11 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Bolsa de Nova York tem a pior semana em 112 anos
Foram cinco dias de prender a respiração. De segunda-feira até ontem, Wall Street viu US$ 2,178 trilhões, em valores de mercado, desaparecerem das companhias negociadas. O mais importante índice da Bolsa de Nova York, o Dow Jones, fechou a semana com o pior resultado em 112 anos de existência. Só ontem, chegou a cair 8,1% e encerrou em baixa de 1,49%.
No Brasil, a Bovespa acionou o circuit breaker, com a queda de 10,19%, mas fechou em baixa de 3,97%. A Rússia anunciou um pacote de US$ 86 bilhões e a Alemanha disse que pode estatizar parte dos bancos. No fim do dia, líderes dos países mais ricos do mundo, o G-7, defenderam uma ação "urgente e excepcional" contra a crise. O Tesouro dos EUA, pela primeira vez desde a Grande Depressão, anunciou que pode estatizar bancos à beira da falência. (págs. 1, 29 a 37, Míriam Leitão, Guia de compras e editorial "Pragmatismo")
Lula manda gastar e, mais tarde, economizar (págs. 1 e 37)
Felizes para sempre
A longa história de desencontros entre Eduardo Paes e o presidente Lula, marcada por pesadas acusações de corrupção ao presidente e a seu filho, teve ontem seu último capítulo: o ex-tucano, candidato do PMDB a prefeito, conseguiu finalmente uma foto ao lado do líder máximo do PT. Para concordar, Lula fez Paes ir a São Paulo, após o peemedebista já ter mandado uma carta para dona Marisa, se retratando das acusações feitas quando era membro da CPI do Mensalão. Lula também gravou uma mensagem para o programa eleitoral de Paes.
Antes de ir a São Paulo, Paes recebeu a adesão de Jandira Feghali (PCdoB), que, no primeiro turno, dissera que o peemedebista troca mais de partido do que de camisa. À noite, um evento de Paes com aliados no Centro do Rio transformou-se em ato anti-Gabeira, por causa das críticas feitas pelo candidato do PV à vereadora Lucinha, que tem base eleitoral na Zona Oeste. Um dos participantes ameaçou jogar ovos em Gabeira, caso ele vá à região. (págs. 1 e 3)
Marina anuncia apoio a Gabeira
Contrariando decisão do PT do Rio, a senadora petista e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva anunciou ontem apoio ao candidato a prefeito Fernando Gabeira (PV). Já o ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, amigo de Gabeira e ex-secretário do governo Cabral, tem evitado declarar seu voto. (págs. 1, 4 e Arnaldo Bloch)
Votorantim já perdeu R$ 2,2 bi no câmbio (págs. 1 e 36)
Crise muda ranking de bilionários no planeta (págs. 1 e 35)
As perdas chegam aos fundos de pensão (págs. 1 e 36)
Gabeira pede desculpas a vereadora na 3ª pessoa (págs. 1 e 8)
Kassab promete SP sem favelas em dez anos (págs. 1 e 11)
Valério é preso. Mas não pelo mensalão
Operador do esquema do mensalão no governo Lula, Marcos Valério foi preso pela PF, desta vez sob a acusação de espionagem e corrupção. Ele e o sócio Rogério Tolentino são acusados de forjar denúncias contra fiscais da Receita Federal que multaram a Cervejaria Petrópolis em R$ 104,5 milhões, por sonegação de impostos. Também foram presos policiais, empresários e advogados. (págs. 1 e 14)
Ex-presidente finlandês ganha Nobel da Paz
Num exemplo de diplomacia discreta, o ex-presidente finlandês Martti Ahtsaari foi agraciado com o Nobel da Paz pela atuação, nos últimos 30 anos, em conflitos espalhados por três continentes, como em Namíbia, Kosovo e Indonésia. (págs. 1 e 39)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Bolsas perdem 6 'Brasis' na semana
As Bolsas de todo o mundo perderam US$ 6,2 trilhões, o equivalente a seis Brasis, só nesta semana. A Bolsa de Nova York teve a pior perda semanal da história, superior à da semana do 11 de Setembro: 18,5%. Ontem o recuo ficou em 1,49% após os mercados caírem todos em seqüência. Tóquio recuou 9,62%, para o menor nível em 20 anos. Na Europa, Londres caiu 8,85%, perdendo um quinto do valor desde segunda. Madri recuou 9,14%, maior queda de sua história. A Bovespa teve a pior semana desde a crise asiática, em outubro de 1997. Ontem quando caía mais de 10% suspendeu o pregão pela terceira vez na semana. Ao final, o recuo ficou em 4%. O G7 anunciou providências conjuntas contra a crise global, informa Fernando Canzian, de Washington. A principal é a compra direta por governos de participações em bancos privados. “Cada país adotará as medidas como considerar adequado às circunstâncias”, disse Henry Paulson, secretário do Tesouro dos EUA. Segundo ele,as medidas serão imediatas. (págs. 1 e Dinheiro)
Ação do BC não consegue frear a alta do dólar
O Temor de uma recessão global espalhou-se pelo mercado de câmbio fazendo empresas e investidores decidirem comprar mais dólares para tentar se proteger. Assim, apesar de novas radadas de atuação do Banco Central- que fez três leilões de venda-, a moeda americana fechou ontem em alta de 5,27%, vendida a R$2,314. È sua maior cotação desde maio de 2006. (págs. 1 e B6)
Operação da PF prende Marcos Valério e mais 16 em 2 Estados
A Polícia Federal prendeu o publicitário Marcos Valério, que ficou conhecido em 2005 como principal operador do mensalão, e outras 16 pessoas em MG e SP. Valério é acusado de “encomendar” inquérito contra fiscais que multaram a Cervejaria Petrópolis, dana da marca Itaipava. A empresa nega relação com o publicitário, cuja defesa diz desconhecer a acusação. (págs. 1 e A4)
Votorantim tem prejuizo acima de R$2 bilhões
O grupo Votorantim informou ter tido perdas de R$ 2,2 bilhões provenientes de operações financeiras com câmbio. È o maior prejuizo reportado por uma empresa brasileira desde o inicio da crise de crédito. Somados , os prejuízos de Votorantim, Sadia e Aracruz beiram os R$ 5 Bilhões. As empresas apostavam na alta do real, que tem se desvalorizado desde agosto. (págs.1 e B6)
Influência de São Paulo é a maior do pais e vai até o Norte
Em estudo do IBGE que divide o Brasil em 12 áreas de influência de capitais, a de SP inclui mais cidades, mais de 40% do PIP e 28% da população.(págs. 1 e C1)
Editoriais
Leia “O desafio europeu”, que aborda ação dos países na crise: e “Brindes para médicos”, sobre o novo código de ética. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: G7 promete tudo para salvar os bancos
Após uma semana de perdas históricas nas bolsas de todo o mundo, o G7(grupo dos sete países mais ricos do mundo) anunciou em Washington ações para conter a crise. Elas incluem o uso de dinheiro público para recapitalizar bancos, relata o enviado especial Rolf Kuntz.
Os ministros se comprometeram a proteger os contribuintes, tentar evitar danos a outros países e reformar o sistema financeiro. As medidas coincidem com sugestões feitas pela cúpula do FMI. O governo dos EUA confirmou que vai comprar ações de bancos privados para ajudar sua recuperação, fato inédito desde a Grande Depressão.
Ontem, a Bovespa fechou em baixa de 3,97%, mas chegou a paralisar o pregão por meia hora em razão de uma queda superior a 10%. A perda na semana chegou a 20%, semelhante à de Nova York(18%), que ontem registrou recuo de 1,49%. (págs. 1 e B1 a B12)
Lula vê "terrorismo" contra Marta
Um dia após 11 ministros desembarcarem em São Paulo para apoiar Marta Suplicy, o presidente veio em socorro da petista, que largou atrás de Gilberto Kassab no segundo turno da corrida pela prefeitura. Lula pediu votos a uma platéia evangélica e apontou "terrorismo" contra Marta. "Vocês não podem retribuir o preconceito do qual já foram vítimas", afirmou a pastores, missionários e obreiros. (págs. 1 e A4)
Argentina quer impor cotas
A Argentina já pensa em adotar salvaguardas contra o Brasil para proteger seu mercado da possível "avalanche" de produtos brasileiros por causa da desvalorização do real. De acordo com fontes da Casa Rosada, o país poderá usar mecanismo que prevê a instituição de cotas de importação. (págs. 1 e B7)
Notas e informações: A um passo da recessão
Na maior parte do mundo rico, segundo o FMI, a expansão econômica será muito próxima de zero no próximo ano - e não se descarta a hipótese de um desempenho negativo. (págs. 1 e A3)
A hora da verdade
Paul Krugman: As coisas não podem piorar? Podem, se nada for feito nos próximos dias. (págs. 1 e B4)
Área de influência de São Paulo inclui mil cidades
Estudo do IBGE divulgado ontem mostra que a influência econômica paulistana se estende a parte do Triângulo Mineiro e do sul de Minas, a Mato Grosso do Sul, ao Pantanal a à Amazônia. A "metrópole nacional", com centro em São Paulo, engloba 1.028 municípios, com 28% da população e 40,5% do PIB nacional. Para especialistas, a influência é ainda maior e inclui a América do Sul. (págs. 1 e C1 a C9)
Acusado de extorsão, Valério é preso pela PF
O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do mensalão, foi preso pela Polícia Federal em Belo Horizonte. Ele é acusado de integrar quadrilha especializada em extorquir dinheiro de companhias investigadas pelo Fisco. (págs. 1 e A14)
Finlandês mediador de conflitos leva Nobel da Paz
O finlandês Martti Ahtisaari, negociador do fim dos conflitos da Ásia, África e Europa há mais de 30 anos, levou o Nobel da Paz. O comitê do prêmio citou o trabalho de Ahtisaari, de 71 anos, no Kosovo, na Irlanda do Norte e no Iraque, entre outros. (págs. 1 e A22)
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Jornal do Brasil
Manchete: EUA compram ações de bancos em crise
Encerrada a pior semana da história de Wall Street, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, informou que o governo americano vai nacionalizar os prejuízos decorrentes da crise: comprará ações de instituições financeiras. A declaração foi feita depois que o G7 (grupo dos países mais ricos do mundo) anunciar um "plano de ação" para restaurar a confiança dos mercados - abalados ontem por um dia de perdas nas bolsas de todo mundo. (págs. 1 e A2 a A6)
União
Ao lado do governador Sérgio Cabral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou depoimento de apoio ao candidato Eduardo Paes (PMDB) que será exibido no programa eleitoral. "Quem ganha é o povo do Rio", disse Lula. (págs. 1 e Eleições A11)
Gabeira se desculpa por xingar vereadora
O candidato do PV à prefeitura, Fernando Gabeira, viu-se obrigado a pedir desculpas à vereadora Lucinha, do PSDB(de sua aliança política), depois de ter sido flagrado numa conversa xingando a correligionária de "analfabeta política". O pivô do ataque foi o aterro sanitário de Paciência, que Gabeira defende e Lucinha - que teve quase 700 mil votos - combate. Com o apoio da ex-ministra Marina Silva, anunciado ontem, Gabeira agora propõe exportar projeto para Nova Iguaçu. (págs. 1 e A13)
Valério, do mensalão, é preso pela PF
Pivô do escândalo do chamado mensalão, o empresário Marcos Valério de Souza foi preso ontem pela Polícia Federal, com outras 16 pessoas. Todos são acusados de extorsão, fraudes fiscais e corrupção. Há três anos, Valério foi acusado de liderar, com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, esquema de distribuição de recursos para parlamentares da base aliada. (págs. 1 e A15)
Algo tem que ser feito agora, neste fim de semana
Paul Krugman: Os formuladores de políticas desperdiçaram as últimas semanas. Agora é a hora da verdade: eles precisam anunciar um plano de socorro neste fim de semana ou a economia mundial vai ter a pior queda desde a Grande Depressão. (págs. 1 e Tema do dia A4)
Finlandês ganha Nobel da Paz
A ex-refém colombiana Ingrid Betancourt chegou a marcar coletiva para comemorar, mas o Nobel da Paz foi para o ex-presidente finlandês Martti Ahtisaari. Em nome da ONU, ele mediou conflitos na África, na Ásia e nos Bálcãs nos últimos 30 anos. (págs. 1 e Internacional A21)
Sabotador destruía Raios X
Estudante de teologia e funcionário do Ministério da Saúde, Geneci Francisco das Chagas foi filmado quando sabotava um aparelho de Raios X no Centro Municipal de Saúde Belisário Pena. Geneci já tinha agido antes e pôs em risco a vida de pacientes. (págs. 1 e Cidade A16)
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Correio Braziliense
Manchete: Dólar nocauteia BC, empresas e turistas
O Banco Central tentou de tudo. Realizou três leilões diretos, desfez-se de mais US$ 850 milhões das reservas cambiais e lançou mão de sofisticada operação com derivativos. Tudo para aumentar a oferta e diminuir o preço da moeda estrangeira. Mesmo enfrentando tamanho arsenal, a taxa de câmbio subiu 6,9% e fechou a R$ 2,32 por dólar.
Por causa do arranque cambial, grandes empresas brasileiras vêm sofrendo perdas monumentais, estimadas em R$ 60 bilhões. Elas montaram operações especulativas, apostando na mão contrária, ou seja, na valorização do real. Por isso, estão pagando fortunas no mercado futuro. Ontem, a Votorantim admitiu prejuízos de R$ 2,2 bi.
Brasileiros que viajaram ao exterior recentemente também sentem o drama. A funcionária pública Karine Dias foi a Buenos Aires há duas semanas. Gastou US$ 1,5 mil. Mas ainda resta uma conta de R$ 480 referente à variação do câmbio entre o registro das compras e o pagamento da fatura. (págs.1, 16 a 24 e Tema do dia)
À própria sorte
Chefe da Casa Civil avisa que, ao contrário do que ocorre no exterior, Tesouro Nacional não arcará com prejuízos no Brasil. (págs.1, 16 a 24 e Tema do dia)
Semana do crash
De segunda a sexta, preços das ações têm maior desvalorização acumulada da história nas praças de Nova York e Tóquio. (págs.1, 16 a 24 e Tema do dia)
Cespe suspeito de favorecer candidatos (págs. 37 e 38)
Marcos Valério é preso acusado de extorsão
O principal articulador do mensalão, Marcos Valério, voltou à crônica policial. Ele e 16 pessoas são acusados de montar esquema de extorsão contra empresários.(págs.1 e 8)
Correria por carteira de motorista
Ampliação de aulas teóricas e reajuste de tarifas em 2009 provocam aumento de inscrições para tirar a permissão de dirigir. (págs.1 e 39)
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Valor Econômico
Manchete: Governo estima gastar US$ 20 bi das reservas
O plano de ação do governo para enfrentar a crise internacional, neste momento, conta com a possibilidade de gastar até 10% das reservas cambiais - cerca de US$ 20 bilhões - para irrigar o mercado de câmbio e com a adoção de uma política fiscal anticíclica em 2009. O uso das reservas foi uma decisão política e não há, a priori, um teto, e, sim, uma avaliação do que seria necessário.
A intenção é reduzir o superávit primário de cerca de 4,5% do PIB este ano para 3,8% no próximo exercício, como contraponto à retração esperada no nível de atividade econômica. A diferença, equivalente a cerca de R$ 19 bilhões, seria usada para investimentos em infra-estrutura. As atuais condições de endividamento do setor público permitem uma certa "ousadia keynesiana", avaliam fontes oficiais. A dívida líquida caiu para 39% do PIB em setembro, pelo fato de o país ser credor em moeda estrangeira.
Somam-se ainda ao plano de ação prover liquidez ao mercado interbancário, com a redução dos compulsórios, e o anúncio, na próxima semana, de um reforço nos financiamentos para o plantio da safra 2008/09, que também estão travados, com aumento de exigibilidades. Todas essas questões foram levadas ao presidente Lula em diversas reuniões durante a semana. Coube a ele decidir, na manhã de quarta-feira, sobre a venda de reservas cambiais para conter a desvalorização do real, após reunião com o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
Um fato totalmente inesperado para o governo foi se defrontar com empresas exportadoras em sérias dificuldades com a desvalorização do real. Ficou claro, após o reconhecimento dos prejuízos da Sadia e da Aracruz, que havia uma bolha especulativa, uma espécie de "subprime" nacional em apostas com derivativos. Apreensiva com tais informações, a área econômica solicitou ao BC e à CVM um monitoramento na Cetip e na BM&F para saber exatamente quantas e quais empresas estão nessa situação. Só depois de dimensionado o problema é que o governo terá noção mais precisa sobre o patamar em que o câmbio deverá se estabilizar.
O BC continuará fazendo leilões de dólar para dar liquidez ao mercado de câmbio, mas o gasto das reservas cambiais será parcimonioso. "Esperamos usar uns 10%", indicou uma fonte. (págs. 1, A2 e C1)
Lula se irrita com Equador e muda o tom
A escalada de ameaças do governo equatoriano a empresas brasileiras irritou o presidente Lula e o Itamaraty, que decidiram aumentar o tom da reação. Por orientação direta de Lula, foi cancelada uma missão brasileira sob o comando do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que discutiria o apoio a obras de infra-estrutura viária no Equador. O embaixador do Brasil em Quito, Antonino Marques Porto, entrou em contato com a chanceler María Isabel Salvador e disse que os "últimos desdobramentos" envolvendo Odebrecht e Petrobras "contrastam com as expectativas de uma solução favorável". (págs. 1 e A10)
Idéias
Maria Cristina Fernandes: Presidente nunca definiu eleição municipal nem teve sua sucessão definida por ela. (págs. 1 e A6)
Idéias
Armando Castelar: É recomendável a redução do gasto público corrente, como nas últimas duas crises. (págs. 1 e A11)
Alta do dólar rendeu US$ 6,5 bi ao Banco Central em setembro (págs. 1 e C1)
Dow Jones vive um 'crash' em câmera lenta
A bolsa americana caiu ontem pelo sétimo dia consecutivo, mantendo-se no rumo do que praticamente é um "crash" em câmera lenta e que já derrubou a Média Industrial Dow Jones em mais de 20%. O índice rompeu outro marco, fechando a menos de 9 mil pontos pela primeira vez desde 2003 e eliminou quase todos os ganhos do último ciclo de alta.
A quebradeira está sendo alimentada pelos temores cada vez maiores em relação ao sistema bancário e às conseqüências para o resto da economia. Os investidores ficaram apreensivos com um relatório da Standard & Poor's sobre a possibilidade de rebaixamento da avaliação de risco da GM. No total, o mercado de ações americano perdeu US$ 2,5 trilhões nos últimos sete pregões. (págs. 1 e C2)
Recessão nos EUA
Os EUA já estão em recessão. A economia deve registrar retração de 0,2% nos últimos três meses e mais 0,8% no quarto trimestre, segundo estimativa média de 52 economistas ouvidos pela Bloomberg News entre os dias 3 e 8 de outubro. De acordo com eles, a recessão será "profunda e longa". (págs. 1 e A11)
Oportunidades no câmbio
Produtores de algodão seguram as vendas no mercado interno para dar prioridade a exportações e aproveitar a alta do dólar. Cerca de 680 mil toneladas já estão comprometidas com o exterior. Em 2007, os embarques foram de 420 mil toneladas. (págs. 1 e B12)
Bolsa eleva margens
A BM&FBovespa e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia elevaram ontem, pela terceira vez em uma semana, a exigência de margens para negócios com derivativos e contratos a termo, agora de 15%. O objetivo é dar mais segurança ao mercado e reduzir o risco dos investidores. (págs. 1 e D2)
Pequenas perderam mais
Com menor liquidez e forte presença de estrangeiros, que têm vendido suas ações para fazer caixa em razão da crise, as empresas de menor capitalização na bolsa ("small caps") têm apresentado desempenho pior que o do Ibovespa. O índice setorial perdeu duas vezes mais em setembro. (págs. 1 e D1)
IGP-M volta a subir
A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) registrou alta de 0,55% na primeira prévia de outubro. No ano, o indicador acumula alta de 9,07% e, nos últimos 12 meses, de 11,76%. Os preços no atacado (IPA) subiram 0,71% ante deflação de 0,14% um mês antes. (págs. 1 e A2)
Sobretaxa à viscose
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a ampliação de tarifas antidumping sobre fibras de viscose importadas da China, Taiwan e Áustria. A medida deve vigorar por seis meses. (págs. 1 e A3)
Empresas querem adiar leilão de rodovias
A dificuldade para obter crédito com a crise financeira internacional levou as empresas inscritas nos leilões de concessão de cinco rodovias paulistas a pedir seu adiamento ao governo estadual. Uma das condições para participar da disputa é a apresentação de carta de garantia de banco ou seguradora no dia do leilão, em 29 de outubro.
Os cinco lotes representam um total de R$ 3,5 bilhões, que é o valor a ser desembolsado pelas outorgas. A Secretaria dos Transportes informa não ter recebido, até ontem, nenhum pedido oficial de adiamento por parte das companhias. O secretário Mauro Arce já teria informado empresas e bancos de sua decisão de manter a data.
Além dos R$ 3,5 bilhões do valor das outorgas, as empresas terão de realizar investimentos da ordem de R$ 9 bilhões e para isso precisarão de um empréstimo-ponte para começar as obras até que saiam os recursos do BNDES. (págs. 1 e B9)
Substituição tributária surpreende empresas
O governo do Estado de São Paulo ampliou de novo e de forma significativa a lista dos produtos incluídos no programa de substituição tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Dentre os cerca de 200 itens agora sujeitos ao regime, 76 são da área de materiais de construção e outros 50 do setor de alimentos. Os dois segmentos foram surpreendidos com as novas inclusões. A Secretaria da Fazenda confirma que a ampliação da lista não foi previamente negociada com as empresas.
Pela substituição tributária, a indústria ou o importador recolhem antecipadamente todo o ICMS que seria pago nas etapas seguintes de comercialização até a venda ao consumidor final. Com o decreto, publicado na terça-feira, a Fazenda estadual mostra que pretende expandir a substituição de forma muito mais acelerada do que esperado pelas empresas.
Desde fevereiro, quando houve a primeira ampliação do sistema, o regime já trouxe resultados ao Fisco paulista. Segundo dados da Fazenda, de março a junho a arrecadação de ICMS no segmento perfumaria e cosméticos aumentou em 295,26% em relação aos mesmos meses do ano anterior. A alta foi muito maior que os 20,78% experimentados em igual período pela arrecadação total. A elevação do recolhimento pela indústria é natural, já que o pagamento fica concentrado nessa etapa. (págs. 1 e A3)
Eike poupou IR ao vender IronX à Anglo
Os R$ 654,85 milhões desembolsados pelo empresário Eike Batista para pagar o Imposto de Renda sobre a venda da IronX à Anglo American, que engrossaram os recolhimentos de pessoas físicas à Receita Federal, são o resultado de um tipo de planejamento bastante comum para reduzir a carga tributária na venda de ativos pelas empresas. Sobre o ganho de capital resultante da operação em nome de um acionista incide apenas 15% de IR. Se esse mesmo ativo estivesse em nome de uma holding, por exemplo, o ganho de capital seria tributado com 25% de IR e 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). (págs. 1 e E1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Mercados têm dia nervoso, mas surgem sinais de reação
Nada parece acalmar o mercado. Ontem, em mais um dia de nervosismo, os índices das bolsas continuaram em queda vertiginosa, numa clara demonstração de que o mercado não acredita que as soluções globais adotadas até agora sejam suficientes para evitar uma recessão.
A Bolsa de Valores de Nova York amargou queda de 7% no sétimo pregão consecutivo de baixa. O Dow Jones fechou abaixo dos 9 mil pontos pela primeira vez desde junho de 2003. Em São Paulo, o Ibovespa fechou em queda de 3,92%, aos 37.080 pontos.
No fim da manhã de ontem, o Tesouro dos Estados Unidos anunciou que estuda assumir o controle de bancos como forma de restaurar a confiança no sistema financeiro, uma troca pela injeção de recursos de US$ 700 bilhões que será feita.
Para conter a subida do dólar, o Banco Central fez leilões de venda da moeda norte-americana aos bancos e realizou nova oferta de contratos de swap cambial, instrumentos usados para proteção contra a variação do câmbio. O dólar comercial fechou em queda pelo segundo dia, de 2,76%, cotado a R$ 2,217 na venda, após dois leilões do Banco Central, inclusive com dólares das reservas.
O comportamento da moeda americana levou a Braskem a concluir uma captação de US$ 725 milhões em operação de pré-pagamento de exportações. Os recursos foram usados para quitar um empréstimo de US$ 1,2 bilhão feito em 2007 para comprar a petroquímica Ipiranga.
É um dos sinais de que, passada a inércia inicial, a chamada economia real vai, aos poucos, buscando soluções menos traumáticas para cada caso. As empresas retomam seus discursos de investimento e crescimento. A Viação Itapemirim anunciou investimentos de R$ 50 milhões na compra de 100 novos ônibus. A General Motors e a Volkswagen resolveram reduzir também a taxa de juros para financiamento de seus modelos, a 0,99%, como forma de manter aquecida a demanda.
No início da noite, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu regras rígidas para bancos que eventualmente precisem que suas carteiras de crédito sejam compradas com dinheiro das reservas internacionais. (págs. 1, A6, B1 a B5 e C1)
Lula cancela missão ao Equador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou a missão diplomática ao Equador, prevista para o próximo dia 15, como resposta à decisão do presidente equatoriano, Rafael Correa, que reiterou esta semana sua posição de expulsar em definitivo a Odebrecht do país e assumir todas as obras da construtora, cujos contratos têm valor superior a US$ 600 milhões. O cancelamento também foi motivado pelo recente conflito envolvendo projetos petrolíferos da Petrobras, que está sendo obrigada a se transformar em uma prestadora de serviços.
Luiz Antonio Mameri, diretor da Odebrecht, afirmou à Gazeta Mercantil que a construtora não recebeu, até o fim da noite de ontem, nenhuma notificação formal sobre a decisão do governo do Equador de assumir os contratos da empresa brasileira. “Comenta-se que haverá um novo decreto ou rescisão (de contrato), mas por enquanto não fomos notificados”, disse.
Em nota, a Odebrecht voltou a afirmar ontem que aceitou “todas as exigências” equatorianas em relação ao danos causados pela paralisação da hidrelétrica San Francisco, erguida pela empreiteira brasileira e que apresentou problemas operacionais.
Ontem, o ministro equatoriano de Áreas Estratégicas, Galo Borja, disse que a Odebrecht está tratando o Equador “como um país de última categoria”. (págs. 1 e A16)
CUT prega a renovação do sindicalismo
Na presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o sociólogo Artur Henrique da Silva Santos tenta encabeçar uma campanha para mudanças nas raízes do sindicalismo brasileiro. Partidário do fim da contribuição sindical, Artur Henrique concorda com o pagamento de contribuição, desde que voluntária, decidida em assembléia de trabalhadores. “Eles (os trabalhadores) é que decidem se vão contribuir”, disse.
Crítico da política macroeconômica do governo Lula, o sindicalista acompanha a crise financeira mundial e não se furta a afirmar que o mercado pode ser livre, mas cabe ao Estado um papel regulador fundamental que foi esquecido. “Deixaram o mercado livre e leve, e acabou se chegando a uma situação de insolvência.” (págs. 1 e A7)
Câmbio anula medidas contra a alta do trigo
A desvalorização do real tornou inócuo o pacote do governo federal editado em maio para conter a alta dos preços dos derivados do trigo, que vinham pesando na inflação. Entre as medidas adotadas estão as isenções do imposto de 10% sobre importação do grão de países que não integram o Mercosul, do adicional sobre frete marítimo (25%), do PIS e da Cofins (9,25%), que devem vigorar até o fim do ano.
As medidas estimularam as importações e agora, com a chegada da safra nacional, não há mercado para o produto porque os moinhos estão abastecidos. Lawrence Pih, presidente do Grupo Moinho Pacífico, um dos maiores do País, diz que já repassou 10% ao preço da farinha de trigo. O reajuste poderá chegar a 25%, afirma.
Sílvio Farnese, coordenador de política agrícola do Ministério da Agricultura, explica que a isenção das tarifas e os outros incentivos ajudaram a reduzir a pressão sobre os preços na época. “Fizemos a nossa parte.” Para ele, os moinhos terão de assumir as conseqüências do risco. (págs. 1 e B12)
Congresso da UNE é tema de evento em SP
A presença dos ministros da Justiça, Tarso Genro, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, e de Comunicação Social, Franklin Martins, hoje na solenidade em comemoração dos 40 anos do Congresso da UNE em Ibiúna (SP), marca o peso simbólico que o governo está dando ao episódio na luta pela democracia. (págs. 1 e A10)
BM&FBovespa
Queda das ações faz BM&FBovespa perder US$ 20 bi em valor de mercado. (págs. 1 e B5)
Petróleo
Barril do WTI recua para US$ 86,59. (págs. 1 e C7)
Falta de crédito afeta empresas
Com o agravamento da crise, vários setores já estão sendo afetados, a ponto de algumas empresas cancelarem investimentos previstos para este ano. Uma das razões é a escassez de crédito. (págs. 1 e Investnews.com.br)
Opinião
Antonio Corrêa de Lacerda: A reação do governo brasileiro, embora um tanto tardia, tem sido positiva, demonstrando “espírito de prontidão” das autoridades. (págs. 1 e A3)
Opinião
Klaus Kleber: O dólar alto faz mais bem do que mal à economia. O saldo comercial pode aumentar em 2009, com o despencar das importações. (págs. 1 e A2)
Opinião
José Mauro Delella: O modelo financeiro corre sérios riscos. Além da restrição ao crédito, teremos um setor menor, mais conservador e mais regulado. (págs. 1 e A3)
Turbulência globalizada
O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn (à dir.) e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participaram de entrevistas coletivas ontem em Washington, nas quais mostraram um cenário sombrio para os próximos meses. "O Brasil não está imune à crise, mesmo com fundamentos econômicos fortes", disse Strauss-Kahn. Na coluna Diretor de Washington, Marcello D'Angelo comenta as medidas para conter a turbulência que estraçalha fortunas em todo o mundo. (págs. 1 e A13)
Luxo e conforto para a terceira idade
O País está envelhecendo. Em 2020, seremos 32 milhões de brasileiros com mais de 60 anos. De olho nesse mercado, começa a despontar um segmento voltado para as necessidades da terceira idade, com muito conforto e (por que não?) até um certo luxo. É o caso do Hiléia, aberto em dezembro de 2007, no Morumbi, que tem Cristiane D’Andrea (foto) como sócia e diretora. (págs. 1, C10 e C11)
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Jornal do Commercio
Manchete: Mercado fecha semana de caos e incertezas
Expectativa de ação conjunta dos países do G7 gerou esperança de que os mercados teriam dia positivo. Foi ilusão. Bovespa fechou com baixa de 3,97%, acumulando uma perda de 20% na semana, a maior desde a crise de Ásia, em 1997. (pág.1)
Presos vão ser rastreados por pulseiras eletrônicas (pág. 1)
Mais oito pessoas morrem na fila das UTIs do Estado
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