sábado, 18 de outubro de 2008

O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE

18 de outubro de 2008

O Globo

Manchete: SP: resgate termina com refém em coma
Depois de cem horas de negociações fracassadas, terminou de forma trágica o sequestro de de Santo André (SP): a estudante Eloá Pimentel, de 15 anos, foi baleada na cabeça por seu ex-namorado Lindemberg Fernando Alves, de 22 anos, que a mantinha refém desde segunda-feira. Eloá, em estado muito grave, estava sendo operada ontem à noite para a retirada de uma bala do cérebro. Em entrevista, médicos informaram que a adolescente perdeu massa encefálica e que, numa escala de 1 a 10, o risco de morte é 9. O rapaz também acertou um tiro na amiga de Eloá, Nayara Vieira, mas ela não corre risco de morte. Há divergências em torno do desfecho do caso.

O coronel Eduardo Oliveira, da PM, disse que os soldados só invadiram o apartamento depois de ouvir os disparos. Mas jornalistas de plantão em frente ao prédio disseram só ter ouvido tiros após a explosão que derrubou a porta do apartamento. A família de Eloá deixou o local em estado de choque. O pai de Nayara protestou contra a decisão da PM de autorizar a volta dela ao apartamento um dia depois de ter sido libertada. Especialistas apontaram pelo menos três falhas na operação comandada pela Polícia Militar: demora nas negociações, a entrada de Nayara e o acesso irrestrito de Lindemberg ao telefone, o que permitiu falar com amigos e jornalistas. Ele namorou Eloá por três anos. (págs. 1 e 3 a 8)

Construção deve ter até R$ 3 bi
O governo deve ajudar o setor da construção com até R$ 3 bilhões, estimulando empresas saudáveis a comprar outras em dificuldades. Bancos devem dar crédito imobiliário e só depois receber recursos oficiais. (págs. 1, 31 e editorial “Pontos de apoio”)

Resolução obrigava estado a proteger diretor de presídio
Apesar de o secretário estadual de Administração Penitenciária, César Rubens Monteiro de Carvalho, insistir na afirmação, sem provas, de que o diretor de presídio José Roberto Lourenço, assassinado anteontem, dispensara o único PM que fazia sua escolta, a resolução 007/2003 da própria secretaria tornou obrigatória ao estado proteção de diretores de penitenciárias de segurança máxima.

César Rubens, que durante o enterro ficou distante da família do diretor, disse que, mesmo que Lourenço tivesse escolta, carro blindado e colete à prova de balas teria morrido da mesma forma. “Se formos partir desse princípio de proteção total, todo diretor de unidade prisional tem que ter uma casamata, andar com armadura e caveirão”, disse. O governador Sérgio Cabral assinou decreto obrigando diretores de presídios a usarem carro blindado, colete à prova de balas e escolta armada. (págs. 1, 19 e 20 e editorial “Sem segurança”)

Horário de Verão
No primeiro minuto deste domingo os relógios deverão ser adiantados em uma hora. O horário de verão se estenderá até 15 de fevereiro nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. (pág.1)

Cesar Maia vai deixar mais de 60 obras inacabadas (págs.1 e 13)

Candidatos têm propostas vagas sobre vans ilegais
As propostas dos candidatos Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB) sobre a forma de legalizar o transporte alternativo ainda estão indefinidas. Os dois dizem que pretendem licitar as linhas de vans e integrá-las ao bilhete único, mas ainda não sabem se as linhas serão concedidas a cooperativas ou motoristas individuais.

Hoje cinco mil vans atuam no Rio com autorização provisória da prefeitura e cerca de 16 mil agem ilegalmente. Paes afirma que quer estudar o melhor modelo de concessão para as vans. Gabeira diz que está analisando os detalhes da licitação do sistema de transportes na cidade. (págs. 1 e 13)

Pesquisas: Rio e SP sem mudanças. BH em aberto (págs. 1, 12, 14 e 17)

Paes já defendeu a descriminalização da maconha (págs. 1 e 16)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Kassab mantém vantagem sobre Marta
Pesquisa Datafolha concluída ontem, a nove dias do segundo turno das eleições municipais, mostra que o prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição em São Paulo, mantém sua vantagem ante Marta Suplicy (PT) sua adversária. Se a eleição fosse hoje, 53% dos paulistanos votariam em Kassab e 37% votariam em Marta. O prefeito oscilou negativamente um ponto em relação ao levantamento anterior, feito em 7 e 8 de outubro; a ex-prefeita ficou com o mesmo potencial. A margem de erro da pesquisa, a primeira depois da volta do horário eleitoral é de dois pontos percentuais. Kassab tem o apoio da maior parte dos eleitores que declaram ter votado, no primeiro turno, em Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Maluf (PP) e Soninha (PPS). No Rio, o Datafolha aponta empate técnico entre Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes ((PMDB). Em elo Horizonte, Leonardo Quintão (PMDB) está dez pontos à frente de Márcio Lacerda (PSB).(págs. 1 e Brasil)

Cotidiano
Horário de verão começa à meia-noite; adiante o relógio em 1 hora. (págs. 1 e Esp. C7)

Em debate, colunistas da Folha avaliam cenários para o Brasil
Delfim Netto, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcos Cintra e Marcos Lisboa acham que a crise afetará o país, mas a ação do BC pode reduzir danos. (págs. 1 e B22)

Editoriais
Leia “Ação intolerável”, sobre confronto de policiais em greve, e “A capitulação da Anatel”, acerca do oligopólio. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo vai garantir mercado de imóveis
O governo está preparando medidas para socorrer construtoras que fizeram lançamentos imobiliários e que, em razão da crise internacional, ficaram sem dinheiro e sem crédito para finalizar os empreendimentos. A Caixa Econômica Federal, líder do setor, poderá dar garantias aos financiamentos concedidos por outros bancos. Além disso, vai lançar uma linha de crédito para construtoras. A intenção é evitar que, após a forte expansão dos últimos anos, haja uma crise de confiança no setor - que estima ser necessário um socorro de até R$ 4 bilhões.

Dados do Creci-SP mostram que a venda de imóveis usados no estado de São Paulo caiu 8,55% em agosto sobre julho; na Capital, a queda foi de 19,18%. Mesmo com o agravamento da turbulência, a Caixa vai manter a meta de desembolsar R$ 23,4 bilhões em crédito de habitação neste ano. (págs. 1, B1, B3 e B4)

Hora de ser ganancioso
Warren Buffet: Vou comprar ações americanas. Costumo seguir uma regra simples nas minhas compras: tenha medo da ganância dos outros e seja ganancioso quando os outros se mostrarem temerosos. (págs. 1 e B9)

Hora de gastos públicos
Paul Krugman: A economia real também precisa desesperadamente de ajuda. Para isso, teremos de abandonar preconceitos. Um aumento nos gastos do governo é exatamente o que o médico receitou. (págs. 1 e B12)

Pesquisa dá 16 pontos de vantagem a Kassab
A ofensiva de Marta Suplicy (PT) contra Gilberto Kassab (DEM) não mudou o quadro eleitoral em São Paulo, segundo pesquisa do Datafolha divulgada ontem. Kassab aparece com 53% das intenções de voto e Marta, com 37%. A vantagem de Kassab oscilou de 17 para 16 pontos, variação dentro da margem de erro. (págs. 1 e A7)

Um flagrante de uso da máquina
Material de Kassab é distribuído em clube-escola de gestão municipal. (págs. 1 e A8)

Após conflito, policiais civis em greve hostilizam PM
Um dia após o confronto entre policiais civis em greve e PMs paulistas perto do Palácio dos Bandeirantes, a animosidade continua - agentes civis protestaram em várias cidades do estado e dificultaram o trabalho dos militares. A cúpula da Polícia Civil acha que a greve foi longe demais e quer reconstruir o diálogo com o governo e com seus subordinados. A crise monopolizou a campanha eleitoral em São Paulo. (págs. 1, A4 e C4 a C10)

Notas e Informações: O motim da polícia paulista
A responsabilidade dos policiais amotinados pelo confronto com a PM é inequívoca, por terem se prestado a servir de massa de manobra de políticos a serviço de campanha eleitoral. (págs. 1 e A3)

Artigo: Medicina 'moderna'
Gilberto Dupas: Os partos cirúrgicos se tornaram uma epidemia no Brasil. (págs. 1 e A2)

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Jornal do Brasil

Manchete: Polícia erra e seqüestro acaba em tragédia em São Paulo
Um dos mais longos seqüestros no país terminou mostrando que a polícia não aprendeu as lições do caso do ônibus 174 no Rio, há oito anos. A PM de São Paulo invadiu a casa onde Eloá Pimentel e a amiga Nayara Silva, ambas de 15 anos, eram, há mais de 100 horas, mantidas reféns de Lindemberg Fernandes Alves, ex-namorado de uma delas.

Na troca de tiros, as moças foram baleadas. Ferida na cabeça, Eloá saiu em estado grave - a morte chegou a ser anunciada pelo governo, mas foi desmentida. Os agentes disseram ter atacado ao ouvir tiros e serão investigados: Nayara tinha sido devolvida ao seqüestrador, depois de ser libertada, como parte da negociação. (pág. 1 e País, págs. A12 e A13)

BC fará leilão para financiar exportação
O Banco Central começa, na segunda-feira, a emprestar dólares das reservas internacionais para financiar o comércio exterior. Anunciada pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, a medida ajudará exportadores em dificuldades de conseguir crédito. No balanço da semana, a Bovespa subiu 2,2%. Nos EUA, enquanto a confiança do consumidor registrou a maior queda da história, o megainvestidor Warren Buffet diz que está comprando ações. A Alemanha anunciou pacote de socorro. (pág. 1 e Economia, págs. A18 a A20)

Cresce tensão com o Paraguai
O governo do Paraguai enviou a Brasília nota manifestando desconforto com exercícios militares do Brasil próximos à fronteira. É crescente a tensão entre produtores rurais brasileiros e agricultores paraguaios que protestam contra a mecanização das fazendas. (pág. 1 e Internacional, pág. A22)

Os EUA precisam gastar
Socorrer os bancos é apenas o começo: outros setores da economia também precisam desesperadamente de ajuda. Para isso, vamos ter de deixar alguns preconceitos de lado. Neste momento, preocupações sobre o déficit orçamentário devem ser esquecidas. O que precisamos agora é de mais gastos do governo. (pág. 1 e Economia, pág. A19)

Rio ganha prefeito ecologista
Qualquer que seja o eleito, o Rio de Janeiro terá um prefeito defensor do meio ambiente. Fernando Gabeira e Eduardo Paes começaram suas carreiras políticas no Partido Verde e são igualmente festejados por ambientalistas. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Tudo errado - Desastre em operação anti-seqüestro
Desde a tarde da última segunda-feira o país acompanhava pela TV o drama da adolescente Heloá. Ela estava sob a mira do ex-namorado Lindembergue, dentro do apartamento onde mora, em Santo André. Depois de exaustivas negociações, a PM paulista conseguiu várias promessas de libertação da refém, nenhuma cumprida. Chegou a retirar do cativeiro a também adolescente Nayara que, inexplicavelmente, voltou ao lugar onde o inconformado seqüestrador ameaçava a vida dela e da amiga.

Às 18 hs de ontem, ao vivo na TV, depois de uma mal explicada invasão da polícia, Lindembergue foi preso. Mas Heloá saiu da casa numa maca, com uma bala na cabeça e outra na virilha. Está em coma, no hospital. Nayara tomou um tiro na boca, mas está fora de perigo. (págs. 1, 16 e 17)

Especulação à mostra
Por causa das perdas cambiais de grandes empresas com a crise, CVM baixa resolução obrigando companhias a explicitar no balanço seus investimentos especulativos. (pág. 1 e Tema do Dia, pág. 21)

Nepotismo cara-de-pau no Senado
Para fugir da decisão do STF que proíbe o nepotismo, o Senado inovou: em vez de demitir o parente, retira-se o cargo de direção do servidor titular. Pelo menos 11 diretores e chefes de gabinete utilizaram esse artifício para driblar a moralidade no funcionalismo público. (págs. 1 e 2)

Salários de até R$ 8 mil
Meio Ambiente lança edital com regras de concurso para preencher 200 vagas temporárias destinadas a atender processos do Programa de Aceleração do Crescimento. (págs. 1 e 29)

Adiante o relógio
O horário de verão começa logo mais, à meia-noite, nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Ele vigora até 15 de fevereiro. (págs. 1 e 28)

Treino de risco para bombeiros
Vídeo do curso de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, obtido pelo Correio, revela que candidatos são submetidos aos limites da exaustão. Cenas mostram sessões de afogamento e aspirantes socorridos com oxigênio ao sair do Lago Paranoá. (págs.1, 37 e 38)

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Valor Econômico

Manchete: Varejo e indústria discutem os repasses da alta do dólar
Varejo e indústria discutem alternativas para destravar as negociações de preços das mercadorias afetadas pela alta do dólar. Alguns fabricantes de bens de consumo já trabalham com tabelas que embutem aumentos de 2% a 15%, dependendo do produto, mas o varejo resiste aos reajustes. Para assegurar os negócios, uma prática que começa a ser adotada é condicionar o valor do aumento à evolução futura da taxa de câmbio.

A Lojas Cem informa que os fabricantes da linha branca (como geladeiras) e de móveis querem repassar uma alta de 2% a 3% nos preços de seus produtos nas rendas relacionadas ao fim do ano. No Sul, os varejistas relatam tentativas de repasses superiores, de 8% a 10%, incluindo a linha marrom. Segundo o supervisor-geral da Lojas Cem, Domingos Alves, a empresa confirmou os pedidos, mas o percentual de reajuste efetivo vai depender do nível em que se acomodar a taxa de câmbio. Como as mercadorias serão entregues a partir do fim do mês, elas serão faturadas gradualmente levando em conta o patamar do câmbio.

De acordo com Nabil Sayon, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping Centers (Alshop), as varejistas estão incluindo nos contratos com as indústrias uma cláusula de "rebate" para se proteger. Nesses casos, o fornecedor devolverá a diferença de preços ao lojista caso a taxa de câmbio recue no futuro.

O presidente da rede Berlanda, Nilso Berlanda, com 104 lojas no Sul do país, conta que recebeu pedido de aumento de preços de diversos fornecedores. "Tínhamos muitas encomendas programadas para o fim do ano, mas quando houve o aumento do dólar muitas fábricas ligaram avisando que não manteriam os preços para os pedidos de novembro e dezembro que já haviam sido feitos", diz. Além dos reajustes de até 10% para eletrodomésticos e eletroeletrônicos, ele relata que fabricantes de colchoes, cuja matéria-prima é importada, pediram aumentos em torno de 15%.

Semp Toshiba e Fresnomaq, fabricante dos aspiradores e lavadoras de marca Wap, que suspenderam as vendas na primeira semana de outubro, retomaram os negócios. A Fresnomaq informou que reajustou seus preços. (págs. 1 e A3)

Siderúrgicas de ferro-gusa estão paradas
A desaceleração da economia americana atingiu diretamente as siderúrgicas de ferro-gusa do Brasil, principalmente as da Região Norte. As primeiras vítimas são fabricantes do pólo de Marabá (PA), que enviam aos EUA um quarto das exportações nacionais do produto. Assim como as empresas do pólo do Maranhão, elas têm dificuldades para renovar os contratos de venda.

Duas usinas paraenses, Usimar e Sidenorte, paralisaram as operações por falta de pedidos. "Estamos há mais de um mês aguardando os consumidores que sumiram", afirmou Nail Othmam, gerente de vendas da Usimar. Com o fim de seus contratos em agosto e sem novas encomendas, no fim de setembro a empresa paralisou as atividades e demitiu seus 400 empregados. (págs. 1 e B7)

Brasil é um dos campeões em desigualdade salarial, diz relatório da OIT. (págs. 1 e A2)

Crise se espalha pelos emergentes
A moeda da Coréia do Sul teve sua maior desvalorização em dez anos e levantou suspeitas de que o país poderá ser a primeira vítima asiática da crise financeira mundial, que se alastra pelos países emergentes. O Banco Central Europeu (BCE) socorreu a Hungria e fez parte de empréstimos de até 5 bilhões de euros. Os bancos restringiram a oferta de crédito externo, enquanto a moeda e o mercado acionário têm acumulado perdas.

Hungria e Ucrânia bateram às portas do Fundo Monetário Internacional com pedido de auxílio financeiro para fazer frente à forte dependência de crédito externo, que está desaparecendo. Problemas semelhantes - a dificuldade de bancos domésticos em obter dinheiro de fora - levaram a moeda e a bolsa sul-coreanas a quedas livres. A falta de liquidez desencadeou pedidos para que o governo forneça garantias para as dívidas bancárias, de forma a encorajar os empréstimos interbancários. O governo injetou cerca de US$ 15 bilhões em bancos e empresas locais desde o fim de setembro. Ao contrário da crise de 1997, a Coréia do Sul dispõe agora de reservas elevadas, cerca de US$ 240 bilhões. (págs. 1, A9 e C12)

Corte em compulsório melhora liquidez para bancos pequenos
A redução nos depósitos compulsórios promovida pelo Banco Central é uma medida eficaz para prover caixa de maneira rápida ao sistema financeiro, avalia o Credit Suisse. Estudo feito pelo banco estima que as medidas adotadas até agora liberam R$ 87 bilhões se forem plenamente utilizadas.

Ontem, o Banco Central ampliou ainda mais os tipos de operações que os bancos grandes podem comprar dos pequenos e médios com recursos dos depósitos compulsórios.

Até agora, instituições de maior porte compraram 18 carteiras de bancos menores. A taxa chega a 150% do CDI em comparação com os 115% de antes da crise. (págs. 1 e C1 a C3)

Chineses oferecem desconto para vender calçado ao Brasil
Empresários do setor calçadista prevêem uma nova enxurrada de sapatos chineses no mercado brasileiro. Mesmo com o dólar em alta, as fábricas chinesas querem "desovar" a produção que não conseguem mais vender para os Estados Unidos e a Europa.

"Sei de fabricantes da China que estão dando 40%, até 50% de desconto em seus produtos para desaguar o que está encalhado lá", diz Milton Cardoso, presidente da Vulcabras/Azaléia e da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). "O setor está se mobilizando para pressionar o governo a tomar medidas que impeçam essa invasão". (págs. 1 e B1)

Das cinzas de um vulcão, "o melhor café do mundo"
A microrregião de Poços de caldas, que inclui os municípios de Botelhos e a paulista São Sebastião da Grama, conta com um aliado de porte para a manutenção da cultura cafeeira já centenária. É o vulcão extinto sobre o qual se instalaram cidades e fazendas que ajuda a tornar o café produzido na região tão especial, a ponto de ser considerado um dos melhores do mundo.

Com clima naturalmente frio e terras mais férteis, por conta do maior teor de potássio no solo, é uma área própria para a plantação do borboun amarelo – café arábica top de linha, que confere à bebida sabor e aroma típico e qualidade superior. E são as encostas íngremes das montanhas, inclusive do vulcão, que impedem a expansão da cana-de-açúcar, que tem expulsado tantas outras lavouras tradicionais de suas regiões.

Já a convivência com o eucalipto está por não ser ameça ao plantio do café. Ao contrário, tornaram-se uma alternativa econômica importante, sobretudo por conta do período de baixa dos preços internacionais do café. Gabriel de Carvalho Dias, de tradicional família de cafeicultores, dedica 30% da fazenda Cachoeira aos eucaliptos. (págs. 1 e B12)

UE volta a taxar cereais
A União Européia voltará a cobrar imposto de importação na compra de cereais. A medida terá impacto sobre as vendas de milho do Brasil, que desde o ano passado vinha sendo um importante fornecedor do grão para o bloco. (págs. 1 e B10)

Inadimplência em alta
As dívidas dos brasileiros com os bancos atingiram valor médio de R$ 1.371,35 entre janeiro e setembro, alta de 7,5% sobre igual período de 2007. O valor médio dos cheques sem fundos também cresceu 12%, para R$ 677,64. Segundo a Serasa, a inadimplência no período cresceu 7,6%. (págs. 1 e C1)

Vendas a descoberto
Companhias abertas de baixa liquidez, sentindo-se prejudicadas por operações de venda de ações a descoberto, que consideram especulativas, querem que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) restrinja essas transações. (págs. 1 e D1)

Cérebros importados
Sem mão-de-obra local suficiente para sustentar seu pólo de tecnologia de informação, que já conta com 400 empresas, companhias instaladas em Florianópolis (SC) "importam" profissionais das grandes cidades do país. (págs. 1 e D12)

Sadia aperta o cinto
A Sadia, que perdeu R$ 760 milhões em operações com derivativos, enviou carta a fornecedores solicitando desconto de 10% nos preços até dezembro. A empresa também adiou boa parte dos investimentos previstos para o próximo ano. (págs. 1 e B11)

Gávea na RBS
A Gávea Investimentos, gestora de recursos da ex-presidente do BC Armínio Fraga, assumiu uma participação minoritária de 12,64% no capital da RBS Comunicações, holding que controla 18 emissoras de TV, 25 estações de rádio e 8 jornais no Sul do país. (págs. 1 e B3)

Serra enfrenta conflito entre polícias em SP
Uma manifestação dos policiais civis de São Paulo, que estão em greve por aumentos salariais há 31 dias, degenerou ontem em grave conflito com a Polícia Militar, no acesso ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Houve uso de bombas de efeito moral, balas de borracha e até tiros com munição real. O governador José Serra (PSDB) acusou o PT, a CUT e a Força Sindical de manipular os manifestantes para tirar proveito eleitoral. A oposição estadual reagiu acusando o governador de usar a disputa política para transferir responsabilidades. A tese da motivação eleitoral para a manifestação também circulou na coordenação de campanha pela reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Até o início da noite, o balanço oficial mostrava 12 feridos: dez policiais civis, um cinegrafista e um coronel da Polícia Militar, atingido por uma bala de pistola 9 mm no abdômen. (págs. 1 e A12)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Sadia processará bancos por perdas com câmbio
O presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou ontem que pretende ir à Justiça contra as instituições financeiras com as quais a empresa realizou operações que lhe provocaram perdas de R$ 760 milhões. “Temos indícios de que alguns grandes bancos internacionais induziram a empresa a realizar essas operações e vamos ver se há brechas para que possamos entrar com ações judiciais contra eles”, disse Furlan, sem revelar nomes. “Eles (os nomes) estão aí nos jornais”, afirmou.

O especialista em contencioso cível Eduardo Coluccini Cordeiro, do Azevedo Sette Advogados, vê com reserva a chance de êxito em ações como esta. O Código Civil, diz ele, prevê a revisão de contratos desde que haja um evento imprevisível que cause vantagem excessiva para uma das partes. “Mas não é o caso de um contrato de derivativo que, por sua natureza, é firmado para evitar o risco das variações. Quem o faz demonstra conhecer a possibilidade de ocorrerem essas oscilações”, explicou Cordeiro.

Os bancos que estruturaram operações de derivativos cambiais com perdas a várias empresas, por sua vez, já começaram a renegociar os contratos para evitar conflitos. As novas condições envolvem a conversão da dívida para reais a taxas de juros “compatíveis” e o alongamento do prazo de pagamento de acordo com o fluxo de caixa da companhia. Na avaliação de executivos das instituições financeiras, a maior parte das companhias deve optar pela negociação e não ingressar na Justiça, como pretende fazer a Sadia. (págs. 1 e B14)

Instituições de menor porte recebem novo apoio do BC
O Banco Central fez ontem mais uma tentativa de acabar com a falta de recursos que afeta os bancos de menor porte. Depois de autorizar o uso do compulsório para a compra de carteiras de crédito destas instituições, agora o BC elevou o número de ativos passíveis de serem adquiridos, incluindo papéis como CDB e CDI. O BC foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) a obrigar os bancos que usarem a janela de redesconto a direcionar parte dos recursos para os exportadores. (págs. 1 e B1)

Setor bancário tem prejuízo e consegue mais recursos
Enquanto a nova temporada de balanços revela novas e pesadas perdas no setor financeiro, os dois principais bancos suíços - UBS e Credit Suisse - informaram ontem ter garantido suporte financeiro no total de US$ 74 bilhões. Os recursos virão do governo e de investidores externos, como a Autoridade de Investimento do Catar.

As baixas contábeis sobre investimentos e perdas maiores em relação aos empréstimos do setor de consumo levaram o Citigroup a registrar um prejuízo de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre, o quarto período consecutivo em que o gigante do setor bancário global se desequilibra. O valor total das perdas da instituição com crédito desde o ano passado já atinge US$ 64 bilhões.

O Merrill Lynch, banco vendido para o Bank of America no mês passado, informou prejuízo de US$ 5,1 bilhões entre julho e setembro, quinto trimestre seguido de perdas. (págs. 1 e B3)

Petróleo rompe barreira e fecha em US$ 69,85
Pela primeira vez desde agosto de 2007, o petróleo caiu para menos de US$ 70 fechando a US$ 69,85, ontem em Nova York. A baixa foi influenciada pelo aumento nos estoques nos EUA, em função da redução de demanda. A queda influiu no desempenho das bolsas. O índice Dow Jones chegou a cair, mas fechou em alta de 4,68%. O Ibovespa, que recuou mais de 8%, fechou com queda de 1,06%. (págs. 1, B2, B4 e C5)

IGP-10 tem alta de 0,78% com pressão cambial
A valorização do dólar frente ao real começa a impactar os preços de produtos industrializados. O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) surpreendeu o mercado e registrou alta de 0,78% em outubro, depois de fechar com queda de 0,42% no mês anterior. “A indústria importa muitos insumos. Se o dólar está mais caro, os preços dos importados sobem também”, afirma Gian Barbosa, economista da Tendências Consultoria Integrada. (págs. 1 e A4)

Emprego na indústria deve crescer 4,5%
O nível de emprego na indústria paulista se mantém em crescimento e fechará o ano com alta de 4,5%. Segundo Paulo Francini, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em setembro foram abertas 11 mil vagas no estado. Esta evolução mostra que a crise ainda não afetou o emprego industrial. (págs. 1 e A4)

Anatel aprova fusão Oi-BrT
A avaliação da proposta de mudança nas regras só pôde começar às 19h, quando a agência conseguiu derrubar liminar na Justiça. Por 3 votos a 2, as fusões foram autorizadas e a Oi vai poder comprar a BrT. (págs. 1 e A5)

Cuba diz ter 20 bilhões de barris
O governo cubano afirmou ontem que a ilha pode ter mais de 20 bilhões de barris de petróleo no litoral, volume superior ao já descoberto e estimado para a camada pré-sal brasileira (até 12 bilhões). (págs. 1 e A11)

Orçamento 2009 pode ter cortes
O relator-geral do Orçamento 2009, senador Delcídio Amaral (PT-MS), admitiu que irá sugerir cortes nas previsões de gastos de custeio da máquina administrativa federal. (págs. 1 e A7)

Maior seletividade no crédito
As instituições financeiras estão mais seletivas para fornecer crédito e mais atentas ao endividamento dos consumidores e ao comportamento da renda. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Opinião - Paulo Skaf
Apesar das ligações históricas e culturais, o comércio entre Brasil e Portugal está muito aquém de seu potencial e, por isso, a Fiesp programou uma missão àquele país em 2009. (págs. 1 e A3)

Opinião - Gabriel de Salles
Ao tentarem solucionar apenas os efeitos da crise do subprime, ignorando suas causas, os governantes estão ajudando a promover a globalização do “171”. (págs. 1 e A2)

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Estado de Minas

Manchete: Cai diferença entre Quintão e Lacerda
Pesquisa do Instituto EM Data aponta o candidato a prefeito Leonardo Quintão (PMDB) com 47% das intenções de voto contra 35% de Márcio Lacerda (PSB). Foram ouvidos 1.100 eleitores quinta-feira e ontem. E a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. É a primeira sondagem feita pelo EM Data no 2º turno. Pesquisa realizada pelo Ibope na segunda e terça-feira mostrava o peemedebista com 18 pontos de frente. Pelo levantamento do Em Data, a diferença é de 12 pontos. (págs. 1, 3 e 4)

Não deu para fazer...
Quintão rejeitou na Câmara Municipal projeto que concedia passe livre para deficientes nos ônibus. (págs. 1, 3 e 4)

Investimentos de US$ 5 bilhões são suspensos (pág.1)

Crise afeta vendas de eletrônicos (pág.1)

Horário de verão
Começa à meia-noite, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. Vai durar 119 dias, até 15 de fevereiro. (págs. 1 e 24)

Perigo corre solto em BH e nas estradas (pág.1)

STJ permite novos concursos mesmo com outros em vigor (pág.1)

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