sábado, 22 de novembro de 2008

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Brasil muda tom com Equador e chama embaixador de volta
Diante da ameaça de calote do Equador, que se recusa a pagar US$ 243 milhões ao BNDES, o governo brasileiro decidiu abandonar a retórica de conciliação. O presidente Lula ordenou que o embaixador Antonino Marques Porto, que serve em Quito, volte ao Brasil para consultas. A medida é um passo para o rompimento com o país vizinho. A última vez em que se adotou medida desse tipo foi em 1999, pelo então chanceler Luiz Felipe Lampreia em retaliação a manobras de tropas colombianas no Norte do Brasil.

O BNDES era o financiador de uma obra da construtora Odebrecht que vem sendo alvo de acusações de irregularidades pelo governo Rafael Correa. Em setembro, Correa anunciou a expulsão da companhia do país. A nova postura da diplomacia brasileira foi elogiada por ex-chanceleres que, no entanto, acham que a medida pode ter chegado tarde. (págs. 1, 23 e 24)

Nossa Caixa: Lula rebate críticas do PT
O presidente Lula reagiu às críticas do PT paulista de que teria dado, na compra da Nossa Caixa, quase R$ 6 bilhões ao governador José Serra, virtual candidato em 2010. "Um presidente da República não pode agir com mesquinharia", disse. (págs. 1 e 25)

Rodovia terá pedágio antes de obra final
A Agência Nacional de Transportes Terrestres liberou, antes da conclusão das obras, a cobrança de pedágio em cinco estradas sob concessão dos espanhóis da OHL. Um dos trechos é a BR-101, entre a Ponte Rio-Niterói e a divisa com Espírito Santo. (págs. 1 e 29)

Cotas: Câmara não sabe o que aprovou
Problemas de redação deixaram confuso o projeto que reserva vagas nas universidades federais para alunos de escolas públicas, aprovado anteontem. A maior dúvida é sobre como as cotas serão distribuídas entre alunos negros ou de famílias pobres. (págs. 1, 3, 4 e editorial “Contra-senso”)

Doleiros confirmam contas do grupo de Dantas no exterior (págs. 1 e 11 )

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Folha de S. Paulo

Manchete: Brasil chama embaixador no Equador
O Brasil decidiu convocar para consultas seu embaixador em Quito, Antonio Marques Porto, em resposta à decisão do Equador de recorrer à Corte Internacional de Arbitragem para não pagar dívida com o BNDES. O débito, de US$ 243 milhões, refere-se a um empréstimo para a construção da hidrelétrica San Francisco, erguida pela construtora brasileira Odebrecht. A obra foi paralisada em razão de problemas estruturais. Segundo o chanceler Celso Amorim, o caso é ´´sério``. E a atitude do governo de Rafael Correia, pouco amistosa: ´´A decisão foi anunciada em evento público, sem prévia consulta ou notificação ao governo brasileiro``. ´´A natureza e a forma da adoção desse medida não se coadunam com a relação de amizade, e o espírito de diálogo e a cooperação ampla entre Brasil e Equador``, disse. Segundo ele, ´´eventualmente`` haverá outras medidas. Para o Equador , a decisão é ´´normal``. È um procedimento normal de um governo com preocupação sobre algum ato em relação aos interesses do país``, disse Ricardo patino, ministro da Coordenação Política. (Págs. 1 e Mundo )

União adianta pedágio em cinco rodovias federais
O governo federal mudou as regras da concessão e autorizou a cobrança imediata de pedágio em cinco rodovias, entre elas Fernão Dias e Régis Bittencourt , mesmo antes da conclusão de todas as praças. A cobrança em algumas localidades deve começar em dezembro. (Págs. 1 e C 3 )

Alta demanda obriga BNDES a limitar liberação de empréstimos
Para fazer frente à corrida das empresas por crédito, o BNDES ( Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) restringiu a liberação de recursos para empréstimos já aprovados, informa Guilherme Barros. O banco confirmou a medida e chamou o processo de ´´estresse de caixa``, já que orçamento não está sendo suficiente para suprir a demanda de crédito das empresas. (Págs. 1 E B 8 )

7 governadores correm o risco de ser casados após denúncias
Além de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cassado anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral, sete governadores correm o risco de perder o mandato após denúncias relacionadas a fraudes o irregularidades no processo eleitoral _em SC, RO, pr, AP, SE, TO e MA. Cunha Lima afirmou ser ´´vitima do maior erro jurídico da história``. ( Págs. 1 e A 4 e A 6 )

Dólar atinge maior valor em 3 anos; Bolsa cai 6,5%
O dólar subiu mais 2,84% e fechou a R$ 2,458, maior valor desde julho de 2005. Na semana, a moeda norte-americana se valorizou 8%. A Bovespa caiu 6,45%, puxada pelas ações da petrobras, com baixa de 9,37%. Henrique Meirelles, presidente do BC, disse em congresso na Alemanha que a crise global é ´´grave``; participantes vêem recessão de 18 meses nos países ricos. Para a ministra Dilma Roussef, o pior passou. ( Págs. 1 e B 4 e B 5 )

Citigroup cogita vender unidades e afastar presidente
O conselho do Citigroup, que terminou o segundo trimestre liderando o ranking de bancos dos EUA, estuda a venda de unidades ou até de todo o banco, após queda acentuada das ações. Também está sendo considerada a demissão do presidente executivo do grupo. ( Págs. 1 e B 8 )

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Brasil reage à ameaça de calote do Equador
O Itamaraty convocou ontem para consultas o embaixador brasileiro em Quito, Antonino Marques Porto e Santos. A decisão foi tomada após o governo do Equador anunciar, sem aviso, que submeterá a arbitragem internacional decisão de não pagar dívida de US$ 597 milhões com o BNDES. O valor refere-se a financiamento de obra de uma usina hidrelétrica. A crise começou em setembro, quando o presidente Rafael Correa expulsou do país a empreiteira Odebrecht, responsável pela obra. A convocação do embaixador é o primeiro passo em processo que pode levar ao rompimento de relações diplomáticas. (págs. 1 e A15)

Frase
Celso Amorim - chanceler brasileiro: "É uma situação muito séria" (págs. 1 e A15)

Petrobras descobre nova super-reserva
A Petrobras confirmou a existência, no Espírito Santo, de reservatório de petróleo e gás equivalente ao de Marlim (Bacia de Campos), o maior campos do País. O óleo do novo poço tem valor mais alto. Ainda assim, as ações da Petrobras caíram 10,81% na Bovespa, em razão da queda do petróleo (abaixo de US$ 50). A bolsa paulista caiu 6,45%. (págs. 1, B1, B3 e B10)

Notas e Informações - O trágico sistema de cotas
O sistema de cotas raciais não é apenas equivocado como tentativa de promover a democratização do acesso à educação superior, mas tóxico do ponto de vista das relações sociais. (págs. 1 e A3)

Montadoras lançam pacotes de ofertas para manter vendas
Para enfrentar a queda nas vendas de carros - que chega a 20% em novembro ante outubro -, as montadoras planejam ampliar as promoções. Os incentivos incluem até garantia de pagamento de prestações em caso de desemprego. (págs. 1 e B8)

Dólar fecha em R$ 2,464 e é o mais alto desde 2005
O dólar teve ontem a quinta alta seguida e fechou a semana cotado a R$ 2,464, o valor mais alto desde junho de 2005. Para analistas, a tensão externa ampliou a aversão ao risco. No ano, a valorização é de 38,82%. (págs. 1 e B4)

Governadores pedem ajuda externa para Amazônia
Governadores da região amazônica pediram, em reunião sobre clima na Califórnia, que os países ricos financiem a luta contra o desmatamento da região. (págs. 1 e A16)

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Jornal do Brasil

Manchete: 70 mil alunos na linha de tiro
Cerca de 70 mil alunos de 200 escolas públicas do Rio - segundo levantamento do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) - são obrigados a dividir o tempo de estudo com imposições do tráfico e tiroteios entre policiais e bandidos. "Traficantes pressionam diretoras das escolas. Querem até estabelecer o horário de funcionamento", conta a antropóloga Alba Zaluar. Por isso, revela o Sepe, está difícil convencer professores a trabalharem nessas escolas. (págs. 1, A2 e A3)

Dilma: "É hora de uma mulher na Presidência"
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, considerada candidata de Lula à sua sucessão, disse ontem que está na hora de o Brasil ter uma presidente mulher. Segundo Dilma, foi-se a época em que mulher era considerada cidadã de segunda qualidade. (págs. 1 e A4)

Brasil e Equador: diplomacia abalada
Ganha ares de crise diplomática a rusga entre Brasil e Equador, iniciada em setembro com a expulsão de funcionários da construtora Odebrecht. A chancelaria brasileira convocou o embaixador em Quito para esclarecer a decisão do presidente equatoriano, Rafael Correa, de não pagar US$ 243 milhões de empréstimo do BNDES para construir uma hidrelétrica. (págs. 1 e Economia A17)

Nova reserva no pré-sal
No pior momento para o mercado de petróleo em três anos e meio, a Petrobras revelou ontem que reservas de óleo leve, no volume estimado entre 1,5 bilhão e 2 bilhões de barris, foram encontradas na região do pré-sal no litoral do Espírito Santo. (pág. 1 e Economia, pág. A19)

Lei Seca reduz mortes em 6,2%
O número de mortes nas rodovias federais caiu 6,2% nos cinco meses da Lei Seca, em relação ao mesmo período do ano passado. Mas o índice de acidentes cresceu 9,3% e o de feridos, 2,4%. De junho a novembro houve 56.689 acidentes, com 2.779 mortos. No mesmo período de 2007, ocorreram 4.826 acidentes a menos e 183 mortes a mais. (pág. 1 e País A11)

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Correio Braziliense

Manchete: Dólar a R$ 2,46 é o mais alto em três anos
A maior e mais importante parte da economia mundial — EUA, Europa e Japão — vem enfrentando recessão ou forte desaceleração devido à crise. Com isso, a oferta de dinheiro circulando ao redor do globo caiu drasticamente. No Brasil, a pneumonia de lá chega como um forte resfriado e o termômetro a medir a febre é a taxa de câmbio: no quinto dia seguido de desvalorização, o real perdeu ainda mais terreno em relação ao dólar, que fechou o dia cotado a R$ 2,46. Trata-se do maior patamar desde julho de 2005. (págs. 1 e 22)

Petróleo além do previsto no pré-sal
Petrobras divulga comunicado informando ter descoberto reserva de cerca de 2 bilhões de barris com óleo de boa qualidade na camada pré-sal ao norte da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo. (págs. 1, 24 e 25)

Brasil endurece com o Equador por causa de calote no BNDES (págs. 1 e 30)

Cotas dividem Congresso
Reserva de vagas por renda aprovada pela Câmara é “enganosa” e justa “só na aparência”, criticam senadores. Para especialistas, sistema funciona apenas se houver melhoria na educação básica. (págs. 1 e 14)

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Valor Econômico

Manchete: Empresas hesitam entre poupar e fazer aquisições
Embaladas pelo crescimento econômico dos últimos anos, as companhias de capital aberto nunca apresentaram balanços tão sólidos. Elas colecionaram números recordes de vendas e lucros, recheando o caixa. Além disso, a onda de ofertas públicas de ações levantou recursos próximos a R$ 100 bilhões. No fim de setembro, havia R$ 170 bilhões no caixa das empresas, 38% a mais do que há um ano.

Para quem está sentado em uma pilha de dinheiro, a crise financeira mundial trouxe muitas tentações. Os ativos estão baratos e há o que escolher em todos os setores. O valor de mercado das empresas do mundo todo, num levantamento da Bloomberg, caiu de US$ 61,9 trilhões no fim do ano passado para US$ 29,6 trilhões neste mês. A questão é saber se é oportuno gastar o caixa, sem conseguir estimar quanto tempo vai durar o aperto de crédito global. “Se o caixa era rei" - como se costuma dizer no mercado financeiro - "agora é Deus", brinca um banqueiro de investimentos. "Para nós, a crise gerou mais oportunidades do que problemas", afirma José Rogério Luiz, vice-presidente da empresa de software de gestão Totvs. "Está no nosso DNA", diz, referindo-se às aquisições.

Mas a boa situação financeira de grande parte das empresas não é garantia de que elas vão se esbaldar em aquisições. Para Eduardo Redes, sócio da Ernest & Young, as próximas transações serão compras estratégicas, feitas por empresas com situação financeira robusta. "Outras companhias vão primeiro confirmar seus planos de negócios, diante da desaceleração da economia, para só depois pensar em consolidação".

Companhias que foram conservadoras no passado agora podem se beneficiar da queda nos preços dos ativos. Vale e CSN são exemplos disso. Ambas estiverem prestes a fechar grandes negócios no mercado internacional - Xstrata e Corus, respectivamente -, mas não concretizaram as operações. Agora, estão com recursos em caixa para enfrentar a crise ou comprar ativos. (págs. 1 e B1)

Equador rejeita dívida com BNDES
O Equador apresentou, na quarta-feira, um processo de arbitragem para interromper o pagamento do crédito de US$ 286 milhões concedido pelo BNDES para financiar a construção da usina hidrelétrica de San Francisco, a cargo da Odebrecht, que foi expulsa do país.

A ação foi levada à Câmara de Comércio Internacional, em Paris, e segundo o presidente do Fundo de Solidariedade equatoriano, Jorge Glass, é uma antecipação do relatório que será apresentado hoje pela Comissão de Auditoria da Dívida Externa.

Essa comissão sugere mover ações de nulidade do contrato de crédito assinado com o BNDES por "violações legais e constitucionais do processo”, segundo o jornal "El Universo", que informa que já foi apresentado à Promotoria um processo contra a Odebrecht. O Equador contesta dívidas de US$ 3,6 bilhões com outros países. O BNDES disse que não iria comentar o assunto. Na hipótese de calote do governo do Equador, quem assume a perda é o Tesouro brasileiro, gestor do Fundo Garantidor de Exportação. (págs. 1 e A7)

BB compra Nossa Caixa e busca liderança
O Banco do Brasil (BB) anunciou ontem a compra do banco estadual paulista Nossa Caixa por R$ 5,38 bilhões, que serão pagos em 18 parcelas, em dinheiro, a partir de março. O BB comprou 71% da Nossa Caixa e, no início de 2009, fará oferta pública para adquirir as ações de acionistas minoritários, pagando o mesmo preço oferecido ao governo estadual.

Com a aquisição, o BB passa a ter a maior rede do Estado de São Paulo, recupera a liderança em gestão de recursos de terceiros, ganha 1,1 milhão de contas de funcionários estaduais e fundos que podem alavancar o crédito em R$ 30 bilhões.

Com a Nossa Caixa, o BB também poderá recuperar a liderança em ativos. Os dois bancos somam R$ 512,4 bilhões em ativos em comparação com os R$ 575 bilhões da dupla Itaú-Unibanco, que anunciaram fusão há 18 dias. Analistas afirmam, entretanto, que Itaú e Unibanco podem perder até 25% em ativos com a superposição de clientes. Já BB e Nossa Caixa têm pouca superposição.

Em 200 anos, a Nossa Caixa foi a primeira aquisição do banco federal (os bancos do Piauí e de Santa Catarina foram incorporados ao BB). O presidente da instituição, Antônio Francisco de Lima Neto, não descarta novas compras. A aquisição da Nossa Caixa vai gerar ganhos de sinergia que podem chegar a R$ 4 bilhões em cinco anos.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pretende usar o dinheiro que receberá do Banco do Brasil para criar uma agência de fomento, montar uma rede hospitalar para deficientes físicos e fazer obras viárias. (págs. 1, C1 a C3 e C6)

Reforma tributária
Projeto de reforma tributária pode ir a votação na Câmara em duas semanas. Partidos de oposição falam em "potencial" para aumento da carga de impostos e prometem tentar obstruir o processo. (págs. 1 e A5)

Menos contratações
A crise já reduziu o ritmo das contratações formais em outubro. Segundo dados do Ministério do Trabalho, foram criadas 61,4 mil vagas com carteira assinada, menos de um terço dos 205,2 mil postos de preenchidos em outubro de 2007. No acumulado do ano, o saldo é de 2,1 milhões de empregos. (págs. 1 e A3)

Software "verde"
Em parceria com a Fatec Botucatu e a Faculdade de Agronomia da Unesp, a Embrapa Meio Ambiente desenvolveu o primeiro software nacional que calcula o impacto ambiental do uso de agrotóxicos no solo. O programa estará disponível gratuitamente no site do órgão em janeiro. (págs. 1 e B3)

Idéias
Márcio Garcia: Erros na política fiscal impedem Brasil de baixar ativamente os juros e elevar investimento público. (págs. 1 e A9)

Idéias
Claudia Safatle: BC descarta meta ajustada de inflação para 2009. (págs. 1 e A2)

Internacionalização de empresas avança
O Índice médio de internacionalização das 50 mais importantes multinacionais brasileiras aumentou de 12,5% em 2006 para 15,5% em 2007. 0 ranking dessas companhias, resultado de parceria entre a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) e o Valor, está em revista que circula para assinantes nesta edição. A empresa mais internacionalizada é a JBS-Friboi, com 81% da receita no exterior. Há 887 companhias brasileiras com presença relevante no exterior, com mais de US$ 10 milhões em investimentos. (Págs. 1 e Multinacionais Brasileiras)

Exportações para a Rússia
Produtores de carnes querem aproveitar a visita do presidente Dmitri Medvedev ao Brasil na próxima semana para tentar obter maior acesso ao mercado russo. Cotas enviadas à OMC privilegiam Estados Unidos e União Européia.(págs. 1 e B10)

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Gazeta Mercantil

Manchete: BB compra Nossa Caixa em negócio de R$ 7,6 bilhões
Depois de seis meses de negociações, o Banco do Brasil (BB) fechou ontem a compra da Nossa Caixa. O negócio avalia o banco paulista em R$ 7,56 bilhões, o equivalente a R$ 70,63 por ação. Dono de 71,25% da instituição, o governo de São Paulo receberá R$ 5,38 bilhões em 18 parcelas de R$ 299,24 milhões, corrigidas mensalmente pela Selic, com início de pagamento a partir de março de 2009, quando a incorporação dos ativos deverá ser iniciada.

A operação representa mais um capítulo no processo de consolidação do sistema financeiro brasileiro e sucedeu outras grandes negociações, como a fusão entre Itaú e Unibanco, no início do mês, e a aquisição pelo espanhol Santander do Banco Real, que pertencia ao holandês ABN Amro.

A incorporação da Nossa Caixa deve fazer com que as ações do banco estatal paulista disparem hoje na BM&FBovespa. O preço que será pago pelo BB representa um prêmio de 37,68% sobre a cotação da última quarta-feira. Para profissionais do mercado, o preço pago pelo banco estadual foi considerado caro.

A transação deverá gerar ganhos de sinergias entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões em cinco anos, prevê o presidente do BB, Antônio Francisco Lima Neto, informando que o valor pago é o de mercado, quando questionado sobre possíveis influências políticas que teriam sobrevalorizado os ativos. “Foi uma negociação feita em bases técnicas.”

Os próximos passos para a concretização do negócio serão a formalização do contrato de aquisição e as aprovações pelo Banco Central e pela Assembléia Legislativa de São Paulo. As demissões, se ocorrerem, não serão volumosas, segundo Lima Neto. O presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, afirmou que espera a manutenção das parcerias realizadas pelo banco paulista na área de seguros. (págs. 1, B1, B3 e B4)

BrT já pode ser vendida à Oi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que altera as regras das telecomunicações e permite a uma telefônica operar em duas regiões, mediante alguma contrapartida. Com isso, a Oi poderá comprar a Brasil Telecom. Ainda falta a anuência da Anatel e do Cade. (págs. 1 e C2)

Feijóo, o líder símbolo de Lula
Eleito pelo presidente Lula como líder símbolo do Brasil, José Lopez Feijóo, 59 anos, diz que nova era de sindicalismo de resultados se aproxima. Flexibilização com patrões e fim da contribuição sindical compulsória são caminhos. “A estruturação produtiva será feita com ou sem nós.” (págs. 1 e C5)

Competição tende a aumentar
O processo de consolidação de bancos varejistas em grandes grupos no País não deve inibir a concorrência no segmento. Ela deverá ser estimulada por alguns motivos. Um deles tem relação direta com a própria consolidação. Como o espaço para adquirir outros bancos ou folhas de pagamento diminui, as instituições terão de buscar outras alternativas para avançar, melhorando a operação. Outro fator é a portabilidade das contas-salário, que entra em vigor a partir de janeiro do próximo ano. (págs. 1, B1 e B3)

Equador abre arbitragem para não pagar o BNDES
O Equador anunciou ontem a abertura de arbitragem para suspender o pagamento de US$ 243 milhões ao BNDES. Esta quantia foi aplicada na hidrelétrica San Francisco, construída pela Odebrecht e que teve suas operações interrompidas por falhas técnicas - motivo pelo qual o governo equatoriano resolveu, em setembro, expulsar a construtora. “Demos início a um processo jurídico para denunciar o crédito à Odebrecht junto à Câmara de Comércio Internacional de Paris”, disse Rafael Correa, presidente do Equador. Procurados ontem pela Gazeta Mercantil, o BNDES, o Itamaraty e a Odebrecht não comentaram o assunto. (págs. 1 e C6)

Indústria nacional reage à ameaça de produto chinês
Com a recessão na zona do euro e os EUA seguindo pelo mesmo caminho, as vendas da China para o Brasil devem ganhar maior foco, acreditam empresários. Apesar da alta do dólar, a queda nos preços das commodities e nos custos de energia, assim como os altos estoques, devem baratear os produtos chineses, diz Kevin Tang, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC). “Vai haver uma grande mudança no eixo de consumo”, afirma.

O setor eletroeletrônico, que já perdeu a produção de DVD e áudio de pequeno porte para os importados, não quer perder competitividade em produtos como televisor e áudio de grande porte. “Existe um risco muito grande. Precisamos fazer uma reavaliação e eleger prioridades”, diz um executivo que prefere não ser identificado. (págs. 1 e C1)

Futuro garantido com investimento de longo prazo e baixo risco
Nem mesmo a crise financeira global parece ameaçar a evolução da previdência privada no Brasil. Em momento de incertezas sobre o desempenho das aplicações a curto prazo, ganham destaque os investimentos de longo prazo. Dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) revelam que, em setembro, os planos captaram R$ 2,4 bilhões, mais 23,2% em relação ao mesmo período de 2007. O Bradesco segue líder do setor com 35% de participação, como mostra o suplemento Previdência Privada. (pág. 1)

Dívida agrícola
Inadimplência no campo foi benéfica, diz Stephanes. (págs. 1 e B7)

Resistências à reforma tributária
A reforma tributária, aprovada ontem em comissão especial da Câmara, vai sofrer forte resistência dos governadores quando chegar ao plenário na próxima semana. (págs. 1 e A8)

Crise não afeta consumo de café
O diretor-executivo da OIC, Néstor Osório, acredita que a tradição do consumo diário e o baixo custo por xícara devem isolar o café do efeito da crise mundial e sustentar crescimento nos próximos cinco anos. (págs. 1 e B8)

Ford fortalece engenharia no país
A Ford estuda ampliar o centro de engenharia no Brasil. A desvalorização do real aumentou a competitividade do desenvolvimento local de veículos mundiais. (págs. 1 e C3)

Cai a produção mundial de aço
A produção mundial de aço ficou em 100,5 milhões de toneladas em outubro, 12,4% menor em relação a 2007, segundo a Associação Mundial do Aço (Worldsteel). (págs. 1 e C1)

Aviação comercial
Para Neeleman, da Azul, Brasil vai triplicar transporte aéreo de passageiros. (págs. 1 e C4)

Petróleo
Barril WTI despenca e fecha a US$ 49,62. (págs. 1 e C6)

Opinião
Klaus Kleber: Só por milagre a rodada de Doha pode ser concluída este ano. Não há ambiente político nos EUA e na Índia capaz de vencer o impasse. (págs. 1 e A2)

Empresas buscam unificar suas comunicações
A ordem do dia é a convergência. Para a consultoria Gartner, uma das dez tecnologias que terão mais impacto na estratégia de Tecnologia da Informação (TI) é a unificação das comunicações - voz e dados interligados. Como mostra o suplemento Telecomunicações, a integração entre telefones fixos e celulares, sistemas de mensagens de voz, áudio e vídeo está sendo estudada pelas empresas como uma solução para alavancagem de negócios e fácil localização de funcionários, que precisam estar conectados. (pág. 1)

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Estado de Minas

Manchete: Governo erra feio em programa para os sem-luz (pág. 1)

Brasil reage contra calote do Equador (pág. 1)

Aeroporto vira estacionamento
A queda nas vendas de carros novos levou a Fiat a arranjar mais espaço para estocar a produção. A montadora fechou acordo com a prefeitura de Oliveira, a 147 quilômetros de BH, para pôr os veículos no aeroporto da cidade, que está em fase final de reforma, mas ainda não pode ser usado. Cerca de 2 mil carros já estão lá e outros 2 mil vão chegar. (pág. 1)

Demissões
Mineração e siderurgia estudam reduzir quadros. (pág. 1)

R$ 2,46
É para quanto foi o dólar, maior cotação em três anos. (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Pacote do Estado beneficia servidor
Entre os 35 projetos enviados à Assembléia, está um bônus de R$ 2.300 para professor da rede pública comprar computador. (pág. 1)

Brasil endurece com o Equador e chama embaixador de volta (pág. 1)

Crise já ameaça empregos em Pernambuco (pág. 1)

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