01 de novembro de 2008
O Globo
Manchete: Vale reduz produção em cinco países e dá férias
Para enfrentar o freio da demanda global, a Vale, maior empresa privada brasileira, decidiu reduzir a produção de minério em cinco países - Brasil, China, Indonésia, Noruega e França. Com isso, está pondo 2.300 funcionários - 4% do seu efetivo - em férias coletivas no país e no exterior. Só no estado de Minas, a Vale deixa de produzir, a partir de hoje, 30 milhões de toneladas de minério de ferro, o equivalente 10% da produção anual. Também cairá a oferta de manganês, níquel, ferro liga e pelotas.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que a desaceleração das indústrias está provocando forte queda nos preços do minério e assegurou que os investimentos da empresa serão mantidos. O executivo aposta em recuperação da economia no segundo trimestre de 2009. A Petrobras tomará mais R$ 8 bi para investir. (págs. 1, 27 a 31 e Míriam Leitão)
Presidente Lula: "O mercado é um ovo sem gema" (págs 1 e 31)
Brasília 2 X 0 Rio
A ministra Dilma Rousseff disse ontem que não haverá dinheiro para o PAC da Penha, diferentemente do que tinham anunciado o governador Sérgio Cabral e o prefeito eleito, Eduardo Paes, após encontro com ela e o presidente Lula na quarta-feira. O Rio também perdeu outra batalha: o ministro da Cultura, Juca Ferreira, anunciou que transferirá a direção da Funarte, cujo novo presidente foi anunciado ontem, Sérgio Mamberti, para Brasília. (págs. 1, 9 e 11)
Tortura deixa Dilma e AGU em lados opostos
Ex-presa política, a ministra disse considerar a tortura crime imprescritível, mas evitou criticar o recurso da AGU em defesa de torturadores. "Não é função do Executivo se posicionar sobre o alcance das leis. Cabe ao Judiciário decidir." (págs. 1 e 12)
Bethlem será o novo xerife do Rio
O atual subsecretário estadual de Governo e ex-vereador Rodrigo Bethlem, será o o xerife do Rio. O prefeito eleito Eduardo Paes anunciou ontem que Bethlem comandará a Secretaria de Ordem Pública, encarregada de combater ocupações irregulares, vans e táxis piratas e a proliferação de camelôs, entre outros problemas que atormentam o carioca. A secretaria terá sob seu comando a Guarda Municipal. (págs. 1 e 3)
Novo plano de fuga é descoberto em presídio
Cinco dias após a fuga pela porta da frente do ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, de Bangu 8, a polícia descobriu um plano de resgate do ex-PM Luciano Jerominho - filho do vereador Jerominho. Ele foi transferido do presídio Ary Franco para Bangu. O secretário de Administração Penitenciária, César Rubens, admitiu que as câmeras estavam desligadas quando Batman escapou. (págs. 1 e 14)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Crise faz Vale diminuir produção
Diante da redução da demanda, a Vale vai cortar 30 milhões de tonelada na sua produção de minério de ferro (10% do total extraído). A mineradora também reduziu a fabricação de alumínio e manganês e dará férias coletiva para os trabalhadores das unidades afetadas. A companhia deverá perder US$ 350 milhões por mês em receitas. A balança comercial pode ser afetada; até setembro, a Vale gerou 62% du superavit do pais. O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse que a crise é ''extremamente profunda, mas classificou a reducão omo ''momentânea''. A GM dará férias coletivas em São José dos Campos, o que afeta até 4.000 trabalhadores. Com as férias em outras montadoras, 73,6 mil carros (ou 31% da produção de setembro) devem deixar de ser fabricados. (págs. 1 e Dinheiro)
Para Dilma, AGU não deve decidir sobre torturador
A ministra Dilma Rousseff (casa Civil) presa e torturada pelo regime militar, disse julgar ''imprescritiveis'' os crimes de tortura cometidos á época. Advocacia Geral da União considera perdoados pela Lei da Anistia os crimes de tortura ocorridos na ditadura. ''Acho que não caberá á AGU se posicionar sobre isso, mas sim ao judiciário'', disse Dilma.(págs. 1 e A 4)
Alta do dólar reduz gasto com juro
A alta do dólar em setembro reduziu á metade o gasto do setor público (União, Estados, municípios e estatais) com juros, de R$ 12,5 bilhões para R$ 6,1 bilhões. A queda é consequência do lucro de R$ 6,5 bilhões obtido pelo BC com operações cambiais. A receita serve para abater parte dos juros da divida pública. (págs. 1 e B 5)
Gustavo Franco: Intervenção estatal funciona melhor se for feita por quem crê nos mercados
Crises financeiras existem desde sempre e são combatidas por intervenções salvadoras dos governos. Keynes herói de uma grande crise, estava longe de ser hostil ao que hoje se chama de neoliberalismo: desprezava os heterodoxos e dizia que a luta de classe o acharia ao lado da burguesia educada. Intervenções do Estado no domínio economico têm mais chances de funcionar se feitas por gente que acredita em mercados.( págs. 1 e A 2)
Editoriais:
Leia ''crédito bloqueado'', que comenta medidas do Banco Central; e ''O fiasco do diesel'', sobre poluição ambiental.( Págs. 1 e A 2 )
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Crise faz Vale cortar produção de minério
A Vale anunciou corte de 30 milhões de toneladas na produção de minério de ferro. Além disso, entrarão em férias coletivas de até 20 dias os trabalhadores de unidades no Brasil e outros quatro países. O objetivo da empresa é se adaptar ao novo cenário de crise internacional. “Não adianta gastar capital de giro para produzir algo que vamos deixar no estoque", disse o presidente da Vale, Roger Agnelli. As medidas vão representar uma redução de US$ 2,2 bilhões em exportações nos próximos 12 meses, prejudicando a balança comercial do Brasil. (págs. 1 e B1)
A força da revolução
Raúl Castro dá uma cotovelada em Lula no momento em que pedia aos jornalistas que se afastassem, em Havana; o presidente cubano chamou os repórteres de 'indisciplinados'. (págs. 1 e B4)
Frase:
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Da mesma forma que o Brasil elegeu um metalúrgico, seria extraordinário a maior economia do mundo eleger um negro". (pág.1)
Obama tenta evitar o 'já ganhou' e pede que eleitor vá votar
A campanha de Barack Obama à Casa Branca está tentando conter o excesso de confiança às vésperas da votação, nesta terça-feira. Os democratas temem que o clima de vitória acabe reduzindo o comparecimento às urnas, relata Patricia Campos Mello.(págs. 1 e A12)
Notas e Informações - Incompetência e gastança
O PAC não está atrasado por causa da crise internacional e não foi prejudicado, até hoje, por falta de dinheiro. O problema está na incapacidade gerencial e operacional do governo. (págs. 1 e A3)
Análise - Depressão ainda é evitável
Dominique Strauss-Khan: Pode ser tarde demais para evitar uma recessão nos países desenvolvidos e uma desaceleração nos emergentes, mas não para evitar uma depressão mundial. (págs. 1 e B6)
Artigo - A 'fase 1' da crise
Raul Velloso: A crise ainda não produziu todas as conseqüências de que é capaz. (págs. 1 e A2)
Quadrilha usou Panamá para lavar dinheiro da Saúde
O esquema que desviou R$ 100 milhões de hospitais e prefeituras em São Paulo, Minas, Rio e Goiás usou empresas no Panamá para lavar dinheiro. As firmas estavam em nome até de empregadas domésticas. (págs. 1 e A4)
Secretário diz que greve da polícia é reação a mudanças
O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, diz, em entrevista a Bruno Paes Manso, que a greve da Polícia Civil é uma reação a mudanças feitas na cúpula da corporação: "É um choque de cultura." (págs. 1, C1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Crise força Vale a reduzir produção
A Vale anunciou que vai cortar sua produção de minério de ferro em 30 milhões de toneladas anuais – quase 10% da previsão para este ano. O freio é decorrência do desaquecimento da economia. "A Vale é a empresa mais exposta ao mercado global", disse o seu presidente, Roger Agnelli, que prevê a recuperação internacional apenas no segundo semestre de 2009. De Cuba, o presidente Lula criticou o sistema financeiro: "O mercado é uma espécie de ovo sem gema, ou seja, vazio". (págs. 1 e Tema do dia A2 a A5)
Homens em defesa das mulheres
Foi lançada ontem a campanha nacional Homens Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres. No Brasil, a população feminina é a principal vítima das violências doméstica e sexual, da infância até a terceira idade. (págs. 1 e País A6)
Bethlem, o xerife da ordem pública
O prefeito eleito Eduardo Paes anunciou que o subsecretário estadual de Governo, Rodrigo Bethlem, assumirá a Secretaria Municipal da Ordem Pública. Bethlem comandou as operações CopaBacana, IpaBacana e BarraBacana. Sua secretaria reunirá a Guarda Municipal e diversos órgãos fiscalizadores. Será responsável por todos códigos de postura, pela vigilância sanitária e até pela fiscalização do transporte clandestino. “Agora vou pôr em prática o RioBacana”, brincou. (págs. 1 e Cidade A13)
Facilidade na fuga de Batman
As câmeras de segurança do presídio Bangu 8 estavam desligadas no momento da fuga do ex-policial Ricardo Carvalho dos Santos, o Batman, considerado integrante da milícia Liga da Justiça e suspeito da morte do diretor do Bangu 3, José Roberto Lourenço. (págs. 1 e Cidade A16)
Casa Branca: o futuro dos perdedores
Mesmo se perder as eleições americanas de terça-feira, Barack Obama manterá a aspiração à Presidência. Para analistas, o democrata tem uma imagem forte, capaz de resistir até 2012. John McCain influenciaria republicanos. (págs. 1 e Internacional A21)
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Correio Braziliense
Manchete: Planalto corrige Mantega sobre salário de servidores
Ministro do Planejamento afirma que colega da Fazenda não se referia ao reajuste do funcionalismo quando pediu ao Senado para votar contra aumento nas despesas com pessoal. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 14)
A crise ao ar livre
O dólar em alta provocou um encalhe dos produtos importados em todo o país. No Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis (GO), centenas de carros estão estocados, assim como contêineres com autopeças. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 20)
Vale corta produção de minério
Por causa da recessão mundial, principal exportadora brasileira vai deixar de extrair 30 milhões de toneladas nas minas que mantém em cinco países e concede férias coletivas no Brasil. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 16)
Que história é esta?
Campanha mostra como as crianças podem auxiliar no combate a um dos piores males do país: a corrupção. (págs. 1, 2 a 7 e Super Capa)
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Valor Econômico
Manchete: Governo reduz o superávit de 2009 para 3,8%
No início de outubro, uma alta fonte do governo disse ao Valor que o superávit primário poderia ser reduzido a 3,8% do Produto Interno Bruto no próximo exercício, caso o agravamento da crise exigisse um contra ponto à retração da atividade econômica. Agora, a decisão está tomada. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo vai efetivamente reduzir o esforço fiscal em 2009, diminuindo a meta de superávit primário de 4,3% para 3,8% do PIB. Na prática, a redução será ainda maior, uma vez que o setor público consolidado (União, Estados e municípios) vem economizando 4,5% do PIB.
Paulo Bernardo disse que "não faz sentido" aumentar o esforço fiscal no momento em que a economia dá sinais de desaceleração. A idéia é compensar, pelo menos em parte, a suspensão de investimentos do setor privado. Com o superávit menor, a capacidade de investimento público pode ser elevada em cerca de R$ 20 bilhões em 2009. "Vamos fazer o esforço que for preciso para a atividade desacelerar o menos possível", afirmou o ministro.
Ele informou que, apesar da esperada queda da arrecadação tributária, o governo manterá os gastos do Bolsa Família, o reajuste do salário minimo (estimado em mais de 12% em 2009) e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo Paulo Bernardo, o governo deve reduzir a previsão de crescimento da economia no próximo ano - de 4,5%, como estava na proposta original do Orçamento, para algo entre 3,8% e 4%. Ele considera que, nos países onde a crise está sendo mais forte, haverá um período de até dois anos para superar as seqüelas, mas o Brasil tem uma situação diferente e poderá se recuperar mais rapidamente.
De acordo com ele, o problema das aplicações das empresas no mercado de câmbio não tem a gravidade que muitos vinham afirmando e deverá ficar reduzido a algo em torno de US$ 7 bilhões.
O ministro disse também que se o Congresso não aprovar a criação do fundo soberano o governo será obrigado a esterilizar R$ 14 bilhões do superávit economizado neste ano. "A oposição quer criar dificuldades. Em tempos normais isso faz parte do jogo, mas num momento como esse é perigoso brincar com a sorte do país". (págs. 1 e Al6)
BC pressiona bancos a emprestar
O Banco Central baixou ontem circular que procura forçar os grandes bancos a comprar carteiras de crédito de instituições financeiras pequenas e médias, que enfrentam problemas de falta de liquidez. A regra funciona também como um indutor para os bancos voltarem a emprestar, em vez de aplicar recursos em títulos públicos.
Os bancos que não comprarem carteiras dos pequenos e médios ou não voltarem a emprestar vão perder dinheiro. Eles terão que recolher ao BC, sem remuneração, o equivalente a 10,5% dos recursos captados sob a forma de depósitos a prazo, como CDBs. Os bancos perdem porque, para captar esses de recursos, pagam aos clientes juros próximos à Selic, hoje em 13,75% ao ano.
Muito discutida no governo, a medida foi considerada a única alternativa diante do fracasso em persuadir os grandes bancos a assumir papel ativo na resolução da crise. Ontem, o BC teve de enxugar R$ 247 bilhões do mercado, um recorde. A quinta-feira foi mais um dia de calma. A bolsa de Nova York subiu 2,11% e a de São Paulo, 7,47%. (págs. 1, C1 e C2)
Esforço fiscal
O governo central - Tesouro, Banco Central e Previdência - obteve superávit primário de R$ 6,008 bilhões em setembro. Nos primeiros nove meses do ano, o resultado acumulado é de R$ 80,828 bilhões, ante R$ 51,495 bilhões no mesmo período de 2007. (págs. 1 e A3)
Câmbio puxa os preços
A inflação de outubro medida pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,98%, ante 0,11% no mês anterior, principalmente em razão do efeito da valorização do dólar. Os preços no atacado (IPA) subiram 1,24%. (págs. 1 e A2)
Balanços de bancos médios já mostram marcas da crise
Os cinco primeiros bancos médios que divulgaram balanço do terceiro trimestre mostraram uma característica semelhante: os depósitos encolheram, o crédito desacelerou e os lucros caíram. Os números de Daycoval, Paranabanco, Pine, Sofisa e ABC Brasil exibem as primeiras marcas da crise internacional. Esses bancos esperam uma desaceleração do crédito neste fim de ano e em 2009, em conseqüência do menor crescimento econômico, mas estão otimistas com as medidas de "desempoçamento" da liquidez anunciadas pelo Banco Central.
No Daycoval, o desacasamento de moedas em uma captação externa e a desaceleração das operações de crédito explicam em boa parte a queda do lucro líquido. No Pine, o vice-presidente Clive Botelho explicou que a carteira de crédito diminui 3,2% entre o segundo e o terceiro trimestres. (págs. 1 e C3)
Idéias
Claudia Safatle: concentração bancária deve aumentar no país. (págs. 1 e A2)
Liderança no campo
Projeções do Ministério da Agricultura mostram que, em uma década, o Brasil será responsável por 89,7% das exportações mundiais de frango e 60,6% das de carne bovina. Também será responsável por 40% das vendas de soja (73,5% no caso do óleo) e 74,3% das de açúcar. (págs. 1 e B12)
Diesel limpo
Ministério Público Federal, Anfavea, Petrobras e ANP assinaram um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecendo um novo cronograma para a utilização de óleo diesel com menor teor de enxofre no país a partir de 2012. (págs. 1 e B9)
Potencial de crescimento
Pesquisa do The Boston Consulting Group em parceria com a Anbid mostra que dos mais de R$ 2,4 trilhões em ativos de pessoas físicas disponíveis para investimentos no ano passado só R$ 260 bilhões, ou 11% do total, estavam sob gestão de "private banks". (págs. 1 e D2)
Substituição tributária
O governo paulista vai ampliar a cobrança de ICMS por meio de substituição tributária. Projeto enviado à Assembléia Legislativa propõe a inclusão de setores como brinquedos, eletroeletrônicos, máquinas e aparelhos mecânicos. (págs. 1 e A4)
Aliados de Kassab invadem tradicional reduto petista
A derrota da petista Marta Suplicy nas eleições de São Paulo colocou em risco a hegemonia de um dos seus principais grupos de apoio político, a família Tatto, que congrega um vereador e dois deputados, um estadual e outro federal. Não apenas pela derrota no reduto dos Tatto, a Capela do Socorro, bairro da periferia da capital, como pela queda na votação obtida pelo vereador da família, Arselino. O poder dos Tatto minguou com a perda da máquina pública para a base política do prefeito Gilberto Kassab. Fica na região um dos principais investimentos do PAC na capital, um projeto de reurbanização de favelas, capitalizado pelos vereadores kassabistas. (págs. 1 e A10)
Idéias
Maria C. Fernandes: PMDB é depositário de interesses conflitantes. (págs. 1 e A6)
STJ define foro de ação contra Varig
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que cabe à Justiça do Trabalho julgar o processo de uma ex-funcionária da Varig que cobra da companhia aérea Gol verbas trabalhistas não pagas no passado. Ainda que o STJ não tenha decidido se a dívida recai ou não sobre a Gol, que comprou a Varig, a decisão é apontada como um precedente importante. A disputa envolve a possibilidade de companhias que compram empresas em recuperação judicial herdarem seus débitos trabalhistas. (págs. 1 e E1)
Ulbra tenta escapar do colapso
Em meio a uma batalha jurídica sobre sua condição de entidade beneficente - cassada liminarmente pela Justiça Federal -, a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) busca uma ampla reestruturação financeira e administrativa para evitar o colapso. A instituição enfrenta ações de execução fiscal que, segundo a União, chegam a R$ 2 bilhões e tenta renegociar quase R$ 300 milhões em dívidas bancárias. Com 36 anos de atuação, a Ulbra tem 15 campi e 153,2 mil alunos. (págs. 1 e B4)
Governo japonês lança pacote de US$ 51 bi para reativar a economia (págs. 1 e A11)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos médios cortam pessoal e empréstimos
Os primeiros balanços dos bancos brasileiros de pequeno e médio portes, os principais afetados pelo aperto da liquidez, mostram uma tendência que, conforme alguns analistas e executivos do setor, será comum a quase todas essas instituições e deverá ficar mais forte neste trimestre: a redução dos empréstimos à pessoa física, além do corte no quadro de funcionários. As demissões são para reduzir custos e readequar o tamanho da estrutura, mais enxuta com a menor atividade no crédito.
O Banco Daycoval informou que está reduzindo em 10% o quadro de funcionários, de 700 colaboradores no total. As áreas mais afetadas são as voltadas para operações de varejo, segmento que pretende desacelerar. O Banco Pine também anunciou redução de 20 pessoas em um ano, assim como fez o Banco Indusval Multistock há poucos dias, quando descontinuou suas atividades na área de crédito ao consumidor e demitiu. O superintendente do Daycoval, Carlos Lazar, disse que o plano é manter as despesas estáveis. (págs. 1 e B3)
Câmbio
Dólar cai 1,73% e é negociado a R$ 2,105. (págs. 1 e B2)
BC já injetou US$ 32,8 bilhões
O Banco Central já injetou, até anteontem, US$ 32,8 bilhões para tentar conter a disparada do dólar frente ao real e amenizar a volatilidade do mercado por conta da crise financeira internacional. (págs. 1 e B2)
Incentivos globais mantêm ânimo do mercado de ações
O Japão anunciou ontem um pacote de US$ 51 bilhões de incentivos a empresas e consumidores, para ajudar o país a superar a atual turbulência. Entre as medidas está a redução em pedágios e a ajuda a consumidores. A Alemanha fará gastos de até € 30 bilhões para sustentar diversas iniciativas que devem ser anunciadas na próxima semana. Nos Estados Unidos, o Tesouro e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) finalizam medidas de ajuda a pelo menos três milhões de pessoas com prestações de imóveis em atraso, o que deve custar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.
Troca cambial é mais interessante aos americanos
O Brasil é o quarto maior credor dos Estados Unidos, atrás apenas do Japão, China e Grã-Bretanha, observa Emílio Garófalo, ex-diretor de Câmbio do BC, para justificar que a operação de swap (troca) de reais por dólares, no valor de US$ 30 bilhões, não tem nada de caritativa. “É do interesse também dos Estados Unidos”, diz. (págs. 1 e B2)
Opinião
Carlos Daniel Coradi: Normas dos EUA, como a COSO e a Sarbanes-Oxley, são adequadas. As grandes falhas, antes da crise, foram de controle e supervisão. (págs. 1 e A3)
Certificação eleva a renda no campo
Com o forte recuo nos preços das commodities, agricultores recorrem à certificação com a garantia de procedência da produção e do respeito às normas ambientais e sociais. Consultorias do setor estimam que a atividade controlada no campo pode agregar entre 3% e 10% na receita final dos produtos agropecuários, o que em tempos de crise pode ser determinante para alcançar lucro.
Isabela Becker, da fazenda Daterra, especializada na produção de café, revela que o custo da certificação pode ser alto. “Após implantado, o sistema funciona como um tipo de seguro. Eleva a confiança entre as duas pontas.” Entre os clientes da fazenda estão a tradicional torrefadora italiana Illy Café e a inglesa Fortnun&mason, que possui 300 anos de tradição e fornece a bebida para a família real britânica.
Mesmo com a crise, o Ministério da Agricultura divulgou ontem uma previsão positiva para o campo nos próximos dez anos. Conforme o estudo, a produção agropecuária deve crescer 25% no período, com uma colheita de 179,8 milhões de toneladas de soja, arroz, feijão, milho e trigo. Até lá, o País será responsável por 89,7% das exportações mundiais de aves e 73,5% das exportações de óleo de soja. (págs. 1, B11 e B12)
Exxon, BP e Shell mostram lucros recordes
O petróleo está em queda livre de preço, mas no trimestre anterior alcançou as mais altas cotações, o que levou grupos petrolíferos a contabilizar lucros recordes. Balanços do terceiro trimestre fechados pela Exxon, BP e Shell mostram ganhos recordes de, respectivamente, US$ 15 bilhões, US$ 10,3 bilhões e US$ 8,45 bilhões. (págs. 1 e C4)
Previdência Privada capta R$ 20 bi
O investidor tem aplicado mais nos fundos de previdência privada por causa da crise. Neste ano, o setor já acumula captação de R$ 20 bi. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Brasil será o sétimo no ranking de energia em 2030
De 11º colocado, o Brasil será o sétimo maior consumidor mundial de energia em 2030, projeta um estudo desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Ernst & Young. Para dar o salto, o País terá de investir no período um total de US$ 750 bilhões no setor, estima o pesquisador Fernando Garcia, da FGV.
A nova posição projeta demanda de 468,7 milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). Na posição de hoje, o Brasil consome 223,2 milhões de tep. Como o estudo considera o cenário futuro, a atual crise na economia não teve influência no trabalho.
O estudo aponta crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que em 2030 será de US$ 2,25 trilhões. (págs. 1 e C4)
Serra e a reforma tributária
O governador paulista José Serra (PSDB) propôs que a discussão sobre a reforma tributária, em tramitação no Congresso, seja adiada até que a extensão da crise econômica possa ser delimitada. (págs. 1 e A7)
Fusão BrT-Oi
Mercado diz que Oi pressiona governo ao afirmar que multa é irreversível. (págs. 1 e A6)
Femsa planeja novos investimentos
Com a fábrica de Manaus operando a plena capacidade, a Femsa, dona das marcas Kaiser e Sol, planeja realizar novos investimentos no Brasil para ampliar a produção de cerveja. (págs. 1 e C1)
Brasil vai bem no festival El Ojo
O Brasil conquistou vitórias importantes no segundo dia do Festival de Publicidade El Ojo de Iberoamerica. Foram anunciados os vencedores nas categorias Desempenho, Interativo e Local. (págs. 1 e C6)
Opinião
Norberto Stavisky: Já se prevê falta de áreas para reflorestamento. Em dez anos, os investimentos vão desembarcar em Angola, em Moçambique ou no Congo. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Revendas fecham a torneira do crédito
Acabou a facilidade para comprar veículos. Os financiamentos que vinham sendo concedidos até sem comprovação de renda e zero de entrada agora estão sendo negados. Segundo as concessionárias, a rejeição já atinge cerca de 35% das solicitações feitas. Para piorar, as taxas de juros aumentaram e os prazos de pagamento escolheram. (págs. 1 e 11)
Dólar caro alivia contas públicas (pág.1)
Sobe-e-desce na Bovespa (pág.1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Estado cobra IPVA mais cedo
Todos os donos de carros usados terão que pagar o imposto entre março e maio, sem o esquema do número da placa. Tributo dos veículos zero terá parcela única. Os revendedores se queixam. (pág.1)
Vale reduz produção em 10% por causa da crise internacional (pág.1)
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