09 de novembro de 2008
O Globo
Manchete: União estourou em R$ 8,3 bi gasto com pessoal este ano
Com a política de reajuste dos servidores e criação de cargos, o governo federal estourou em R$ 8,3 bilhões as despesas deste ano com folha de pessoal e encargos sociais nos três poderes, informa Cristiane Jungblut. No Orçamento da União, R$ 137,6 bilhões eram destinados à folha de pagamento, valor que subiu para R$ 145,9 bilhões ao longo de 2008, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Essa quantia adicional equivale a 50% da verba para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a 80% do orçamento do Bolsa Família. No Congresso, cresce a preocupação com o aumento de despesas, diante da previsível queda de receita causada pela crise econômica. (págs. 1 e 3)
Drible para contratar parentes
Para burlar a decisão do STF contra o nepotismo, a chefe de gabinete da Liderança do PMDB no Senado, Edilamar de Oliveira Nóbrega, demitiu um funcionário de uma empresa terceirizada para contratar a filha. A chefe acabou exonerada. (págs. 1, 8 e 9)
Trabalhador do ABC paulista teme demissão
Com a queda de vendas devido à crise e os pátios das montadoras mais cheios de carros, trabalhadores do ABC paulista vivem um clima de apreensão e medo de demissões. Em meio a cortes de horas extras, alguns se preparam para um Natal modesto e de menos gastos. (págs. 1 e 31)
Cinco bancos detêm 3/4 dos ativos no país
Com a fusão de Itaú e Unibanco, o Brasil saiu do 7º lugar no ranking de concentração bancária da América Latina e encostou no 2º colocado (México). Passou Argentina, Colômbia, Chile e Equador. Os cinco maiores bancos do país detêm 75% dos ativos. (págs. 1 e 29)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Funcionalismo custa mais que dívida
Os gastos com o funcionalismo federal vão superar neste ano os encargos da dívida pública e se tornar a segunda maior despesa da União, só atrás dos benefícios da Previdência Social. Desde 2006, o Planalto aproveita os recordes na arrecadação tributária para dar aos servidores reajustes salariais muito superiores aos da iniciativa privada. Segundo as estimativas, a folha de pagamentos de ativos e inativos será de R$ 133,4 bilhões em 2008, alta de R$ 6,5 bilhões em relação ao estimado antes da edição de três medidas provisórias com benefícios à maioria das carreiras do Executivo. Já os gastos com juros da dívida deverão cair pelo terceiro ano seguido. Após o recorde de R$ 129 bilhões em 2005, a conta anual deverá ficar R$ 25 bilhões menor. Pelas previsões oficiais, essa ordem de gastos será mantida em 2009, quando o governo terá de reduzir despesas em pelo menos R$ 8 bilhões devido aos efeitos da crise global. Como aposentadorias, salários e juros são gastos obrigatórios, todos com tendência de alta, o corte deve afetar investimentos, como os do PAC. (págs. 1 e B1)
Biodiversidade da Calha Norte surpreende especialistas
A maior série de expedições biológicas na Amazônia nos últimos anos está descobrindo uma riqueza natural inesperada na chamada Calha Norte, região no noroeste do Pará cobiçada por mineradoras e madeireiras. Em 2006, o governo do Pará criou cinco unidades de conservação na área. O mapeamento delas derruba o mito de que a região é mata homogênea, diz o biólogo Alexandre Aleixo. (págs. 1 e A26)
Justiça autoriza mais de mil grampos por dia no Brasil
Dados oficiais das operadoras de telefonia enviados à CPI dos Grampos revelam que foram feitas pelo menos 375.633 escutas telefônicas com autorização judicial em 2007 – em média, mais de mil interceptações por dia. Há prorrogação além do limite e escutas determinadas por varas de família, o que é ilegal. Para o presidente da CPI, Marcelo Itagiba, os dados comprovam “descontrole absoluto”. (págs. 1 e A4)
Lula afirma que crise não poupa ninguém e prega contra “pânico”
O presidente Lula abriu o encontro dos ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20 (as 20 maiores economias do mundo) com discurso anti-pânico. “Não podemos permitir que o pânico atinja setores produtivos”, afirmou. O presidente lembrou a ameaça de recessão e disse que nenhum país está livre do contágio, contrariando sua tese inicial de que a crise viraria “marolinha”. (págs. 1 e B7)
Dinheiro
Para presidente do Itaú, pior fase da crise econômica já passou. (págs. 1 e B5)
Editoriais
Leia “Compasso de espera”, que comenta entrevista de Obama; e “Choque térmico”, acerca de crise no Brasil. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Lula acusa países ricos e pede emergentes na solução da crise
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reivindicou ontem, na abertura da reunião do G-20, em São Paulo, maior participação dos países emergentes na nova arquitetura financeira internacional. Lula declarou que “o G-7 não tem mais condições de conduzir sozinho” a solução da crise. (...) Ele advertiu ainda que “nenhum país está a salvo, todos estão sendo contagiados”. (págs. 1 e B1)
Freada pega montadoras em plena aceleração
A indústria automobilística brasileira, após vários recordes, prevê queda brusca de vendas e prepara ajuste, que pode incluir cortes. (págs. 1 e B11)
Um em cada 5 servidores diz que já recebeu propina
Uma proporção de mais de um em cada cinco funcionários públicos (22,5%) admite já ter descumprido a lei, segundo pesquisa da Universidade de Brasília (UnB). Grupo um pouco menor (18,1%) confessa ter cobrado propina para atender a pedido legítimo de algum cidadão. O levantamento, encomendado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, mostra que 51,3% dos servidores se acham éticos e 11,9% têm desprezo pela profissão. (págs. 1 e A4)
Desmatamento anula benefício do etanol na atmosfera
Desde que a tecnologia Flex Fuel chegou ao mercado de automóveis, há cinco anos, o Brasil deixou de emitir 42,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, o que equivale a mais de três anos de emissões da cidade de São Paulo. O problema é que essa economia de cinco anos é anulada em apenas um mês pela emissão de gás carbônico causada pela combustão da floresta tropical por conta do desmatamento, informa Herton Escobar. (págs. 1 e A24)
Notas e Informações – A recaída do presidente
O presidente, em plena crise, só pensa em sua sucessão. Por isso, ele teve uma recaída, voltando a exibir os sintomas da síndrome da marolinha. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: As barreiras de Obama ao Brasil
Há uma encruzilhada no horizonte do futuro governo Barack Obama em relação ao Brasil: embora emita sinais de mudança no diálogo com outras nações e no comércio internacional, o presidente eleito dos EUA mostra resistência à redução das taxas sobre o etanol brasileiro. Também são dúvidas as barreiras comerciais impostas ao algodão, à carne, ao tabaco, entre outros produtos. A crise, o protecionismo democrata e as promessas eleitorais são alguns dos entraves que o Brasil pode enfrentar quando Obama se instalar na Casa Branca. No debate, a dúvida sobre como ele se comportará num planeta com mais potências. (pág. 1, Economia, A1, e Internacional, A28)
Álcool salga a conta do SUS
As internações e tratamentos ligados ao álcool fizeram o SUS gastar, de 1998 a 2006, o suficiente para mais de 12 mil transplantes de coração ou 7 mil de fígado. A conta embasa a ação de R$ 2,8 bilhões movida pelo Ministério Público Federal contra as cervejarias. (págs. 1 e País, A16 e A17)
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Correio Braziliense
Manchete: Lula quer pacto em defesa do emprego
Países do G-20 devem preservar o setor produtivo dos efeitos da crise financeira, defende o presidente em São Paulo. Segundo ele, os líderes mundiais precisam vencer o medo e estimular o comércio internacional. (págs. 1 e 23)
Habitação – O Brasil dos 270 mil sem-teto
Segundo dados do Ipea, o número de desabrigados é o dobro do verificado há 15 anos e continua a avançar pelo país. O aumento nos preços dos imóveis e do aluguel tem forçado parte da população a migrar das áreas centrais para a periferia, onde nem sempre as condições de moradia são adequadas. (págs. 1, 12 e 13)
Servidores do Congresso a serviço dos partidos
Apesar da recomendação contrária do TCU, parlamentares do PMDB e do Democratas continuam a confundir os espaços público e privado. Usam funcionários de gabinete e lideranças partidárias para trabalhar nas sedes das legendas. (págs. 1, 2 e 3)
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Valor Econômico
Manchete: Balanços mostram lucros históricos e futuro incerto
As companhias de capital aberto devem obter o melhor resultado da história no terceiro trimestre, com lucros recordes, mesmo com a trapalhada dos derivativos e o efeito da variação cambial sobre as dívidas. Um levantamento de 68 balanços publicados até ontem mostra uma perda financeira mais de dez vezes maior que a do terceiro trimestre de 2007. Apesar disso, o conjunto de empresas fechou o trimestre com lucro líquido 25% superior ao do mesmo período do ano passado.
A receita das vendas cresceu 22%. Porém, mais surpreendente foi o resultado da atividade (antes do financeiro), que foi 34% maior, mostrando que houve redução de custos e despesas. O quadro do trimestre é tão deslumbrante que destoa completamente do momento por que passa a economia depois do choque financeiro global, que agora começa a chegar às empresas do setor produtivo. Esse contraste e números mais recentes, como vendas da indústria abaixo do esperado em outubro, sugerem que os balanços do terceiro trimestre ficarão na história como o ponto mais alto da curva.
Ainda não está claro como as empresas vão se comportar no ambiente de restrição de crédito e desaceleração de consumo deste quarto trimestre. É razoável esperar queda nas vendas e novo impacto cambial. No terceiro trimestre, a variação do dólar foi de 20%, o que se refletiu fortemente nas despesas financeiras. Mas o dólar continuou subindo e, até ontem, já acumulava alta de 10% em relação a 30 de setembro. Além disso, deverá haver mais ajustes de derivativos, como no caso da Aracruz, que fechou nesta semana um acordo com os bancos para encerrar seus contratos.
"Os lucros das empresas serão menores no quarto trimestre", prevê Ricardo Tadeu Martins, da Planner Corretora. Assim, o balanço de outubro a dezembro deverá ser o primeiro termômetro do que esperar para 2009.
O que se avizinha é um trem em alta velocidade prestes a reduzir o ritmo - se será uma desaceleração suave ou um tranco, ainda não se sabe. E os vagões estão carregados: as empresas fecharam o trimestre com R$ 54,7 bilhões em estoques, 32% acima do mesmo penado de 2007. Talvez seja demais para o apetite da demanda no pós-crise. (págs. 1 e D1)
União alonga prazos para recolhimento de impostos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem mais um conjunto de medidas para oferecer crédito à economia. O governo colocará à disposição do BNDES mais R$ 10 bilhões para empréstimos às pequenas e médias empresas e companhias exportadoras. Impostos como IPI, PlS-Cofins, Imposto de Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária terão seu prazo de recolhimento alongado por até dez dias. O governo ainda vai assegurar a política de preço mínimo agrícola, com a compra pelo valor fixado ou pagando a diferença entre este e o preço de mercado. (págs. 1 e A3)
Caro, crédito à exportação reaparece
Depois da aguda escassez das últimas semanas, as linhas de financiamento à exportação começaram a reaparecer, embora os custos continuem muito elevados e os prazos de vencimento, curtos. Empresas de médio porte chegam a pagar 20% de juros ao ano no Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).
Segundo dirigentes de empresas, o Banco do Brasil foi o primeiro a destravar o crédito para a exportação, mas bancos privados também retomaram os financiamentos. A demanda das empresas por ACC está bem menor que o usual, já que os clientes adiaram encomendas. "Sentimos que as linhas de financiamento começaram a aparecer, mas o custo ainda está muito alto", disse Carlos Zignani, diretor da Marcopolo. (págs. 1 e Cl2)
Inflação acelera
O Índice Geral dos Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em outubro, pelo segundo mês consecutivo, depois de ter registrado em agosto a primeira deflação desde o início de 2006. A alta foi de 1,09%, após avanço de 0,36% em setembro. No ano, o IGP-DI acumula alta de 9,51%. (págs. 1 e A2)
Câmbio favorece serviços de TI
Alta do dólar favoreceu as empresas brasileiras de serviços de tecnologia, como hospedagem de dados, suporte e software, que ampliaram as margens e ficaram mais competitivas em relação aos concorrentes estrangeiros. (págs. 1 e B2)
Turismo busca alternativas
Dois meses de tensão no mercado financeiro e de forte alta do dólar derrubaram a venda de viagens internacionais em até 80%. Agências de turismo reduzem preços, negociam descontos com hotéis e dão ênfase às viagens de nacionais para manter os negócios. (págs. 1 e B4)
Brasil ameaça levar etanol à OMC
O Brasil e mais sete países ameaçam ir à OMC contra barreiras impostas pela União Européia ao etanol. Os europeus discutem diretrizes para que o produto seja considerado sustentável e possa ser importado. (págs. 1 e B12)
Para Lamy, Brasil perde sem Doha
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, considera que a não-conclusão da negociação comercial global trará "custos evidentes" ao Brasil na venda de produtos agrícolas e também de bens industriais a nações em desenvolvimento. Lamy recebeu o Valor em seu gabinete para a primeira entrevista após anunciar, na terça-feira, sua intenção de continuar no comando da OMC. Disse apoiar a tentativa do Brasil de arrancar dos chefes de governo, dia 15, em Washington, o prazo de três semanas para os negociadores tentarem fechar a Rodada Doha. (págs. 1 e Al4)
BB negocia fatia do Votorantim
Estão bastante avançadas as negociações para que o Banco do Brasil fique com uma fatia relevante do capital do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Há boas chances de que o fechamento do negócio seja anunciado nos próximos dias, já que um dos principais entraves - a governança - foi superado.
O BB não negocia o controle acionário, mas participação próxima à metade do capital - até 49%. Esse desenho agrada as duas partes. A família Ermírio de Moraes preservaria seu neg6cio bancário. Para o BB, não estatizar o banco significa manter a agilidade e competitividade, especialmente na contratação de fornecedores e pessoal. Como estatal, o Votorantim passaria a depender de licitações e concursos, assim como o Banco do Brasil.
Apesar de concordar em vender praticamente metade do capital, o grupo Votorantim insistia em preservar o comando exclusivo do banco. Chegou-se a um acordo para o comando compartilhado. O preço ainda não está fechado. Se conseguir fechar essa operação e concluir a compra da Nossa Caixa, o BB terá ativos de R$ 543 bilhões e encostarão nos R$ 575 bilhões (dado de setembro) do novo líder do setor. o Itaú Unibanco. (págs. 1 e C1)
Shell prepara perfuração no pré-sal
Com 13 concessões de petróleo no Brasil, sendo nove em fase exploratória, duas em desenvolvimento e duas em produção (os campos de Bijupirá e Salema). A Shell vai começar a perfurar a área de pré-sal pelo campo de Epitônio, no fim de 2009, quando chegará ao Brasil uma sonda contratada especialmente para o local. A companhia tem 100% da área, além de outros trés blocos no pré-sal em Santos como sócia não-operadora.
A Shell também descobriu os campos Atlanta e Oliva, na bacia de Santos. Mas o óleo é do tipo extrapesado e com alto grau de acidez, por isso, ainda discute com as sócias Petrobras e Chevron as caríssimas opções de desenvolvimento da área. A empresa aguarda para dezembro ou início de janeiro a chegada de uma plataforma flutuante que vai produzir petróleo e gás no bloco BC-1O. (págs. 1 e B8)
Idéias
Armando Castelar: Mesmo quando a crise passar, bancos e empresas terão menos financiamento externo. (págs. 1 e A13)
Idéias
Claudia Safatle: TST não reconhece acordo coletivo da Volks que parcela participação nos lucros. (págs. 1 e A2)
FGTS dos domésticos
O governo vai enviar ao Congresso projeto de lei estabelecendo a obrigatoriedade do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os empregados domésticos, até agora facultativo. A contribuição é de 8% do salário bruto. (págs. 1 e A2)
Avanços e impasses nos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Mais alimentos
A produção mundial de cereais deverá alcançar 2,241 bilhões de toneladas na temporada 2008/09. Se confirmada a alta de 5,3%, marcará um novo recorde. Pela primeira vez em quatro anos, a produção deverá superar com folga a demanda. (págs. 1 e B12)
A produção mundial de cereais deverá alcançar 2,241 bilhões de toneladas na temporada 2008/09. Se confirmada a alta de 5,3%, marcará um novo recorde. Pela primeira vez em quatro anos, a produção deverá superar com folga a demanda. (págs. 1 e B12)
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Gazeta Mercantil
Manchete: FMI e governo cortam projeções para o PIB
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem relatório especial com revisão para baixo de todas as projeções de crescimento das economias e regiões para o próximo ano. A correção de curtíssimo prazo foi extraordinária, uma vez que o Fundo costuma divulgar seus relatórios globais semestralmente e fazer atualizações trimestrais, e já foi adotada em outras crises.
A versão atualizada do relatório semestral Panorama Econômico Mundial do FMI reduziu em 0,8 ponto percentual a projeção de crescimento mundial em 2009, para 2,2%, e em 0,2 ponto a de 2008, para 3,7%.
Na opinião do economista Paulo Sandroni, da Fundação Getulio Vargas, essa revisão para baixo das previsões de expansão do PIB para todas as economias feita pelo FMI é a confirmação do fato de que “o mundo já se encontra em recessão” e o Brasil está perto de uma estagnação. “O que está havendo é um ajuste normal dos fatos e agora há mais realismo nas previsões”, afirma.
Apesar de manter a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2008 em 5,2%, o FMI também cortou em 0,5 ponto percentual a previsão de 2009, para 3%. Este percentual ficou em linha com as estimativas dos analistas de mercado brasileiros, mas abaixo da previsão otimista do governo.
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou também a redução para baixo da expectativa de crescimento do PIB brasileiro. A projeção foi revista de 4,5% para 4%. (págs. 1, A11 e A7)
Reunião do G-20
Representantes do G-20 discutem saídas para a crise em São Paulo. (págs. 1 e A11)
Opinião
Marcos Cintra: Cabe ao governo agir para isolar o Brasil do contágio da crise. Em emergência, é válida traqueotomia executada com canivete sujo. (págs. 1 e A3)
Aversão ao risco afeta fundos
A aversão ao risco chega aos fundos de investimento, que, a cada mês, registram mais saques. Em outubro, foram resgatados R$ 31,8 bilhões e, no ano, a debandada representa 5% do patrimônio. (págs. 1 e investnews.com.br)
Opinião
Klaus Kleber: As montadoras de veículos enviaram milhões para o exterior para ajudar suas matrizes. Agora, o governo lhes dá uma ajuda. (págs. 1 e A2)
Falta de crédito tira carro 1.0 da liderança
Devido à escassez de crédito, carros com motor 1.0 perderam a liderança de 14 anos no mercado. No pior outubro em vendas dos últimos nove anos, veículos com motor até 2.0 somaram 51,3% das vendas, ante 47,2% dos carros 1.0. “A escassez de crédito afetou mais o consumidor de baixo poder aquisitivo”, afirmou ontem o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, que acredita na retomada das vendas com os recursos prometidos pelo governo federal. (págs. 1 e C1)
Petróleo: Preço do barril WTI cai para US$ 60,77. (págs. 1 e A12)
Empresas de energia mantêm projetos
As turbulências globais não alteraram planos no setor energético. A Energias de Portugal (EDP) colocou o Brasil como um dos principais pólos de crescimento do grupo em seu plano de investimentos anunciado ontem em Lisboa, com aporte de R$ 4,4 bilhões entre 2009 e 2012. “Já temos confirmados para o ano que vem R$ 1,2 bilhão”, diz António Pita de Abreu, presidente da subsidiária da EDP Energias do Brasil.
Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que está na pauta da comissão responsável pela elaboração do Plano Nuclear Brasileiro a possibilidade de instalar até seis novas centrais nucleares no País — sem contar Angra 3. O executivo diz que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender à crescente demanda brasileira”. Tolmasquim salientou, ainda, que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio. “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e Brasil.”
Recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Pequenas Centrais Hidrelétricas devem superar R$ 1 bilhão neste ano, frente aos R$ 880 milhões de 2007. O banco analisa 83 projetos, no total de 1,6 mil MW. (págs. 1 e C4)
As empresas que o Brasil precisa conhecer
A fusão entre o Itaú e o Unibanco pode levar a um movimento vigoroso em um setor já marcado por forte concentração. Levantamento da Austin Rating mostra que de 2003 até junho, os cinco maiores bancos ampliaram de 59,3% para 72,2% a participação no total do crédito no País. (págs. 1 e B1)
Fundo dos EUA processa Sadia por perdas com derivativos
Enquanto no Brasil se discute a apuração dos responsáveis pelas operações que levaram a Sadia S.A. a um prejuízo de R$ 653 milhões com derivativos, o fundo de pensão americano Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds protocolou uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra a empresa brasileira. O processo acusa vários executivos da Sadia, inclusive o presidente Gilberto Tomazoni, de terem feito “jogo de apostas” sem revelá-lo aos seus acionistas. A Aracruz, que assumiu perdas de US$ 2,13 bilhões, discutirá em assembléia se processa o ex-diretor Isac Zagury. (págs. 1, B12 e A10)
Lucro da AmBev cresce 60,9%
O lucro líquido da AmBev cresceu 60,9% no terceiro trimestre, para R$ 949 milhões, apoiado em variações cambiais sobre investimentos em moeda estrangeira. A companhia está apreensiva em relação a mudanças tributárias no Brasil. (págs. 1 e C5)
Ericsson vê oportunidades
O elevado índice de nacionalização na fábrica de São José dos Campos (SP) deixa a Ericsson mais confortável em relação aos concorrentes, mais atingidos pelas variações cambiais. O diretor financeiro, Marcos Santos, vê oportunidades na turbulência. (págs. 1 e C7)
Marketing verde ganha espaço
Pesquisa feita em nove países pelo Grupo Havas, um dos maiores do mundo na área de comunicação, revela que oito em cada dez consumidores preferem adquirir produtos de empresas que adotam medidas para reduzir danos ao meio ambiente. (págs. 1 e C8)
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Veja
Barack Obama – 4 de novembro de 2008
“Se existe alguém que ainda duvide que os Estados Unidos sejam o lugar onde todas as coisas são possíveis, que ainda questione a força de nossa democracia, a resposta está aqui esta noite”
Entrevista – Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles – O novo gigante brasileiro – A história e a lógica do negócio que aproximou as duas famílias mais tradicionais do sistema bancário nacional – e criou a maior instituição financeira da América Latina. (págs. 17, 20 e 21)
Questão fora de lugar – A idéia de revisar o princípio da Lei da Anistia revela a falta de foco do ministro da Justiça. (págs. 64 e 65)
O outro lado – Delegado do caso Daniel Dantas é investigado pela Polícia Federal por comandar ações clandestinas e ilegais em associação com arapongas da Abin. (pág. 68)
Obama, a resposta – Em 21 meses de campanha, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, foi testado e provocado por seus oponentes – e também adulado e protegido pela imprensa. Aos ataques e à bajulação, reagiu com dignidade. Mostrou talento incomum e idéias nobres. Sua vitória reafirma o poder americano de renovar o país e surpreender o mundo. (págs. 76 a 82)
Hélio Santos – O que Obama tem a ver com o Brasil? – Obama pode inspirar o verdadeiro desenvolvimento, aquele com sustentabilidade moral, em que os talentos não vazam pelo imenso ralo da falta de oportunidades. (pág. 88)
Promessas para o Brasil – Brasília diz ter captado os seguintes recados do presidente eleito dos EUA: é hora de superar o protecionismo com parceria na questão dos biocombustíveis e reafirmar a liderança regional do Brasil. (págs. 96 e 97)
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Época
A era Obama
A vitória histórica, os sonhos de uma nação, a esperança global – e o cenário crítico que desafia o futuro presidente dos Estados Unidos
Itaú + Unibanco
Os bastidores do maior negócio da história do Brasil
Bolsa Família
conquistas e os riscos
O maior negócio da história do Brasil
Os bastidores da negociação que levou à fusão entre o Itaú e o Unibanco para criar o maior banco do hemisfério sul. (págs. 39 a 47)
De investigador a suspeito – Na disputa dentro da Polícia Federal, o delegado que prendeu o banqueiro Daniel Dantas vira alvo de investigação e acusa a corporação de sabotá-lo. (págs. 48 a 50)
Aécio de olho em 2010 – Com discurso de oposição, o governador de Minas Gerais amplia a disputa no PSDB pela candidatura à Presidência. (pág. 60)
O debate incômodo – A divisão dentro do governo sobre a punição a torturadores preocupa o presidente Lula. (pág. 62)
Os dilemas inclusão social – O Bolsa Família acaba de completar cinco anos. É a maior vitrine social do governo Lula. As conquistadas – e os limites – desse programa que beneficia um em cada cinco brasileiros. (págs. 70 a 87)
Sim, ele pode – Barack Obama triunfou de forma espetacular nas urnas, fez História e agora tem pela frente o maior desafio de um presidente americano em 80 anos. (págs. 106 a 112)
O que vai mudar para o Brasil – A vitória de Obama criou em Brasília a expectativa de grandes avanços na relação com os Estados Unidos. Pode acontecer, mas as circunstâncias sugerem que é improvável. (págs. 114 e 115)
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ISTOÉ
homem salvar a América e o mundo?
Barack Obama, presidente eleito dos Estados Unidos da América
Documentos do Araguaia
O Exército entrou para “exterminar”
Entrevista – Paulo Nogueira Batista JR.
“O FMI precisa se democratizar” – O representante do Brasil na entidade diz que ela é dominada por velhas potências e falhou ao monitorar centros financeiros. (págs. 6, 10 e 11)
A tropa do extermínio – Documentos e depoimento de oficial revelam como o Exército cercou, torturou camponeses e aniquilou os guerrilheiros do PCdoB no Araguaia. (págs. 36 a 40)
Lenha na fogueira – Revelações sobre ação do Exército no Araguaia podem acirrar briga no primeiro escalão do governo Lula. (pág. 42)
Puro casuísmo – Debate sobre a reforma política começa com consenso que só atende conveniências eleitoreiras. (pág. 46)
Campo minado – Parlamentares não se entendem e disputa pela presidência do Senado vira uma guerra de dossiês. (págs. 48 e 49)
Temos um redentor? – O mundo espera do 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uma atuação firme contra a crise econômica, a saída para o conflito no Oriente Médio e recuperação das relações com os aliados. (págs. 89 a 91)
União de gigantes – Megafusão do Itaú e do Unibanco resulta na criação do maior banco da América Latina. (págs. 100 a 103)
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ISTOÉ Dinheiro
A fusão de meio trilhão
Os bastidores do maior negócio financeiro da história do país, que levou à união do Itaú com o Unibanco
O presidente do mundo
Com uma vitória emocionante, Barack Obama se consagra como o primeiro negro a liderar os Estados Unidos, mas terá agora seu maior desafio: tirar a economia global da recessão. (págs. 27 a 31)
O que Lula espera de Obama – Neutralidade na América Latina, fim do embargo a Cuba e abertura ao etanol são as expectativas brasileiras. (pág. 34)
“Modelo financeiro atual faliu e precisamos de outro no lugar” – O plano da ministra da Economia da França, Christine Lagarde, para refundar o capitalismo. (págs. 35 a 37)
Feitos um para o outro – Os bastidores do maior casamento empresarial de todos os tempos no Brasil, que uniu as dinastias do Itaú e do Unibanco e criou o megabanco do Hemisfério Sul, com R$ 575 bilhões em ativos. (págs. 70 a 81)
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CartaCapital
A esperança Obama
O significado real e simbólico da vitória democrata
Satiagraha
Batida policial no apartamento de Protógenes
Salvaguarda a Dantas no STF
Mino Carta escreve sobre o país do absurdo
Número 1
O Itaú compra o Unibanco e se distância da concorrência
Vida de gado
Futebol S.A. Atraídos pelo sonho de virar craques, garotos se submetem, em clubes pequenos e médios, a uma vida precária e a maus-tratos. (págs. 10 a 14)
A noiva é do Itaú – Finanças – Há mais de uma década fala-se da venda do Unibanco. O banco dos Moreira Salles une-se agora ao grupo dos Setúbal. (págs. 24 a 26)
Sextante – Antonio Delfim Netto – A crise é a normalidade – Sem um Estado organizado capaz de garantir a propriedade privada e o cumprimento de contratos, não há capitalismo. Ele vai sobreviver à turbulência. Basta ter inteligência e não entrar em pânico. (pág. 27)
O processo – Reação à Satiagraha – O Brasil parece mergulhado em uma romance de Kafka. Os policiais e o juiz são atacados. Dantas assiste a tudo. (págs. 30 e 31)
Rosa-dos-Ventos – Maurício Dias – Confundir é o propósito – Em nome da lei, o presidente do STF, Gilmar Mendes, defende os torturadores contra a ministra Dilma. (págs. 32 e 33)
De olho no futuro – O fortalecimento da cadeia petrolífera é a base da estratégia da Petrobras, elaborada com o objetivo de deixar um legado para as próximas gerações de brasileiros. (págs. 38 a 41)
O desafio da jornada até o pré-sal – As novas reservas estão localizadas em áreas distantes tanto da terra quanto da superfície do mar, inacessíveis sem o apoio da tecnologia. (págs. 42 a 45)
Uma trajetória convincente – A maior estatal brasileira completa 55 anos trabalhando pelo crescimento da produção (págs. 46 e 47)
Mudança para onde? – EUA 1 – O que o processo eleitoral mais caro e disputado da história do país traz de novo. (págs. 51 a 55)
De Martin a Barack – Raça – Diferentemente do Brasil, os negros americanos sabem onde estão os inimigos. (págs. 60 e 61)
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