na TV volta hoje, acirrando a disputa entre Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT). Também hoje haverá o primeiro debate entre os dois. (...) Enquanto o prefeito reforma o jingle “Sorria”, Marta aposta em Lula. No entanto, petistas e colaboradores do presidente querem Lula longe da campanha, para não antecipar o confronto com o tucano José Serra. (...) (págs. 1, A4 e A8)
Angola vira pólo de atração de executivos brasileiros
Angola tem se tornado um dos destinos preferidos de brasileiros em busca de trabalho de alto nível – já são 40 mil no país africano, e o número vem subindo, de acordo com a Embaixada do Brasil. (...) (págs. 1, C1 a C5)
“O segundo turno de Lula”
Lula receia ter o nome associado a uma derrota que se desenha na mais importante disputa da temporada, a da Prefeitura de São Paulo. (págs. 1 e, Notas e Informações, A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Mundo além da crise
Após uma semana de espanto, alguns cenários lançam luzes sobre um terreno de sombras. O mercado de varejo no Brasil enxerga no horizonte um crescimento de padrão chinês. Em entrevista ao JB, o professor Ha-Joon Chang, da Universidade de Cambridge, afirma que é hora de os países emergentes desafiarem o modelo ortodoxo de capitalismo. Nos EUA, Barack Obama e John McCain mudam o rumo de seus projetos econômicos para tentar devolver o país aos trilhos. (págs. 1, E1 a E5)
Idênticos e muito, muito diferentes
Um é novo, outro é velho. Um é sóbrio e tenta se soltar, outro já foi muito mais solto e hoje faz-se conservador. Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) são muito diferentes, mas têm algo em comum: mudaram de lado. Gabeira larga o passado esquerdista e se alia ao DEM. Paes esquece o convívio com Cesar Maia e assina aliança na esquerda. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A5)
Farc ampliam operação com droga
Cada vez mais acossada pelo governo colombiano, a guerrilha das Farc aposta na operação com cocaína para manter-se ativa. Trocas de carregamentos por armas são feitas agora no Suriname e no Amapá. (págs. 1 e A13)
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Correio Braziliense
Manchete: DF em apuros – Planejamento zero
Uma das maiores invasões do Distrito Federal, Itapoá e seus 105 mil habitantes são o maior reflexo da ocupação desordenada na capital do país nos últimos anos. Até 1986, o DF tinha cerca de 28 mil hectares loteados. De lá para cá, mais 37 mil hectares foram transformados em cidades. Levantamento do Correio mostra, por meio de mapas, a evolução do caos urbano em Brasília. (págs. 1, 38 a 40)
Renda
Renda fica abaixo do mínimo em quatro cidades. (págs. 1, 31 e 32)
Última cartada para evitar a recessão
Países membros do FMI aprovam plano de ação para salvar o sistema financeiro mundial, “perto do derretimento”, segundo o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn. Em encontro com o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, o ministro Guido Mantega cobrou ações de EUA e Europa. (pág. 1 e Tema do Dia, pág. 25)
Macarrão e feijão: aumento à vista
Reajuste de até 20% na farinha de trigo pressiona o preço da massa. Feijão preto também ficará mais caro. (pág. 1 e Tema do Dia, pág. 28)
Dólar amplia o poder de corrosão
Valorização da moeda norte-americana pode fazer estrago irreparável nas bases econômicas do país. (pág. 1 e Tema do Dia, pág. 30)
Mesmo após ultimato, nepotismo resiste no Congresso nacional. (págs. 1 e 12)
Letra fria da lei ganha variações inusitadas
Judiciário brasileiro usa referências poéticas e sociais nas sentenças e reinterpreta a legislação em decisões, às vezes polêmicas, mas que procuram apelar ao bom senso. (págs. 1, 16 e 17)
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Valor Econômico
Manchete: Governo estima gastar US$ 20 bi das reservas
O plano de ação do governo para enfrentar a crise internacional, neste momento, conta com a possibilidade de gastar até 10% das reservas cambiais - cerca de US$ 20 bilhões - para irrigar o mercado de câmbio e com a adoção de uma política fiscal anticíclica em 2009. O uso das reservas foi uma decisão política e não há, a priori, um teto, e, sim, uma avaliação do que seria necessário.
A intenção é reduzir o superávit primário de cerca de 4,5% do PIB este ano para 3,8% no próximo exercício, como contraponto à retração esperada no nível de atividade econômica. A diferença, equivalente a cerca de R$ 19 bilhões, seria usada para investimentos em infra-estrutura. As atuais condições de endividamento do setor público permitem uma certa "ousadia keynesiana", avaliam fontes oficiais. A dívida líquida caiu para 39% do PIB em setembro, pelo fato de o país ser credor em moeda estrangeira.
Somam-se ainda ao plano de ação prover liquidez ao mercado interbancário, com a redução dos compulsórios, e o anúncio, na próxima semana, de um reforço nos financiamentos para o plantio da safra 2008/09, que também estão travados, com aumento de exigibilidades. Todas essas questões foram levadas ao presidente Lula em diversas reuniões durante a semana. Coube a ele decidir, na manhã de quarta-feira, sobre a venda de reservas cambiais para conter a desvalorização do real, após reunião com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
Um fato totalmente inesperado para o governo foi se defrontar com empresas exportadoras em sérias dificuldades com a desvalorização do real. Ficou claro, após o reconhecimento dos prejuízos da Sadia e da Aracruz, que havia uma bolha especulativa, uma espécie de "subprime" nacional em apostas com derivativos. Apreensiva com tais informações, a área econômica solicitou ao BC e à CVM um monitoramento na Cetip e na BM&F para saber exatamente quantas e quais empresas estão nessa situação. Só depois de dimensionado o problema é que o governo terá noção mais precisa sobre o patamar em que o câmbio deverá se estabilizar.
O BC continuará fazendo leilões de dólar para dar liquidez ao mercado de câmbio, mas o gasto das reservas cambiais será parcimonioso. "Esperamos usar uns 10%", indicou uma fonte. (págs. 1, A2 e C1)
Lula se irrita com Equador e muda o tom
A escalada de ameaças do governo equatoriano a empresas brasileiras irritou o presidente Lula e o Itamaraty, que decidiram aumentar o tom da reação. Por orientação direta de Lula, foi cancelada uma missão brasileira sob o comando do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que discutiria o apoio a obras de infra-estrutura viária no Equador. O embaixador do Brasil em Quito, Antonino Marques Porto, entrou em contato com a chanceler María Isabel Salvador e disse que os "últimos desdobramentos" envolvendo Odebrecht e Petrobras "contrastam com as expectativas de uma solução favorável". (págs. 1 e A10)
Idéias
Maria Cristina Fernandes: Presidente nunca definiu eleição municipal nem teve sua sucessão definida por ela. (págs. 1 e A6)
Idéias
Armando Castelar: É recomendável a redução do gasto público corrente, como nas últimas duas crises. (págs. 1 e A11)
Alta do dólar rendeu US$ 6,5 bi ao Banco Central em setembro (págs. 1 e C1)
Dow Jones vive um 'crash' em câmera lenta
A bolsa americana caiu ontem pelo sétimo dia consecutivo, mantendo-se no rumo do que praticamente é um "crash" em câmera lenta e que já derrubou a Média Industrial Dow Jones em mais de 20%. O índice rompeu outro marco, fechando a menos de 9 mil pontos pela primeira vez desde 2003 e eliminou quase todos os ganhos do último ciclo de alta.
A quebradeira está sendo alimentada pelos temores cada vez maiores em relação ao sistema bancário e às conseqüências para o resto da economia. Os investidores ficaram apreensivos com um relatório da Standard & Poor's sobre a possibilidade de rebaixamento da avaliação de risco da GM. No total, o mercado de ações americano perdeu US$ 2,5 trilhões nos últimos sete pregões. (págs. 1 e C2)
Recessão nos EUA
Os EUA já estão em recessão. A economia deve registrar retração de 0,2% nos últimos três meses e mais 0,8% no quarto trimestre, segundo estimativa média de 52 economistas ouvidos pela Bloomberg News entre os dias 3 e 8 de outubro. De acordo com eles, a recessão será "profunda e longa". (págs. 1 e A11)
Oportunidades no câmbio
Produtores de algodão seguram as vendas no mercado interno para dar prioridade a exportações e aproveitar a alta do dólar. Cerca de 680 mil toneladas já estão comprometidas com o exterior. Em 2007, os embarques foram de 420 mil toneladas. (págs. 1 e B12)
Bolsa eleva margens
A BM&FBovespa e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia elevaram ontem, pela terceira vez em uma semana, a exigência de margens para negócios com derivativos e contratos a termo, agora de 15%. O objetivo é dar mais segurança ao mercado e reduzir o risco dos investidores. (págs. 1 e D2)
Pequenas perderam mais
Com menor liquidez e forte presença de estrangeiros, que têm vendido suas ações para fazer caixa em razão da crise, as empresas de menor capitalização na bolsa ("small caps") têm apresentado desempenho pior que o do Ibovespa. O índice setorial perdeu duas vezes mais em setembro. (págs. 1 e D1)
IGP-M volta a subir
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registrou alta de 0,55% na primeira prévia de outubro. No ano, o indicador acumula alta de 9,07% e, nos últimos 12 meses, de 11,76%. Os preços no atacado (IPA) subiram 0,71% ante deflação de 0,14% um mês antes. (págs. 1 e A2)
Sobretaxa à viscose
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a ampliação de tarifas antidumping sobre fibras de viscose importadas da China, Taiwan e Áustria. A medida deve vigorar por seis meses. (págs. 1 e A3)
Empresas querem adiar leilão de rodovias
A dificuldade para obter crédito com a crise financeira internacional levou as empresas inscritas nos leilões de concessão de cinco rodovias paulistas a pedir seu adiamento ao governo estadual. Uma das condições para participar da disputa é a apresentação de carta de garantia de banco ou seguradora no dia do leilão, em 29 de outubro.
Os cinco lotes representam um total de R$ 3,5 bilhões, que é o valor a ser desembolsado pelas outorgas. A Secretaria dos Transportes informa não ter recebido, até ontem, nenhum pedido oficial de adiamento por parte das companhias. O secretário Mauro Arce já teria informado empresas e bancos de sua decisão de manter a data.
Além dos R$ 3,5 bilhões do valor das outorgas, as empresas terão de realizar investimentos da ordem de R$ 9 bilhões e para isso precisarão de um empréstimo-ponte para começar as obras até que saiam os recursos do BNDES. (págs. 1 e B9)
Substituição tributária surpreende empresas
O governo do Estado de São Paulo ampliou de novo e de forma significativa a lista dos produtos incluídos no programa de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Dentre os cerca de 200 itens agora sujeitos ao regime, 76 são da área de materiais de construção e outros 50 do setor de alimentos. Os dois segmentos foram surpreendidos com as novas inclusões. A Secretaria da Fazenda confirma que a ampliação da lista não foi previamente negociada com as empresas.
Pela substituição tributária, a indústria ou o importador recolhem antecipadamente todo o ICMS que seria pago nas etapas seguintes de comercialização até a venda ao consumidor final. Com o decreto, publicado na terça-feira, a Fazenda estadual mostra que pretende expandir a substituição de forma muito mais acelerada do que esperado pelas empresas.
Desde fevereiro, quando houve a primeira ampliação do sistema, o regime já trouxe resultados ao Fisco paulista. Segundo dados da Fazenda, de março a junho a arrecadação de ICMS no segmento perfumaria e cosméticos aumentou em 295,26% em relação aos mesmos meses do ano anterior. A alta foi muito maior que os 20,78% experimentados em igual período pela arrecadação total. A elevação do recolhimento pela indústria é natural, já que o pagamento fica concentrado nessa etapa. (págs. 1 e A3)
Eike poupou IR ao vender IronX à Anglo
Os R$ 654,85 milhões desembolsados pelo empresário Eike Batista para pagar o Imposto de Renda sobre a venda da IronX à Anglo American, que engrossaram os recolhimentos de pessoas físicas à Receita Federal, são o resultado de um tipo de planejamento bastante comum para reduzir a carga tributária na venda de ativos pelas empresas. Sobre o ganho de capital resultante da operação em nome de um acionista incide apenas 15% de IR. Se esse mesmo ativo estivesse em nome de uma holding, por exemplo, o ganho de capital seria tributado com 25% de IR e 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). (págs. 1 e E1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Mercados têm dia nervoso, mas surgem sinais de reação
Nada parece acalmar o mercado. Ontem, em mais um dia de nervosismo, os índices das bolsas continuaram em queda vertiginosa, numa clara demonstração de que o mercado não acredita que as soluções globais adotadas até agora sejam suficientes para evitar uma recessão.
A Bolsa de Valores de Nova York amargou queda de 7% no sétimo pregão consecutivo de baixa. O Dow Jones fechou abaixo dos 9 mil pontos pela primeira vez desde junho de 2003. Em São Paulo, o Ibovespa fechou em queda de 3,92%, aos 37.080 pontos.
No fim da manhã de ontem, o Tesouro dos Estados Unidos anunciou que estuda assumir o controle de bancos como forma de restaurar a confiança no sistema financeiro, uma troca pela injeção de recursos de US$ 700 bilhões que será feita.
Para conter a subida do dólar, o Banco Central fez leilões de venda da moeda norte-americana aos bancos e realizou nova oferta de contratos de swap cambial, instrumentos usados para proteção contra a variação do câmbio. O dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia, de 2,76%, cotado a R$ 2,217 na venda, após dois leilões do Banco Central, inclusive com dólares das reservas.
O comportamento da moeda americana levou a Braskem a concluir uma captação de US$ 725 milhões em operação de pré-pagamento de exportações. Os recursos foram usados para quitar um empréstimo de US$ 1,2 bilhão feito em 2007 para comprar a petroquímica Ipiranga.
É um dos sinais de que, passada a inércia inicial, a chamada economia real vai, aos poucos, buscando soluções menos traumáticas para cada caso. As empresas retomam seus discursos de investimento e crescimento. A Viação Itapemirim anunciou investimentos de R$ 50 milhões na compra de 100 novos ônibus. A General Motors e a Volkswagen resolveram reduzir também a taxa de juros para financiamento de seus modelos, a 0,99%, como forma de manter aquecida a demanda.
No início da noite, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu regras rígidas para bancos que eventualmente precisem que suas carteiras de crédito sejam compradas com dinheiro das reservas internacionais. (págs. 1, A6, B1 a B5 e C1)
Lula cancela missão ao Equador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a missão diplomática ao Equador, prevista para o próximo dia 15, como resposta à decisão do presidente equatoriano, Rafael Correa, que reiterou esta semana sua posição de expulsar em definitivo a Odebrecht do país e assumir todas as obras da construtora, cujos contratos têm valor superior a US$ 600 milhões. O cancelamento também foi motivado pelo recente conflito envolvendo projetos petrolíferos da Petrobras, que está sendo obrigada a se transformar em uma prestadora de serviços.
Luiz Antonio Mameri, diretor da Odebrecht, afirmou à Gazeta Mercantil que a construtora não recebeu, até o fim da noite de ontem, nenhuma notificação formal sobre a decisão do governo do Equador de assumir os contratos da empresa brasileira. “Comenta-se que haverá um novo decreto ou rescisão (de contrato), mas por enquanto não fomos notificados”, disse.
Em nota, a Odebrecht voltou a afirmar ontem que aceitou “todas as exigências” equatorianas em relação ao danos causados pela paralisação da hidrelétrica San Francisco, erguida pela empreiteira brasileira e que apresentou problemas operacionais.
Ontem, o ministro equatoriano de Áreas Estratégicas, Galo Borja, disse que a Odebrecht está tratando o Equador “como um país de última categoria”. (págs. 1 e A16)
CUT prega a renovação do sindicalismo
Na presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o sociólogo Artur Henrique da Silva Santos tenta encabeçar uma campanha para mudanças nas raízes do sindicalismo brasileiro. Partidário do fim da contribuição sindical, Artur Henrique concorda com o pagamento de contribuição, desde que voluntária, decidida em assembléia de trabalhadores. “Eles (os trabalhadores) é que decidem se vão contribuir”, disse.
Crítico da política macroeconômica do governo Lula, o sindicalista acompanha a crise financeira mundial e não se furta a afirmar que o mercado pode ser livre, mas cabe ao Estado um papel regulador fundamental que foi esquecido. “Deixaram o mercado livre e leve, e acabou se chegando a uma situação de insolvência.” (págs. 1 e A7)
Câmbio anula medidas contra a alta do trigo
A desvalorização do real tornou inócuo o pacote do governo federal editado em maio para conter a alta dos preços dos derivados do trigo, que vinham pesando na inflação. Entre as medidas adotadas estão as isenções do imposto de 10% sobre importação do grão de países que não integram o Mercosul, do adicional sobre frete marítimo (25%), do PIS e da Cofins (9,25%), que devem vigorar até o fim do ano.
As medidas estimularam as importações e agora, com a chegada da safra nacional, não há mercado para o produto porque os moinhos estão abastecidos. Lawrence Pih, presidente do Grupo Moinho Pacífico, um dos maiores do País, diz que já repassou 10% ao preço da farinha de trigo. O reajuste poderá chegar a 25%, afirma.
Sílvio Farnese, coordenador de política agrícola do Ministério da Agricultura, explica que a isenção das tarifas e os outros incentivos ajudaram a reduzir a pressão sobre os preços na época. “Fizemos a nossa parte.” Para ele, os moinhos terão de assumir as conseqüências do risco. (págs. 1 e B12)
Congresso da UNE é tema de evento em SP
A presença dos ministros da Justiça, Tarso Genro, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e de Comunicação Social, Franklin Martins, hoje na solenidade em comemoração dos 40 anos do Congresso da UNE em Ibiúna (SP), marca o peso simbólico que o governo está dando ao episódio na luta pela democracia. (págs. 1 e A10)
BM&FBovespa
Queda das ações faz BM&FBovespa perder US$ 20 bi em valor de mercado. (págs. 1 e B5)
Petróleo
Barril do WTI recua para US$ 86,59. (págs. 1 e C7)
Falta de crédito afeta empresas
Com o agravamento da crise, vários setores já estão sendo afetados, a ponto de algumas empresas cancelarem investimentos previstos para este ano. Uma das razões é a escassez de crédito. (págs. 1 e Investnews.com.br)
Opinião
Antonio Corrêa de Lacerda: A reação do governo brasileiro, embora um tanto tardia, tem sido positiva, demonstrando “espírito de prontidão” das autoridades. (págs. 1 e A3)
Opinião
Klaus Kleber: O dólar alto faz mais bem do que mal à economia. O saldo comercial pode aumentar em 2009, com o despencar das importações. (págs. 1 e A2)
Opinião
José Mauro Delella: O modelo financeiro corre sérios riscos. Além da restrição ao crédito, teremos um setor menor, mais conservador e mais regulado. (págs. 1 e A3)
Turbulência globalizada
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn (à dir.) e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participaram de entrevistas coletivas ontem em Washington, nas quais mostraram um cenário sombrio para os próximos meses. "O Brasil não está imune à crise, mesmo com fundamentos econômicos fortes", disse Strauss-Kahn. Na coluna Diretor de Washington, Marcello D'Angelo comenta as medidas para conter a turbulência que estraçalha fortunas em todo o mundo. (págs. 1 e A13)
Luxo e conforto para a terceira idade
O País está envelhecendo. Em 2020, seremos 32 milhões de brasileiros com mais de 60 anos. De olho nesse mercado, começa a despontar um segmento voltado para as necessidades da terceira idade, com muito conforto e (por que não?) até um certo luxo. É o caso do Hiléia, aberto em dezembro de 2007, no Morumbi, que tem Cristiane D’Andrea (foto) como sócia e diretora. (págs. 1, C10 e C11)
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Veja
A hora de Meirelles
O presidente do Banco Central ganha mais poder para tentar impedir que a crise mundial devore a economia brasileira
Entrevista – Carlos Gutierrez – Quer capital? Vá à luta - O ministro do Comércio americano diz que, com a crise mundial, o dinheiro ficou mais escasso e mais caro. Quem quiser atraí-lo terá de trabalhar mais e melhor. (págs. 17, 20 e 21)
O trator Kassab – Gilberto Kassab cresce em São Paulo, fica a um passo da reeleição e deve se tornar o principal cabo eleitoral de José Serra em provável candidatura à sucessão do presidente Lula. (págs. 70 a 72)
Um banho de votos – Fernando Gabeira começa a campanha do segundo turno empatado com Eduardo Paes e encalacra a vida de Lula no Rio de Janeiro. (pág. 73)
Sem ele ninguém governa – O PMDB emerge das urnas com mais de 18 milhões de votos, 20% das prefeituras e a decisão de dividir o poder com o sucessor de Lula, seja ele quem for. (págs. 74 a 77)
O dilema de Lula – O risco de herdar uma derrota política em São Paulo faz o presidente rever sua participação no segundo turno das eleições, que deve ser pequena e discreta. (págs. 78 e 79)
De volta para o futuro – Suspeitos, enrolados – e eleitos. O país continua tolerante com a biografia acidentada de políticos acusados de corrupção. (págs. 80 e 81)
Um perigo em cada curva – Enquanto as ações das bolsas de valores pareciam não encontrar um piso sólido na semana passada, o Banco Central usava poderes especiais para impedir que o pânico do investidor financeiro contaminasse a vida das pessoas, empresas e bancos no Brasil. Como mostra esta reportagem, isso não se faz sem dramas nem riscos. (págs. 108 a 116)
Prenderam o escárnio ambulante – O carequinha Marcos Valério, do esquema do mensalão, desfilava impune por aí. Agora entrou em cana por causa de uma trapaça no Fisco paulista. (pág. 126)
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Época
O Brasil agüenta a crise?
Como nós seremos atingidos pela explosão da maior bolha de crédito da História – e o que vai acontecer com o capitalismo
Exclusivo: O bilionário George Soros analisa as origens do caos financeiro
O Brasil agüenta? O dólar dispara e o governo – enfim – começa a se preocupar com a maior crise na história do capitalismo desde 1929. Não há como escapar dela. (págs. 36 a 40)
Entrevista – Dilma Rousseff – Sem catastrofismo – Uma das principais conselheiras de Lula e candidata informal ao Planalto, a ministra da Casa Civil fala a ÉPOCA sobre a crise. (pág. 40)
O sufoco da falta de dólares – Como a suspensão das linhas de financiamento externo criou dificuldades para a vida de pessoas e empresas no Brasil. (págs. 41 a 43)
Atalho para o futuro – A crise acelerou mudanças no capitalismo global. Agora ele vai ser mais sóbrio, mais regulado e menos centralizado nos Estados Unidos. (págs. 46 a 50)
Nossa economia – Paulo Guedes – Como o governo pode defender o Brasil da crise. (pág. 51)
“O fundamentalismo do mercado levou à crise” – Em seu novo livro, o investidor George Soros critica o liberalismo e diz que houve negligência dos EUA em relação aos bancos. (...) (págs. 54 a 57)
O futuro das Forças Armadas – O desafio de lidar com vizinhos irrequietos e de proteger nossas riquezas – Como vivem as tropas na Amazônia – A reforma que o ministro Mangabeira Unger quer implantar. (págs. 76 a 90)
Pode sorrir, Kassab – Como uma agenda de obras na periferia e uma campanha impecável transformaram o atual prefeito de São Paulo em favorito à reeleição. (págs. 100 a 103)
Como Gabeira quer chegar lá – O ex-guerrilheiro das idéias de vanguarda modera o discurso para conquistar o voto conservador e embola a disputa no Rio. (págs. 104 a 106)
O ano da reeleição – Nunca foi tão fácil se reeleger ou eleger um sucessor. Esse fenômeno ocorreu em todo o Brasil. (págs. 112 e 113)
Nossa política – Ricardo Amaral – O jogo para 2010 está feito: será Dilma X Serra. (pág. 114)
Pegaram ele – Marcos Valério vai para a cadeia. Não por causa do mensalão. Ele é acusado de corromper policiais. (pág. 118)
O grupo da Poli de 78 – A Polícia Federal acusa Fernando Sarney, filho do senador José Sarney, de montar com seus amigos de faculdade um esquema de corrupção no governo. Ele nega. (págs. 120 a 123)
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ISTOÉ
Acredite no Brasil
- Os bancos nacionais são sólidos e rentáveis
- Mais de 80% das empresas são lucrativas
- As reservas superam US$ 200 bilhões
- Investimentos batem recordes e crescem 16% no ano
- O desemprego é o menor em 10 anos
Entrevista – Charles Murray – Miscigenação diminui o QI dos brasileiros – Cientista político americano diz que a elevada proporção de negros no País reduz o índice de inteligência nacional. (págs. 6, 10 e 11)
O Brasil real contra o baixo-astral – O governo compra briga com especuladores e põe dinheiro no mercado, analistas vêem o País mais forte e cabe agora às empresas manter os investimentos. (págs. 36 a 42)
A vitória dos gerentes – Nas disputas municipais, o eleitor premia os bons administradores: quem entregou, ganhou; quem prometeu, perdeu. (págs. 44 a 47)
Governando com o inimigo – Para evitar fissuras na base governista, Lula pede que ministros do PMDB não ataquem o PT em Belo Horizonte e em Salvador. (págs. 48 a 50)
Eldorado africano – Devido às oportunidades de negócio em Angola, 20 mil brasileiros se mudaram para o país, que este ano já importou US$ 1 bilhão do Brasil. (págs. 90 e 91)
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ISTOÉ Dinheiro
A solução Sadia
Os bastidores da volta do ex-ministro Luiz Fernando Furlan ao comando da empresa e seu plano para dar a virada após um surpreendente prejuízo de R$ 760 milhões nas finanças da companhia
FMI
- O Brasil lidera a reação dos emergentes
Oportunidades
- Por que fundos como os de Armínio Fraga foram às compras
Crise
- O que os autores de livros de finanças ensinam agora
Entrevista – Miguel Jorge – “A nova classe média vai garantir o crescimento” – O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, acredita que o Brasil tem uma arma poderosa para enfrentar a crise financeira global. Trata-se da nova classe média, que vem puxando o consumo no mercado interno. (...) (págs. 26, 27 e 30)
Enfim, acordaram – O País quase viveu uma crise cambial, contando com US$ 208 bilhões no cofre. Foi só depois de muita hesitação que as reservas começaram a ser usadas. (págs. 36 a 39)
Quem vai deter a crise – Elite financeira mundial se reúne na sede do FMI, em Washington, na maior crise dos mercados de crédito desde 1929. Sobram dólares, mas falta autoridade para botar alguma ordem no caos. (págs. 40 a 44)
A economia reelegeu – Crescimento econômico deu voto a todos aqueles que estão no poder – sejam eles da base aliada ou não. (págs. 54 a 56)
Os americanos do pré-sal – Petrolífera dos Estados Unidos ignora crise global e acelera a prospeção de petróleo em águas profundas no País. (pág. 71)
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CartaCapital
CREEEC!!
Mais de 3 trilhões de dólares já foram oferecidos ao mercado, mas o pânico não se dissipa. Bush diz a Lula que os efeitos virão em duas semanas. Será?
No Brasil, o BC edita um minipacote de auxílio aos bancos, enquanto os prejuízos com operações cambiais continuam a aparecer
Eleições: Como o segundo turno em SP, Rio e BH vai influir em 2010
Linha de Frente – Wálter Fanganiello Maierovitch – Direitos e deveres do juiz – O desembargador Arruda Sampaio inspirava-se em Calamandrei e Espinosa. Quem inspira o ministro Gilmar Mendes? (pág. 19)
Serra leva o 1º round – Sudeste – Com surpresas em São Paulo, no Rio e Belo Horizonte, o governador paulista se fortalece e Aécio Neves tropeça. (págs. 24 a 27)
O revés das oligarquias – Nordeste – Os principais clãs saíram derrotados nas disputas municipais. (págs. 28 a 31)
O PMDB puxa a base – Análise – O bom momento econômico garantiu fôlego aos partidos governistas. (págs. 32 e 33)
A vitória da continuidade – Entrevista – Voz do Ibope, Carlos Augusto Montenegro analisa os resultados eleitorais. (págs. 34 e 35)
Rosa-dos-ventos – Maurício Dias – Pane nos ares – Chega à OAB um dossiê de denúncias sobre a gravidade da situação no setor aéreo nacional. (pág. 36)
Não há grana que baste – Crise – Os pacotes trilionários ainda não contiveram o pânico dos investidores. (págs. 38 a 43)
A maré chega mais perto – Brasil – O governo despeja 60 bilhões de reais na economia e tenta segurar a moeda. (págs. 43 e 44)
Sextante – Antonio Delfim Netto – A história continua – Antes de esperar pela destruição da atual organização social e econômica, é melhor lembrar que os mercados emergem melhores e mais eficientes de cada crise. (pág. 45)
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