22 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Lula agora admite cortes se crise econômica piorar
Em forte mudança no tom do discurso, o presidente Lula disse que, se a crise internacional se agravar, reduzindo a arrecadação, ele vai ordenar o corte de verbas nos ministérios. "Não posso assumir o compromisso de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vá manter todo o dinheiro dos ministérios", advertiu, na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Paulo. Na platéia, estavam cientistas, empresários e os ministros Fernando Haddad (Educação) e Sergio Rezende (Ciência e Tecnologia).
Lula também disse que o capitalismo começa a sentir um "gostinho maior" pelo papel do Estado na economia. O Banco Central já usou quase US$ 23 bilhões para segurar a cotação do dólar desde 19 de setembro. Ontem, o dólar subiu 4,99% e fechou a R$ 2,231. (págs. 1, 19 a 21 e editorial "Sinais de melhora")
Isto é Lula
"Que crise? Pergunta para o Bush." (16 de setembro de 2008)
"Até agora, graças a Deus, a crise não atravessou o Atlântico." (22 de setembro de 2008)
"Lá, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar." (4 de outubro de 2008)
"Não posso assumir o compromisso de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vá manter todo o dinheiro dos ministérios". (Ontem) (pág. 1)
Poupança irá para construtoras
O governo usará parte dos recursos das cadernetas para dar capital de giro a construtoras e manter o mercado imobiliário aquecido. Pelo menos R$ 2 bi virão da Caixa. (págs. 1 e 21)
União vai defender acusados de tortura
A União assumiu a defesa dos coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, processados pelo Ministério Público por tortura e morte de presos políticos do DOI-Codi paulista. A ação cobra o pagamento de indenizações às famílias. A defesa deles será feita pela Advocacia-Geral da União. A decisão é uma derrota do ministro Tarso Genro, que defendia a punição aos torturadores. (págs. 1 e 9)
Faroeste urbano
Cinco dias após o assassinato de um diretor do presídio na Avenida Brasil, o vereador Alberto Salles (PSC) foi executado com cinco tiros, também em plena luz do dia, na Avenida Ayrton Senna, na Barra. O vereador - que fora ameaçado - levou cinco tiros disparados por um dos três homens que ocupavam um Gol branco. A polícia não tem pistas, mas aposta em crime encomendado a pistoleiros. (págs. 1, 12 e 13)
Campanha no Rio divide samba, futebol e praia
A disputa eleitoral mexe com os principais símbolos da cidade. Sambistas, que apóiam Eduardo Paes, dizem que Fernando Gabeira errou ao afirmar que foram "atraídos por uma feijoada". A família de João Saldanha não gostou de Paes ter chamado o adversário de "comentarista de propostas". Nem entre surfistas há acordo. (págs. 1, 3, Cartas dos Leitores e Roberto DaMatta)
Em BH, Lacerda e Quintão exploram alianças polêmicas (págs. 1 e 10)
Gilberto Carvalho articula apoio de religiosos a Marta (págs. 1 e 9)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lula já admite cortar Orçamento
Pela primeira vez, o presidente Lula admitiu reduzir o Orçamento dos Ministérios em decorrência da crise financeira. A afirmação foi feita durante cerimônia dos 60 anos CBPC (Sociedade Brasileira para o progresso da Ciência), em São Paulo. Lula disse não poder ''assumir o compromisso'' de que, ''se houver crise econômica que abale o Brasil, a gente vai manter todo o dinheiro de todos os ministérios''. O presidente declarou ainda que nem sempre os ministério gastam segundo o planejado. '' tem ministro que passa o ano inteiro gastando pouco para gastar quase tudo no final do ano. ''Em audiência na câmara, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que já foram gastos US$ 3,2 Bilhões das reservas internacionais para conter a alta do dólar. Ainda assim, a moeda ontem subiu 4,98%, para R$2,231. (págs.1 e Dinheiro)
.Crise faz Petrobras rever investimento no pré-sal
Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a crise afetará o plano de investimento e o debate sobre as regras de exploração de petróleo do pré-sal. “São dúvidas demais, por isso adiamos nosso plano'', disse, após seminário sobre biocombustíveis. Segundo ele, o plano será “provavelmente mais longo”. Declarou ainda que, sem queda de custos, o preço do petróleo é “insustentável”. (Págs 1 e B4)
Construção civil pede plano contra desaceleração
Empresários da construção indicaram ao governo que o crescimento de 2009, no melhor dos cenários, deve ficar em 5%, contra 8,8% previsto para este ano. Para evitar a queda de um dos motores da economia, a União anunciou socorro de até R$ 4 Bilhões , que deve ser detalhado hoje. (págs. 1 e B 2)
Formação dos professores é a área mais crítica do ensino básico
Relatórios preenchidos sob orientação de técnicos do Ministério da Educação e de universidades pelos municípios com menor Ideb (Índice de Desenvolvimento Básica) do país mostram que a formação de professores é a área mais crítica do setor nessas cidades, informa Ângela Pinho. A infra-estrutura é o segundo problema mais citado nos relatórios. As salas de aula são repetidamente descritas como “inapropriadas para um ambiente de aprendizagem”. (Págs 1 e C6)
Marta Suplicy chora na porta de CEU por não poder entrar
Operários da construção do CEU de Vila Formosa (zona leste de SP) barraram a entrada de Marta Suplicy,candidata do PT à prefeitura. Marta chorou ao dizer a eles que, em sua gestão, filhos de operários tinham preferência nos CEUS. A unidade foi motivo de bate-boca com o prefeito Gilberto Kassab (DEM) no domingo. Kassab fez “vistoria virtual” na obra e disse que será parcialmente entregue em fevereiro.(Págs 1 e A4)
Injeção de liquidez não livram nenhum país da recessão
Há uma presunção equivocada de que injeções substanciais de liquidez são suficientes para livrar qualquer economia de uma recessão. O Fed comprou carteiras micadas dos bancos para nada, pois nem sequer conseguiu resgatar a espontânea liquidez interbancária. (págs. 1 e B 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: BC já injetou US$ 22,7 bi no mercado e dólar ainda sobe
O Banco Central já injetou US$ 22,7 bilhões no mercado de câmbio, incluindo crédito à exportação, entre 19 de setembro e segunda-feira passada, informou seu presidente, Henrique Meirelles. Desse total, US$ 8,5 bilhões saíram diretamente das reservas internacionais. Meirelles ressaltou que o valor é bem inferior ao da injeção feita nos EUA e na Europa. Mesmo com as intervenções, o dólar segue em alta.
Ontem, em dia de relativa calma no mercado e com três leilões promovidos pelo BC, a moeda americana subiu 5,62% e fechou a R$ 2,23. Segundo analistas, a alta se deve à valorização mundial do dólar e ao vencimento da primeira operação de venda de dólares do BC (US$ 500 milhões), entre outros fatores. Apesar desse cenário, o Brasil é visto como um dos emergentes com menor vulnerabilidade, segundo estudo do banco Dresdner Kleinwort voltado para os riscos financeiros e bancários. (págs. 1, B3, B5, B6 e B10)
BNDES vai capitalizar construtoras
O pacote de ajuda do governo à construção civil envolverá o BNDES e a CEF, num aporte conjunto para capitalizar construtoras. O objetivo é permitir a conclusão de empreendimentos e facilitar fusões no setor. A CEF lançará linha de crédito voltada a capital de giro, e o BNDES subscreverá debêntures e participará do capital de empresas com ações negociadas em bolsa. O plano ainda depende de aprovação do presidente Lula, e o valor ainda não está definido - pode ser de até R$ 4 bilhões, com desembolso imediato. Paulo Safady, do setor de construção, se disse surpreso com a idéia. Segundo ele, em nenhum momento foi discutida com o governo a hipótese de participação acionária estatal nas empresas. (págs. 1 e B8)
EUA reservam até US$ 540 bi para ajudar fundos
O Fed (banco central dos EUA) anunciou ontem mais uma medida para destravar o mercado de crédito: vai injetar até US$ 540 bilhões nos fundos de investimento que aplicam em renda fixa e papéis de baixo risco. Segundo o Fed, "os mercados de curto prazo vêm sofrendo pressão considerável nas últimas semanas". Já o Banco Central Europeu informou ter liberado US$ 500 bilhões para atender 703 bancos. No total, as instituições já tomaram US$ 1 trilhão do BCE. (págs. 1, B1 e B3)
OAB pede fim do regime mais rigoroso para presos
A OAB foi ao Supremo Tribunal Federal contra a lei que instituiu para presos considerados especiais o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), mais rigoroso que o aplicado aos presos em geral. Entre os que já passaram pelo RDD, estão Fernandinho Beira-Mar e Marco Camacho, o Marcola. Para a OAB, o regime sujeita os presos a tratamento desumano. (págs. 1 e C6)
Bolívia aprova referendo sobre nova Constituição
O Congresso da Bolívia aprovou ontem a convocação do referendo sobre uma nova Constituição para o país, encerrando impasse que durava quase um ano. Acordo fechado entre governo e oposição prevê a realização de eleições em dezembro de 2009. Pelo que ficou acertado, o presidente Evo Morales não poderá concorrer nas eleições seguintes, em 2014. (págs. 1 e A12)
Notas e informações: O governador cai em si
Finalmente, o governador José Serra fez o que deveria ter feito desde que ficou patente o descontentamento da Polícia Civil. Tivesse agido a tempo, a partir de avaliação objetiva da crise, o governo já teria enviado à Assembléia propostas aceitáveis para a maioria da corporação, como as que acabou de anunciar. (págs. 1 e A3)
O valor de feijão
Com milho, soja e algodão em baixa, o feijão ganha boa cotação em SP. (pág. 1)
Vereador que denunciou tráfico no Rio é assassinado
O vereador Alberto Salles (PSC), que durante a campanha denunciou ter sofrido coação de traficantes, foi executado na manhã de ontem no Rio. Ele estava num carro com adesivo da Câmara Municipal quando dois homens armados desceram de outro carro e atiraram. Salles foi atingido por cinco tiros e morreu no hospital. Seu motorista ficou ferido. (págs. 1 e A8)
Marta pede que eleitor compare 'caráter e ética' de Kassab
A candidata Marta Suplicy (PT) pediu ontem que o eleitor de São Paulo compare seu comportamento ético com o de Gilberto Kassab (DEM). "A ética do Kassab é a do PFL, que foi varrido do mapa do Brasil", disse a ex-prefeita em entrevista à Rádio Eldorado. Hoje, o entrevistado será Kassab. (págs. 1 e A6)
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Jornal do Brasil
Manchete: Lula admite cortar gastos
Pela primeira vez desde o estouro da crise, o presidente Lula admitiu cortes no orçamento. "A gente não pode vender ilusão", argumentou. O tom mais realista foi reforçado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega: "Ninguém escapa". Na mesma audiência, Henrique Meirelles informou que o Banco Central já movimentou US$ 22 bilhões para conter a alta do dólar na crise, que tem afetado a confiança dos industriais: a expectativa é a pior desde 2005. Lula foi convidado por George Bush para participar da reunião do G-8 nos EUA. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)
Tarso usa greve e Eloá na política
O ministro da Justiça, Tarso Genro, acirra a rixa PT-PSDB: além de receber policiais grevistas de SP, criticou o governador José Serra no caso da jovem Eloá Pimentel. (pág. 1 e Eleições, pág. A10)
Denunciou tráfico e foi assassinado
O vereador Alberto Salles (PSC) foi executado em seu carro, com cinco tiros. Salles, que não foi reeleito, havia denunciado, pouco antes do primeiro turno, que traficantes estavam exigindo um fuzil para deixá-lo fazer campanha em uma favela de Honório Gurgel. (pág. e Eleições, pág. A4)
Candidatos têm planos semelhantes
Eduardo Paes e Fernando Gabeira concordam que a cultura no Rio pode servir como elemento de impulso econômico. Mas ainda não têm o nome do secretário. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)
Cristina estatiza a previdência
O governo da Argentina enviará ao Congresso um projeto de lei para estatizar a previdência privada, ameaçada pela crise mundial. "Enquanto outros países salvam bancos, protegemos nossos aposentados e trabalhadores", justificou Cristina Kirchner. (pág. 1 e Internacional, pág. A21)
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Correio Braziliense
Manchete: Nepotismo derruba figurão do Senado
“O nepotismo é fruto da renitente e odiosa confusão entre as esferas pública e privada”, definiu o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, sobre a prática de nomear parentes de autoridades no serviço público, numa afronta gritante ao princípio constitucional da impessoalidade. Por ter elaborado um parecer dando sobrevida, no Senado, a essa “odiosa confusão”, o advogado-geral da Casa, Alberto Cascais, foi demitido solenemente pelo presidente Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). “Ele não se mostrou à altura do desafio”, explicou-se Garibaldi, que vem, há dois meses, lutando para que seus pares cumpram a súmula editada pelo STF e demitam os parentes pendurados na folha de pagamentos. Integrante da cúpula administrativa do Senado, Cascais trabalhou o tempo todo para garantir os empregos da parentada. Acabou varrido pelos novos ventos da moralidade. (págs. 1 e 2)
Crise já afeta serviços de saúde
Alta do dólar provoca desabastecimento de produtos médico-hospitalares. Lula, agora, fala até em cortar gastos previstos para o próximo ano. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 14 e 17)
5 mil sem atendimento do Detran
A paralisação dos servidores do Detran atingiu em cheio o atendimento à população. A greve impede serviços como emplacamento e prejudica 5 mil pessoas por dia. Governo anunciou que não negocia com grevistas e vai cortar o ponto dos funcionários. (págs. 1 e 26)
Faixa central do Eixão terá mureta
O GDF vai construir uma mureta de 85 cm de altura ao longo da faixa central do Eixão para impedir o choque frontal entre carros. O corredor formado pelo bloco de concreto terá um jardim com plantas espinhosas para evitar a travessia de pedestres. (págs. 1 e 25)
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Valor Econômico
Manchete: Empresas procuram saída para crédito escasso e caro
Apesar dos esforços do governo para aumentar a liquidez, o crédito está escasso e caro, reclamam as empresas. Para fazer um desconto de duplicata, a Teka consultava um ou dois bancos e pagava o equivalente à taxa interbancária (CDI) mais 0,60% ao mês; agora, tem de falar com três a quatro bancos e o custo foi CDI mais 1% a 1,20%.
O crédito em dólares tem o mesmo problema, apesar dos leilões de linha do Banco Central (BC). Segundo o diretor financeiro do grupo Cosipar, Luiz Guilherme Monteiro, o custo do Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) dobrou nos últimos dois meses, saltando de 7% ao ano para 15% nos bancos brasileiros em operações de 60 dias. Ainda ontem, ao renovar um ACC, a Cosipar conseguiu um prazo maior, 120 dias, mas a taxa continuou em 15% ao ano.
Como alternativa, as empresas têm recorrido à negociação direta com fornecedores. Pedidos entregues a clientes varejistas no exterior servem de garantia na compra de matéria-prima em fornecedores de grande porte. A Buettner aumentou em cerca de 15% as operações com factoring.
Outro recurso é a volta ao mercado de capitais. Mas também aí o custo ficou bem mais alto. Há pouco mais de um ano, emissões de debêntures e notas promissórias de empresas de primeira linha pagavam de 100% a 105% do CDI. Agora, a taxa para o investidor saltou até perto de 150%.
A Eliane, fabricante catarinense de cerâmicas, acaba de pedir autorização à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para emitir R$ 40 milhões em notas promissórias. A remuneração oferecida é de 140% do CDI. A Alupar Investimento, que é dona de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão espalhadas pelo país, também entrou com pedido na CVM para captar R$ 140 milhões, pagando 148% do CDI.
A Vivo Participações quer levantar R$ 550 milhões, também por meio de notas promissórias. A taxa é de 115% do CDI; em julho, a empresa captou R$ 500 milhões a 106,5% do CDI.
Ontem, a Rossi Residencial fechou a captação de R$ 40 milhões em debêntures, a 125% do CDI. O Banco Votorantim, coordenador da operação, foi o único comprador. (págs. 1, C1 e C2)
Presidente Lula admite contingenciamento de recursos se arrecadação federal for reduzida (págs. 1 e A4)
Arrecadação desacelera
A arrecadação da Receita Federal chegou perto dos R$ 500 bilhões neste ano, mas já há sinais de desaceleração. De acordo com o relatório de setembro, a receita com tributos teve aumento real de 9,27% desde janeiro, a menor variação acumulada no ano. (págs. 1 e A3)
Idéias
Carlos Lessa: Banco Central deveria centralizar as operações cambiais. (págs. 1 e A13)
Pré-sal amplia disputas fiscais
Com um decreto que permite a cobrança de ICMS menor, o governo paulista entrou na disputa por investimentos em exploração e produção de petróleo e gás, o que inclui os recursos da camada pré-sal. A importação de bens em admissão temporária para instalações de produção de gás e petróleo ficará com carga tributária de 7,5% com uso de créditos ou de 3% sem créditos. Para bens destinados à exploração, a importação será tributada a 1,5%, sem apropriação de crédito.
A norma paulista diz ainda que, no caso da exploração de petróleo e gás, a carga de ICMS de 1,5% pode ser convertida em isenção, caso outro Estado conceda benefício fiscal mais favorável.
"Na prática, o Estado de São Paulo está concedendo isenção para a exploração também", acredita Guilherme Dias, secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo. Para o tributarista Leonardo Lima Cordeiro, do escritório Braga & Marafon, o alvo de São Paulo é o Rio, que, além de conceder isenções, dá ao secretário de Fazenda o poder de substituir a qualquer tempo a isenção por uma tributação de 1,5%, sem apropriação de crédito. (págs. 1 e A5)
Usinas pisam no freio
Após um boom de investimentos nos últimos três anos, as usinas de açúcar e álcool enfrentam um dos momentos financeiros mais críticos da história do setor. Alavancadas, muitas empresas refinanciam dívidas e adiam projetos de expansão. (págs. 1 e B12)
Embraer estuda retomar produção de turboélices
A Embraer estuda retomar a produção de aviões turboélice, interrompida em 2000 com o lançamento dos jatos. Segundo o presidente da empresa, Frederico Curado, a alta do petróleo e a preocupação com o meio ambiente tornam esses modelos interessantes para rotas curtas. "Dependemos apenas do que os clientes vão querer", disse.
A Embraer comemora hoje 40 anos do primeiro vôo do Bandeirante, que deu origem à empresa. Na década de 80, lançou o Brasília, seu segundo modelo turboélice, para 30 pessoas. Fora do Brasil, empresas produzem aeronaves turboélice para 78 passageiros. Mas já se fala em modelos com cem lugares. (págs. 1 e B1)
Frigoríficos revêem planos de expansão
Os frigoríficos brasileiros revêem os planos de expansão para os próximos anos, apesar de acreditarem que o consumo de alimentos não será muito afetado pela crise financeira internacional. O Minerva, com foco em carne bovina, reduzirá os gastos de capital em 2009. "O principal objetivo é proteger o caixa", diz Fernando Galletti de Queiroz, presidente da empresa.
O plano para 2009 previa a construção e possíveis aquisições de fábricas. O arrendamento de unidades, segundo ele, passa a ser uma boa opção, opinião compartilhada por Joesley Batista, presidente da JBS, a maior empresa de carne bovina do mundo. A Perdigão, que investiu bastante em aquisições recentemente, fará uma "parada técnica", diz Nildemar Secches, presidente da empresa. (págs. 1 e B12)
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Gazeta Mercantil
Manchete: BC já injetou US$ 23 bi para evitar recessão
Pouco mais de um mês do recrudescimento da turbulência financeira internacional, o governo brasileiro destinou US$ 22,9 bilhões para amenizar seus efeitos no País. O montante foi usado para tentar segurar a alta do dólar e garantir as linhas de financiamento ao comércio exterior.
Do total aplicado, US$ 3,2 bilhões foram efetivamente desembolsados, ou seja, saíram das reservas internacionais para serem leiloados no mercado à vista. Outros US$ 3,7 bilhões o Banco Central (BC) vendeu com o compromisso de recompra. As linhas de crédito para o comércio exterior somam US$ 1,6 bilhão. Já as operações de swap cambial - nas quais o BC não libera dinheiro em espécie - chegam a US$ 12,9 bilhões.
Apesar de a conta apresentar números concretos para a economia do Brasil, o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados, tentaram diminuir a possibilidade de a economia brasileira sofrer impactos de grandes proporções, além de recessão.
Mantega quis preparar os ânimos dos parlamentares para a continuidade dos problemas. “Não acredito que essa crise esteja acabando. Estamos diante de uma crise de longa duração, mas a fase aguda foi superada”, afirmou.
Segundo ele, o Brasil vai sentir os efeitos da restrição do crédito mundial e do custo mais alto do financiamento. Por isso, o ministro destacou que o governo já agiu e vai continuar atuando para manter a economia em aceleração. Mantega manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% em 2008 e entre 4% e 4,5% para 2009. (págs. 1 e B1)
Bush quer Lula nas discussões com o G-8
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, convidou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para participar de uma reunião com as maiores economias do mundo sobre a crise financeira global. Segundo fonte do governo, em telefonema por volta das 17 horas, que durou aproximadamente 15 minutos, Bush perguntou se Lula aceitaria discutir com o G-8 soluções para a crise e como evitar que esse choque contamine a economia real. O encontro ainda será agendado por Bush, mas deve ocorrer em meados de novembro.
Também ontem foi anunciada uma reunião extraordinária do Conselho do Mercosul, na segunda-feira em Brasília, com a participação dos chanceleres e ministros da Economia do bloco. (págs. 1 e A14)
Nos EUA, fundos recebem socorro de US$ 600 bilhões
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, anunciou ontem que fornecerá financiamento para apoiar os money market mutual funds, os fundos de investimento de curto prazo que, tradicionalmente, eram considerados tão seguros quanto as contas bancárias. Pelo programa, o Fed ajudará a comprar US$ 600 bilhões em dívida de curto prazo, incluindo certificados de depósito e “commercial paper” com vencimento em três meses ou menos. Esse tipo de dívida tem sido usado historicamente pelos fundos que buscam retornos seguros e conservadores. Com o agravamento da crise, muitos fundos tiveram trabalho em vender ativos para atender a pedidos de resgate.
Enquanto isso, o Tesouro norte-americano espera impulsionar uma nova rodada de fusões no setor bancário com a injeção de uma parcela dos US$ 250 bilhões do pacote de resgate. Segundo autoridades, parte do valor seria destinada a bancos que desejam comprar concorrentes mais fracos. (págs. 1 e B3)
Indústria
Crise gera oportunidades de exportação de alimentos. (págs. 1 e C5)
Venda da safra terá ajuda oficial recorde
O forte recuo dos preços das commodities agrícolas no cenário internacional pode fazer com que o governo tenha que liberar o maior volume de recursos dos últimos cinco anos para ajudar na comercialização da safra atual. Dos R$ 3,8 bilhões previstos pelo Ministério da Agricultura para esse fim, cerca de R$ 1,31 bilhão já foi utilizado até outubro para as culturas do trigo, milho, algodão, videiras e sisal. O governo ainda não admite, mas a previsão do setor privado é de que somente a soja precise de mais R$ 1 bilhão.
Este valor pode aumentar se for considerado que ainda há uma safra de verão de milho e a safrinha do mesmo grão, cujos preços de mercado estão abaixo do custo de produção. Leonardo Sologuren, diretor da Céleres, explica que a tendência é que as cotações permaneçam baixas até o primeiro trimestre de 2009. “Os estoques de passagem devem ficar em 10 milhões de toneladas e a safra de verão é grande. Fica difícil recuperar preços com esse cenário”, avalia.
Neste momento, por exemplo, o milho está valendo no mercado menos que o estabelecido pelo governo como remuneração mínima. A saca de 60 quilos em Mato Grosso está cotada em R$ 10,50, muito abaixo dos R$ 16,50 do preço mínimo. “O governo irá intervir quando for preciso”, garante Paulo Morceli, superintendente de gestão de oferta da Conab.
Representantes dos produtores de soja já discutem mudanças na política de preços mínimos e mecanismos que ajudem a garantir a rentabilidade no campo. “Encaminhamos hoje (ontem) o pedido de aumento do valor mínimo ao ministro da Agricultura, pedindo a elevação de R$ 22,80 para R$ 30 a saca (60 quilos)”, afirmou Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, entidade que reúne produtores do grão de Mato Grosso, o maior estado produtor da oleaginosa. (págs. 1 e B12)
Ministério aperta o cerco ao greening
A Instrução Normativa nº 53, editada pelo Ministério da Agricultura e em vigor desde o dia 16, deve apressar a derrubada de dois milhões de pés de laranja em São Paulo, maior produtor mundial. Agora, as árvores infectadas pelo greening, a doença mais agressiva da citricultura, podem ser arrancadas com exames em 10% das plantas, ante os 100% exigidos anteriormente. A nova lei prevê ainda a derrubada de um lote inteiro caso 28% dele esteja contaminado. (págs. 1 e B11)
Previdência Social
Déficit cai para R$ 7,4 bilhões em setembro. (págs. 1 e A5)
Aneel adia leilão de transmissão
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou o leilão das linhas de transmissão das usinas do rio Madeira para 28 de novembro, inicialmente marcado para 31 deste mês. (págs. 1 e C7)
FAB moderniza frota do pioneiro
A Força Aérea Brasileira (FAB) modernizará sua frota de Bandeirante, avião pioneiro da Embraer que faz hoje 40 anos. O investimento estimado é de US$ 16 milhões. (págs. 1 e C3)
Opinião
Klaus Kleber: Se o sistema financeiro fosse mais “avançado”, se um número elevado de operações de derivativos tivesse sido realizado, as perdas com a crise teriam sido maiores para o País. (págs. 1 e A2)
Entrevista: Era uma banca, hoje tem mil funcionários
O impacto da crise financeira deve ser pequeno nos grandes escritórios. A afirmação é do advogado José Luís Freire, sócio- fundador do escritório TozziniFreire. Em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, Freire conta que, no início, a banca tinha apenas dois advogados, hoje são mais de mil funcionários e 75 mil processos. “Já não nos consideramos um escritório de advocacia, somos uma empresa prestadora de serviços jurídicos”, diz Freire, que fundou a banca em 1976 com o colega de faculdade Syllas Tozzini. (págs. 1 e A10)
Opinião
Augusto Nunes: Nem todos os que estão com Eduardo Paes são o que há de pior na política do Rio. Mas o que há de pior na política do Rio e de outros estados está com Eduardo Paes, a exemplo de José Dirceu. (págs. 1 e A9)
Opinião
Antonio Penteado Mendonça: O pleito de 5 de outubro deixou claro que o brasileiro sabe separar o cenário federal do estadual e este, do municipal. Isso significa que o apoio em um nível não é decisivo em outro. (págs. 1 e A3)
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Estado de Minas
Manchete: Trânsito mata três crianças por dia e fere 62. (pág. 1)
Deve sair hoje pacote para construção civil (pág. 1)
Supermercados refazem planos e já reduzem investimentos (pág. 1)
Lacerda no barreiro. Quintão com sindicalistas (pág. 1)
Mais trens e menos sufoco no metrô (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Parecer de procurador livra João da Costa
O procurador regional eleitoral, Fernando Araújo, disse que não há elementos que justifiquem a cassação do prefeito eleito do recife. No entanto, reconheceu uso da máquina e pediu multas para João da Costa e João Paulo de cerca de R$ 71 mil. (pág.1)
Infância - Pais que explorarem filhos nas ruas serão presos (pág.1)
Vereador de Triunfo e assessora de deputado suspeitos de homicídio (pág.1)
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