31 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Paes reafirma promessas e anuncia choque de ordem
Um dia após obter do presidente Lula o compromisso de ajuda para obras importantes no Rio, o prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista ao Globo, que a marca de sua gestão será um choque de ordem. Citou a Tijuca, onde perdeu para Fernando Gabeira (PV), como uma das áreas mais afetadas pela desordem urbana. Diante da lista de suas promessas de campanha, publicadas pelo jornal, disse que pretende cumprir todas. Citou seis áreas onde quer secretários técnicos: Saúde, Educação, Fazenda, Obras, Urbanismo e Administração. Ainda assustado com o isolamento em que ficou na Zona Sul da cidade, ele desabafou: "Quer saber a minha opinião? Não entendi nada.” (págs. 1 e 3 a 5)
Recessão bate às portas dos EUA e PIB já encolhe 0,3%
A crise nos Estados Unidos mostrou os seus sinais mais evidentes com a retração no consumo e a queda de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre. O resultado é o pior desde 2001. Mesmo assim, o mercado não reagiu mal porque os analista esperam queda ainda maior - de 0,5%. O Dow Jones subiu 2,11%. A Bolsa de Valores de São Paulo teve alta de 7,47% e o dólar caiu 1,77%, fechando em R$ 2,105. Na semana, recuou 9,54%. (págs 1 e 25 a 28)
Sinais da recessão
A economia americana encolheu 0,3% no terceiro trimestre, depois de ter crescido 2,8% no trimestre anterior. Os consumidores se retraíram, o que levou ao pior resultado do PIB desde 2001
A American Express, administradora de cartões de crédito, vai demitir 7 mil pessoas, o equivalente a 10% da sua força de trabalho
Número um da siderurgia mundial, a ArcelorMittal vai suspender, por pelo menos dois trimestres, o funcionamento de altos-fornos de 12 fábricas na Europa
A Motorola teve perdas de US$ 397 milhões no trimestre e vai demitir 3 mil funcionários
A confiança econômica da zona do euro diminuiu em outubro para o menor patamar desde 1993, registrando a maior queda mensal da história
O Deutsche Bank evitou prejuízo com mudança nas regras contábeis, mas o lucro caiu 73% no trimestre
O IGP-M de outubro ficou em 0,98%, já contaminado pelo impacto da alta do dólar. Em setembro, houve queda de 0,11%
Nos EUA, dinheiro de socorro vai para acionistas (págs. 1 e 26)
Inflação dos aluguéis sobe em outubro para 0,98% (págs. 1 e 29)
Governadores agem para barrar a reforma tributária (págs. 1 e 11)
Correios: nova fraude lembra o mensalão
A Polícia Federal descobriu um novo esquema de fraude nos Correios e prendeu 16 pessoas, incluindo o diretor comercial da instituição. São suspeitas de desviar R$ 21 milhões. A operação foi batizada de Déjà vu (já visto, em francês) porque a atuação da quadrilha era semelhante à ação criminosa descoberta há três anos, também nos Correios, no escândalo do mensalão. (págs. 1 e 12)
Quadrilha desvia R$ 100 milhões da Saúde em SP
Cinco empresários foram presos em SP sob suspeita de fraudar licitações para compra de remédios e equipamentos em hospitais estaduais e municipais. As fraudes somam R$ 100 milhões. O grupo agia em 21 hospitais. (págs. 1 e 10)
No Rio, quase todo presídio tem falhas
Após vistoria ontem, o Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária descobriu que quase todos os presídios do Rio têm falhas no sistema de câmeras e de detectores de metais, além de guaritas sem guardas. (págs. 1 e 14)
Corcovado fica sem trenzinho
A Secretaria de Patrimônio da União decidiu suspender o trem do Corcovado a partir do fim de semana. O motivo é uma divergência entre a União e a concessionária. (págs. 1 e 19)
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Folha de S. Paulo
Manchete: BC pune banco que segurar crédito
Diante da resistência dos grandes bancos em injetar dinheiro nos concorrentes de menor porte, o governo Lula decidiu impor prejuízos á queles que preferirem deixar seus recursos parados no Banco Central a usá-los para ampliar o crédito. O BC ordenou que só 30% do compulsório sobre os depósitos a prazo poderão ser recolhidos por meio de títulos público; os outros 70% não terão remuneração se ficarem parados. Desde o início do mês, o BC oferece incentivos para que os grandes bancos comprem carteiras de crédito dos menores. Mesmo assim, o governo afirma haver um potencial de R$ 28 bilhões sem uso. A Febrabam não quis comentar a medida. Há risco de os bancos aumentarem o ''spread'' ( diferença entre a que repassa ao cliente) cobrado sobre as operações. Em audiência no Senado, o presidente do BC, Henrique Meirelles, já havia dito que o governo iria tomar novas medidas para ampliar a liquidez do país. (págs. 1 e Dinheiro)
Esquema que fraudava hospitais agia em 5 estados
Cinco pessoas foram presas, acusadas de fazer parte de esquema de fraude em licitações pública de produtos farmacêuticos e materiais médico-hospitalares em SP, MG, RJ, GO e MS. Entre os atingidos, estão o Hospital das Clínicas de SP e os hospitais Pérola Byington e Jabaquara. (págs. 1 e C10)
Editoriais
Leia ''Sem concessão á crise'', sobre leilão de rodovias; e ''correção de rota'', acerca de ações para construção (págs. 1 e A 2)
Queda no gasto das família nos Estados Unidos derruba o PIB
A economia norte-americana encolheu 0,3% (taxa anualizada) no terceiro trimestre deste ano. Foi o maior recuo no Produto Interno Bruto desde 2001. De julho a setembro, o consumo das família caiu 3,1%, primeira redução desde 1991 e a maior desde 1980. Economistas prevêem retração superior a 2% no último quadrimestre; alguns já estimam 4%. Em qualquer hipótese, o país estará tecnicamente em recessão. ( págs. 1 e B 7 )
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo admite economizar menos para aliviar crise
O governo vai reduzir o superávit primário (economia para pagar juros da dívida) para 3,8% do PIB, em vez de 4,3%, como tem feito este ano. A medida visa a proteger as obras previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dos efeitos da crise econômica no ano que vem. Com a estratégia, devem ser liberados R$ 15 bilhões. Se isso não for suficiente, haverá cortes no Orçamento, a começar por R$ 20 bilhões em investimentos que não estão no PAC e emendas de parlamentares.
O programa foi escolhido pelo governo para tentar evitar queda acentuada da expansão econômica. "O PAC tem um nítido caráter anticíclico", disse a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Por essa razão, o presidente Lula afirmou que não abre mão de "nenhum centavo" do programa. Ao expor o quinto balanço sobre o PAC, o governo repetiu projeções positivas e estimou em até 4,5% o crescimento do PIB em 2009. (págs. 1 e B1 a B5)
Frase
Dilma Rousseff (ministra-chefe da Casa Civil): "Não acredito numa desaceleração profunda". (pág. 1)
BC eleva pressão sobre bancos
O BC baixou normas para forçar os bancos a colocar mais dinheiro em circulação. Hoje, os bancos são obrigados a deixar no BC 15% dos depósitos a prazo que conseguem captar. Antes, todo esse dinheiro podia ser aplicado em títulos federais, que rendem juros para os bancos. Agora, só 30% podem permanecer em títulos. O resto precisa ser mantido em espécie - sem rendimento - ou aplicado na compra de carteiras de crédito de outras instituições financeiras. (págs. 1 e B6)
Notas e informações: Inovação contra a crise
A ação preventiva do FMI é apenas parte de uma inovação mais ampla. Forçados por mais esta crise, os bancos centrais desenvolvem formas inéditas de cooperação internacional. (págs. 1 e A3)
Quadrilha fraudava até pregões eletrônicos
A Polícia Civil de São Paulo prendeu cinco acusados de pertencer a quadrilha especializada em fraudar licitações em hospitais públicos. O grupo é formado por empresários suspeitos de subornar servidores, superfaturar preços e fornecer produtos de má qualidade. O esquema conseguiu manipular até pregões eletrônicos promovidos pelo governo paulista. Os resultados eram previamente combinados com os pregoeiros e as empresas simulavam uma disputa. (págs. 1, A4, A6 e A7)
Número
R$ 100 milhões é o valor estimado do faturamento da quadrilha nos últimos dois anos. (pág. 1)
Cadastro de inadimplência já tem mais de 43 mil alunos
O Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros, que começou a funcionar quarta e serve como lista de inadimplência para escolas, já tem 43,5 mil alunos. O Procon considera a prática abusiva e disse que punirá a escola que usar o cadastro para inibir matrículas. (págs. 1 e A18)
22% têm sintomas de depressão em SP
Na faixa entre 18 e 29 anos, índice é de 25%, mostra pesquisa do Ibope. (págs. 1 e A17)
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Jornal do Brasil
Manchete: BC aperta bancos em dia de trégua
O Banco Central editou circular em que muda as regras do empréstimo compulsório para forçar os bancos grandes a comprarem carteiras de crédito dos pequenos. Com a medida, o BC estimula as instituições menores a emprestarem. É mais uma tentativa de aumentar a circulação de crédito no mercado e enfrentar a crise internacional, que teve um dia de trégua nas bolsas: os investidores reagiram bem ao corte de juros nos EUA e ao anúncio de retração de 0,3% da economia americana - índice menor que o esperado. (págs. 1, A18 e A19)
Fumo passivo dá prejuízo ao SUS
O Instituto Nacional do Câncer calcula em R$ 19 milhões o gasto do SUS com o tratamento de saúde dos 2.655 não-fumantes que morrem, anualmente, em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo. (págs. 1 e A24)
Caças da FAB geram uma forte disputa
Boeing, Dassault e Saab fazem concorrência acirrada para vender ao Brasil 36 caças de multiemprego, com gastos de US$ 2,5 bilhões. (págs. 1 e A6)
Revitalização da Zona Portuária terá obras de R$ 169 milhões
O projeto de revitalização da Zona Portuária prevê investimentos de R$ 169 milhões em obras de remodelamento do Santo Cristo, da Saúde, da Gamboa e do Centro, e um novo porto na região. Uma ciclovia permitirá que o carioca vá de bicicleta do Leblon até o novo pólo boêmio, cultural e gastronômico da Praça Mauá. (págs. 1, A2 e A3)
Diesel menos poluente no Rio e em SP
Ônibus e caminhões pesados que trafegam nas cidades do Rio e São Paulo terão de usar o diesel S50, menos poluente, a partir de janeiro. (págs. 1 e A10)
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Correio Braziliense
Manchete: Três homens e um destino
Na próxima terça-feira, a maior potência do mundo escreverá um capítulo crucial da história. Os eleitores norte-americanos decidirão se entregam o comando da Casa Branca ao republicano John McCain, herói da guerra do Vietnã e figura tarimbada de Washington, ou ao democrata Barack Obama, senador que se tornou um fenômeno global com um discurso cujo mote é a inovação.
Após o desastroso governo de George W. Bush, marcado por tragédias como o 11 de setembro, a fracassada guera do Iraque e a monumental crise financeira dos últimos meses, o próximo presidente dos Estados Unidos inicia o mandato com enormes desafios dentro e fora do território.
Um caderno especial do Correio apresenta as principais questões que se colocam para Obama ou McCain - como o programa nuclear do Irã, a ascensão da Rússia e o tratamento a imigrantes - e detalha as idéias e as propostas de candidatos ao cargo mais poderoso do planeta. Independentemente do resultado da votação - todas as pesquisas apontam vitória de Obama -, a América traçará o destino de uma humanidade cada vez mais globalizada.
O presidente muda, o protecionismo não: EUA devem manter jogo duro com o Brasil.
O intricado sistema de votação, por meio de um colégio eleitoral, pode trazer surpresas.
Obama propõe governo de coalização e admite chamar republicanos para compor o gabinete. (págs. 1, 20 e Caderno Especial)
Servidores vão pagar o pato da crise
Em audiência no Congresso, ministro da Fazenda pede para não se aprovar nada que aumente despesas com pessoal e com a Previdência. Há duas MPs por lá, com reajuste para 350 mil funcionários públicos. (págs. 1, Tema do Dia, 11)
Fim da farra no ramo das cooperativas
Das 500 cooperativas habitacionais existentes no DF, 300 estão a caminho da degola, por irregularidades diversas, e estarão inaptas a receberem lotes do governo. A informação faz parte de estudo preliminar da Secretaria de Habitação, feito para pôr ordem num setor que aglutina mais de 100 mil pessoas. (págs. 1 e 27)
Aeroporto novo em Planaltina
GDF anuncia disposição de construir novo aeroporto em Brasília. Ele seria instalado em Planaltina e receberia apenas vôos de carga. Em seu entorno, o governo pretende instalar depósitos e galpões de fábricas. Se vingar, a idéia demandará investimento de R$ 1 bilhão. Estudo de viabilidade sai em seis meses. (págs. 1 e 17)
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Valor Econômico
Manchete: Governo reduz o superávit de 2009 para 3,8%
No início de outubro, uma alta fonte do governo disse ao Valor que o superávit primário poderia ser reduzido a 3,8% do Produto Interno Bruto no próximo exercício, caso o agravamento da crise exigisse um contra ponto à retração da atividade econômica. Agora, a decisão está tomada. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, informou ontem que o governo vai efetivamente reduzir o esforço fiscal em 2009, diminuindo a meta de superávit primário de 4,3% para 3,8% do PIB. Na prática, a redução será ainda maior, uma vez que o setor público consolidado (União, Estados e municípios) vem economizando 4,5% do PIB.
Paulo Bernardo disse que "não faz sentido" aumentar o esforço fiscal no momento em que a economia dá sinais de desaceleração. A idéia é compensar, pelo menos em parte, a suspensão de investimentos do setor privado. Com o superávit menor, a capacidade de investimento público pode ser elevada em cerca de R$ 20 bilhões em 2009. "Vamos fazer o esforço que for preciso para a atividade desacelerar o menos possível", afirmou o ministro.
Ele informou que, apesar da esperada queda da arrecadação tributária, o governo manterá os gastos do Bolsa Família, o reajuste do salário minimo (estimado em mais de 12% em 2009) e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo Paulo Bernardo, o governo deve reduzir a previsão de crescimento da economia no próximo ano - de 4,5%, como estava na proposta original do Orçamento, para algo entre 3,8% e 4%. Ele considera que, nos países onde a crise está sendo mais forte, haverá um período de até dois anos para superar as seqüelas, mas o Brasil tem uma situação diferente e poderá se recuperar mais rapidamente.
De acordo com ele, o problema das aplicações das empresas no mercado de câmbio não tem a gravidade que muitos vinham afirmando e deverá ficar reduzido a algo em torno de US$ 7 bilhões.
O ministro disse também que se o Congresso não aprovar a criação do fundo soberano o governo será obrigado a esterilizar R$ 14 bilhões do superávit economizado neste ano. "A oposição quer criar dificuldades. Em tempos normais isso faz parte do jogo, mas num momento como esse é perigoso brincar com a sorte do país". (págs. 1 e Al6)
BC pressiona bancos a emprestar
O Banco Central baixou ontem circular que procura forçar os grandes bancos a comprar carteiras de crédito de instituições financeiras pequenas e médias, que enfrentam problemas de falta de liquidez. A regra funciona também como um indutor para os bancos voltarem a emprestar, em vez de aplicar recursos em títulos públicos.
Os bancos que não comprarem carteiras dos pequenos e médios ou não voltarem a emprestar vão perder dinheiro. Eles terão que recolher ao BC, sem remuneração, o equivalente a 10,5% dos recursos captados sob a forma de depósitos a prazo, como CDBs. Os bancos perdem porque, para captar esses de recursos, pagam aos clientes juros próximos à Selic, hoje em 13,75% ao ano.
Muito discutida no governo, a medida foi considerada a única alternativa diante do fracasso em persuadir os grandes bancos a assumir papel ativo na resolução da crise. Ontem, o BC teve de enxugar R$ 247 bilhões do mercado, um recorde. A quinta-feira foi mais um dia de calma. A bolsa de Nova York subiu 2,11% e a de São Paulo, 7,47%. (págs. 1, C1 e C2)
Esforço fiscal
O governo central - Tesouro, Banco Central e Previdência - obteve superávit primário de R$ 6,008 bilhões em setembro. Nos primeiros nove meses do ano, o resultado acumulado é de R$ 80,828 bilhões, ante R$ 51,495 bilhões no mesmo período de 2007. (págs. 1 e A3)
Câmbio puxa os preços
A inflação de outubro medida pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,98%, ante 0,11% no mês anterior, principalmente em razão do efeito da valorização do dólar. Os preços no atacado (IPA) subiram 1,24%. (págs. 1 e A2)
Balanços de bancos médios já mostram marcas da crise
Os cinco primeiros bancos médios que divulgaram balanço do terceiro trimestre mostraram uma característica semelhante: os depósitos encolheram, o crédito desacelerou e os lucros caíram. Os números de Daycoval, Paranabanco, Pine, Sofisa e ABC Brasil exibem as primeiras marcas da crise internacional. Esses bancos esperam uma desaceleração do crédito neste fim de ano e em 2009, em conseqüência do menor crescimento econômico, mas estão otimistas com as medidas de "desempoçamento" da liquidez anunciadas pelo Banco Central.
No Daycoval, o desacasamento de moedas em uma captação externa e a desaceleração das operações de crédito explicam em boa parte a queda do lucro líquido. No Pine, o vice-presidente Clive Botelho explicou que a carteira de crédito diminui 3,2% entre o segundo e o terceiro trimestres. (págs. 1 e C3)
Idéias
Claudia Safatle: concentração bancária deve aumentar no país. (págs. 1 e A2)
Governo japonês lança pacote de US$ 51 bi para reativar a economia (págs. 1 e A11)
Liderança no campo
Projeções do Ministério da Agricultura mostram que, em uma década, o Brasil será responsável por 89,7% das exportações mundiais de frango e 60,6% das de carne bovina. Também será responsável por 40% das vendas de soja (73,5% no caso do óleo) e 74,3% das de açúcar. (págs. 1 e B12)
Diesel limpo
Ministério Público Federal, Anfavea, Petrobras e ANP assinaram um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecendo um novo cronograma para a utilização de óleo diesel com menor teor de enxofre no país a partir de 2012. (págs. 1 e B9)
Potencial de crescimento
Pesquisa do The Boston Consulting Group em parceria com a Anbid mostra que dos mais de R$ 2,4 trilhões em ativos de pessoas físicas disponíveis para investimentos no ano passado só R$ 260 bilhões, ou 11% do total, estavam sob gestão de "private banks". (págs. 1 e D2)
Substituição tributária
O governo paulista vai ampliar a cobrança de ICMS por meio de substituição tributária. Projeto enviado à Assembléia Legislativa propõe a inclusão de setores como brinquedos, eletroeletrônicos, máquinas e aparelhos mecânicos. (págs. 1 e A4)
Aliados de Kassab invadem tradicional reduto petista
A derrota da petista Marta Suplicy nas eleições de São Paulo colocou em risco a hegemonia de um dos seus principais grupos de apoio político, a família Tatto, que congrega um vereador e dois deputados, um estadual e outro federal. Não apenas pela derrota no reduto dos Tatto, a Capela do Socorro, bairro da periferia da capital, como pela queda na votação obtida pelo vereador da família, Arselino. O poder dos Tatto minguou com a perda da máquina pública para a base política do prefeito Gilberto Kassab. Fica na região um dos principais investimentos do PAC na capital, um projeto de reurbanização de favelas, capitalizado pelos vereadores kassabistas. (págs. 1 e A10)
Idéias
Maria C. Fernandes: PMDB é depositário de interesses conflitantes. (págs. 1 e A6)
STJ define foro de ação contra Varig
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que cabe à Justiça do Trabalho julgar o processo de uma ex-funcionária da Varig que cobra da companhia aérea Gol verbas trabalhistas não pagas no passado. Ainda que o STJ não tenha decidido se a dívida recai ou não sobre a Gol, que comprou a Varig, a decisão é apontada como um precedente importante. A disputa envolve a possibilidade de companhias que compram empresas em recuperação judicial herdarem seus débitos trabalhistas. (págs. 1 e E1)
Ulbra tenta escapar do colapso
Em meio a uma batalha jurídica sobre sua condição de entidade beneficente - cassada liminarmente pela Justiça Federal -, a Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) busca uma ampla reestruturação financeira e administrativa para evitar o colapso. A instituição enfrenta ações de execução fiscal que, segundo a União, chegam a R$ 2 bilhões e tenta renegociar quase R$ 300 milhões em dívidas bancárias. Com 36 anos de atuação, a Ulbra tem 15 campi e 153,2 mil alunos. (págs. 1 e B4)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos médios cortam pessoal e empréstimos
Os primeiros balanços dos bancos brasileiros de pequeno e médio portes, os principais afetados pelo aperto da liquidez, mostram uma tendência que, conforme alguns analistas e executivos do setor, será comum a quase todas essas instituições e deverá ficar mais forte neste trimestre: a redução dos empréstimos à pessoa física, além do corte no quadro de funcionários. As demissões são para reduzir custos e readequar o tamanho da estrutura, mais enxuta com a menor atividade no crédito.
O Banco Daycoval informou que está reduzindo em 10% o quadro de funcionários, de 700 colaboradores no total. As áreas mais afetadas são as voltadas para operações de varejo, segmento que pretende desacelerar. O Banco Pine também anunciou redução de 20 pessoas em um ano, assim como fez o Banco Indusval Multistock há poucos dias, quando descontinuou suas atividades na área de crédito ao consumidor e demitiu. O superintendente do Daycoval, Carlos Lazar, disse que o plano é manter as despesas estáveis. (págs. 1 e B3)
Câmbio
Dólar cai 1,73% e é negociado a R$ 2,105. (págs. 1 e B2)
BC já injetou US$ 32,8 bilhões
O Banco Central já injetou, até anteontem, US$ 32,8 bilhões para tentar conter a disparada do dólar frente ao real e amenizar a volatilidade do mercado por conta da crise financeira internacional. (págs. 1 e B2)
Incentivos globais mantêm ânimo do mercado de ações
O Japão anunciou ontem um pacote de US$ 51 bilhões de incentivos a empresas e consumidores, para ajudar o país a superar a atual turbulência. Entre as medidas está a redução em pedágios e a ajuda a consumidores. A Alemanha fará gastos de até € 30 bilhões para sustentar diversas iniciativas que devem ser anunciadas na próxima semana. Nos Estados Unidos, o Tesouro e a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) finalizam medidas de ajuda a pelo menos três milhões de pessoas com prestações de imóveis em atraso, o que deve custar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões.
Com os investidores animados, as bolsas tiveram nova rodada de altas. O Dow Jones subiu 2,11% e o Nasdaq, 2,49%. Em São Paulo, a bolsa subiu 7,47%, acumulando 27% em três dias. (págs. 1, A11, B2 e B5)
Troca cambial é mais interessante aos americanos
O Brasil é o quarto maior credor dos Estados Unidos, atrás apenas do Japão, China e Grã-Bretanha, observa Emílio Garófalo, ex-diretor de Câmbio do BC, para justificar que a operação de swap (troca) de reais por dólares, no valor de US$ 30 bilhões, não tem nada de caritativa. “É do interesse também dos Estados Unidos”, diz. (págs. 1 e B2)
Opinião
Carlos Daniel Coradi: Normas dos EUA, como a COSO e a Sarbanes-Oxley, são adequadas. As grandes falhas, antes da crise, foram de controle e supervisão. (págs. 1 e A3)
Certificação eleva a renda no campo
Com o forte recuo nos preços das commodities, agricultores recorrem à certificação com a garantia de procedência da produção e do respeito às normas ambientais e sociais. Consultorias do setor estimam que a atividade controlada no campo pode agregar entre 3% e 10% na receita final dos produtos agropecuários, o que em tempos de crise pode ser determinante para alcançar lucro.
Isabela Becker, da fazenda Daterra, especializada na produção de café, revela que o custo da certificação pode ser alto. “Após implantado, o sistema funciona como um tipo de seguro. Eleva a confiança entre as duas pontas.” Entre os clientes da fazenda estão a tradicional torrefadora italiana Illy Café e a inglesa Fortnun&mason, que possui 300 anos de tradição e fornece a bebida para a família real britânica.
Mesmo com a crise, o Ministério da Agricultura divulgou ontem uma previsão positiva para o campo nos próximos dez anos. Conforme o estudo, a produção agropecuária deve crescer 25% no período, com uma colheita de 179,8 milhões de toneladas de soja, arroz, feijão, milho e trigo. Até lá, o País será responsável por 89,7% das exportações mundiais de aves e 73,5% das exportações de óleo de soja. (págs. 1, B11 e B12)
Exxon, BP e Shell mostram lucros recordes
O petróleo está em queda livre de preço, mas no trimestre anterior alcançou as mais altas cotações, o que levou grupos petrolíferos a contabilizar lucros recordes. Balanços do terceiro trimestre fechados pela Exxon, BP e Shell mostram ganhos recordes de, respectivamente, US$ 15 bilhões, US$ 10,3 bilhões e US$ 8,45 bilhões. (págs. 1 e C4)
Previdência Privada capta R$ 20 bi
O investidor tem aplicado mais nos fundos de previdência privada por causa da crise. Neste ano, o setor já acumula captação de R$ 20 bi. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Brasil será o sétimo no ranking de energia em 2030
De 11º colocado, o Brasil será o sétimo maior consumidor mundial de energia em 2030, projeta um estudo desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Ernst & Young. Para dar o salto, o País terá de investir no período um total de US$ 750 bilhões no setor, estima o pesquisador Fernando Garcia, da FGV.
A nova posição projeta demanda de 468,7 milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). Na posição de hoje, o Brasil consome 223,2 milhões de tep. Como o estudo considera o cenário futuro, a atual crise na economia não teve influência no trabalho.
O estudo aponta crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que em 2030 será de US$ 2,25 trilhões. (págs. 1 e C4)
Serra e a reforma tributária
O governador paulista José Serra (PSDB) propôs que a discussão sobre a reforma tributária, em tramitação no Congresso, seja adiada até que a extensão da crise econômica possa ser delimitada. (págs. 1 e A7)
Fusão BrT-Oi
Mercado diz que Oi pressiona governo ao afirmar que multa é irreversível. (págs. 1 e A6)
Femsa planeja novos investimentos
Com a fábrica de Manaus operando a plena capacidade, a Femsa, dona das marcas Kaiser e Sol, planeja realizar novos investimentos no Brasil para ampliar a produção de cerveja. (págs. 1 e C1)
Brasil vai bem no festival El Ojo
O Brasil conquistou vitórias importantes no segundo dia do Festival de Publicidade El Ojo de Iberoamerica. Foram anunciados os vencedores nas categorias Desempenho, Interativo e Local. (págs. 1 e C6)
Opinião
Norberto Stavisky: Já se prevê falta de áreas para reflorestamento. Em dez anos, os investimentos vão desembarcar em Angola, em Moçambique ou no Congo. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Consumidor de BH vai às compras mesmo na crise
A pesquisa mostra que índice de confiança subiu 2,67% e que aumentou em 8,98% a pretensão de adquirir bens. Governo admite crescimento abaixo de 4% no ano que vem. Votorantim adia investimentos em Minas. Bovespa terceira alta seguida, de 7,47%. (págs.1, 12 a 14 e 16)
Mantega pede veto a reajustes de servidor federal (págs.1, 12 a 14 e 16)
Sudeste contra a reforma (pág.1)
Mercado Central pode ser tombado
O Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quer tombar o Mercado Central como bem imaterial do Brasil. O primeiro passo é convencer os comerciantes que são contra. (págs. 1, 23 e 24)
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Jornal do Commercio
Manchete: Edifício JK vai virar faculdade
Na paisagem do Centro desde 1960, a antiga sede do INSS foi arrematada em leilão por R$ 2,3 milhões por engenheiro paranaense. Prédio vai abrigar instituição de ensino superior e terá área comercial. (pág.1)
Brasil gasta por ano R$ 37,4 milhões com fumantes passivos (pág.1)
Novo dia de otimismo no mercado
Dólar recuou para R$ 2,10 e Bovespa teve alta de 7,47%. Construção civil local apóia pacote federal para o setor. (pág.1)
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE
30 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Ação inédita com os EUA libera US$ 30 bi ao Brasil
Pela primeira vez na História, o Banco Central do Brasil vai trocar reais por dólares com o Federal Reserve, o BC americano, numa ação coordenada que envolve também Cingapura, Coréia do Sul e México. Cada um terá direito a tomar US$ 30 bilhões numa operação já fechada, recentemente, com nove bancos centrais de nações ricas. O objetivo é ajudar esses países a enfrentar a crise financeira mundial. A operação não terá juros nem encargos.
Ontem, o dólar fechou a R$ 2,143, em queda de 2,06%. A Bovespa subiu 4,37%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu, por unanimidade, manter os juros em 13,75% ao ano. Nos EUA e na China, eles caíram. (págs. 1 e 27 a 31)
Paes obtém de Lula reforma da área do Porto
Acompanhado do governador Sérgio Cabral, o prefeito eleito Eduardo Paes esteve ontem em Brasília, onde encontrou ontem em Brasília, onde encontrou o presidente Lula, de quem disse ter recebido apoio para uma série de projetos. O principal é a revitalização da zona portuária. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá vir ao Rio semana que vem para ajudar o município a, enfim, tirar a idéia do papel. Outros projetos discutidos foram a expansão do PAC das Favelas para a Penha, a ampliação da Linha 4 do metrô e a extensão da Via Light. Paes e Cabral também discutiram com a bancada fluminense na Câmara a destinação das emendas ao Orçamento de 2009. (págs. 1, 3 e 4)
CEF libera R$ 3 bi para construtoras (págs. 1 e 33)
Sindicato: Prisão tem câmeras quebradas
O presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária, Francisco Rodrigues, denunciou que todas as câmeras de Bangu 8 –considerado de segurança máxima – estão quebradas e sem manutenção. Isso pode dificultar a identificação dos homens que resgataram o matador de uma milícia. (págs. 1 e 16)
SP faz leilão de rodovias apesar da crise
O governo de São Paulo arrecadou R$ 3,498 bilhões com a concessão ao setor privado de 1.763 quilômetros de rodovias. Apesar da crise, as empresas ofereceram deságios de até 54,9% sobre o valor máximo de pedágio e vão investir R$ 8 bilhões. (págs. 1, 36 e 37)
Northwest e Delta criam maior empresa aérea (págs. 1 e 36)
Acordo impediu Cesar de licitar vans, diz Arolde
Demitido ontem pelo prefeito Cesar Maia da Secretaria municipal de Transportes, o deputado federal Arolde de Oliveira (DEM) fez críticas ao prefeito depois de seis anos no cargo: disse que acordos políticos feitos por Cesar com os donos de vans impediram a regulamentação das linhas. "Fizemos cadastramento para licitar. Mas havia esse compromisso", afirmou. Arolde contrariou orientação do prefeito e não apoiou Fernando Gabeira (PV) no segundo turno. (págs. 1 e 9)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Brasil mantém juros; EUA cortam
Em decisão unânime, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano no mesmo dia em que os EUA reduziram a 1% ao ano a taxa de juros no país. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) interrompe uma série de quatro aumentos consecutivos na taxa básica. “Avaliando o cenário prospecto e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic”, afirma nota da entidade. A taxa do BC é apenas uma referência para a economia. Na prática, os juros são bem mais altos.
Nos EUA, o corte, de meio ponto porcentual, foi o segundo no mês e recolocou o juro no mesmo patamar registrado em maio de 2004. O Fed justificou sua ação afirmando que a economia americana sofre uma “acentuada” queda na atividade. Em setembro, a inflação oficial dos EUA atingiu 4,9%. Com a taxa básica americana 3,9 pontos abaixo da evolução dos preços, o país tem hoje juros negativos. O Banco Central chinês também anunciou o segundo corte na taxa de juros no mês, de 0,27 ponto percentual. A taxa de empréstimos para um ano cai de 6,93% para 6,6%. (págs. 1 e Dinheiro)
Governo não cumpre meta do programa Luz para Todos
O programa Luz para Todos, do governo federal, que leva energia elétrica a municípios isolados, não conseguirá cumprir a meta de 2 milhões de famílias beneficiadas até o final do ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o atendimento de pelo menos 200 mil famílias ficou para o primeiro quadrimestre do ano que vem. O governo atribui o atraso à escassez de mão-de-obra especializada e sobretudo a falhas na entrega de equipamentos. (págs. 1 e A4)
Gastos do PAC têm queda de mais de 70% em outubro
Apesar das reiteradas afirmações de ministros de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não seria atingido pela crise, o ritmo de gastos do programa despencou, em média, mais de 70% em outubro em relação aos meses anteriores. A divulgação oficial no novo balanço está marcado para hoje. A Casa Civil, que coordena o PAC, não quis comentar os dados. (págs. 1 e B12)
Páis recebe US$ 30 bi do Fed para usar no câmbio
O Fed anunciou ter colocado US$ 30 bilhões à disposição do BC para intervenções no mercado de câmbio. Pacotes também foram liberados para Cingapura, Coréia do Sul e México. Na operação, o BC brasileiro recebe dólares do Fed e libera valor equivalente de reais. Os recursos do banco central americano estarão disponíveis até abril de 2009. O FMI também anunciou a criação de uma linha de crédito de curto prazo para países emergentes afetados pela crise internacional, inclusive o Brasil, de ao todo US$ 100 bilhões. (págs. 1, B5 e B6)
Artigo: Vinicius Torres Freire: Epidemia de bom senso assola o BC
Em meio ao desespero geral, viu-se outro exemplo de que uma epidemia de bom senso assola o Banco Central faz uns dois anos. O BC deixou o juro onde estava. Não quer dizer que não vejam risco de inflação ou que queiram “estimular a economia”. O problema é que não se enxerga nada adiante. (págs. 1 e B4)
Editoriais
Leia “Nova frente”, sobre ação do Fed para deter alta do dólar; e “Filantropia controlada”, acerca de hospitais de ponta. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: EUA ajudam Brasil a reforçar caixa
O Banco Central brasileiro recebeu do Fed (o banco central dos EUA) reforço de caixa de US$ 30 bilhões, dinheiro que poderá ser usado no mercado de câmbio sem afetar o nível das reservas internacionais. Como garantia, o Brasil ofereceu ativos em reais. A operação amplia o poder de fogo do BC para tentar conter a cotação do dólar e não impõe condições à política econômica adotada para enfrentar a turbulência financeira.
Também já foram beneficiados por operações idênticas México, Cingapura e Coréia do Sul. Além disso, o Fed fechou acordos semelhantes com outros oito países e a União Européia.
Em outro movimento contra a crise global, o FMI aprovou uma linha de crédito de emergência para países emergentes. O Brasil temo direito de recorrer a esse tipo de empréstimo, mas não pretende usá-lo. “O País tem uma posição forte e não precisará disso", afirmou o representante do Brasil no FMI, Pau1o Nogueira Batista.(págs. 1 e B6)
Copom mantém juros e alerta para incertezas
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros em 13,75%, sem viés. O Copom destacou o ambiente de incerteza com a crise internacional. Projetando-se em 12 meses, o juro real, descontada a inflação estimada, chega a 8%, o que indica grande margem para estimular a economia. (págs. 1, B1 e B3)
Mais dinheiro no crédito imobiliário
O governo anunciou nova linha de financiamento de capital de giro na construção civil, formada por 5% dos depósitos da poupança. O valor deve atingir R$ ll bilhões, dos quais R$ 3 bilhões serão ofertados pela CEF.( págs. 1 e B8)
Empresas brasileiras dominam leilão de rodovias
Consórcios formados majoritariamente por empresas brasileiras dominaram o segundo leilão de rodovias promovido pelo governo paulista. Cinco trechos, com 1.715 km no total, foram concedidos com deságios entre 6,02% e 54,9% .(págs. 1 e B15)
Família tem peso maior que escola na aprendizagem
O contexto familiar é responsável por 70% do desempenho escolar dos estudantes, diz estudo da Fundação Itaú Social. No caso das escolas, o uso de computador e o número de horas de aula oferecem pouco impacto. (págs. 1 e A21)
Governadores indicam como procuradores seus afilhados
Os governadores do Amapá, Waldez Góes (PDT), e de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), estão fazendo nomeações políticas nas procuradorias estaduais, que avaliam atos do Executivo. Para a OAB, a situação é “anômala”. (págs. 1 e A4)
Notas e Informações - Prazo maior para impostos
A proposta de dar prazo mais longo para o recolhimento de impostos federais é razoável, e sua adoção pode ser uma boa alternativa às ações anticíclicas discutidas até agora. (págs. 1 e A3)
Artigo - A cor de Obama
Demétrio Magnoli: Se Obama vencer, será por razões políticas, e não raciais. (págs. 1 e A2)
Eleitor americano já teme caos na votação
Mais de 130 milhões de americanos estão registrados para votar na eleição presidencial, e analistas prevêem problemas de todo tipo, relata Patrícia Campos Mello. Há perspectiva de falhas nas urnas eletrônicas, erros nas bases de dados de eleitores, contestações judiciais, intimidação e filas. De olho nos indecisos, o democrata Barack Obama faria ontem à noite uma inédita ofensiva midiática, que incluía um anúncio de 30 minutos em horário nobre. (págs. 1 e A16 a A18)
Policiais ameaçam parar em 7 Estados
Paralisação de SP completa 45 dias e inspira outros movimentos. (págs. 1, C1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Mais recursos para o Rio
O prefeito eleito Eduardo Paes saiu ontem do primeiro encontro com o presidente Lula depois das eleições com a promessa de investimentos no Rio - entre os quais, a revitalização da Zona Portuária. Lula enviará à cidade a ministra Dilma Rousseff, para iniciar a modelagem do projeto, que aposta na candidatura carioca à Olimpíada de 2016. "Vamos reverter o isolamento político dos últimos 20 anos", festejou Paes. (págs. 1 e A16)
Cabral e Lula acertam privatização do Galeão
Do governador Sérgio Cabral, logo após sua conversa com o presidente Lula, sobre o Aeroporto Internacional do Galeão: "A privatização sai ano que vem. Já me procuraram suíços, franceses e espanhóis". (págs. 1 e Informe JB A4)
EUA derrubam juros, mas Banco Central mantém taxa básica
Enquanto os EUA reduziram de 1,5% para 1% a taxa de juros, o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75%. Em nota, o Copom alegou riscos de inflação. Com os juros mantidos, em vez de mais crédito na economia - como quer o governo - os bancos continuarão atraídos pelos títulos do Tesouro, atrelados à Selic. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A5)
BC troca reais por dólares e garante crédito de US$ 30 bi
O Banco Central terá cesso a um crédito de US$ 30 bilhões do Fed. O dinheiro será usado para incrementar os fundos disponíveis para operações em dólar feitas pelo BC no Brasil. Na prática, é um empréstimo americano, destinado a preservar o sistema financeiro brasileiro. (págs. 1, Tema do Dia A3)
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Correio Braziliense
Professora acusada de promover aula de violência
Os alunos da Escola Classe 56, de Ceilândia, revelaram aos pais uma cena chocante: a professora segurou um menino de 5 anos pelos braços enquanto outras crianças batiam no rosto dele. Elizabeth Barros, que trabalhava em regime temporário na escola, foi afastada pela direção. (págs. 1 e 33)
Alívio
O Banco Central interrompeu as seguidas altas na taxa de juros e decidiu ontem que o Brasil passará mais um mês com os mesmos 13,75% ao ano fixados atualmente. Pressionada por todos os lados, a instituição teme derrubar ainda mais o PIB em meio à crise mundial. (págs. 1 e tema do dia, página 14)
US$ 30 bi
BC dos EUA cria cheque especial para o Brasil (págs. 1 e tema do dia,página 16)
Niemeyer condena muretas
Arquiteto defende plano de Lucio Costa e envia carta a Arruda criticando idéia da construção de muretas no Eixão. Governador determina a secretários que achem outra solução. (págs. 1 e 38)
Comprovante de residência mais fácil
Está em vigor a Lei 4.225, que dispensa os consumidores de apresentar documentos como contas de água, luz e telefone ao contratar serviços. Bastará uma declaração escrita de próprio punho. Lojas que não aceitarem a novidade sofrerão multa de R$ 50 mil. (págs. 1 e 22)
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Valor Econômico
Manchete: US$ 30 bilhões do Fed vão reforçar política cambial
O Banco Central firmou um acordo com o Federal Reserve (o banco central americano) que lhe dará acesso a uma linha de swap cambial de dólares por reais no valor de US$ 30 bilhões. Essa linha estará disponível até 30 de abril de 2009. Com esse reforço, aumenta a capacidade de ação do BC no mercado de câmbio, por meio de leilões de swap, sem que com isso fique exposto a risco cambial.
De acordo com comunicado da autoridade monetária, essa linha não "implica condicionalidades de política econômica e será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações de provisão de liquidez em dólares pelo BC".
Ontem, a diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) também aprovou a criação de uma linha de crédito de curto prazo, um novo instrumento para suprir liquidez externa aos países membros diante dos problemas de escassez de recursos no sistema interbancário internacional.
As avaliações feitas ao longo do dia de ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em várias reuniões com os presidentes dos principais bancos públicos (BB, CEF, BNDES, além do Banco Central), indicam que a situação de liquidez no sistema financeiro doméstico começa a melhorar.
O estrangulamento do crédito foi também objeto de discussão na reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto. Mantega disse que as medidas adotadas pelo governo, para abastecer o mercado de câmbio e irrigar o sistema de crédito, estão começando a surtir efeito, mas que "as coisas não se resolvem da noite para o dia".
Foram os indícios de que os mercados estariam começando a funcionar que fizeram o governo desistir, ao menos por enquanto, de mais uma medida para "persuadir" os grandes bancos a retomar as operações de crédito. Na terça-feira, era praticamente certa a decisão de acabar com a remuneração dos recursos do compulsório sobre os depósitos a prazo, hoje corrigidos pela taxa Selic.
O Banco do Brasil prevê encerrar o mês com um volume de financiamento às exportações muito próximo ao de setembro (US$ 1,4 bilhão), quando a crise financeira internacional ainda não havia devastado o crédito externo.
EUA cortam juro e Brasil mantém Selic
O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, cortou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia americana e voltou a colocá-la em 1%, a mais baixa desde junho de 2004, para evitar uma recessão forte e prolongada no país. Ele também deu sinais de que poderá fazer novos cortes, ao ressaltar em comunicado que "os riscos de redução do crescimento persistem".
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu ontem por unanimidade manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, sem viés, confirmando as expectativas do mercado. A decisão interrompe o movimento de alta da Selic iniciado na reunião de abril. Com 13,75%, o Brasil se mantém como a economia com os maiores juros reais do mundo. (págs. 1, Cl, C2 e C4)
Cooperativa agrícola adia investimento
Carentes de capital de giro e estruturadas sobre investimentos feitos com recursos a juros subsidiados, as cooperativas agropecuárias projetam queda no faturamento e nas margens de lucro neste ano por causa dos efeitos da crise financeira. E, em conseqüência, tendem a frear investimentos, que já vinham sendo adiados nos últimos meses por causa das dívidas dos produtores rurais.”Os investimentos vão parar. Vínhamos numa recuperação boa, mas seremos afetados pela crise", disse o presidente da Organização das Cooperativas de São Paulo, Edivaldo Del Grande, durante feira da Aliança Cooperativa Internacional. Embora com crédito do BNDES, a Coopercentral Aurora suspendeu a construção de uma unidade de R$ 300 milhões para abater frangos em Canoinhas (SC). (págs. 1 e B12)
Preço de ativos perde referências
Levantamento feito pelo Valor Data a partir de uma amostra de 282 companhias mostra que 31 delas estão com valor de mercado abaixo da soma dos recursos que têm em caixa mais os estoques, subtraída a dívida. Há um ano, só duas empresas viviam essa situação.
"Isso não faz sentido mesmo se tivesse havido uma catástrofe", diz Alexandre Póvoa, do Modal Asset. Chega-se a esse ponto, afirma, porque a pressão é vendedora, de investidores que não têm como suportar as perdas crescentes. E o preço de mercado fica abaixo do de equilíbrio.
"Dar preços aos ativos no momento atual é como descer a Serra do Mar no meio da neblina", compara Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. Isso porque todas as referências estão mudando. Guardadas as proporções, segundo Pedro Galdi, da SLW Corretora, a situação é parecida com a do Plano Collor. Também naquela época perdeu-se a referência de preços, com a população vendendo bens pela oferta do comprador. "Era um momento de falta de liquidez, como o atual", explica. (págs. 1 e D1)
Com recursos do Fundo da Marinha Mercante e do BNDES, Mauá volta a fazer navios, diz D Arco (págs. 1 e B1)
Supermercados vendem mais
As vendas nos supermercados do país cresceram 5,53% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a agosto, houve queda de 5,63%. No ano, as vendas registram crescimento real de 8,93%, segundo a Abras. (pág.1)
Rodoanel antes da Copa
Odebrecht (rodovia D. Pedro) e Triunfo (Carvalho Pinto-Ayrton Senna) foram as grandes vencedoras do leilão de rodovias paulistas. Os negócios deverão acelerar as obras do Rodoanel, que o secretário dos Transportes, Mauro Arce, prevê estar concluído no fim de 2013. (págs. 1 e B7)
Evonik planeja fábrica no RS
A alemã Evonik (ex-Degussa) estuda construir uma fábrica no Rio Grande do Sul para a produção de peróxido de hidrogênio, insumo da indústria de celulose e papel. O investimento previsto é de € 45 milhões, com início das obras em meados de 2009. (págs. 1 e B8)
Refinaria sergipana
A Rassesa, formada por investidores britânicos, espanhóis, brasileiros e do Golfo Pérsico, está perto de um acordo com o governo de Sergipe para a construção de uma refinaria no Estado, orçada em US$ 3 bilhões. (págs. 1 e B9)
Braskem foca "plástico verde"
A Braskem pretende adiar alguns investimentos em razão da crise, mas vai preservar a fabrica de "plástico verde" (polietileno feito de etanol) prevista para o Rio Grande do Sul em 2011. Segundo a empresa, o negócio seria viável até com o petróleo a US$45. (págs. 1 e B9)
Reação das commodities
A redução dos juros nos EUA animou os mercados de commodities agrícolas. Em Chicago, contratos futuros de milho e trigo chegaram a atingir as maiores valorizações diárias permitidas para alguns vencimentos. A soja chegou perto disso. (págs. 1 e B11)
De olho no petróIeo
Com o apoio do Sebrae, pequenas empresas do Espírito Santo organizam-se na Rede Petro para fornecer produtos e serviços a companhias de petróleo, diz Mário Barradas. A expectativa é que as receitas cresçam pelo menos 50%. (págs. 1 e F4)
Saturação ameaça banda larga móvel
A terceira geração da telefonia móvel(3G) chegou ao Brasil há menos de um ano, mas a rápida adesão à tecnologia já leva operadoras e fornecedores de infra-estrutura a prever uma sobrecarga dessas redes a curto prazo. Levantamento da Nokia Siemens mostra que a capacidade das faixas de freqüência disponíveis para a telefonia móvel já estará totalmente tomada em 2011 e a razão principal é o crescente uso das redes de celular para o acesso à internet.
A estimativa da empresa é de que o tráfego aumente, em média, 90% ao ano nos próximos cinco anos. "Essas estimativas são baseadas num modelo teórico. Mas a situação real é pior que a hipotética", afirmou o executivo-chefe da empresa na América Latina, Armando Almeida. Para o presidente da Qualcomm, Marco Aurélio Rodrigues, falar em esgotamento já em 2011 pode ser prematuro, mas em 2015 certamente haverá problemas. (págs. 1 e B3)
Idéias
Eliana Cardoso: crise americana deixou claro que os mercados financeiros não são capazes de auto-regulação. (págs. 1 e A2)
Idéias
Marcio Pochmann: "american way of tife" tomou-se insustentável. (págs. 1 e A13)
Idéias
Maria Inês Nassif: nunca antes na história do PT paulistano seu índice de rejeição foi tão alto. (págs. 1 e A8)
Idéias
Paulo de Siqueira Costa: etanol ganhou cedo demais os holofotes. (págs. 1 e Al2)
Pressão sobre os bancos
Preocupado com os efeitos da crise sobre a economia paulista, o secretário da Fazenda Mauro Ricardo Costa defende uma ação mais incisiva do BC para garantir a circulação do crédito. "Enquanto os bancos não começarem a reclamar é porque as medidas não foram suficientes". (págs. 1 e A3)
Declínio da produção dos campos de petróleo é maior que o previsto (págs. 1 e A11)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Troca entre BC e Fed traz US$ 30 bi para reservas
Em uma ação inédita no País, o Banco Central brasileiro vai trocar reais por dólares com o Federal Reserve (Fed), a autoridade monetária dos Estados Unidos. A linha de empréstimo pode liberar até US$ 30 bilhões, que vão se somar às reservas internacionais do País.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o acordo é importante pela inclusão formal do Brasil com outras economias relevantes do globo. Dessa forma, os bancos centrais de economias emergentes, com políticas consideradas bem administradas, juntam-se aos governos da Austrália, do Canadá, da Dinamarca, da Inglaterra, da Suécia, da Suíça, além do Banco Central Europeu, em suas ações coordenadas para atenuar os efeitos negativos da crise sobre a liquidez.
Analistas de mercado consideram a medida positiva, dando mais um sinal de que o BC brasileiro tem poder para segurar a escalada do dólar. As reservas, no conceito de liquidez internacional, somavam US$ 203 bilhões em 28 de outubro. Para Natan Blanche, sócio-diretor da Tendências, a medida eleva para US$ 250 bilhões as reservas, contabilizando também operações de swap cambial reverso no montante de US$ 20 bilhões que irão ingressar, agindo como um antídoto contra a supervalorização do dólar.
Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nova linha de crédito para países emergentes, mas o representante do Brasil no organismo, Paulo Nogueira Batista, afirmou que, no momento, o País não tem intenção de firmar um acordo. “Não, o Brasil tem uma posição forte e, então, eu não acho que precisará disso.” (págs. 1 e B1)
Lula promete mais crédito a montadoras
O presidente Luiz Inácio Lula disse ontem a dirigentes de montadoras de veículos, em reunião reservada realizada durante a abertura do 25º Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, que o governo manterá o sistema de crédito irrigado para sustentar a demanda de veículos. Segundo um dos presentes, Lula não adiantou, porém, quais medidas concretas serão adotadas para pôr em prática esse objetivo. Amanhã, executivos das montadoras se encontram com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a fim de apresentarem as reivindicações do setor para combater a crise financeira. Lula conversou com os dirigentes de montadoras pouco antes de embarcar para San Salvador, capital de El Salvador. (pág. 1)
Análise
Klaus Kleber: A operação de swap de reservas envolvendo os emergentes ajuda no clima de incertezas e fortalece as linhas de crédito para o comércio externo, principalmente para os países dependentes das exportações. (págs. 1 e B3)
Copom mantém Selic em 13,75% e EUA fazem corte no juro
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade interromper o ciclo de aperto monetário iniciado em abril e manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. A decisão ficou em linha com as expectativas do mercado.
“Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, sem viés”, informou o colegiado.
A manutenção da taxa interrompe a série de quatro altas consecutivas. Em abril, a taxa foi elevada de 11,25% para 11,75%. Em junho, saiu de 11,75% para 12,25% e em julho foi de 12,25% para 13%. Em setembro, a taxa atingiu 13,75%.
A decisão foi no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) cortou o juro básico em 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano. (págs. 1 e B1)
Deságio de até 55% no leilão de estradas de SP
O governo paulista conseguiu um deságio que variou de 6,02% a 55% no leilão do lote de cinco estradas no estado. Em 30 anos, os consórcios vencedores aplicarão R$ 8 bilhões na Raposo Tavares, que ficou com a Invepar OAS, Marechal Rondon Leste (Bransinfar), Marechal Rondon Oeste (BRVias), Ayrton Senna/Carvalho Pinto (Triunfo Participações) e a D. Pedro I (Odebrecht). Os vencedores repassarão R$ 3,5 bilhões ao governo paulista pela outorga, e poderão usar créditos da Nossa Caixa e do BNDES. As obras estão garantidas com seguro, cujas apólices somam R$ 2,7 bilhões.
O governador José Serra afirmou que estuda novas concessões e aplicará R$ 3 bilhões da outorga em transportes. As marginais Tietê e Pinheiros receberão R$ 700 milhões. (págs. 1 e C6)
Empresas têm perdas de R$ 5,5 bilhões
O impacto da variação cambial no endividamento e as perdas com as operações com derivativos exóticos já provocaram um rombo de R$ 5,5 bilhões nos resultados das empresas brasileiras de capital aberto divulgados até o momento. O resultado equivale a 48% do lucro trimestral das companhias, de acordo com dados da consultoria Economatica e dos balanços, e poderia ser pior se não fossem os bons números divulgados pela Vale.
Para as empresas que têm dívidas em moeda estrangeira, o efeito da valorização do dólar é apenas contábil, ou seja, não representa efetivamente uma saída do caixa, já que o pagamento do financiamento não ocorrerá de imediato. A queda no lucro, porém, acaba afetando a distribuição de dividendos aos acionistas. (págs .1 e B4)
Prejuízo da Sadia pode chegar a R$ 892 milhões
A Sadia anunciou a revisão para baixo das perdas anunciadas em setembro com derivativos cambiais. Em vez dos R$ 760 milhões, os prejuízos com essas operações foram revisados para R$ 653 milhões. Esse volume pode atingir R$ 892,5 milhões, considerando-se que, no fim do terceiro trimestre, as perdas com títulos do banco Lehman Brothers, ainda não anunciadas, somam R$ 239,5 milhões. “São perdas que ainda não influenciam no operacional da companhia. Esses títulos vencem em setembro de 2009 e até lá o cenário pode mudar”, ameniza Gilberto Tomazoni, diretor-presidente da Sadia.
A exposição da empresa aos riscos foi responsável pelo prejuízo líquido trimestral de R$ 777,4 milhões, enquanto a concorrente Perdigão teve prejuízo de R$ 25,4 milhões, também prejudicada pela variação cambial. Em nove meses, o resultado negativo da Sadia se dilui e soma R$ 442,6 milhões. (págs. 1, B12 e Investnews. com.br)
Bolsa de Valores
Ibovespa sobe 4,36%, para 34.845 pontos. (págs. 1 e B5)
Cartéis
Pequenas e médias empresas também serão investigadas pela SDE. (págs. 1 e A13)
Tendência
Mercado ingressa na era da "globalidade", diz Sirkin. (págs. 1 e C11)
ONU pede fim de embargo a Cuba
A ONU aprovou ontem pelo 17º ano consecutivo, e com votação recorde - com apenas três votos contra -, uma moção pedindo o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. (págs. 1 e A15)
Petrobras precisa captar em 2009
Para a agência de rating Moody’s, o risco de financiamento da Petrobras é considerado médio e, caso a empresa não consiga captar recursos em 2009, pode ter de adiar projetos de investimentos. (págs. 1 e B3)
Varejo vai contratar 113 mil
O varejo se prepara para as festas de fim de ano. No País, deverá empregar 113 mil pessoas em vagas para temporários, 8% de crescimento em relação a 2007. (págs. 1 e C7)
Cai a confiança da indústria
O cenário de incerteza e o agravamento da crise financeira provocaram uma queda de 11,7% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas. (págs. 1 e A4)
Toyota supera GM
A Toyota Motor Corp. destronou a rival General Motors e se tornou a líder em vendas mundiais. Até setembro, a dianteira da japonesa era de 400 mil veículos - acumulado de 7,05 milhões, ante 6,66 milhões da americana. Embora com poucas chances de reverter a situação este ano, o principal executivo da GM, Rick Wagoner, disse que vale a pena disputar o título em vendas. Nos Estados Unidos, maior mercado mundial, as vendas caíram por causa do petróleo caro e agora pela crise financeira. (págs. 1, A15 e C5)
Opinião
Manoel Horácio Francisco da Silva: A estratégia para a exploração do petróleo do pré-sal, com planejamento e boa execução dos projetos, será decisiva para que o Brasil possa dar um salto de qualidade. (págs. 1 e A3)
Opinião
Nelson Rocco: As equipes econômicas dos EUA e do Brasil têm agido para acalmar os mercados, mas nada foi feito para ajudar o cidadão que perdeu a casa ou não tem dinheiro para as dívidas. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Uma multa por minuto no anel
No primeiro dia de fiscalização com radar móvel no anel rodoviário de BH foram flagrados 811 motoristas em excesso de velocidade num período de um a cada minuto. O equipamento, que acompanha três faixas num mesmo sentido, mudará de posição pelo menos cinco vezes por dia para tentar coibir o abuso em toda a via. A infração custa até R$ 574,62. (págs. 1 e 25)
Lula dá aval para Lacerda tocar nova linha do metrô (pág.1)
...E o Brasil mantém taxa em 13,75%
Em outra decisão do Banco Central foi fechado acordo de US$ 30 bilhões com o BC americano de troca de reais por dólares para controlar o câmbio. Ontem, o dólar caiu 2,06% e fechou cotado a R$ 2,14. A Bovespa teve mais um dia de forte alta, 4,37%. (pág.1)
R$ 10 bi
É o total do socorro ao setor da construção civil anunciado ontem pelo governo. (págs. 1, 14 e 15)
UFMG - Bônus ajuda 16,7 mil alunos no vestibular (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Arrastão policial contra o crack
Megaoperação prendeu 13 acusados de integrar uma das mais perigosas quadrilhas de traficantes do Estado. O grupo seria responsável pela compra da pasta de cocaína para transformá-la em crack e abastecer mercados da RMR e do interior. (pág. 1)
Governo libera ajuda para construtoras e defende empregos. (pág. 1)
Safra da cana baixa preço do álcool nos postos do Grande Recife. (pág. 1)
Promotora vai pedir garantia de vida para trabalhar em Jaboatão. (pág. 1)
SPC das escolas tem adesão pernambucana. (pág. 1)
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O Globo
Manchete: Ação inédita com os EUA libera US$ 30 bi ao Brasil
Pela primeira vez na História, o Banco Central do Brasil vai trocar reais por dólares com o Federal Reserve, o BC americano, numa ação coordenada que envolve também Cingapura, Coréia do Sul e México. Cada um terá direito a tomar US$ 30 bilhões numa operação já fechada, recentemente, com nove bancos centrais de nações ricas. O objetivo é ajudar esses países a enfrentar a crise financeira mundial. A operação não terá juros nem encargos.
Ontem, o dólar fechou a R$ 2,143, em queda de 2,06%. A Bovespa subiu 4,37%. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu, por unanimidade, manter os juros em 13,75% ao ano. Nos EUA e na China, eles caíram. (págs. 1 e 27 a 31)
Paes obtém de Lula reforma da área do Porto
Acompanhado do governador Sérgio Cabral, o prefeito eleito Eduardo Paes esteve ontem em Brasília, onde encontrou ontem em Brasília, onde encontrou o presidente Lula, de quem disse ter recebido apoio para uma série de projetos. O principal é a revitalização da zona portuária. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá vir ao Rio semana que vem para ajudar o município a, enfim, tirar a idéia do papel. Outros projetos discutidos foram a expansão do PAC das Favelas para a Penha, a ampliação da Linha 4 do metrô e a extensão da Via Light. Paes e Cabral também discutiram com a bancada fluminense na Câmara a destinação das emendas ao Orçamento de 2009. (págs. 1, 3 e 4)
CEF libera R$ 3 bi para construtoras (págs. 1 e 33)
Sindicato: Prisão tem câmeras quebradas
O presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária, Francisco Rodrigues, denunciou que todas as câmeras de Bangu 8 –considerado de segurança máxima – estão quebradas e sem manutenção. Isso pode dificultar a identificação dos homens que resgataram o matador de uma milícia. (págs. 1 e 16)
SP faz leilão de rodovias apesar da crise
O governo de São Paulo arrecadou R$ 3,498 bilhões com a concessão ao setor privado de 1.763 quilômetros de rodovias. Apesar da crise, as empresas ofereceram deságios de até 54,9% sobre o valor máximo de pedágio e vão investir R$ 8 bilhões. (págs. 1, 36 e 37)
Northwest e Delta criam maior empresa aérea (págs. 1 e 36)
Acordo impediu Cesar de licitar vans, diz Arolde
Demitido ontem pelo prefeito Cesar Maia da Secretaria municipal de Transportes, o deputado federal Arolde de Oliveira (DEM) fez críticas ao prefeito depois de seis anos no cargo: disse que acordos políticos feitos por Cesar com os donos de vans impediram a regulamentação das linhas. "Fizemos cadastramento para licitar. Mas havia esse compromisso", afirmou. Arolde contrariou orientação do prefeito e não apoiou Fernando Gabeira (PV) no segundo turno. (págs. 1 e 9)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Brasil mantém juros; EUA cortam
Em decisão unânime, o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano no mesmo dia em que os EUA reduziram a 1% ao ano a taxa de juros no país. A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) interrompe uma série de quatro aumentos consecutivos na taxa básica. “Avaliando o cenário prospecto e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic”, afirma nota da entidade. A taxa do BC é apenas uma referência para a economia. Na prática, os juros são bem mais altos.
Nos EUA, o corte, de meio ponto porcentual, foi o segundo no mês e recolocou o juro no mesmo patamar registrado em maio de 2004. O Fed justificou sua ação afirmando que a economia americana sofre uma “acentuada” queda na atividade. Em setembro, a inflação oficial dos EUA atingiu 4,9%. Com a taxa básica americana 3,9 pontos abaixo da evolução dos preços, o país tem hoje juros negativos. O Banco Central chinês também anunciou o segundo corte na taxa de juros no mês, de 0,27 ponto percentual. A taxa de empréstimos para um ano cai de 6,93% para 6,6%. (págs. 1 e Dinheiro)
Governo não cumpre meta do programa Luz para Todos
O programa Luz para Todos, do governo federal, que leva energia elétrica a municípios isolados, não conseguirá cumprir a meta de 2 milhões de famílias beneficiadas até o final do ano. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o atendimento de pelo menos 200 mil famílias ficou para o primeiro quadrimestre do ano que vem. O governo atribui o atraso à escassez de mão-de-obra especializada e sobretudo a falhas na entrega de equipamentos. (págs. 1 e A4)
Gastos do PAC têm queda de mais de 70% em outubro
Apesar das reiteradas afirmações de ministros de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não seria atingido pela crise, o ritmo de gastos do programa despencou, em média, mais de 70% em outubro em relação aos meses anteriores. A divulgação oficial no novo balanço está marcado para hoje. A Casa Civil, que coordena o PAC, não quis comentar os dados. (págs. 1 e B12)
Páis recebe US$ 30 bi do Fed para usar no câmbio
O Fed anunciou ter colocado US$ 30 bilhões à disposição do BC para intervenções no mercado de câmbio. Pacotes também foram liberados para Cingapura, Coréia do Sul e México. Na operação, o BC brasileiro recebe dólares do Fed e libera valor equivalente de reais. Os recursos do banco central americano estarão disponíveis até abril de 2009. O FMI também anunciou a criação de uma linha de crédito de curto prazo para países emergentes afetados pela crise internacional, inclusive o Brasil, de ao todo US$ 100 bilhões. (págs. 1, B5 e B6)
Artigo: Vinicius Torres Freire: Epidemia de bom senso assola o BC
Em meio ao desespero geral, viu-se outro exemplo de que uma epidemia de bom senso assola o Banco Central faz uns dois anos. O BC deixou o juro onde estava. Não quer dizer que não vejam risco de inflação ou que queiram “estimular a economia”. O problema é que não se enxerga nada adiante. (págs. 1 e B4)
Editoriais
Leia “Nova frente”, sobre ação do Fed para deter alta do dólar; e “Filantropia controlada”, acerca de hospitais de ponta. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: EUA ajudam Brasil a reforçar caixa
O Banco Central brasileiro recebeu do Fed (o banco central dos EUA) reforço de caixa de US$ 30 bilhões, dinheiro que poderá ser usado no mercado de câmbio sem afetar o nível das reservas internacionais. Como garantia, o Brasil ofereceu ativos em reais. A operação amplia o poder de fogo do BC para tentar conter a cotação do dólar e não impõe condições à política econômica adotada para enfrentar a turbulência financeira.
Também já foram beneficiados por operações idênticas México, Cingapura e Coréia do Sul. Além disso, o Fed fechou acordos semelhantes com outros oito países e a União Européia.
Em outro movimento contra a crise global, o FMI aprovou uma linha de crédito de emergência para países emergentes. O Brasil temo direito de recorrer a esse tipo de empréstimo, mas não pretende usá-lo. “O País tem uma posição forte e não precisará disso", afirmou o representante do Brasil no FMI, Pau1o Nogueira Batista.(págs. 1 e B6)
Copom mantém juros e alerta para incertezas
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros em 13,75%, sem viés. O Copom destacou o ambiente de incerteza com a crise internacional. Projetando-se em 12 meses, o juro real, descontada a inflação estimada, chega a 8%, o que indica grande margem para estimular a economia. (págs. 1, B1 e B3)
Mais dinheiro no crédito imobiliário
O governo anunciou nova linha de financiamento de capital de giro na construção civil, formada por 5% dos depósitos da poupança. O valor deve atingir R$ ll bilhões, dos quais R$ 3 bilhões serão ofertados pela CEF.( págs. 1 e B8)
Empresas brasileiras dominam leilão de rodovias
Consórcios formados majoritariamente por empresas brasileiras dominaram o segundo leilão de rodovias promovido pelo governo paulista. Cinco trechos, com 1.715 km no total, foram concedidos com deságios entre 6,02% e 54,9% .(págs. 1 e B15)
Família tem peso maior que escola na aprendizagem
O contexto familiar é responsável por 70% do desempenho escolar dos estudantes, diz estudo da Fundação Itaú Social. No caso das escolas, o uso de computador e o número de horas de aula oferecem pouco impacto. (págs. 1 e A21)
Governadores indicam como procuradores seus afilhados
Os governadores do Amapá, Waldez Góes (PDT), e de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), estão fazendo nomeações políticas nas procuradorias estaduais, que avaliam atos do Executivo. Para a OAB, a situação é “anômala”. (págs. 1 e A4)
Notas e Informações - Prazo maior para impostos
A proposta de dar prazo mais longo para o recolhimento de impostos federais é razoável, e sua adoção pode ser uma boa alternativa às ações anticíclicas discutidas até agora. (págs. 1 e A3)
Artigo - A cor de Obama
Demétrio Magnoli: Se Obama vencer, será por razões políticas, e não raciais. (págs. 1 e A2)
Eleitor americano já teme caos na votação
Mais de 130 milhões de americanos estão registrados para votar na eleição presidencial, e analistas prevêem problemas de todo tipo, relata Patrícia Campos Mello. Há perspectiva de falhas nas urnas eletrônicas, erros nas bases de dados de eleitores, contestações judiciais, intimidação e filas. De olho nos indecisos, o democrata Barack Obama faria ontem à noite uma inédita ofensiva midiática, que incluía um anúncio de 30 minutos em horário nobre. (págs. 1 e A16 a A18)
Policiais ameaçam parar em 7 Estados
Paralisação de SP completa 45 dias e inspira outros movimentos. (págs. 1, C1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Mais recursos para o Rio
O prefeito eleito Eduardo Paes saiu ontem do primeiro encontro com o presidente Lula depois das eleições com a promessa de investimentos no Rio - entre os quais, a revitalização da Zona Portuária. Lula enviará à cidade a ministra Dilma Rousseff, para iniciar a modelagem do projeto, que aposta na candidatura carioca à Olimpíada de 2016. "Vamos reverter o isolamento político dos últimos 20 anos", festejou Paes. (págs. 1 e A16)
Cabral e Lula acertam privatização do Galeão
Do governador Sérgio Cabral, logo após sua conversa com o presidente Lula, sobre o Aeroporto Internacional do Galeão: "A privatização sai ano que vem. Já me procuraram suíços, franceses e espanhóis". (págs. 1 e Informe JB A4)
EUA derrubam juros, mas Banco Central mantém taxa básica
Enquanto os EUA reduziram de 1,5% para 1% a taxa de juros, o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75%. Em nota, o Copom alegou riscos de inflação. Com os juros mantidos, em vez de mais crédito na economia - como quer o governo - os bancos continuarão atraídos pelos títulos do Tesouro, atrelados à Selic. (págs. 1, Tema do Dia A2 e A5)
BC troca reais por dólares e garante crédito de US$ 30 bi
O Banco Central terá cesso a um crédito de US$ 30 bilhões do Fed. O dinheiro será usado para incrementar os fundos disponíveis para operações em dólar feitas pelo BC no Brasil. Na prática, é um empréstimo americano, destinado a preservar o sistema financeiro brasileiro. (págs. 1, Tema do Dia A3)
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Correio Braziliense
Professora acusada de promover aula de violência
Os alunos da Escola Classe 56, de Ceilândia, revelaram aos pais uma cena chocante: a professora segurou um menino de 5 anos pelos braços enquanto outras crianças batiam no rosto dele. Elizabeth Barros, que trabalhava em regime temporário na escola, foi afastada pela direção. (págs. 1 e 33)
Alívio
O Banco Central interrompeu as seguidas altas na taxa de juros e decidiu ontem que o Brasil passará mais um mês com os mesmos 13,75% ao ano fixados atualmente. Pressionada por todos os lados, a instituição teme derrubar ainda mais o PIB em meio à crise mundial. (págs. 1 e tema do dia, página 14)
US$ 30 bi
BC dos EUA cria cheque especial para o Brasil (págs. 1 e tema do dia,página 16)
Niemeyer condena muretas
Arquiteto defende plano de Lucio Costa e envia carta a Arruda criticando idéia da construção de muretas no Eixão. Governador determina a secretários que achem outra solução. (págs. 1 e 38)
Comprovante de residência mais fácil
Está em vigor a Lei 4.225, que dispensa os consumidores de apresentar documentos como contas de água, luz e telefone ao contratar serviços. Bastará uma declaração escrita de próprio punho. Lojas que não aceitarem a novidade sofrerão multa de R$ 50 mil. (págs. 1 e 22)
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Valor Econômico
Manchete: US$ 30 bilhões do Fed vão reforçar política cambial
O Banco Central firmou um acordo com o Federal Reserve (o banco central americano) que lhe dará acesso a uma linha de swap cambial de dólares por reais no valor de US$ 30 bilhões. Essa linha estará disponível até 30 de abril de 2009. Com esse reforço, aumenta a capacidade de ação do BC no mercado de câmbio, por meio de leilões de swap, sem que com isso fique exposto a risco cambial.
De acordo com comunicado da autoridade monetária, essa linha não "implica condicionalidades de política econômica e será utilizada para incrementar os fundos disponíveis para as operações de provisão de liquidez em dólares pelo BC".
Ontem, a diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) também aprovou a criação de uma linha de crédito de curto prazo, um novo instrumento para suprir liquidez externa aos países membros diante dos problemas de escassez de recursos no sistema interbancário internacional.
As avaliações feitas ao longo do dia de ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em várias reuniões com os presidentes dos principais bancos públicos (BB, CEF, BNDES, além do Banco Central), indicam que a situação de liquidez no sistema financeiro doméstico começa a melhorar.
O estrangulamento do crédito foi também objeto de discussão na reunião da coordenação política, no Palácio do Planalto. Mantega disse que as medidas adotadas pelo governo, para abastecer o mercado de câmbio e irrigar o sistema de crédito, estão começando a surtir efeito, mas que "as coisas não se resolvem da noite para o dia".
Foram os indícios de que os mercados estariam começando a funcionar que fizeram o governo desistir, ao menos por enquanto, de mais uma medida para "persuadir" os grandes bancos a retomar as operações de crédito. Na terça-feira, era praticamente certa a decisão de acabar com a remuneração dos recursos do compulsório sobre os depósitos a prazo, hoje corrigidos pela taxa Selic.
O Banco do Brasil prevê encerrar o mês com um volume de financiamento às exportações muito próximo ao de setembro (US$ 1,4 bilhão), quando a crise financeira internacional ainda não havia devastado o crédito externo.
EUA cortam juro e Brasil mantém Selic
O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, cortou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia americana e voltou a colocá-la em 1%, a mais baixa desde junho de 2004, para evitar uma recessão forte e prolongada no país. Ele também deu sinais de que poderá fazer novos cortes, ao ressaltar em comunicado que "os riscos de redução do crescimento persistem".
O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu ontem por unanimidade manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano, sem viés, confirmando as expectativas do mercado. A decisão interrompe o movimento de alta da Selic iniciado na reunião de abril. Com 13,75%, o Brasil se mantém como a economia com os maiores juros reais do mundo. (págs. 1, Cl, C2 e C4)
Cooperativa agrícola adia investimento
Carentes de capital de giro e estruturadas sobre investimentos feitos com recursos a juros subsidiados, as cooperativas agropecuárias projetam queda no faturamento e nas margens de lucro neste ano por causa dos efeitos da crise financeira. E, em conseqüência, tendem a frear investimentos, que já vinham sendo adiados nos últimos meses por causa das dívidas dos produtores rurais.”Os investimentos vão parar. Vínhamos numa recuperação boa, mas seremos afetados pela crise", disse o presidente da Organização das Cooperativas de São Paulo, Edivaldo Del Grande, durante feira da Aliança Cooperativa Internacional. Embora com crédito do BNDES, a Coopercentral Aurora suspendeu a construção de uma unidade de R$ 300 milhões para abater frangos em Canoinhas (SC). (págs. 1 e B12)
Preço de ativos perde referências
Levantamento feito pelo Valor Data a partir de uma amostra de 282 companhias mostra que 31 delas estão com valor de mercado abaixo da soma dos recursos que têm em caixa mais os estoques, subtraída a dívida. Há um ano, só duas empresas viviam essa situação.
"Isso não faz sentido mesmo se tivesse havido uma catástrofe", diz Alexandre Póvoa, do Modal Asset. Chega-se a esse ponto, afirma, porque a pressão é vendedora, de investidores que não têm como suportar as perdas crescentes. E o preço de mercado fica abaixo do de equilíbrio.
"Dar preços aos ativos no momento atual é como descer a Serra do Mar no meio da neblina", compara Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. Isso porque todas as referências estão mudando. Guardadas as proporções, segundo Pedro Galdi, da SLW Corretora, a situação é parecida com a do Plano Collor. Também naquela época perdeu-se a referência de preços, com a população vendendo bens pela oferta do comprador. "Era um momento de falta de liquidez, como o atual", explica. (págs. 1 e D1)
Com recursos do Fundo da Marinha Mercante e do BNDES, Mauá volta a fazer navios, diz D Arco (págs. 1 e B1)
Supermercados vendem mais
As vendas nos supermercados do país cresceram 5,53% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a agosto, houve queda de 5,63%. No ano, as vendas registram crescimento real de 8,93%, segundo a Abras. (pág.1)
Rodoanel antes da Copa
Odebrecht (rodovia D. Pedro) e Triunfo (Carvalho Pinto-Ayrton Senna) foram as grandes vencedoras do leilão de rodovias paulistas. Os negócios deverão acelerar as obras do Rodoanel, que o secretário dos Transportes, Mauro Arce, prevê estar concluído no fim de 2013. (págs. 1 e B7)
Evonik planeja fábrica no RS
A alemã Evonik (ex-Degussa) estuda construir uma fábrica no Rio Grande do Sul para a produção de peróxido de hidrogênio, insumo da indústria de celulose e papel. O investimento previsto é de € 45 milhões, com início das obras em meados de 2009. (págs. 1 e B8)
Refinaria sergipana
A Rassesa, formada por investidores britânicos, espanhóis, brasileiros e do Golfo Pérsico, está perto de um acordo com o governo de Sergipe para a construção de uma refinaria no Estado, orçada em US$ 3 bilhões. (págs. 1 e B9)
Braskem foca "plástico verde"
A Braskem pretende adiar alguns investimentos em razão da crise, mas vai preservar a fabrica de "plástico verde" (polietileno feito de etanol) prevista para o Rio Grande do Sul em 2011. Segundo a empresa, o negócio seria viável até com o petróleo a US$45. (págs. 1 e B9)
Reação das commodities
A redução dos juros nos EUA animou os mercados de commodities agrícolas. Em Chicago, contratos futuros de milho e trigo chegaram a atingir as maiores valorizações diárias permitidas para alguns vencimentos. A soja chegou perto disso. (págs. 1 e B11)
De olho no petróIeo
Com o apoio do Sebrae, pequenas empresas do Espírito Santo organizam-se na Rede Petro para fornecer produtos e serviços a companhias de petróleo, diz Mário Barradas. A expectativa é que as receitas cresçam pelo menos 50%. (págs. 1 e F4)
Saturação ameaça banda larga móvel
A terceira geração da telefonia móvel(3G) chegou ao Brasil há menos de um ano, mas a rápida adesão à tecnologia já leva operadoras e fornecedores de infra-estrutura a prever uma sobrecarga dessas redes a curto prazo. Levantamento da Nokia Siemens mostra que a capacidade das faixas de freqüência disponíveis para a telefonia móvel já estará totalmente tomada em 2011 e a razão principal é o crescente uso das redes de celular para o acesso à internet.
A estimativa da empresa é de que o tráfego aumente, em média, 90% ao ano nos próximos cinco anos. "Essas estimativas são baseadas num modelo teórico. Mas a situação real é pior que a hipotética", afirmou o executivo-chefe da empresa na América Latina, Armando Almeida. Para o presidente da Qualcomm, Marco Aurélio Rodrigues, falar em esgotamento já em 2011 pode ser prematuro, mas em 2015 certamente haverá problemas. (págs. 1 e B3)
Idéias
Eliana Cardoso: crise americana deixou claro que os mercados financeiros não são capazes de auto-regulação. (págs. 1 e A2)
Idéias
Marcio Pochmann: "american way of tife" tomou-se insustentável. (págs. 1 e A13)
Idéias
Maria Inês Nassif: nunca antes na história do PT paulistano seu índice de rejeição foi tão alto. (págs. 1 e A8)
Idéias
Paulo de Siqueira Costa: etanol ganhou cedo demais os holofotes. (págs. 1 e Al2)
Pressão sobre os bancos
Preocupado com os efeitos da crise sobre a economia paulista, o secretário da Fazenda Mauro Ricardo Costa defende uma ação mais incisiva do BC para garantir a circulação do crédito. "Enquanto os bancos não começarem a reclamar é porque as medidas não foram suficientes". (págs. 1 e A3)
Declínio da produção dos campos de petróleo é maior que o previsto (págs. 1 e A11)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Troca entre BC e Fed traz US$ 30 bi para reservas
Em uma ação inédita no País, o Banco Central brasileiro vai trocar reais por dólares com o Federal Reserve (Fed), a autoridade monetária dos Estados Unidos. A linha de empréstimo pode liberar até US$ 30 bilhões, que vão se somar às reservas internacionais do País.
O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o acordo é importante pela inclusão formal do Brasil com outras economias relevantes do globo. Dessa forma, os bancos centrais de economias emergentes, com políticas consideradas bem administradas, juntam-se aos governos da Austrália, do Canadá, da Dinamarca, da Inglaterra, da Suécia, da Suíça, além do Banco Central Europeu, em suas ações coordenadas para atenuar os efeitos negativos da crise sobre a liquidez.
Analistas de mercado consideram a medida positiva, dando mais um sinal de que o BC brasileiro tem poder para segurar a escalada do dólar. As reservas, no conceito de liquidez internacional, somavam US$ 203 bilhões em 28 de outubro. Para Natan Blanche, sócio-diretor da Tendências, a medida eleva para US$ 250 bilhões as reservas, contabilizando também operações de swap cambial reverso no montante de US$ 20 bilhões que irão ingressar, agindo como um antídoto contra a supervalorização do dólar.
Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nova linha de crédito para países emergentes, mas o representante do Brasil no organismo, Paulo Nogueira Batista, afirmou que, no momento, o País não tem intenção de firmar um acordo. “Não, o Brasil tem uma posição forte e, então, eu não acho que precisará disso.” (págs. 1 e B1)
Lula promete mais crédito a montadoras
O presidente Luiz Inácio Lula disse ontem a dirigentes de montadoras de veículos, em reunião reservada realizada durante a abertura do 25º Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo, que o governo manterá o sistema de crédito irrigado para sustentar a demanda de veículos. Segundo um dos presentes, Lula não adiantou, porém, quais medidas concretas serão adotadas para pôr em prática esse objetivo. Amanhã, executivos das montadoras se encontram com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a fim de apresentarem as reivindicações do setor para combater a crise financeira. Lula conversou com os dirigentes de montadoras pouco antes de embarcar para San Salvador, capital de El Salvador. (pág. 1)
Análise
Klaus Kleber: A operação de swap de reservas envolvendo os emergentes ajuda no clima de incertezas e fortalece as linhas de crédito para o comércio externo, principalmente para os países dependentes das exportações. (págs. 1 e B3)
Copom mantém Selic em 13,75% e EUA fazem corte no juro
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por unanimidade interromper o ciclo de aperto monetário iniciado em abril e manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. A decisão ficou em linha com as expectativas do mercado.
“Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, em ambiente de maior incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, sem viés”, informou o colegiado.
A manutenção da taxa interrompe a série de quatro altas consecutivas. Em abril, a taxa foi elevada de 11,25% para 11,75%. Em junho, saiu de 11,75% para 12,25% e em julho foi de 12,25% para 13%. Em setembro, a taxa atingiu 13,75%.
A decisão foi no mesmo dia em que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) cortou o juro básico em 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano. (págs. 1 e B1)
Deságio de até 55% no leilão de estradas de SP
O governo paulista conseguiu um deságio que variou de 6,02% a 55% no leilão do lote de cinco estradas no estado. Em 30 anos, os consórcios vencedores aplicarão R$ 8 bilhões na Raposo Tavares, que ficou com a Invepar OAS, Marechal Rondon Leste (Bransinfar), Marechal Rondon Oeste (BRVias), Ayrton Senna/Carvalho Pinto (Triunfo Participações) e a D. Pedro I (Odebrecht). Os vencedores repassarão R$ 3,5 bilhões ao governo paulista pela outorga, e poderão usar créditos da Nossa Caixa e do BNDES. As obras estão garantidas com seguro, cujas apólices somam R$ 2,7 bilhões.
O governador José Serra afirmou que estuda novas concessões e aplicará R$ 3 bilhões da outorga em transportes. As marginais Tietê e Pinheiros receberão R$ 700 milhões. (págs. 1 e C6)
Empresas têm perdas de R$ 5,5 bilhões
O impacto da variação cambial no endividamento e as perdas com as operações com derivativos exóticos já provocaram um rombo de R$ 5,5 bilhões nos resultados das empresas brasileiras de capital aberto divulgados até o momento. O resultado equivale a 48% do lucro trimestral das companhias, de acordo com dados da consultoria Economatica e dos balanços, e poderia ser pior se não fossem os bons números divulgados pela Vale.
Para as empresas que têm dívidas em moeda estrangeira, o efeito da valorização do dólar é apenas contábil, ou seja, não representa efetivamente uma saída do caixa, já que o pagamento do financiamento não ocorrerá de imediato. A queda no lucro, porém, acaba afetando a distribuição de dividendos aos acionistas. (págs .1 e B4)
Prejuízo da Sadia pode chegar a R$ 892 milhões
A Sadia anunciou a revisão para baixo das perdas anunciadas em setembro com derivativos cambiais. Em vez dos R$ 760 milhões, os prejuízos com essas operações foram revisados para R$ 653 milhões. Esse volume pode atingir R$ 892,5 milhões, considerando-se que, no fim do terceiro trimestre, as perdas com títulos do banco Lehman Brothers, ainda não anunciadas, somam R$ 239,5 milhões. “São perdas que ainda não influenciam no operacional da companhia. Esses títulos vencem em setembro de 2009 e até lá o cenário pode mudar”, ameniza Gilberto Tomazoni, diretor-presidente da Sadia.
A exposição da empresa aos riscos foi responsável pelo prejuízo líquido trimestral de R$ 777,4 milhões, enquanto a concorrente Perdigão teve prejuízo de R$ 25,4 milhões, também prejudicada pela variação cambial. Em nove meses, o resultado negativo da Sadia se dilui e soma R$ 442,6 milhões. (págs. 1, B12 e Investnews. com.br)
Bolsa de Valores
Ibovespa sobe 4,36%, para 34.845 pontos. (págs. 1 e B5)
Cartéis
Pequenas e médias empresas também serão investigadas pela SDE. (págs. 1 e A13)
Tendência
Mercado ingressa na era da "globalidade", diz Sirkin. (págs. 1 e C11)
ONU pede fim de embargo a Cuba
A ONU aprovou ontem pelo 17º ano consecutivo, e com votação recorde - com apenas três votos contra -, uma moção pedindo o fim do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba. (págs. 1 e A15)
Petrobras precisa captar em 2009
Para a agência de rating Moody’s, o risco de financiamento da Petrobras é considerado médio e, caso a empresa não consiga captar recursos em 2009, pode ter de adiar projetos de investimentos. (págs. 1 e B3)
Varejo vai contratar 113 mil
O varejo se prepara para as festas de fim de ano. No País, deverá empregar 113 mil pessoas em vagas para temporários, 8% de crescimento em relação a 2007. (págs. 1 e C7)
Cai a confiança da indústria
O cenário de incerteza e o agravamento da crise financeira provocaram uma queda de 11,7% no Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getúlio Vargas. (págs. 1 e A4)
Toyota supera GM
A Toyota Motor Corp. destronou a rival General Motors e se tornou a líder em vendas mundiais. Até setembro, a dianteira da japonesa era de 400 mil veículos - acumulado de 7,05 milhões, ante 6,66 milhões da americana. Embora com poucas chances de reverter a situação este ano, o principal executivo da GM, Rick Wagoner, disse que vale a pena disputar o título em vendas. Nos Estados Unidos, maior mercado mundial, as vendas caíram por causa do petróleo caro e agora pela crise financeira. (págs. 1, A15 e C5)
Opinião
Manoel Horácio Francisco da Silva: A estratégia para a exploração do petróleo do pré-sal, com planejamento e boa execução dos projetos, será decisiva para que o Brasil possa dar um salto de qualidade. (págs. 1 e A3)
Opinião
Nelson Rocco: As equipes econômicas dos EUA e do Brasil têm agido para acalmar os mercados, mas nada foi feito para ajudar o cidadão que perdeu a casa ou não tem dinheiro para as dívidas. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Uma multa por minuto no anel
No primeiro dia de fiscalização com radar móvel no anel rodoviário de BH foram flagrados 811 motoristas em excesso de velocidade num período de um a cada minuto. O equipamento, que acompanha três faixas num mesmo sentido, mudará de posição pelo menos cinco vezes por dia para tentar coibir o abuso em toda a via. A infração custa até R$ 574,62. (págs. 1 e 25)
Lula dá aval para Lacerda tocar nova linha do metrô (pág.1)
...E o Brasil mantém taxa em 13,75%
Em outra decisão do Banco Central foi fechado acordo de US$ 30 bilhões com o BC americano de troca de reais por dólares para controlar o câmbio. Ontem, o dólar caiu 2,06% e fechou cotado a R$ 2,14. A Bovespa teve mais um dia de forte alta, 4,37%. (pág.1)
R$ 10 bi
É o total do socorro ao setor da construção civil anunciado ontem pelo governo. (págs. 1, 14 e 15)
UFMG - Bônus ajuda 16,7 mil alunos no vestibular (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Arrastão policial contra o crack
Megaoperação prendeu 13 acusados de integrar uma das mais perigosas quadrilhas de traficantes do Estado. O grupo seria responsável pela compra da pasta de cocaína para transformá-la em crack e abastecer mercados da RMR e do interior. (pág. 1)
Governo libera ajuda para construtoras e defende empregos. (pág. 1)
Safra da cana baixa preço do álcool nos postos do Grande Recife. (pág. 1)
Promotora vai pedir garantia de vida para trabalhar em Jaboatão. (pág. 1)
SPC das escolas tem adesão pernambucana. (pág. 1)
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE
29 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Pacto entre Cesar e Paes inicia transição pacífica
Num encontro a portas fechadas, o prefeito Cesar Maia (DEM) recebeu, por meia hora, o ex-aliado e futuro prefeito Eduardo Paes (PMDB). O clima foi de constrangimento, mas houve avanços: Cesar se comprometeu a garantir os votos dos vereadores de sua base para provar, até dezembro, projetos de interesse de Paes. Também foi acertada a colaboração da atual gestão para mudar o Orçamento de 2009. A prefeitura cederá um técnico por secretaria para trabalhar na equipe de transição."Faço questão que a transição seja feita no clima civilizado que houve entre o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula", disse Cesar. "Essa é a forma que eu entendo que tem que ser", respondeu Paes. (págs. 1 e 3)
Gangorra das bolsas tem dia de euforia
Com preço das ações no nível mais baixo dos últimos cinco anos e diante da expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve (BC americano), os investidores foram às compras ontem e, em questão de horas, fizeram as bolsas disparar. O Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 10,88%, na segunda maior alta em pontos da História. O outro recorde tinha sido no último dia 13. No Brasil, a Bovespa fechou a 13,42%. O Congresso aprovou ontem a compra de carteiras de bancos, mas a oposição quer limitar o período de estatização. (págs. 1, 21 a 28, Miriam Leitão e editorial “Alcance do juros”)
Sinais da recessão
Índice de confiança do consumidor americano é o menor em quatro décadas.
Preço dos imóveis nos EUA acumulam, até agosto, queda de 16,6% no ano.
Depois de dois anos de forte expansão, a Volkswagen do Brasil vai dar férias coletivas no Brasil durante Natal e Ano Novo para ajustar produção.
O presidente Nicolas Sarkosy anunciou que a França vai criar em 2009 cem mil postos de trabalho com recursos subsidiados. (págs. 1, 21 a 28, Míriam Leitão e editorial "Alcance dos juros")
Matrículas caem em todos os níveis, diz MEC
As matrículas de educação básica nas redes estaduais e municipais caíram 5% este ano em relação a 2007, mostram dados preliminares do Censo Escolar do MEC. São 2,5 milhões de alunos a menos em sala de aula. (págs. 1 e 12)
Secretário admite corrupção em fuga
Um dos principais matadores de uma milícia que reúne políticos e policiais, o ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, escapou pela porta da frente do presídio de segurança máxima Bangu 8, escoltado por dois homens com uniformes da Secretaria de Administração Penitenciária. O secretário Cesar Rubens Monteiro de Carvalho admitiu que a fuga foi facilitada por corrupção. O diretor foi exonerado. (págs. 1 e 14)
Na saúde, secretário será técnico afinado com Cabral
O diretor do Instituto de Cardiologia, Hans Dohmann, será o futuro secretário municipal de Saúde. Dohmann é ligado ao secretário de Saúde de Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes, de quem foi subordinado. A candidata derrotada Jandira Feghali (PCdoB), que apoiou Paes, não foi consultada. (págs. 1, 4 e 5)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo pode adiar tributo para empresa
O ministro da Fazenda Guido Mantega, disse que o governo estuda estender o prazo de pagamento de impostos das empresas para liberar recursos diante da dificuldade para obter crédito. A medida porém, valeira em 2009, quando a arrecadação deverá cair pela desaceleração econômica e os gastos continuarão a crescer com compromissos como aumento para servidores. “Temos que ver o impacto da crise nas contas públicas”, afirmou Mantega no Encontro Nacional da Indústria. “A redução dos lucros das empresas vai refletir na nossa arrecadação.”
Em tom mais pessimista que o de dias atrás, o ministro disse que “o travamento do crédito vai atingir rapidamente e economia real”. “É uma crise de longa duração de uma magnitude inédita.” O alargamento dos prazos foi pedido da Confederação Nacional da Indústria. Na véspera da definição de juros nos EUA e no Brasil, a Bovespa subiu 13,42%. O dólar caiu 2,5%, para R$2,188. A Câmara aprovou, em votação simbólica, a primeira medida provisória editada pelo governo para tentar conter efeitos da crise. Ela dá instrumentos ao BC para socorrer bancos. (págs. 1 e Dinheiro)
Foto: O ministro Guido Mantega fala para industriais em Brasília
Coluna: Alexandre Schwartsman: Manter a demanda interna aquecida só vai gerar inflação
Há ao menos três canais por onde a crise nos afeta: comércio global, preços de commodities e fluxos de capitais. Todos mudaram de duração. A crise reverteu as condições de alta da demanda interna com efeitos inflacionários mitigados por importação. Mantê-la acelerada só trará mais depreciação cambial e inflação. (págs. 1 e B2)
Alstom gastou US$ 430 mi em propinas, acusa justiça da Suíça
O total de propinas pagas pela francesa Alstom a servidores estrangeiros para vencer licitações públicas no exterior pode superar US$ 430 milhões, diz a Justiça suíça. Segundo ela, há provas do suborno de servidores de Itália, Zâmbia e México. Há ao menos três investigações em curso, uma delas sobre propinas no Brasil. A Alstom nega as acusações.(págs. 1 e A 4)
Editoriais
Leia "Pausa nos juros", sobre decisões de hoje do BC; e "Bilhete Metropolitano", acerca de transporte público. (págs. 1 e A 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Empresas pedem prazo maior para os impostos
Empresários pediram ao governo que dobre de 30 para 60 dias o prazo de recolhimento de impostos, como forma de amenizar o impacto da falta de crédito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descartou a idéia, porém afirmou que é preciso mensurar seu efeito sobre as contas públicas. "A medida está sendo cogitada, mas é preciso olhar os dois lados da questão", disse, em evento da Confederação Nacional da Indústria.
Em nova ação contra a crise, o governo anuncia hoje a liberação de uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para garantir o capital de giro do setor da construção civil. Outros setores poderão ser beneficiados por iniciativa semelhante. (págs. 1 e B1 a B12)
Após queda, euforia na bolsa
Às vésperas da decisão do Fed (banco central dos EUA) sobre juros, que devem cair até 0,75 ponto porcentual, o mercado americano registrou recuperação que atingiu o mundo todo. Nova York subiu 10,88%, apesar de queda histórica do índice de confiança do consumidor. A Bovespa teve alta de 13,4%, um dia após cair ao mesmo nível desde 2005. (págs. 1 e B8)
Notas e informações: Diplomacia da inconseqüência
Realizada em Brasília, conferência de ministros e presidentes de bancos centrais sul-americanos foi marcada pela irrelevância. Nada de objetivo foi acertado para enfrentar a crise. (págs. 1 e A3)
Sindicalistas dominam postos-chave da Receita
A secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, vem mexendo nos postos-chave do órgão, colocando sindicalistas nas superintendências regionais e técnicos na estrutura central em Brasília. A Receita diz que foram respeitados critérios técnicos, mas funcionários mais antigos temem que haja aumento da ação política. Outros, porém, negam aparelhamento e dizem que o objetivo é trocar a "turma do Everardo", referindo-se a Everardo Maciel, o chefe da Receita na época do governo FHC. (págs. 1 e A4)
Procurador cobra R$ 2,7 bi de fabricantes de cerveja
O procurador da República Fernando Lacerda Dias, de São José dos Campos (SP), entrou com processo contra as três maiores cervejarias do Brasil. Ele pede que Ambev, Schincariol e Femsa paguem ao governo federal indenização de R$ 2,7 bilhões para cobrir danos causados pelo consumo de cerveja e chope. (págs. 1, C1, C3 e C4)
À moda européia
Pecuaristas se adaptam para atender às exigências da UE. (pág. 1)
Farc aceitam negociar com condições mais brandas
As Farc anunciaram que aceitam dialogar com um grupo de 150 intelectuais, políticos, jornalistas e dirigentes sociais colombianos para tratar da libertação de reféns e de um acordo de paz. A guerrilha reduziu suas exigências, mas cobrou a participação de "presidentes latino-americanos". (págs. 1 e A16)
Artigo: Planejamento urbano
Benedito L. Toledo: O poder público permissivo prejudica a saúde da população. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Brasil
Manchete: Combate à dengue começa em 15 dias
O prefeito eleito Eduardo Paes anunciou seu futuro secretário de Saúde, Hans Dohmann - atual diretor do Instituto Nacional de Cardiologia – e a primeira ação integrada da prefeitura com os governos federal e estadual: a formação, em 15 dias, de um Gabinete Integrado de Combate à Dengue. Na semana que vem, Paes, Dohmann e o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, vão a Mato Grosso conhecer um programa epidemiológico que apresentou bons resultados na luta contra a doença. Paes teve, no Palácio da Cidade, a primeira reunião com Cesar Maia após as eleições. À saída, declarou: “Eu sou o prefeito eleito e ele, o ex-prefeito.” (págs. 1 e tema do dia A2 a A4)
Empresários cobram reformas contra crise
A Confederação Nacional da Indústria cobrou do governo uma agenda de reformas para reduzir os custos da economia brasileira e ampliar a escala de produção. Só assim, garante, o país enfrentará a crise internacional. À noite, a Câmara aprovou a MP de ajuda aos bancos. (pág. 1 e Economia A18 a A20)
Ruínas viram parque turístico
As ruínas de São João Marcos, no Vale do Paraíba, serão transformadas em parque turístico. A iniciativa ajudará a resgatar a memória da cidade - a primeira tombada no Brasil, em 1939, e em seguida demolida e esvaziada depois da construção de uma barragem no local. (pág. 1 e Cidade A14)
África sofre com rota de tráfico
Entreposto de uma nova e ainda pouco explorada rota de drogas América Latina-Europa, o Oeste da África enfrenta mais um risco, além das guerras: os países sofrem ataques de narcotraficantes e do crime organizado e estão sendo dominados por cartéis. (pág. 1 e Internacional A22)
Contra o câncer
Vários monumentos pelo mundo foram iluminados com tons de rosa este mês, para marcar a campanha de conscientização sobre o câncer de mama. Ontem, foi a vez do Rio: o Cristo Redentor abençoou a cidade com uma aura diferente. (pág. 1)
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Correio Braziliense
Manchete: Otimismo em alta nas bolsas
O baixo preço das ações e a perspectiva de redução de juros nos EUA provocaram uma onda de otimismo no mercado financeiro. Bovespa fechou em alta de 13,4%. Na contramão da euforia, Lula acusa empresários em dificuldade de promoverem um “cassino”. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 13 a 17)
Escritório novo para a Presidência
Soldados do Exército já fazem os primeiros reparos no Centro Cultural Banco do Brasil, onde o presidente Lula despachará a partir de dezembro. (págs. 1 e 4)
Concursos questionados na Justiça
Exatas 4.961 vagas temporárias no serviço público, algumas com edital lançado para realização de concurso, estão sub judice. A Associação dos Advogados Públicos Federais e o Sindicato dos Servidores Federais no DF entraram na Justiça para barrá-las. (págs. 1 e 19)
GDF dá licença de seis meses
Em comemoração ao Dia do Servidor, governo envia projeto à Câmara Legislativa aderindo à licença-maternidade de seis meses, aprovada no plano federal desde agosto. Quando receber o sinal verde dos distritais, medida terá efeito retroativo. (págs. 1 e 18)
José Geraldo, reitor da UnB, quer“politizar” a instituição
Professor eleito pretende envolver a universidade no debate dos problemas sociais. E vai seguir com a venda de imóveis. (págs. 1 e 29)
Calor recorde em Brasília: 35,8°C
Nunca antes na história da capital se registrou uma temperatura tão alta. Para aumentar o sufoco dos brasilienses, umidade relativa do ar ficou em 13%. Meteorologia prevê um clima mais ameno hoje, com possibilidade de chuvas esparsas. Haja sorvete. (págs. 1 e 25)
Câncer de pele, vilão da estação
Dermatologistas do país inteiro preparam campanha nacional de prevenção contra o mal que acometeu 120 mil brasileiros só neste ano. Pessoas com peles e cabelos claros, que tenham muitas pintas e sardas ou histórico familiar, são as vítimas potenciais. (págs. 1 e 10)
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Valor Econômico
Manchete: Desmonte de operações cambiais alivia mercado
As empresas brasileiras já desmontaram a maior parte de suas posições vendidas especulativas em dólar registradas no mercado interno, o que tem permitido a redução das cotações da moeda a cada sinal de melhoria no mercado internacional. Ontem, o dólar caiu mais 2,5%, para R$ 2,188. O Banco Central vendeu menos de US$ 500 milhões no mercado futuro. Em dois dias, a queda foi de quase 6%.
Após ampla análise das mais diferentes estruturas utilizadas pelos banco para registrar derivativos de câmbio, Jorge Sant'Anna, superintende da Cetip, notou que as posições vendidas em dólar das empresas, que chegaram a atingir US$ 40 bilhões em 30 de setembro, foram para US$ 7 bilhões no dia 24. "Provavelmente as maiores posições mais especulativas já foram desmanchadas", disse Sant'Anna.
Pela Cetip passam 85% das operações do mercado de balcão no Brasil, mas empresas maiores registraram a maior parte de suas posições no mercado externo. A Aracruz, segundo bancos credores, ainda não liquidou todos os seus contratos. Estaria esperando câmbio mais favoráveis. Pode ter suas perdas de US$ 2,5 bilhões reduzidas em US$ 1 bilhão se desmontar suas posições com o dólar abaixo de R$ 2,10, segundo os bancos.
A divulgação de balanços dos bancos - ontem foi a vez do Santander - ajudou a acalmar o mercado de câmbio, assim como um forte otimismo externo justificado pela expectativa de corte de 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano, nos juros básicos americanos na reunião do Fed. O índice Dow Jones, das ações mais negociadas em Nova York, subiu 10,88%. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou e subiu 13,42%, para 33.386 pontos.
Os analistas continuam a apostar na manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas crescem as apostas na queda da taxa na reunião de dezembro. Seria uma forma de dar um sinal positivo ao mercado. Os juros despencaram no mercado futuro, com os contratos para vencimento em janeiro de 2012 passando de 17,785% ao ano para 17,095%. (págs. 1, C2 e D2)
Idéias
Rosângela Bittar: Lula fará reforma ministerial em 2009. (págs. 1 e A7)
Argentina manda fundos deixar o Brasil
O governo argentino provocou surpresa ao determinar que os fundos de pensão privados do país vendam todos os investimentos que possuem no Brasil em três dias e mandem o dinheiro de volta. A decisão, tomada na noite de segunda-feira, envolve um total de US$ 567 milhões - ou aproximadamente R$ 1,3 bilhão aplicados no mercado brasileiro - e é um desdobramento da estatização da previdência privada no país vizinho. A venda dos ativos depende, porém, da aprovação do Banco Central argentino.
No Brasil, a notícia não chegou a influenciar os negócios na bolsa, uma vez que o valor é relativamente pequeno em relação ao volume negociado na Bovespa, de R$ 4 bilhões por dia. O que significaria que a zeragem dos fundos de pensão argentinos teria um impacto equivalente a 25% dos negócios, diluído em três dias. Há dúvidas também se o valor está só em ações ou também em títulos do governo brasileiro e de empresas.
O que chamou a atenção foi o prazo de execução da medida, diz Eduardo Mendes, da Schroders, cuja carteira na Argentina tem R$ 300 milhões em ações brasileiras. Como a liquidação das venda das ações é em três dias, os fundos teriam de vender tudo hoje para mandar o dinheiro de volta na sexta. (págs. 1 e D3)
Crise exige corte de gastos, diz Pastore
Com o agravamento da crise financeira global, o Brasil terá de promover um ajuste no resultado em conta corrente, avalia o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastare. Para isso, serão necessárias uma desvalorização real do câmbio e uma redução no ritmo de expansão da demanda doméstica. O problema de solvência que abalou o sistema financeiro global provocou uma "parada brusca no fluxo de capitais", atingindo todos os mercados emergentes, que "direta ou indiretamente" dependem desses recursos. É essa parada, diz ele, que explica a alta do dólar por aqui.
Pastore vê riscos inflacionários no câmbio, mas considera que o BC deve manter os juros na reunião de hoje do Copom. Neste momento, avalia, é fundamental analisar o impacto da forte contração de crédito sobre a economia. Para ele, a melhor resposta à crise seria o corte do gasto público, evitando que o ajuste recaia sobre o consumo das famílias e o investimento. Mas, como vê uma disposição do governo em aumentar despesas, diz não acreditar que essa solução será adotada. (págs. 1 e Al2)
Idéias
Martin Wolf: se os bancos continuarem se recusando a emprestar, os bancos centrais devem substituí-los. (págs. 1 e A11)
EUA perdem poder na AL e têm novos interesses
No fim de agosto, o embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, pôs em um envelope pardo uma carta de quatro páginas endereçada ao senador Barack Obama. Ela foi assinada por ele e pelos representantes de outros quatro países latino-americanos, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O assessor de Obama que recebeu o documento, Dan Restrepo, guardou o envelope sem examinar seu conteúdo e nunca mais viu a carta.
Os Estados Unidos provavelmente continuarão prestando pouca atenção ao Brasil e seus vizinhos depois que o presidente George W. Bush for embora da Casa Branca. Mas também é provável que isso não faça muita diferença. "Os EUA são vistos cada vez mais como um ator secundário na região", disse na semana passada JuIia Szweig, diretora do Conselho de Relações Exteriores, um influente centro de estudos. "A América Latina não está exatamente esperando ser salva pelos EUA como antigamente".
Especialistas que acompanham as relações entre EUA e Brasil acreditam que o próximo presidente americano deveria explorar novas áreas de cooperação. A mais óbvia é a de energia. (págs. 1 e A9)
CEF deve lançar hoje linha de R$ 3 bi para o setor de construção (págs. 1 e A3)
Indústria mantém o ritmo
O Indicador do Nível de Atividade da indústria paulista avançou 3,7% entre agosto e setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2007, o desempenho foi 7,7% maior. No ano, o indicador acumula alta de 7,6% e de 8,1% nos últimos 12 meses. (págs. 1 e A3)
Safra encolhe na Bahia
Ameaça crescente a um novo recorde na produção de grãos, a combinação de custos elevados e escassez de crédito já provoca perdas no oeste da Bahia, que deverá ter redução nas colheitas de soja, milho e algodão na safra 2008/09. (págs. 1 e B12)
Preços do leite ainda em queda
Em queda desde junho, os preços aos produtores de leite voltaram a recuar em outubro. Na média nacional, a queda foi de 6,02%. A maior baixa foi verificada no Rio Grande do Sul: 7,81%. Especialistas do mercado acreditam que o ciclo de baixa pode estar perto do fim. (págs. 1 e B12)
Novo presidente do STJ diz que já caiu número de ações
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) passa pela sua primeira grande reforma desde que foi criado, em 1988. Com 360 mil processos à espera de julgamento e tomado por disputas corriqueiras e sem relevância, a Corte tenta agora livrar-se da condição de "terceira instância" da Justiça para voltar a exercer a função para a qual foi criada: uniformizar a jurisprudência brasileira em temas que não envolvam a Constituição.
A principal aposta para alcançar esse objetivo é a chamada "lei dos recursos repetitivos", que permite que ações consideradas "de massa" possam ter sua tramitação suspensa no Judiciário até que o STJ dê seu entendimento definitivo sobre o tema. Em entrevista ao Valor, o ministro Cesar Asfor Rocha, que preside a Corte deste setembro, diz que a nova norma já surte efeitos: no primeiro mês de vigência, o número de recursos distribuídos aos ministros caiu 10%. Ele calcula que o julgamento de apenas dez temas repetitivos pode significar a eliminação de 120 mil recursos no Tribunal. (págs. 1 e El)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bolsas de valores disparam em dia de boas notícias
As bolsas de valores tiveram um dia de disparadas ontem. O Ibovespa fechou em alta de 13,42%, com os investidores retomando as compras, animados com os índices positivos na Europa e nos Estados Unidos. Pesaram ainda a valorização das cotações das matérias-primas e o anúncio de ajuda governamental ao setor imobiliário. O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, subiu 10,88%, puxado pelas expectativas de que o Fed, o banco central norte-americano, corte os juros básicos do nível atual de 1,5%. O principal índice europeu fechou com valorização de 2,24%, refletindo a alta das ações da alemã Volkswagen. A montadora chegou a ser apontada por alguns momentos como a maior empresa do mundo em valor de mercado, depois de a Porsche anunciar planos de elevar sua participação na Volks para 75%. Os papéis da VW tiveram valorização de mais de 80%, um dia depois de registrar ganhos de 146%.
Ontem, os contratos de juros futuros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros encerraram a sessão apontando queda na taxa Selic. Os contratos com vencimento em janeiro de 2009 fecharam a 13,90%, ante 14,05% do ajuste anterior, sinalizando estabilidade para os juros ao final da reunião do Copom. (págs. 1, B2, B5 e C3)
Linha de crédito
O governo deve anunciar hoje uma linha de crédito de capital de giro para empresas do setor imobiliário no valor de R$ 3 bilhões, segundo informações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o que deu mais ênfase ao ânimo dos mercados. Os recursos devem vir da Caixa Econômica Federal. “O setor de construção está precisando de capital de giro”, disse ele. (págs. 1 e B3)
Opinião
Rogério Mori: As ações do governo para conter o contágio da crise financeira sobre a nossa economia terão de ter continuidade nos próximos meses. (págs. 1 e A3)
Câmbio
Dólar recua 2,22% e fecha a R$ 2,20. (págs. 1 e B2)
Críticas ao sistema tributário
O sistema tributário brasileiro é criticado por especialistas, que defendem uma reforma imediata. Para eles, menos impostos contribuem para o crescimento econômico. (págs. 1 e A10)
Opinião
Márcio Holland: Uma eventual queda da taxa básica de juros contribuiria para minimizar os efeitos diversos da crise sobre a economia brasileira. (págs. 1 e A3)
Salão do Automóvel mostra País nivelado com Primeiro Mundo
Em 2008, como nunca, o Salão do Automóvel de São Paulo pôs o Brasil em igualdade com mercados mais desenvolvidos. Muitos dos modelos exibidos não teriam chances se o País não tivesse conseguido dobrar seu mercado nos últimos cinco anos. Muitos visitantes devem acorrer ao Anhembi para ver as novidades de 2009, como o Beauty (foto), da Ford. (págs. 1 e C10)
VW e importadores fazem ajustes
A Volkswagen dará mais 20 dias de férias coletivas na fábrica do Paraná. Os importadores de veículos não aumentarão os preços, mesmo com o dólar valorizado. (págs. 1 e C3)
Pouco exposto a riscos, o Santander compra carteiras
Fabio Barbosa, presidente do grupo Santander, diz que o banco está pouco exposto aos chamados derivativos cambiais exóticos, de risco, com R$ 1,42 bilhão em operações feitas com 60 empresas, ou apenas 0,4% do total de ativos. A instituição, que lucrou R$ 2,23 bilhões até setembro, prevê investir entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões na compra de carteiras de crédito. (págs. 1 e B1)
Perdigão prevê diluir prejuízo
A Perdigão anunciou ontem prejuízo de R$ 25,4 milhões no resultado do terceiro trimestre devido à desvalorização do real. Dívidas e investimentos no exterior num total de US$ 700 milhões causaram as perdas. O salto do câmbio de R$ 1,59 para R$ 1,91 no período provocou uma despesa adicional de R$ 200,9 milhões para a companhia.
Leopoldo Viriato Saboya, diretor de Finanças e Relações com Investidores, explica que as operações foram autorizadas pelo conselho e são apenas uma maneira de proteger os ativos e passivos da companhia. “Não se trata de operações com derivativos”, esclarece. Segundo informou, o mercado externo compõe 45% da receita líquida da companhia. “A receita com exportações, favorecida pelo câmbio alto, deve diluir as perdas até o fim do ano.” (págs. 1 e B12)
Derrota abre disputa no PT
A derrota de Marta Suplicy como candidata à prefeitura da capital paulista deflagrou uma disputa interna no PT pela hegemonia do partido no Estado de São Paulo. (págs. 1 e A8)
Opinião
Augusto Nunes: Os eleitores do Rio de Janeiro transformaram Fernando Gabeira numa evidência de que o Brasil decente está pronto para resistir. (págs. 1 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: Colégios criam lista para barrar aluno devedor
Escolas e faculdades particulares lançam cadastro nacional de devedores crônicos para ser consultado na hora das matrículas. Medida é considerada abusiva pelos órgãos de defesa do consumidor, que aconselham quem se sentir discriminado a acionar Procons ou a Justiça. (pág. 1)
Governo tenta blindar setores estratégicos (pág. 1)
Câmara autoriza BC a socorrer bancos (pág. 1)
Bovespa sobe 13,4% em dia de euforia (pág. 1)
Lacerda terá base de apoio com 73% dos vereadores (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Donos de escolas criam SPC próprio
Colégios e faculdades dispõem agora de uma lista negra. O Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros foi instituído para permitir o acesso ao histórico de pagamento dos alunos. Escolas locais decidem hoje se aderem à ferramenta. (pág.1)
Entidades cobram transparência sobre números da violência (pág.1)
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O Globo
Manchete: Pacto entre Cesar e Paes inicia transição pacífica
Num encontro a portas fechadas, o prefeito Cesar Maia (DEM) recebeu, por meia hora, o ex-aliado e futuro prefeito Eduardo Paes (PMDB). O clima foi de constrangimento, mas houve avanços: Cesar se comprometeu a garantir os votos dos vereadores de sua base para provar, até dezembro, projetos de interesse de Paes. Também foi acertada a colaboração da atual gestão para mudar o Orçamento de 2009. A prefeitura cederá um técnico por secretaria para trabalhar na equipe de transição."Faço questão que a transição seja feita no clima civilizado que houve entre o presidente Fernando Henrique e o presidente Lula", disse Cesar. "Essa é a forma que eu entendo que tem que ser", respondeu Paes. (págs. 1 e 3)
Gangorra das bolsas tem dia de euforia
Com preço das ações no nível mais baixo dos últimos cinco anos e diante da expectativa de redução de juros pelo Federal Reserve (BC americano), os investidores foram às compras ontem e, em questão de horas, fizeram as bolsas disparar. O Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 10,88%, na segunda maior alta em pontos da História. O outro recorde tinha sido no último dia 13. No Brasil, a Bovespa fechou a 13,42%. O Congresso aprovou ontem a compra de carteiras de bancos, mas a oposição quer limitar o período de estatização. (págs. 1, 21 a 28, Miriam Leitão e editorial “Alcance do juros”)
Sinais da recessão
Índice de confiança do consumidor americano é o menor em quatro décadas.
Preço dos imóveis nos EUA acumulam, até agosto, queda de 16,6% no ano.
Depois de dois anos de forte expansão, a Volkswagen do Brasil vai dar férias coletivas no Brasil durante Natal e Ano Novo para ajustar produção.
O presidente Nicolas Sarkosy anunciou que a França vai criar em 2009 cem mil postos de trabalho com recursos subsidiados. (págs. 1, 21 a 28, Míriam Leitão e editorial "Alcance dos juros")
Matrículas caem em todos os níveis, diz MEC
As matrículas de educação básica nas redes estaduais e municipais caíram 5% este ano em relação a 2007, mostram dados preliminares do Censo Escolar do MEC. São 2,5 milhões de alunos a menos em sala de aula. (págs. 1 e 12)
Secretário admite corrupção em fuga
Um dos principais matadores de uma milícia que reúne políticos e policiais, o ex-PM Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, escapou pela porta da frente do presídio de segurança máxima Bangu 8, escoltado por dois homens com uniformes da Secretaria de Administração Penitenciária. O secretário Cesar Rubens Monteiro de Carvalho admitiu que a fuga foi facilitada por corrupção. O diretor foi exonerado. (págs. 1 e 14)
Na saúde, secretário será técnico afinado com Cabral
O diretor do Instituto de Cardiologia, Hans Dohmann, será o futuro secretário municipal de Saúde. Dohmann é ligado ao secretário de Saúde de Sérgio Cabral, Sérgio Côrtes, de quem foi subordinado. A candidata derrotada Jandira Feghali (PCdoB), que apoiou Paes, não foi consultada. (págs. 1, 4 e 5)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo pode adiar tributo para empresa
O ministro da Fazenda Guido Mantega, disse que o governo estuda estender o prazo de pagamento de impostos das empresas para liberar recursos diante da dificuldade para obter crédito. A medida porém, valeira em 2009, quando a arrecadação deverá cair pela desaceleração econômica e os gastos continuarão a crescer com compromissos como aumento para servidores. “Temos que ver o impacto da crise nas contas públicas”, afirmou Mantega no Encontro Nacional da Indústria. “A redução dos lucros das empresas vai refletir na nossa arrecadação.”
Em tom mais pessimista que o de dias atrás, o ministro disse que “o travamento do crédito vai atingir rapidamente e economia real”. “É uma crise de longa duração de uma magnitude inédita.” O alargamento dos prazos foi pedido da Confederação Nacional da Indústria. Na véspera da definição de juros nos EUA e no Brasil, a Bovespa subiu 13,42%. O dólar caiu 2,5%, para R$2,188. A Câmara aprovou, em votação simbólica, a primeira medida provisória editada pelo governo para tentar conter efeitos da crise. Ela dá instrumentos ao BC para socorrer bancos. (págs. 1 e Dinheiro)
Foto: O ministro Guido Mantega fala para industriais em Brasília
Coluna: Alexandre Schwartsman: Manter a demanda interna aquecida só vai gerar inflação
Há ao menos três canais por onde a crise nos afeta: comércio global, preços de commodities e fluxos de capitais. Todos mudaram de duração. A crise reverteu as condições de alta da demanda interna com efeitos inflacionários mitigados por importação. Mantê-la acelerada só trará mais depreciação cambial e inflação. (págs. 1 e B2)
Alstom gastou US$ 430 mi em propinas, acusa justiça da Suíça
O total de propinas pagas pela francesa Alstom a servidores estrangeiros para vencer licitações públicas no exterior pode superar US$ 430 milhões, diz a Justiça suíça. Segundo ela, há provas do suborno de servidores de Itália, Zâmbia e México. Há ao menos três investigações em curso, uma delas sobre propinas no Brasil. A Alstom nega as acusações.(págs. 1 e A 4)
Editoriais
Leia "Pausa nos juros", sobre decisões de hoje do BC; e "Bilhete Metropolitano", acerca de transporte público. (págs. 1 e A 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Empresas pedem prazo maior para os impostos
Empresários pediram ao governo que dobre de 30 para 60 dias o prazo de recolhimento de impostos, como forma de amenizar o impacto da falta de crédito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descartou a idéia, porém afirmou que é preciso mensurar seu efeito sobre as contas públicas. "A medida está sendo cogitada, mas é preciso olhar os dois lados da questão", disse, em evento da Confederação Nacional da Indústria.
Em nova ação contra a crise, o governo anuncia hoje a liberação de uma linha de crédito de R$ 3 bilhões para garantir o capital de giro do setor da construção civil. Outros setores poderão ser beneficiados por iniciativa semelhante. (págs. 1 e B1 a B12)
Após queda, euforia na bolsa
Às vésperas da decisão do Fed (banco central dos EUA) sobre juros, que devem cair até 0,75 ponto porcentual, o mercado americano registrou recuperação que atingiu o mundo todo. Nova York subiu 10,88%, apesar de queda histórica do índice de confiança do consumidor. A Bovespa teve alta de 13,4%, um dia após cair ao mesmo nível desde 2005. (págs. 1 e B8)
Notas e informações: Diplomacia da inconseqüência
Realizada em Brasília, conferência de ministros e presidentes de bancos centrais sul-americanos foi marcada pela irrelevância. Nada de objetivo foi acertado para enfrentar a crise. (págs. 1 e A3)
Sindicalistas dominam postos-chave da Receita
A secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, vem mexendo nos postos-chave do órgão, colocando sindicalistas nas superintendências regionais e técnicos na estrutura central em Brasília. A Receita diz que foram respeitados critérios técnicos, mas funcionários mais antigos temem que haja aumento da ação política. Outros, porém, negam aparelhamento e dizem que o objetivo é trocar a "turma do Everardo", referindo-se a Everardo Maciel, o chefe da Receita na época do governo FHC. (págs. 1 e A4)
Procurador cobra R$ 2,7 bi de fabricantes de cerveja
O procurador da República Fernando Lacerda Dias, de São José dos Campos (SP), entrou com processo contra as três maiores cervejarias do Brasil. Ele pede que Ambev, Schincariol e Femsa paguem ao governo federal indenização de R$ 2,7 bilhões para cobrir danos causados pelo consumo de cerveja e chope. (págs. 1, C1, C3 e C4)
À moda européia
Pecuaristas se adaptam para atender às exigências da UE. (pág. 1)
Farc aceitam negociar com condições mais brandas
As Farc anunciaram que aceitam dialogar com um grupo de 150 intelectuais, políticos, jornalistas e dirigentes sociais colombianos para tratar da libertação de reféns e de um acordo de paz. A guerrilha reduziu suas exigências, mas cobrou a participação de "presidentes latino-americanos". (págs. 1 e A16)
Artigo: Planejamento urbano
Benedito L. Toledo: O poder público permissivo prejudica a saúde da população. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Brasil
Manchete: Combate à dengue começa em 15 dias
O prefeito eleito Eduardo Paes anunciou seu futuro secretário de Saúde, Hans Dohmann - atual diretor do Instituto Nacional de Cardiologia – e a primeira ação integrada da prefeitura com os governos federal e estadual: a formação, em 15 dias, de um Gabinete Integrado de Combate à Dengue. Na semana que vem, Paes, Dohmann e o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, vão a Mato Grosso conhecer um programa epidemiológico que apresentou bons resultados na luta contra a doença. Paes teve, no Palácio da Cidade, a primeira reunião com Cesar Maia após as eleições. À saída, declarou: “Eu sou o prefeito eleito e ele, o ex-prefeito.” (págs. 1 e tema do dia A2 a A4)
Empresários cobram reformas contra crise
A Confederação Nacional da Indústria cobrou do governo uma agenda de reformas para reduzir os custos da economia brasileira e ampliar a escala de produção. Só assim, garante, o país enfrentará a crise internacional. À noite, a Câmara aprovou a MP de ajuda aos bancos. (pág. 1 e Economia A18 a A20)
Ruínas viram parque turístico
As ruínas de São João Marcos, no Vale do Paraíba, serão transformadas em parque turístico. A iniciativa ajudará a resgatar a memória da cidade - a primeira tombada no Brasil, em 1939, e em seguida demolida e esvaziada depois da construção de uma barragem no local. (pág. 1 e Cidade A14)
África sofre com rota de tráfico
Entreposto de uma nova e ainda pouco explorada rota de drogas América Latina-Europa, o Oeste da África enfrenta mais um risco, além das guerras: os países sofrem ataques de narcotraficantes e do crime organizado e estão sendo dominados por cartéis. (pág. 1 e Internacional A22)
Contra o câncer
Vários monumentos pelo mundo foram iluminados com tons de rosa este mês, para marcar a campanha de conscientização sobre o câncer de mama. Ontem, foi a vez do Rio: o Cristo Redentor abençoou a cidade com uma aura diferente. (pág. 1)
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Correio Braziliense
Manchete: Otimismo em alta nas bolsas
O baixo preço das ações e a perspectiva de redução de juros nos EUA provocaram uma onda de otimismo no mercado financeiro. Bovespa fechou em alta de 13,4%. Na contramão da euforia, Lula acusa empresários em dificuldade de promoverem um “cassino”. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 13 a 17)
Escritório novo para a Presidência
Soldados do Exército já fazem os primeiros reparos no Centro Cultural Banco do Brasil, onde o presidente Lula despachará a partir de dezembro. (págs. 1 e 4)
Concursos questionados na Justiça
Exatas 4.961 vagas temporárias no serviço público, algumas com edital lançado para realização de concurso, estão sub judice. A Associação dos Advogados Públicos Federais e o Sindicato dos Servidores Federais no DF entraram na Justiça para barrá-las. (págs. 1 e 19)
GDF dá licença de seis meses
Em comemoração ao Dia do Servidor, governo envia projeto à Câmara Legislativa aderindo à licença-maternidade de seis meses, aprovada no plano federal desde agosto. Quando receber o sinal verde dos distritais, medida terá efeito retroativo. (págs. 1 e 18)
José Geraldo, reitor da UnB, quer“politizar” a instituição
Professor eleito pretende envolver a universidade no debate dos problemas sociais. E vai seguir com a venda de imóveis. (págs. 1 e 29)
Calor recorde em Brasília: 35,8°C
Nunca antes na história da capital se registrou uma temperatura tão alta. Para aumentar o sufoco dos brasilienses, umidade relativa do ar ficou em 13%. Meteorologia prevê um clima mais ameno hoje, com possibilidade de chuvas esparsas. Haja sorvete. (págs. 1 e 25)
Câncer de pele, vilão da estação
Dermatologistas do país inteiro preparam campanha nacional de prevenção contra o mal que acometeu 120 mil brasileiros só neste ano. Pessoas com peles e cabelos claros, que tenham muitas pintas e sardas ou histórico familiar, são as vítimas potenciais. (págs. 1 e 10)
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Valor Econômico
Manchete: Desmonte de operações cambiais alivia mercado
As empresas brasileiras já desmontaram a maior parte de suas posições vendidas especulativas em dólar registradas no mercado interno, o que tem permitido a redução das cotações da moeda a cada sinal de melhoria no mercado internacional. Ontem, o dólar caiu mais 2,5%, para R$ 2,188. O Banco Central vendeu menos de US$ 500 milhões no mercado futuro. Em dois dias, a queda foi de quase 6%.
Após ampla análise das mais diferentes estruturas utilizadas pelos banco para registrar derivativos de câmbio, Jorge Sant'Anna, superintende da Cetip, notou que as posições vendidas em dólar das empresas, que chegaram a atingir US$ 40 bilhões em 30 de setembro, foram para US$ 7 bilhões no dia 24. "Provavelmente as maiores posições mais especulativas já foram desmanchadas", disse Sant'Anna.
Pela Cetip passam 85% das operações do mercado de balcão no Brasil, mas empresas maiores registraram a maior parte de suas posições no mercado externo. A Aracruz, segundo bancos credores, ainda não liquidou todos os seus contratos. Estaria esperando câmbio mais favoráveis. Pode ter suas perdas de US$ 2,5 bilhões reduzidas em US$ 1 bilhão se desmontar suas posições com o dólar abaixo de R$ 2,10, segundo os bancos.
A divulgação de balanços dos bancos - ontem foi a vez do Santander - ajudou a acalmar o mercado de câmbio, assim como um forte otimismo externo justificado pela expectativa de corte de 0,5 ponto percentual, para 1% ao ano, nos juros básicos americanos na reunião do Fed. O índice Dow Jones, das ações mais negociadas em Nova York, subiu 10,88%. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou e subiu 13,42%, para 33.386 pontos.
Os analistas continuam a apostar na manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas crescem as apostas na queda da taxa na reunião de dezembro. Seria uma forma de dar um sinal positivo ao mercado. Os juros despencaram no mercado futuro, com os contratos para vencimento em janeiro de 2012 passando de 17,785% ao ano para 17,095%. (págs. 1, C2 e D2)
Idéias
Rosângela Bittar: Lula fará reforma ministerial em 2009. (págs. 1 e A7)
Argentina manda fundos deixar o Brasil
O governo argentino provocou surpresa ao determinar que os fundos de pensão privados do país vendam todos os investimentos que possuem no Brasil em três dias e mandem o dinheiro de volta. A decisão, tomada na noite de segunda-feira, envolve um total de US$ 567 milhões - ou aproximadamente R$ 1,3 bilhão aplicados no mercado brasileiro - e é um desdobramento da estatização da previdência privada no país vizinho. A venda dos ativos depende, porém, da aprovação do Banco Central argentino.
No Brasil, a notícia não chegou a influenciar os negócios na bolsa, uma vez que o valor é relativamente pequeno em relação ao volume negociado na Bovespa, de R$ 4 bilhões por dia. O que significaria que a zeragem dos fundos de pensão argentinos teria um impacto equivalente a 25% dos negócios, diluído em três dias. Há dúvidas também se o valor está só em ações ou também em títulos do governo brasileiro e de empresas.
O que chamou a atenção foi o prazo de execução da medida, diz Eduardo Mendes, da Schroders, cuja carteira na Argentina tem R$ 300 milhões em ações brasileiras. Como a liquidação das venda das ações é em três dias, os fundos teriam de vender tudo hoje para mandar o dinheiro de volta na sexta. (págs. 1 e D3)
Crise exige corte de gastos, diz Pastore
Com o agravamento da crise financeira global, o Brasil terá de promover um ajuste no resultado em conta corrente, avalia o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastare. Para isso, serão necessárias uma desvalorização real do câmbio e uma redução no ritmo de expansão da demanda doméstica. O problema de solvência que abalou o sistema financeiro global provocou uma "parada brusca no fluxo de capitais", atingindo todos os mercados emergentes, que "direta ou indiretamente" dependem desses recursos. É essa parada, diz ele, que explica a alta do dólar por aqui.
Pastore vê riscos inflacionários no câmbio, mas considera que o BC deve manter os juros na reunião de hoje do Copom. Neste momento, avalia, é fundamental analisar o impacto da forte contração de crédito sobre a economia. Para ele, a melhor resposta à crise seria o corte do gasto público, evitando que o ajuste recaia sobre o consumo das famílias e o investimento. Mas, como vê uma disposição do governo em aumentar despesas, diz não acreditar que essa solução será adotada. (págs. 1 e Al2)
Idéias
Martin Wolf: se os bancos continuarem se recusando a emprestar, os bancos centrais devem substituí-los. (págs. 1 e A11)
EUA perdem poder na AL e têm novos interesses
No fim de agosto, o embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, pôs em um envelope pardo uma carta de quatro páginas endereçada ao senador Barack Obama. Ela foi assinada por ele e pelos representantes de outros quatro países latino-americanos, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O assessor de Obama que recebeu o documento, Dan Restrepo, guardou o envelope sem examinar seu conteúdo e nunca mais viu a carta.
Os Estados Unidos provavelmente continuarão prestando pouca atenção ao Brasil e seus vizinhos depois que o presidente George W. Bush for embora da Casa Branca. Mas também é provável que isso não faça muita diferença. "Os EUA são vistos cada vez mais como um ator secundário na região", disse na semana passada JuIia Szweig, diretora do Conselho de Relações Exteriores, um influente centro de estudos. "A América Latina não está exatamente esperando ser salva pelos EUA como antigamente".
Especialistas que acompanham as relações entre EUA e Brasil acreditam que o próximo presidente americano deveria explorar novas áreas de cooperação. A mais óbvia é a de energia. (págs. 1 e A9)
CEF deve lançar hoje linha de R$ 3 bi para o setor de construção (págs. 1 e A3)
Indústria mantém o ritmo
O Indicador do Nível de Atividade da indústria paulista avançou 3,7% entre agosto e setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2007, o desempenho foi 7,7% maior. No ano, o indicador acumula alta de 7,6% e de 8,1% nos últimos 12 meses. (págs. 1 e A3)
Safra encolhe na Bahia
Ameaça crescente a um novo recorde na produção de grãos, a combinação de custos elevados e escassez de crédito já provoca perdas no oeste da Bahia, que deverá ter redução nas colheitas de soja, milho e algodão na safra 2008/09. (págs. 1 e B12)
Preços do leite ainda em queda
Em queda desde junho, os preços aos produtores de leite voltaram a recuar em outubro. Na média nacional, a queda foi de 6,02%. A maior baixa foi verificada no Rio Grande do Sul: 7,81%. Especialistas do mercado acreditam que o ciclo de baixa pode estar perto do fim. (págs. 1 e B12)
Novo presidente do STJ diz que já caiu número de ações
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) passa pela sua primeira grande reforma desde que foi criado, em 1988. Com 360 mil processos à espera de julgamento e tomado por disputas corriqueiras e sem relevância, a Corte tenta agora livrar-se da condição de "terceira instância" da Justiça para voltar a exercer a função para a qual foi criada: uniformizar a jurisprudência brasileira em temas que não envolvam a Constituição.
A principal aposta para alcançar esse objetivo é a chamada "lei dos recursos repetitivos", que permite que ações consideradas "de massa" possam ter sua tramitação suspensa no Judiciário até que o STJ dê seu entendimento definitivo sobre o tema. Em entrevista ao Valor, o ministro Cesar Asfor Rocha, que preside a Corte deste setembro, diz que a nova norma já surte efeitos: no primeiro mês de vigência, o número de recursos distribuídos aos ministros caiu 10%. Ele calcula que o julgamento de apenas dez temas repetitivos pode significar a eliminação de 120 mil recursos no Tribunal. (págs. 1 e El)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bolsas de valores disparam em dia de boas notícias
As bolsas de valores tiveram um dia de disparadas ontem. O Ibovespa fechou em alta de 13,42%, com os investidores retomando as compras, animados com os índices positivos na Europa e nos Estados Unidos. Pesaram ainda a valorização das cotações das matérias-primas e o anúncio de ajuda governamental ao setor imobiliário. O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, subiu 10,88%, puxado pelas expectativas de que o Fed, o banco central norte-americano, corte os juros básicos do nível atual de 1,5%. O principal índice europeu fechou com valorização de 2,24%, refletindo a alta das ações da alemã Volkswagen. A montadora chegou a ser apontada por alguns momentos como a maior empresa do mundo em valor de mercado, depois de a Porsche anunciar planos de elevar sua participação na Volks para 75%. Os papéis da VW tiveram valorização de mais de 80%, um dia depois de registrar ganhos de 146%.
Ontem, os contratos de juros futuros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros encerraram a sessão apontando queda na taxa Selic. Os contratos com vencimento em janeiro de 2009 fecharam a 13,90%, ante 14,05% do ajuste anterior, sinalizando estabilidade para os juros ao final da reunião do Copom. (págs. 1, B2, B5 e C3)
Linha de crédito
O governo deve anunciar hoje uma linha de crédito de capital de giro para empresas do setor imobiliário no valor de R$ 3 bilhões, segundo informações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o que deu mais ênfase ao ânimo dos mercados. Os recursos devem vir da Caixa Econômica Federal. “O setor de construção está precisando de capital de giro”, disse ele. (págs. 1 e B3)
Opinião
Rogério Mori: As ações do governo para conter o contágio da crise financeira sobre a nossa economia terão de ter continuidade nos próximos meses. (págs. 1 e A3)
Câmbio
Dólar recua 2,22% e fecha a R$ 2,20. (págs. 1 e B2)
Críticas ao sistema tributário
O sistema tributário brasileiro é criticado por especialistas, que defendem uma reforma imediata. Para eles, menos impostos contribuem para o crescimento econômico. (págs. 1 e A10)
Opinião
Márcio Holland: Uma eventual queda da taxa básica de juros contribuiria para minimizar os efeitos diversos da crise sobre a economia brasileira. (págs. 1 e A3)
Salão do Automóvel mostra País nivelado com Primeiro Mundo
Em 2008, como nunca, o Salão do Automóvel de São Paulo pôs o Brasil em igualdade com mercados mais desenvolvidos. Muitos dos modelos exibidos não teriam chances se o País não tivesse conseguido dobrar seu mercado nos últimos cinco anos. Muitos visitantes devem acorrer ao Anhembi para ver as novidades de 2009, como o Beauty (foto), da Ford. (págs. 1 e C10)
VW e importadores fazem ajustes
A Volkswagen dará mais 20 dias de férias coletivas na fábrica do Paraná. Os importadores de veículos não aumentarão os preços, mesmo com o dólar valorizado. (págs. 1 e C3)
Pouco exposto a riscos, o Santander compra carteiras
Fabio Barbosa, presidente do grupo Santander, diz que o banco está pouco exposto aos chamados derivativos cambiais exóticos, de risco, com R$ 1,42 bilhão em operações feitas com 60 empresas, ou apenas 0,4% do total de ativos. A instituição, que lucrou R$ 2,23 bilhões até setembro, prevê investir entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões na compra de carteiras de crédito. (págs. 1 e B1)
Perdigão prevê diluir prejuízo
A Perdigão anunciou ontem prejuízo de R$ 25,4 milhões no resultado do terceiro trimestre devido à desvalorização do real. Dívidas e investimentos no exterior num total de US$ 700 milhões causaram as perdas. O salto do câmbio de R$ 1,59 para R$ 1,91 no período provocou uma despesa adicional de R$ 200,9 milhões para a companhia.
Leopoldo Viriato Saboya, diretor de Finanças e Relações com Investidores, explica que as operações foram autorizadas pelo conselho e são apenas uma maneira de proteger os ativos e passivos da companhia. “Não se trata de operações com derivativos”, esclarece. Segundo informou, o mercado externo compõe 45% da receita líquida da companhia. “A receita com exportações, favorecida pelo câmbio alto, deve diluir as perdas até o fim do ano.” (págs. 1 e B12)
Derrota abre disputa no PT
A derrota de Marta Suplicy como candidata à prefeitura da capital paulista deflagrou uma disputa interna no PT pela hegemonia do partido no Estado de São Paulo. (págs. 1 e A8)
Opinião
Augusto Nunes: Os eleitores do Rio de Janeiro transformaram Fernando Gabeira numa evidência de que o Brasil decente está pronto para resistir. (págs. 1 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: Colégios criam lista para barrar aluno devedor
Escolas e faculdades particulares lançam cadastro nacional de devedores crônicos para ser consultado na hora das matrículas. Medida é considerada abusiva pelos órgãos de defesa do consumidor, que aconselham quem se sentir discriminado a acionar Procons ou a Justiça. (pág. 1)
Governo tenta blindar setores estratégicos (pág. 1)
Câmara autoriza BC a socorrer bancos (pág. 1)
Bovespa sobe 13,4% em dia de euforia (pág. 1)
Lacerda terá base de apoio com 73% dos vereadores (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Donos de escolas criam SPC próprio
Colégios e faculdades dispõem agora de uma lista negra. O Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros foi instituído para permitir o acesso ao histórico de pagamento dos alunos. Escolas locais decidem hoje se aderem à ferramenta. (pág.1)
Entidades cobram transparência sobre números da violência (pág.1)
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terça-feira, 28 de outubro de 2008
O QUE PUBLICAM OS JORNAIS DE HOJE
28 de outubro de 2008
O Globo
Manchete: Paes descumpre promessa e já abre o governo a partidos
O prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), acordou ontem quebrando, de uma só vez, duas promessas de campanha: seu partido já começou a dividir o governo com integrantes das 13 legendas que o apoiaram e, apesar de ter dito que seu primeiro ato seria escolher o secretário de Saúde, por causa da crise no setor, anunciou para chefe da Casa Civil, com status de secretário, o deputado Pedro Paulo Carvalho. Fiel escudeiro de Paes, Pedro Paulo, de 36 anos, é do PSDB, da coligação de Fernando Gabeira (PV). Na seqüência, Paes quebrou uma terceira promessa: tinha dito que suas primeiras UPAs seriam construídas no Méier e em Madureira (na Zona Norte), mas informou que dará prioridade à Zona Oeste, onde teve maior votação. Para a Fazenda, foi convidado o ex-secretário da Receita Jorge Rachid. Amanhã, Paes vai a Brasília, com o governador Sérgio Cabral, para se reunir com o presidente Lula. (págs. 1, 3 a 8 e editorial "Busca da união")
Promessas descumpridas
1. Não faria nomeações políticas: ontem houve reunião de seu vice, Carlos Alberto Muniz, que é dirigente do PMBD, com representantes do PT e de outros partidos em que foi combinado a partilha dos cargos.
2. O primeiro ato seria anunciar o secretário de Saúde. Anunciou o futuro chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, do PSDB.
3. As primeiras UPAs seriam no Méier e em Madureira. As duas primeiras serão na Zona Oeste. (pág. 1)
Mantega contradiz BNDES e nega ajuda a empresas em dificuldade
Contrariando o que prometera o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não vai ajudar empresas que tiveram prejuízos com operações "exóticas" no mercado financeiro. Segundo o ministro, não há subprime no país. As perdas de US$ 10 bilhões ou US$ 20 bilhões, estimadas pelo mercado, seriam "absorvíveis", afirmou Mantega. (págs. 1 e 29)
Sinais da recessão
EUA podem liberar US$ 10 bilhões para a fusão das montadoras GM e Chrysler. A Casa Branca diz que bancos de montadoras podem entrar no programa de resgate financeiro.
Os juros de financiamento de automóveis no Brasil subiram de 1,2% ao mês, em média, para 1,8%.
A Renner desiste de comprar a Leader. O valor do negócio era estimado em mais de R$ 670 milhões.
O BC sul-coreano cortou juros em 0,75 ponto, para 4,25% em reunião extraordinária.
Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, teve prejuízo de mais de US$ 400 milhões no terceiro trimestre com derivativos.
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, teve queda de 6,32% e ficou no pior nível em pontos dos últimos 26 anos. Mas houve outras quedas expressivas na região: Xangai (-6,32%) e Jacarta (-6,30%).
Na Bovespa, queda de 6,5%, com o mais baixo patamar desde outubro de 2005. A queda se acelerou nos minutos finais do pregão. (pág. 1)
Itaú e Bradesco divulgam lucros
Depois do Unibanco, ontem foi o Itaú que antecipou seu balanço para mostrar saúde financeira. No terceiro trimestre, o banco teve R$ 1,8 bilhão de lucro, 25% menor do que no mesmo período de 2007. O Bradesco, na data prevista, exibiu lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, 3,24% maior que os ganhos em igual período de 2007. (págs. 1 e 27)
Especialistas avaliam o peso da abstenção
A alta abstenção no segundo turno, em que 927 mil eleitores deixaram de votar, pode ter sido decisiva para a vitória de Eduardo Paes sobre Fernando Gabeira, por 55 mil votos de diferença, na opinião de especialistas. Somente na Zona Sul, onde Gabeira teve seu melhor resultado (70,42%), foram 143 mil eleitores a menos. A maior abstenção ocorreu na 1ª Zona Eleitoral, no Centro (31,17%), onde Gabeira também venceu. (págs. 1, 10 e 11)
Para analistas, discurso da ética ganhou força (págs. 1 e 8)
Gabeira levanta suspeita de caixa dois pelo adversário (págs. 1 e 9)
Sem caixa, Cesar abre crise na Previ-Rio
O prefeito Cesar Maia exonerou ontem a presidente do Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio (Previ-Rio), Dalila de Brito Ferreira. Ela disse que não concordou com a orientação de Cesar de usar recursos do Fundo de Previdência (Funprevi) para fazer caixa. (págs. 1 e 19)
Desafios do prefeito eleito
A mancha de esgoto sai do Canal de Sernambetiba, na Barra, e se espalha pelas últimas praias com água limpa do Rio – Macumba, Prainha e Grumari. (págs. 1 e 20)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Banco contraria Lula e segura crédito
O Presidente Lula conversou com banqueiros a fim de pressioná-los a abrir as torneiras do crédito, mas ouviu respostas desanimadoras. Para os grandes bancos, a prioridade é construir um ''muro de liquidez''. Eles seguram os recursos e aplicam em titulo do governo, atraídos pela taxa básica de juros. O Banco Central vai estimular a formação de fundo emergencial de até R$ 6 bilhões para socorrer instituições financeiras de menor porte. Os Bancos que colaborarem terão desconto no recolhimento compulsório. O programa será operado pelo FGC ( Fundo Garantidor de créditos), que garante saques em caso de quebra. O ministro da Fazenda Guido Mantega, negou que o governo vá ajudar empresas que tiveram prejuízos com operações com dólar. A declaração vai de encontro ao anunciados na sexta-feira pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. (págs. 1 Dinheiro)
Presidente diz que PMDB não ganhará espaço maior
O presidente Lula disse em conversa reservadas que as eleições municipais não resultarão em mais espaço no ministério para o PMDB, partido vitorioso em maior número de cidades. Aliados derrotados, como Marta Suplicy, em SP, não deverão ser abrigados no governo. Para auxiliares de Lula e dirigentes do PT, o presidente se expôs demais nas campanhas eleitorais. (págs.1 e A 4)
Bovespa cai abaixo de 30 mil pontos
Com queda de 6,5%, a Bovespa encerrou, pela primeira vez em três anos, abaixo dos 30 mil pontos. O dólar fechou a R$ 2,24, baixa de 3,57%. O BC jogou mais de US$ 2,3 bilhões no mercado. As Bolsas nos EUA estão em seus menores patamares desde 2003 -o Dow Jones caiu 2,42%. Tóquio fechou no menor nível em 26 anos, e Hong Kong teve a maior queda desde 1997. (págs. 1 e B 7 e B 13)
Volks anuncia férias coletivas em fábrica do PR
A Volkswagen vai conceder férias coletivas de dez dias para 1.800 funcionários da produção da unidade de São José dos Pinhais (PR) -50% do efetivo total. Com a paralisação, a montadora diz que irá realizar ''atividades de adequação da produção''. A Volks é a terceira montadora a anunciar suspensão temporária da produção neste mês. (págs. 1 e B 10)
Editoriais
Leia ''O Pendulo do PMDB'', sobre resultados eleitorais; e ''Pacote argentino'', acerca de efeitos da crise no país. (págs. 1)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Ibovespa cai ao nível de 2005 com perdas de 60% no ano
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou ontem 6,5%, acumulando perdas de 59,9% desde 20 de maio, quando o mercado vivia a euforia provocada pela concessão do grau de investimento ao país. Com a queda de ontem, o índice ficou em 29.435,11 pontos, fechando abaixo de 30 mil pontos pela primeira vez, desde outubro de 2005. Neste ano, a perda de valor de mercado das 330 companhias brasileiras de capital aberto chega a R$ 1 trilhão. Pelo mundo, a crise financeira continua a causar estragos. As bolsas de valores da Europa fecharam ontem em queda pelo quinto dia consecutivo. A de Nova York caiu 2,42%. (págs. 1 e B1 a B11)
Capitais se dividem entre Lula e Serra
O resultado das eleições nas 26 capitais aponta um equilíbrio de forças entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o duelo entre os dois partidos em 2010. Se a eleição presidencial fosse hoje, o candidato de Lula teria 13 prefeitos ao seu lado, contra 10 dos tucanos, cujo postulante mais forte é Serra. (págs. 1 e A8)
Ação do BC
O BC aprovou ontem a liberação de mais uma parte dos depósitos que os bancos são obrigados a fazer. Com isso, R$ 6 bilhões podem ser injetados no mercado. (págs. 1 e B6)
Frase
Michel Temer: Nada importante para 2010 ocorrerá sem passar pelo PMDB. (pág. 1)
Mantega: especulador pagará
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não vai ajudar empresas que tiveram prejuízos com apostas no mercado futuro de dólar. Elas "têm de pagar o preço de sua ousadia", afirmou Mantega. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, havia dito que a instituição atuaria para apoiar essas empresas. Ontem, ele declarou que "o BNDES não é hospital" e que "não está fazendo operações de socorro". (págs. 1 e B4 e B5)
Paraguai reclama da dívida de Itaipu
Dos US$ 20 bilhões, país espera que o Brasil assuma quase tudo. (págs. 1 e D2)
Saúde privada terá que fazer pesquisas para o setor público
A partir de novembro, os hospitais filantrópicos que têm tratamentos de ponta não terão mais de reservar 60% do atendimento ao sistema público para manter isenção de tributos. Em troca, eles terão de oferecer pacote que inclui pesquisas de interesse público e treinamento de profissionais. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse esperar que isso “inicie novo padrão de relacionamento com o sistema privado”. (págs. 1 e A22)
Notas e informações: A última eleição antes da crise
O alto índice de reeleição de prefeitos é um produto do Brasil da bonança econômica e da arrecadação pública crescente. Infelizmente, esse “momento mágico” está passando. (págs. 1 e A3)
Artigo: O pior dos mundos
Rubens Barbosa: A negociação comercial no contexto de Doha está adiada até 2010. (págs. 1 e A2)
Kassab quer minar PT investindo na periferia
O prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) pretende investir pesado nas três regiões em que foi derrotado por Marta Suplicy (PT): os extremos das Zonas Sul, Leste e Noroeste. O objetivo é minar a força petista nessas áreas, justamente as mais pobres da cidade. A região de Perus, onde Marta venceu com 62,24% dos votos válidos, terá, por exemplo, grande intervenção do Estado e da prefeitura, na esteira da implantação do Rodoanel. (págs.1 e A4)
Polícia em greve: semana de protestos
Cerca de 7 mil policiais civis protestaram na Praça da Sé, desta vez sem a vigilância da PM. Em greve desde 16 de setembro, eles pretendem realizar novas manifestações ainda nesta semana e prometem marcar presença nos atos públicos de José Serra. “O governo nunca deixou de dialogar”, disse o governador, em entrevista à TV Estadão. (págs. 1, C1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Paes: ordem é evitar a crise
No primeiro dia após a vitória nas urnas, Eduardo Paes disse que a prioridade é evitar os efeitos da crise financeira internacional. Promete discutir com o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral alternativas para manter - e mesmo ampliar - o volume de negócios atraídos para a cidade. O prefeito eleito anunciou o primeiro nome de seu secretariado: o deputado estadual Pedro Paulo (do PSDB, partido que apoiou o adversário Fernando Gabeira), que será o secretário-chefe da Casa Civil. A ele caberá o comando da equipe de transição. Paes se encontrará hoje com o prefeito Cesar Maia. Ambos vão começar os estudos sobre o orçamento do Rio para o próximo ano. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A5)
Mario Marques
Aos inconsoláveis eleitores de Fernando Gabeira na Padaria Rio-Lisboa, do Leblon: saiam da bolha. (págs. 1 e B3)
PMBD vai definir a sucessão
O reflexo da eleição na corrida ao Planalto é claro. Para partidos governistas e de oposição, sem o PMDB - que levou 1.203 prefeituras e teve 22 milhões de votos - dificilmente alguma legenda fará o presidente. (pág. 1 e País, pág. A11)
Balanços para derrubar boatos
Depois de verem as ações perder valor na crise, os grandes bancos anteciparam os balanços para frear a desconfiança. O desempenho do terceiro trimestre revelou, no caso do Bradesco e do Itaú, o terceiro e quarto maiores lucros trimestrais na história. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o prejuízo de empresas, quase US$ 20 bilhões, é "perfeitamente absorvível" e negou que o governo vá ajudá-las. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)
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Correio Braziliense
Manchete: Dólar em alta tira remédios de farmácias no DF
O preço do dólar está há semanas oscilando nervosamente entre fortes altas e algumas poucas baixas. Por causa disso, quem vende qualquer produto atrelado à moeda dos EUA perdeu a referência. Em vez de vender, espera as coisas se acalmarem, numa espécie de proteção. Tal comportamento fez sumir das prateleiras de grandes redes de farmácias do DF uma série de medicamentos, de antigripais a controladores de pressão arterial. “Estamos pedindo há 40 dias, mas está em falta”, revela Felipe de Faria, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF) e proprietário da rede de drogarias Distrital. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 17)
Condomínios: Jardim Botânico 3 desperta interesse
Boa procura no fim de semana faz Terracap projetar ágio de 30% no leilão de lotes, a partir de quinta-feira. (págs. 1 e 36)
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Valor Econômico
Manchete: Montadoras já se ajustam ao ritmo da desaceleração
O mercado de veículos no Brasil deve passar pelo menos seis meses em processo de queda. Para os próximos três meses, o presidente da Renault do Brasil, Jérôme Stoll, prevê um recuo de 10% a 15%. Laurent Tasté, presidente da Peugeot, estima que os primeiros três meses de 2009 também serão de desaquecimento.
Por falta de crédito, as locadoras de veículos deixaram de comprar automóveis em outubro. Isso levou a General Motors a paralisar por seis dias sua fábrica em Gravataí (RS) para ajustar a produção à demanda. A GM também reduziu de 90 mil para 80 mil unidades a expectativa de exportação por conta de queda de encomendas dos mercados vizinhos, atingidos pela crise.
A Honda também paralisou sua fábrica de automóveis na semana passada, dando férias coletivas aos funcionários, medida já adotada pela divisão de motocicletas na Zona Franca de Manaus. O próximo passo será reduzir de 650 para 550 o número de unidades produzidas em Sumaré, no interior de São Paulo, o que resultará em 2 mil veículos a menos por mês.
Segundo o diretor-executivo da Ford para a América do Sul, David Schoch, o momento é de análise do mercado. Mas outubro já demonstrou sinais de desaceleração. O discurso de todos os dirigentes da indústria automobilística ontem, durante a abertura para a imprensa do Salão do Automóvel, em São Paulo - o evento será aberto ao público amanhã -, era no sentido de amenizar a crise. Mas as empresas já vêm adotando uma série de medidas para ajustar a produção.
A Peugeot deve tomar medidas de "precaução” na fábrica de Porto Real: conversar com os fornecedores e ajustar as férias dos funcionários. A Renault decidiu trabalhar com o sistema de banco de horas em São José dos Pinhais (PR).
Alguns executivos vêem benefícios na crise. O presidente da Fiat Brasil, Cledorvino Belini, acredita que a desaceleração vem em bom momento, já que o setor vinha numa euforia muito grande. “É até conveniente haver essa ajustadinha", disse. (págs. 1 e B9)
Idéias
Raymundo Costa: Lula ainda quer testar outros nomes para 2010. (págs. 1 e A6)
FGTS na infra-estrutura
O fundo de investimentos do FGTS voltado a projetos de infra-estrutura vai destinar R$ 450 milhões ao terminal da Embraport no porto de Santos, para movimentação de contêineres e etanol a partir de 2011. (págs. 1 e B7)
Indústria consome menos
O consumo de energia elétrica no país aumentou 4,8% em setembro em relação ao mesmo mês em 2007, puxado principalmente pelos segmentos residencial e comercial. No segmento industrial, a taxa acumulada em 12 meses foi a menor do ano, primeiro sinal de arrefecimento da produção. (págs. 1 e A3)
Olhos no futuro
Licitação para a comprar de super-computador de R$ 50 milhões colocará o país entre os seis maiores centros mundiais de previsão climática. Estudo mostra que aquecimento global deverá causar perdas de R$ 7,4 bilhões à produção de alimentos em 2020. (pág. 1)
Bradesco e Itaú têm baixa exposição a risco
A divulgação dos balanços dos dois maiores bancos privados nacionais, Bradesco e Itaú (que antecipou os resultados), serviu para acalmar o mercado quanto ao grau de exposição das instituições a eventual inadimplência de empresas que realizaram operações arriscadas com derivativos.
Considerados os resultados recorrentes, que excluem ganhos extraordinários, o Bradesco teve lucro de R$ 5,819 bilhões nos nove primeiros meses do ano, ante R$ 5,356 bilhões do mesmo período de 2007. O resultado positivo do Itaú no período foi de R$ 6 bilhões, ante R$ 5,4 bilhões nos nove primeiros meses do exercício anterior.
A principal preocupação do mercado era com o Itaú BBA, braço de investimentos do grupo. Segundo o Itaú informou, o Itaú BBA realizou 96 operações do tipo das que trouxeram prejuízos à Aracruz com derivativos de câmbio (“target forward” e swap com verificação, no jargão do mercado). Se todas fossem liquidadas no dia 24 de outubro (com o dólar a R$ 2,30), o banco teria R$ 2,4 bilhões a receber, uma média de R$ 25 milhões por empresa. Com as cinco maiores companhias clientes do banco, o crédito seria de R$ l84 milhões. A exposição total do Itaú nesses produtos é de 1,5% da carteira de crédito e de 0,6% dos ativos totais.
O Bradesco não fez operações desse tipo porque o risco não compensava. Com derivativos tradicionais, tinha a receber R$ 973 milhões em 23 de outubro, referentes a um valor nacional de R$ 4,925 bilhões. E tinha a pagar R$ 655 milhões em operações com valor de referência de R$ 3,917 bilhões. "Estamos absolutamente tranqüilos", disse Marcio Cypriano, presidente do Bradesco. (págs. 1 e C12)
Idéias
Delfim Netto: problema real que preocupa os bancos são os esqueletos dos planos de estabilização. (págs. 1 e A2)
América Latina se tornará vulnerável se a crise financeira persistir, diz Ángel Gurria, da OCDE (págs. 1 e B12)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos antecipam balanços para demonstrar solidez
Os rumores crescentes no mercado de que os bancos brasileiros estariam carregados de operações com derivativos cambiais exóticos que pudessem comprometer seus resultados levaram as instituições a antecipar a divulgação dos balanços. O Unibanco abriu a fila na sexta-feira. Ontem foi a vez do Itaú e hoje saem os números do grupo Santander. A crise dos derivativos, aliada ao empoçamento de liquidez no sistema financeiro, ajudou a espantar do mercado na semana passada mais uma robusta parcela de investidores, já em fuga desde que a turbulência se acentuou.
O Bradesco, que já havia programado a divulgação dos números para ontem, anunciou lucro líquido de R$ 1,91 bilhão no terceiro trimestre, com alta de 3,24%. Já o Itaú apresentou queda de 25,8% no resultado, para R$ 1,8 bilhão. Sem considerar, porém, os ganhos extraordinários que o banco teve no mesmo período do ano passado, o resultado aumentou 27,5%. Ambas as instituições projetam crescimento menor das carteiras de crédito em 2009. (págs. 1 e B1)
Fantasias eleitorais
Até domingo, a “base aliada” só parecia existir no Congresso. Encerradas as apurações, essa geléia de 13 partidos que teoricamente apóiam o Planalto foi servida por governistas para provar que o presidente foi o grande vitorioso da temporada. Se o eleito é filiado a uma sigla parceira, Lula venceu. Nessa linha de raciocínio, em Salvador, por exemplo, o candidato do partido do presidente não tem motivos para entristecer-se com o malogro: o triunfo do peemedebista João Henrique está creditado na conta de Lula. Nas cidades em que a oposição venceu, o governo também não perdeu. É o caso de São Paulo: o derrotado não foi o PT. Foi o marqueteiro João Santana. (págs. 1, A8 e A9)
O sucesso dos marqueteiros nas urnas
O prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), obteve a maior votação na história das eleições na capital paulista. Além disso, o democrata foi o único prefeito eleito pelo DEM em capitais, vitória única compensada largamente pelo volume de votos que a legenda passou a contabilizar. Boa parte do sucesso do democrata nas urnas deve ser creditada ao marketing adotado em sua campanha, sob responsabilidade do publicitário Luiz González, da agência Lua Branca.
Cláudio Couto, cientista político e professor da PUC-SP e da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que a campanha de Kassab foi uma das melhores idealizadas nos últimos tempos. O cientista político acredita, inclusive, que os argumentos utilizados pela campanha do democrata são comparáveis às do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais de 2002.
Na ocasião, João Santana - publicitário de Marta Suplicy (PT) nestas eleições - estava no comando do marketing da campanha que conduziu pela primeira vez Lula e o PT ao Palácio do Planalto.
Em Belo Horizonte, a história não foi diferente. A vitória de Márcio Lacerda (PSB) é atribuída em boa parte ao publicitário Carlos Eduardo Porto Moreno, conhecido como Cacá Moreno. Ele foi chamado às pressas, para o segundo turno. Segundo Cacá, o candidato se mostrava ausente da sua própria campanha. Confiante na força dos seus patrocinadores - o prefeito Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) -, Lacerda começou a ser visto na propaganda gratuita do segundo turno. Antes o espaço era para Pimentel e Aécio. (págs. 1 e A9)
Ibovespa
Bolsa cai 6,50% e fecha abaixo de 30 mil pontos. (págs. 1 e B4)
BC faz nova intervenção e injeta liquidez no mercado
Em um novo movimento para injetar liquidez no mercado, o Banco Central (BC) decidiu reduzir o compulsório sobre depósitos à vista para as instituições financeiras que anteciparem em 60 vezes as contribuições que fazem mensalmente ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A medida, segundo o BC, tem potencial para liberar novos R$ 6 bilhões ao mercado.
O diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva, descartou qualquer sinal de crise de gestão ou que haja bancos brasileiros quebrando. “Os bancos brasileiros são muito pouco alavancados”, diz. Para ele, o Brasil enfrenta crise de liquidez e, por isso, estão sendo necessárias medidas para colocar dinheiro no mercado.
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o rumo da taxa básica de juros (Selic), o contrato DI de janeiro de 2009 fechou na Bolsa de Mercadorias e Futuros com taxa anual de 14,04%, de 14,41% no ajuste anterior. O fechamento precifica alta de 0,25 ponto na taxa. (págs. 1, B2 e B3)
Mercado prevê PIB de 3,1% em 2009
Analistas consultados pelo Banco Central prevêem IPCA com alta de 5% no próximo ano. A estimativa de expansão do PIB foi reduzida de 3,35% para 3,1% em 2009. (págs. 1 e A4)
Mais R$ 10 bi para infra-estrutura
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai propor a liberação de mais R$ 10 bilhões do FGTS para investimentos em infra-estrutura em 2009. (págs. 1 e A5)
Brasil tem superávit em arroz
A balança comercial do arroz, que há dezenove anos não pendia para o lado das exportações, registra saldo positivo de 163 mil toneladas entre os meses de março e setembro (ano agrícola). Durante esses sete meses, o País exportou 481 mil toneladas do grão, enquanto outras 318 mil foram importadas, informa o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). As vendas externas já resultaram em um faturamento de US$ 211,2 milhões.
Essa redução da demanda brasileira pelo arroz do mercado externo é sentida principalmente pelo Uruguai, nosso maior fornecedor. O vizinho latino viu a média histórica de 1,2 milhão de toneladas que alcançava o mercado nacional todos os anos cair em mais de 50%. Algumas corretoras já não fecham negócios entre os dois países há 60 dias. (págs. 1 e B12)
Crise se alastra e atinge os emergentes
O elemento verdadeiramente chocante é a maneira como a crise se alastra para os mercados emergentes - para países como a Rússia, a Coréia do Sul e o Brasil. Esses países estavam no núcleo da última crise financeira global, no final dos anos 1990 (que foi um dia na praia comparado com o que passamos agora). (págs. 1 e A13)
Opinião
Ernesto Lozardo: Presenciamos o fim do capitalismo auto-regulado e o surgimento do capitalismo co-responsável, no qual o papel do Estado é fundamental. (págs. 1 e A3)
Consumo de energia já cresce menos
A indústria brasileira já reduziu seu ritmo de consumo de energia elétrica por conta da falta de crédito gerada pela crise financeira mundial. O pé no freio ficou evidente nos números da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apontou desaceleração na demanda por eletricidade do segmento industrial em setembro. “Pode-se perceber nessas estatísticas os primeiros sinais de arrefecimento do ritmo da produção industrial”, diz a EPE.
Pela primeira vez, o consumo industrial de energia elétrica registrou, no período de 12 meses encerrado em setembro, volume inferior ao mês anterior. O setor apresentou, na variação anualizada, a menor taxa de crescimento para o período, de 4,6%. Para Paulo Mayon, da Associação Nacional de Consumidores de Energia (Anace), o pior ainda está por vir. “O impacto no consumo de energia será percebido fortemente nos próximos meses. Sentimos que há um adiamento dos projetos industriais de expansão”, diz Marcelo Parodi, da Comerc. (págs. 1 e C7)
Advogados lucram com turbulência financeira
Apesar de a turbulência financeira mundial ter causado inúmeros prejuízos, alguns escritórios de advocacia estão lucrando com o aumento de clientela e de trabalho, o que resultou também em novas contratações. O Queiroz e Lautenschläger Advogados, por exemplo, teve aumento de 10% no faturamento mensal em áreas como a societária e o contencioso. Além disso, teve de contratar três novos advogados para dar conta das demandas.
Outro impacto sentido pelos escritórios foi o de que muitas empresas, pegas de surpresa com os efeitos inesperados do tsunami econômico, voltaram a solicitar a revisão de contratos. O Moreau Advogados teve crescimento de 25%, principalmente em casos em que se discutem contratos de swap e commodities. (págs. 1 e A10)
Um fim de ano com menos vôos
Nem a queda do preço do petróleo será capaz de reverter a retração no tráfego aéreo mundial no final do ano, prevê a Iata, entidade mundial que reúne as empresas aéreas. (págs. 1 e C5)
Clima ruim pode favorecer trigo
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul podem afetar 30% da produção do estado. Para analistas, uma quebra ajudaria a recuperar os preços. (págs. 1 e B11)
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Estado de Minas
Manchete: Lacerda vai assumir sem medida 'feroz'
Em entrevista ao Estado de Minas, futuro prefeito de BH, Márcio Lacerda, diz que dará continuidade aos projetos do seu antecessor e apoiador, Fernando Pimentel, sem mudanças radicais. Ele começa a escolher sua equipe hoje e adianta que fará planejamento de longo prazo. (pág. 1)
Bolsa despenca e recua ao nível de 2005 (págs. 1, 34 a 36 e 39)
Crise chega ao cotidiano das pessoas (pág. 1)
Nova delegacia da PF agilizará passaportes (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Estado antecipa 13º para novembro
Governo aproveitou o Dia do Servidor para anunciar a antecipação do abono, que ocorre em parcela única, de 10 a 14 de novembro. 490 funcionários da ativa e 9.998 aposentados que faltaram ao recadastramento não entram na folha. (pág.1)
Secretaria de Saúde enfrenta dengue com aspirador de mosquito (pág.1)
Descoberto plano para matar Obama (pág.1)
Crise internacional amplia risco de invasão dos asiáticos (pág.1)
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O Globo
Manchete: Paes descumpre promessa e já abre o governo a partidos
O prefeito eleito, Eduardo Paes (PMDB), acordou ontem quebrando, de uma só vez, duas promessas de campanha: seu partido já começou a dividir o governo com integrantes das 13 legendas que o apoiaram e, apesar de ter dito que seu primeiro ato seria escolher o secretário de Saúde, por causa da crise no setor, anunciou para chefe da Casa Civil, com status de secretário, o deputado Pedro Paulo Carvalho. Fiel escudeiro de Paes, Pedro Paulo, de 36 anos, é do PSDB, da coligação de Fernando Gabeira (PV). Na seqüência, Paes quebrou uma terceira promessa: tinha dito que suas primeiras UPAs seriam construídas no Méier e em Madureira (na Zona Norte), mas informou que dará prioridade à Zona Oeste, onde teve maior votação. Para a Fazenda, foi convidado o ex-secretário da Receita Jorge Rachid. Amanhã, Paes vai a Brasília, com o governador Sérgio Cabral, para se reunir com o presidente Lula. (págs. 1, 3 a 8 e editorial "Busca da união")
Promessas descumpridas
1. Não faria nomeações políticas: ontem houve reunião de seu vice, Carlos Alberto Muniz, que é dirigente do PMBD, com representantes do PT e de outros partidos em que foi combinado a partilha dos cargos.
2. O primeiro ato seria anunciar o secretário de Saúde. Anunciou o futuro chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, do PSDB.
3. As primeiras UPAs seriam no Méier e em Madureira. As duas primeiras serão na Zona Oeste. (pág. 1)
Mantega contradiz BNDES e nega ajuda a empresas em dificuldade
Contrariando o que prometera o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na última sexta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não vai ajudar empresas que tiveram prejuízos com operações "exóticas" no mercado financeiro. Segundo o ministro, não há subprime no país. As perdas de US$ 10 bilhões ou US$ 20 bilhões, estimadas pelo mercado, seriam "absorvíveis", afirmou Mantega. (págs. 1 e 29)
Sinais da recessão
EUA podem liberar US$ 10 bilhões para a fusão das montadoras GM e Chrysler. A Casa Branca diz que bancos de montadoras podem entrar no programa de resgate financeiro.
Os juros de financiamento de automóveis no Brasil subiram de 1,2% ao mês, em média, para 1,8%.
A Renner desiste de comprar a Leader. O valor do negócio era estimado em mais de R$ 670 milhões.
O BC sul-coreano cortou juros em 0,75 ponto, para 4,25% em reunião extraordinária.
Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, teve prejuízo de mais de US$ 400 milhões no terceiro trimestre com derivativos.
O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, teve queda de 6,32% e ficou no pior nível em pontos dos últimos 26 anos. Mas houve outras quedas expressivas na região: Xangai (-6,32%) e Jacarta (-6,30%).
Na Bovespa, queda de 6,5%, com o mais baixo patamar desde outubro de 2005. A queda se acelerou nos minutos finais do pregão. (pág. 1)
Itaú e Bradesco divulgam lucros
Depois do Unibanco, ontem foi o Itaú que antecipou seu balanço para mostrar saúde financeira. No terceiro trimestre, o banco teve R$ 1,8 bilhão de lucro, 25% menor do que no mesmo período de 2007. O Bradesco, na data prevista, exibiu lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, 3,24% maior que os ganhos em igual período de 2007. (págs. 1 e 27)
Especialistas avaliam o peso da abstenção
A alta abstenção no segundo turno, em que 927 mil eleitores deixaram de votar, pode ter sido decisiva para a vitória de Eduardo Paes sobre Fernando Gabeira, por 55 mil votos de diferença, na opinião de especialistas. Somente na Zona Sul, onde Gabeira teve seu melhor resultado (70,42%), foram 143 mil eleitores a menos. A maior abstenção ocorreu na 1ª Zona Eleitoral, no Centro (31,17%), onde Gabeira também venceu. (págs. 1, 10 e 11)
Para analistas, discurso da ética ganhou força (págs. 1 e 8)
Gabeira levanta suspeita de caixa dois pelo adversário (págs. 1 e 9)
Sem caixa, Cesar abre crise na Previ-Rio
O prefeito Cesar Maia exonerou ontem a presidente do Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio (Previ-Rio), Dalila de Brito Ferreira. Ela disse que não concordou com a orientação de Cesar de usar recursos do Fundo de Previdência (Funprevi) para fazer caixa. (págs. 1 e 19)
Desafios do prefeito eleito
A mancha de esgoto sai do Canal de Sernambetiba, na Barra, e se espalha pelas últimas praias com água limpa do Rio – Macumba, Prainha e Grumari. (págs. 1 e 20)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Banco contraria Lula e segura crédito
O Presidente Lula conversou com banqueiros a fim de pressioná-los a abrir as torneiras do crédito, mas ouviu respostas desanimadoras. Para os grandes bancos, a prioridade é construir um ''muro de liquidez''. Eles seguram os recursos e aplicam em titulo do governo, atraídos pela taxa básica de juros. O Banco Central vai estimular a formação de fundo emergencial de até R$ 6 bilhões para socorrer instituições financeiras de menor porte. Os Bancos que colaborarem terão desconto no recolhimento compulsório. O programa será operado pelo FGC ( Fundo Garantidor de créditos), que garante saques em caso de quebra. O ministro da Fazenda Guido Mantega, negou que o governo vá ajudar empresas que tiveram prejuízos com operações com dólar. A declaração vai de encontro ao anunciados na sexta-feira pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. (págs. 1 Dinheiro)
Presidente diz que PMDB não ganhará espaço maior
O presidente Lula disse em conversa reservadas que as eleições municipais não resultarão em mais espaço no ministério para o PMDB, partido vitorioso em maior número de cidades. Aliados derrotados, como Marta Suplicy, em SP, não deverão ser abrigados no governo. Para auxiliares de Lula e dirigentes do PT, o presidente se expôs demais nas campanhas eleitorais. (págs.1 e A 4)
Bovespa cai abaixo de 30 mil pontos
Com queda de 6,5%, a Bovespa encerrou, pela primeira vez em três anos, abaixo dos 30 mil pontos. O dólar fechou a R$ 2,24, baixa de 3,57%. O BC jogou mais de US$ 2,3 bilhões no mercado. As Bolsas nos EUA estão em seus menores patamares desde 2003 -o Dow Jones caiu 2,42%. Tóquio fechou no menor nível em 26 anos, e Hong Kong teve a maior queda desde 1997. (págs. 1 e B 7 e B 13)
Volks anuncia férias coletivas em fábrica do PR
A Volkswagen vai conceder férias coletivas de dez dias para 1.800 funcionários da produção da unidade de São José dos Pinhais (PR) -50% do efetivo total. Com a paralisação, a montadora diz que irá realizar ''atividades de adequação da produção''. A Volks é a terceira montadora a anunciar suspensão temporária da produção neste mês. (págs. 1 e B 10)
Editoriais
Leia ''O Pendulo do PMDB'', sobre resultados eleitorais; e ''Pacote argentino'', acerca de efeitos da crise no país. (págs. 1)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Ibovespa cai ao nível de 2005 com perdas de 60% no ano
O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuou ontem 6,5%, acumulando perdas de 59,9% desde 20 de maio, quando o mercado vivia a euforia provocada pela concessão do grau de investimento ao país. Com a queda de ontem, o índice ficou em 29.435,11 pontos, fechando abaixo de 30 mil pontos pela primeira vez, desde outubro de 2005. Neste ano, a perda de valor de mercado das 330 companhias brasileiras de capital aberto chega a R$ 1 trilhão. Pelo mundo, a crise financeira continua a causar estragos. As bolsas de valores da Europa fecharam ontem em queda pelo quinto dia consecutivo. A de Nova York caiu 2,42%. (págs. 1 e B1 a B11)
Capitais se dividem entre Lula e Serra
O resultado das eleições nas 26 capitais aponta um equilíbrio de forças entre o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o duelo entre os dois partidos em 2010. Se a eleição presidencial fosse hoje, o candidato de Lula teria 13 prefeitos ao seu lado, contra 10 dos tucanos, cujo postulante mais forte é Serra. (págs. 1 e A8)
Ação do BC
O BC aprovou ontem a liberação de mais uma parte dos depósitos que os bancos são obrigados a fazer. Com isso, R$ 6 bilhões podem ser injetados no mercado. (págs. 1 e B6)
Frase
Michel Temer: Nada importante para 2010 ocorrerá sem passar pelo PMDB. (pág. 1)
Mantega: especulador pagará
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não vai ajudar empresas que tiveram prejuízos com apostas no mercado futuro de dólar. Elas "têm de pagar o preço de sua ousadia", afirmou Mantega. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, havia dito que a instituição atuaria para apoiar essas empresas. Ontem, ele declarou que "o BNDES não é hospital" e que "não está fazendo operações de socorro". (págs. 1 e B4 e B5)
Paraguai reclama da dívida de Itaipu
Dos US$ 20 bilhões, país espera que o Brasil assuma quase tudo. (págs. 1 e D2)
Saúde privada terá que fazer pesquisas para o setor público
A partir de novembro, os hospitais filantrópicos que têm tratamentos de ponta não terão mais de reservar 60% do atendimento ao sistema público para manter isenção de tributos. Em troca, eles terão de oferecer pacote que inclui pesquisas de interesse público e treinamento de profissionais. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) disse esperar que isso “inicie novo padrão de relacionamento com o sistema privado”. (págs. 1 e A22)
Notas e informações: A última eleição antes da crise
O alto índice de reeleição de prefeitos é um produto do Brasil da bonança econômica e da arrecadação pública crescente. Infelizmente, esse “momento mágico” está passando. (págs. 1 e A3)
Artigo: O pior dos mundos
Rubens Barbosa: A negociação comercial no contexto de Doha está adiada até 2010. (págs. 1 e A2)
Kassab quer minar PT investindo na periferia
O prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) pretende investir pesado nas três regiões em que foi derrotado por Marta Suplicy (PT): os extremos das Zonas Sul, Leste e Noroeste. O objetivo é minar a força petista nessas áreas, justamente as mais pobres da cidade. A região de Perus, onde Marta venceu com 62,24% dos votos válidos, terá, por exemplo, grande intervenção do Estado e da prefeitura, na esteira da implantação do Rodoanel. (págs.1 e A4)
Polícia em greve: semana de protestos
Cerca de 7 mil policiais civis protestaram na Praça da Sé, desta vez sem a vigilância da PM. Em greve desde 16 de setembro, eles pretendem realizar novas manifestações ainda nesta semana e prometem marcar presença nos atos públicos de José Serra. “O governo nunca deixou de dialogar”, disse o governador, em entrevista à TV Estadão. (págs. 1, C1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Paes: ordem é evitar a crise
No primeiro dia após a vitória nas urnas, Eduardo Paes disse que a prioridade é evitar os efeitos da crise financeira internacional. Promete discutir com o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral alternativas para manter - e mesmo ampliar - o volume de negócios atraídos para a cidade. O prefeito eleito anunciou o primeiro nome de seu secretariado: o deputado estadual Pedro Paulo (do PSDB, partido que apoiou o adversário Fernando Gabeira), que será o secretário-chefe da Casa Civil. A ele caberá o comando da equipe de transição. Paes se encontrará hoje com o prefeito Cesar Maia. Ambos vão começar os estudos sobre o orçamento do Rio para o próximo ano. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A5)
Mario Marques
Aos inconsoláveis eleitores de Fernando Gabeira na Padaria Rio-Lisboa, do Leblon: saiam da bolha. (págs. 1 e B3)
PMBD vai definir a sucessão
O reflexo da eleição na corrida ao Planalto é claro. Para partidos governistas e de oposição, sem o PMDB - que levou 1.203 prefeituras e teve 22 milhões de votos - dificilmente alguma legenda fará o presidente. (pág. 1 e País, pág. A11)
Balanços para derrubar boatos
Depois de verem as ações perder valor na crise, os grandes bancos anteciparam os balanços para frear a desconfiança. O desempenho do terceiro trimestre revelou, no caso do Bradesco e do Itaú, o terceiro e quarto maiores lucros trimestrais na história. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o prejuízo de empresas, quase US$ 20 bilhões, é "perfeitamente absorvível" e negou que o governo vá ajudá-las. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)
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Correio Braziliense
Manchete: Dólar em alta tira remédios de farmácias no DF
O preço do dólar está há semanas oscilando nervosamente entre fortes altas e algumas poucas baixas. Por causa disso, quem vende qualquer produto atrelado à moeda dos EUA perdeu a referência. Em vez de vender, espera as coisas se acalmarem, numa espécie de proteção. Tal comportamento fez sumir das prateleiras de grandes redes de farmácias do DF uma série de medicamentos, de antigripais a controladores de pressão arterial. “Estamos pedindo há 40 dias, mas está em falta”, revela Felipe de Faria, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF) e proprietário da rede de drogarias Distrital. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 17)
Condomínios: Jardim Botânico 3 desperta interesse
Boa procura no fim de semana faz Terracap projetar ágio de 30% no leilão de lotes, a partir de quinta-feira. (págs. 1 e 36)
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Valor Econômico
Manchete: Montadoras já se ajustam ao ritmo da desaceleração
O mercado de veículos no Brasil deve passar pelo menos seis meses em processo de queda. Para os próximos três meses, o presidente da Renault do Brasil, Jérôme Stoll, prevê um recuo de 10% a 15%. Laurent Tasté, presidente da Peugeot, estima que os primeiros três meses de 2009 também serão de desaquecimento.
Por falta de crédito, as locadoras de veículos deixaram de comprar automóveis em outubro. Isso levou a General Motors a paralisar por seis dias sua fábrica em Gravataí (RS) para ajustar a produção à demanda. A GM também reduziu de 90 mil para 80 mil unidades a expectativa de exportação por conta de queda de encomendas dos mercados vizinhos, atingidos pela crise.
A Honda também paralisou sua fábrica de automóveis na semana passada, dando férias coletivas aos funcionários, medida já adotada pela divisão de motocicletas na Zona Franca de Manaus. O próximo passo será reduzir de 650 para 550 o número de unidades produzidas em Sumaré, no interior de São Paulo, o que resultará em 2 mil veículos a menos por mês.
Segundo o diretor-executivo da Ford para a América do Sul, David Schoch, o momento é de análise do mercado. Mas outubro já demonstrou sinais de desaceleração. O discurso de todos os dirigentes da indústria automobilística ontem, durante a abertura para a imprensa do Salão do Automóvel, em São Paulo - o evento será aberto ao público amanhã -, era no sentido de amenizar a crise. Mas as empresas já vêm adotando uma série de medidas para ajustar a produção.
A Peugeot deve tomar medidas de "precaução” na fábrica de Porto Real: conversar com os fornecedores e ajustar as férias dos funcionários. A Renault decidiu trabalhar com o sistema de banco de horas em São José dos Pinhais (PR).
Alguns executivos vêem benefícios na crise. O presidente da Fiat Brasil, Cledorvino Belini, acredita que a desaceleração vem em bom momento, já que o setor vinha numa euforia muito grande. “É até conveniente haver essa ajustadinha", disse. (págs. 1 e B9)
Idéias
Raymundo Costa: Lula ainda quer testar outros nomes para 2010. (págs. 1 e A6)
FGTS na infra-estrutura
O fundo de investimentos do FGTS voltado a projetos de infra-estrutura vai destinar R$ 450 milhões ao terminal da Embraport no porto de Santos, para movimentação de contêineres e etanol a partir de 2011. (págs. 1 e B7)
Indústria consome menos
O consumo de energia elétrica no país aumentou 4,8% em setembro em relação ao mesmo mês em 2007, puxado principalmente pelos segmentos residencial e comercial. No segmento industrial, a taxa acumulada em 12 meses foi a menor do ano, primeiro sinal de arrefecimento da produção. (págs. 1 e A3)
Olhos no futuro
Licitação para a comprar de super-computador de R$ 50 milhões colocará o país entre os seis maiores centros mundiais de previsão climática. Estudo mostra que aquecimento global deverá causar perdas de R$ 7,4 bilhões à produção de alimentos em 2020. (pág. 1)
Bradesco e Itaú têm baixa exposição a risco
A divulgação dos balanços dos dois maiores bancos privados nacionais, Bradesco e Itaú (que antecipou os resultados), serviu para acalmar o mercado quanto ao grau de exposição das instituições a eventual inadimplência de empresas que realizaram operações arriscadas com derivativos.
Considerados os resultados recorrentes, que excluem ganhos extraordinários, o Bradesco teve lucro de R$ 5,819 bilhões nos nove primeiros meses do ano, ante R$ 5,356 bilhões do mesmo período de 2007. O resultado positivo do Itaú no período foi de R$ 6 bilhões, ante R$ 5,4 bilhões nos nove primeiros meses do exercício anterior.
A principal preocupação do mercado era com o Itaú BBA, braço de investimentos do grupo. Segundo o Itaú informou, o Itaú BBA realizou 96 operações do tipo das que trouxeram prejuízos à Aracruz com derivativos de câmbio (“target forward” e swap com verificação, no jargão do mercado). Se todas fossem liquidadas no dia 24 de outubro (com o dólar a R$ 2,30), o banco teria R$ 2,4 bilhões a receber, uma média de R$ 25 milhões por empresa. Com as cinco maiores companhias clientes do banco, o crédito seria de R$ l84 milhões. A exposição total do Itaú nesses produtos é de 1,5% da carteira de crédito e de 0,6% dos ativos totais.
O Bradesco não fez operações desse tipo porque o risco não compensava. Com derivativos tradicionais, tinha a receber R$ 973 milhões em 23 de outubro, referentes a um valor nacional de R$ 4,925 bilhões. E tinha a pagar R$ 655 milhões em operações com valor de referência de R$ 3,917 bilhões. "Estamos absolutamente tranqüilos", disse Marcio Cypriano, presidente do Bradesco. (págs. 1 e C12)
Idéias
Delfim Netto: problema real que preocupa os bancos são os esqueletos dos planos de estabilização. (págs. 1 e A2)
América Latina se tornará vulnerável se a crise financeira persistir, diz Ángel Gurria, da OCDE (págs. 1 e B12)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos antecipam balanços para demonstrar solidez
Os rumores crescentes no mercado de que os bancos brasileiros estariam carregados de operações com derivativos cambiais exóticos que pudessem comprometer seus resultados levaram as instituições a antecipar a divulgação dos balanços. O Unibanco abriu a fila na sexta-feira. Ontem foi a vez do Itaú e hoje saem os números do grupo Santander. A crise dos derivativos, aliada ao empoçamento de liquidez no sistema financeiro, ajudou a espantar do mercado na semana passada mais uma robusta parcela de investidores, já em fuga desde que a turbulência se acentuou.
O Bradesco, que já havia programado a divulgação dos números para ontem, anunciou lucro líquido de R$ 1,91 bilhão no terceiro trimestre, com alta de 3,24%. Já o Itaú apresentou queda de 25,8% no resultado, para R$ 1,8 bilhão. Sem considerar, porém, os ganhos extraordinários que o banco teve no mesmo período do ano passado, o resultado aumentou 27,5%. Ambas as instituições projetam crescimento menor das carteiras de crédito em 2009. (págs. 1 e B1)
Fantasias eleitorais
Até domingo, a “base aliada” só parecia existir no Congresso. Encerradas as apurações, essa geléia de 13 partidos que teoricamente apóiam o Planalto foi servida por governistas para provar que o presidente foi o grande vitorioso da temporada. Se o eleito é filiado a uma sigla parceira, Lula venceu. Nessa linha de raciocínio, em Salvador, por exemplo, o candidato do partido do presidente não tem motivos para entristecer-se com o malogro: o triunfo do peemedebista João Henrique está creditado na conta de Lula. Nas cidades em que a oposição venceu, o governo também não perdeu. É o caso de São Paulo: o derrotado não foi o PT. Foi o marqueteiro João Santana. (págs. 1, A8 e A9)
O sucesso dos marqueteiros nas urnas
O prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), obteve a maior votação na história das eleições na capital paulista. Além disso, o democrata foi o único prefeito eleito pelo DEM em capitais, vitória única compensada largamente pelo volume de votos que a legenda passou a contabilizar. Boa parte do sucesso do democrata nas urnas deve ser creditada ao marketing adotado em sua campanha, sob responsabilidade do publicitário Luiz González, da agência Lua Branca.
Cláudio Couto, cientista político e professor da PUC-SP e da Fundação Getulio Vargas (FGV), afirma que a campanha de Kassab foi uma das melhores idealizadas nos últimos tempos. O cientista político acredita, inclusive, que os argumentos utilizados pela campanha do democrata são comparáveis às do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais de 2002.
Na ocasião, João Santana - publicitário de Marta Suplicy (PT) nestas eleições - estava no comando do marketing da campanha que conduziu pela primeira vez Lula e o PT ao Palácio do Planalto.
Em Belo Horizonte, a história não foi diferente. A vitória de Márcio Lacerda (PSB) é atribuída em boa parte ao publicitário Carlos Eduardo Porto Moreno, conhecido como Cacá Moreno. Ele foi chamado às pressas, para o segundo turno. Segundo Cacá, o candidato se mostrava ausente da sua própria campanha. Confiante na força dos seus patrocinadores - o prefeito Fernando Pimentel (PT) e o governador Aécio Neves (PSDB) -, Lacerda começou a ser visto na propaganda gratuita do segundo turno. Antes o espaço era para Pimentel e Aécio. (págs. 1 e A9)
Ibovespa
Bolsa cai 6,50% e fecha abaixo de 30 mil pontos. (págs. 1 e B4)
BC faz nova intervenção e injeta liquidez no mercado
Em um novo movimento para injetar liquidez no mercado, o Banco Central (BC) decidiu reduzir o compulsório sobre depósitos à vista para as instituições financeiras que anteciparem em 60 vezes as contribuições que fazem mensalmente ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A medida, segundo o BC, tem potencial para liberar novos R$ 6 bilhões ao mercado.
O diretor-executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno de Camargo Silva, descartou qualquer sinal de crise de gestão ou que haja bancos brasileiros quebrando. “Os bancos brasileiros são muito pouco alavancados”, diz. Para ele, o Brasil enfrenta crise de liquidez e, por isso, estão sendo necessárias medidas para colocar dinheiro no mercado.
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o rumo da taxa básica de juros (Selic), o contrato DI de janeiro de 2009 fechou na Bolsa de Mercadorias e Futuros com taxa anual de 14,04%, de 14,41% no ajuste anterior. O fechamento precifica alta de 0,25 ponto na taxa. (págs. 1, B2 e B3)
Mercado prevê PIB de 3,1% em 2009
Analistas consultados pelo Banco Central prevêem IPCA com alta de 5% no próximo ano. A estimativa de expansão do PIB foi reduzida de 3,35% para 3,1% em 2009. (págs. 1 e A4)
Mais R$ 10 bi para infra-estrutura
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai propor a liberação de mais R$ 10 bilhões do FGTS para investimentos em infra-estrutura em 2009. (págs. 1 e A5)
Brasil tem superávit em arroz
A balança comercial do arroz, que há dezenove anos não pendia para o lado das exportações, registra saldo positivo de 163 mil toneladas entre os meses de março e setembro (ano agrícola). Durante esses sete meses, o País exportou 481 mil toneladas do grão, enquanto outras 318 mil foram importadas, informa o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). As vendas externas já resultaram em um faturamento de US$ 211,2 milhões.
Essa redução da demanda brasileira pelo arroz do mercado externo é sentida principalmente pelo Uruguai, nosso maior fornecedor. O vizinho latino viu a média histórica de 1,2 milhão de toneladas que alcançava o mercado nacional todos os anos cair em mais de 50%. Algumas corretoras já não fecham negócios entre os dois países há 60 dias. (págs. 1 e B12)
Crise se alastra e atinge os emergentes
O elemento verdadeiramente chocante é a maneira como a crise se alastra para os mercados emergentes - para países como a Rússia, a Coréia do Sul e o Brasil. Esses países estavam no núcleo da última crise financeira global, no final dos anos 1990 (que foi um dia na praia comparado com o que passamos agora). (págs. 1 e A13)
Opinião
Ernesto Lozardo: Presenciamos o fim do capitalismo auto-regulado e o surgimento do capitalismo co-responsável, no qual o papel do Estado é fundamental. (págs. 1 e A3)
Consumo de energia já cresce menos
A indústria brasileira já reduziu seu ritmo de consumo de energia elétrica por conta da falta de crédito gerada pela crise financeira mundial. O pé no freio ficou evidente nos números da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apontou desaceleração na demanda por eletricidade do segmento industrial em setembro. “Pode-se perceber nessas estatísticas os primeiros sinais de arrefecimento do ritmo da produção industrial”, diz a EPE.
Pela primeira vez, o consumo industrial de energia elétrica registrou, no período de 12 meses encerrado em setembro, volume inferior ao mês anterior. O setor apresentou, na variação anualizada, a menor taxa de crescimento para o período, de 4,6%. Para Paulo Mayon, da Associação Nacional de Consumidores de Energia (Anace), o pior ainda está por vir. “O impacto no consumo de energia será percebido fortemente nos próximos meses. Sentimos que há um adiamento dos projetos industriais de expansão”, diz Marcelo Parodi, da Comerc. (págs. 1 e C7)
Advogados lucram com turbulência financeira
Apesar de a turbulência financeira mundial ter causado inúmeros prejuízos, alguns escritórios de advocacia estão lucrando com o aumento de clientela e de trabalho, o que resultou também em novas contratações. O Queiroz e Lautenschläger Advogados, por exemplo, teve aumento de 10% no faturamento mensal em áreas como a societária e o contencioso. Além disso, teve de contratar três novos advogados para dar conta das demandas.
Outro impacto sentido pelos escritórios foi o de que muitas empresas, pegas de surpresa com os efeitos inesperados do tsunami econômico, voltaram a solicitar a revisão de contratos. O Moreau Advogados teve crescimento de 25%, principalmente em casos em que se discutem contratos de swap e commodities. (págs. 1 e A10)
Um fim de ano com menos vôos
Nem a queda do preço do petróleo será capaz de reverter a retração no tráfego aéreo mundial no final do ano, prevê a Iata, entidade mundial que reúne as empresas aéreas. (págs. 1 e C5)
Clima ruim pode favorecer trigo
As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul podem afetar 30% da produção do estado. Para analistas, uma quebra ajudaria a recuperar os preços. (págs. 1 e B11)
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Estado de Minas
Manchete: Lacerda vai assumir sem medida 'feroz'
Em entrevista ao Estado de Minas, futuro prefeito de BH, Márcio Lacerda, diz que dará continuidade aos projetos do seu antecessor e apoiador, Fernando Pimentel, sem mudanças radicais. Ele começa a escolher sua equipe hoje e adianta que fará planejamento de longo prazo. (pág. 1)
Bolsa despenca e recua ao nível de 2005 (págs. 1, 34 a 36 e 39)
Crise chega ao cotidiano das pessoas (pág. 1)
Nova delegacia da PF agilizará passaportes (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Estado antecipa 13º para novembro
Governo aproveitou o Dia do Servidor para anunciar a antecipação do abono, que ocorre em parcela única, de 10 a 14 de novembro. 490 funcionários da ativa e 9.998 aposentados que faltaram ao recadastramento não entram na folha. (pág.1)
Secretaria de Saúde enfrenta dengue com aspirador de mosquito (pág.1)
Descoberto plano para matar Obama (pág.1)
Crise internacional amplia risco de invasão dos asiáticos (pág.1)
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