27 de novembro de 2008
O Globo
Manchete: Lula sobrevoa SC e libera R$ 2 bi
Cinco dias depois do começo das chuvas que já mataram quase cem pessoas em Santa Catarina, o presidente fez uma visita de três horas ao estado e sobrevoou áreas alagadas. Disse que esta é a pior tragédia de seu governo. O presidente anunciou a liberação de quase R$ 2 bi para socorrer estados atingidos pela chuva e vítimas da seca no Nordeste. Santa Catarina receberá R$ 1 bilhão. Em Blumenau e Itajaí, o cenário é de destruição, com lixo e lama nas ruas. Hospitais perderam medicamentos e vacinas. Só o fechamento do porto de Itajaí causa prejuízos de US$ 33 milhões por dia. (págs.1 e 3 a 8)
Venda de sentença faz ministro do STJ virar réu
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem abrir processo penal contra o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina; seu irmão, o advogado Virgílio Medina; o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª região, José Eduardo Carreira Alvim; o juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, Ernesto Luz Pinto Dória; e o procurador regional da República João Sérgio Leal Pereira. O grupo é acusado de participar de um esquema de venda de sentenças para contraventores, bingos e caça-níqueis no Rio. (págs.1 e 13)
Do Conselho de Ética para a mesa de Lula
Acusado de desvio de dinheiro, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, teve a cassação de mandato pedida no Conselho de Ética. Depois, foi jantar com o presidente Lula. (págs. 1 e 10)
CVM aplica multa recorde a ex-banqueiro
Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, recebeu ontem a maior multa da história da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de R$ 264,5 milhões. O Banco Santos quebrou em 2004. (págs.1, 28 e 29)
Casa & Vídeo: apreensões de 30 toneladas
A Receita Federal calcula que a rede varejista teve o equivalente a 30 toneladas de produtos apreendidos, após a Operação Negócio da China. Foram ainda lacrados 15 contêineres com mercadorias no Porto do Rio. (págs.1 e 28)
Europa terá pacote de € 200 bi; BB baixa juros
Um dia após o megapacote americano, a União Européia, que reúne 27 países, anunciou que pretende investir € 200 bilhões (US$ 258 bilhões) para estimular a economia dando incentivos fiscais à Indústria e gerando emprego. A China reduziu os juros básicos, animando as bolsas. No Brasil, o BB cortou taxas para consumidores e empresas. (págs. 1 e 21 a 27)
Obama pede que executivos cortem bônus
O presidente eleito Barack Obama exigiu mais sacrifício dos executivos americanos e pediu que, diante da crise econômica, eles abram mão de suas bonificações de fim de ano. Ele incentivou os americanos ao consumo e disse que "a ajuda está a caminho". (págs.1 e 32)
O gigante que quebrou o Brasil
Anunciado como chefe do conselho econômico de Obama, Paul Volker é uma reserva moral dos EUA. Mas ao presidir o Fed (governos Carter e Reagan), deu uma elevada tamanha nos juros que salvou os bancos e quebrou o Brasil. (págs. 1 e 32)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Terror mata 86 e faz reféns na Índia
Ataques coordenados mataram pelo menos 86 pessoas e feriram mais de 250 em Mumbai (ex-Bombaim), centro financeiro da Índia, gerando pânico na cidade. Terroristas abriram fogo em sete locais, incluindo uma estação de trem e um hospital, e fizeram hóspedes de reféns em dois hotéis. Outros dois locais foram atacados com explosivos. Até a noite (madrugada de hoje na Índia), nem todos os terroristas, que usavam fuzis automáticos e granadas, haviam sido dominados, segundo a polícia. Nove deles foram presos, e dois mortos.
Um grupo desconhecido, o Mujahedin de Deccan, enviou e-mails a órgãos de comunicação reivindicando os ataques em série, que coincidem com as eleições regionais na Caxemira indiana, região de maioria muçulmana que abriga separatistas. Nos últimos anos, a Índia sofreu diversos atentados por parte de radicais islâmicos, os “mujahedin”, e extremistas hindus. Em 2006 explosões mataram 209 pessoas em Mumbai. (págs, 1 e A14)
Enchentes em SC já deixaram 97 mortos e 63 mil isolados
As chuvas em Santa Catarina já deixaram pelo menos 97 mortos, cerca de 79 mil desabrigados e 63 mil pessoas isoladas, informam José Eduardo Rondon e Vinicius Queiroz Galvão. Calcula-se que, em todo o Estado, mais de 240 mil estejam sem luz. A Defesa Civil estima que haja mais de cem desaparecidos apenas em uma cidade e que o número de mortos aumente após a baixa da inundação. Só em Itajaí, onde a enchente atingiu 80% das moradias, 24 pessoas foram presas por saques desde anteontem. Em Blumenau, o medo de ataques a casas faz famílias de vítimas montarem guarda para proteger os pertences que não foram levados pelas enchentes. A União liberou R$ 1,6 bilhões para Santa Catarina e outros Estados. Após sobrevoar a região por meia hora, o presidente Lula disse tratar-se da “pior tragédia” de sua gestão. (págs. 1 e Cotidiano)
CEF emprestou R$ 2 bilhões para Petrobras fechar caixa
Em 31 outubro, dia em que o governo autorizou a Petrobras a obter empréstimos no mercado interno, a empresa pegou um financiamento de R$ 2 bilhões da Caixa Econômica Federal. Segundo a Petrobras, o dinheiro foi utilizado para recompor o caixa após uma receita ser afetada pela alta do petróleo. A estatal nega dificuldades de liquidez. (Págs. 1 e B1)
A Camargo Corrêa desistiu de sua parte na transposição do São Francisco; governo viu quebra de contrato e aplicou multa. (Págs. 1 e B3)
Câmara precisa ter cuidado ao avaliar reforma tributária
O substitutivo da reforma tributária tem de ser discutido com cuidado na Câmara. A discussão deve envolver os Estados e ser bem apreendida pelos setores econômicos, que não devem limitar sua análise à inclusão ou não de um dispositivo que lhes atenda diretamente. O todo é mais importatne que as partes. (Págs. 1 e B8)
Coluna: Janio de Freitas
Tragédia é evitável, mas está abaixo do poder dos interesses: Já falam nos bilhões de prejuízo. Mas o que representam diante da casa perdida por uma família? O custo da orfandade de uma criança cabe nas cifras dos governantes? Os desatinos da natureza se repetem. Grande parte seria evitável. Mas estão abaixo do poder dos interesses – eleitorais, comissionais, negociais. (págs. 1 e A7)
Editoriais
Leia “Eleições suspeitas”, sobre cassação de governador; e “O recuo de Correa”, acerca de calote do BNDES. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Obama cria comitê para enfrentar a crise
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, anunciou a criação de um Comitê de Recuperação Econômica, que será chefiado por Paul Volcker, de 81 anos. Ex-presidente do Fed (banco central americano), ele ajudou a combater a crise inflacionária dos anos 80 e é bastante respeitado no país, relata Patrícia Campos Mello. "Volcker é um dos maiores formuladores de política econômica do mundo", elogiou Obama,em sua terceira entrevista coletiva consecutiva para falar da crise - para analistas, ele está tentando mostrar ao mercado que não há vácuo de poder. O comitê, cujos demais integrantes serão indicados posteriormente, dará mensalmente opiniões ao presidente. Na Europa, a UE anunciou pacote de € 200 bilhões para incentivar a economia do bloco. E a China reduziu a taxa de juros em 1,08 ponto porcentual, para 5,58% ao ano, o maior recuo em 11 anos. (págs. 1, A11, A12, B10 e B11)
Análise
Um time de veteranos da velha política
“A mudança não sairá de Washington- ela irá para Washington", dizia Obama. Agora, ele monta um governo repleto de veteranos da era política que prometeu suplantar. Numa visão prudente, se costuma dizer em Washington que “as pessoas são a política", pressupondo que a lealdade da equipe presidencial influencia o que essa equipe é capaz de fazer. (págs. 1 e A13)
R$1 bi para reconstruir SC
O presidente Lula editou medida provisória liberando R$ 1,029 bilhão para a reconstrução das áreas de Santa Catarina atingidas por inundações. Além disso, R$ 600 milhões serão destinados a outros quatro Estados. Até as 18 horas de ontem, a Defesa Civil catarinense tinha registrado 99 mortes por causa da enchente. A situação ainda é de calamidade em boa parte do Estado. Em Itajaí, moradores se recusam a deixar casas inundadas, pois bandidos fazem rondas em barcos. Em Blumenau, cerca de 4 mil pessoas estão em 46 abrigos improvisados. Na catedral da cidade, são mantidos 196 desabrigados. "O pessoal chega aqui muito cansado e sujo de lama", diz o médico voluntário Luciano Kowalski Coelho. "Tem gente que caminhou quilômetros, dois, três dias, à noite." (págs.1, C1 e C3 a C6)
BB anuncia corte de juros
O Banco do Brasil, a instituição financeira que mais elevou os juros para pessoa física neste ano, vai reduzir algumas taxas a partir de hoje, depois de orientação do Planalto. O Juro mínimo do cartão de crédito, por exemplo, cairá de 4,23% ao mês para 3,79%. A Caixa Econômica Federal informou que deve cortar juros nos empréstimos para empresas. O governo está preocupado com a alta do custo do crédito e quer que os bancos oficiais liderem a ampliação de oferta. (págs. 1 , B1 e B3).
Ministro do STJ vira réu em processo por corrupção
O STF aceitou denúncia do MPE e tornou o ministro afastado do Superior Tribunal de Justiça Paulo Medina réu em ação que apura suposto esquema de venda de decisões judiciais à máfia dos caça-níqueis. É a primeira vez que um magistrado do STJ vai ao banco dos réus. (págs. 1 e A4)
Banco Santos - Edemar é multado em R$ 264,5 mil
Ex-banqueiro recebe maior multa individual da história da CVM (pág.1 e B8)
Congresso - Pedida a cassação de Paulinho
Julgamento do deputado ocorrerá semana que vem na Câmara. (págs. 1 e A6)
Tempos de crise
Em meio a restrições, autoridades culturais fecham planos para 2009. (pág.1)
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Jornal do Brasil
Manchete: 97 mortos, 78 mil desalojados e socorro de R$ 2 bilhões
Depois de sobrevoar as regiões atingidas pelas chuvas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a liberação de cerca de R$ 2 bilhões para ajudar as vítimas das enchentes no Sul do país. O dinheiro servirá também para reconstruir a infra-estrutura dos estados afetados. O caso de Santa Catarina é o mais grave: já são 97 mortos e 78 mil desalojados. Centenas de indústrias estão prejudicadas. (págs. 1 e A2 a A4)
Rússia e Brasil assinam acordos estratégicos
Na comemoração de 180 anos de relações diplomáticas, Brasil e Rússia concordaram em acabar com os vistos de entrada nos dois países e modernizar o Veículo Lançador de Satélites brasileiro. Os sistemas serão baseados na tecnologia russa de GPS. (págs. 1 e A22)
Falta larvicida contra a dengue no estado do Rio
O Ministério da Saúde atrasou em quase 30 dias o repasse para o estado do Rio de Janeiro dos 700 quilos mensais de larvicida para combate ao mosquito Aedes aegypti. Alguns municípios já sofrem com a falta do produto e tiveram de frear as ações contra a doença. (págs. 1 e Cidade A12)
Ministro vai ao banco dos réus
O ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), vai ser processado e julgado por corrupção passiva e prevaricação, acusado de beneficiar a máfia dos caça-níqueis. As penas variam, respectivamente, de dois a 12 anos, e de três meses a um ano de reclusão. (págs. 1 e País A7)
Amazônia Legal tem parte ilegal
Dentre os 769 municípios da chamada Amazônia Legal, 436 organizaram suas cidades de maneira irregular em cima de áreas pertencentes à União e, portanto, aos olhos da lei, fazem parte de uma grilagem oficial. Entre eles estão as capitais Boa Vista e Porto Velho. (págs. 1 e A6)
Um pacote para salvar a Europa
Um dia após o governo americano anunciar socorro de US$ 800 bilhões, a Comissão Européia propôs um pacote de 200 bilhões de euros para evitar uma profunda recessão no bloco. O plano inclui cortes de impostos ao consumo e recursos para setores como o automotivo. No Brasil, também para conter os efeitos da crise, o Conselho Monetário ampliou a capacidade de endividamento da Petrobras e suas subsidiárias. (págs. 1, A18 e A19)
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Correio Braziliense
Manchete: Depois do puxão de orelha, BB baixa juros
A partir de hoje, os clientes do Banco do Brasil pagarão encargos menores se quiserem rolar a dívida do cartão de crédito. Empresas carentes de dinheiro para capital de giro, desconto de cheques ou financiamento de exportações também encontrarão taxas mais convidativas nas agências da instituição. A medida foi ordenada pelo presidente Lula na semana passada. Servirá para aquecer o comércio e amenizar os efeitos da crise mundial sobre o Brasil. A Caixa também prepara uma nova e mais barata tabela de empréstimos. (págs. 1 e 18)
Uma tragédia nacional
As chuvas em Santa Catarina já mataram 97 pessoas e há dias deixam o país consternado. Dez municípios decretaram estado de calamidade pública por causa das enchentes e deslizamentos.
Após as chuvas avassaladoras, os perigos são a incidência de doenças e a dificuldade para transfusão de sangue no socorro às vítimas. Na cidade de Gaspar, funcionários do cemitério municipal abriram várias covas para enterros simultâneos. O presidente Lula sobrevoou três cidades e autorizou uma ajuda de R$ 1,6 bi para estados atingidos por temporais. (págs. 1, 14 e 15)
Pacotão salarial terá que voltar à Câmara
MP que reajusta salário de 380 mil servidores federais é aprovada no Senado com modificações. Por isso, terá que passar por mais uma votação na Câmara. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) criticou novamente a ampliação dos gastos públicos. (págs. 1 e 4)
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Valor Econômico
Manchete: FGTS terá participação em empresas de saneamento
O dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço será utilizado para investimentos diretos em participações minoritárias em companhias de saneamento ou para a compra de papéis dessas empresas, como debêntures. Segundo o Conselho Curador do FGTS, em função do elevado endividamento das companhias estaduais de saneamento, apenas sete delas têm hoje condições de tomar financiamento, uma situação que impede o uso dos recursos disponíveis para melhorar o sistema de abastecimento de água e esgoto. A intenção do Conselho é ampliar esse leque de empresas ao atuar, como acionista, para reduzir o endividamento e melhorar a gestão.
O início do programa depende da aprovação do texto final do plano pelo Conselho, o que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2009. A dotação inicial é de R$ 10 bilhões, quantia que pode aumentar de acordo com a demanda. "Acreditamos que é um instrumento importante para conseguir capitalizar e modernizar as companhias estaduais", disse André de Souza, membro do grupo de apoio do Conselho Curador do FGTS, um dos gestores que apresentou o plano ontem, no seminário "Reestruturação do Setor de Saneamento'', organizado pelo Valor. Desde 2003, o FGTS ofereceu R$ 18 bilhões ao setor, mas conseguiu emprestar apenas R$ 8 bilhões - e só R$ 3 bilhões foram desembolsados.
Os gestores do FGTS estudaram a situação financeira das companhias estaduais e apenas uma, a Sanepar, do Paraná, foi considerada boa em todos os índices. O plano tem duas frentes. Uma, voltada às empresas financeiramente saudáveis - eles citaram Sanepar, Sabesp(SP)e Copasa(MG)-, para aquisição de debêntures e recebíveis via Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), entre outros instrumentos de mercado. Emissão privada desses papéis seria integralmente adquirida pelo FGTS em condições melhores que as de mercado .
A outra frente é a compra de até 49% das ações de empresas com grandes problemas de gestão e endividamento, que seria feita por meio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada por um fundo de investimento em participações (FIP) do FGTS (90%) mais um co-investidor (10%), que poderia ser público ou privado e teria a função de trazer expertise ao negocio. (págs. 1 e A3)
Brasil terá metas ambientais nacionais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia segunda-feira o plano de ação do governo sobre mudanças climáticas, que trará metas de redução na emissão de gases-estufa causados por desmatamento e pelos setores de transporte e energia. Serão metas nacionais e desatreladas de qualquer compromisso internacional. Com isso, Lula dará ao Brasil a imagem de protagonista no combate ao aquecimento global. (págs. 1 e A6)
Nova suspeita sobre a Sadia chega à CVM
A Comissão de Valores Mobiliários investiga o possível uso de informação privilegiada em negociação com ações da Sadia antes da divulgação, em 25 de setembro, das perdas com derivativos. No dia 10 deste mês, a autarquia encaminhou o assunto à gerência de acompanhamento de mercado. A CVM não comentou o assunto, apenas explicou que a medida não indica abertura de inquérito. Os relatórios mensais enviados pela Sadia à CVM com a movimentação de ações por executivos e pessoas do bloco de controle da empresa mostram que a diretoria negociou papéis em setembro em volume superior ao restante do ano. Também movimentaram ações enquanto dialogavam com bancos sobre as perdas. Procurada, a empresa não comentou o assunto. (págs. 1 e D1)
China corta juros e anima os mercados
A China fez ontem o maior corte de juros em 11 anos e reduziu fortemente os depósitos compulsórios, em nova tentativa de evitar uma freada brusca de sua economia. A taxa referencial de juros foi cortada em 108 pontos básicos, para 5,58% ao ano. O Banco Mundial reduziu nesta semana sua previsão de crescimento para 7,5% em 2009, em comparação aos 11,9% de expansão em 2007. Seria o pior resultado da economia chinesa desde 1990.
A ação chinesa transmitiu uma onda altista nas cotações do petróleo e nos demais mercados de commodities, das quais a China é uma gigantesca compradora. O índice CRB, composto por 19 matérias-primas, subiu 3,3%, puxado por ganhos de mais de 6% nos preços da energia. Impulsionada pela elevação das commodities, a Bovespa teve alta de 4,76%, aos 36.469 pontos. As ações preferenciais da Petrobras valorizaram 5,99%. O dólar caiu 2,06% ante o real e fechou a R$ 2,2750.(págs.1, C2 e D2 )
Crise expõe modelo de gestão na Votorantim
A crise sacudiu o grupo Votorantim e colocou xeque o modelo de gestão adotado pela terceira geração da família Ermírio de Moraes. O conglomerado fez apostas equivocadas com derivativos financeiros, que deram prejuízos de RS 2,2 bilhões, complicou-se na negociação para a compra do controle majoritário da Aracruz e negocia a venda de uma participação minoritária em seu braço financeiro.
O grupo, que anunciou no ano passado investimentos de RS 25,7 bilhões e o objetivo de dobrar a receita para RS 60 bilhões até 2012, está revisando seu plano de crescimento diante um cenário de queda nos preços das commodities metálicas e agrícolas. Obras em fábricas de celulose e de metais foram adiadas, o que deve comprometer as metas anunciadas.
A crise expôs fragilidades na estrutura de gestão, criada no fim de 2001 para acomodar os oito integrantes da família e profissionalizar a administração. ''A holding ficou pesada demais", disse uma pessoa a par da situação do grupo. Executivos da holding foram os responsáveis pelas fortes apostas com derivativos, expondo o grupo a riscos desnecessários. "Até então, o modelo funcionou bem. Não por outra razão, o grupo conseguiu obter o grau de investimento, mas houve exagero na dose''. acrescentou. A Votorantim disse que não estuda mudanças em seu modelo de gestão. (págs. 1 e B11)
Empresas recompram ações e ajudam a bolsa
Desde maio as empresas recompraram em média RS 1 bilhão de suas próprias ações por mês, ajudando a sustentar o fluxo da bolsa. As recompras fazem parte de programas de 53 companhias, que envolvem até RS 13 bilhões.
Segundo Alexandre Gartner, diretor da área de pesquisa do HSBC Bank Brasil, as recompras podem atingir até 10% das ações em circulação no mercado. As cotações atingiram baixas históricas para a maioria dos papéis lançados nos últimos anos, levando as cotações a preços inferiores aos de estréia na bolsa. "Outras empresas teriam anunciado recompra se não fosse por compromissos anteriores de fluxos de caixa e restrição de acesso a financiamentos", acredita.
Para o investidor, a recompra pode significar aumento dos dividendos . Quando recompra as ações, a empresa pode optar por cancelá-las - a base de papéis diminui e aumenta o dividendo por unidade. (págs. 1 e D5)
Dívida pública recua
A dívida liquida do setor público caiu para 36,6% do PlB em outubro, o menor percentual em mais de dez anos, em razão do superávit primário e do efeito da desvalorização cambial sobre as contas públicas. Em setembro, equivalia a 38,2%. Em 12 meses, o superávit primário está em 4,53% do PlB. (págs. 1 e A4)
A prova de crise
Com um perfil de investidores mais maduros e conservadorismo na aplicação dos recursos - menos de 5% das reservas estão investidos em renda variável -, o setor de previdência privada aposta na manutenção das taxas de crescimento ao redor de 20% ao ano, apesar da crise. (pág.1)
BNDESPar no Independência
Depois de investir na JBS-Friboi, Bertin e Marfrig, a BNDESPar aumenta sua participação no segmento de frigoríficos de carne bovina com a subscrição de até RS 450 milhões em ações do Independência. (págs. 1 e B13)
Balanço das elétricas
As empresas elétricas tiveram elevação média de 14% nos gastos operacionais no terceiro trimestre. O impacto nos balanços só não foi maior devido à alta do consumo de energia, que se manteve pelo menos até meados de novembro, segundo a Eletropaulo. (págs. 1 e D3)
Idéias
José Cezar Castanhar: medidas de caráter regulatório pelo BC eliminariam instabilidade do câmbio. Páginas 1 e Al2
Argentina anuncia 'PAC' com recursos da previdência estatizada (págs. 1 e A11)
Ex-presidente do Fed, Paul Volker vai liderar conselho de especialistas para tirar os EUA da crise (págs. 1 e A10)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Crise ajuda empresas na recompra de bônus
A turbulência no mercado financeiro internacional abriu uma janela de oportunidade para as empresas que estão capitalizadas recomprarem parte de suas dívidas no mercado externo a um custo mais baixo. A BRMalls anunciou, na segunda-feira, que realizará oferta pública de recompra de seus bônus perpétuos (sem data de vencimento).
A companhia resgatará um montante equivalente a 17% do total dos US$ 175 milhões emitidos em novembro do ano passado. Segundo o sócio-diretor da Queluz Securities, Carlos Gribel, o preço dos papéis chegou a ser negociado pela metade do que foi vendido. O Banco Pine já recomprou 10% dos US$ 150 milhões em dívida externa com vencimento em julho de 2010.
As empresas brasileiras têm US$ 2,22 bilhões em emissões externas com vencimento até março de 2009. O diretor da BCP Securities, Samy Podlubny, destaca, entretanto, que o custo para novas captações externas subiu muito de agosto para cá e que o mercado de bônus está paralisado.
A situação não é muito diferente no mercado doméstico, onde a retração da demanda por conta do agravamento da crise praticamente fechou as portas para ofertas públicas de títulos privados, como debêntures, e deixou um espaço pequeno mesmo para emissões de notas promissórias, consideradas menos arriscadas.
O resultado das poucas operações nos últimos meses revela que a maioria dos papéis acabou parada nos bancos que coordenaram as ofertas. Nem mesmo o aumento substancial da rentabilidade tem estimulado o apetite dos investidores. (págs. 1 e B1)
Lula quer maior integração entre os países do Bric
Os países integrantes do Bric, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia e China, devem aproveitar a crise financeira internacional para se fortalecer. Durante encontro diplomático com o presidente russo, Dmitri Medvedev, Lula defendeu uma maior integração entre as nações que compõem o grupo.
No próximo ano será realizado um encontro dos países do Bric na Rússia, com o objetivo de estreitar a cooperação comercial e definir parcerias. Medvedev ressaltou que as nações emergentes não foram as responsáveis pela crise, mas ponderou que as saídas para este período de turbulência não serão uma tarefa fácil.
“A Rússia e o Brasil, junto com outros países, mas sobretudo China e Índia, têm condições de tirar dessa crise não lágrimas, mas oportunidades de fazer com que nossas parcerias sejam mais fortes”, declarou o presidente Lula após a cerimônia de assinatura de acordos de cooperação com o presidente russo. A solenidade teve como palco a sede do Itamaraty no Rio de Janeiro. (págs. 1 e A7)
Tragédia paralisa economia de SC e Lula libera socorro de R$ 2 bilhões
As chuvas incessantes em Santa Catarina, que já atingiram 1,5 milhão de pessoas, vão provocar perdas de R$ 600 milhões no PIB do estado este ano, o equivalente a um mês de parada das atividades da indústria, comércio, serviços e agricultura, pelas estimativas iniciais da Secretaria de Planejamento local. No porto de Itajaí/SC (foto), os prejuízos são de US$ 100 milhões e outros US$ 200 milhões em mercadorias deixaram de ser movimentados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva liberou cerca de R$ 2 bilhões em recursos para defesa civil, portos, estradas, saúde e forças armadas. (págs. 1, A8 e A9)
Solidariedade em meio ao caos
O cenário de horror, com casas penduradas em morros, famílias destruídas, economia parada e pessoas ilhadas e sem comer, desperta o espírito de solidariedade humana. Empresas como a Votorantim e a Dudalina, de Blumenau, disponibilizaram água potável de suas fábricas para uso da população. (págs. 1 e A8)
Energia elétrica
Consumo brasileiro sobe 5,5% em outubro. (págs. 1 e C5)
Infra-estrutura
Leilão das linhas de transmissão das usinas do Madeira tem deságio de 7,15%. (págs. 1 e C5)
Fluxo cambial é US$ 1,7 bi negativo
A saída superou o ingresso de dólares no País pela sétima semana. Dados do Banco Central mostram que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,762 bilhão, a segunda pior semana desde o agravamento da crise global. (págs. 1 e B2)
Mudanças no ranking dos fundos
As recentes fusões e aquisições no setor bancário devem modificar o ranking dos fundos de investimento. O Banco do Brasil se mantém na liderança. (págs. 1 e Investnews.com.br)
Opinião
Everardo Maciel: A reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional é uma reedição ampliada de velhos equívocos. Reduzir a zero as alíquotas interestaduais do ICMS é um deles. (págs. 1 e A3)
Opinião
Klaus Kleber: Em vez de balelas, como repatriação de capitais, Brasil e Argentina deveriam fortalecer o Mercosul e estimular o comércio bilateral, que pode ser feito em suas moedas nacionais. (págs. 1 e A2)
Desmatamento recua 81%
O desaquecimento do agronegócio alterou o ritmo de desmatamento. Em outubro, a Amazônia perdeu 102 quilômetros quadrados de florestas, queda de 81% sobre 2007. (págs. 1 e A6)
Autopeças esperam decisão das montadoras
Indústrias de autopeças usam banco de horas, antecipam férias, realocam produção para o exterior, enfim, contornam efeitos imediatos da crise enquanto aguardam posição mais firme das montadoras sobre os volumes de veículos que serão montados no primeiro bimestre de 2009. “Acreditamos que a crise é passageira e não queremos desmontar equipe treinada”, diz Mário Butino, presidente da Dura Automotive. (págs. 1 e C6)
Ações da Sadia sobem 15% em dois pregões
A fragilidade das companhias diante da crise de liquidez criou um ambiente propício à propagação de boatos de fusões e aquisições. Nesta semana, as ações da Sadia S.A. (que até o fim de setembro tinha registrado perdas de R$ 653 milhões com derivativos) valorizaram-se 15% em dois dias, alimentadas pelo rumor de que a companhia seria comprada pela suíça Nestlé. O boato foi levado a sério pelo mercado e depois desmentido pelas empresas. “A operação seria incoerente. Mas, de fato, a Sadia precisa de mais capital para continuar crescendo”, diz Peter Ping Ho, da Planner Corretora. (págs. 1 e B11)
UE anuncia pacote e China corta juros para conter retração
A Comissão Européia, braço executivo da União Européia (UE), propôs ontem um pacote de estímulo contra a crise, de US$ 256,2 bilhões (cerca de € 200 bilhões). A proposta da UE é a mais recente de uma série de medidas destinadas a fazer frente ao impacto da turbulência financeira mundial, especialmente após o bloco se encaminhar para uma recessão no terceiro trimestre. No entanto, a maior parte do dinheiro já foi anunciada pelas principais economias da zona do euro. Ontem, a China fez o maior corte na taxa de juros em 11 anos, menos de três semanas depois de anunciar um pacote de incentivo de US$ 586 bilhões. (págs. 1 e A16)
Paul Volcker na equipe de Obama
Em sua terceira entrevista coletiva sobre economia na semana, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, ontem, o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) Paul Volcker como líder de uma nova comissão criada para ajudar o próximo governo a evitar o “conformismo” econômico.
Volcker, 81 anos, chefiará o Painel de Conselheiros para a Recuperação Econômica da Casa Branca e, segundo Obama, fornecerá “uma injeção de idéias vindas de todos os cantos do país e de todos os setores de nossa economia”.
Nomes como Volcker e Lawrence Summers, como futuro chefe do Conselho Econômico Nacional, são elogiados pelo economista Alkimar Moura, professor da FGV. “Obama está convidando especialistas em crises, o que é um fator de confiança para essa nova equipe”. (págs. 1 e A16)
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Estado de Minas
Manchete: Dengue põe sete cidades em risco
A proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, ameaça causar uma epidemia da doença em pelo menos sete cidades mineiras: Vespesiano, Ribeirão das Neves, Sete Alagoas, Governador Valadares, Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano. O alerta é do Ministério da Saúde. Problemas políticos e administrativos, como o desmatamento de equipes de combate à doença, facilitaram o avanço do mosquito em Minas. A omissão e até a resistência de moradores em abrir as portas dos agentes de zoonoses agravam a situação. (pág.1)
Desemprego na capital é o mais baixo em 12 anos (pág. 1)
Troca de favores no Dnit em Minas (pág. 1)
Aécio escolhe novo chefe do MP estadual (pág. 1)
Mundo pede a consumidor que compre (pág.1)
Fórum em BH alerta para o risco de falta de água no mundo (pág.1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Refeições perigosas
Seduzida pelos preços, população come em barracas do Centro apesar do risco à saúde, com alimentos manuseados sem o mínimo cuidado. O rastro de sujeira também é um problema do comércio. (pág. 1)
Mortes chegam a 97 em Santa Catarina e ainda vêm as doenças (pág. 1)
Renúncia fiscal da prefeitura do Recife é considerada irregular (pág. 1)
DEM vai ao TSE (pág. 1)
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