terça-feira, 31 de março de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Orçamento sofre corte maior e IPI da construção é reduzido
Imposto menor para veículos valerá por mais 3 meses. Cigarro fica mais caro

Por causa da crise global e da queda na arrecadação, o governo ampliou para R$ 25 bilhões, R$ 3,4 bilhões acima do valor anunciado há duas semanas, os cortes de gastos de custeio e investimentos no Orçamento deste ano. As áreas mais atingidas são Turismo e Esporte, mas os gastos do setor social também foram reduzidos. O Bolsa Família, por exemplo, foi preservado, mas a Educação perdeu R$ 1,3 bi. O governo também anunciou um pacote de medidas para ativar a economia: prorrogou por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos e exigirá manutenção de empregos no setor. Além disso, zerou a Cofins para motos e cortou IPI de materiais de construção - de cimento a chuveiros elétricos. Para compensar as desonerações - de R$ 1,5 bilhão - foi elevado o IPI sobre cigarros a partir de 12 de maio. O maço ficará até 25% mais caro. (págs. 1, 3 e 19 a 21)

Obama avisa: Chrysler e GM podem quebrar

General Motors e Chrysler receberam ontem um ultimato do presidente Barack Obama: elas terão que se reestruturar rapidamente ou vão quebrar porque a ajuda federal é limitada. Ontem mesmo a Chrysler fechou acordo preliminar para se associar à Flat e terá 30 dias para concluí-lo. A GM, que desde ontem tem novo diretor-executivo, ganhou, 60 dias para apresentar um novo plano. Rick Wagoner, que saiu da GM no domingo, embolsará US$ 23 milhões. (págs. 1 e 22)

Doações: PF omitiu PT, PTB e PV do relatório
A Polícia Federal omitiu do relatório final da Operação Castelo de Areia três partidos - PT, PTB e PV - citados em conversa entre um diretor da Camargo Corrêa e um representante da Fiesp. A PF alegou que não havia provas de que as doações fossem ilegais. Sete outros partidos foram incluídos no relatório. (págs. 1 e 10)

Funcionário tem 8 parentes no Senado
Lotado no gabinete do senador Gilvam Borges, o advogado Fernando Aquino conseguiu emprego para o pai, a mulher, os irmãos, a mulher de um irmão e os cunhados. Sem deixar o Senado, em 2006 ele atuou na campanha de José Sarney, no Amapá. (págs. 1 e 4)

Caminhões de lixo farão menos barulho
Velho alvo de queixas da população, sobretudo á noite, o barulho ensurdecedor dos caminhões da Comlurb está perto de chegar ao fim. O prefeito Eduardo Paes brincou de dirigir um dos 63 novos caminhões de lixo da Comlurb que serão mais silenciosos tanto no tráfego como na compactação do lixo. Os veículos começam a circular ainda esta semana na Zona Sul, na Tijuca e na área litorânea da Zona Oeste. Os novos veículos terão câmbio automático, injeção eletrônica e compactação hidráulica. (págs. 1 e 14)

Doha: árabes apoiam ditador do Sudão
Indiciado pelo Tribunal Penal Internacional, o presidente do Sudão, Ornar Hassan al-Bashir, ganhou apoio dos líderes dos países árabes em Doha. Mas foi criticado publicamente pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por expulsar 13 ONGs do país. (págs. 1 e 25)

Apac e PEU não impedem demolições
Nem a Área de Proteção do Ambiente Cultural, (Apac) do Leblon, nem o Plano de Estruturação Urbana (PEU) têm conseguido impedir a demolição de pequenos imóveis no bairro. O próximo a ir ao chão é a casa de três andares que está na Apac, mas não é tombada, na esquina da Avenida San Martin com a Rua General Venâncio Flores. Ali funcionava o restaurante Salitre. O imóvel vai dar lugar a um prédio de dez andares. (págs. 1 e 18)

Editorial: Abrir as portas
A pauta da sessão de amanhã do plenário do Supremo Tribunal Federal trata de uma questão ampla e estratégica — a liberdade e o aprimoramento dos meios de comunicação como instrumento essencial numa sociedade aberta — em dois processos. Tramitaram paralelamente uma reclamação contra a Lei de Imprensa, impetrada pelo deputado fluminense Miro Teixeira, do PDT, diretamente no STF, e uma ação de contestação da obrigatoriedade do diploma de faculdade de comunicação para o exercício da profissão de jornalista — esta iniciada na Justiça de São Paulo. Por coincidência, os dois processos entraram juntos em fase final de tramitação na última instância da Justiça.

O fato de o Supremo ter decidido julgar as duas ações no mesmo dia reflete a atenção dos ministros com os limites legais que devem reger não apenas o resultado final do trabalho dos meios de comunicação — a notícia e o comentário divulgados por qualquer tipo de meio —, mas também com as regras seguidas na contratação de profissionais que irão atuar numa atividade-chave como o jornalismo. (pág. 6)


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Folha de S. Paulo

Manchete: Governo reduz tributo de carro, moto e construção
Alta de impostos sobre cigarros compensará em parte a perda de receita

o governo federal anunciou novo pacote, que prevê redução de impostos no valor de R$ 1,675 bilhão para estimular a economia e atenuar os efeitos da crise.

As principais medidas dizem respeito ao IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A diminuição da taxa incidente sobre veículos, instituída em dezembro, foi prorrogada por três meses, e 30 itens básicos de material de construção tiveram as alíquotas cortadas para beneficiar o setor. (págs. 1 e Dinheiro)

Corte de gastos feito por Lula atinge R$ 25 bi; Tarso protesta
O bloqueio de gastos do governo em razão da crise chega a R$ 25,4 bilhões no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. É mais do que os R$ 21,6 bilhões divulgados no início e equivale a cerca de 4% do Orçamento.

O corte, o maior do governo Lula, atingiu áreas consideradas prioritárias, como educação, segurança e defesa. Em nota, o Ministério da Justiça protestou, dizendo que a medida pode "imobilizar" a Polícia Federal. (págs. 1 e A4)

Obama nega socorro e pede novo plano a GM e Chrysler
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que as gigantes automotivas GM e Chrysler fracassaram em apresentar planos de restruturação viáveis e não vão receber, por enquanto, os 21,6 bilhões que requisitaram para evitar sua quebra.

A GM terá mais 60 dias e a Chrysler, mais 30 dias para refazer seus planos. Desde dezembro, a primeira montadora recebeu US$ 13,4 bilhões e a segunda, US$ 4 bilhões do governo. (págs. 1 e B10)

Foto legenda: Crise nas ruas
Manifestação que, segundo a polícia, reuniu cerca de 10 mil pessoas, percorre a rua da Consolação (centro de São Paulo); centrais sindicais promoveram protestos em 19 Estados e no Distrito Federal contra as demissões causadas pela crise econômica. (págs. 1 e B4)

BC prevê crescimento menor e inflação abaixo do centro da meta
Órgão reduz de 3,2% para 1,2% a estimativa de alta do PIB neste ano. Previsão para o IPCA é de 4,1%, abaixo dos 4,5%¨perseguidos pelo governo. (págs. 1 e B6)

Editorial: Lula no Chile
Tão perniciosa quanto o ultramercadismo, que lançou a economia global nesta crise, é a ideologia do "governo forte"

Não é sempre que uma cúpula com chefes de Estado produz um atrito do porte do "Por qué no te callas", desferido pelo rei da Espanha contra o presidente da Venezuela no fim de 2007. No mais das vezes, o clima desses encontros transcorre entre o previsível e o soporífero.

Não fugiu do padrão a reunião entre líderes da chamada "governança progressista" -políticos de centro-esquerda que repaginaram o termo original, Terceira Via-, ocorrida neste fim de semana em Viña del Mar, no Chile. O modo de pregações para convertidos só foi ameaçado por um leve incômodo envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice dos EUA, Joe Biden. (págs. 1 e A2)

Editorial: Congresso Pressionado
O Ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, ratificou em decisão liminar a brecha jurídica encontrada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), para destravar a pauta do Congresso Nacional.

Temer utilizou uma manobra interpretativa. Pela regra em vigor desde 2001, as deliberações legislativas ficam bloqueadas se medidas provisórias não forem votadas até 45 dias após seu envio pelo Executivo. Com o abuso de MPs editadas pelo presidente Lula, a agenda do Congresso permanece virtualmente paralisada.
Contra esse bloqueio, Temer anunciou no dia 17 que apenas as sessões ordinárias -que deliberam sobre leis que podem ser objeto de MPs- seriam paralisadas. As sessões extraordinárias, que tratam de emendas constitucionais, por exemplo, não seriam trancadas. A interpretação foi contestada no STF por oposicionistas, que argumentaram não terem sido consultados e temiam não poder mais usar as MPs para barrar votações e pressionar o governo. Ao rejeitar tal mandado de segurança, o STF referendou a conduta de Temer. (pág. 2)




Opinião: Marcos Nobre: Investigação na Camargo Corrêa é o fato político mais importante do ano
Por causa das supostas doações irregulares feitas a candidaturas e partidos, a investigação na construtora Camargo Corrêa poderia dar um empurrão na combalida reforma política.

A investigação é o fato político mais importante do ano. Não é necessário crer em teorias conspiratórias para enxergar suas muitas dimensões e consequências. Só um conchavo político de amplo espectro pode impedir que venham à tona. (págs. 1 e A2)

Opinião: Vinicius Torres Freire: Acordo não deve impedir demissões
O acordo que prevê suspensão de demissões teria "convencido" o governo a prorrogar a redução do IPI. Conversa. As empresas vão ajustar seus negócios, com demissões se necessário.

O imposto sobre fumos não vai cobrir o refresco tributário. Mas não há de onde tirar muito mais dinheiro sem cortar emendas parlamentares e conter gastos extras com servidores. (págs. 1 e B4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Imposto do cigarro compensa parte do pacote de isenções
Preço subirá até 25% para cobrir desoneração a montadoras e construção

O governo anunciou um aumento dos impostos sobre o cigarro, para ajudar a bancar a renúncia fiscal dos incentivos às montadoras de veículos e à construção civil. Com isso, os cigarros vão encarecer até 25%. A medida deverá gerar cerca de R$ 975 milhões, contra perda de R$l,68 bilhão prevista com a desoneração. "É bom para a saúde daqueles que fumam, pois é melhor que sintam no bolso do que no pulmão", disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). "A medida desarruma o setor. Os fumantes passarão a consumir produtos do mercado informal", disse Fernando Pinheiro, da Souza Cruz. O pacote prorroga até 30 de junho a redução do IPI para carros e caminhões. O vice-presidente José Alencar, que assinou as medidas, disse que o objetivo é salvar empregos: "O Brasil será um dos únicos que não terão queda do mercado de trabalho neste ano".

O PACOTE DE ESTÍMULO

Caminhões e carros: prorrogação, até 30 de junho, da redução do IPI, que venceria hoje. Desde dezembro, a medida ajudou o setor a manter as vendas em níveis até superiores aos do primeiro trimestre de 2008.

Motocicletas: o governo reduziu a Cofins de 3% para zero. Em troca, o setor se compromete a não demitir por três meses. Fabricantes calculam queda de 3% no preço das motos com até 150 cilindradas, as mais vendidas.

Material de construção: o pacote prevê a redução, por três meses, do IPI para 30 itens. A maioria deles, sobre os quais incide imposto de 4% ou 5%, terá a alíquota cortada para zero, casos do cimento e da tinta.

Cigarros: aumento do PIS, da Cofins e do IPI para os cigarros. Com a medida, as marcas mais baratas deverão ficar 20% mais caras, e as sofisticadas, 25%. (págs. 1, B1, B3 e B4)

Obama rejeita plano das montadoras
Casa Branca quer cortes mais drásticos na GM e fusão da Chrysler com a Fiat

O presidente dos EUA, Barack Obama, rejeitou os planos de reestruturação apresentados por General Motors e Chrysler, que pedem ajuda adicional de US$ 21,6 bilhões. Obama disse que as montadoras não podem depender de "um fluxo interminável de dólares" do contribuinte. Mesmo assim, não afastou totalmente a hipótese de ajudá-las. A GM ganhou prazo de dois meses para refazer seus planos de ajuste, prevendo redução drástica no total de marcas e na rede de concessionárias. Já a Chrysler terá um mês para consumar fusão com a italiana Fiat. A situação das montadoras provocou queda das bolsas pelo mundo. (págs. 1 e B8)

Planalto tem 67 diretores e mais de 100 chefes
O Palácio do Planalto tem 67 diretores e mais de 100 chefes, informam os repórteres Tânia Monteiro e Leonencio Nossa. Só na área de comunicação, o total de diretorias foi de 2, em 2003, para 12 - o dobro da Petrobrás. Na Casa Civil, há 7 diretores. Juntas, as Secretarias de Relações Institucionais e de Assuntos Estratégicos têm 8. No gabinete do presidente Lula, trabalham 13 chefes. (págs. 1 e A4)

Ministros do STF apontam excessos na operação da PF
Ministros do STF ouvidos pelo Estado avaliam que a Operação Castelo de Areia mostra que continuam a ocorrer excessos nesse tipo de investigação da Polícia Federal. Segundo eles, é inadmissível a prisão de suspeitos apenas para ouvi-los. Um e-mail interceptado despertou suspeita da PF. A mensagem mostra doação de R$ 25 mil da Camargo Corrêa ao PT de São Paulo. (págs. 1 e A8 a A10)

Lei da coleta de espécies para estudo está travada
O projeto de lei que regulamenta o acesso aos recursos genéticos da biodiversidade brasileira está parado no governo, após seis meses em consulta pública. Cientistas querem se desvencilhar das amarras da medida provisória que desde 2001 pune a biopirataria. Sem a nova legislação, eles não obtêm licença para estudar as plantas de que precisam. (págs. 1 e A14)

Mais jovens iniciam vício pela cocaína, diz pesquisa
O crack e a cocaína podem ter virado a porta de entrada para crianças e adolescentes se tornarem dependentes. Levantamento nos centros estaduais de atendimento de São Paulo mostra que, em dois anos, o número de menores em tratamento intensivo para esses dois tipos de tóxico passou de 179 em 2006 para 371 em 2008, uma alta de 107%. (págs. 1 e C1)

Paquistão: terror, caos e 12 mortes
Um grupo de atiradores invadiu uma academia policial em Lahore (Paquistão), atirando de modo indiscriminado e mantendo reféns por oito horas. Após intenso combate, a polícia paquistanesa retomou o controle do local e prendeu quatro suspeitos. No total, 12 pessoas morreram, entre as quais três terroristas que se explodiram. No início de março, sete pessoas foram mortas em ataque contra atletas do Sri Lanka em Lahore. (págs. 1 e A11)

Notas e informações: Lição de direito do TRF
Por repetir os mesmos equívocos técnico-jurídicos da Operação Satiagraha - que confundiu simples indícios de corrupção com provas materiais inequívocas, fundamentou denúncias criminais com base em meras suspeições e evidenciou uma ação articulada entre o delegado, o promotor e o juiz de primeira instância responsável pelo caso -, a Operação Castelo de Areia não resistiu ao primeiro recurso interposto pelos indiciados na segunda instância da Justiça Federal. A operação foi desmontada pela desembargadora Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, que aproveitou o recurso impetrado por sete pessoas que haviam sido presas preventivamente, na última quarta-feira, para dar uma exemplar lição de direito à Polícia Federal, ao Ministério Público e, principalmente, ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, que autorizou as duas operações.

Em despacho de 67 páginas, a desembargadora afirma expressamente que De Sanctis agiu com base somente em "meras conjecturas" e que foi conivente com "arbitrariedades, caprichos e humilhações gratuitas" a réus que "são primários, possuem famílias constituídas, residência fixa e ocupação lícita", desprezando o princípio constitucional da presunção de inocência. "A decisão se revelou repetitiva, não distinguindo excesso de fundamentação com fundamentação idônea (...) Observo que as palavras mais referidas no despacho revelam meras conjecturas. (págs. 1 e A3)

Opinião: Arnaldo Jabor: Vergonha pode nos trazer sabedoria
Esse milhão de casas vai esbarrar em tudo o que o governo Lula deixou de fazer: simplificação de burocracias, privatizações, concessões públicas urgentes e reformas. (págs. 1 e D8)

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Jornal do Brasil

Manchete: Para fugir do desemprego
Fazenda reduz impostos para construção e carros

Renúncia tributária é condicionada ao emprego

Obama cria incentivos fiscais para as montadoras

Os governos do Brasil e dos EUA anunciaram novas medidas para conter a sangria de empregos. No Brasil, o Ministério da Fazenda divulgou um pacote que deverá resultar na renúncia de R$ 1,5 bilhão: além de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos, o plano prevê o mesmo para materiais de construção. A contrapartida é a manutenção dos empregos nas fábricas. Nos EUA, o presidente Barack Obama anunciou incentivos fiscais para as montadoras e induziu a fusão da Chrysler com a Fiat. (págs. 1, Economia A16 a A18)

31 de março, há 54 anos... Golpe de 64 - O dia em que o país mudou de rumo
Políticos, historiadores e personagens do movimento militar iniciado no fim de março de 1964 revisitam o golpe que deixou o Brasil longe da democracia por longos 21 anos. (págs. 1 e Tema do Dia A2 a A5)

Os gastos do SUS com a violência
Um novo detalhamento de cálculos do IBGE e do Ipea aponta: os gastos da saúde pública no Brasil com agressões e acidentes são pelo menos quatro vezes maiores e chegam a R$ 2 bilhões. A pesquisa levou em consideração também o atendimento ambulatorial. (págs. 1 e País A6)

E a Câmera?
Desde 2007, os óculos da estátua de Carlos Drummond de Andrade, no calçadão de Copacabana, já foram roubados cinco vezes. Seria um prejuízo de R$ 15 mil para os cofres públicos se o monumento não tivesse sido adotado por uma empresa de fabricação de lentes de grau. No entanto, mesmo com tantos casos de vandalismos, a Prefeitura ainda não decidiu se instala uma câmera para vigiar o poeta de cobre que encanta os turistas. (págs. 1 e Cidade A10)

Editorial: Montadoras em busca de fôlego
Continua agitada e repleta de novidades a novela da vida real que se desenrola há meses nos Estados Unidos, protagonizada pelas montadoras e o governo. Só nos capítulos mais recentes, a General Motors confirmou a demissão de seu diretor-presidente, a Chrysler e a Fiat anunciaram uma aliança global e o presidente Barack Obama enquadrou as gigantes do setor automobilístico, exigindo-lhes celeridade nos planos de reestruturação. Enquanto isso, no Brasil, a equipe econômica reduziu a carga tributária sobre carros, motos e caminhões, para facilitar as vendas. Por diferentes caminhos, os governos tomam as rédeas da situação, na tentativa de evitar o desemprego e salvar do abismo um setor crucial da economia. (pág. 8)

Sociedade Aberta
Caio Navarro de Toledo
Historiador
Após 45, não se fez justiça às vítimas da ditadura. (págs. 1 e A5)

Jarbas Passarinho
Ex-ministro
O Brasil fio salvo de virar uma imensa Cuba. (págs. 1 e A3)

Renato Simões
Deputado estadual (PT-SP)
Neste aniversário, vence o direito à memória ou à mentira? (págs. 1 e A9)

Cláudio Cenz
Empresário
A redução do IPI para a construção traz efeitos imediatos. (págs. 1 e A17)

EUA: reputação está na lama
Paul Kraugman
The New York Times

Os EUA, há dez anos, era o país que sabia cuidar das finanças, todos pensavam. Uma das perdas da crise atual é a reputação da América, com capital que perdemos quando, nós e o mundo, mas precisamos. (págs. 1 e Economia A18)

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Correio Braziliense

Manchete: Lula manda conta da crise para fumantes
Pela manhã, o susto. Pesquisa de opinião do CNT/Sensus mostrou queda de 10 pontos percentuais — 72,5% em janeiro para 62,4% em março — na avaliação positiva do governo. Segundo os analistas, a onda de demissões desde a explosão da crise é a causa da perda de apoio à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Horas depois, a reação. O ministro Guido Mantega anunciou uma série de medidas para estimular a economia e recuperar o mercado de trabalho. O IPI sobre material de construção caiu a zero, assim como a Cofins taxada nas motocicletas. Empresas de papel e celulose, material de escritório e a indústria de brinquedos receberam isenção de Imposto de Renda. Ao todo, estima-se em R$ 700 bilhões os impostos que deixarão de entrar no cofre. A ideia é que ao baratear os produtos, o consumo se aqueça e promova crescimento. Para tapar o buraco do caixa, no entanto, as alíquotas do IPI e Cofins sobre os cigarros subirão a partir de 1º de maio. O próprio governo diz que o preço final do maço vai crescer 25%. (págs. 1, 4, Tema do Dia e 14 a 16)

Enquanto isso, nos EUA: Obama intervém na GM e na Chrysler
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, força a saída do presidente da GM, a união entre a Chrysler e a Fiat e marca data para que as indústrias apresentem um plano de reestruturação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, interveio ontem na indústria automobilística do país. Num único dia, forçou a saída do presidente-executivo da General Motors (GM), Rick Wagoner, determinou que a Chrysler aceite a associação proposta pela Fiat e fixou prazos para que as duas montadoras norte-americanas apresentem um plano factível de restruturação dos negócios. Só assim, o governo voltará a injetar recursos públicos nas companhias. Ao mesmo tempo, o presidente não descartou a simples falência delas. Ao proteger as operações da cobrança dos credores, prometer a injeção de mais dinheiro e tomar decisões administrativas, Obama decretou uma espécie de concordata informal das duas empresas. (págs. 1 e 18)

R$ 1 mil diários por estes microfones
O Senado tem 10 mil funcionários. Parte deles integra a Secretaria Técnica Eletrônica. Mesmo assim, a Casa vai contratar em 14 de abril uma empresa para testar diariamente os microfones usados por Suas Excelências só três vezes por semana no plenário, que às segundas, como ontem, e sextas costuma ficar vazio. Para tanto, pagará R$ 379 mil por ano. O trabalho precisa ser terceirizado, explica a assessoria de imprensa, porque o pessoal próprio anda sobrecarregado. (págs. 1 e 2)

E Fraga despediu a empregada…
Funcionária da Câmara que prestava serviços na casa do atual secretário de Transportes do DF é exonerada

A Câmara anunciou ontem a exoneração da empregada doméstica que era lotada no gabinete do deputado Osório Adriano (DEM-DF), mas prestava serviços na casa do deputado licenciado e atual secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga. A denúncia, feita pelo jornal Folha de S. Paulo, levou o secretário a diversas contradições ao tentar explicar a função exercida por Izolda da Silva. “Ela faz serviços de mandados. Vai ao banco, faz limpeza. São serviços domésticos. Aliás, serviços externos”, disse. Fraga afirmou ainda que a empregada dormia em sua casa porque morava na zona rural. (págs. 1 e 5)

Reforço na segurança
Governador Arruda coloca mais 1,8 mil policiais nas ruas e afirma esperar resultados:“Fiz tudo que a polícia me pediu. Agora exijo uma resposta.” (págs. E 27)

Violência doméstica
Balanço mostra que ainda há resistência à Lei Maria da Penha: apenas 2% dos agressores vão para a cadeia. (págs. 1 e 11)

O córrego da prostituição
Meninas de até 12 anos fazem sexo por R$ 15 na região da Fercal. Exploração ocorre em local chamado Córrego da Sucuri. (págs. 1 e 25)

Visão do Correio :: Distorções na máquina
Firmou-se no imaginário nacional, especialmente ao longo da última década, a ideia de que a máquina pública brasileira é inchada. Agora o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que o número de servidores, em relação à população economicamente ativa, é menor do que o de países desenvolvidos e de emergentes. Aqui, a proporção é de 10,7%. Nos Estados Unidos, de 14,8%; na Alemanha, 14,7%; na Argentina, 16,2%; no Paraguai, 13,4%; na Índia, 68,1%. Mais: desde 1995, essa média recuou no Brasil — era de 11,3% naquele ano.

A notícia é boa, mas não torna o Estado menos perdulário. Estão aí, a comprovar a assertiva, os escândalos recentes do Congresso Nacional, com a descoberta de 181 diretores no Senado Federal e 104 na Câmara dos Deputados. (págs. 1 e Opinião 20)

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Valor Econômico

Manchete: Quatro grupos avaliam a compra do Ponto Frio
Vanessa Adachi, Claudia Facchini e Graziella Valenti, de São Paulo

Ao menos quatro grupos estão avaliando a possibilidade de compra da rede Ponto Frio, a segunda maior varejista do setor de eletroeletrônicos do país: Lojas Americanas, Magazine Luiza, Pão de Açúcar e um consórcio formado pela empresa nordestina Insinuante e pela BTG, do ex-banqueiro André Esteves. Além disso, há informações no mercado de que a GP Investimentos e o Wal-Mart também teriam interesse na empresa, que é controlada por Lily Safra, viúva do banqueiro Edmond Safra, e seu filho, Carlos Monteverde.

Entre as empresas interessadas, Lojas Americanas e Pão de Açúcar tenderiam a fazer propostas envolvendo troca de ações. No caso do Magazine Luiza e da Insinuante, as ofertas devem envolver pagamento em dinheiro, uma vez que são empresas de capital fechado e os controladores buscam uma porta de saída. (págs. 1 e D1)

Saem novas isenções de impostos
Vanessa Dezem e Sergio Lamucci
De São Paulo

O governo anunciou, ontem, medidas adicionais que elevam em R$ 1,5 bilhão a renúncia fiscal prevista para este ano: confirmou a extensão por três meses da redução do IPI dos automóveis, eliminou esse imposto para vários materiais de construção e a Cofins das motocicletas e ampliou a lista dos setores considerados prioritários na área da Sudam.

Para compensar a perda de receita, haverá aumento do IPI e do PIS/Cofins sobre cigarros. A tributação maior pode causar alta de até 0,26 ponto percentual na inflação. Mas isso não preocupa os analistas, porque o cenário para a inflação é extremamente benigno. O IGP-M de março teve deflação de 0,74%. (págs. 1, A4 e A10)

Lula mostrará vantagens do etanol ao G-20
Mauro Zanatta
De Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva em sua bagagem para as conversas com dirigentes dos 20 países mais influentes do mundo, amanhã, em Londres, uma pesquisa inédita da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostrando como a produção de etanol pode reduzir de forma drástica as emissões de gases causadores do efeito estufa. O levantamento da unidade Embrapa Agrobiologia, de Seropédica (RJ), mostra que, considerando todo o processo de produção da cana-de-açúcar, fabricação do álcool, transporte, distribuição e comercialização, o etanol brasileiro reduz em 73% a emissão total de CO2, do óxido nitroso e do gás metano. Se toda a frota brasileira fosse movida a etanol, haveria economia de 53,3 milhões de toneladas em um ano. (págs. 1 e B16)

GM ruma para recuperação judicial e cisão
Jeffrey McCracken, John D. Stoll e Neil King Jr.
The Wall Street Journal

O principal plano do governo dos Estados Unidos para consertar a General Motors e a Chrysler - salvo alguma surpresa de última hora - é de usar pedidos de recuperação judicial para livrar as montadoras de seus maiores problemas, uma indicação da profundidade com que o governo está mergulhando na indústria automobilística americana.

A medida dividiria, em essência, as empresas em partes "boas" e "ruins". A Casa Branca gostaria que a GM "boa" fosse uma empresa independente. A Chrysler "boa" seria vendida à Fiat. Com a ação dura do governo, as bolsas americanas levaram um tombo e puxaram outros mercados ao redor do mundo. O Dow Jones caiu 3,3% e o Índice Bovespa, 2,99%. (págs. 1 e C4)

Pernambuco dá largada à corrida eleitoral
Carolina Mandi
De Itapetim (PE)

É noite de domingo e poucos moradores de Itapetim, a 414 quilômetros do Recife, estão à frente da TV. Numa praça com pista de corrida, quadras e aparelhos, os moradores acorrem à inauguração da terceira academia de ginástica da cidade. Ao contrário das outras, esta não cobra pelas aulas nem pela consulta com o nutricionista. Batizada de Academia das Cidades, transformou-se na coqueluche da caravana pelo sertão do governador Eduardo Campos (PSB), que deu partida à campanha pela reeleição, numa disputa em que pode vir a enfrentar o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), cujos aliados iniciaram ontem, no Recife, outra caravana, para fiscalizar as obras do PAC. (págs. 1 e Al8)

Brasil agora atrai bancos chineses
Assis Moreira e Janes Rocha
De Genebra e Buenos Aires

O Banco da China, um dos maiores do mundo em capitalização, deve abrir este ano, em São Paulo, sua primeira agência na América do Sul, ao mesmo tempo em que Pequim prepara linhas de financiamento acima de US$ 11 bilhões para o Brasil Estudo do Deutsehe Bank aponta, em meio à crise global, urna segunda onda de investimentos chineses no exterior, puxada por bancos e seguradoras - e o Brasil está na mira. Também o Banco de Desenvolvimento da China, outro peso-pesado estatal, planeja se instalar no país, mas ainda precisará obter autorização para isso.

Em outra iniciativa na região, o Banco Popular da China fez um pré-acordo com o Banco Central da Argentina para realizar um swap de reservas no valor equivalente a US$ 10 bilhões. A operação tem prazo de três anos e o modelo é o mesmo da linha de US$ 30 bilhões oferecida ao Brasil pelo Fed. (págs. 1 e Cl)

Código ambiental de Santa Catarina desrespeita legislação federal
Vanessa Jurgenfeld
De Florianópolis

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina decide hoje a aprovação de um novo código ambiental para o Estado. A proposta, que tem apoio da maior parte dos partidos políticos, prevê entre os seus pontos mais polêmicos a redução da distância da produção no campo em relação às matas ciliares, consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP). (págs. 1 e A10)

Citi ainda liderou ranking de captações no ano passado
Cristiane Perini Lucchesi
De São Paulo

Com atuação forte no ainda movimentado primeiro semestre do ano passado, o Citigroup conseguiu assumir posição de grande destaque no "Ranking Valor de Captações Externas" de 2008. Ficou em primeiro lugar no ranking principal, posição que havia conquistado também em outros anos difíceis do mercado, em 2001 e em 2004. O banco assim tornou-se tricampeão por esse levantamento. (págs. 1 e Captações externas)

Crise carioca
Estudo do Sindicato de Bares e Restaurantes do Município do Rio de Janeiro (SindRio) mostra que em dez anos o número de hotéis, restaurantes e bares na cidade diminuiu 2,4% por causa da violência e do enfraquecimento da economia local. (págs. 1 e A12)

Reflexos da "marolinha"
A avaliação positiva do governo Lula caiu de 72,5% para 62,4% desde janeiro, segundo pesquisa CNT/Sensus. É o pior resultado desde setembro. A avaliação pessoal do presidente também caiu de 84% para 76,2% em março. (págs. 1 e Al3)

Pubs ameaçados
A recessão na Grã-Bretanha ameaça a sobrevivência dos tradicionais pubs britânicos, que hoje baixam as portas às dezenas todas as semanas. Entre as medidas que poderiam socorrer o setor estão uma menor regulação e corte de impostos. (págs. 1 e A15)

Sob medida
Apesar da crise, a produção de ovos de Páscoa deve chegar a 24 mil toneladas neste ano, um crescimento de 4,8% em relação ao ano passado, sendo três mil toneladas por fabricantes artesanais. "O ovo se ajusta ao tamanho do bolso”, diz Getúlio Ursulino, presidente da Abicab. (pág.1)

Colombo revê estratégia
A gaúcha lojas Colombo, uma das maiores varejistas de eletroeletrônicos e móveis do país, reduziu seu plano de expansão para 2009. A intenção agora é abrir dez lojas - duas em São Paulo - com produtos de maior valor. (págs. 1 e B5)

Expansão da Vilebrequin
Com 76 lojas no mundo, a unidade da grife francesa de calções de banho Vilebrequin no Shopping Iguatemi, em São Paulo, foi a campeã de vendas em dezembro. Em maio, inaugura mais duas lojas no país, no Leblon e em Salvador, diz o CEO Thierry Prissert. (págs. 1 e B5)

Negócios "offshore"
A Wilson, Sons e a Magallanes Navegação Brasileira, controlada pelo grupo chileno Ultratug, formaram uma joint venture para atuar no apoio a plataformas de petróleo e gás. A nova empresa nasce com seis embarcações em operação e outras seis em construção. (págs. 1 e B13)

Investimento em álcool
A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool, com três projetos para construção de usinas no Triângulo Mineiro, associou-se ao fundo americano ZBI Ventures, que pagou R$ 47,8 milhões por um terço do negócio. (págs. 1 e Bl6)

Editorial: Há boas chances de avanço na reunião londrina do G-20
A importância da próxima reunião do G-20, que reúne os países que criam 85% da riqueza mundial, pode ser melhor entendida em negativo. O fracasso da tentativa de união para combater a crise mundial colocará o mundo diante de forças recessivas maiores do que quaisquer soluções nacionais poderiam vencer. É por isso que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, coloca como meta para a reunião que marcará sua estreia na arena global a transmissão de uma "forte mensagem de união ao mundo". Os desafios colocados são enormes, uma coordenação internacional que alcance consenso em uma crise de tal profundidade nunca existiu com essa amplitude em tempos de paz, e a maior tempestade econômica global exige uma reação global. O G-20 prova que as instituições de Bretton Woods, como o Fundo Monetário Internacional, ficaram ultrapassadas, e sua capacidade de criar acordos é um fator relevante para que se vença a crise e possa se criar um arranjo multilateral mais justo para o futuro. (pág. Opinião 16)


Ideias
Delfim Netto: de 2006 a 2008, investimentos públicos cresceram a taxas reais superiores a 25% ao ano. (págs. 1 e A2)

Ideias
Dominique Strauss-Kahn: mudanças estão em curso no FMI. (págs. 1 e Al7)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Governo deixará de arrecadar R$ 3,07 bi com renúncia fiscal
Redação
Brasília e São Paulo

O pacote tributário anunciado ontem pelo governo federal provocará uma perda de R$ 3,075 bilhões em impostos no ano. A prorrogação até junho dos cortes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para caminhões, carros e caminhonetes, somada à desoneração de material de construção, redução de Imposto de Renda para indústrias da Zona Franca de Manaus, entre outras medidas, será compensada, em parte, pelo aumento de 23,5% no IPI sobre cigarros. De acordo com o subsecretário de tributação substituto da Receita Federal, Sandro de Vargas Serpa, o aumento dos tributos para indústria do tabaco renderá R$ 975 milhões ao governo este ano.

O ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Miguel Jorge, destacou que a prorrogação do IPI das montadoras será condicionada à manutenção dos empregos por parte dos fabricantes de veículos e motos. “A alíquota menor deve estimular as vendas, de modo que o setor consiga manter empregos e a geração de renda”, disse. (págs. 1, A14 e A15)

Obama quer que Chrysler e GM peçam concordata
Agências internacionais
Washington e Detroit (EUA)

A General Motors e a Chrysler têm prazos, respectivamente, de 60 e 30 dias para apresentar uma estratégia “viável” de recuperação ao governo norte-americano. À Chrysler, o presidente dos EUA, Barack Obama, deu outro ultimato: a montadora tem um mês para concluir o acordo de cooperação com a italiana Fiat.

Obama sugeriu ainda que as duas montadoras peçam concordata, conforme o capítulo 11 da lei americana de falências, para que saiam “mais fortes da crise, livrando-se rapidamente de suas velhas dívidas”. (págs. 1, A12, A13, B2 e B4)

Sudene estuda ajuda à Azul e à Trip na compra de jatos
Etiene Ramos e Ana Paula Machado
Recife e São Paulo

A Azul Linhas Aéreas e a Trip estudam a compra de novas aeronaves, entre elas jatos da Embraer, para operação em rotas no Nordeste, ligando capitais a importantes cidades do interior. A compra, no entanto, depende de um projeto da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que será apresentado em abril.

Deverá ser criada uma linha de financiamento para a compra de aeronaves com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), gerido pela Sudene, e do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). (págs. 1 e C3)

Velhas redes de supermercados estão de volta
Cintia Esteves
São Paulo

Os gigantes Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart podem participar de uma nova onda de aquisições bastante diferenciada, na opinião de analistas. Estas varejistas, que no passado saíram às compras das redes médias, podem repetir este movimento em breve. Com a diferença que, desta vez, elas têm grandes chances de voltar a negociar com os mesmos empresários cujas redes foram vendidas no passado.

A nova empreitada de José Carrillo Canhadas, antigo dono da rede de Supermercados Rossi Monza, de São Paulo, ilustra bem esta tendência. Em 2007, o empresário vendeu sua cadeia de lojas para o grupo Pão de Açúcar. Em abril, ele voltará ao mercado com a inauguração da primeira loja da rede Rossi New, em Ferraz de Vasconcelos (SP). “Podemos usar o nome Rossi desde que não seja na mesma região de um antigo Supermercado Rossi Monza”, explica Péricles Müller, gerente-geral do Rossi New. “Veremos uma segunda onda de aquisições neste setor”, diz Eduardo Terra, especialista em varejo. (págs. 1 e C1)

Governança nas empresas tem falhas graves
Luciano Feltrin
São Paulo

O padrão de governança corporativa praticado pelas companhias brasileiras possui falhas tão ou mais sérias do que a escolha equivocada de seu conselho de administração. As empresas abertas do País falham pela comunicação inadequada dos riscos a que estão sujeitas e pelo uso, considerado insuficiente, dos comitês de auxílio ao conselho.

As conclusões são de um estudo realizado pela KPMG em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), que será utilizado para discutir a revisão do regulamento do Novo Mercado. “A pesquisa demonstra algo que já nos era intuitivo: as empresas não fazem mais que cumprir o básico”, critica Alexandre Di Miceli, da Fipecafi. (págs. 1, B1 e B2)

Meio ambiente
Cresce o mercado paralelo de crédito de carbono (págs. 1 e B12)

Siderurgia
A CSN, de Benjamin Steinbruch, prevê a retomada da demanda no 2° semestre (págs. 1 e C5)

Preços
IGP-M registra deflação de 0,74% em março (págs. 1 e A5)

Sadia mais próxima da Perdigão
O presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, voltou a afirmar que a companhia está em negociação com a Perdigão e que uma definição deve acontecer em junho. (págs. 1 e B11)

Açúcar guarani cresce na África
A Açúcar Guarani está duplicando a área cultivada com cana-de-açúcar em Moçambique para 30 mil hectares. O aumento vai se refletir em 3 anos quando a empresa deve produzir 220 mil toneladas de açúcar. (págs. 1 e B11)

Seguradoras investem em mídia
Apesar da crise global, as seguradoras brasileiras esperam crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB), devido à solidez do mercado. Por isso, aumentam os investimentos em mídia. (págs. 1 e C8)

Eletrobrás lucra com distribuição
A Eletrobrás decidiu apostar na área de distribuição de energia, setor que rendeu para as empresas do grupo um lucro de R$ 53 milhões em 2008, ante o forte prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no ano anterior. (págs. 1 e C4)

Consolidação no setor de celulose
A consolidação da VCP com a Aracruz traçará uma nova capacidade de produção de celulose de fibra curta e criará uma líder global. Este é o principal resultado da reorganização do setor no País. (págs. 1 e investnews.com.Br)

Editorial: Queda na arrecadação deixa os investimentos em risco
O governo enfrenta uma difícil escolha: sem espaço para aumentar imposto, será preciso enfrentar a queda da arrecadação com mais investimentos que gerem emprego e renda. Só desse modo será possível recuperar receita. Porém, para trilhar esse caminho, o governo terá que cortar gastos. Nesse ponto aparecem os problemas e começam a surgir as soluções mágicas, como a de cortar a meta do superávit primário. Merece toda a atenção que a equipe econômica, devidamente respaldada pelo presidente Lula, rejeitou esse caminho de alterar o mecanismo de fazer economia para facilitar o pagamento dos juros da dívida interna. No entanto, sobra sempre a dura realidade: como manter os necessários investimentos do setor público quando a arrecadação despenca?

Vale notar que na última revisão orçamentária o governo decidiu efetivamente manter a meta do superávit primário em 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB). A única mudança apontada foi a de direcionar os gastos que representam 0,5% do PIB para o Projeto Piloto de Investimentos (PPI), um conjunto de projetos prioritários que o governo considerava que não deveriam impactar no cálculo do superávit. (pág. A2)


Opinião: Luiz Guilherme Piva
Não estamos diante de uma situação de sair do equilíbrio para a dinâmica do desenvolvimento. Estamos em pleno ar, doidos no espaço, como que caindo num poço. (págs. 1 e A3)

Opinião: Costábile Nicoletta
Os jornais contam todos os dias a história do mundo. Poderiam ser usados como material de apoio pedagógico nas escolas públicas e cativar um público que hoje não lê nem gibis. (págs. 1 e A3)

A influência dos EUA não é mais a mesma
Paul Krugman
The New York Times

Os Estados Unidos eram em 1999 os líderes inquestionáveis na resposta global à crise. Esse papel de liderança só em parte se baseava na riqueza americana; refletia a estatura da América como papel-modelo.

Os EUA, todos pensavam, eram o país que sabia cuidar das finanças. Mas esses tempos mudaram. De fato, atualmente, os EUA parecem mais o Bernie Madoff dos fundamentos econômicos: por muitos anos foi visto com respeito, mesmo admiração, mas revelou-se uma fraude o tempo todo. (págs. 1 e A18)

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Estado de Minas

Manchete: Fim de auxílio para moradia divide o TCE
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) estuda extinguir o auxílio-moradia de R$ 2.519,55 por mês pago aos sete conselheiros, que moram em BH. Considerado ilegal pelo MP, o benefício ajuda a engordar vencimentos que chegam a mais de R$ 50 mil mensais. O assunto rachou a corte. Quatro integrantes – Eduardo Carone, Adriene Andrade e os auditores Gilberto Diniz, que ocupa o cargo temporariamente, e Licurgo Mourão (substituto de Simão Pedro) – querem o fim do adicional. Mas o presidente do TCE, Wanderley Ávila, o vice, Antônio Andrada, e Elmo Braz, que foram indiciados pela Polícia Federal por corrupção passiva, ameaçam recorrer à Justiça para manter o que consideram “direito adquirido”. (págs. 1 e 3)

Medo na volta da escola
Centenas de universitários do interior que estudam em BH são obrigados a se arriscar todo dia de van ou ônibus em trechos obsoletos das BRs 040, 262 e 381, as mais perigosas no estado. São pelo menos 765 alunos só nas rotas de Itabirito, Itaúna e Caeté, na qual, no dia 11, um acidente matou seis pessoas. (págs.1, 20 e 21)

Obras terão menos burocracia
Proposta da prefeitura de BH simplifica regras e reduz de 2 anos para 45 dias prazo de liberação de projetos de construção (págs. 1 e 19)

Material de construção e motos ficam mais baratos
Além da prorrogação da redução do IPI sobre automóveis por mais três meses, o governo anunciou a queda do imposto também para 30 itens de material de construção. A Cofins sobre motos de até 150 cilindradas foi reduzida de 3% para zero.

- BC corta de 3,2% para 1,2% a previsão do PIB de 2009

- Imposto sobre cigarro sobe para compensar perdas (págs. 1, 11 e editorial, na 8)

DNIT briga por privilégios
Órgão se recusa a repassar à União os imóveis alugados por preços irrisórios a engenheiros. A disputa foi parar na Advocacia-Geral da União. (págs. 1 e 22)

Reportagens do EM: Presidente do STF destaca o valor da imprensa livre (págis. 1 e 27)

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Jornal do Commercio

Manchete: Fumante banca moto e cimento mais baratos
Arrecadação com cigarro, que ficará mais caro, vai compensar benefício fiscal para materiais de construção e motocicletas

O governo federal colocou na conta dos fumantes a perda de arrecadação causada pela redução de impostos para os setores automotivo – agora incluindo um benefício fiscal para motocicletas – e de construção anunciada ontem. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a renúncia fiscal das medidas – como a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por três meses para uma série de materiais de construção e a prorrogação da redução do mesmo imposto para veículos – será de R$ 1,68 bilhão em 2009, valor que não será totalmente compensado pela elevação sobre cigarros, que resultará na arrecadação de R$ 975 milhões. (pág.1)

Popularidade de Lula cai na CNT/Sensus
Governo Lula sofre nova queda

Repetindo os levantamentos divulgados semana passada, crise econômica vem atingindo a popularidade do presidente. Aprovação caiu de 72,5% para 62,4%

Os reflexos da crise global na economia brasileira voltaram a provocar abalo na avaliação do governo e na aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula – cuja queda já fora observada na semana passada, em pesquisas divulgadas por Datafolha e CNI/Ibope. Agora, a avaliação do governo sofreu uma queda de 10 pontos percentuais em março, segundo a pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada ontem: o índice positivo passou de 72,5% registrado em janeiro para 62,4% agora. Já a queda na aprovação pessoal de Lula foi de 8 pontos no mesmo período, caindo de 84% para 76,2%. E a desaprovação subiu de 12,2% para 19,9%.

Novo presidente do TRF assume aos 39 anos
O desembargador federal Luiz Alberto Gurgel de Faria tomou posse ontem, prometendo informatizar varas federais e destravar projeto de lei no Congresso que criará vagas para magistrados e servidores.

Informatizar as varas federais e ampliar o número de servidores são os compromissos assumidos pelo novo presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF/5ª), desembargador federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, empossado ontem no Recife. Aos 39 anos, é o mais jovem a ocupar o cargo máximo em tribunais federais, que ontem completaram 20 anos de existência. Até 2011, comandará as 79 varas distribuídas por seis Estados – Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará – com a missão de conferir maior celeridade aos trabalhos.

Ovo de Páscoa está cerca de 12% mais caro
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado ontem mostra que os preços dos ovos de Páscoa do tipo mais consumido estão aproximadamente 12% acima do apurado para a mesma época do ano passado. Este aumento médio também se posicionou acima da inflação média do período (ou seja, entre a Páscoa passada e a Páscoa deste ano) medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da fundação, que foi de 6,24% no período.

Acusado diz que matou delegado durante assalto
Robson Santana, preso sábado, disse que ele e os comparsas queriam roubar carro da vítima e usá-lo para interceptar ônibus de sulanqueiros na Bahia

O homem preso no último sábado sob acusação de ser um dos assassinos do delegado Fernando Machado afirmou que atirou no policial por ele ter reagido ao assalto. O ex-presidiário Robson Joaquim Santana, 36 anos, disse que o objetivo dele e dos comparsas era roubar o veículo da vítima e utilizar o automóvel para interceptar ônibus de sulanqueiros na Bahia. Fernando Machado foi morto há dez dias, em Palmares, na Mata Sul do Estado.

Fiscais do PAC
Líderes do partido iniciam por Pernambuco uma caravana nacional para fiscalizar o PAC e se contrapor às viagens da ministra e presidenciável do PT

Jorge Cavalcanti

Muitas críticas à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff – potencial candidata do PT à Presidência da República em 2010 – marcaram, como já era esperado, a primeira caravana nacional do DEM, realizada na manhã de ontem em Pernambuco, para visitar obras listadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão com o cronograma atrasado. Com uma agenda apertada, os líderes do partido fizeram rápidas paradas em três obras no Recife – BR-101, Via Mangue e Canal do Jordão. A inspeção prometida limitou-se à citação de alguns números sobre o programa. Mesmo assim, centraram fogo na ministra e, por ora, aliviaram com o presidente Lula.

segunda-feira, 30 de março de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Renda no Brasil tem o menor crescimento
Ganho 'per capita' subiu 99% desde 1995 contra, 123% de emergentes

A renda per capita (ganho anual por habitante) do brasileiro está crescendo em ritmo muito menor que a dos países da América Latina e emergentes em geral. Segundo estudo da UFRJ, entre 1995 e 2008, o ganho avançou 59,41%, enquanto o dos latino-americanos subiu 68,5% e o dos emergentes, como Rússia, Índia e China, 123,31%. E, com a crise, o número ainda vai piorar: no Brasil, a renda deve cair 1,1%; nas nações em desenvolvimento, o ganho subiria 0,6%. Segundo economistas, entre as causas estão a política de juros altos nos últimos anos e a forte desvalorização cambial. (págs. 1 e 14)

SNI culpava Brizola por aumento do crime
Arquivos secretos tinham críticas ao pedetista por reduzir o combate à violência no Rio

Arquivos do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) mostram que, para os militares, o primeiro governo de Leonel Brizola (PDT) no Rio, eleito em 1982, tinha responsabilidade pela escalada da violência. Brizola era atacado por ter, na visão dos militares, afrouxado o combate ao crime em nome do respeito aos direitos humanos. Os documentos mostram também que os arapongas vigiavam mais de cem nomes do governo recrutados em antigas organizações de esquerda ou partidos contrários à ditadura - e que eram considerados "perigo maior". O primeiro da lista era o antropólogo e vice-governador Darcy Ribeiro. (págs. 1 e 3)

Prefeitura adota novo modelo para vagas
O prefeito Eduardo Paes decidiu entregar as 9.049 vagas de estacionamento na Zona Sul à Embrapark até o fim de abril. A decisão foi tomada por causa da falta de controle dos estacionamentos públicos da cidade, revelada ontem pelo GLOBO. Em novembro passado, o contrato com a empresa foi suspenso após confronto com guardadores, que se recusavam a deixar as ruas. Para garantir a retomada do serviço, a prefeitura já pediu apoio às policiais e à guarda municipal. Um decreto será publicado amanhã com a data em que o novo modelo será implantado. (págs. 1 e 8)

PF quer ajuda externa para apurar remessas
A Polícia Federal e o Ministério Público devem solicitar colaboração de autoridades financeiras do Uruguai e do Peru para investigar, na Operação Castelo de Areia, remessas ilegais de dinheiro que teriam sido feitas pela empreiteira Camargo Corrêa. (págs. 1 e 4)

Donos do Ponto Frio colocam rede à venda
A Globex Utilidades SA, que controla o Ponto Frio, uma das maiores redes de varejo do país, informou ontem que está buscando compradores para a empresa. Segundo comunicado da companhia, ainda não há propostas formais de aquisição. (págs. 1 e 18)

Editorial: Contra o bom senso
Há uma espécie de vício de origem na proposta do Ministério do Esporte de criar uma carteirinha para o torcedor frequentar estádios.

Trata-se, antes de tudo, de desrespeito ao direito de locomoção do cidadão — que, por aval da Constituição, é livre para ir a qualquer lugar.

Mas, ainda que não esbarrasse nesse pressuposto, a ideia de burocratizar o saudável hábito de acompanhar o time do coração deveria ser arquivada sob a rubrica de providências infelizes.

A proposta do ministério é adoçada pela palatável intenção de implantar no país uma política de segurança e prevenção da violência nos estádios de futebol. (Págs 6)


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Folha de S. Paulo

Manchete: Congressista tem direito a até 1 bilhete aéreo por dia
Verba chega a R$ 33 mil por mês e seu uso não é fiscalizado pelas Casas


Em meio a suspeita de irregularidade, o Congresso Nacional destina mensalmente aos 594 deputados federais e senadores verba que permite a compra mensal de até 30 bilhetes de ida e volta entre Brasília e o Estado de origem. Os valores vão de R$ 4.700 a R$ 33 mil, dependendo do Estado e do cargo.

Criada originalmente para permitir ao congressista quatro deslocamentos mensais às bases políticas, a verba pode ser usada também por congressistas do Distrito Federal, que não precisam viajar. (págs. 1 e A7)

Prefeitura de SP pagou dez vezes mais por medicamento
A Prefeitura de São Paulo pagou até 994% a mais por remédios e produtos hospitalares entre 2003 e o ano passado – um remédio de R$ 6,50 chegou a ser comprado por R$ 71,10.

As fraudes foram descobertas pela própria Secretaria Municipal de Saúde. Segundo comissão de investigação, o esquema pode ter participação de servidores e beneficiou ao menos três empresas, que atuavam numa espécie de cartel. (págs. 1 e C1)



Deputado paga doméstica com dinheiro da Câmara
O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), paga com recursos da Câmara a doméstica Izolda da Silva Lima, que trabalha em sua casa, localizada em área nobre de Brasília. Ao se licenciar para assumir a Secretaria de Transportes do DF, ele pediu ao suplente Osório Adriano para mantê-la no gabinete, com salário de R$ 480.

Izolda diz que trabalha como faxineira na casa do deputado. Fraga afirma que ela faz serviço de banco. (págs. 1 e A6)

Presidente da GM dos EUA deixa cargo antes de ajuda
Horas antes do anúncio do plano do presidente Barack Obama para resgate das montadoras norte-americanas, vazou à imprensa que o presidente da GM, Rick Wagoner, vai deixar o cargo. A saída é tida como uma das exigências do pacote.

Se confirmada, a medida marca nova fase na presença do governo na economia dos EUA. O substituto deve ser apontado pela "força-tarefa” da Casa Branca para a crise nas montadoras. (págs. 1 e B3)

Material de construção terá redução de impostos
O governo federal deve anunciar hoje pacote fiscal que inclui a redução de impostos sobre materiais de construção. A medida servirá como complemento do pacote habitacional anunciado pelo Planalto na quarta-feira da semana passada.

Outra medida é a prorrogação, por mais três meses, da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos, e um beneficio fiscal também para as motocicletas. (págs. 1 e B1)

Chinês não quer ouvir sermões, diz pesquisador
Mestre por Havard, o pesquisador Victor Yuan diz ter sido vítima de preconceito e afirma que “os chineses querem deixar de ser olhados de cima e ouvir sermões do Ocidente sobre democracia e direitos humanos”.

Em entrevista a Raul Jostes Lores, ele diz que, para a maioria dos chineses, a crise será curta. (págs. 1 e Al4)

Ponto Frio diz que está à procura de um comprador
Depois de frustradas tentativas de passar o controle da Ponto Frio, segunda rede de eletroeletrônicos e móveis do país, Lily Safra, acionista majoritária, anunciou nova iniciativa de venda.

O banco Goldman Sachs foi contratado para assessorar negociações com potenciais interessados. (págs. 1 e B4)

Editorial: Nova Lei Rouanet
Governo inicia debate sobre reforma da lei de incentivo à cultura; falta detalhar meios para evitar dirigismo estatal

Apesar de algumas distorções, a Lei Rouanet vem permitindo que o Estado cumpra o seu papel de incentivar a produção cultural sem grande espaço para o dirigismo governamental. Ao longo de 17 anos, carreou cerca de R$ 8 bilhões para o setor, mais sob controle da iniciativa privada que de luminares em Brasília.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, deu agora a largada para o "aggiornamento" do diploma, por meio de consulta pública. O projeto divulgado traz alguns avanços e outros tantos motivos para alerta. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Pressão derruba presidente da GM
Saída foi uma das condições impostas pela Casa Branca

Sob pressão da Casa Branca, o presidente mundial da General Motors, Rick Wagoner, está de saída do cargo. Seu afastamento coincide com o anúncio, previsto para hoje, do pacote de ajuda oficial à indústria automobilística americana. De acordo com o Wall Street Journal, a renúncia de Wagoner foi uma das condições impostas pelo governo dos EUA para liberar mais dinheiro para as montadoras GM e Chrysler, que já receberam socorro total de US$ 17,4 bilhões. Em entrevista à rede de TV CBS, o presidente Barack Obama deixou claro seu descontentamento com a resistência das duas fábricas em passarem por reestruturação mais profunda. "Elas ainda não estão prontas (para receber ajuda)", disse. Funcionário da GM desde 1977, Wagoner foi presidente da montadora no Brasil entre 1991 e 1992. Nos anos 80, já tinha trabalhado no País. Maior indústria de veículos dos EUA, a GM sofreu prejuízos globais de mais de US$ 70 bilhões nos últimos dois anos. Em outro sinal da crise no setor automobilístico, a francesa Peugeot Citroën também anunciou a substituição de seu presidente. (págs. 1 e B1)




‘Trimestre está perdido, mas ano, não’, avalia Delfim
O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto afirma, em entrevista a Leandro Modé, que ainda é possível salvar 2009. Ele avalia que a recuperação da economia brasileira depende do restabelecimento do crédito bancário, do aumento do investimento público e da "cooptação" do setor privado. "É preciso trazer de volta o espírito animal do empresário, que hoje, com razão, está assustado", diz Delfim. (págs. 1 e B5)

Rede de lojas Ponto Frio é colocada à venda
O Ponto Frio, segunda maior rede brasileira de lojas de móveis e eletrodomésticos, está à venda. A Globex Utilidades, controladora da empresa, informou o fato oficialmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A rede teve desempenho ruim nos últimos dois meses e a expectativa é de que seja comprada pelas Lojas Americanas -que já são donas do Shoptime, do Submarino e da Blockbuster. (págs. 1 e B11)

PF cometeu abuso com aval de juiz, diz advogado
Agentes da PF vasculharam o Departamento Jurídico da empreiteira Camargo Corrêa, embora avisados de que feriam a lei que torna a sala do advogado espaço inviolável. Os policiais então recorreram ao juiz Fausto De Sanctis, que expediu mandado de busca. "É quebra de sigilo profissional", diz Antonio Claudio Mariz de Oliveira, advogado da empreiteira. (págs. 1 e A5)

Reforma dos corredores de ônibus nem começou
Anunciadas pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) em agosto, nenhuma das nove obras previstas para melhorar o trânsito nos corredores de ônibus da capital começou a ser feita. O trabalho deveria ter começado em novembro, com término esta semana e custo de R$ 8,1 milhões. Agora, a previsão é de entrega em abril de 2010, por R$ 15,4 milhões. (págs. 1 e C1)

Notas e informações - O minipacote agrícola
No minipacote aprovado pelo Conselho Monetário Nacional, o governo garantiu mais R$ 9 bilhões para a agricultura. É um dinheiro muito bem-vindo num ano de aperto. (págs. 1 e A3)

Amazônia - Justiça pode criar varas ambientais
Objetivo é acelerar os processos sobre devastação da floresta. (págs. 1 e A13)

Hackers chineses espionaram 103 países
Uma rede de espionagem online com base quase que exclusivamente na China invadiu em menos de dois anos 1.295 computadores em 103 países para roubar documentos e informações secretas de entidades públicas e privadas, informou um centro de pesquisas canadense. A operação seria a maior já revelada na história. O presidente dos EUA, Barack Obama, destinou financiamento de US$ 355 milhões para a área de segurança cibernética no orçamento de 2010. (págs. 1 e A8)

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Jornal do Brasil

Manchete: Mais dinheiro para imóveis
FGTS vai injetar R$ 91 bi até 2011 no mercado imobiliário

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) calcula que o governo terá R$ 91 bilhões entre 2009 e 2011 para ser injetado no mercado imobiliário. Apesar da crise, só o FGTS, composto por contribuições mensais dos trabalhadores, deve ter quase R$ 60 bilhões destinados ao financiamento da casa própria no mesmo período – cerca de R$ 19 bi este ano. O caixa foi reforçado devido à melhora do mercado de trabalho formal nos últimos cinco anos. Nesse cálculo não estão incluídos os R$ 7,5 bilhões de subsídios previstos no programa Minha Casa, Minha Vida, o pacote habitacional lançado na semana passada no Palácio do Planalto. (págs. 1 e Economia A17)

Drogas: violência reabre debate sobre culpa dos usuários
As declarações do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a responsabilidade de quem compra drogas ilícitas, reacenderam um debate polêmico: o consumo ilegal contribui para o financiamento do tráfico? O JB ouve duas visões sobre o assunto, os deputados Fernando Gabeira e Marcelo Itagiba. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A3)

Empresas enfrentam dilema com lucros
As incertezas provocadas pela crise internacional e a escassez de crédito no sistema financeiro criaram um dilema entre as empresas brasileiras: distribuir os lucros obtidos no ano passado aos acionistas ou segurar os resultados para enfrentar uma possível piora de cenário? Várias companhias reconhecidas como boas pagadoras de dividendos acabaram optando por um caminho intermediário. (págs. 1 e A16)

iPod em sala de aula na mira da lei
A Assembleia Legislativa do Rio deve votar amanhã projeto que proíbe o uso, em sala de aula, de iPods, MP3, e outros aparelhos capazes de tirar a atenção dos estudantes. (págs. 1 e Educação A15)

STF julga Lei de Imprensa
O Supremo Tribunal Federal vai decidir, na quarta-feira, se a Lei de Imprensa deve ser mantida ou ter seus 77 artigos suspensos. Em julgamento preliminar, três ministros do STF já anteciparam votos pela suspensão imediata da lei, criada durante o regime militar. (págs. 1 e País A7)

Lula reacendeu embate histórico
Maureen Dowd
The New York Times

O discurso de Lula sobre os "olhos azuis" levantou o ponto de que os pobres estão sofrendo por causa dos atos impensados dos ricos. Os olhos castanhos podem agora superar os azuis como vencedores. (págs. 1 e Economia A18)

Novo foco contra tuberculose
Brasil vai mudar o esquema terapêutico no tratamento da tuberculose. Estudo mostra que 8% dos pacientes abandonam o tratamento antes dos seis meses previstos para a cura. O Ministério da Saúde quer baixar para 5%, colocando mais drogas em menos comprimidos. (págs. 1 e País A7)

Opinião: Sociedade aberta
Selvino Heck
Assessor da Presidência da República
A crise e a proposta da FAO para criar um Fome Zero Mundial. (págs. 1 e A6)


Opinião: Sociedade aberta
Leandro Arêa
Cientista político
A polêmica na demarcação da fronteira entre Colômbia e Venezuela. (págs. 1 e 22)

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Correio Braziliense

Manchete: Estudo desmente inchaço na máquina pública
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) derruba o mito de que a estrutura do serviço público brasileiro cresceu mais do que o necessário e aponta déficit em áreas como saúde e educação. Proporção de servidores em relação à população é de 10,76%, contra 14,8% nos EUA, 30% na Suécia e 16,2% na Argentina. (págs. 1 e Tema do Dia, 12)

Verbas suspeitas: PT também levou dinheiro de empreiteira
Relatório sobre a Operação Castelo de Areia, que investiga os repasses da empreiteira Camargo Corrêa para partidos políticos, mostra que o PT do presidente Lula recebeu R$ 25 mil. Para o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, advogado da empresa, doações são legais. PF quer ajuda do Uruguai e Peru para apurar remessas de dólares. (págs. 1, 4 e 5)

Sem controle - Crise no Senado longe do fim: suspeitas de desvio chegam a R$ 66 milhões (págs. 1 e 2)

Violência familiar: Filhos matam mais e maioria deles estudou
Nas tragédias familiares, a maioria dos assassinatos é cometida por filhos na faixa dos 20 aos 32 anos, brancos e alfabetizados, aponta estudo da antropóloga paulista Daniela Moreno Feriani. Depois de analisar 34 processos, ela concluiu que perfil dos acusados “quebra o senso comum de réus negros em crimes bárbaros”. (págs. 1 e 8)

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Valor Econômico

Manchete: Investimento externo busca o consumo doméstico
A crise financeira mundial já traz mudanças nos investimentos estrangeiros diretos ao Brasil e apontam uma nova tendência. Ganham força setores ligados à demanda doméstica, como indústria alimentícia, comércio, construção civil e infraestrutura, além de extração de petróleo. Perdem espaço os setores exportadores, como mineração.

O Banco Central (BC) refez a sondagem com empresas para verificar como ficarão os fluxos de investimentos neste ano de crise. Uma das conclusões é que o fluxo deverá ficar em US$ 25 bilhões em 2009, 45% menor que o do ano passado. Ainda assim, ficará acima da média observada desde o início do Plano Real, em 1994. (págs. 1, C1 e C2)


Brasil pede ao BID mais verba a setor privado
Ante o desafio de emprestar mais em tempos de crise, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em sua reunião anual, recebeu propostas de capitalização de até US$ 180 bilhões. Em 2009, o BID tem apenas US$ 18 bilhões para gastar.

O Brasil pediu mais recursos do BID para a iniciativa privada. Atualmente, o BID tem um teto de 10% (US$ 5,2 bilhões) de sua carteira de empréstimos que pode ser destinado a financiamentos de projetos de empresas privadas para desenvolvimento. Do orçamento para financiamentos privados ao Brasil deste ano, previsto em pouco mais de US$ 300 milhões, grande parte já foi comprometida nos dois financiamentos aprovados neste mês, à termelétrica de Porto do Pecém do Brasil, e à Porto de Itaqui, que somam US$ 197 milhões. (págs. 1 e C12)


Brasil consegue manter participação de vendas ao mercado americano (págs. 1 e A2)




Produtos e serviços ganham importância com a consolidação de instituições financeiras (págs. 1 e Bancos)

SP avalia obra de R$ 450 mi em Santos
Sessenta e dois anos depois da assinatura do plano regional de Santos, a construção de um túnel subaquático ou ponte entre as duas margens do porto de Santos pode sair do papel. Esta semana o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, deve apresentar ao governador José Serra (PSDB) documento com os primeiros estudos do projeto para ligar Santos a Guarujá. A decisão sobre a obra deve ocorrer ainda neste ano.

O custo do túnel submerso está calculado em cerca de R$ 450 milhões, para uma extensão de mil metros, dos quais 400 metros ficariam abaixo do leito do estuário. Os números da Dersa sobre o movimento de veículos pela balsa que hoje faz a ligação entre as duas margens atesta a necessidade da obra. Em 2008, foram quase 13 milhões de veículos. (págs. 1 e B8)




Wagoner é retirado da direção da GM
A Casa Branca iniciou sua tentativa de reformar a indústria automobilística americana pedindo a saída do presidente da General Motors, Rick Wagoner, que deixou a montadora como parte de um acordo para que ela receba novo pacote de ajuda do governo americano.

A medida representou dramática intensificação das ações do governo do presidente Barack Obama no mundo empresarial. Ao enfrentar a crise econômica, o governo exigiu a saída do presidente da seguradora AIG apenas quando assumiu participação majoritária. Agora, o governo retirou um executivo como parte de uma reestruturação em curso. Wagoner foi diretor-presidente desde 2000.
(págs. 1 e A8)

Câmbio negro prospera na Venezuela
Com uma inflação anual em torno de 30% e um mercado paralelo em que o dólar vale até 200% mais que a taxa oficial, congelada em 2,15 bolívares fortes desde 2003, o custo de vida sobe rapidamente e os salários se deterioram na Venezuela.

No fim da semana passada, o mercado paralelo ficou completamente parado para grandes transações, devido ao bloqueio de uma conta "guarda-chuva" no Bank of America, nos EUA, por meio da qual doleiros venezuelanos faziam movimentações bancárias. Essa é uma forma amplamente usada por investidores e indústrias venezuelanas para burlar a restrição à saída de divisas para a importação de matérias-primas, por exemplo, afirma Orlando Ochoa, professor da Universidade Católica Andrés Bello. (págs. 1 e A11)

Nova aposta nas commodities
A estratégia de investimento mais comentada ultimamente não é guardar dinheiro no colchão, e sim apostar que a inflação voltará a dar as caras com a recuperação da economia mundial, provocando aumento dos juros e dos preços das commodities.

Os investidores estão focados em matérias primas e ações ligadas a commodities, que devem se beneficiar da expansão dos gastos com infraestrutura. Indícios dessa tendência surgem no rendimento maior de títulos reajustados pela inflação e a valorização de algumas commodities, como cobre, em alta de 19% em março, assim como o zinco e o petróleo. (págs. 1 e C4)

Desafios do atendimento ao consumidor
Para atender um consumidor cada vez mais exigente, as centrais de atendimento das empresas receberam, nos últimos quatro meses, investimento de cerca de R$ 1 bilhão. Pressionadas por regras mais severas, impostas pela nova lei, centrais modernizaram a infraestrutura de tecnologia, adotaram novos sistemas integrados e ampliaram o número de funcionários. Apesar do esforço, muitas empresas admitem que não estão suficientemente preparadas para cumprir as novas exigências, mostra o "Valor Setorial", que circula hoje para os assinantes. (pág.1)

Ponto Frio vai à venda outra vez
A rede Ponto Frio, segunda maior varejista do setor de eletroeletrônicos do país, está de novo à venda. Em comunicado à Comissão de Valores Imobiliários, a Globex, dona da rede, informa que seus controladores contrataram uma instituição financeira para assessorá-los no processo. Segundo o Valor apurou, o banco que comandará o processo é o Goldman Sachs. A companhia é controlada pela viúva do banqueiro Edmond Safra, Lily Safra, e seu filho, Carlos Monteverde. (págs. 1 e B4)


Ideias
Gustavo Loyola: para enfrentar crise, governo dá tiros a esmo e sinaliza falta de comando na área econômica. (págs. 1 e A13)


Ideias
Sergio Leo: Brasil passou a ser um destino singular no esforço do Irã para estreitar laços com a América Latina. (págs. 1 e A2)




Cerco à corrupção ativa
O governo prepara um projeto de lei que prevê multas e proibição de contratar com os poderes públicos para as empresas que subornarem servidores da administração, independentemente do processo criminal contra os empregados envolvidos no crime. (págs. 1 e A7)


Plano de voo
Para enfrentar a crise e reduzir sua dependência do mercado americano, a Embraer aposta no incremento da área de serviços, que em 2008 representou 9% da receita, e nas vendas para a área de defesa e governos, menos sujeita a dificuldades conjunturais. (págs. 1 e B7)

Arsa desembarca no Brasil
O grupo imobiliário argentino Arsa Internacional faz sua estreia no Brasil com um edifício de alto luxo em Itapema, a 14 quilômetros de Balneário Camboriú (SC), tradicional destino de turistas argentinos no verão. O investimento é de R$ 30 milhões, mas os planos para o litoral catarinense chegam a R$ 200 milhões no médio prazo. (págs. 1 e B9)

Avanço da soja nos EUA
As incertezas quanto às intenções de plantio dos produtores americanos na safra 2009/10 em razão da crise econômica aumentaram a expectativa sobre o relatório do Departamento de Agricultura que será divulgado amanhã. Analistas preveem uma área plantada recorde para a soja. (págs. 1 e B12)


Garimpagem na bolsa
A crise foi especialmente dura com as ações de empresas menores, de baixa liquidez. Os fundos "small caps" caíram em média 50,89% em 2008 e perdem para o Ibovespa neste ano. Mas analistas e gestores destacam a boa oportunidade de investimento. (págs. 1 , D1 e D2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Empresas reforçam o caixa retendo lucros
As incertezas sobre os desdobramentos da crise internacional e a escassez de crédito no sistema financeiro criaram um dilema para as empresas abertas brasileiras: distribuir os lucros obtidos no ano passado aos acionistas ou reter parte dos resultados para enfrentar uma possível piora do cenário?

Várias companhias reconhecidas no mercado como boas pagadoras de dividendos optaram por seguir um caminho intermediário. Deixaram parte de seu lucro em caixa. Entretanto, não reduziram substancialmente a remuneração aos acionistas. O (págs. 1 e B1)


Vendas chegam a 260 mil carros no mês
A indústria automobilística fechará este mês com cerca de 260 mil carros emplacados, volume 12% superior ao mesmo mês do ano passado (232,1 mil unidades) e um dos melhores resultados mensais de todos os tempos, superado apenas em quatro ocasiões, todas durante o ano passado. A média diária de vendas, que havia caído para 8 mil unidades no final do ano passado, em março atingiu 12,6 mil unidades.

Os bons negócios foram impulsionados principalmente pela redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), incentivo que será prorrogado por mais três meses, até 30 de junho. O anúncio oficial da prorrogação acontecerá nesta segunda-feira ou amanhã.

A indústria automobilística deverá fechar o mês com 170 mil carros estocados, volume equivalente a 20 dias de vendas. (págs. 1 e C5)

CVM e Anbid querem garantir liquidez de fundos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em parceria com a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), estuda alterar algumas regras para os fundos que aplicam em ativos de baixa liquidez. O objetivo, segundo o gerente de acompanhamento de fundos
da CVM, Luiz Américo de Mendonça Ramos, é garantir que essas carteiras tenham liquidez suficiente para honrar os pedidos de resgate.

No ano passado, alguns gestores que aplicavam em ativos de baixa liquidez foram obrigados a vendê-los com grande desconto para fazer frente aos pedidos de resgate, o que acabou impactando o retorno. “O ideal é que os gestores montem uma carteira com aplicações compatíveis com o prazo de carência para resgate.” (págs. 1 e B1)

Sadia e Aracruz têm prejuízos históricos com derivativos
Como esperado pelo mercado, a Sadia teve em 2008 o maior prejuízo de seus 64 anos de história. O resultado do ano foi negativo em R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 2,042 bilhões no quarto trimestre, quando a companhia teve que reconhecer, por conta da Lei nº 11.638/07, os potenciais ganhos e perdas dos contratos de derivativos que vencem em posição futura. Se não precisasse antecipar esses resultados, a Sadia teria prejuízo de R$ 468 milhões. Mas, encerrado o ano de 2008, o que tem pela frente em 2009 pode ser resumido em uma cifra: R$ 2 bilhões. É uma dívida desse montante que precisa equacionar até setembro, desafio que deve lhe custar a venda de ativos ou a entrada de um sócio controlador. (págs. 1, B9 e C4)

Bancas criam comitês para enfrentar crise
Os escritórios brasileiros de advocacia estão criando comitês multidisciplinares para enfrentar a crise. “Muitos clientes nos procuram, mas não sabem a extensão do seu problema, já que em momento de crise são várias as áreas afetadas. Com o comitê, a integração é absoluta”, diz o advogado Marcio de Souza Polto, do Trench, Rossi e Watanabe. Áreas como a tributária, trabalhista, contenciosa e de recuperação fazem parte desses comitês. (págs. 1 e A10)

Perda de receita reduz ritmo de investimentos
A perda de receita tributária provocada pela desaceleração econômica tornará mais lento o ritmo dos investimentos públicos. Sem espaço para aumentar a carga de tributos e com a arrecadação em queda, o governo federal tem poucas alternativas para obter recursos e terá de priorizar seus compromissos. Para especialistas, a saída é admitir uma redução da meta de superávit primário. (págs. 1, A6 e A7)

Nilza pede recuperação judicial e demite
A Nilza, que já deteve 15% do mercado de leite longa vida de São Paulo entrou com pedido de recuperação judicial. As duas unidades que restavam à empresa, Ribeirão Preto (SP) e Itamonte (MG), continuam operando, agora com capacidade ainda mais ociosa e com número consideravelmente menor de funcionários. Em comunicado, a Nilza associou o pedido “aos efeitos da grave crise financeira mundial, que afeta fortemente as empresas brasileiras”. (págs. 1 e B10)

Mineração
Roger Agnelli revela que a Vale já tem pesquisa em 5 novos países da África (págs. 1 e A12)


Estados Unidos
Mais estados com alta taxa de desocupação (págs. 1 e A11)

Embraer lucra R$ 428,8 milhões
A Embraer registrou o seu segundo prejuízo consecutivo num trimestre. A companhia teve perda de R$ 40,6 milhões no último trimestre do ano passado. Já em 2008, a empresa apresentou lucro de R$ 428,8 milhões. (págs. 1 e C6)

Editorial: Crime fiscal exige punição de natureza financeira
A condenação da empresária Eliana Maria Tranchesi e de seu irmão Antônio Carlos Piva de Albuquerque a 94 anos e seis meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, importação fraudulenta e falsidade ideológica surpreendeu especialistas em Direito Criminal.

A juíza Maria Isabel do Prado, da 2 Vara Federal de Guarulhos, condenou os donos da Daslu atendendo às vinte peças acusatórias do Ministério Público Federal. A juíza somou as penas de cada acusação para obter a condenação. Outros cinco réus, envolvidos nos mesmos crimes, receberam penas entre 11 anos e 53 anos de prisão no processo. (Caderno A - Págs. 1 e 2)

Opinião: O peso da tecnologia na segurança e defesa :: Roberto Guimarães de Carvalho
Quem se dispuser a consultar revistas e jornais brasileiros, interessado única e exclusivamente em encontrar textos sobre o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias nas áreas de segurança e defesa, terá duas grandes surpresas.

A primeira é que, embora o assunto pareça árido e muitos acreditem que a imprensa publique poucas matérias sobre o tema, não há uma semana que passe sem um veículo registrar algo a respeito.

A segunda, pelo menos para os brasileiros, não chega a ser animadora. A razão é que, nas matérias publicadas na grande imprensa, é muito raro encontrar o nome do Brasil como um dos países que desenvolvem novas tecnologias para as áreas de segurança e defesa. (págs. 1 e A3)

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Estado de Minas

Manchete: União quer de volta imóveis do Dnit em Minas
Imagine pagar apenas R$ 52 pelo aluguel de uma casa. Gostou? Então saiba que o privilégio existe. Na média, é quanto 137 funcionários e pessoas ligadas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) desembolsam para ocupar imóveis da União. Ao todo, são 321 moradias em Minas, herdadas do extinto Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER). Na lista de ocupantes, há até aposentados, pensionistas e parentes de servidores. A maior parte simplesmente não paga nada. O governo briga para reaver parte das moradias e regularizar a situação de outras, ocupadas por famílias de baixa renda. Mas a autarquia se recusa a por um fim na farra, principalmente de seus engenheiros. (págs. 1, 22 e 23 e o editorial "Patrimônio mal gerido")

Políticos e juristas condenam atentado à liberdade de imprensa
Parlamentares do governo e da oposição consideram desmedida, ofensiva e ditatorial a decisão judicial de obrigar, com força policial, o EM a publicar direito de resposta à UFMG, na capa e em mais 6 páginas, difamatório ao jornal. Para eles, a determinação atenta contra a Liberdade de Imprensa e não tem precedentes no Estado democrático. O presidente da OAB, Cézar Britto, considerou uma anomalia o uso da polícia para cumprir pendência judicial. A ordem foi suspensa por liminar em mandado de segurança. (págs. 1 e 17)

Polícia Federal: PT na lista de doações da empreiteira
Pela primeira vez, relatório da PF sobre Camargo Corrêa cita o repasse de R$ 25 mil para o PT paulistano. Mas não assegura ilicitude desta e de outras doações a vários partidos. (págs. 1 e 3)

Senado: Ex-diretor é alvo de ações milionárias
Somam R$ 66 milhões as irregularidades cometidas pelo ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia e que estão sendo objetos de investigações formais ou alvos de ações judiciais. (pág.1 )

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Jornal do Commercio

Manchete: Agredida por ladrões, grávida perde o bebê
Nove pessoas foram feitas reféns na Praia de Itamaracá, por um grupo de assaltantes, todos menores de idade. Polícia conseguiu prender dois suspeitos

Nove pessoas foram feitas reféns e espancadas por três assaltantes, na madrugada de ontem, em uma residência na Praia de Itamaracá, no Litoral Norte do Estado. O grupo estava passando o fim de semana no local, quando os ladrões - todos de menor e armados - invadiram a casa. As vítimas sofreram agressões físicas e ficaram sob constante ameaça. Uma das cinco mulheres estava grávida de dois meses e, após intenso sangramento, perdeu o bebê. Duas horas depois da investida, a Polícia Militar conseguiu deter dois dos envolvidos, ambos com 16 anos. Levados para a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), os dois negaram participação, mas terminaram reconhecidos pelas testemunhas.

O assalto aconteceu um pouco antes das 2h. O grupo formado por universitários, comerciantes e analistas de sistemas, passeou o dia inteiro de lancha e, à noite, ficou conversando no quintal da residência, localizada no bairro de Eldorado, próximo ao Pilar, área conhecida de Itamaracá. (pág.1)

Grampos da PF agitam oposição e governo
Oposicionistas afirmam que a Polícia Federal exorbitou de suas funções na operação. O próprio governo já demonstra preocupação, uma vez que empreiteiras investigadas tocam obras do PAC

Eugênia Lopes e Vera Rosa

Agência Estado

BRASÍLIA – Dirigentes de partidos de oposição e até do governo consideram que a Polícia Federal (PF) “exorbitou” das funções durante a Operação Castelo de Areia ao investigar a empreiteira OAS e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, de acordo com reportagem publicada ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo. Na avaliação dos oposicionistas, a divulgação de grampos telefônicos da PF envolvendo filiados do DEM e do PSDB também tiveram “um viés político”.

“Essa história está com toda a pinta de trapalhada. Trapalhada, aliás, conveniente para o governo”, disse o presidente nacional do PSDB, o senador pernambucano Sérgio Guerra. Para ele, a operação da PF, com a divulgação de nomes da oposição no escândalo, é “conveniente” para o governo para abafar a queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o crescimento das candidaturas de oposição à sucessão presidencial. “Além disso, a crise está chegando aos municípios e as pessoas começam a sentir seus efeitos”, argumentou o tucano. (pág.1)


Policiais civis fazem ameaça de greve
Categoria fará assembleia hoje, às 19h, na sede do Sinpol, para decidir sobre paralisação. Policiais se recusam a cumprir carga horária de 44 horas semanais

Policiais civis ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da 0h de amanhã, caso a Secretaria de Defesa Social (SDS) não reduza a carga horária de trabalho da categoria de 44 horas semanais para 30 horas. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Cláudio Marinho, o governo estadual prometeu rever a portaria publicada em 6 de março a qual determinava jornada de 44 horas por semana. A assembleia que definirá ou não a paralisação está marcada para hoje, às 19h, na sede do Sinpol, em Santo Amaro, área central do Recife. Existem no Estado cerca de 5.400 policiais civis.

Mais cedo, às 14h30, uma comissão do sindicato vai se reunir com o secretário de Administração, Paulo Câmara, na tentativa de chegar a um entendimento. “Esperamos que o secretário de Defesa Social (Servilho Paiva) e o chefe da Polícia Civil (Manoel Carneiro) participem da reunião. O governo tem que cumprir com a palavra de que a portaria seria revista. Queremos a volta da escala de 30 e 36 horas”, afirma Cláudio Marinho. (pág. 1)

O DEM e o PAC
Líderes do DEM nacional iniciam hoje a primeira “Caravana da Transparência”, para fiscalizar a execução de obras listadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e apontar atrasos nos cronogramas definidos pelo governo federal. A oposição dá a largada por Pernambuco, terra natal do presidente Lula. O segundo Estado a ser visitado será Santa Catarina, ainda sem data marcada. O DEM mantém sob sigilo o roteiro traçado para hoje, mas o objetivo é claro: elevar as críticas ao Palácio do Planalto, especialmente à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a “mãe do PAC” e pré-candidata do presidente Lula para 2010.

Na avaliação do DEM, muito dos êxitos que o governo Lula atribui ao programa não passa de marketing. Para tentar convencer de que há falhas, os parlamentares que formam a caravana vão alegar que não são contra as obras do PAC, mas estão cumprindo com a função de fiscalizar. O discurso é o da crítica, buscando amparo em números, como os que já foram usados pelo líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO). Segundo ele, dos 77 projetos com dotações orçamentárias no Estado, 49 não tiveram qualquer recurso destinado. (pág.1)





Giro Educação
Idosos de Ipojuca, na Região Metropolitana, aprenderam a ler e escrever. Mostraram que não há limite de idade para ir à escola

Margarida Azevedo
mazevedo@jc.com.br

Maria Florentina da Silva, 70 anos, não conseguiu almoçar. José Amaro dos Santos, 62, estava tão inquieto que nem esperou a esposa fazer um penteado. Marluce Gouveia da Silva, 58, arrumou-se com capricho. Maria Vitória da Conceição, 96, mais conhecida como tia Preta, não escondia o sorriso. Tanta alegria e ansiedade tinham um motivo especial: eles e mais 105 idosos comemoraram, sexta-feira passada (27), a formatura da primeira turma de alfabetização do projeto Saber Ler, uma das ações do Programa Idoso Feliz, realizado pela prefeitura de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. Indiferentes à idade, os “vovôs” mostraram que nunca é tarde para aprender a ler e escrever.

Dos 109 participantes, 70 conquistaram diploma por terem sido alfabetizados. Os demais (39) continuarão nas classes de alfabetização até conseguirem dominar o básico da língua portuguesa. (pág.1)

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domingo, 29 de março de 2009

29 de março de 2009

O Globo

Manchete: SNI: Brizola e Cesar recebiam propina de empresas de ônibus
Arapongas acompanharam governo dia a dia. Bicheiros também davam dinheiro

Em plena abertura política, a ditadura militar acionou seus esquemas de espionagem para vigiar o primeiro governo de Leonel Brizola (PDT) no Rio, eleito em 1982. Os relatórios do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) acusam o pedetista de corrupção e dizem que havia “caixinhas” pagas pelas empresas de ônibus e pelos bicheiros. De acordo com informe de 1985 da Marinha, a propina paga pelas empresas de ônibus chegou Cr$ 500 milhões – R$ 980 mil em valores de hoje – e era administrada pelo então secretário de Fazenda Cesar Maia, informa Bernardo Mello Franco. Brizola teria rateado o dinheiro entre o partido e projetos de educação do governo. Cesar nega as acusações. Relatório de 1983 da Aeronáutica acusou Brizola de suspender a repressão ao jogo do bicho em troca de uma caixinha trimestral de Cr$ 400 milhões (cerca de R$ 784 mil). Nenhuma das acusações foi provada nem originou investigação policial. (págs. 1, 3 e 4)

Campeã do PAC é suspeita de irregularidades
Dona da maior verba do PAC, a Delta Construção tem, segundo relatório do TCU de 2007, o maior número de contratos com irregularidades. (págs. 1, 10 e 11)

Racha
Racha ameaça reunião do G-20 em Londres. (págs. 1 e 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: ONGs ligadas ao MST se multiplicam para obter verba federal
Repasses beneficiam 43 entidades; valor acumulado desde 2003 é três vezes maior do que o divulgado

O governo federal repassou R$ 152 milhões desde 2003 a pelo menos 43 entidades cujos dirigentes são ligados ao MST, informa Marta Salomon. O valor é mais de três vezes maior que o investigado pelo TCU, que apura repasses a apenas quatro associações. Algumas dessas entidades foram criadas após os principais braços jurídicos do MST se tornarem alvo de investigações por desvio de recursos. O movimento nunca existiu juridicamente e, por participar de invasões, é impedido de receber dinheiro do contribuinte. O ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) diz que não pode discriminar entidades por serem ligadas ao movimento dos sem-terra. Mas admite alguns absurdos, como o repasse de verba para promover atividades políticas dos assentados. (págs. 1 e A4)

Justiça concede habeas corpus a acusados da Camargo Corrêa
A Justiça Federal concedeu seis hábeas corpus beneficiando os dez presos pela PF na Operação Castelo de Areia, na última quarta. Durante a operação foram detidos quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa e quatro supostos doleiros. A empreiteira é suspeita de remessa ilegal, superfaturamento, doação ilegal a partidos e lavagem de dinheiro. A empresa nega haver irregularidades. (págs. 1 e A9)

Caso da Daslu é atípico, afirmam especialistas
A pena de 94 anos de Eliana Tranchesi por sonegação é atípica, dizem especialistas. Para o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, “é desproporcional”, e não pode ocorrer prisão enquanto couber recurso. Solta na noite de sexta-feira, a dona da Daslu afirmou, em nota, que “em nenhum momento deixou de acreditar na Justiça”. (págs. 1, B10 e A9)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: PF também investigou a OAS e monitorou banqueiro
Informante atuou dentro da empreiteira; Lázaro Brandão teve conversas gravadas

Além da Camargo Corrêa, uma segunda empreiteira, a OAS, foi investigada pela Polícia Federal no curso da Operação Castelo de Areia, revelam os repórteres Fausto Macedo e Marcelo Godoy. Houve escuta telefônica durante dois meses em seis linhas de um funcionário da empreiteira e, em busca de indícios de lavagem de dinheiro, a PF contou com um informante infiltrado na companhia. O inquérito não apresenta conclusões dessa frente de apuração. Nas investigações sobre as atividades do doleiro Kurt Paul Pickel, apontado como articulador de suposto esquema de evasão de divisas, a PF chegou a gravar três conversas dele com Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco. Policiais federais vigiaram à distância um motorista enviado pelo banqueiro até a casa de Pickel. (págs. 1 e A4)

Brasil apoia UE e pede controle de mercados
A reunião de cúpula do G-20 marcada para quinta-feira em Londres será palco de um confronto entre a União Europeia, que defende a criação de um sistema global de controle do mercado financeiro, e os EUA, que insistem na adoção de receitas domésticas de regulação do setor. Nessa disputa, o Brasil vai se aliar aos europeus, informam Denise Chrispim Marin e Rui Nogueira. (págs. 1, B1 e B4)

Pacientes trocam dados por vantagens em laboratório
Com o incentivo de seus médicos, milhares de consumidores de medicamentos de uso contínuo no Brasil têm cadastrado dados pessoais, respondido a perguntas e recebido visitas de grandes empresas farmacêuticas para ter acesso a descontos, consultas mais baratas e acompanhamento de profissionais de saúde. A situação preocupa órgãos de regulação sanitários e de pesquisas. (págs. 1, A26 a A28)

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Jornal do Brasil

Manchete: Uma cidade para corações fortes
Atos violentos impõem mais do que efeitos imediatos às vítimas. Significam traumas físicos e psicológicos que persistem por meses e anos. Em muitos casos, desenvolvem-se hipertensão e problemas cardíacos, como exemplifica uma pesquisa da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. O estudo, coordenado pela psiquiatra Vera Lemgruber, mostra como as pessoas que passaram por situações de violência extrema revivem, com o próprio corpo, os momentos de perigos e de dor. O Jornal do Brasil conta alguns dos casos envolvendo episódios famosos e anônimos. (pág. 1, Tema do dia e A2 a A4)

CNJ põe fim à banca secreta nos concursos
Alguns tribunais do país ainda empregam bancas secretas nos concursos para juízes e oficiais de cartórios. Mas o Conselho Nacional de Justiça determinou que todos os editais, agora, terão de identificar participantes das comissões e membros das bancas examinadoras. (págs. 1 e A14)

Rio recebe o Fórum Econômico
Fórum Econômico Mundial chega em abril ao Rio para sua edição latino-americana. À sombra da crise serão discutidas a abertura econômica, assimetrias comerciais com a China e integração intra-Mercosul. (pág. 1, Economia e págs. E1 a E3)

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Correio Braziliense

Manchete: Leão caça sonegadores
Receita Federal descobre 3.405 casos suspeitos de sonegação de impostos por pessoas físicas no DF. Sessenta já foram intimadas. Um contribuinte isento movimentou R$ 4 milhões na sua conta bancária. (págs. 1 e 21)

Justiça livra empreiteiros da cadeia
Diretores da Camargo Corrêa e doleiro ganham habeas corpus e são soltos. PF investiga origem do dinheiro doado a políticos. (págs. 1 e 8)

Farra com a verba pública nos recessos
Pesquisa do Contas Abertas para o Correio mostra que parlamentares gastam mais com passagem aérea nas férias. (págs. 1 e 2)

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Veja

A queda da casa do luxo
A condenação a 94 anos de cadeia de Eliana Tranchesi, dona da Daslu, a loja dos ricos brasileiros, pode marcar o fim de uma era de permissividade

Senado
A farra que nós pagamos

Doações ilegais – PF, juiz e promotores flagram empreiteira
A farra é deles. A conta é nossa – O Senado foi dominado por uma máquina que trabalha continuamente para burlar as leis em benefício próprio. O resultado é uma estrutura perdulária e improdutiva. (págs. 56 a 61)

Por dentro e por fora – Investigação da PF indica que diretores da Camargo Corrêa praticaram evasão de divisas e fizeram doações ilegais a políticos. (págs. 62 a 64)

Mais 1 trilhão de dólares – Governo americano apresenta o seu antídoto para anular o veneno que contamina o sistema financeiro. (págs. 66 a 70)

A utopia de uma ONU das finanças – Além de enfrentarem os efeitos da crise global, os países industrializados começam a trabalhar na construção de mecanismos de fiscalização dos mercados. É a mais difícil empreitada internacional desde o fim da II Guerra. (págs. 72 a 74)

Um abrigo contra a crise? – O pacote habitacional lançado pelo governo promete 1 milhão de casas, mas deixa mais dúvidas do que certezas sobre sua eficácia. (págs. 74 e 75)

Um dia a casa cai. Cai? – Nunca se viu coisa assim: Eliana Tranchesi, dona da loja de alto luxo Daslu, é condenada a quase um século de prisão por fazer importações ilegais. (págs. 80 a 87)


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Época

Um guia para proteger seu dinheiro

A moda de pegar rico
As prisões da dona da Daslu e dos diretores da Camargo Corrêa

Abriram o caixa da empreiteira
Ao investigar lavagem de dinheiro na Camargo Corrêa, a Polícia Federal acha indícios de doações ilegais para políticos e ligações da empresa com ministros responsáveis por fiscalizá-la. (págs. 32 a 37)

Da Daslu para o Carandiru – Acusada de ameaçar a ordem pública, a empresária Eliana Tranchesi é condenada a 94 anos e meio de prisão – mais que Marcola, o líder do PCC. (págs. 40 e 41)

Bom de negócio – Investigação de CPI mostra a multiplicação dos bens de um conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. (pág. 44)

Um passo para iluminar a história – A abertura de documentos secretos ajuda a esclarecer episódios fundamentais para o Brasil. (págs. 46 a 48)

Uma candidata em obras – O governo lança um plano para atenuar a falta de moradias. A curto prazo, seu principal resultado deve ser mais um palanque para Dilma. (pág. 32)

Entrevista – Henrique Meirelles – “Não é hora de assumir riscos. Nem de pânico” – O presidente do Banco Central afirma que o Brasil sairá desta crise mais rápido que os outros países. (págs. 70 e 71)


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ISTOÉ

Eliana Tranchesi
Proprietária da Daslu condenada a 94 anos de prisão

Ciro ataca Dilma
“Ela não tem projeto”

Caso Camargo Corrêa
O Congresso contra um juiz

O Congresso contra um juiz
Para prender diretores da Camargo Corrêa, Fausto de Sanctis mistura doações eleitorais legais com supostos crimes e provoca reação de parlamentares. (págs. 38 a 42)

Ministros em campanha – Nunca houve tantos candidatos a governador no primeiro escalão e cada um privilegia seu Estado na hora de distribuir as verbas. (págs. 44 a 47)

“Dilma não tem projeto” – Ciro Gomes diz que é candidato a presidente, ataca desempenho do PAC e cobra propostas da ministra da Casa Civil. (págs. 48 e 49)

Blindado pelo PMDB – Conselho de Ética quer investigar Padilha, mas Temer se diz satisfeito com explicações do deputado, cujo amigo empreiteiro é investigado pela PF por lavagem de dinheiro. (pág. 58)

Os dois lados da moeda – Nos 15 anos do plano que acabou com a inflação, FHC, Malan e Franco reconhecem exageros e recomendam o que não fizeram na época. (págs. 90 e 91)


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ISTOÉ Dinheiro

Como ganhar milhões com o celular
Jovens empresários brasileiros surfam na onda do iPhone e fazem fortunas com programas para a terceira geração de aparelhos móveis

Camargo Corrêa
Como uma operçaão policial pode afetar a empreiteira

Bancos
O plano da Caixa para comprar participações em empresas

Entrevista/Qiu Xiaoqi
“O mercado chinês está aberto para o Brasil” – O embaixador chinês Qiu Xiaoqi ao Brasil há apenas três semanas, mas já está otimista. Diz que a China quer aumentar os investimentos no País e elevar as importações de produtos brasileiros. “Qualquer produto que tenha competitividade será bem-vindo na China”, disse ele. (págs. 24 e 26)

Se eu fosse você – Se estivessem na equipe econômica,
FHC, Malan e Gustavo Franco, protagonistas do Plano Real, combateriam a crise com juros menores – e dizem que há espaço para isso. (págs. 30 a 32)

A receita de Lina – Secretária da Receita Federal se concentra nas grandes empresas e combate uma anistia que pode passar no Congresso. (págs. 34 e 35)

Camargo sob impacto – Quarto maior grupo privado do País, a Camargo Corrêa é alvo de uma ação da Polícia Federal, mas, apesar do estardalhaço, não deve sofrer prejuízos. (págs. 36 e 37)

Trocando juros por obras – Ideia que vem de Mato Grosso pode acelerar o PAC e ajudar o País a enfrentar a crise internacional. (págs. 38 e 39)

Um caixa forte para a Caixa – Governo prepara a criação de um braço de investimentos para o banco, que terá R$ 3 bi para comprar participações em empresas. (págs. 84 a 86)

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CartaCapital

Propina política
A PF acusa a Fiesp de intermediar doações ilegais da Camargo Corrêa a partidos. E vê indícios de corrupção no Tribunal de Contas da União

Camargoduto – Crimes financeiros – A lista de acusações da PF contra a Camargo Corrêa vai de evasão de divisas a doações ilegais a partidos. (págs. 28 a 32)

Corporação em choque – Estado – A nova proposta de Lei Orgânica da Polícia Federal opõe peritos a delegados. (págs. 34 e 35)

Serra é ainda a transição – Entrevista – Fernando Lyra fala do passado com Tancredo Neves e do presente de Lula. (págs. 36 e 37)

A retomada em obras – Habitação – O pacote de 34 bilhões quer gerar empregos e renda contra a crise. (págs. 40 a 42)

Duopólio ameaçado? – Aviação – A crise afeta o setor e derruba os resultados da Gol e da TAM. Mas também abre espaço para as novatas, como a Azul. (págs. 74 e 75)

O fim da era do incentivo? – Política cultural – O governo muda itens da Lei Rouanet para reconduzir verbas. (págs. 86 e 87)

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