01 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Governo abandona otimismo e decide mudar Orçamento
O presidente Lula, que chegou a dizer que a crise financeira era um problema do seu colega americano George W. Bush, admitiu ontem que ela "é muito séria e profunda". E resolveu agir: a equipe do governo já trabalha na revisão do Orçamento de 2009, levando em conta que mudaram as projeções para a economia no ano que vem, informa Gustavo Paul.
O Orçamento já fechado previa alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5%, dólar a R$ 1,71 e inflação em 4,5%. No entanto, as estimativas agora são que o crescimento pode ficar entre 3% e 3,5%, o dólar já está acima de R$ 1,90 e a inflação deve subir pressionada pela taxa de câmbio. Para equilibrar a receita menor com impostos o governo deve cortar despesas.
Em Recife, o governador José Serra fez duras críticas à postura do governo Lula de criar uma "imagem falsa" de tranqüilidade diante da crise, semelhante à dos militares no choque do petróleo. "Temos reservas, mas infelizmente o governo começou a torrá-las para manter o real claramente supervalorizado", atacou Serra. (págs. 1, 29 e 30)
Dólar em setembro tem a maior alta em seis anos
As bolsas no Brasil e no mundo tiveram altas ontem, com exceção da Ásia. No dia, o dólar caiu 3,15% - fechando a R$ 1,904 - mas em setembro subiu 16,54%, a maior valorização mensal desde de 2002. (págs. 1, 32 e 33)
Artigo
Joseph Stiglitz - Pacote terá pouco efeito sobre a economia (págs. 1 e Economia 32)
Artigo
Richard Cohen: BC dos EUA sabem bem o que temer (págs. 1 e 31)
Minc admite rever lista que publicou sem ler
Diante da reação causada dentro do próprio governo pela lista que aponta assentamentos do Incra como os maiores desmatadores da Amazônia, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, admitiu que ela pode ser revista e deu prazo para o Ibama analisar recursos. Ele disse que não leu o documento antes de publicá-lo. A ex-,ministra Marina Silva chamou a divulgação de pirotecnia. (págs. 1, 14 e 15)
Exército dispensa recrutas por falta de verbas
O comandante do Exército, Enzo Peri, avisou que vai dispensar recrutas por falta de dinheiro. Ele cobra do governo a liberação de R$ 445 milhões, afirmando que não há dinheiro para gastos com alimentação da tropa e com a segurança das eleições, informa Ilimar Franco. (págs. 1 e Panorama Político)
Brasil já faz célula-tronco de embrião
Cientistas da UFRJ e da USP anunciaram ontem a criação da primeira linhagem nacional de células-tronco de embriões humanos. Com isso, o país ganha autonomia para desenvolver terapias contra doenças como mal de Parkinson, câncer e lesões na coluna. (págs. 1 e 41)
Paquetá já tem violência e facções
Cercada pela paisagem mais bucólica da Baía e com pouco mais de 3 mil moradores, a Ilha de Paquetá já está sendo alvo da disputa de facções criminosas comandadas por traficantes do Rio. Ao investigar um assalto na ilha, a polícia achou ontem 40 bombas de fabricação artesanal. (págs. 1 e 16)
Eleições 2008 - Vans desafiam a lei e atacam Eduardo Paes
Cerca de 500 motoristas de vans e Kombis credenciadas pela prefeitura participaram de carreata contra o candidato do PMDB, Eduardo Paes. A lei eleitoral proíbe qualquer transporte público que precise de autorização da prefeitura de fazer propaganda, seja contra ou a favor. Fiscais do TRE apreenderam bandeiras e panfletos. Alguns participantes admitiram trabalhar nas campanhas de Solange Amaral (DEM), Crivella (PRB), Jandira (PCdoB) e Molon (PT). (págs. 1 e 8)
Eleições 2008 - Cesar explode gasto com pessoal
No orçamento para 2009, o prefeito Cesar Maia (DEM) aumentou os gastos com pessoal para 51,09% do total, só 0,21% abaixo do limite da lei. (págs. 1 e 10)
Eleições 2008 - Paulo Ramos, 1%, inviabiliza debate
O candidato Paulo Ramos (PDT), com 1% das intenções de voto, inviabilizou acordo para debate na TV Globo, aceito por outros nove concorrentes. (págs. 1 e 4)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Kassab abre 8 pontos sobre Alckmin
Gilberto Kassab (DEM) subiu mais três pontos percentuais no Data Folha, foi a 27 % e aumentou para oito a vantagem sobre Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida à prefeitura de SP. Alckmin oscilou negativamente um ponto, para 19%. Marta Suplicy (PT) variou dois para baixo, no limite da margem de erro, e tem 35%. O primeiro turno é no domingo. Na simulação de segundo turno, Kassab ultrapassou Marta e venceria hoje por 49% a 44%. Na pesquisa anterior, havia empate técnico (47% a 46% para o prefeito). A petista também perderia de Alckmin, por 49% a 44%. A campanha de Alckmin reagiu com indignação ao cancelamento do último debate do primeiro turno, que a TV Globo faria amanhã. Os tucanos acusam o candidato Ciro Moura (PTC) de forçar a decisão e beneficiar Kassab ao insistir em participar do programa. “Quem bateu o pé contra foi o Ciro Moura, que todo mundo sabe a serviço de quem está”, disse o coordenador da campanha, Edson Aparecido. Kassab negou o acerto. Moura disse que só exigiu o cumprimento da lei. (Págs.1 e Brasil)
Brasil estuda ajuda do Tesouro a exportadores
O governo deve usar recursos do Tesouro para bancar parte da alta de custo dos exportadores provocada pela crise nos EUA, relatam Valdo Cruz e Sheila D’Amorim. OBNDES também poderá reforçar suas linhas de crédito destinadas a financiar exportações. (Págs. 1 e B5)
Protógenes fala que Presidência deu ordem para investigar Dantas
O delegado Protógenes Queiroz declarou ao Ministério Público Federal que a investigação que culminou na Operação Satiagraha foi aberta por determinação do Planalto ao então diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, informa Alan Gripp. Em 2004, quando começou a apuração, o banqueiro Daniel Dantas, maior alvo da Satiagraha, disputava o controle da Brasil Telecom. Lacerda negou a versão. O Planalto não falou. (Págs. 1 e A12)
Minc agora diz que não checou lista de desmate que inclui Incra
Um dia após divulgar que assentamentos da reforma agrária estavam no topo da lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou não ter produzido nem checado os dados antes de anunciá-los. O ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra, responsável pelos assentamentos, ficaram contrariados com a lista. Minc culpou o Ibama e deu ao órgão 20 dias para checagem. (Págs. 1 e A13)
EUA votam pacote no Senado hoje
Após o pânico de anteontem, quando o veto da Câmara dos EUA ao plano econômico do governo Bush derrubou as Bolsas do mundo, lideres do Congresso anunciaram que ele será votado no Senado hoje à noite. Estima-se que a chance de aprovação nessa Casa seja maior. Os dois principais candidatos à Presidência, os senadores Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano), disseram que vão participar da votação. O pacote prevê gastar até US$ 700 bilhões em ajuda a instituições com problemas. Sugestões como a ampliação da garantia a depósitos bancários foram bem recebidas, e os mercados recuperaram parte de suas perdas: a Bolsa de Nova York subiu 4,68%, e a de São Paulo, 7,6%, com queda de 3,15% no dólar. A crise nos EUA já atinge a economia não-financeira, relata Fernando Canzian. Empresas fazem ajustes na produção, e o número de bancos que adotaram políticas de crédito mais restritivas duplicou. (Págs. 1, B1 e B9)
‘Sacralização’ do mercado acabou, diz Elio Gaspari (Págs. 1 e A12)
Para Delfim Neto, Câmara rejeitou papel coadjuvante (Págs. 1 e A2)
Plano original era ineficiente, afirma Fernando Cardim (Págs, 1 e B8)
Martin Wolf vê possibilidade de desfecho calamitoso (Págs. 1 e B8)
Financiamento fica mais caro e prazos diminuem
Dados da Anefac (associação de executivos de finanças) mostram que o juro médio para o consumidor subiu de 7,39% para 7,45% e os prazos de financiamento caíram para 24 ou 12 meses. A Anefac já vê reflexos da turbulência nos EUA. (Págs. 1 e B6)
Editoriais
Leia “O Brasil no vendaval”, sobre escassez do crédito; e “Mais poder a Correa”, acerca de referendo no Equador. (Págs. 1 e A2)
ciência
Brasil produz sua 1ª linhagem de célula-tronco embrionária (Págs. 1 A18)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Safra, exportação e BNDES terão mais verbas, diz governo
A possível interrupção do crédito externo por conta da crise internacional levou o Planalto a tomar medidas para financiar o agronegócio, o setor exportador e a área de infra-estrutura. No caso da safra de 2009, estuda-se a liberação de parte dos depósitos compulsórios recolhidos pelos bancos. Para o BNDES, a idéia é injetar R$ 7 bilhões do Fundo de Investimentos do FGTS, adicionais aos R$ 15 bilhões que o Tesouro vem entregando em parcelas.
Em relação aos exportadores, o cenário já aponta retração dos empréstimos - a queda foi de 6,6% em agosto sobre julho - e o governo confirmou medidas para garantir crédito, conforme revelou o Estado ontem. Após um dia de pânico, a Bovespa disparou 7,63%; em Nova York, a alta foi de 4,68%. (págs. 1, B4, B6 e B10)
Os quatro amigos: encontro em Manaus
Lula cumprimenta Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafel Correa (Equador), em Manaus; após articulação do presidente brasileiro, Chávez elogiou a Odebrecht, pivô da crise com Correa, aliado do venezuelano. A empreiteira, disse ele, "comportou-se muito bem" em seu país, com "confiança e transparência absoluta". (págs. 1 e A16)
Lista que cita Incra como desmatador abre crise
O presidente Lula mandou auditar as multas ao Incra por desmatamento. O Ministério do Meio Ambiente listara o órgão como o maior desmatador do País, abrindo crise com a pasta de Desenvolvimento Agrário. (págs. 1 e A18)
Meirelles: "Crise exige serenidade"
Em evento promovido pelo Estado, Henrique Meirelles, do Banco Central, disse que "a crise é séria", mas que o BC a observa "com serenidade". (págs. 1 e B7)
Notas e Informações - Levando a crise a sério
Enquanto Bush negocia um novo pacote de ajuda financeira, o governo brasileiro deveria tomar duas atitudes: primeiro, torcer pelo êxito da negociação; segundo, deixar de lado a oratória de palanque e estudar como enfrentar as dificuldades sem desarranjar a economia. O mais prudente é esquecer o otimismo. (págs. 1 e A3)
Relatório aponta fraude em fundos de 3 Estados e 112 municípios
Relatório do Ministério da Previdência e do BC aponta operações financeiras suspeitas em fundos de pensões de 3 Estados e 112 prefeituras, informa a repórter Sônia Filgueiras. O total de prejuízos é estimado em quase R$ 200 milhões. (págs. 1 e A4)
USP reproduz células de embrião
Cientistas da USP produziram a primeira linhagem de células-tronco embrionárias humanas do Brasil, relata o repórter Herton Escobar. As células foram obtidas a partir do descongelamento de 250 embriões vindos de clínicas de fertilização. É o primeiro resultado prático obtido no País desde que o STF liberou, em maio, pesquisas desse tipo. O experimento abre caminho para a busca de tratamentos terapêuticos. (págs. 1 e A17)
Suspensão de debate frustra Alckmin e anima Kassab
Por falta de acordo com candidatos de pequenos partidos, a TV Globo cancelou o debate marcado para amanhã em São Paulo. O programa era a última esperança de reação do tucano Geraldo Alckmin ante Gilberto Kassab (DEM). (págs. 1 e A6)
Internet está deixando de ser "terra sem lei", diz estudo
As decisões judiciais envolvendo a internet no Brasil saltaram de 400 para 17 mil de 2002 a 2008, diz estudo de Renato Opice Blum, especialista em direito na web. Para ele, a rede está deixando de ser "terra sem lei". (págs.1 e C1)
Artigo - Ameaça ao Mercosul
Mário Cesar Flores: Ingresso da Venezuela representa risco para projeto saudável. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Brasil
Manchete: Natal sem crise
Enquanto a crise americana torna nebuloso o horizonte nas bolsas, no varejo, grandes redes de supermercado apostam no consumo aquecido: o Wal-Mart projeta o melhor Natal da sua história no país e o Pão de Açúcar mantém metas de crescimento. O governo lembra, porém, que está pronto para agir se necessário. (págs. 1 e Tema do dia A4)
Investidores reagem, mas prejuízos são maiores que socorro
Depois do pânico, um dia de alívio: os investidores voltaram às compras ontem em busca de ações que ficaram baratas demais. A Bovespa acompanhou o otimismo mundial e fechou em alta de 7,6%. Os prejuízos nas bolsas, no entanto, já somaram US$ 1 trilhão. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)
Superávit do Brasil já supera o de todo o ano passado
O bom desempenho da economia da União, Estados e municípios produziu um superávit recorde no Brasil nos últimos oito meses. O total acumulado chegou a R$ 108,4 bilhões, superando o total economizado pelo setor público em 2007. É o melhor resultado desde 1991. (págs. 1 e Economia A20)
TCU suspende 48 obras irregulares
O Tribunal de Contas da União recomendou a paralisação de 48 obras por apresentarem indícios de irregularidades graves. Estão incluídas 13 obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), como a usina nuclear de Angra 3, a ferrovia Norte-Sul e o Rodoanel paulista. (págs. 1 e País A15)
Brasil-Venezuela terão petrolífera
O Brasil e a Venezuela firmaram, ontem, em Manaus, sete acordos de cooperação, a exemplo de uma petrolífera binacional (60% da Petrobras). Os dois países construirão também uma siderúrgica para produzir 1 milhão de toneladas de aço por ano. (págs. 1 e Internacional A21)
Esquema polêmico em torno das pesquisas eleitorais
Candidato a prefeito do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) anunciou que vai apresentar projeto no Congresso para obrigar a mídia a divulgar todas as pesquisas de intenção de voto registradas no Tribunal Regional Eleitoral, a despeito de quem as encomendou. (págs. 1 e Eleições A6)
Corrupção no coração do Rio
Ousadia: Imagens gravadas por um leitor do JB revelam o esquema de um fiscal da CET-Rio para cobrar propina de flanelinhas que loteiam a Avenida Rio Branco aos sábados. O prefeito César Maia classificou o ato de bandidagem. (págs. 1 e Cidade A16)
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Correio Braziliense
Manchete: Bush se ajoelha...
Um dia depois do desastre causado pela rejeição dos deputados ao pacote de socorro de US$ 700 bilhões, o presidente dos EUA faz novo pronunciamento implorando aos políticos que reavaliem o caso. O projeto será mandado hoje ao Senado. Se aprovado, poderá voltar para mais uma votação na câmara baixa.
...O Mercado reza...
Diante da possibilidade de ressurreição do plano de salvamento, as bolsas de valores refletiram algum otimismo, coisa rara nos últimos dias. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 4,6%. Os negócios também foram bem em Londres (+1,7%), Paris (+1,9%) e Frankfurt (+0,4%). A Bovespa subiu 7,6%. Ainda assim, a praça paulista teve o pior setembro dos últimos quatro anos.
...E o Brasil paga
O dilema dos juros — aumentá-los ou não em meio à crise? — cria fraturas no Banco Central e traz problemas ao presidente da instituição, Henrique Meirelles. Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras estão caindo por falta de crédito no exterior. Prêmio Nobel em 2001, o economista Joseph Stiglitz concede entrevista ao Correio e manda um recado ao Brasil: “Ninguém está a salvo”.(págs. 1, Tema do dia, 13, 14, 15, 16 e 17)
Papai Noel chega antes na Câmara
Os 1.731 funcionários da Câmara Legislativa terão, a partir de hoje, 10% de aumento salarial. Mas não só isso. O valor do vale-alimentação, atualmente em R$ 620, será acrescido de R$ 50. E os anuênios, congelados há um ano, voltam a existir. As bondades custarão R$ 1,5 milhão mensais aos contribuintes do Distrito Federal. A conta ainda pode crescer. A mesa diretora estuda a concessão de outros 10% de reajuste adicional aos servidores da Casa. (págs. 1 e 7)
Judiciário age contra exploração infantil
Conselho Nacional de Justiça monta comitê para auxiliar o GDF no combate à prostituição de crianças. Vara da Infância vai funcionar no prédio do Touring. (págs. 1 e 25)
O país mais perto da célula-tronco
Cientistas da Universidade de São Paulo deram o passo que faltava para o êxito do Brasil nas pesquisas destinadas à terapia com células-tronco em seres humanos. Eles conseguiram a primeira linhagem embrionária puramente nacional, 10 anos depois dos EUA, primeiros a obter o material próprio. “Temos gente capacitada para avançar”, comemora a cientista Lygia da Veiga Pereira. “Basta que o governo invista na área.” (págs. 1 e 10)
Bancários e professores prejudicam brasiliense
Paralisações atingem mais de 70% das agências e deixam 500 mil alunos sem aula na rede pública.GDF propõe reajuste de 9,9% a profissionais da educação. (págs. 1, 18 e 29)
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Valor Econômico
Manchete: Empresas pagam caro por recursos escassos
A falta de dinheiro na praça, em meio à crise de crédito internacional, forçou as companhias brasileiras a buscar alternativas para escapar do aperto ou cancelar suas operações.
A Lojas Renner, uma das maiores varejistas de vestuário do país, desistiu da emissão de debêntures que havia sido anunciada no início do mês para bancar a aquisição da Leader, do Rio. Com o aumento brusco dos custos de captação, a empresa negociou com os controladores da rede fluminense o pagamento de R$ 440 milhões em seis parcelas, a primeira no fechamento da operação e a última em 31 de janeiro de 2011.
A Localiza Rent a Car, maior locadora de automóveis da América Latina, adiou ontem uma emissão de debêntures de R$ 300 milhões. Já a Sabesp resolveu captar até R$ 300 milhões oferecendo uma das maiores remunerações já vistas pelo mercado nos últimos anos. Está disposta a pagar até 120% do CDI.
A Visanet suspendeu temporariamente sua oferta inicial de ações, que seria a maior da história. O pedido de análise da colocação foi feito há um mês e as reuniões iniciais de apresentação da operação para os grandes investidores, que chegaram a ser agendadas, foram canceladas.
A Vivo, no ano de maior investimento de sua história, optou por instrumento de curto prazo para reduzir o custo. Emitiu R$ 550 milhões em notas promissórias de um ano, pagando 110,2% do CDI. O dinheiro será usado para quitar notas que vencem em novembro, pelas quais a empresa pagava 104% do CDI.
Banco do Brasil e HSBC aparecem como tomadores tanto da emissão da Vivo como das debêntures da Sabesp, que contou ainda com participação do Citigroup e da Nossa Caixa.
A Localiza, que ofereceu papéis no ano passado, antes do início da crise, pagou 104% do CDI. Na atual emissão, a taxa bateu 114%, o que a levou a desistir da captação. A avaliação de risco das duas debêntures não foi alterada.
De acordo com Jorge Simino, diretor de investimento da Fundação Cesp, com o mercado externo fechado, as empresas se voltam para o mercado local de empréstimos em reais e têm a opção de emitir títulos como as debêntures. "Vemos claramente que o mercado está um pouco mais movimentado". Segundo ele, a fundação tem recebido muitas consultas de companhias sobre preços e prazos. (págs. 1, C8 e D9)
Se necessário, BC reduzirá mais o compulsório
Se for necessário, o governo via usar o arsenal à disposição do Banco central para enfrentar os efeitos da crise externa no país. Esse arsenal inclui leilões de câmbio, redução do compulsório dos bancos e oferta de linhas de redesconto. A tônica da gestão da crise dentro do governo é dar liquidez aos mercados para que continuem funcionando.
O compulsório abre ampla margem para ação do BC. No Brasil, ao contrário da maioria dos países, ainda se exige dos bancos o recolhimento obrigatório de R$ 53 para cada R$ 100 em depósitos à vista nos bancos. Nos depósitos a prazo, o recolhimento é de 23%. A idéia é usar esses instrumentos de liquidez sem atrapalhar a política monetária.
A maior preocupação do governo é com a paralisação da oferta de crédito ao comércio exterior. A notícia de que uma grande exportadora pediu US$ 100 milhões a um banco e só conseguiu US$ 5 milhões dá uma idéia do tamanho do problema. O temor não diz respeito apenas ao crédito das exportações, mas também ao das importações, que ajudam a conter a inflação. Apesar disso, não se cogita usar dinheiro das reservas cambiais para financiar exportadores. (págs. 1 e A2)
Commodities em baixa
Crise nos mercados financeiros internacionais em setembro provocou a redução das cotações médias mensais dos principais produtos agrícolas negociados pelo Brasil no exterior. Na bolsa de Chicago, os grãos recuaram às menores médias em pelo menos seis meses. (págs. 1 e B11)
Planejamento tributário
A valorização do dólar em relação ao real abre oportunidade para subsidiárias brasileiras de grupos internacionais liquidarem empréstimos estrangeiros intercompanhias sem pagar Imposto de Renda nem CSLL. (págs. 1 e A2)
Candidatos do NE copiam o Bolsa Família
A popularidade do Bolsa Família dá origem nestas eleições a versões municipais do programa federal. No Nordeste, que abriga quase metade das famílias contempladas com a ajuda de Brasília, proliferam promessas de transferências de renda. As propostas - que prevêem de depósitos mensais a partir de R$ 100 a parcela única de até R$ 2 mil - são as mais variadas.
Há o Bolsa Saúde, para comprar remédios; o Bolsa Aprendiz, para quem faz cursos profissionalizantes; o Bolsa Cotista, para os universitários; e até o Retorna para Casa, para famílias que acolham parentes menores de idade que estejam em abrigos públicos. A diversidade de propostas é acompanhada pela pluralidade partidária. (págs. 1 e A16)
Para crescer, Copersucar agora é uma empresa
A Copersucar, maior cooperativa de açúcar e álcool do mundo, passa a ser, a partir de hoje, a Copersucar S.A., a maior empresa sucroalcooleira do país. As 33 usinas associadas à cooperativa são agora acionistas da holding que controla a companhia, que nasce com um faturamento de R$ 5,7 bilhões e investimentos de US$ 2 bilhão para os próximos três anos, sobretudo em logística.
A decisão faz parte do projeto de expansão do grupo. “Nosso principal desafio é crescer. O modelo de cooperativa tem a excelência operacional, mas cria restrições para a expansão”, disse ao Valor Luís Roberto Pogetti, CEO da Copersucar. “Por lei, uma cooperativa não pode ser dona de ativos, o que traz dificuldades para o crescimento”. Segundo Pogetti, a meta da Copersucar é abocanhar 30% do mercado nacional de açúcar e álcool em dez anos.
Como empresa, poderá fechar alianças estratégicas e atrair novos acionistas e investidores. Embora a Copersucar não confirme, uma das parcerias que poderá ser feita é na área de distribuição de combustíveis. Mas não seria nos mesmos moldes da Cosan, que comprou a Esso em abril. Se concretizada, será uma parceria com um grupo nacional ou do exterior. (págs. 1 e B12)
Avanço da banda larga
O número de assinantes de banda larga no mundo chegou a 380 milhões no fim do primeiro semestre, crescimento de 17% em 12 meses. Os principais mercados nacionais são EUA, China e Japão. O Brasil teve o quinto maior crescimento no segundo trimestre. (págs. 1 e B3)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Agora, bancos negam crédito a agricultores
Os bancos internacionais fecharam as portas para a elite da agricultura brasileira. Grandes produtores foram buscar dinheiro pré-aprovado e voltaram de mãos vazias ou com apenas parte do recurso. “Um terço da minha lavoura é financiada por esses bancos há cinco safras. Agora, o crédito foi negado”, lamenta Walter Horita, que cultiva soja e algodão na Bahia. Segundo ele, o mesmo aconteceu com outros agricultores, que tentam negociar de última hora com fornecedores de insumo.
O Grupo Scheffer, de Mato Grosso, recebeu apenas 80% do dinheiro pleiteado e teve de liquidar às pressas estoques de algodão com deságio de 2% para financiar o plantio. O custo do dinheiro a exportadores de produtos agrícolas mais que dobrou. Passou de 4,5% para 14,5% ao ano. (págs. 1 e B12)
Opinião
Antonio Penteado Mendonça: Se o sucessor do presidente Lula tivesse apenas que readequar as despesas federais, seria relativamente fácil. Mas ele terá também que “desaparelhar” o Estado brasileiro. (págs. 1 e A3)
Bovespa: Índice fecha em alta de 7,63% (págs. 1 e B5)
Pronto para a crise: Henrique Meirelles, presidente do BC, diz que está preparado para agir (págs. 1 e B4)
Apesar da crise externa, o varejo prevê um bom Natal
Héctor Núñez, presidente no Brasil do Wal-Mart, afirmou recentemente que, apesar da crise internacional, a rede deve ter em 2008 o melhor Natal da história no país. Em meio ao caos externo, a Casas Bahia, maior rede de eletroeletrônicos do Brasil, tem mantido o volume de encomendas para o Natal 7% maior que o do ano passado. O empresário Michael Klein acredita que não deverá ter fortes oscilações nas vendas nos últimos meses do ano.
Graças ao aumento do emprego, o varejo brasileiro não tem do que se queixar. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, diz que o setor vai crescer 8%, melhor desempenho em dez anos. (págs. 1 e C10)
Indicadores sociais: Contratações começam a desacelerar, diz Ipea (págs. 1 e A5)
Conjuntura não se compara a 1929
A turbulência que atingiu os mercados na última segunda-feira ainda não se compara à Grande Depressão de 1929, avaliam especialistas, de forma consensual. No entanto, há riscos de a economia real ser afetada. (págs. 1 e A14)
Opinião
Leonardo Trevisan: Apesar da crise, a máquina comprada terá que ser paga. Por isso, formação de engenheiros é essencial. Mas o Brasil cuidará primeiro da pós-graduação em engenharia. (págs. 1 e A2)
Opinião
Augusto Nunes: Entre 2002 e junho deste ano, a farra da anistia torrou R$ 2,3 bilhões com indenizações. A fila de espera passa de 30 mil pedintes. Com crise ou sem crise, a festa continua. (págs. 1 e A10)
Avança acordo para usina em PE
A Petrobras e a venezuelana PDVSA assinaram ontem um termo de compromisso para a construção conjunta de uma refinaria em Pernambuco, orçada em R$ 4 bilhões. (págs. 1 e A8)
Aneel propõe corte de subsídios
A Aneel propõe reduzir em R$ 1 bilhão — quase um terço — os subsídios destinados ao Norte do País para a geração de térmicas. O corte, se aprovado, reduzirá a conta de luz dos demais consumidores brasileiros. (págs. 1 e C9)
Mercado tenta popularizar a TV digital
Lançada oficialmente no dia 2 de dezembro de 2007, a TV digital ainda não deslanchou no país. Entre as razões para isso estão o alto preço dos conversores de sinal e a pequena oferta de programas de alta resolução e interatividade. O lançamento do aparelho de conversão por um valor mais acessível — R$ 200 — deve ser o impulso de que o mercado precisa. O barateamento da tecnologia pode atrair a parcela da população que hoje assina pacotes básicos de TV paga em busca da melhoria do sinal de TV aberta.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros) avalia que o ritmo das vendas de televisores adequados ao digital está dentro do projetado inicialmente. Para a entidade, as vendas crescerão a partir do momento em que os brasileiros notarem que realmente existe diferença entre as imagens do sistema tradicional e o digital. (págs. 1, C5 e C6)
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Estado de Minas
Manchete: Nova aposta na salvação
Os investidores voltaram com fome ao mercado, animados pela perspectiva de que hoje comece a ser amarrado um novo pacote nos Estados Unidos e também pelo preço das ações, que ficaram baratas demais depois do terremoto da segunda-feira. Resultado: as
bolsas dispararam no mundo todo. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 4,68%, para alívio dos operadores. No Brasil, a Bovespa teve alta ainda maior, de 7,63%.
O dólar fechou em baixa de 3,3%, cotado a R$ 1,90. Mas, em setembro, a valorização da moeda americana foi de 16,79%. Importadores e empresários da indústria e do varejo temem aumento de custos e ameaçam repassá-lo aos preços. Outra preocupação é com o crédito, que já está mais caro. Produtores rurais afirmam que a supersafra anunciada pelo governo, com aumento de 5% na área plantada, se tornou uma incógnita. (págs. 1,. 13 a 16, 19 e o Editorial ‘Bons sinais da cautela’, na 10)
Irregularidades: TCU embarga obras do PAC no país e em Minas (págs. 1 e 3)
Brasil mais perto da cura de câncer
Pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu pela primeira vez no país isolar e multiplicar células-tronco embrionárias humanas. É o primeiro passo para a produção de tecidos e tratamento de doenças sem cura, como diabetes, o mal de Parkinson e alguns tipos de câncer. (págs. 1 e 22)
Saúde na escola: Programa atende alunos na sala de aula em BH (págs. 1 e 25)
BH pode ficar fora da copa
A reforma do Mineirão para a Copa de 2014 em parceria público-privada (PPP) tem um obstáculo. O terreno é da UFMG e o estádio não tem registro nem licença de operação, o que inviabiliza o investimento de empresas no projeto. (págs. 1, 23 e 24)
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Jornal do Commercio
Manchete: Servidor da Saúde encerra a greve
Em acordo mediado pelo Ministério Público do Trabalho, funcionários prometem trégua por 60 dias. E o Estado, por sua vez, garante que vai detalhar, em um mês, qual o patrimônio da Fundação que comandará os hospitais públicos. (pág. 1)
USP cria linhagem de células-tronco para combater às doenças (pág. 1)
Prefeito de Goiânia é cassado por uso da máquina em 2006 (págs. 1)
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