O Globo
Manchete: BCs fazem corte mundial de juros em ação inédita
Diante da ameaça de uma recessão global, bancos centrais em três continentes reduziram suas taxas de juros para estancar os efeitos da crise financeira mundial. O Banco Central Europeu, o Fed (dos EUA) e os bancos centrais do Canadá, Suíça, Suécia e Inglaterra, de forma coordenada, baixaram as taxas em 0,5 ponto. Na Ásia, China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e Kuwait também cortaram juros. Mesmo assim, as bolsas desabaram. Em Tóquio, queda de 9,38%, em Paris e Frankfurt, baixas de 6,39% e 5,88%, respectivamente. Em Nova York, o Dow caiu 2%. (págs. 1, 23, 24, 29 e 30)
Após 5 anos, BC vende dólar
Depois que a moeda encostou em R$ 2,48, o Banco Central, por três vezes, vendeu dólares no mercado à vista - que não acontecia desde 2003. O dólar fechou a R$ 2,28, em queda de 1,34%. O BC também liberou mais de R$ 23 bilhões de compulsórios para aliviar o sistema bancário. (págs. 1 e 25 a 28)
Como a disparada do dólar afeta a sua vida
A alta da moeda americana provocou aumento de até 25% no preço do trigo no atacado nos últimos 30 dias. Com isso, são esperados reajustes de 15% para pães e biscoitos e de 20% para massas.
Uma grande operadora de telefonia diz que a alta do dólar encarece os componentes importados e, com isso, prevê uma redução nos subsídios à venda de aparelhos.
Está diminuindo a procura por pacotes de viagens internacionais e programas de intercâmbio de jovens. Em alguns casos a queda é de 80%. (pág.1)
Paes e Picciani negociam apoio de Crivella; Gabeira faz crítica a aliada da Zona Oeste
O PMDB negocia com o PRB de Marcelo Crivella, candidato derrotado à prefeitura, o apoio a Eduardo Paes no segundo turno. A ofensiva é comandada pelo governador Sérgio Cabral, que ligou para o vice-presidente José Alencar, e pelo presidente da Assembléia, Jorge Picciani. Paes recebeu apoio do PT - mas sem o presidente Lula e o candidato derrotado do partido, Alessandro Molon. No PCdoB, a posição majoritária é apoiar Paes. Fernando Gabeira(PV) foi à Zona Oeste, onde teve fraco desempenho eleitoral. Numa conversa ouvida por repórteres, criticou a sua principal aliada, a vereadora Lucinha, mais votada do Rio. Ao telefone, disse: "Lucinha está com salto alto. É analfabeta política. Tem visão de suburbana e precária." (págs,1 e 3 a 5)
Paes e Gabeira fazem, hoje no Globo, debate aberto ao público (pág.1 e 9)
Você pagou com ingratidão
Em 1969, Vladimir Palmeira foi para o exílio no lendário Hércules 56, após ser trocado, com outros 14 guerrilheiros, pelo embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado em ação da qual participara Fernando Gabeira. Ontem, Palmeira deu apoio a Eduardo Paes, com entusiasmo: "Além de ser o melhor, ele tem história." (págs. 1 e 5)
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Folha de S. Paulo
Manchete: BCs cortam taxas de juros; Brasil aumenta crédito e vende dólar
Numa medida inédita. Seis dos principais bancos centrais do mundo cortaram suas taxas de juro em 0,5 ponto de forma coordenada, em nova tentativa de conter o pânico nos mercados. Tudo o que se conseguiu foi evitar o derretimento das Bolsas. Elas se recuperaram após a notícia, mas ainda assim as principais da Europa tiveram baixas acima de 5%. O governo doa EUA estuda assumir participação nos bancos para tentar reaver a confiança nos mercados, segundo “New York Times”. No Brasil, pela primeira vez em mais de cinco anos, o Banco Central injetou dólares das reservas internacionais no mercado para tentar conter a forte desvalorização. No Brasil, pela primeira vez em mais de cinco anos, o Banco Central injetou dólares das reservas internacionais no mercado para tentar conter a forte desvalorização do real. Foram feitos três leilões de vendas. Assim, o BC conseguiu que a moeda terminasse o dia em queda de l,34%, vendida a R$ 2,28. O governo também decidiu mudar novamente as regras do compulsório (dinheiro que os bancos têm de depositar no BC) para elevar o crédito, com alíquotas menores e descontos maiores. Com as mudanças das últimas três semanas, a expectativa do BC é injetar até R$ 59,9 bilhões no mercado. O presidente dos EUA, George W. Bush, ligou para seu colega brasileiro Lula e disse esperar que em duas semanas e meia sejam sentidos os efeitos de seu pacote de socorro. O ministro Guido Mantega (Fazenda) convocou reunião do G20 em Washington, no sábado, para discutir a crise. (Págs. 1 e Dinheiro).
Foto: Adversários cordiais
Possíveis oponentes em 2010, o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, conversam com o presidente Lula no Planalto sobre a obra do ferroanel; Serra disse não acreditar em apoio de alckmistas a Marta no 2º turno (Págs. 1 e A6)
Kassab abre 17 pontos de frente sobre Marta
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) venceria Marta Suplicy (PT) por 54% a 37% dos votos se o segundo turno da eleição paulistana fosse hoje, revela a primeira pesquisa Datafolha após o primeiro turno, A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos. No primeiro turno, Kassab bateu Marta por 33,61% a 32,79% dos votos válidos. Entre os que afirmam ter votado em Geraldo Alckmin (PSDB), terceiro colocado com 22,48%, 74% pretendem votar em Kassab no segundo turno, e só 13% afirmam que preferirão Marta. PTB e PPS decidiram apoiar Kassab, que atingiu aprovação recorde (61%), similar à de Paulo Maluf em outubro de 1996 (58%). No Rio, há empate técnico entre Fernando Gabeira (PV), 43%, e Eduardo Paes (PMDB), 41%. O PT anunciou apoio a Paes. (Págs 1 e Brasil)
Reino Unido dá socorro de US$ 867 bi a bancos
O Reino Unido vai destinar US$ 867 bilhões, mais que os EUA e o equivalente a cerca de dois terços do PIB brasileiro, para socorrer os bancos. O governo prevê uma estatização parcial, adquirindo até US$ 86,7 bilhões em ações das maiores instituições financeiras. Serão garantidos até US$ 433,5 bilhões para empréstimos interbancários, O governo também disponibilizou US$ 346,8 bilhões para os bancos refinanciarem suas dívidas. Em troca do socorro, deve apertar a fiscalização do setor e limitar ganhos de executivos. (Págs. 1 e B5)
Após perdas de quase 90%, fundo fecha para resgate
A gestora GWI decidiu fechar para resgates e aplicações dois dos seus quatro fundos de investimento. O objetivo é evitar a saída desordenada de cotistas. Um dos fundos acumulou perdas de quase 90% no ano. Pela segunda vez nesta semana, o Tesouro Direto suspendeu e depois retomou a venda de títulos para investidores pessoas físicas no site da instituição. (Págs. 1, B7 e B9)
Vinicius Torres Freire: O público precisa saber quem fez besteira no câmbio
Os dinheiros das reservas cambiais (e outros) vão salvar que tipo de inépcia cambial? O emprego desse investimento público caro precisa de explicações – no mínimo prestação de contas posterior, publica e privada. Empresas e/ou bancos pedem água, fora do mercado, para reparar suas estripulias. Quando vamos saber quem fez besteiras? (Págs. 1 e B4)
Editorias
Leia “No Brasil também”, sobre operações de risco; e “Crise no debate”, acerca de campanha americana. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Países fazem ação anticrise; BC põe R$ 23 bi no mercado
Em ação inédita, dez dos mais poderosos bancos centrais do mundo reduziram ontem suas taxas básicas de juros, na tentativa de conter a crise. O Fed (EUA) e o BC Europeu, além dos BCs de Grã-Bretanha, Canadá, Suécia, Suíça e Emirados Árabes, uniram-se ao esforço, seguidos depois pelos de China, Hong Kong e Austrália. No Brasil, o BC anunciou flexibilização dos depósitos compulsórios, o que deve injetar R$ 23,2 bilhões no sistema financeiro - no total, cerca de R$ 60 bilhões já foram liberados em diversas medidas nas últimas semanas. Além disso, o órgão retomou leilões de venda direta de dólar. A opção, que tira dólares das reservas internacionais e repassa a bancos, não acontecia havia cinco anos. Com isso, a moeda americana, que chegou a R$ 2,45, teve a primeira queda após cinco dias, fechando em R$ 2,28. Mas as ações dos BCs não impediram que os mercados tivessem um dia volátil - a Bovespa caiu 3,85%, e Nova York recuou 2%. A pedido dos EUA, o ministro Guido Mantega (Fazenda), atual presidente do G-20 Financeiro, convocou para sábado um encontro do grupo - que reúne os 19 países mais ricos do mundo, além da UE - para discutir a crise. (págs. 1, B1, B3, B6 e B9)
Assessor de Lula reforça campanha de Marta
O braço direito do presidente Lula, Gilberto Carvalho, vai integrar a coordenação da campanha de Marta Suplicy (PT) à Prefeitura a partir da semana que vem. A decisão ocorre em meio ao clima de apreensão na cúpula do PT com o desempenho eleitoral da ex-prefeita. Dirigentes nacionais criticaram a "pasteurização" da candidatura no primeiro turno e agora defendem uma maior politização da campanha, além de buscar atrair a classe média. (págs. 1 e A4)
Planalto analisa risco de quebra
O risco de quebra de empresas exportadoras que tiveram perdas por terem especulado com câmbio foi discutido em reunião do presidente Lula com ministros. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse no encontro que os recursos liberados para o mercado não se destinam a salvar essas empresas, mas sim para garantir liquidez. (págs. 1 e B3)
Um apelo à ousadia
Para os economistas do FMI, o fim da crise não está à vista. Diante disso, o Fundo pede mais ousadia. É hora de abandonar intervenções picadinhas e trabalhar no atacado. (págs. 1 e A3)
Bisbilhotice e grampo
Eugênio Bucci: Punir jornalista que publica grampo é ameaça à liberdade de imprensa. (págs. 1 e A2)
Ordem unida
Celso Ming - A inédita ação coordenada de poderosos bancos centrais do mundo foi uma resposta política à crise. (págs. 1 e B2)
Rio supera São Paulo em número de assassinatos
O Rio superou São Paulo no total de assassinatos. Em 2007, houve 5.504 homicídios no Rio e 4.877 em São Paulo. Em termos proporcionais, o Estado mais violento foi o Espírito Santo, com 41,6 assassinatos por 100 mil habitantes. (págs. 1, C1, C3 e C4)
Obama se fixa como líder após debate, diz pesquisa
Pesquisa após o debate de anteontem diz que, para 54% dos eleitores, o democrata Barack Obama é um líder mais forte que o republicano John McCain. A 27 dias da eleição nos EUA, Obama abriu frente de 11 pontos percentuais. (págs. 1 e A14)
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Jornal do Brasil
Manchete: Mais R$ 23 bi na economia
O Banco Central anunciou mudanças nas regras dos depósitos compulsórios - parcela dos recursos dos clientes que os bancos precisam recolher. O mecanismo ajuda a controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Na prática, o BC injeta R$ 23,2 bilhões no mercado. Em Washington, o FMI reviu a previsão para o crescimento global de 2008 e 2009. O Brasil foi o único a ter a perspectiva ampliada. Segundo o Fundo, o país deve crescer 5,2% este ano e 3,5% em 2009. Ontem as bolsas continuaram em queda livre, mesmo com a redução de juros nos EUA, na Europa e Ásia, numa ação conjunta inédita de vários bancos centrais. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. A2 a A4)
Petrobras cobra US$ 230 milhões do governo do Equador
A Petrobras quer ser indenizada em US$ 230 milhões pelo governo do Equador, em razão da devolução de uma área de petróleo do país. O valor é para compensar investimentos já realizados na prospecção do petróleo. A empresa considera a devolução conveniente diante do quadro político complicado do Equador, que ratificou ontem a expulsão da Odebrecht. (pág. 1 e Economia, pág. A19)
Quadrilha de classe média alta fraudava até dados do TRE
A prisão de 13 pessoas, na maioria jovens de classe média alta e freqüentadores de boates da Zona Sul do Rio, desvendou a atuação de um esquema de clonagem de cartões de crédito e de dados do Tribunal Regional Eleitoral. O grupo aliciava vendedores de lojas para ter acesso às informações dos clientes. Carros, motos e vários equipamentos foram apreendidos. (pág. 1 e Cidade, pág. A18)
Começa a troca de acusações entre Paes e Gabeira
Aberta a temporada de bate-bocas entre Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) na campanha eleitoral. O peemedebista - agora com apoio do PT - comparou o rival a Saturnino Braga, "o prefeito que faliu a cidade". Gabeira reagiu chamando o adversário de "pretensioso". Na Câmara, a renovação feminina foi baixa: de 13 vereadores, nove continuam. (pág. 1 e Eleições, págs. A7 e A10)
Site nos EUA é acionado em MG
O candidato do PSB à prefeitura de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, apresentou queixa-crime contra o dono de um site, acusando-o de difamação. A página, que é objeto de dezenas de reclamações, ficava baseada em um provedor de Chicago, nos Estados Unidos. (pág. 1 e Eleições, pág. A12)
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Correio Braziliense
Manchete: Fora de controle, dólar ameaça o Brasil
Num dia tenso, em que a taxa de câmbio oscilou nervosamente e chegou a pular de R$ 2,31 para R$ 2,53 por dólar, o Banco Central foi obrigado a retomar um mecanismo abandonado desde 2003, por ser considerado de última instância: fez um leilão direto de divisas, para elevar a oferta da moeda estrangeira e, assim, baixar seu preço. Para tanto, queimou US$ 1,6 bi das reservas cambiais brasileiras. No fim do dia, o câmbio fechou a R$ 2,28, queda de 1,3% em relação à véspera - movimento que contou com a ajuda do cenário externo. Só neste mês, a arrancada do dólar já é de 20% e não há sinal de que vá parar. Com a crise dos EUA, os exportadores e bancos perderam as linhas de crédito externas. Parou de entrar dinheiro de fora e o que está por aqui sai aos poucos. Numa reunião de emergência, o presidente da República cobrou soluções, ainda que seja a quebra de “alguns especuladores”. (págs. 1, 18 a 24 e Tema do Dia)
Banco Central injeta mais R$ 23 bi no mercado. (págs. 1, 18 a 24 e Tema do Dia)
Juros caem pelo mundo, mas crise só piora. (págs. 1, 18 a 24 e Tema do Dia)
Concurso
TCU permite que Câmara conclua processo de seleção. (págs. 1 e 26)
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Valor Econômico
Manchete: BC derruba dólar em meio a nervosismo e especulação
Após cinco anos de ausência, o Banco Central voltou a fazer leilões de dólar no mercado à vista, derrubando uma cotação que já havia subido 7,31% em um dia sem muitos negócios. Em relação ao dia anterior, a moeda americana caiu 1,34%, para R$ 2,28. O BC ofereceu US$ 4 bilhões, mas vendeu apenas US$ 1,55 bilhão, valor que sairá de suas reservas.
Em meio ao nervosismo, o mercado de câmbio foi movido pela especulação e pela demanda de empresas que procuraram cobrir apostas em derivativos. O grupo Votorantim confirmou que desmontou suas posições de venda de opções de compra. Segundo o mercado, a empresa entrou comprando anteontem em volumes significativos. Em nota, o grupo controlado pela família Ermírio de Moraes diz ter realizado algumas operações de "opção de verificação em dólar" nos últimos meses, eliminadas completamente até ontem.
O total de posições vendidas em dólar das empresas clientes com os bancos no mercado de balcão da Cetip - especulativas e defensivas - chega a R$ 58 bilhões. Desse total, há R$ 10,74 bilhões que vencem em 30 dias, outros R$ 9 bilhões que vencem em um período de 31 a 60 dias, R$ 6,78 bilhões que vencem de 61 a 90 dias e R$ 12,72 bilhões em 91 a 180 dias. A maior parte - R$ 15,22 bilhões - vence de 180 a 360 dias.
O componente especulativo para a disparada do dólar pode ser observado nos números fornecidos pelo BC. O fluxo cambial continua positivo e sobrou moeda estrangeira no mercado mesmo nos dias em que o real se desvalorizou. Nos três primeiros dias úteis de outubro, quando a cotação do dólar pulou de R$ 1,9143 para R$ 2,0540, os ingressos de dólares no mercado de câmbio superaram as saídas em US$ 514 milhões.
A Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, enviou carta à Sadia pedindo a convocação de assembléia de acionistas para votar a abertura de um processo civil contra os administradores para ressarcimento da empresa e instalação de uma auditoria para detalhamento das operações que levaram à perda de R$ 760 milhões. (págs. 1, C1, C2 e D5)
Ação conjunta derruba as taxas de juros
Os bancos centrais ampliaram a coordenação de suas ações e a intervenção nos mercados. O Fed americano, o Banco Central Europeu, o BC do Reino Unido e os congêneres canadense, sueco e suíço reduziram ontem as taxas de juros em 0,5 ponto percentual. Já o Tesouro do Reino Unido anunciou plano de até US$ 435 bilhões para estatizar e sanear os sete maiores bancos do país. O dinheiro garantirá emissão de títulos das instituições e a recapitalização.
O aprofundamento da crise financeira provocará deterioração significativa da economia global nos próximos meses, empurrando EUA e parte da Europa para uma recessão, alertou o Fundo Monetário Internacional. Olivier Blachard, economista-chefe do FMI, disse que medidas contra a crise vencerão o "ceticismo do mercado". (págs. 1, C4, C9 e C14)
Mais R$ 23 bi são liberados ao mercado
O Banco Central decidiu liberar ontem mais R$ 23,2 bilhões aos bancos por meio da redução das exigências de recolhimento compulsório. O objetivo da medida é evitar que a crise de liquidez leve a uma desaceleração da expansão do crédito bancário maior do que a pretendida pelo aperto monetário em curso. As várias reduções dos compulsórios anunciadas até agora pelo BC podem, se totalmente utilizadas pelo sistema financeiro, injetar até R$ 60 bilhões na economia.
Nos últimos 30 dias, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) fez quatro operações de compra de carteiras de bancos médios, no valor total de R$ 700 milhões, envolvendo crédito consignado e financiamento de veículos. Para o diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva, não houve nenhuma "operação de socorro ou salvadora". Foram operações normais de mercado, explicou. (págs. 1 e C3)
PT cresce menos nos "grotões"
O controle inédito de cinco governos estaduais não garantiu ao PT impulso nas pequenas cidades na eleição municipal. Nos "grotões" o crescimento do partido perdeu velocidade em número absoluto de prefeituras e em termos percentuais. Entre 2000 e 2004, a sigla havia crescido 170% em número de prefeitos em cidades com menos de dez mil eleitores. Agora, cresceu 23%.
Esse desempenho vai na contramão de aliados do governo, como PMDB e PSB, que avançaram nas pequenas cidades dos Estados que governam. Também mostra que o PT não monopolizou os ganhos políticos com a disseminação do programa Bolsa Família: em 2004, 75% dos beneficiários do programa estavam em 4% dos municípios. Agora, a mesma porcentagem dos atendidos está espalhada em 92% das cidades.
Dispondo de uma ampla rede de apoios, os governadores organizam as alianças nos pequenos municípios e impulsionam suas legendas. No Maranhão, por exemplo, o PDT elegeu em 2004 só nove prefeitos em cidades com até 50 mil eleitores. Depois da eleição do governador Jackson Lago, os prefeitos pedetistas passaram a 63. (págs. 1 e A12)
Produção de grãos
Apesar da alta dos insumos e da restrição do crédito, a Conab prevê que o país poderá colher uma nova safra recorde no ciclo 2008/09. A primeira estimativa, divulgada ontem, indica uma produção entre 142 milhões e 144,5 milhões colhidas na safra anterior. (págs. 1 e B12)
Inflação em queda
A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou pelo quarto mês consecutivo em setembro, para 0,26%. É a menor taxa mensal registrada em 2008. No ano, o índice acumula alta de 4,76% e de 6,25% em 12 meses. (págs. 1 e A2)
Concessões portuárias
Os portos de Manaus e Ilhéus serão os primeiros projetos licitados à iniciativa privada com o novo marco regulatório do setor. O decreto com as mudanças deverá ser publicado no fim do mês e os leilões estão previstos para o segundo semestre de 2009. (págs. 1 e A4)
Demissão na Gol
Sindicatos dos aeroviários e dos aeronautas pretendem recorrer à Justiça para tentar reverter demissões na Gol, que poderiam chegar a 3,5 mil pessoas em razão da integração com a Varig. A empresa confirmou o ajuste, mas não revelou números. (págs. 1 e B4)
Idéias - Janes Rocha
Possibilidade de desaquecimento da economia brasileira preocupa empresários e argentinos. (págs. 1 e A2)
Idéias - Maria Inês Nassif
O voto conservador recua no Nordeste, mas cresce no Estado de São Paulo e sua capital. (págs. 1 e A6)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Em ritmo de espera, empresas mudam planos para driblar crise
A instabilidade financeira e cambial está levando diversos setores a reprogramar sua política de venda. Os importadores de veículos, por exemplo, estudam voltar a fixar preços em dólar, como faziam em épocas em que o Brasil convivia com freqüentes desvalorizações de sua moeda, antes da adoção do Plano Real, em 1994, e em 1999, quando o País sofreu um ataque especulativo e o governo estabeleceu o atual regime de câmbio flutuante.
As montadoras de caminhões, que até a semana passada tinham fila de espera para entregar seu produto, já registram adiamento de compras por parte de seus clientes, em decorrência de restrição de crédito e de alta nas taxas de financiamento cobradas pelos bancos. No pólo industrial de Manaus (AM), empresas programam férias coletivas de dez dias a seus empregados - paralisação motivada pela majoração do câmbio que dificulta a importação de peças, a formação de preços e o repasse dos custos ao preço.
No varejo, lojas que vendem produtos com componentes importados já estão sendo informadas que as próximas tabelas virão majoradas. “O varejo não sabe por quanto comprar e a indústria não sabe por quanto vender”, diz o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, Lourival Kiçula. E segmentos da indústria têxtil que dependem muito de importações não estão fechando preço para vendas futuras, pois têm expectativa de que a cotação
do dólar baixará em curto prazo.
Na cena externa, para tentar minimizar os efeitos da crise, em uma ação coordenada pelo Fed, os principais bancos centrais do mundo reduziram as taxas de juros de seus países. Isso não evitou que as bolsas de valores fechassem no negativo. A Bolsa de Tóquio encerrou o pregão em queda recorde e a de Moscou suspendeu os negócios por dois dias. (págs. 1, B1, B3, C1 e C3)
Agronegócio
Não faltará crédito, garante Reinhold Stephanes. (págs. 1 e B14)
Banco Central volta a alterar as regras do compulsório
Na tentativa de atenuar a falta de liquidez no mercado, o Banco Central (BC) fez uma nova rodada de mudança nas regras do compulsório, apenas três semanas após a última alteração. Desta vez, libera R$ 23,2 bilhões para as instituições financeiras, esperando que essas sigam com suas linhas de crédito, apesar das dificuldades de captação que estão enfrentando no mercado externo.
A autoridade monetária mudou o valor fixo de dedução para o cálculo do recolhimento de R$ 300 milhões - que já havia sido elevado em setembro - para R$ 700 milhões.
Foi a quinta interferência do Banco Central num único dia. Foram realizados quatro leilões de dólar, o que fez com que a moeda americana fechasse o dia em R$ 2,28, com 1,43% de baixa.
Com o nervosismo dos mercados, o presidente Bush sugeriu a Lula uma reunião de emergência do G20, grupo dos países emergentes, o que foi marcado para o próximo sábado. Bush disse a Lula, ainda, que os efeitos do pacote de US$ 850 bilhões devem ocorrer em duas semanas e meia. (págs. 1, B1 e B2)
Petrobras devolve bloco, mas quer US$ 250 milhões
A Petrobras negocia com o governo do Equador indenização de US$ 250 milhões pela devolução do bloco petrolífero 31, situado na região amazônica equatoriana. O pagamento do reembolso e a devolução da área podem levar pelo menos quatro meses, afirmou à Gazeta Mercantil uma fonte da empresa. A companhia brasileira desistiu de explorar a área - com potencial para produzir até 30 mil barris diários - por estar localizada dentro de uma reserva indígena, onde poderia enfrentar problemas socioambientais.
Além do bloco 31, a Petrobras negocia sua permanência no campo 18, que já produz 32 mil barris/dia. O Equador ameaça expulsar a empresa do local caso ela não aceite se tornar prestadora de serviço. (págs. 1 e A11)
Brasil avança oito posições em competitividade
O Brasil recuperou oito posições no ranking geral do Relatório Global de Competitividade (GCR) do World Economic Forum (WEF) 2008/2009, mesmo sem promover reformas estruturais que acelerassem seu crescimento. Suportado por pequenos ganhos marginais nos diversos itens avaliados e pela combinação de mercado interno em expansão, setor produtivo sofisticado e sistema financeiro sólido, o País saiu do 72º para 64º entre os 134 países analisados.
Os EUA mantiveram a liderança no indicador e, segundo Irene Mia, economista-chefe do WEF, apesar da crise que atravessam, têm uma economia com sólida estrutura para superá-la.
Segundo o professor Carlos Arruda, da Fundação Dom Cabral, “não há nenhum dos pilares avaliados em que o Brasil tenha dado um pequeno salto”. De acordo com Arruda, “essa soma de migalhas fez com que o País ganhasse oito posições”. O estudo avalia 12 pilares básicos de competitividade. Entre os Bric, a China subiu quatro posições. (págs. 1 e A12)
FMI alerta que expansão global será menor em 2009
Os prognósticos para a economia mundial são pouco animadores em meio à atual crise financeira, que continua derrubando os mercados, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“Se medidas macro e financeiras corretas forem adotadas em tempo, poderemos atravessar essa tempestade e esperamos um início de recuperação ainda em 2009”, afirmou o conselheiro econômico e diretor de pesquisa do FMI, Oliver Blanchard. O FMI revisou para baixo a maioria das previsões do relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado ontem em Washington, revelando a menor expectativa de expansão global desde 2002. (págs. 1 e A10)
IPCA registra elevação de 0,26%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em setembro e ficou 0,02 ponto percentual abaixo da variação de agosto. No ano, a inflação acumulada está em 4,76% e em 6,25% em 12 meses. (págs. 1 e A4)
Descolamento não “colou”
Embora muitos analistas tenham dito que o Brasil estava descolado da crise, o agravamento da situação acabou igualando o recuo da BM&FBovespa com o das demais bolsas mundiais. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Bovespa
Bolsa perde 3,85% e cai para 38.593 pontos. (págs. 1 e B5)
Financeiras mantêm metas de crescimento
A demanda por crédito segue aquecida, apesar da crise, informam empresas financeiras, que mantêm suas previsões de crescimento para 2008. A associação dos bancos de montadoras prevê alta de 30% na carteira de crédito para veículos este ano, ante 2007. Em agosto, o estoque foi de R$ 135 bilhões. A Losango estima carteira 20% maior, para R$ 3,2 bilhões, e o Banco Mercedes-
Benz elevou as projeções e prevê saldo de R$ 4,4 bilhões, expansão de 22%. (págs. 1 e B4)
Opinião - Marcos Cintra
A proposta de reforma tributária do governo é simplificadora, o que é positivo, mas deixa a desejar sob o aspecto da universalização, do combate à sonegação e da carga de impostos. (págs. 1 e A3)
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Estado de Minas
Manchete: Crise atinge o crédito preferido dos aposentados
Empréstimo com desconto em folha fica até 35% mais caro (Págs. 1 e 14 a 17)
Mercado sem rumo
Numa ação sem precedentes na história, bancos centrais dos EUA, de países europeus e da China reduzem a taxa de juros, movimento oposto ao das quatro últimas decisões do BC brasileiro. Mas nem assim acalmam investidores. No mundo inteiro, as bolsas de valores operaram sem tendência definida. A de Tóquio desabou 9,38%, maior tombo em 21 anos. Em Frankfurt, o pregão afundou 5,88%. Anúncio de que o Congresso americano discutirá novo pacote chegou a injetar ânimo na Bovespa, que logo voltou ao vermelho e fechou em queda de 3,85%. (Págs. 1, 14 a 17 e Editorial)
Nova medida do BC injeta R$ 23 bi na economia (Págs. 1, 14 a 17)
Bancos sobem juro do financiamento na compra do carro (Págs. 1 e 14 a 17)
Caratinga sorridente
Cidade do Leste de Minas foi premiada pelo governo federal pela melhor execução, na categoria até 300 mil habitantes, do Programa Brasil Sorridente, de atendimento odontológico na rede pública. (Págs. 1 e 29)
PF prende 3 médicos por fraude no SUS
Investigação apontou que cirurgiões do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia cobravam propina para fornecer, com exclusividade, equipamentos e materiais para procedimentos cardíacos. (Págs. 1 e 24)
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Jornal do Commercio
Manchete : Brasil usa reservas para segurar dólar (págs. 1 a 5)
Prefeitura de Jaboatão sob investigação (pág. 1)
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