segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

27 de outubro de 2008

O Globo

Manchete: Diferença de 55 mil votos dá a Paes o desafio de unir o Rio
No resultado mais apertado da história da cidade, o candidato do PMDB, Eduardo Paes, elegeu-se ontem prefeito do Rio com uma diferença de apenas 55 mil votos (1,66%), num eleitorado de 4,5 milhões. Paes teve 50,83% e Fernando Gabeira (PV), 49,17%. (...) Em sua primeira entrevista, Paes apareceu ao lado de Cabral, e dedicou a vitória ao governador e ao presidente Lula. (págs. 1, 3 a 15)


PT encolhe nas capitais e volta ao ABC
O PT encolheu nas capitais, perdendo a disputa nas três em que foi ao segundo turno: Porto Alegre, Salvador e São Paulo. Terá agora o comando de seis, contra nove de 2004. Mas o PT e os demais partidos da base avançaram nas 79 cidades com mais de 200 mil habitantes: venceram em 60, contra 52 em 2004. A oposição caiu de 27 para 19. No ABC, o PT, com Luiz Marinho, retomou o poder em São Bernardo do Campo, berço político do partido e de Lula, onde houve o maior gasto por eleitor do país. Nas 11 capitais que voltaram às urnas, em oito os prefeitos foram reeleitos. (págs. 1, 18 a 29)

Lula: PAC ajudou até oposicionistas, e ninguém falou mal do governo (págs. 1 e 21)

FH: Vitória de Kassab deixa Serra à frente de Aécio para 2010 (págs. 1 e 19)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Vitória de Kassab fortalece Serra; PMDB vence no Rio e cresce no país
O engenheiro Gilberto Kassab (DEM), 48, foi eleito ontem o 50º prefeito de São Paulo com 3.790.558 votos – 61% dos válidos. Sua adversária, Marta Suplicy (PT), obteve 2.452.527 (39%). (...)

Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e de Minas, Aécio Neves (PSDB), também conseguiram eleger os candidatos que apoiavam. (...)

Candidatos do PMDB venceram petistas em Porto Alegre (José Fogaça) e Salvador (João Henrique Carneiro). O PMDB saiu como o maior vitorioso da disputa. Em 2009, governará cerca de 28,6 milhões de eleitores – um recorde histórico – em 1.202 municípios.

O presidente Lula votou em São Bernardo do Campo, onde Luiz Marinho (PT) foi eleito prefeito, e tentou minimizar a derrota de Marta e de outros petistas: “A eleição municipal não tem incidência automática na de 2010. Não tem essa ligação direta”. (págs. 1 e Eleições 2008)

Lula sai “chamuscado”; no PSDB, Aécio se recupera
O PMDB finaliza as eleições com o maior número de prefeituras e terá forte poder de barganha para costurar alianças para 2010. Já o presidente Lula sai chamuscado: apesar da popularidade, não transferiu votos suficientes. Na corrida interna do PSDB, Aécio se recupera. (págs. 1 e Esp. 16)

Fernando de Barros e Silva – Crise econômica deve virar o cabo eleitoral da oposição
Muito mais do que a estrondosa vitória de Gilberto Kassab, o grande cabo eleitoral da oposição deve ser a crise econômica. À medida que ela tire o gás de Lula, estará enchendo o balão da candidatura Serra.

Quando o resultado das urnas decantar, é possível que se perceba algo óbvio: a consolidação do Partido do Lula e do Partido do Serra no jogo político até 2010. (págs. 1 e A2)

Kassab é político fabricado, afirma cientista política
Político “fabricado pelo governador José Serra”, Gilberto Kassab não venceu a eleição porque sua aprovação é alta, mas pela forte rejeição a Marta Suplicy, avalia em entrevista a Mauricio Puls a cientista política Maria Victoria Benevides, 66.

Titular da Faculdade de Educação da USP, Benevides afirma que Marta foi “vítima do ressentimento da classe média paulista com o PT”. (págs. 1 e Esp. 10)

Quem fez jogatina não terá dinheiro, diz Lula
O presidente Lula disse ontem que o governo não vai dar dinheiro para “bancos e empresas que apostaram em ganhar dinheiro fácil, ou seja, transformar a economia real em jogatina”. Ele disse que fará empréstimos com garantias.

Lula citou o exemplo da Inglaterra, onde o governo deu dinheiro aos bancos em troca de ações. O presidente afirmou, porém, que sabe da importância do crédito para a economia crescer e que, se for preciso dará recursos para essa finalidade. (págs. 1 e B1)

Editoriais
Leia “Desafios de Kassab”, que comenta resultados do 2º turno; e “Pânico passageiro”, sobre crise no Brasil. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Kassab é reeleito em São Paulo; PT perde redutos até na periferia
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), foi reeleito ontem, com 60,7% dos votos válidos. A diferença no segundo turno em relação à ex-prefeita Marta Suplicy (PT) foi de 1,34 milhão de votos – mais do que o dobro da registrada em 2004, quando José Serra (PSDB) derrotou a petista por 590 mil votos. Kassab avançou no chamado “cinturão vermelho” e foi vitorioso em habituais redutos petistas, como Sapopemba e São Miguel Paulista. Marta conseguiu manter a vantagem nos extremos da cidade, com destaque para a zona sul, onde ganhou por larga margem. (...) (págs. 1 e Caderno Especial)

‘Meu único foco é ser bom prefeito’
O prefeito Gilberto Kassab diz, em entrevista ao Estado, que pretende permanecer mais quatro anos no cargo, antes de pensar em nova candidatura. (págs. 1 e H3)

Grupo que apóia Marta quer ministério
Derrotada pela segunda vez seguida na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT) pretende voltar para algum cargo no governo federal. Motivo: ela quer disputar o governo paulista em 2010. (págs. 1 e H6)

Paes vence Gabeira por 55 mil votos
Eduardo Paes (PMDB) foi eleito prefeito do Rio por diferença de apenas 55 mil votos em relação a Fernando Gabeira (PV). O resultado fortalece o governo Sérgio Cabral, principal artífice da candidatura de Paes. (págs. 1 e H9)

PMDB cresce e vira a aliança mais cobiçada
O PMDB foi o partido mais vitorioso das eleições. Por isso, e por não ter candidato próprio, deverá ser a legenda mais cortejada na eleição presidencial. “A conquista do PMDB é a tarefa política do Brasil nos próximos dois anos”, disse o líder tucano Sérgio Guerra. Para Jorge Bornhausen (DEM), 2010 começa hoje, com a posição de alguns possíveis candidatos alterada. Para Lula, as eleições não influenciarão sua sucessão. (págs. 1, H13 a H15)

‘Ninguém pretende estatizar’, diz Lula
O presidente Lula disse que a MP 443, que autoriza Banco do Brasil e Caixa a comprarem participação em bancos, não provocará estatização. Ele alegou que as instituições podem comprar ações de bancos em dificuldades e depois revendê-las. Lula vai analisar hoje com o ministro Guido Mantega e o presidente do BC, Henrique Meirelles, quais setores precisam de acesso a crédito, mas negou ajuda a “quem tentou praticar fraude no sistema financeiro”. (págs. 1 e B1)

Refém foge das Farc após oito anos de cativeiro
Oscar Lizcano, ex-deputado colombiano seqüestrado pelas Farc havia oito anos, conseguiu escapar do cativeiro e foi resgatado pelo Exército. Com ele, desertou um guerrilheiro, que terá recompensa e asilo na França. (págs. 1 e A9)

Artigo – A ‘ideologia’ da MP
Ribamar de Oliveira: MP 443 revela decisão política de expandir bancos públicos. (págs. 1 e B2)


Notas e informações – “O combate à recessão”
No mundo rico, a primeira reação à turbulência foi injetar dinheiro para conter a quebradeira dos bancos. É urgente cuidar do desafio seguinte: reativar a máquina econômica. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: O prefeito é Paes
Em uma disputa apertada, Eduardo Paes (PMDB) derrotou Fernando Gabeira (PV) e é o novo prefeito do Rio. Paes festejou o resultado em casa, na Barra, ao lado do governador Sérgio Cabral, a quem agradeceu o apoio. Gabeira reagiu à derrota com elegância. “Fizemos do limão uma limonada”, afirmou, em alusão à expressiva votação. (págs. 1, Eleições A2 a A19)

Kassab vence e fortalece Serra
A vitória de Gilberto Kassab sobre Marta Suplicy, em São Paulo, fortaleceu não só o DEM como ajudou as pretensões do governador José Serra na sucessão presidencial. Kassab obteve 60,71% dos votos, contra 39,28% da petista, apoiada no palanque pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (págs. 1 e Eleições A21)

Chefe das Farc foge com refém
O ex-congressista colombiano Oscar Túlio Lizcano, refém das Farc desde agosto de 2000, foi resgatado ontem pelo Exército. Lizcano conseguiu fugir dos guerrilheiros com a ajuda do próprio chefe da coluna rebelde, que se entregou aos militares. (págs. 1 e Internacional A30)

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Correio Braziliense

Manchete: Alunos discriminam negros, pobres e gays
Pesquisa realizada pelo governo revela que o ambiente na rede pública de ensino do DF é dominado pela intolerância. Mais da metade dos alunos presenciaram cenas de discriminação por cor. Cerca de 60% testemunharam preconceito sexual e 42% já viram colegas serem insultados pela pobreza. (págs. 1, 21 e 22)

PMDB, Serra, PT e Aécio em dia de glória
O PMDB repetiu o sucesso do primeiro turno e brilhou nas cidades onde a disputa precisou da segunda rodada. Venceu em quatro das 11 capitais onde houve votação ontem — incluindo Rio, Salvador e Porto Alegre — e se consolidou como maior partido do país. A vitória de Gilberto Kassab em São Paulo fortaleceu o governador José Serra. O PT conquistou 21 das 79 maiores cidades. Aécio Neves conseguiu reverter um pleito quase perdido em Belo Horizonte. (Tema do dia, págs, 1, 2 a 14)

Meirelles tenta unir cúpula do BC
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, tem três dias para unir a diretoria da instituição. Metade dela quer subir a taxa de juros para frear a inflação. Metade quer detê-la, para não sufocar a economia no meio da crise. Na quarta-feira, a cúpula da instituição se reúne para definir os juros do Brasil. (págs. 1 e 17)

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Valor Econômico

PMDB vai gerir R$ 47 bi nas cidades
PMDB e DEM, herdeiros indiretos dos antigos MDB e Arena, partidos que se organizaram no regime militar, controlarão a maior parte dos recursos municipais disponíveis nos próximos anos. Dono de 28,6 milhões de votos, o PMDB conquistou 1.202 prefeituras, entre elas seis capitais, e será responsável pela gestão de R$ 47,7 bilhões, ou 22,7% do total de R$ 210,5 bilhões registrados pela contabilidade do Tesouro Nacional em 2007. (...) (págs. 1, A6 e A20)

Apoio do partido é vital a Lula e Serra em 2010
A grande derrota da candidata do PT em São Paulo, Marta Suplicy, não demoveu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva da crença no seu potencial de transferência de votos para apoiar um candidato à sua sucessão. Lula acha que o governador José Serra (PSDB) saiu fortalecido, mas “apenas em São Paulo”. “A oposição (DEM, PSDB e PPS) diminuiu de tamanho”, observa um colaborador. (...) (págs. 1, A7 e A10)


Vitória em BH mantém chances de Aécio
Ao elegerem os prefeitos de suas capitais, Eduardo Paes (PMDB), no Rio, e Márcio Lacerda (PSB), em Belo Horizonte, os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Aécio Neves (MG) também saem do segundo turno com vitórias importantes para o jogo partidário de 2010. Nas duas capitais, a aliança dos prefeitos eleitos teve o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.(...) (págs. 1, A13 e A15)

Dinheiro continua ‘empoçado’
A liderança dos depósitos compulsórios criou a expectativa de que os bancos poderiam ter mais dinheiro em caixa para emprestar, evitando que a economia sofresse desaceleração mais séria. Os dados mais recentes mostram que o Banco Central liberou R$ 46,17 bilhões em compulsórios entre 29 de setembro e 17 de outubro. Mas o dinheiro em circulação aumentou apenas R$ 5,11 bilhões. (...) (págs. 1, C1 a C10)

Reajuste do salário mínimo vai garantir renda das classes mais baixas em 2009 (págs. 1 e B6)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Crédito escasso favorece fundos de private equity
A crise financeira internacional tem gerado oportunidades para os fundos de private equity, que aproveitam para realizar novas aquisições com a queda do preço dos ativos. Só em 2007, os fundos registram uma captação global de US$ 460 bilhões, aumento de 5% em relação ao registrado em 2006. Capitalizados, esses investidores devem ter atuação fortalecida frente à escassez de crédito e da retração do mercado de capitais, mostrando-se como opção de injeção de capital para as empresas. A previsão é do estudo global sobre private equity “Buscando diferenciação num contexto de mudanças”, realizado pela PricewaterhouseCoopers, antecipado para a Gazeta Mercantil. (...) (págs. 1 e B1)

Reforma agrária na China vai manter mercado para o Brasil
Com uma população campesina de mais de 500 milhões de pessoas, a China enfrenta, desde a sua 1a- reforma agrária, em 1950, o desafio de manter a população no campo e evitar o inchaço ainda maior das cidades. Neste momento, em que o país intensifica a implantação da sua 3a- reforma, outros desafios são impostos, tal como o de incrementar a produção de alimentos e ser auto-suficiente, mesmo com déficit hídrico e desertificação de terras agrícolas. (...) (págs. 1 e B11)

PMDB sai da eleição como o protagonista de 2010
O PMDB sai das eleições municipais realizadas ontem, em segundo turno, em todo o País, como o protagonista da corrida presidencial de 2010. Partido mais votado, com 1.203 prefeituras (seis capitais), tornou-se um aliado obrigatório e preferencial para as legendas que pretendem disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A eleição de Gilberto Kassab, do DEM, em São Paulo, deu fôlego para os destinos do governador José Serra (PSDB). O tucano apoiou Kassab desde o início da campanha. Ontem, com as urnas recém-abertas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já lançava o nome do governador na disputa pelo Palácio do Planalto.

O PT, que elegeu prefeitos em seis capitais, aumentou o número de cidades em que vai governar, porém perdeu votos em relação às eleições de 2004.

Após votar em São Bernardo do Campo (SP), o presidente Lula classificou as eleições municipais deste ano de “atípicas” e aproveitou para ironizar a oposição ao afirmar que ninguém falou mal do governo federal durante toda a campanha. (págs. 1, A7, A8 e A9)

Lula deveria ter estudado a teoria do poste
O presidente Lula poderia ter ficado no local de trabalho, tratando dos problemas que não faltam a um país afetado, como todos, pela crise econômica internacional. Como o vício pelo palanque prevaleceu sobre a intuição política, incorporou a figura do cabo eleitoral imbatível, conferiu altitudes federais a disputas por prefeituras e associou-se a derrotas que abalaram a certeza na conquista do ouro olímpico em popularidade. Demorou a aprender que nem o maior governante desde as caravelas transfere votos suficientes para eleger um poste. Só ontem descobriu que o governo, além de entrar numa guerra que os adversários não pretendiam travar, acabou perdendo os combates decisivos. (Augusto Nunes, págs. 1 e A8)

Rumo da taxa de juros divide analistas
Conter as pressões inflacionárias provocadas pela disparada do dólar ou impedir uma desaceleração brusca da economia em conseqüência da crise internacional? O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem pela frente uma de suas mais difíceis decisões.

Na véspera da reunião de dois dias do Copom que decidirá o rumo da taxa básica de juros (Selic), o mercado divide suas apostas entre uma manutenção na taxa em 13,75% ao ano e uma continuidade no ciclo de aperto monetário com uma elevação do juro básico entre 0,25 e 0,5 ponto percentual.(...) (págs. 1 e B2)

Resistência
A BM&FBovespa tem sofrido com o pânico dos mercados, com queda de 50% no ano, mas a economia real resiste. “Há duas Américas Latinas, a que fez a lição de casa, como o Brasil, e a que não fez, por isso somos menos afetados”, diz Roberto Padovani, do banco WestLB. (págs. 1 e B1)

Primeiro Plano – Líderes discutem a crise global
Os líderes globais que participaram da Conferência Ásia-Europa, em Pequim, discutiram quais seriam as medidas necessárias para enfrentar a crise internacional, mas nenhum acordo detalhado foi alcançado. (págs. 1 e A11)

Commodities - Risco de recessão derruba o trigo (págs. 1 e B11)

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