sábado, 8 de novembro de 2008

O que Publicam os Jornais de Hoje

08 de novembro de 2008

O Globo

Manchete: Sem anunciar equipe, Obama cobra ação rápida de Bush
No dia em que os EUA conheceram a maior taxa desemprego em 14 anos, o presidente eleito, Barack Obama, disse que a economia do país está no buraco e cobrou uma ação rápida para a aprovação, no Congresso, de medidas complementares ao pacote, ainda no governo Bush. "Se ele não fizer isso, será a primeira coisa que farei como presidente." Obama, que propôs um plano de ajuda à classe média, não anunciou nomes pará a equipe econômica, deixando claro que não montará governo paralelo. "Os EUA têm apenas um governo e um presidente." (págs. 1, 31 a 41, Merval Pereira, Míriam Leitão, Zuenir Ventura e Arnaldo Bloch)

Contra a crise, emergentes pedem mais voz (págs. 1 e 35)

Nhenhenhém
Jorge B. Moreno: Governo terá plano de desmatamento zero (págs. 1 e 3)

Quebra de sigilo esquenta guerra na PF
A suspeita de que a Polícia Federal quebrou ilegalmente o sigilo de jornalistas que acompanharam a Operação Satiagraha, em julho, aumentou o clima de guerra na instituição. Para membros do Ministério Público Federal, a PF agiu irregularmente ao pedir à Nextel números dos telefones dos envolvidos. A PF nega ter agido ilegalmente e afirma que apenas pediu uma relação das torres da Nextel próximas ao local de buscas. A Justiça não autorizou a quebra de sigilo. (págs. 1, 3 a 10 e editorial “Descontrole”)

Quem manda?
A PF vive sua maior crise desde que o delegado Luiz Fernando Corrêa - chamado para pacificar a instituição - assumiu. No vaivém de operações como a Satiagraha, é claro o confronto entre a nova geração de delegados e os mais antigos. (págs. 1 e 8)

Apacs: Paes desautoriza Jandira
O prefeito eleito desautorizou a futura secretária de Cultura, Jandira Feghali, a rever as Apacs. Ele disse que as 27 existentes serão mantidas como estão. Cláudia Costim será a secretária de Educação. (págs. 1 e 16)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Obama defende ajuda à classe média
No dia do anúncio do maior desemprego nos EUA desde 1994, o presidente eleito, Barack Obama, defendeu a aprovação rápida de pacote de ajuda à classe média, relata Sérgio Dávila. “Precisamos de um plano para a classe média que invista em esforços imediatos para criar emprego e dê alívio às famílias que vêem seus contracheques encolherem”, declarou. Ele disse que revisará a implantação do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões. “Algumas das escolhas que teremos de fazer serão difíceis, e não será rápido nem fácil sairmos do buraco em que estamos”, disse. O desemprego nos EUA pulou para 6,5% no mês passado, com saldo de 240 mil demitidos no período, relata Fernando Canzian. O total de desempregados no país é o maior em 25 anos. A GM, com perdas de US$ 4,2 bilhões no terceiro trimestre, não descarta pedir concordata. (Págs. 1, A10,B3 e B4)

Sigilo da fonte não é meu, diz delegado da PF
O delegado da Polícia Federal Amaro Vieira Ferreira, responsável por investigar o vazamento da Operação Satiagraha, afirmou que o sigilo da fonte é questão restrita a jornalistas, não à polícia, e que seu dever é descobrir o “mau policial” que vazou as informações sobre a ação. A Folha informou que a PF obteve, sem autorização judicial, a quebra do sigilo de aparelhos Nextel usados na madrugada em que a operação, que prendeu Daniel Dantas, foi deflagrada. Em nota, a PF negou ter quebrado sigilo telefônico sem ser autorizada. (Págs. 1 e A4)


Inflação sobe e fica próxima do teto da meta
O IPCA, índice usado nas metas de inflação, subiu em outubro para 0,45%, ante 0,26% em setembro. Em 12 meses, o acumulado está em 6,41% próximo do teto da meta para o ano (6,5%). Segundo o IBGE, que calcula o índice, a alta do câmbio já contaminou os preços. (Págs. 1 e B1)

Encontrei uma bomba durante a reforma da casa
A moradora rombuda ficou mais de 40 anos sob a escada do sobrado que será a minha casa. O pedreiro enfiou a mão no vão, puxou a peça e sem se intimidar, pôs-se a martelá-la. (Págs. 1 e C6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Banco do Brasil negocia compra de três bancos
Uma semana após o anúncio da união do Itaú com o Unibanco, o Banco do Brasil (BB) está perto de fechar a compra de três instituições financeiras: a Nossa Caixa, o Banco do Piauí e cerca da metade do capital do Banco Votorantim. No caso desse banco, o BB deverá assumir o controle da BV Financeira, centrada na área de crédito pessoal e financiamento de veículos. O comando da área de investimentos e da tesouraria ficaria com a família Ermírio de Moraes. O anúncio das aquisições deverá ser feito na segunda-feira, durante reunião do Conselho de Administração do BB. Se os negócios se confirmarem, o Banco do Brasil vai se aproximar do novo líder do mercado. De acordo com fontes envolvidas nas negociações, o BB também estaria interessado no Banrisul e estuda a aquisição de bancos privados de pequeno e médio porte. (págs. 1 e B1)

No G-20, Lula vai sugerir limite ao sistema financeiro
O presidente Lula deve defender hoje, em São Paulo, na abertura da reunião do G-20 (grupo de países ricos e emergentes), que o sistema financeiro reflita mais a economia real. Lula pedirá mais poder de decisão aos emergentes. (págs. 1 e B4)

Notas e informações: A piora do quadro mundial
Os governos agirão com acerto se levarem a sério as projeções do FMI. Em vez de contestá-las, devem esforçar-se para produzir resultados melhores do que os indicados nas projeções. (págs. 1 e A3)

PF vê crimes de agentes da Abin na Satiagraha
Inquérito da Polícia Federal indica que os agentes da Abin que participaram da Operação Satiagraha cometeram vários crimes. Na ação contra o banqueiro Daniel Dantas, a PF diz que os arapongas deixaram vazar informações sigilosas, fizeram grampos clandestinos e obtiveram senhas de agentes federais. Para a polícia, pelo menos 72 integrantes da Abin agiram, mas o total pode chegar a 100. (págs. 1 e A4)

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Jornal do Brasil

Manchete: Obama: "Não vai ser fácil nem rápido sair do buraco"
Na primeira entrevista coletiva após as eleições, Barack 0bama a1ertou para as dificuldades de achar a saída da crise e pediu a aprovação de um novo plano de estímulo econômico. O pacote, a ser aprovado ainda este mês, inclui até USS 100 bilhões injetados na economia. Numa segunda fase, em janeiro, os congressistas americanos votariam projeto de corte permanente de impostos. (págs. 1, A2 a A6 e Economia A20)

Brasil pede reforma no mercado
Como resposta à crise financeira, o G20 discute, em São Paulo, maior controle do mercado. (págs. 1 e Economia A20)

Idéias e Livros
Em tempos de crise global, especialistas discutem um possível mundo de padrões sólidos depois de uma era virtual. (págs. 1 e L1)

Delegado acusa Daniel Dantas
O delegado da PF Protógenes Queiroz, que comandou a Operação Satiagraha, chamou a busca em sua casa, na véspera do julgamento do habeas corpus de Daniel Dantas no STF, de "ação casada". Acusa o banqueiro de "tumultuar" as investigações. (págs. 1 e A10)

Cimento Social se desmancha
Embargado em junho e depois liberado, o projeto Cimento Social, no Morro da Providência, está parado. Criado pelo senador Marcelo Crivella, deixou sem emprego 150 pessoas e 20 casas com obras inacabadas. (págs. 1 e Cidade A14)

Paes escolhe outra tucana
Claudia Costin, ex-ministra da Administração do governo de Fernando Henrique Cardoso, foi anunciada ontem como secretária de Educação do prefeito eleito Eduardo Paes (PMDB). Fernando William (PMN) responderá pela pasta de Assistência Social. (págs. 1 e Cidade A15)

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Correio Braziliense

Manchete: Prepara-te para o que vem, Obama
A primeira entrevista de Barack Obama após a consagração nas urnas concentrou-se no assunto que há meses tira o sono do mundo: a crise econômica. O presidente eleito disse que vai atacar de frente o problema e reiterou promessas de campanha, como um pacote de ajuda à classe média norte-americana e o socorro à indústria automobilística - que ontem anunciou prejuízos na casa dos bilhões de dólares. Esquivando-se de perguntas mais incisivas, Obama chegou a dizer que ainda não está na Casa Branca. “Até 20 de janeiro, o governo é a administração atual”, lembrou o democrata, que se encontrará com George W. Bush na segunda-feira. Mais uma vez Obama procurou transmitir confiança à nação: “Não vai ser fácil sair do buraco. Mas os Estados Unidos são um país forte e resistente”. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 30 a 35)

Dinheiro extra no bolso dos servidores
Fim da angústia para os servidores federais: despacho do ministro do Planejamento publicado no Diário Oficial da União autoriza a elaboração de uma folha suplementar para pagar aumento de salário retroativo ao funcionalismo. Todas as 54 categorias contempladas com reajustes em agosto terão direito a receber atrasados referentes ao mês de julho. O dinheiro será depositado até a próxima sexta-feira, segundo o governo. (págs. 1 e 23)

Tratamento nada VIP para Mantega
Hospedado na suíte presidencial para a reunião do G-20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, é tratado a duras penas no Hotel Hilton, em São Paulo. Por causa de um calote de R$ 60 mil deixado no ano passado, a bebida do frigobar anda franciscana e as flores sumiram do quarto. (págs. 1 e 21)

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Valor Econômico

Manchete: Balanços mostram lucros históricos e futuro incerto
As companhias de capital aberto devem obter o melhor resultado da história no terceiro trimestre, com lucros recordes, mesmo com a trapalhada dos derivativos e o efeito da variação cambial sobre as dívidas. Um levantamento de 68 balanços publicados até ontem mostra uma perda financeira mais de dez vezes maior que a do terceiro trimestre de 2007. Apesar disso, o conjunto de empresas fechou o trimestre com lucro líquido 25% superior ao do mesmo período do ano passado.

A receita das vendas cresceu 22%. Porém, mais surpreendente foi o resultado da atividade (antes do financeiro), que foi 34% maior, mostrando que houve redução de custos e despesas. O quadro do trimestre é tão deslumbrante que destoa completamente do momento por que passa a economia depois do choque financeiro global, que agora começa a chegar às empresas do setor produtivo. Esse contraste e números mais recentes, como vendas da indústria abaixo do esperado em outubro, sugerem que os balanços do terceiro trimestre ficarão na história como o ponto mais alto da curva.

Ainda não está claro como as empresas vão se comportar no ambiente de restrição de crédito e desaceleração de consumo deste quarto trimestre. É razoável esperar queda nas vendas e novo impacto cambial. No terceiro trimestre, a variação do dólar foi de 20%, o que se refletiu fortemente nas despesas financeiras. Mas o dólar continuou subindo e, até ontem, já acumulava alta de 10% em relação a 30 de setembro. Além disso, deverá haver mais ajustes de derivativos, como no caso da Aracruz, que fechou nesta semana um acordo com os bancos para encerrar seus contratos.

"Os lucros das empresas serão menores no quarto trimestre", prevê Ricardo Tadeu Martins, da Planner Corretora. Assim, o balanço de outubro a dezembro deverá ser o primeiro termômetro do que esperar para 2009.

O que se avizinha é um trem em alta velocidade prestes a reduzir o ritmo - se será uma desaceleração suave ou um tranco, ainda não se sabe. E os vagões estão carregados: as empresas fecharam o trimestre com R$ 54,7 bilhões em estoques, 32% acima do mesmo penado de 2007. Talvez seja demais para o apetite da demanda no pós-crise. (págs. 1 e D1)

União alonga prazos para recolhimento de impostos
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem mais um conjunto de medidas para oferecer crédito à economia. O governo colocará à disposição do BNDES mais R$ 10 bilhões para empréstimos às pequenas e médias empresas e companhias exportadoras. Impostos como IPI, PlS-Cofins, Imposto de Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária terão seu prazo de recolhimento alongado por até dez dias. O governo ainda vai assegurar a política de preço mínimo agrícola, com a compra pelo valor fixado ou pagando a diferença entre este e o preço de mercado. (págs. 1 e A3)

Caro, crédito à exportação reaparece
Depois da aguda escassez das últimas semanas, as linhas de financiamento à exportação começaram a reaparecer, embora os custos continuem muito elevados e os prazos de vencimento, curtos. Empresas de médio porte chegam a pagar 20% de juros ao ano no Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC).

Segundo dirigentes de empresas, o Banco do Brasil foi o primeiro a destravar o crédito para a exportação, mas bancos privados também retomaram os financiamentos. A demanda das empresas por ACC está bem menor que o usual, já que os clientes adiaram encomendas. "Sentimos que as linhas de financiamento começaram a aparecer, mas o custo ainda está muito alto", disse Carlos Zignani, diretor da Marcopolo. (págs. 1 e Cl2)

Inflação acelera
O Índice Geral dos Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em outubro, pelo segundo mês consecutivo, depois de ter registrado em agosto a primeira deflação desde o início de 2006. A alta foi de 1,09%, após avanço de 0,36% em setembro. No ano, o IGP-DI acumula alta de 9,51%. (págs. 1 e A2)

Câmbio favorece serviços de TI
Alta do dólar favoreceu as empresas brasileiras de serviços de tecnologia, como hospedagem de dados, suporte e software, que ampliaram as margens e ficaram mais competitivas em relação aos concorrentes estrangeiros. (págs. 1 e B2)

Turismo busca alternativas
Dois meses de tensão no mercado financeiro e de forte alta do dólar derrubaram a venda de viagens internacionais em até 80%. Agências de turismo reduzem preços, negociam descontos com hotéis e dão ênfase às viagens de nacionais para manter os negócios. (págs. 1 e B4)

Brasil ameaça levar etanol à OMC
O Brasil e mais sete países ameaçam ir à OMC contra barreiras impostas pela União Européia ao etanol. Os europeus discutem diretrizes para que o produto seja considerado sustentável e possa ser importado. (págs. 1 e B12)

Para Lamy, Brasil perde sem Doha
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, considera que a não-conclusão da negociação comercial global trará "custos evidentes" ao Brasil na venda de produtos agrícolas e também de bens industriais a nações em desenvolvimento. Lamy recebeu o Valor em seu gabinete para a primeira entrevista após anunciar, na terça-feira, sua intenção de continuar no comando da OMC. Disse apoiar a tentativa do Brasil de arrancar dos chefes de governo, dia 15, em Washington, o prazo de três semanas para os negociadores tentarem fechar a Rodada Doha. (págs. 1 e Al4)

BB negocia fatia do Votorantim
Estão bastante avançadas as negociações para que o Banco do Brasil fique com uma fatia relevante do capital do Banco Votorantim, da família Ermírio de Moraes. Há boas chances de que o fechamento do negócio seja anunciado nos próximos dias, já que um dos principais entraves - a governança - foi superado.

O BB não negocia o controle acionário, mas participação próxima à metade do capital - até 49%. Esse desenho agrada as duas partes. A família Ermírio de Moraes preservaria seu neg6cio bancário. Para o BB, não estatizar o banco significa manter a agilidade e competitividade, especialmente na contratação de fornecedores e pessoal. Como estatal, o Votorantim passaria a depender de licitações e concursos, assim como o Banco do Brasil.

Apesar de concordar em vender praticamente metade do capital, o grupo Votorantim insistia em preservar o comando exclusivo do banco. Chegou-se a um acordo para o comando compartilhado. O preço ainda não está fechado. Se conseguir fechar essa operação e concluir a compra da Nossa Caixa, o BB terá ativos de R$ 543 bilhões e encostarão nos R$ 575 bilhões (dado de setembro) do novo líder do setor. o Itaú Unibanco. (págs. 1 e C1)

Shell prepara perfuração no pré-sal
Com 13 concessões de petróleo no Brasil, sendo nove em fase exploratória, duas em desenvolvimento e duas em produção (os campos de Bijupirá e Salema). A Shell vai começar a perfurar a área de pré-sal pelo campo de Epitônio, no fim de 2009, quando chegará ao Brasil uma sonda contratada especialmente para o local. A companhia tem 100% da área, além de outros trés blocos no pré-sal em Santos como sócia não-operadora.

A Shell também descobriu os campos Atlanta e Oliva, na bacia de Santos. Mas o óleo é do tipo extrapesado e com alto grau de acidez, por isso, ainda discute com as sócias Petrobras e Chevron as caríssimas opções de desenvolvimento da área. A empresa aguarda para dezembro ou início de janeiro a chegada de uma plataforma flutuante que vai produzir petróleo e gás no bloco BC-1O. (págs. 1 e B8)

Idéias
Armando Castelar: Mesmo quando a crise passar, bancos e empresas terão menos financiamento externo. (págs. 1 e A13)

Idéias
Claudia Safatle: TST não reconhece acordo coletivo da Volks que parcela participação nos lucros. (págs. 1 e A2)

FGTS dos domésticos
O governo vai enviar ao Congresso projeto de lei estabelecendo a obrigatoriedade do pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os empregados domésticos, até agora facultativo. A contribuição é de 8% do salário bruto. (págs. 1 e A2)

Avanços e impasses nos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)

Mais alimentos
A produção mundial de cereais deverá alcançar 2,241 bilhões de toneladas na temporada 2008/09. Se confirmada a alta de 5,3%, marcará um novo recorde. Pela primeira vez em quatro anos, a produção deverá superar com folga a demanda. (págs. 1 e B12)

Investidores levam Sadia à Justiça nos EUA por perdas cambiais (págs. 1 e D4)

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Gazeta Mercantil

Manchete: FMI e governo cortam projeções para o PIB
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem relatório especial com revisão para baixo de todas as projeções de crescimento das economias e regiões para o próximo ano. A correção de curtíssimo prazo foi extraordinária, uma vez que o Fundo costuma divulgar seus relatórios globais semestralmente e fazer atualizações trimestrais, e já foi adotada em outras crises.

A versão atualizada do relatório semestral Panorama Econômico Mundial do FMI reduziu em 0,8 ponto percentual a projeção de crescimento mundial em 2009, para 2,2%, e em 0,2 ponto a de 2008, para 3,7%.

Na opinião do economista Paulo Sandroni, da Fundação Getulio Vargas, essa revisão para baixo das previsões de expansão do PIB para todas as economias feita pelo FMI é a confirmação do fato de que “o mundo já se encontra em recessão” e o Brasil está perto de uma estagnação. “O que está havendo é um ajuste normal dos fatos e agora há mais realismo nas previsões”, afirma.

Apesar de manter a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2008 em 5,2%, o FMI também cortou em 0,5 ponto percentual a previsão de 2009, para 3%. Este percentual ficou em linha com as estimativas dos analistas de mercado brasileiros, mas abaixo da previsão otimista do governo.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou também a redução para baixo da expectativa de crescimento do PIB brasileiro. A projeção foi revista de 4,5% para 4%. (págs. 1, A11 e A7)

Reunião do G-20
Representantes do G-20 discutem saídas para a crise em São Paulo. (págs. 1 e A11)

Opinião
Marcos Cintra: Cabe ao governo agir para isolar o Brasil do contágio da crise. Em emergência, é válida traqueotomia executada com canivete sujo. (págs. 1 e A3)

Aversão ao risco afeta fundos
A aversão ao risco chega aos fundos de investimento, que, a cada mês, registram mais saques. Em outubro, foram resgatados R$ 31,8 bilhões e, no ano, a debandada representa 5% do patrimônio. (págs. 1 e investnews.com.br)

Opinião
Klaus Kleber: As montadoras de veículos enviaram milhões para o exterior para ajudar suas matrizes. Agora, o governo lhes dá uma ajuda. (págs. 1 e A2)

Falta de crédito tira carro 1.0 da liderança
Devido à escassez de crédito, carros com motor 1.0 perderam a liderança de 14 anos no mercado. No pior outubro em vendas dos últimos nove anos, veículos com motor até 2.0 somaram 51,3% das vendas, ante 47,2% dos carros 1.0. “A escassez de crédito afetou mais o consumidor de baixo poder aquisitivo”, afirmou ontem o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, que acredita na retomada das vendas com os recursos prometidos pelo governo federal. (págs. 1 e C1)

Petróleo: Preço do barril WTI cai para US$ 60,77. (págs. 1 e A12)

Empresas de energia mantêm projetos
As turbulências globais não alteraram planos no setor energético. A Energias de Portugal (EDP) colocou o Brasil como um dos principais pólos de crescimento do grupo em seu plano de investimentos anunciado ontem em Lisboa, com aporte de R$ 4,4 bilhões entre 2009 e 2012. “Já temos confirmados para o ano que vem R$ 1,2 bilhão”, diz António Pita de Abreu, presidente da subsidiária da EDP Energias do Brasil.

Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, afirmou que está na pauta da comissão responsável pela elaboração do Plano Nuclear Brasileiro a possibilidade de instalar até seis novas centrais nucleares no País — sem contar Angra 3. O executivo diz que “até 2025, não haverá usinas hidrelétricas suficientes para atender à crescente demanda brasileira”. Tolmasquim salientou, ainda, que o Brasil detém a sexta maior reserva mundial de urânio. “Só há três países no mundo que têm reservas e tecnologia para produzir o combustível — Estados Unidos, Rússia e Brasil.”

Recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Pequenas Centrais Hidrelétricas devem superar R$ 1 bilhão neste ano, frente aos R$ 880 milhões de 2007. O banco analisa 83 projetos, no total de 1,6 mil MW. (págs. 1 e C4)

Aumenta a concentração bancária no País
A fusão entre o Itaú e o Unibanco pode levar a um movimento vigoroso em um setor já marcado por forte concentração. Levantamento da Austin Rating mostra que de 2003 até junho, os cinco maiores bancos ampliaram de 59,3% para 72,2% a participação no total do crédito no País. (págs. 1 e B1)

Fundo dos EUA processa Sadia por perdas com derivativos
Enquanto no Brasil se discute a apuração dos responsáveis pelas operações que levaram a Sadia S.A. a um prejuízo de R$ 653 milhões com derivativos, o fundo de pensão americano Westchester Putnam Counties Heavy & Highway Laborers Local 60 Benefit Funds protocolou uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra a empresa brasileira. O processo acusa vários executivos da Sadia, inclusive o presidente Gilberto Tomazoni, de terem feito “jogo de apostas” sem revelá-lo aos seus acionistas. A Aracruz, que assumiu perdas de US$ 2,13 bilhões, discutirá em assembléia se processa o ex-diretor Isac Zagury. (págs. 1, B12 e A10)

Lucro da AmBev cresce 60,9%
O lucro líquido da AmBev cresceu 60,9% no terceiro trimestre, para R$ 949 milhões, apoiado em variações cambiais sobre investimentos em moeda estrangeira. A companhia está apreensiva em relação a mudanças tributárias no Brasil. (págs. 1 e C5)

Ericsson vê oportunidades
O elevado índice de nacionalização na fábrica de São José dos Campos (SP) deixa a Ericsson mais confortável em relação aos concorrentes, mais atingidos pelas variações cambiais. O diretor financeiro, Marcos Santos, vê oportunidades na turbulência. (págs. 1 e C7)

Marketing verde ganha espaço
Pesquisa feita em nove países pelo Grupo Havas, um dos maiores do mundo na área de comunicação, revela que oito em cada dez consumidores preferem adquirir produtos de empresas que adotam medidas para reduzir danos ao meio ambiente. (págs. 1 e C8)

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Estado de Minas

Manchete: Vereadores de BH gastam o triplo na campanha
A média de gastos de campanha declarados à Justiça Eleitoral pelos vereadores eleitos em BH pulou de R$ 43.908,98, em 2004, para R$ 132.827,40, este ano. A alta é de 202%, contra inflação oficial acumulada no período de 22,22%. O custo médio do voto passou de R$ 4,88 para R$ 15,76, uma variação de 229%. (pág. 1)

Dengue já atinge 0,9% dos imóveis (pág. 1)

Negociação salarial esbarra na crise
Patrões querem rever acordos firmados com metalúrgicos e vão endurecer as negociações ainda não concluídas. (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: IPTU sobe 6,41%
Prefeitura do Recife definiu o reajuste para 2009, ontem, seguindo a variação do IPCA nos últimos 12 meses. Imposto é a quarta maior fonte de receita do município e será cobrado de cerca de 290 mil imóveis. Reajuste de 2008 foi de 4,12%. (pág.1)

Ação conjunta contra violência (pág.1)

Prefeitos do Litoral Norte largam unidos (pág. 1 )

Casa própria com desconto em folha (pág. 1)

Poder público de Paulista entra em 2009 ganhando mais (pág.1)

Em coletiva, Obama cobra agilidade para salvar a classe média (pág.1)

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