04 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Tamanho dos prejuízos no Brasil surpreende mercado
Depois de a Sadia ter admitido perdas de R$ 760 milhões, ontem foi a vez de a Aracruz anunciar prejuízo de R$ 1,9 bilhão nos negócios com o mercado de câmbio. As ações da empresas caíram 24,8% na bolsa. Outras grandes exportadoras, como a JBS (frigorífico) e a Votorantim Papel e Celulose, tiveram desvalorizações acima de 10%. O aperto do crédito fez o empresário Eike Batista adiar o investimento de US$ 2 bilhões no Porto Brasil, em São Paulo. Os papéis de sua empresa, a LLX, recuaram 25,9%.
As operações entre bancos ficaram paralisadas pelo temor de que instituições pequenas estejam atravessando dificuldades. A Bolsa caiu 3,53% no dia e o dólar fechou a R$ 2,046. O pacote de US$ 850 bilhões foi aprovado pela Câmara nos EUA, mas as bolsas americanas fecharam em queda. (págs. 1, 33 a 41, editorial “Uma etapa” e Guia de Compras)
Segurança máxima, polêmica mínima
Cerca de 4.800 militares das Forças Armadas vão ocupar amanhã as áreas próximas a 90 seções de votação em 21 favelas do Rio, seis de Duque de Caxias e uma de São Gonçalo. O objetivo é dar segurança aos eleitores em áreas controladas por tráfico e milícias. Outros 800 homens serão enviados a Campos. Além das Forças Armadas, 27 mil PMs de 12 batalhões trabalharão nas zonas eleitorais do estado. Ontem, Eduardo Paes (PMDB) evitou responder aos adversários, já que não sabe quem enfrentará no segundo turno. Gabeira (PV) e Crivella (PRB) também não se atacaram. Os candidatos disputaram uma corrida frenética por toda a cidade. (págs. 1, 3 a 17)
Proibida venda de Prexige e Arcoxia
A Agência de Vigilância Sanitária proibiu a venda e o uso dos antiinflamatórios Prexige e Arcoxia, por expor os pacientes a riscos maiores que os benefícios. Os fabricantes terão que ressarcir os consumidores pelo valor pago por cartelas não utilizadas. (págs. 1 e 18)
DF: Península dos Ministros tinha cassino
A polícia fechou um cassino num dos endereços mais valorizados de Brasília: a Península dos Ministros, a duas casas da residência do presidente da Câmara e perto de onde moram o ministro da Fazenda e o presidente do Senado. (págs. 1 e 18)
Franceses interessados no Tom Jobim
O governador Sérgio Cabral disse que já existem empresas interessadas em assumir o Aeroporto Tom Jobim, como a Aéroports de Paris. Londres e Buenos Aires já têm aeroportos privatizados, e Chicago será a próxima. (págs. 1 e 20)
CBF diz que eleição no COB é ilegal
O COB e a CBF continuam em guerra. A entidade do futebol afirmou que a reeleição de Carlos Arthur Nuzman pode ser impugnada porque os prazos legais não foram respeitados. (págs. 1, 50 e Panorama Esportivo)
Ela
Gisela Mac Laren, de 40 anos, é uma das poucas mulheres no mundo a presidir um estaleiro. Sua empresa vai construir em 2009 um dique seco, o único da Região Sudeste, que pretende incrementar a exploração de petróleo, incluindo a do pré-sal, no Brasil. Gisela conta como mantém beleza e feminilidade neste trabalho duro. (pág. 1)
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Folha de S. Paulo
Manchete: EUA aprovam pacote, mas Bolsas caem
Depois de ser rejeitado na primeira votação dos deputados e passar pelo Senado, o plano econômico do governo George W. Bush, que prevê ajuda de até US$ 700 bilhões ao mercado financeiro, foi aprovado na Câmara por 263 votos a 171.
A aprovação do pacote, que foi assinado pelo presidente no mesmo dia, não evitou a queda das Bolsas no mundo. Em Nova York, o Dow Jones fechou em baixa (1,5%); a Bovespa caiu 3,5%. A divulgação de dados negativos sobre a econômica americana reavivou o temor de recessão e ajudou a derrubar os mercados. Em setembro, os EUA registraram o maior corte de empregos dos últimos cinco anos, com 159 mil vagas eliminadas. Foi o nono mês consecutivo de redução de postos de trabalho. Para analistas, a chamada “economia real” já foi atingida pela crise, o que suscita dúvidas em relação à eficácia do pacote. (Págs. 1 e Dinheiro)
Filho de Sarney é acusado pela PF de tráfico de influência
A PF do Maranhão acusa Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney, de tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia e em órgãos estatais para favorecer negócios privados. Ele nega ingerência em licitações ou ter feito negócios escusos com verba pública e vê motivação política. “Não tenho cargo público.” (Págs. 1 e Brasil)
BC estuda mexer no compulsório para agricultura
A exemplo do que fez para ajudar os bancos menores, o Banco Central estuda mexer nas regras do compulsório (dinheiro que as instituições têm de depositar no BC) para ajudar a agricultura, informa Sheila D’Amorim. A idéia é reduzir o compulsório para aumentar os empréstimos ao setor. (Págs. 1 e B9)
Dólar sobe 10,5% na semana; real acumula maior queda em 1 mês
A crise financeira fez o dólar se valorizar mais 1,14% ontem e fechar cotado a R$ 2,046. Na semana, a alta acumulada da moeda norte-americana foi de 10,5%. Dentre as principais moedas, o real é a que tem apresentado maior desvalorização ante o dólar. No período de um mês encerrado ontem, a moeda brasileira perdeu 22,88%. Enquanto isso, o euro teve baixa de 4,8%, e o iene avançou 2,12%. (Págs. 1 e B6)
França entra em recessão e convoca reunião de líderes (Págs 1 e B5)
Nos EUA, Fed pode retomar cortes na taxa de juros (Págs 1 e B4)
Wachovia negocia com outro banco; Citibank protesta (Págs 1 e B4)
César Benjamim vê caráter disfuncional nos mercados (Págs. 1 e B2)
Caderno especial analisa resposta de candidatos a demandas de SP
Caderno especial traz hoje a analise das propostas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo para os problemas de cada região da cidade, apontados pela população em pesquisa Datafolha. A maior parte das promessas dos principais candidatos (Marta Suplicy, Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin) é genérica e desconsidera custos e prazos. A pesquisa mostra, ainda, que metade da cidade diz não se interessar por política. (Págs 1 e DNA Paulistano)
Foto: De olho no 2º turno
O prefeito Gilberto Kassab (DEM), que disputa a reeleição, durante visita ao Parque do Povo, na zona oeste de SP; o secretário Andréa Matarazzo, tucano, conclamou subprefeitos à união contra os petistas no segundo turno. (Págs. 1 e Esp. 2)
Foto: De olho no ‘povão’
Marta Suplicy (PT), candidata à prefeitura paulistana, durante caminhada na zona leste; para seu ex-marido, o senador Eduardo Suplicy, Marta precisa de apoio na classe média, mas ela disse que pretende priorizar o ‘povão’. (Págs. 1 e Esp.3)
Aracruz informa perda de R$ 1,95 bi; ações recuam 25%
A Aracruz, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, relatou prejuízo de R$ 1,95 bilhões com operações cambiais. Ações da empresa com direito a voto caíram 14,92%, e sem direito a voto, quase 25%. A LLX, de Eike Batista, sustou investimentos em terminal portuário em Peruíbe (SP). (Págs. 1 e B7)
Anvisa tira Prexige do mercado e restringe venda do Arcoxia. (Págs 1 e Esp. C2)
Editoriais
Leia “algum alívio”, que comenta pacote aprovado nos EUA; e “Vagas a distância”, acerca de projeto paulista. (Págs. 1 e A2)
Ciência
Brasileiros testam 1º soro contra veneno de abelhas. (Págs. 1 e A16)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Aprovação do pacote abre onda de especulação
A Câmara dos EUA aprovou ontem o pacote de US$ 700 bilhões para socorrer o sistema financeiro do país, quatro dias após tê-lo rejeitado, relata a correspondente Patrícia Campos Mello. Foram 263 votos a 171. Será a maior intervenção oficial na economia dos EUA desde a Grande Depressão, nos anos 30. O presidente Bush disse, contudo, que “vai levar um tempo” até que o plano faça efeito. Na Bovespa, a aprovação, tão esperada, foi a senha para que investidores detonassem ordens de venda de ações, e a bolsa caiu 3,53%.
Uma das explicações para o aparente paradoxo, segundo analistas, é a máxima segundo a qual a bolsa sobe no boato – no caso, na expectativa de que o pacote passaria – e realiza (o lucro) no fato. 'Além disso, o mercado está volátil e alguns operadores compram e vendem ações no mesmo dia para ter ganho imediato, em vista da provável desaceleração da economia.' (págs. 1, B1 a B12)
Fazenda quer usar reservas na exportação
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o governo fará “uso criativo” das reservas do país, de US$ 270 bilhões. Uma das idéias em estudo é usar até US$ 10 bilhões para abrir no exterior linhas de financiamento para exportadores. O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que os problemas são “somente externos”: “Não devemos, psicologicamente, importar a crise.” (págs. 1, B6 e B7)
Notas e Informações: O pacote anticrise
Vencida a batalha no Congresso, o governo americano terá de agir com rapidez para conter a crise no mercado financeiro e impedir que os EUA atolem numa profunda recessão. (págs. 1 e A3)
Anvisa proíbe o Arcoxia, droga contra a inflamação
A Anvisa suspendeu a venda de mais um antiinflamatório, o Arcoxia de 120 mg. Também foi vetada outra versão do Prexige, a de 400 mg. Há evidências de que os dois remédios causam problemas cardiovasculares. (págs. 1 e A35)
Artigo: Mais racional
Gaudêncio Torquato: O eleitor tem demonstrado convicção. É um grande avanço. (págs. 1 e A2)
Eleições 2008
Com o fim da propaganda na TV, Marta Suplicy, Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin vão às ruas. Para hoje, último dia da campanha do primeiro turno, os três principais candidatos à Prefeitura do SP planejam mobilizar cerca de 35 mil militantes e cabos eleitorais pagos. (págs. 1, A4, A6 e A7)
Roubo de fios de cobre em SP envolve empresários
Um esquema de roubo de fios de cobre telefônicos e de eletricidade em São Paulo inclui revendedores legais dos produtos. É o que sugerem interceptações telefônicas da polícia na Operação Telefone Sem Fio. (págs. 1 e C1)
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Jornal do Brasil
Manchete: Aprovado pacote dos EUA, mas a crise fica
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, por 263 votos contra 171, o pacote de estímulos para a recuperação econômica do país. O presidente George Bush chancelou, ainda ontem, o socorro de mais de US$ 800 bilhões. Mas a turbulência financeira está longe do fim. Em Nova York, epicentro da crise, a bolsa caiu 1,5%, puxada pelo pessimismo dos investidores diante do futuro da economia americana. Na Bovespa, a queda foi de 3,5%. (págs. 1, Tema do Dia A2 a A4)
Droga contra bafômetro não funciona
Jovens passaram a usar uma pílula derivada da vitamina B6 para tentar driblar a Lei Seca. Médicos advertem que o Metadoxil não engana o bafômetro e pode provocar colapso renal. (págs. 1, Vida, Saúde & Ciência A24)
Truculência
Em Ipanema: Leitor que pede para não ser identificado enviou ao JB On-line fotos com flagrante de brutalidade e abuso de autoridade cometidos por policiais do 23º BPM (Leblon). Eles algemaram, agrediram e imprensaram no chão o rosto do contra-regra José Alexandre Ferreira Tuñas, acusado de trafegar com a moto pela contramão. (págs. 1 e Cidade A14)
Desespero provoca vale-tudo na campanha
Fernando Gabeira acena com toma-lá-dá-cá de cargos para aliados. Marcelo Crivella e Jandira Feghali divulgam pesquisas que não existem. No penúltimo dia de campanha, os três candidatos que disputam uma vaga no segundo turno das eleições entraram num verdadeiro tudo-ou-nada. (págs. 1 e Eleições A6)
50 anos de JB
Decano de crítica de jazz e da área jurídica, o repórter Luiz Orlando Carneiro, foi homenageado com medalha entregue pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. (págs. 1, País A12 e A13)
Um ministro que ama o Brasil
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, reformou seu gabinete e convidou o ex-adversário político Peter Mandelson para comandar a economia. Mandelson é homossexual assumido e foi apaixonado por um namorado brasileiro. (págs. 1 e Internacional A22)
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Correio Braziliense
Manchete: Crise nos EUA põe bancos brasileiros em apuros
BC cobra das grandes instituições financeiras do país a compra de operações dos pequenos bancos, que estão com o caixa ameaçado por causa da suspensão do crédito internacional. (págs. 1, Tema do dia, 20 a 26)
Lula vai a Salvador contra ACM Neto
Mas só se líder do DEM chegar ao segundo turno. (págs. 1 e 7)
Não Tome!
Anvisa proíbe o Prexige e o Arcoxia, por riscos à saúde. (págs. 1 e 15)
Por dentro do jogo
Cassino estourado no Lago Sul fica em casa que pertence ao Grupo OK, de Luiz Estevão. Polícia investiga se ex-senador tem envolvimento com a jogatina, flagrada na quinta-feira. (págs. 1 e 33)
Nó ortográfico: Mudança antecipada divide autores
Três livros infanto-juvenis chegam à livraria já com as novas regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Mas especialistas criticam: lançamento é precipitado e pode atrapalhar jovens leitores na hora das provas. (págs. 1 e Caderno C, Capa)
Trânsito: 9 mil multas para insanos das pistas
O hábito irresponsável de dirigir muito acima da velocidade é comum entre os brasilienses. Até setembro deste ano, 9.060 multas foram aplicadas a motoristas que cometeram essa infração de alto risco nas pistas. (págs. 1 e 35)
Eleições: Marta e Kassab trocam farpas
Ela: ele é incompetente.
Ele: ela não sabe gerenciar. (págs. 1 e 4)
Manuela aposta no corpo-a-corpo
Comunista andou por seis bairros de Porto Alegre. (págs. 1 e 8)
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Valor Econômico
Manchete: Receita alta explica onda de reeleições nas capitais
As contas públicas explicam parte importante da força reeleitoral deste ano – os candidatos com apoio da prefeitura lideram as pesquisas de intenção de voto em 20 das 26 capitais estaduais. A receita corrente das prefeituras das capitais saltou de R$ 41 bilhões em 2004 para R$ 59,6 bilhões em 2007 (aumento de 46,8%). No conjunto dos municípios, os recursos disponíveis tiveram um aumento ainda maior, de 52,4%. Foi uma alta mais significativa do que aquela observada nas receitas da União (45,7%) e dos Estados (41,7%) no mesmo período.
O Rio – capital que teve o menor aumento de receita (24,1%) – é a cidade em que a candidatura apoiada pela máquina municipal registra o pior resultado nas pesquisas. Sustentada pelo prefeito César Maia (DEM), a deputada Solange Amaral (DEM) disputa o quinto lugar com Chico Alencar (P-SOL) e Alessandro Molon (PT).
O prefeito que provavelmente será campeão proporcional de votos no Brasil, Cícero Almeida (PP), de Maceió, assistiu a um aumento de 60,5% em sua receita. No entanto, a relação entre alta de receita e vitória na eleição não é automática. A receita da prefeitura de São Paulo subiu 55,8% no período, o que não foi suficiente para levar o prefeito Gilberto Kassab (DEM) à liderança, embora deva passar para o segundo turno com chances de vender Marta Suplicy (PT).
Caso o resultado das pesquisas se confirme nas urnas, haverá um grande contraste em relação ao que ocorreu quatro anos atrás. Em 2004, em ambiente geral de crise econômica, a oposição venceu em 16 das 26 capitais estaduais e dez prefeitos foram reeleitos. Foi a primeira gestão regida do início ao fim pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabeleceu limites de endividamento e de gastos.
A elevação das receitas dos municípios nos últimos anos foi resultado de uma combinação de fatores que vão desde mudanças na lei até o desempenho geral da economia. Mas a geração de recursos próprios, sobretudo nas capitais, teve lugar de destaque. Enquanto as transferências da União tiveram uma elevação de 38,6% e as dos Estados subiram 35,8%, a arrecadação tributária nas capitais aumentou 51,8% nos últimos três anos, principalmente em razão da mudança no Imposto sobre Serviços (ISS), o principal tributo das prefeituras. (págs. 1 e A18)
Dólar supera R$ 2 em mais um dia nervoso
Uma nova rodada de indicadores ruins sobre a economia americana e especulação levaram o dólar a ultrapassar a casa dos R$ 2 - fechou a R$ 2,023 - e subir 5,09% ontem. As bolsas de valores levaram mais tombos e a Bovespa chegou perto de interromper seu pregão diante de uma queda de 9,4%. O Ibovespa encerrou o dia com perda de 7,34%. A bolsa de Nova York caiu 3,22%, em mais um dia de queda generalizada das ações.
A corrida ao fechamento de câmbio por parte dos exportadores para aproveitar a cotação favorável do dólar não tem sido suficiente para contrabalançar dois movimentos opostos. O primeiro, de restrição das linhas externas de financiamento para Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC). O segundo, de saída de divisas do país no câmbio financeiro. Desde o dia 5, com raras exceções, o fluxo cambial diário se manteve ligeiramente negativo.
O Banco Central não se moveu no mercado de câmbio. Sua ausência equivaleu ao recado de que a alta do dólar não se sustentará, cessado o movimento especulativo. O BC não percebeu falta de liquidez nem de linhas externas. Operadores de câmbio consideram a notícia de que os dados relativos ao fluxo cambial passarão a ser divulgados semanalmente como um indício de que o BC pretende demonstrar que não está faltando liquidez no sistema. (págs. 1, C1 a C12 e D1)
Atividade industrial
A produção da indústria brasileira diminuiu 1,3% em agosto em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto de 2007, o indicador mostra crescimento de 2%. No acumulado do ano, a alta chegou a 6% e 6,5% em 12 meses. (págs. 1 e A3)
Floresta em pé gera lucro
A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, no Amazonas, recebeu aval da auditoria alemã Tüv Süd para negociar créditos de carbono pelo não-desmatamento da floresta. É a segunda operação do gênero no mundo e a primeira no Brasil. (págs. 1 e A4)
Exportações de carne
A União Européia decidiu ontem restabelecer a habilitação do Mato Grosso do Sul e áreas do Mato Grosso e Minas Gerais para exportar carne bovina in natura a seus mercados. Atualmente, apenas 364 propriedades no país podem exportar para a UE. (págs. 1 e B11)
Codesp quer elevar receitas
Proposta levada pela Codesp, administradora do porto de Santos, à Agência Nacional de Transportes Aquaviários prevê a participação das companhias docas estatais nos resultados dos terminais privados. A mudança valeria para os novos arrendamentos. (págs. 1 e B8)
Projetos de governos da América do Sul agitam o mercado de satélites (págs. 1 e B2)
Demissões nos EUA
As empresas americanas anunciaram cortes de 95 mil postos de trabalho no mês passado, um número 7,2% maior do que as 88 mil demissões feitas em agosto. Até setembro, já foram suprimidas 763 mil vagas, quase o mesmo que em todo o ano passado. (págs. 1 e D2)
Brenco fecha venda de álcool anidro aos EUA
A Brenco fechou na quarta-feira, no Texas, um acordo comercial para exportar 1 bilhão de litros de álcool anidro para a companhia petrolífera americana Lyondell. O Valor apurou que o contrato tem a duração de quatro anos e que os embarques começarão a ser realizados a partir do quarto trimestre de 2009, até 2013. Em valores atuais, a negociação envolve cerca de US$ 680 milhões. (págs. 1 e B11)
Pedro Afonso, pioneira da soja, começa a plantar cana
Ao contrário da maioria dos municípios de Tocantins, a festa anual de Pedro Afonso não celebra o gado, mas sim a soja. E é natural que seja assim, porque o grão domina a vida econômica da cidade e de toda a região. Mas isso vai mudar. A soja dará lugar à cana-de-açúcar. Com a chegada da Ferrovia Norte-Sul, que terá uma estação de transbordo a menos de 20 quilômetros da cidade, grandes grupos, como a Bunge, estão comprando terras para plantar cana.
A estimativa da cooperativa agroindustrial de Pedro Afonso é que a área plantada com soja caia mais de 70% nos próximos três anos. "A soja vai migrar para regiões mais distantes. Aqui em Pedro Afonso, o que vai ter mesmo é cana", reconhece Vanderlei de Souza, gerente da Coapa. A cidade, que foi pioneira da soja no Estado, está vivendo uma mudança que se repete com mais ou menos intensidade em outras regiões que prosperaram com a produção de grãos e agora, com a grande demanda por biocombustíveis, se voltam para a cana. (págs. 1 e B12)
Emissões privadas suprem IPOs
A Cosan receberá um aporte do Gávea, fundo gestor de recursos do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, por meio de um aumento de capital privado de US$ 130 milhões. O controlador, Rubens Ometto, colocará outros US$ 50 milhões. É a quarta empresa a levantar recursos por meio de emissão privada de ações, atraindo fundos de participações ou de ações com foco no longo prazo.
Com o mercado de capitais fechado a emissões públicas (IPOs), os negócios se voltam para operações que combinam a chegada de novos sócios com o aporte de mais recursos dos acionistas. "Para nós, o momento é espetacular", disse Luiz Fraga, sócio do Gávea, que captou US$ 1,2 bilhão, há dois meses, para abertura da terceira carteira. (págs. 1 e D3)
Idéias
Naércio Menezes Filho: em breve não haverá mais aumento da demanda por cursos superiores. (págs. 1 e A17)
Idéias
Robert Skidelsky: crescimento foi maior e mais estável na era keynesiana do que na era de Friedman. (págs. 1 e A17)
Idéias
Maria Cristina Fernandes: Marta não conseguiu reduzir rejeição. (págs. 1 e A6)
Horizonte promissor
Roberto Simões, presidente do consórcio que constrói a usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, prevê um faturamento de R$ 2 bilhões por ano quando as 44 turbinas estiverem em operação, incluídos os 30% da energia que serão vendidos no mercado livre. (págs. 1 e B1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Mercados se retraem à espera do pacote
Descrença. Este foi o sentimento que levou os mercados a nova queda ontem, um dia após a aprovação do pacote de socorro ao setor financeiro pelo Senado norte-americano. Não bastassem as inúmeras alterações na proposta original, que elevaram o total da ajuda para US$ 850 bilhões, a votação do pacote na Câmara dos Representantes, prevista para hoje, assim como sua real eficácia, é incerta.
O Tesouro afirmou ontem que levará semanas para começar a desembolsar os recursos destinados a comprar os ativos podres dos bancos. Mesmo com medidas aprovadas e liquidez recuperada, especialistas acreditam que dificilmente os EUA evitarão uma recessão. “Não vamos colocar o projeto em votação sem ter os votos, mas estou otimista“, disse Nancy Pelosi, presidente da Câmara.
Com tanta incerteza, o preço do petróleo recuou mais de 4%, a US$ 94 o barril, em Nova York. O dólar subiu frente a outras moedas. No Brasil, a moeda avançou 4,99%, cotada a R$ 2,021. O Ibovespa esteve perto de um novo circuit breaker, ao recuar 9,4%, mas fechou com queda de 7,34%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 3,2%. Nos EUA, o preço dos imóveis caiu tanto que uma casa chegou a ser leiloada por US$ 1,75 no site de leilões Ebay. (págs. 1 e B1)
Promessa de dinheiro novo não convence agricultores
A maioria dos produtores brasileiros ainda não conseguiu ter acesso aos R$ 45 bilhões prometidos pelo governo federal em julho para o custeio da safra 2008/09. O Banco do Brasil (BB), responsável por 63% do total destinado ao agronegócio, liberou até 30 de setembro R$ 4,155 bilhões. Mesmo com a limitação, o número é 70% maior do que em igual período de 2007.
Para os representantes dos produtores, o adiantamento dos R$ 5 bilhões anunciados anteontem pelo governo não devem proporcionar o efeito esperado. “No ano passado sobraram R$ 2 bilhões do total e no anterior, R$ 5 bilhões. Isso prova que o produtor não tem sido atendido”, argumenta Carlos Sperotto, presidente da Comissão de Endividamento da CNA.
A restrição atinge até quem paga as contas em dia. “Liquidei as dívidas para ter acesso ao crédito e agora estou sem capital de giro”, revela Anderson Taques Moreira Castro, produtor em Castro (PR). Independentemente da burocracia, os recursos são insuficientes, avalia Pedro Arantes, assessor econômico da Faeg.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou, ontem, tranqüilizar os agricultores, reafirmando que não faltará crédito para o custeio rural. (págs. 1 e B12)
Produção industrial recua em agosto
O efeito calendário contribuiu para que a produção da indústria caísse 1,3% em agosto (que teve dois dias a menos que o mês anterior), mas já se torna visível que a economia brasileira começou a colher taxas mais moderadas de crescimento. O ritmo chinês de algumas categorias da indústria no segundo semestre do ano passado torna a base de comparação elevada demais para grandes saltos daqui para frente.
As fábricas mantiveram em agosto o nível de produção nas alturas, mas mesmo assim o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou aumento de apenas 2% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Como elevar o crescimento sobre um salto de 10,5%? Foi este o percentual de aumento da produção industrial em outubro do ano passado. O ritmo asiático foi empurrado pela produção de bens de capital, que cresceu 27,8% naquele mês, conforme lembra a pesquisadora do IBGE Isabella Nunes. Os bens duráveis no mesmo período cresceram 18,2%. “A base de agosto a dezembro está muito elevada e vai ser difícil crescer muito. Mas o ritmo da indústria continua crescendo e o patamar de produção é alto”, afirmou.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, debitou a queda da produção em agosto à alta da Selic e à retração da demanda. (págs. 1 e A5)
Câmbio
Dólar ultrapassa a marca de R$ 2 (págs. 1 e B2)
Elétricas estão blindadas contra crise, diz estudo
Agentes da cadeia produtiva do setor elétrico, que engloba as áreas de distribuição, transmissão e geração, afirmam que a atual crise financeira global não afetará os investimentos e a rentabilidade de empresas ligadas ao segmento. “Os agentes econômicos estão vendo o setor elétrico de forma muito positiva. É como se o segmento estivesse blindado à crise internacional”, diz o professor Nivalde José de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que divulgou ontem um estudo sobre o setor.
As razões para tanta confiança, afirma Castro, residem no fato de boa parte do endividamento das empresas energéticas ter sido feito com moeda local, além dos bons faturamentos obtidos nos últimos anos e das projeções de as receitas para o futuro estarem acima da inflação. “Eles têm a percepção de que a rentabilidade deverá se manter, pois as regras já estão definidas, avalia o professor.
O otimismo ainda é revelado sobre projeções de investimentos, que serão maiores entre 2009 e 2012 do que têm sido nos últimos quatro anos, segunda a pesquisa. (págs. 1 e C3)
Orçamento da Marinha será de R$ 2,7 bilhões no próximo ano
O orçamento da Marinha de Guerra do Brasil poderá alcançar R$ 2,7 bilhões em 2009. O anúncio abre perspectivas para a renovação de equipamentos da Força Naval. “Antes o orçamento destinava-se apenas ao custeio. Hoje já prevê investimentos”, diz o contra-almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha. O País tem 8.500 quilômetros de litoral para defender, além da exploração de petróleo do pré-sal, em pontos situados a até 300 quilômetros da costa. (págs. 1 e A6)
Crédito caro no comércio exterior
Apesar de capitalizadas, as instituições financeiras preferem não emprestar, para manter liquidez e evitar riscos. Isso tem elevado consecutivamente a taxa de juros das linhas de comércio exterior (ACC). (págs. 1 e B3)
Fuga para a governança
Os departamentos de análise de várias corretoras endureceram os critérios de recomendação das ações. A palavra de ordem é priorizar empresas com práticas reconhecidas de governança corporativa. (págs. 1 e B4)
Satyam amplia receita no Brasil
A Satyam, quarta maior empresa de tecnologia da Índia, planeja expandir para 5% a participação da receita oriunda da operação no Brasil em sua receita global, que até agora era de apenas 1%. (págs. 1 e C6)
Opinião
Márcio Artur Laurelli Cypriano: No Brasil, os bancos e a equipe econômica tornaram-se referência em termos de rigor regulatório, vigilância, prudência e eficiência. (págs. 1 e A3)
Mineração
As exportações brasileiras de minério de ferro cresceram 28% em setembro (págs. 1 e C7)
Constituição Cidadã completa 20 anos
No dia 5 de outubro de 1988, o País conheceu a democracia através da promulgação da Constituição Federal. Em seu vigésimo aniversário, ela ainda divide a opinião de juristas. O símbolo máximo dos direitos individuais e fundamentais dos cidadãos completa duas décadas em meio a críticas sobre seu conteúdo e eficácia e com 3,7 milhões de normas editadas. (págs. 1 e Suplemento Especial)
O mestre reencontra seu primeiro amor
No início de 1941, do encontro entre o jovem Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek, então governador de Minas Gerais, nascia o projeto de criar o mais belo bairro de Belo Horizonte, o Complexo da Pampulha, obra que projetou o nome do arquiteto. Hoje, aos 101 anos, Niemeyer volta a interferir na paisagem da cidade, a convite de outro governador, Aécio Neves, que encomendou ao mestre um Centro Administrativo. (págs. 1, D1 e D2)
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Estado de Minas
Manchete: Nem Freud explica...
Até mesmo especialistas tiveram dificuldades para explicar as bruscas mudanças de humor ontem no mercado financeiro. Bolsas operavam em forte alta apostando na aprovação, pelos deputados americanos, do megapacote de ajuda aos bancos. Na hora que eles votaram a favor do projeto, operadores do pregão em Nova York festejaram.
Mas, logo depois, veio a reviravolta. Ao invés de decolar de vez, o índice Dow Jones começou a desabar. O mesmo aconteceu no Brasil, onde a Bovespa, que subia desde a abertura, recuou e caiu 3,53%. Aqui, uma declaração do ministro Mantega sobre a saúde de pequenos bancos brasileiros também teria aumentado especulações e influenciado na queda. Em meio ao clima de incerteza, o dólar voltou a subir e fechou cotado a R$ 2,04. (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: João da Costa tem 48%. Oposições, 42%. (pág. 1)
Pacote é aprovado na Câmara dos EUA (pág. 1)
Anvisa cancela no país registro de dois antiinflamatórios (pág. 1)
Pernambucano morto nos EUA não foi vítima de assalto, diz amigo (pág. 1)
Bancário em greve quer bloquear também os caixas eletrônicos (pág. 1)
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