sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O que Publicam os Jornais de Hoje

07 de novembro de 2008

O Globo

Manchete: Bush acelera medidas contra a crise para ajudar Obama
O presidente George W. Bush decidiu apressar a aplicação das medidas do pacote de US$850 bilhões de socorro à economia, para evitar o agravamento da crise financeira até a posse do presidente eleito, Barack Obama, em 20 de janeiro. O Tesouro deve pôr à disposição do mercado US$550 bilhões para empréstimos, além de vender bônus. O objetivo é estimular a retomada do crédito no país. Ao falar aos funcionários da Casa Branca, Bush alertou Obama de que as dificuldades provocadas pela crise global não darão trégua. Hoje à tarde, Obama concederá a sua primeira entrevista, após reunião com assessores. A expectativa é que ele anuncie os nomes de sua equipe econômica, para que ela possa acompanhar o encontro de cúpula do G-20 em Washington, no próximo dia 15.
(págs. 1 e 29 a 35, Merval Pereira, Míriam Leitão, Nelson Motta e editorial "Sinal esperado")

Lula: crise não impedirá que brasileiro compre seu 1 º sutiã (págs.1 e 24)

Brasil: governo adia imposto de empresa para ativar economia (págs. 1 e 23)

Nas primeiras indicações para o governo, a sombra de Clinton
As primeiras escolhas mostram que Obama preferiu apostar em veteranos do governo do ex-presidente e analistas já dizem que governo pode representar um terceiro mandato de Bill Clinton. (págs. 1 e 29)

Referendos: vitória de Obama não derrota conservadorismo
Realizados no mesmo dia das eleições presidenciais, plebiscitos em Califórnia, Flórida e Arizona proibiram o casamento entre pessoas do mesmo sexo: vitória conservadora em dia de festa democrata. (págs. 1 e 7)

Segundo caderno
Projeto no Senado Federal reativa discussão sobre restrições à meia-entrada. (pág.1)

PF vasculha gabinetes da Abin e agrava crise
Na apuração do vazamento de informações da Operação Satiagraha, além de investigar o delegado Protógenes Queiroz, a Polícia Federal apreendeu documentos e computadores em escritórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A medida acirrou a crise interna da PF e entre as duas instituições. O Supremo manteve o habeas corpus que libertou o banqueiro Daniel Dantas, numa sessão marcada por críticas ao juiz do caso.(págs. 1 e 3)

Militares são acusados de torturar jovem
Três militares do Exército são acusados de torturar um adolescente de 16 anos, que invadira um quartel, no Rio. O jovem teve 70% do corpo queimados após ser flagrado fumando maconha na área. O Exército alega que usou spray de pimenta porque o rapaz resistiu à prisão.(págs. 1 e 20)

Maus hábitos causam 1/3 das mortes
Um em cada três brasileiros morre de doenças do aparelho circulatório, ligadas a maus hábitos como tabagismo e sedentarismo, mostra o Ministério da Saúde. De 2000 a 2005, as mortes violentas subiram 7,8%. Os homicídios caíram, mas as mortes no trânsito aumentaram.(págs. 1 e 8 a 10)

Médica na Cultura, Jandira anuncia revisão de Apacs
Anunciada ontem como futura secretária municipal de Cultura, a médica Jandira Feghali afirmou que uma das suas primeiras medidas será rever os critérios que regem as Áreas de Preservação do Ambiente Cultural (Apacs), que ela considera equivocados porque protegem imóveis que não têm valor histórico. A medida contraria promessa de campanha do prefeito eleito Eduardo Paes, reafirmada semana passada em entrevista ao GLOBO, que garantiu que não alteraria os decretos. Preterida para a pasta da Saúde, a ex-candidata do PCdoB nas eleições municipais, que apoiou Paes no segundo turno, vai assumir uma secretaria que ganhou mais poderes e deverá ter um orçamento maior em 2009. A futura secretária, que também terá participação no projeto de revitalização da Zona Portuária, disse ainda que vai implantar o projeto Lapa Legal. (págs. 1 e 12)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Sem ordem judicial, PF quebra sigilo telefônico
Ao investigar o vazamento da Satiagraha, a PF quebrou, sem autorização judicial, o sigilo de aparelhos Nextel de jornalista e outras pessoas no dia do inicio da operação, que prendeu Daniel Dantas. A PF queria descobrir se o delegado Protógenes Queiroz que liderou a Satiagraha, avisou a TV sobre a operação. Para isso, enviou oficio à Nextel pedindo a relação completa dos celulares e antenas usados próximo à sede paulista da PF e em três locais alvos de buscas. Nos quatro lugares havia equipes da Globo, Em nota , a Nextel diz que, “neste e em outros casos, tem seguido estritamente as determinações judiciais”. As informações da Nextel à PF embasaram ordens de busca e apreensão autorizadas pela justiça contra Queiroz. O procurador Roberto Dassié, que atua no caso, se opôs à quebra do sigilo dos jornalistas. Para ele, só os celulares do delegado deveriam ter o sigilo quebrado. Sem se referir ao caso de SP, a PF disse que só obtém dado sigiloso com autorização da justiça. (Págs. 1 e A 6 )

Pacote deixará R$ 21 bi no caixa das empresas, afirma Planalto
A ampliação do prazo de pagamento de cinco tributos federais, anunciada ontem pelo governo, vai deixar R$ 21 bilhões no caixa das empresas por dez dias, segundo os cálculos do ministro da Fazenda, Guido mantega. A mudança, parte de um pacote com mais cinco medidas anticrise, foi apresentada em reunião do conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, com participação do presidente Lula. Para empresários, as medidas são tímidas. (Págs. 1 e B 1)

Grávida poderá ter pensão mesmo sem teste de DNA
Lei que estabelece pensão alimentícia para mulheres grávidas foi sancionada pelo presidente Lula e publicada ontem no “Diário Oficial”. As gestantes podem pedir na Justiça que os pais paguem parte dos gastos com alimentação, remédios e parto. O artigo da lei que exigia exame de DNA na gravidez foi vetado, sob alegação de risco à criança. (Págs. 1 e C1)


Infarto e AVC lideram causas de morte no país
Dados do Ministério da Saúde mostram que doenças do aparelho circulatório ligadas a má alimentação, tabagismo e sedentarismo seguem no topo do ranking das causas de morte no Brasil. O câncer aparece em segundo, seguido de homicídios e violência no trânsito. Os números mostram que derrames e infartos são os principais vilões. Em 2005, 10% do total de óbitos no país ocorreu devido a AVCs (acidente vasculares cerebrais), e 9,4%, por infartos. Os casos de câncer e mortes violentas tiveram o maior aumento percentual. (Págs. 1 e C11)


Bancos centrais da Europa e do Reino Unido cortam juros
Sinais de recessão levaram o Banco da Inglaterra a fazer a maior redução de juros dos últimos 27 anos no Reino Unido. O corte foi de 1,5 ponto percentual, para 3%. O BCE (Banco Central Europeu) seguiu o mesmo rumo. Embora com menos agressividade: cortou a taxa em 0,5 ponto, para 3,25%. No Brasil, a ata da reunião do Copom que manteve o juro em 13,75% na semana passada indica que ele poderá voltar a subir. (Págs. 1, B5 e B6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Empresas têm mais prazo para pagar impostos
O governo anunciou ontem uma série de medidas para estimular a atividade econômica e reduzir o impacto da crise financeira internacional. A principal iniciativa foi ampliar o prazo para que as empresas paguem determinados impostos, o que deverá injetar R$ 21 bilhões na economia. Além disso, as linhas de empréstimo oficiais serão reforçadas, com a oferta de mais R$ 24 bilhões em crédito às empresas de grande e pequeno porte.

As medidas foram anunciadas durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. "Tomamos a decisão de não permitir que a crise tenha no Brasil os efeitos que alguns querem que ela tenha", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Quem está apostando em crescimento muito baixo em 2009 pode quebrar a cara." O objetivo é garantir expansão econômica de 4% no ano que vem. (págs. 1, B1 e B3 a B6)

Medidas anunciadas
- Mais prazo para empresas pagarem impostos: R$ 21 bllhões

- Crédito do BNDES para capital de giro de grandes empresas: R$10 bilhões

- Empréstimo do FAT para microempresas : R$ 5,25 bilhões

- Crédito do BB para capital de giro de pequenas empresas: R$ 5 bilhões

- Ajuda do BB a bancos de montadoras: R$ 4 bilhões

Cada vez mais veículos no estoque
A queda nas vendas fez crescer o estoque de veículos nas fábricas e lojas. Elas fecharam outubro com 297,7 mil veículos em estoque, o equivalente a 38 dias de vendas. Antes da crise, o total mantido nos pátios das montadoras e nas revendas equivalia a 25 dias. Os dados incluem carros, caminhões e ônibus. (págs. 1 e B6)

Notas e informações: Fôlego para as empresas
Ao retardar o recebimento de impostos e contribuições, o governo se envolve de uma forma nova nas ações anticrise. A providência poderá atenuar dificuldades, mas ainda é tímida. (págs. 1 e A3)

Timemania pode ter segunda versão
Governo estuda relançar, em março, a fracassada loteria. (págs. 1 e E1)

Nas capitais, prefeitos eleitos cortam orçamento
Com a crise econômica, os prefeitos de capitais já estudam cortes de gastos nos orçamentos para 2009. As despesas de custeio, como salários dos servidores e contas de luz e água, deverão ser reduzidas. Não está descartada a hipótese de demissões de funcionários.(págs. 1 e A8)

Artigo: O tempo é curto
Washington Novaes: Na área do clima, é preciso agir rápido também no Brasil. (págs. 1 e A2)

Garoto acusa militares de tortura no RJ
Um rapaz de 16 anos acusa cinco militares de tortura no Rio. Flagrado fumando maconha em área militar, anteontem, ele recebeu choques e foi queimado com líquido não identificado. O Exército investiga. (págs. 1 e C4)

Dantas deve seguir livre, decide STF
O Supremo Tribunal Federal confirmou ontem que o banqueiro Daniel Dantas deve permanecer solto e tem o direito de conhecer o inquérito no qual é investigado por suspeita de crimes fmanceiros. O julgamento teve várias críticas às autoridades que atuaram na Operação Satiagraha. Também ontem, o governo manteve o delegado Paulo Lacerda afastado do comando da Abin por mais 60 dias. Ele é apontado como o chefe informal da Satiagraha. (págs. 1 e A4)

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Jornal do Brasil

Manchete: Mais R$ 19 bi para empresas
O governo divulgou novas medidas contra a crise. Serão injetados mais R$ 15 bilhões em crédito para empresas e liberados R$ 4 bilhões para os bancos das montadoras - que registraram queda nas vendas em outubro. Foram 2% a menos em relação ao mesmo período do ano passado e 11% se comparadas a setembro. Ainda será estendido o prazo para pagamento de impostos. O presidente Lula anunciou um gabinete de crise, destinado a acelerar as ações de estímulo à economia. (pág. 1, Economia, págs. A20 e A21 e País, pág. A12)

Males do coração matam mais que o câncer no Brasil
Os avanços econômicos e a urbanização mudaram o perfil epidemiológico do país. As doenças cardiovasculares, responsáveis por 12% dos óbitos em 1930 - quando quase 50% da população morria de infecções ou por parasitas - são hoje as principais causas de morte. Superam o câncer, segundo o estudo Saúde Brasil, do governo federal. (pág. 1 e País, pág. A13)

Segurança, área de Sérgio Cabral. Cultura, do PCdoB
O prefeito eleito Eduardo Paes apresentou o superintendente da Guarda Municipal de sua gestão, coronel Ricardo Pacheco, do 12º BPM (Niterói). A área de operações da Secretaria de Ordem Pública será do delegado Carlos Oliveira, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Armas e Explosivos. Paes convidou Jandira Feghali, do PCdoB, para ser secretária das Culturas. (pág. 1 e Cidade, pág. A15)

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Correio Braziliense

Manchete: R$ 40 bilhões para turbinar a economia
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se esforçou para não pronunciar a palavra “pacote”. Mas, a mando do presidente Lula, chamou a imprensa e anunciou algo muito parecido: um conjunto de cinco medidas para facilitar a vida de empresas de todos os setores da economia brasileira, sufocadas pela redução drástica no mercado de crédito desde o agravamento da crise econômica mundial. A principal iniciativa foi a prorrogação, por 10 dias, do prazo final para pagamento dos impostos federais - PIS/Cofins, IR, IPI e contribuição previdenciária. Assim, comércio, indústria e prestadores de serviços reterão R$ 21 bilhões em seus caixas e não precisarão buscar capital de giro nos bancos. Além disso, outros R$ 19 bilhões estarão à disposição do setor produtivo, seja o negócio micro, pequeno, médio ou grande, no Banco do Brasil e no BNDES. (págs. 1, 10 e Visão do Correio, pág. 16)

Por pensão, netos pedem prisão da avó
Francisca Maria de Jesus, 59 anos, foi acionada na Justiça por não ter pago pensão alimentícia a dois netos que moram em Goiânia. Ela só não foi presa porque conseguiu um habeas corpus. Nova lei sancionada por Lula permite a grávidas exigirem pagamento do benefício. (págs. 1, 8 e 28)

641 médicos vão reforçar a rede pública
GDF nomeia profissionais admitidos em concurso e espera reduzir o tempo de espera por atendimento nos hospitais públicos. Gama e Ceilândia serão as primeiras cidades a receber o reforço na área de saúde. (págs. 1 e 26)

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Valor Econômico

Manchete: Balanços mostram lucros históricos e futuro incerto
As companhias de capital aberto devem obter o melhor resultado da história no terceiro trimestre, com lucros recordes, mesmo com a trapalhada dos derivativos e o efeito da variação cambial sobre as dívidas. Um levantamento de 68 balanços publicados até ontem mostra uma perda financeira mais de dez vezes maior que a do terceiro trimestre de 2007. Apesar disso, o conjunto de empresas fechou o trimestre com lucro líquido 25% superior ao do mesmo período do ano passado.

A receita das vendas cresceu 22%. Porém, mais surpreendente foi o resultado da atividade (antes do financeiro), que foi 34% maior, mostrando que houve redução de custos e despesas. O quadro do trimestre é tão deslumbrante que destoa completamente do momento por que passa a economia depois do choque financeiro global, que agora começa a chegar às empresas do setor produtivo. Esse contraste e números mais recentes, como vendas da indústria abaixo do esperado em outubro, sugerem que os balanços do terceiro trimestre ficarão na história como o ponto mais alto da curva.

Ainda não está claro como as empresas vão se comportar no ambiente de restrição de crédito e desaceleração de consumo deste quarto trimestre. É razoável esperar queda nas vendas e novo impacto cambial. No terceiro trimestre, a variação do dólar foi de 20%, o que se refletiu fortemente nas despesas financeiras. Mas o dólar continuou subindo e, até ontem, já acumulava alta de 10% em relação a 30 de setembro. Além disso, deverá haver mais ajustes de derivativos, como no caso da Aracruz, que fechou nesta semana um acordo com os bancos para encerrar seus contratos.

"Os lucros das empresas serão menores no quarto trimestre", prevê Ricardo Tadeu Martins, da Planner Corretora. Assim, o balanço de outubro a dezembro deverá ser o primeiro termômetro do que esperar para 2009.

O que se avizinha é um trem em alta velocidade prestes a reduzir o ritmo - se será uma desaceleração suave ou um tranco, ainda não se sabe. E os vagões estão carregados: as empresas fecharam o trimestre com R$ 54,7 bilhões em estoques, 32% acima do mesmo penado de 2007. Talvez seja demais para o apetite da demanda no pós-crise. (págs. 1 e D1)

União alonga prazos para recolhimento de impostos
O ministro da Fazenda. Guido Mantega, anunciou ontem mais um conjunto de medidas para oferecer crédito à economia. O governo colocará à disposição do BNDES mais R$ 10 bilhões para empréstimos às pequenas e médias empresas e companhias exportadoras. Impostos como IPI, PlS-Cofins. Imposto de Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária terão seu prazo de recolhimento alongado por até dez dias. O governo ainda vai assegurar a política de preço mínimo agrícola, com a compra pelo valor fixado ou pagando a diferença entre este e o preço de mercado. (págs. 1 e A3)

Caro, crédito à exportação reaparece
Depois da aguda escassez das últimas semanas, as linhas de financiamento à exportação começaram a reaparecer, embora os custos continuem muito elevados e os prazos de vencimento, curtos. Empresas de médio porte chegam a pagar 20% de juros ao ano no Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).

Segundo dirigentes de empresas, o Banco do Brasil foi o primeiro a destravar o crédito para a exportação, mas bancos privados também retomaram os financiamentos. A demanda das empresas por ACC está bem menor que o usual, já que os clientes adiaram encomendas. "Sentimos que as linhas de financiamento começaram a aparecer, mas o custo ainda está muito alto", disse Carlos Zignani, diretor da Marcopolo. (págs. 1 e Cl2)

Inflação acelera
O Índice Geral dos Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em outubro, pelo segundo mês consecutivo, depois de ter registrado em agosto a primeira deflação desde o início de 2006. A alta foi de 1,09%, após avanço de 0,36% em setembro. No ano, o IGP-DI acumula alta de 9,51%. (págs. 1 e A2)

Câmbio favorece serviços de TI
Alta do dólar favoreceu as empresas brasileiras de serviços de tecnologia, como hospedagem de dados, suporte e software, que ampliaram as margens e ficaram mais competitivas em relação aos concorrentes estrangeiros. (págs. 1 e B2)

Turismo busca alternativas
Dois meses de tensão no mercado financeiro e de forte alta do dólar derrubaram a venda de viagens internacionais em até 80%. Agências de turismo reduzem preços, negociam descontos com hotéis e dão ênfase às viagens de nacionais para manter os negócios. (págs. 1 e B4)

Brasil ameaça levar etanol à OMC
O Brasil e mais sete países ameaçam ir à OMC contra barreiras impostas pela União Européia ao etanol. Os europeus discutem diretrizes para que o produto seja considerado sustentável e possa ser importado. (págs. 1 e B12)

Para Lamy, Brasil perde sem Doha
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, considera que a não-conclusão da negociação comercial global trará "custos evidentes" ao Brasil na venda de produtos agrícolas e também de bens industriais a nações em desenvolvimento. Lamy recebeu o Valor em seu gabinete para a primeira entrevista após anunciar, na terça-feira, sua intenção de continuar no comando da OMC. Disse apoiar a tentativa do Brasil de arrancar dos chefes de governo, dia 15, em Washington, o prazo de três semanas para os negociadores tentarem fechar a Rodada Doha. (págs. 1 e Al4)

BB negocia fatia do Votorantim
Estão bastante avançadas as negociações para que o Banco do Brasil fique com uma fatia relevante do capital do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Há boas chances de que o fechamento do negócio seja anunciado nos próximos dias, já que um dos principais entraves - a governança - foi superado.

O BB não negocia o controle acionário, mas participação próxima à metade do capital - até 49%. Esse desenho agrada as duas partes. A família Ermírio de Moraes preservaria seu neg6cio bancário. Para o BB, não estatizar o banco significa manter a agilidade e competitividade, especialmente na contratação de fornecedores e pessoal. Como estatal, o Votorantim passaria a depender de licitações e concursos, assim como o Banco do Brasil.

Apesar de concordar em vender praticamente metade do capital, o grupo Votorantim insistia em preservar o comando exclusivo do banco. Chegou-se a um acordo para o comando compartilhado. O preço ainda não está fechado. Se conseguir fechar essa operação e concluir a compra da Nossa Caixa, o BB terá ativos de R$ 543 bilhões e encostarão nos R$ 575 bilhões (dado de setembro) do novo líder do setor. o Itaú Unibanco. (págs. 1 e C1)

Shell prepara perfuração no pré-sal
Com 13 concessões de petróleo no Brasil, sendo nove em fase exploratória, duas em desenvolvimento e duas em produção (os campos de Bijupirá e Salema). A Shell vai começar a perfurar a área de pré-sal pelo campo de Epitônio, no fim de 2009, quando chegará ao Brasil uma sonda contratada especialmente para o local. A companhia tem 100% da área, além de outros trés blocos no pré-sal em Santos como sócia não-operadora.

A Shell também descobriu os campos Atlanta e Oliva, na bacia de Santos. Mas o óleo é do tipo extrapesado e com alto grau de acidez, por isso, ainda discute com as sócias Petrobras e Chevron as caríssimas opções de desenvolvimento da área. A empresa aguarda para dezembro ou início de janeiro a chegada de uma plataforma flutuante que vai produzir petróleo e gás no bloco BC-1O. (págs. 1 e B8)

Idéias
Armando Castelar: Mesmo quando a crise passar, bancos e empresas terão menos financiamento externo. (págs. 1 e A13)

Idéias
Claudia Safatle: TST não reconhece acordo coletivo da Volks que parcela participação nos lucros. (págs. 1 e A2)

FGTS dos domésticos
O governo vai enviar ao Congresso projeto de lei estabelecendo a obrigatoriedade do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os empregados domésticos, até agora facultativo. A contribuição é de 8% do salário bruto. (págs. 1 e A2)

Avanços e impasses nos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)

Mais alimentos
A produção mundial de cereais deverá alcançar 2,241 bilhões de toneladas na temporada 2008/09. Se confirmada a alta de 5,3%, marcará um novo recorde. Pela primeira vez em quatro anos, a produção deverá superar com folga a demanda. (págs. 1 e B12)

Investidores levam Sadia à Justiça nos EUA por perdas cambiais (págs. 1 e D4)

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Gazeta Mercantil

Manchete: FMI e governo cortam projeções para o PIB
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem relatório especial com revisão para baixo de todas as projeções de crescimento das economias e regiões para o próximo ano. A correção de curtíssimo prazo foi extraordinária, uma vez que o Fundo costuma divulgar seus relatórios globais semestralmente e fazer atualizações trimestrais, e já foi adotada em outras crises.

A versão atualizada do relatório semestral Panorama Econômico Mundial do FMI reduziu em 0,8 ponto percentual a projeção de crescimento mundial em 2009, para 2,2%, e em 0,2 ponto a de 2008, para 3,7%.

Na opinião do economista Paulo Sandroni, da Fundação Getulio Vargas, essa revisão para baixo das previsões de expansão do PIB para todas as economias feita pelo FMI é a confirmação do fato de que “o mundo já se encontra em recessão” e o Brasil está perto de uma estagnação. “O que está havendo é um ajuste normal dos fatos e agora há mais realismo nas previsões”, afirma.

Apesar de manter a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2008 em 5,2%, o FMI também cortou em 0,5 ponto percentual a previsão de 2009, para 3%. Este percentual ficou em linha com as estimativas dos analistas de mercado brasileiros, mas abaixo da previsão otimista do governo.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou também a redução para baixo da expectativa de crescimento do PIB brasileiro. A projeção foi revista de 4,5% para 4%. (págs. 1, A11 e A7)

Reunião do G-20
Representantes do G-20 discutem saídas para a crise em São Paulo. (págs. 1 e A11)

Opinião
Marcos Cintra: Cabe ao governo agir para isolar o Brasil do contágio da crise. Em emergência, é válida traqueotomia executada com canivete sujo.(págs. 1 e A3)

Aversão ao risco afeta fundos
A aversão ao risco chega aos fundos de investimento, que, a cada mês, registram mais saques. Em outubro, foram resgatados R$ 31,8 bilhões e, no ano, a debandada representa 5% do patrimônio. (págs. 1 e investnews.com.br)

Opinião
Klaus Kleber: As montadoras de veículos enviaram milhões para o exterior para ajudar suas matrizes. Agora, o governo lhes dá uma ajuda. (págs. 1 e A2)

Falta de crédito tira carro 1.0 da liderança
Devido à escassez de crédito, carros com motor 1.0 perderam a liderança de 14 anos no mercado. No pior outubro em vendas dos últimos nove anos, veículos com motor até 2.0 somaram 51,3% das vendas, ante 47,2% dos carros 1.0. “A escassez de crédito afetou mais o consumidor de baixo poder aquisitivo”, afirmou ontem o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, que acredita na retomada das vendas com os recursos prometidos pelo governo federal. (págs. 1 e C1)

Petróleo: Preço do barril WTI cai para US$ 60,77 (págs. 1 e A12)

Empresas de energia mantêm projetos
As turbulências globais não alteraram planos no setor energético. A Energias de Portugal (EDP) colocou o Brasil como um dos principais pólos de crescimento do grupo em seu plano de investimentos anunciado ontem em Lisboa, com aporte de R$ 4,4 bilhões entre 2009 e 2012. “Já temos confirmados para o ano que vem R$ 1,2 bilhão”, diz António Pita de Abreu, presidente da subsidiária da EDP Energias do Brasil.

Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que está na pauta da comissão responsável pela elaboração do Plano Nuclear Brasileiro a possibilidade de instalar até seis novas centrais nucleares no País — sem contar Angra 3. O executivo diz que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender à crescente demanda brasileira”. Tolmasquim salientou, ainda, que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio. “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e Brasil.”

Recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Pequenas Centrais Hidrelétricas devem superar R$ 1 bilhão neste ano, frente aos R$ 880 milhões de 2007. O banco analisa 83 projetos, no total de 1,6 mil MW. (págs. 1 e C4)

Aumenta a concentração bancária no País
A fusão entre o Itaú e o Unibanco pode levar a um movimento vigoroso em um setor já marcado por forte concentração. Levantamento da Austin Rating mostra que de 2003 até junho, os cinco maiores bancos ampliaram de 59,3% para 72,2% a participação no total do crédito no País. (págs. 1 e B1)

Fundo dos EUA processa Sadia por perdas com derivativos
Enquanto no Brasil se discute a apuração dos responsáveis pelas operações que levaram a Sadia S.A. a um prejuízo de R$ 653 milhões com derivativos, o fundo de pensão americano Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds protocolou uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra a empresa brasileira. O processo acusa vários executivos da Sadia, inclusive o presidente Gilberto Tomazoni, de terem feito “jogo de apostas” sem revelá-lo aos seus acionistas. A Aracruz, que assumiu perdas de US$ 2,13 bilhões, discutirá em assembléia se processa o ex-diretor Isac Zagury. (págs. 1, B12 e A10)

Lucro da AmBev cresce 60,9%
O lucro líquido da AmBev cresceu 60,9% no terceiro trimestre, para R$ 949 milhões, apoiado em variações cambiais sobre investimentos em moeda estrangeira. A companhia está apreensiva em relação a mudanças tributárias no Brasil. (págs. 1 e C5)

Ericsson vê oportunidades
O elevado índice de nacionalização na fábrica de São José dos Campos (SP) deixa a Ericsson mais confortável em relação aos concorrentes, mais atingidos pelas variações cambiais. O diretor financeiro, Marcos Santos, vê oportunidades na turbulência. (págs. 1 e C7)

Marketing verde ganha espaço
Pesquisa feita em nove países pelo Grupo Havas, um dos maiores do mundo na área de comunicação, revela que oito em cada dez consumidores preferem adquirir produtos de empresas que adotam medidas para reduzir danos ao meio ambiente. (págs. 1 e C8)

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Estado de Minas

Manchete: Lula baixa pacotaço
- R$ 10 bi do BNDES para reforçar o capital de giro de exportadores

- R$ 5 bi do BB para capital de giro de pequenas e médias empresas

- R$ 21 bi de folga de caixa nas empresas com adiamento de tributos

- R$ 4 bi do Banco do Brasil para o financiamento de automóveis

- R$ 5,25 bi do FAT para pequenas e empresas e agricultura familiar

Assembléia completa um mês sem votar projetos (pág.1)

Derrame causa uma em cada 10 mortes no Brasil
As doenças circulatórias, ligadas ao sedentarismo, má alimentação, tabagismo e estresse, são a principal causa de morte no Brasil. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, em 2005 esses males mataram 283.927 pessoas (32,2%). Só de AVC (derrame), foram 90.006 óbitos (10% do total). O câncer foi responsável por 15,7% das mortes, e fatores externos, como assassinatos e acidentes de trânsitos, por 14,5%. (págs. 1, 25 e 26)

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Jornal do Commercio

Manchete: Nova campanha pelo desarmamento
Foi lançada, ontem, a segunda etapa da campanha nacional, que pagará de R$ 100 a R$ 300 por arma devolvida. Iniciativa anterior deu resultados, mas o Recife e Petrolina ainda estão entre as cinco áreas do País com maiores riscos de assassinatos. (pág.1)

Mais de R$ 15 bilhões para socorrer as empresas brasileiras (pág.1)

Telefonia fixa pode ter que devolver dinheiro a clientes (pág.1)

Suape festeja 30 anos (pág.1)

Obama anuncia equipe econômica para a transição (pág.1)

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