quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

23 de outubro de 2008

O Globo

Manchete: Lula dá superpoderes a bancos oficiais e assusta o mercado
O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) ganharam poderes extraordinários para comprar parte ou a totalidade do capital de bancos, seguradoras, empresas de previdência privada e de capitalização. A autorização veio por medida provisória assinada pelo presidente Lula e abriu caminho para a estatização do setor e a criação de subsidiárias de BB e CEF sem aval prévio do Congresso.

"Não tem banco quebrando", disse o ministro Guido Mantega. O mercado reagiu com desconfiança. O dólar subiu 6,68%, fechando a R$ 2,38, e a Bovespa caiu 10,18%. (págs. 1, 23 a 31, Míriam Leitão e editorial "Tropicalização")

Pesquisas aprofundam divisão do Rio
Pesquisas do Datafolha e do Ibope mostram que a indefinição continua no Rio, a quatro dias da eleição. Segundo o Datafolha, Eduardo Paes (PMDB) subiu dois pontos, lidera e tem 44% em vantagem numérica sobre o adversário, Fernando Gabeira (PV). O verde perdeu três pontos e tem 41%. Como a margem de erro do Datafolha é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois permanecem empatados.

No Ibope, Paes e Gabeira estão empatados numericamente, com 43%. Paes tinha 39% no dia 15 passado e subiu quatro pontos. Gabeira tinha 42% e subiu um ponto. A margem de erro é de dois pontos. Na busca pela vitória, Paes investiu ontem no eleitorado jovem, cuja preferência vai majoritariamente para Gabeira. Já o verde passou o dia na Zona Oeste, região que prefere Paes.

O TRE proibiu o governador Sérgio Cabral de fazer inaugurações até domingo. (págs. 1, 3 e 5)

BH: candidato de Aécio vira
Márcio Lacerda(PSB) ultrapassou o adversário Leonardo Quintão (PMDB). O Datafolha deu 45% a 40% a favor de Lacerda; e o Ibope, 45% a 44%. (págs. 1 e 11)

Negócios & Cia
Candidatos respondem a questões sobre negócios no Rio. (págs.1 e Flávia Oliveira)

Obituário: Assis Paim Cunha
Forçado por Delfim a salvar a corretora do filho de Golbery, Paim tornou-se, em 1983, pivô de um dos maiores escândalos da ditadura: o Coroa-Brastel. Morreu pobre, aos 79 anos. (págs. 1 e 21)

Estado vai usar rios como rede de esgoto
Diante da dificuldade de fazer ligações da rede coletora às residências de favelas, o governo do estado anunciou que dará prioridade a tecnologias de saneamento de tempo seco, que consiste na captação ou tratamento de esgoto diretamente em rios e galerias pluviais, em dias sem chuva. O sistema será implantado inicialmente na Baía de Guanabara e na Barra da Tijuca. (págs. 1 e 14)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo autoriza BB e Caixa a comprar bancos e empresas
O governo editou medida provisória permitindo que o Banco do Brasil e a Caixa Econômico comprem bancos e empresas em dificuldade. A providência é semelhante á adotada pelos principais países diante da crise financeira mundial. BB e CEF poderão adquirir, sem licitação, bancos e quaisquer empresas financeiras ligadas a eles. As operações da Caixa poderão envolver outros setores. Para isso, ela criará nova estatal, um banco de investimento para comprar participações . O foco inicial da CEF será a área de construção, com estimativa de uma injeção de R$ 2,5 bilhões. Por ser 100% controlada pelo Tesouro, a instituição não precisa seguir as regras de mercado impostas para quem negocia suas ações na Bolsa. Guido Mantega (Fazenda) e o presidente da BC, Henrique Meirelles, insistiram que o sistema bancário "está sólido" e que as ações "são preventivas". Para Mantega, a MP "responde à necessidade do momento"'. A oposição criticou as medidas. Internamente, o presidente Lula condicionou a MP à revenda futura dos ativos. Em dia de grandes perdas nos mercados mundiais, a Bovespa teve o pregão interrompido novamente e caiu 10,18%, O dólar subiu 6,68% e atingiu R$ 2,38. (págs. 1 e Dinheiro)

Artigo: Vinicius Torres Freire
Proer parecia muito mais claro que o Pró-Tudo de Lula

A medida do governo permitirá à CEF engolir companhias podres sem prestar contas claras, com o dinheiro público como garantidor último. Negócios ruis cairão na conta dos impostos. O PT fez aquela chacrinha com o Proer, mas ele parecia muito mais claro que o Pró-Tudo de Lula.(págs. 1 e B4)


País zera imposto sobre operações de estrangeiros
O Brasil vai zerar o Imposto sobre Operações Financeiras cobrado de estrangeiros que compram títulos do governo e de empresas que trazem recursos de empréstimos e financiamentos para o país ou remetem dólares. O Banco Central negocia empréstimos em dólar com o Fed (BC dos EUA) para intervir no cãmbio. (págs. B3 e B4)

FMI já estima piora maior na América Latina
Após ter previsto que as economias latino-americanas cresceriam, em média 3,2% em 2009, o FMI sinalizou a revisão para baixo desse índice. Nos últimos quatro anos, segundo o Fundo, os países da região cresceram em média 5% ao ano. Na Argentina a noticia da estatização da previdência fez a Bolsa cair 10%. (págs. 1 e B13 )

Kassab continua à frente de Marta: Lacerda vira em BH
Pesquisa Datafolha sobre o segundo turno em cinco capitais brasileiras, realizada ontem e anteontem, mostra que o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição em São Paulo, mantém a vantagem sobre sua adversária, Marta Suplicy (PT). Ele está com 54% das intenções de voto, contra 36% da ex-prefeita. Em Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB) subiu oito pontos, chegou a 45% e virou a disputa contra Leonardo Quintão (PMDB), que caiu sete e está com 40%. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) tem 44% e Fernando Gabeira (PV), 41% - o que configura empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de três pontos. (págs. 1 e Brasil)

Editoriais
Leia “Balde de óleo frio”, sobre investimentos do pré-sal; e “Distensão na Bolívia”, acerca de acordo para referendo. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: BB e CEF podem estatizar bancos em dificuldade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, por meio de medida provisória, que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal adquiram ações de bancos, seguradoras, entidades abertas de Previdência e outras instituições financeiras. O BB e a CEF poderão até mesmo comprar o controle acionário de empresas - ou seja, estatizá-las.

Além disso, a CEF foi autorizada a criar um banco de investimento, que comprará principalmente ações de empresas do setor da construção civil. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a medida "cria mais uma alternativa" para bancos com problemas de liquidez por causa da crise internacional. Depois que o crédito for restabelecido, segundo Mantega, os bancos poderão ser novamente vendidos, "a preço de mercado". (págs. 1 e B1 a B8)

"Caixa vai trabalhar com preços de mercado"
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho, disse que a instituição poderá comprar pequenos bancos, mas habitação e saneamento são o foco. "Trabalharemos com preço de mercado", afirmou à Agência Estado. (págs. 1 e B3)

Desconfiança derruba bolsa e faz juros dispararem
O anúncio do pacote de ajuda a bancos fez a Bovespa cair 10,18%. Investidores viram na medida o sinal de que algumas instituições possam estar com dificuldades. No mercado futuro, os juros atingiram 17,43%. (págs. 1, B5 e B19)

Frase - Guido Mantega, ministro da Fazenda
"Nós sabemos que há problemas de liquidez em algumas instituições." (pág. 1)

Notas e informações - Muito cuidado com essa MP
Furtivo, o governo apenas conseguiu evitar um debate aberto sobre a MP dos bancos. Não obteve nenhuma vantagem. Ao contrário: alertou a todos para que a examinem com cuidado. (págs. 1 e A3)

Kassab amplia a vantagem sobre Marta
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) chega à reta final do segundo turno da eleição em São Paulo com 17 pontos de vantagem em relação à ex-prefeita Marta Suplicy (PT), mostra pesquisa do Ibope contratada pelo Estado e pela TV Globo. De acordo com o levantamento, Kassab ganhou dois pontos na última semana e agora tem 53% das intenções de voto.

Já Marta perdeu três pontos, ficando com 36%. A esta altura, há apenas 3% de eleitores indecisos. Agora o prefeito tem a preferência do eleitorado em todas as faixas de renda e escolaridade, mesmo nos segmentos mais pobres e menos escolarizados, antes favoráveis à ex-prefeita. Outra pesquisa divulgada ontem confirma a dianteira de Kassab. Segundo o Datafolha, Kassab tem 54% das intenções de voto e Marta, 36%. (págs. 1 e A4)

Gabeira e Paes estão empatados. (págs. 1 e A10)

Candidato de Aécio reage. (págs. 1 e A8)

Artigo - Conservadores?
Eugênio Bucci: A campanha do PT reafirmou preconceitos sombrios da nossa cultura. (págs. 1 e A2)

Policiais civis voltam atrás e vão manter greve em SP
Depois de acenar com o fim da greve, as entidades que representam os policiais civis de São Paulo recuaram. Segundo elas, a proposta feita pelo governo não é satisfatória. Os grevistas negaram interesse eleitoral. (págs. 1 e C6)

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Jornal do Brasil

Manchete: Governo abre caminho para estatizar bancos
A Medida Provisória 443, editada ontem, autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica a comprarem instituições financeiras que estejam em dificuldade. A MP ainda permite a injeção de recursos em empresas da construção civil. O que o ministro Guido Mantega (Fazenda) chamou de "preventiva" especialistas viram como estatizante. O ministro negou que bancos estejam quebrando, mas não evitou a desconfiança. Contaminada pelas bolsas internacionais, em baixa com o anúncio de que o Reino Unido não escapará da recessão, a Bovespa caiu mais de 10%. (págs. 1 e A2 a A6)

No congresso, dia de crise
A divulgação da MP, um dia após a equipe econômica negar os subsídios, instalou a crise no Congresso. A proposta constrangeu governistas e irritou a oposição, anulando o entendimento para blindar o país da tempestade. O alvo das críticas foi o ministro Guido Mantega, acusado por oposicionistas de "mentir descaradamente". A intenção agora é alterar a medida, já que embute brechas para socorrer empreiteiras financiadoras de campanhas, bancos envolvidos em corrupção e maus gestores. Para economistas, o socorro foi "inadequado". (págs. 1, A10 e A12)

Paisagem urbana do Rio será patrimônio da humanidade
A Unesco estuda declarar o Rio a primeira cidade do mundo a ter sua paisagem cultural urbana como patrimônio da humanidade. Uma equipe do órgão da Organização das Nações Unidas reuniu-se com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e visitou pontos do Centro histórico e o Corcovado. (págs. 1 e A16)

Paes e Gabeira se enfrentam hoje em debate no 'JB '
A partir das 11h de hoje, os candidatos Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) debatem os destinos do Rio na sede do Jornal do Brasil. Mediados pelo editor-chefe Tales Faria, ambos formularão perguntas entre si e serão questionados por representantes de entidades. O encontro terá transmissão ao vivo pelo JB Online. (págs. 1 e A14)

Europa aprova visto polêmico
A União Européia coloca em vigor a partir de 2011 o blue card - visto de longa permanência para mão-de-obra qualificada, como profissionais e estudantes altamente habilitados. Entre os requisitos para a obtenção do documento está a comprovação salarial. (págs. 1 e Internacional A22)

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Correio Braziliense

Manchete: O Brasil no olho da crise
BB e Caixa podem comprar bancos em dificuldades.

Dólar fecha a R$ 2,38 e risco-país cresce 26%.

Bolsas de São Paulo e de Buenos Aires caem 10%.

A primeira notícia do dia foi a edição de uma medida provisória pelo governo dando poderes para que o Banco do Brasil e a Caixa comprem bancos à beira da insolvência. Bastou. A despeito da negativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o país acabou tomado por uma onda de boatos quanto à boa saúde das instituições financeiras. A Bolsa de São Paulo abriu em baixa e aprofundou a queda ao longo do dia. Às 17h18, bateu no limite de -10%, acionando o mecanismo que paralisa o pregão. Àquela altura, o medo transbordara para o exterior. Investidores estrangeiros vendiam papéis emitidos pelo Brasil e faziam o risco-país pular 26%. Sem qualquer pudor, o dólar seguiu a trilha e fechou cotado a R$ 2,38, alta de 6,4%. O tempo definitivamente fechou. Já se fala em ataque especulativo de escala mundial contra moedas dos países emergentes. (págs. 1 e Tema do dia, págs. 23 a 31)

A casa sem concurso
Os 81 senadores empregam 3.002 funcionários em cargos de confiança, praticamente o mesmo número de servidores de carreira. Mais de mil vagas por concurso estão ociosas. (págs. 1 e 2)

GDF reage ao Detran
Câmara Legislativa aprova em primeiro turno a Companhia Metropolitana de Trânsito, que terá 800 fiscais. Medida representa um golpe na greve abusiva do Detran. (págs. 1 e 42)

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Valor Econômico

Manchete: Crise se agrava e governo age
O Brasil teve ontem um de seus piores dias desde que a crise financeira se agravou. Apesar das intervenções do Banco Central, o dólar subiu muito de novo - 6,67%, para R$ 2,38 - e já avançou 25% no mês. Os juros no mercado futuro dispararam, especialmente nos contratos mais longos, com investidores mais preocupados com a zeragem de posições do que com a antecipação de movimentos da política monetária.

O risco-Brasil deu um salto de 27,7%, para 677 pontos. A Bolsa perdeu 10,18%, após ser acionado uma vez o "circuit breaker". Os mercados começaram em quedas desde a manhã, quando o governo anunciou a Medida Provisória nº 443, que abre aos bancos oficiais a possibilidade de comprar participações acionárias em instituições financeiras privadas.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, qualificou a medida de preventiva. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há bancos quebrando no país, mas admitiu que continuam os problemas de liquidez em algumas instituições.

A escassez de linhas externas se agravou e o saldo do fluxo cambial até o dia 17 é negativo em US$ 3,751 bilhões. Houve saída líquida de US$ 5 bilhões pelo câmbio financeiro, um déficit que geralmente é coberto pelo saldo comercial. O problema agora é que não só as linhas para a exportação foram significativamente reduzidas - em 55%, até o dia 10, se consideradas as médias diárias do mesmo período de setembro -, como os exportadores não estão comparecendo com vigor com os dólares decorrentes do câmbio não financiado.

Até o dia 17, eles somaram US$ 4,7 bilhões, ante US$ 9,9 bilhões em todo o mês de setembro e US$ 5,5 bilhões no mesmo período de outubro do ano passado. A soma desses dois movimentos mostrou que o câmbio comercial de exportação atingiu no período US$ 7,5 bilhões, ante US$ 19,2 bilhões em setembro e US$ 10,2 bilhões de outubro de 2007.

A interrupção das linhas externas, do fluxo de dinheiro e a crise financeira se refletiram no rápido encolhimento do crédito em outubro. O volume de crédito bancário caiu primeiros dias do mês, enquanto se agravava a crise de liquidez. O volume de operações para pessoas físicas caiu 13% nos oito primeiros dias de outubro, na comparação com o mesmo período de setembro.

Para as empresas, a redução foi de 12,8%. O volume de crédito, até o dia 10, encolheu 0,2% - expurgada a desvalorização cambial de 19,5% no mês, que distorce o resultado. (págs. 1, C1 a C3)

BB é autorizado a ir às compras e Caixa, a assumir construtoras
Medida Provisória editada ontem reforça o arsenal do governo para prover liquidez ao mercado de derivativos e abre aos bancos públicos a possibilidade de comprar bancos privados, o que até então era proibido. Além disso, permite à Caixa Econômica Federal constituir um banco de investimento para adquirir participação acionária em empresas de construção civil e outras que considerar um bom negócio.

O governo já se prepara para um substancial aumento da presença do Estado no setor financeiro, certo de que haverá, no pós-crise, um processo de fusão de bancos. Mas o aumento da participação dos bancos públicos no sistema, segundo avalia-se no Ministério da Fazenda e no Banco Central, tende a ser transitório. A MP dá condições de igualdade entre bancos públicos e privados num momento em que o mercado, certamente, passará por troca de mãos e injeção de capital, e atende uma velha demanda do BB e da CEF. (págs. 1 e C1)

Idéias - Alkimar Moura
Uma das grandes lições da crise é que a estabilidade monetária não garante a financeira. (págs. 1 e A12)

Parada a venda de insumo para a atual safra
O estrangulamento do crédito travou o que resta das vendas de insumos para a produção de grãos na safra 2008/09. Se no mercado de sementes a preocupação se concentra em 2009 - a programação de vendas para este ano está praticamente encerrada -, nos segmentos de fertilizantes e defensivos as indústrias temem pelos volumes que ainda têm de ser comercializados, que representam ao menos 25% do previsto.

As fabricantes desses setores podem comemorar os resultados obtidos até agosto, antes do aprofundamento da crise, mas aos produtores que ainda precisam comprar resta esperar pela aceleração da liberação de crédito, já que as indústrias relutam em aceitar a tradicional troca de insumos pela produção futura.(págs. 1 e B12)

Bancos aceitam alongar dívida da Aracruz
A Aracruz iniciou ontem negociações com 13 bancos credores em transações de derivativos de câmbio, que lhe proporcionaram exposição vendida em dólar de US$ 6,26 bilhões. JPMorgan, Deutsche, Itaú BBA, Goldman Sachs, Citi, Merrill Lynch, Calyon, BNP Paribas, Barclays, Santander e ING estão entre eles. Em reunião com os bancos, Pércio de Souza, que representa a Aracruz, disse que a empresa não teria condições de cumprir os contratos e pagar as perdas como estava acertado inicialmente.

Os bancos se mostraram dispostos a alongar os prazos de pagamento. Mas não aceitaram cortes no valor da dívida, sob o argumento de que repassaram as posições ao mercado e têm de arcar com depósitos de margem na BM&F. Além disso, se aceitarem uma redução, terão de registrar parte dela como prejuízo. (págs. 1 e C6)

Instalação de rastreadores deve atrasar
Assim como a adoção do diesel mais limpo, a instalação de rastreadores antifurto nos automóveis brasileiros terá de esperar um pouco mais. Resolução do Contran, de julho do ano passado, estabelece que todos os veículos novos deveriam sair da fábrica com o equipamento a partir de agosto de 2009.

Essa data, porém, deverá sofrer alterações nos próximos dias a pedido das montadoras. A indústria defende a instalação dos dispositivos em processo gradual. A partir de agosto seriam instalados os rastreadores apenas em 20% dos veículos novos, os de maior valor. Em janeiro de 2010, o percentual passaria para 40% da produção e só em agosto de 2010 todos sairiam equipados.

As principais dúvidas em relação à medida dizem respeito à configuração dos rastreadores, sua homologação e local de instalação no carro, além da relação entre os prestadores de serviço e as operadoras de celulares. Pela resolução, a certificação será do Denatran e da Anatel. (págs. 1 e B1)

Brasil pode aceitar meta de redução na emissão de gás
Em uma radical mudança de posição, o governo brasileiro poderá assumir metas obrigatórias de redução nas emissões de gases do efeito estufa. A adoção de compromissos internacionais no acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto tem sido rejeitada até agora pelos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Mas há uma reviravolta em curso, segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "O próprio Itamaraty, que inicialmente fazia um contraponto, já diz que aceita metas, com condições", afirmou Minc.


O ministro disse ao Valor que a posição brasileira deverá ser apresentada formalmente na próxima Conferência das Partes, em dezembro, na Polônia. Ele garantiu já ter demonstrado ao presidente Lula - antes resistente à idéia - a necessidade de os países emergentes também assumirem metas obrigatórias de redução em suas emissões. No caso do Brasil, Minc crê ser "perfeitamente factível" um compromisso de diminuir de 10% a 20% as emissões no período de 2012 a 2020, com base nos gases lançados à atmosfera em 2004.


Essa é a primeira vez que uma autoridade brasileira defende abertamente a adoção de metas pós-Kyoto. A ex-ministra Marina Silva, o Itamaraty e o próprio presidente Lula admitiam apenas "reduções voluntárias" para os países em desenvolvimento. (págs. 1 e A3)


Ometto na tecnologia
O empresário Adriano Ometto, oriundo do setor sucroalcooleiro, assumiu o controle da Tellfree, operadora de telefonia sobre protocolo de internet (voz sobre IP). Em agosto, Ometto vendeu as usinas da Dedini para a Abengoa por 487 milhões de euros. (págs. 1 e B2)

Resultados da Suzano
A Suzano Papel e Celulose registrou prejuízo de R$ 293,07 milhões no terceiro trimestre, ante um lucro de R$ 168,34 milhões em igual período em 2007. A empresa engrossa a lista das vítimas da desvalorização do real, com impacto sobre o endividamento. (págs. 1 e B7)

Romi resiste à crise
A Romi, fabricante de máquinas e ferramenta, apurou lucro líquido de R$ 37,1 milhões no terceiro trimestre e acredita que a crise não afetará a previsão de crescimento para 2008 entre 14% r 18%. Os investimentos também estão mantidos. (págs. 1 e D3)

BNDESPar na Rede
Os conselhos de administração e fiscal da Rede Energia aprovaram um aumento de capital de R$ 115 milhões a ser feito pelo BNDESPar, que tinha crédito contra o grupo. O valor equivale a quase 20% do capital atual. (págs. 1 e D4)

Tubos falsificados
A descoberta de tubos falsificados na construção de uma usina térmica da Petrobras em Cubatão (SP), a cargo do consórcio Skanska-Camargo Corrêa, preocupa fornecedores locais. Os tubos, com a da japonêsa JFE, estavam fora dos padrões. (págs. 1 e B9)

Itaú na seleção
O Itaú anunciou ontem que fechou contrato de patrocínio no valor de US$ 15 milhões por ano com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2014, ano da Copa do Brasil. O acordo inclui as seleções feminina e as equipes de base. (págs. 1 e B5)

Idéias - Maria Inês Nassif
Segundo turno privilegiou políticos com menor experiência. (págs. 1 e A8)

Queda do petróleo
Corte na produção de petróleo divide países da Opep, que se reúnem amanhã, em Viena, para discutir o assunto. Ontem, os contratos futuros fecharam no menor patamar dos últimos 16 meses. Em Nova York, o barril negociado para dezembro caiu para US$ 66,75. (págs. 1 e A14)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Caixa e BB recebem aval para comprar bancos
O governo permitiu ontem ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal comprar, parcial ou totalmente, outras instituições financeiras, fundos de pensão e empresas de capitalização e de securitização em mais uma tentativa para melhorar a liquidez no sistema brasileiro.

Por meio da edição de uma Medida Provisória, também autorizou a Caixa Econômica Federal a ter participação em empresas do setor da construção civil que estejam com dificuldade de se capitalizar. A medida ainda libera o Banco Central a realizar operações de swap de moedas com bancos centrais de outros países.

O vice-presidente de finanças, mercado de capitais e relações com investidores do Banco do Brasil, Aldo Luiz Mendes, anunciou ontem que Nossa Caixa e Banco de Brasília (BRB) serão os primeiros da lista de compra, respectivamente.

“Os bancos públicos vão ficar mais agressivos, vão poder comprar fatias importantes do mercado, sem burocracia”, disse Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, para quem a medida é uma forma de estimular a oferta de crédito pela concorrência.

Para o diretor da Fitch Ratings, Rafael Guedes, a interferência do governo na atuação dos bancos públicos pode não ser bem recebida se essas instituições tiverem de assumir, eventualmente, a compra de bancos com problemas. (pág. 1, B1 E B3)

Política econômica
Economia desaquecida viabiliza ação moderada do BC, diz Eduardo Freitas (pág.1 e A6)

Brasil-China
Déficit brasileiro é de US$ 2,4 bilhões. (págs. 1 e A4)

Ibovespa tem pior resultado em 25 meses
O temor de uma recessão global, somado a resultados corporativos ruins, levou as bolsas norte-americanas ao menor nível em cinco anos no pregão de ontem (gráficos acima). O mau humor externo atingiu o mercado doméstico. O Ibovespa fechou o pregão em queda de 10,18%, depois de acionado o mecanismo de circuit breaker, para 35.069 pontos, pior resultado em pontos nos últimos 25 meses. Já o dólar comercial disparou mais de 5% pelo segundo dia seguido, fechando a sessão em alta de 6,15%, para R$ 2,383 na venda. (págs. 1 e B3)

Em queda livre, petróleo já está 55% abaixo do recorde
O petróleo caiu para US$ 66,75 ontem em Nova York, valor 55% inferior ao recorde de julho deste ano, de US$ 147,27. A queda livre do barril, que reflete a redução de demanda provocada pela atual crise financeira mundial, é vista com enorme preocupação pela Opep, que amanhã fará reunião emergencial para, provavelmente, decidir por um corte em sua oferta de pelo menos um milhão de barris diários.

Porém, nem mesmo a possível intervenção da Opep está sendo capaz de reverter a tendência de baixa do mercado, que já prevê o barril a US$ 50 no curto prazo. Embora o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tenha dito ontem que, apesar da queda de preço, o pré-sal ainda é “viável e rentável”, a Petrobras já prevê grande dificuldade na captação de financiamentos para a nova fronteira petrolífera, que exige altos investimentos. (pág.1 e C10)

Japão pressiona exportadores de frango do Brasil
De olho nas margens dos exportadores brasileiros, agora mais confortáveis com o câmbio valorizado, os importadores de frango deram início a uma forte pressão para renegociar valores de contratos, inclusive de produto já entregue no destino.

Os exportadores de frango do Brasil, que já vinham enfrentando aperto por parte de compradores russos, agora estão se deparando com pedidos de descontos e de maior prazo de pagamento pelos importadores japoneses, conhecidos no mercado mundial como bons pagadores.

“Este país é um dos melhores clientes do Brasil. Compra cortes nobres, de maior valor agregado. Esta postura nos deixa com o alerta ligado porque pode indicar que a crise já chegou com alguma intensidade lá”, avalia Francisco Turra, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef). O pedido de descontos, segundo ele, varia de 10% a 20%.

O Japão é o maior importador de frango in natura do Brasil com cerca 12% de participação e, neste ano, pagou pela tonelada, em média, 47% mais do que os outros mercados. (págs. 1 e B12)

Nova lei contábil deve aumentar a tributação
As mudanças impostas pela Lei 11.638/07, que altera o sistema contábil das empresas, têm causado dúvidas em empresários e deixado os escritórios de advocacia de mãos atadas. Apesar de a legislação prever que não haverá impactos tributários, especialistas garantem que, na prática, algumas operações serão passíveis de tributação. Incentivos fiscais, doações e subvenções de investimentos passam, com a nova lei, a integrar o resultado e terão reflexos no lucro .

Para diminuir este efeito, pelo menos até 2010, foi elaborada uma proposta de medida provisória que cria o Regime Tributário de Transição (RTT), que nada mais é do que um efetivo período de adaptação para que as empresas se ajustem às modificações previstas na nova lei contábil, estabelecendo procedimentos de transição e prazos . Advogados dizem que, apesar de a lei ter como objetivo incentivar os investimentos estrangeiros, aquecendo a economia, a majoração da tributação deve prejudicar o mercado nacional. (págs. 1 e A7)

Mercado Imobiliário
A Habix, primeira loja multimarcas de crédito imobiliário do País, promete facilitar a compra do imóvel financiado. A nova empresa, do grupo Pádua Serpa, prevê captar R$ 1 bilhão em financiamento para seus clientes nos próximos três anos. “Queremos oferecer a melhor opção de financiamento de acordo com as condições de cada consumidor”, afirma o diretor-presidente da Habix, Alexandre Pádua. (págs. 1 e D8)

Rodovias podem render r$ 3,5 bi
O governo paulista quer arrecadar R$ 3,5 bilhões no leilão, na próxima semana, das vias Ayrton Senna, Carvalho Pinto, Raposo Tavares, D.Pedro e Marechal Rondon. Quarenta empresas fizeram visitas de avaliação. (págs. 1 e C9)

Ibero chega aos mares brasileiros
Na temporada 2009/2010, a Costa Cruzeiros trará para o Brasil navios da bandeira espanhola Ibero Cruzeiros. Ao todo serão oferecidos 217 mil leitos. O País representa cerca de 8% das vendas do grupo. (págs. 1 e C1)

Um Natal mais criativo no varejo
Cautelosos quanto a uma possível crise no varejo, devido à redução no prazo de financiamento, lojistas terão de ser criativos para atrair consumidores no Natal. (pág.1 e investnews.com.br)

Kassab amplia vantagem
Gilberto Kassab abre vantagem de 18 pontos percentuais sobre Marta Suplicy, segundo o Datafolha. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes e Fernando Gabeira estão empatados.(págs. 1 e A10)

Opinião
Klaus Kleber: Não parece haver “animus” estatizante na MP 443. O que o BB vai fazer é o que o governo esperava que os bancos privados fizessem. (págs. 1 e B3)

Opinião
Rodrigo da Rocha Loures: O câmbio valorizado vinha fragilizando o setor produtivo, obrigando-o a se defender por meio de operações altamente arriscadas. (págs. 1 e A3)

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Estado de Minas

Manchete: A vez do Brasil cair na real
Governo segue exemplo de países ricos e dá ao BB e à Caixa poderes para estatizar bancos e empreiteiras em apuros. Decisão mostra que a crise é bem maior do que o Planalto esperava e amplia onda de especulações.(pág.1)

Bovespa desaba 10,18%. Dólar sobe e chega a R$ 2,38 (pág. 1)

Debate passa a limpo troca de acusações (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Dengue cresce 372% no Recife
Dados da prefeitura apontam para 3.162 registros da doença do início deste ano a outubro, contra 670 no mesmo período do ano passado. Em relação a 2009, prognósticos são ainda piores. (pág. 1)

Governo federal decide comprar bancos em crise (pág. 1)

Escolas ficam até 12% mais caras (pág.1)

Operação retira crianças exploradas da guarda dos pais (pág.1)

Estado perdia por mês R$ 650 mil com 515 "servidores fantasmas" (pág. 1)

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