sábado, 16 de janeiro de 2010

O que Publicam os Principais Jornais do País, neste sábado

O Globo


Manchete: Países assumem controle da infraestrutura do Haiti

EUA administram tráfego aéreo; brasileiros e espanhóis lideram resgate

Diante da fragilidade do Estado no Haiti, as equipes estrangeiras estão assumindo o controle da infraestrutura do país, na tentativa de começar a oferecer os serviços básicos à população. Brasileiros, espanhóis e franceses dividem com os EUA a tarefa de resgate às vítimas. Mais numerosos, os americanos tomaram para si também a responsabilidade do controle do tráfego aéreo e da manutenção da segurança pública – até segunda-feira chegam 10 mil soldados americanos ao país. O controle do aeroporto já causa divergências: insatisfeito com a dificuldade no acesso dos aviões brasileiros, o chanceler Celso Amorim telefonou ontem à secretária de Estado, Hillary Clinton, para pedir prioridade ao Brasil. Nas ruas, a tensão aumenta a cada dia, com mais de um milhão de desabrigados – um terço da população da capital – ocupando praças, campos de futebol e margens de rios, relata Gilberto Scorfield Jr., enviado especial ao Haiti. Ministros estimam que o número de mortos varia entre 100 mil e 200 mil. Quarenta mil já foram enterrados. O caos sanitário torna inevitável a ocorrência de epidemias como peste e cólera. (págs. 1, 26 a 33)

Lula: parte do decreto pode ficar no papel

O presidente Lula disse que o Planalto não é obrigado a implantar todo o programa de direitos humanos. “Parte pode ser transformada em lei, a outra parte fica no programa”. Afirmou que não haverá caça às bruxas, mas tentativa de localizar desaparecidos. (págs. 1 e 8)

Milhares de pessoas no velório de D. Zilda

No Palácio das Araucárias, em Curitiba, milhares de pessoas fizeram longas filas durante todo o dia no velório da médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. O presidente Lula chegou à noite, com a ministra Dilma Rousseff, e lembrou que dona Zilda “era uma pessoa decidida, que não se arrependia de nada do que fazia”. Em são Paulo, também sob forte emoção, desembarcaram 16 dos 25 militares brasileiros feridos no terremoto. Dois desceram do avião da FAB em macas, e dois em cadeira de rodas. (págs. 1, 29 e 30)

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Folha de S. Paulo


Manchete: EUA terão 10 mil soldados no Haiti

Americanos podem assumir controle de operações no país; governo brasileiro se queixa de interferência

O presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou uma escalada militar que deixará o Haiti, atingido por forte terremoto na terça, com até 10 mil soldados americanos.

Com a presença militar maior, os EUA poderão controlar de fato as ações de resgate e segurança, apesar de o controle de direito ser das forças da ONU chefiadas pelo Brasil, com 7.000 soldados, auxiliadas por 2.000 homens da polícia local.

O governo brasileiro se queixou de interferência após o aeroporto de Porto Príncipe passar ao controle dos americanos. O chanceler Celso Amorim falou que “descoordenação”, e o ministro Nelson Jobim (Defesa) apontou “assistencialismo unilateral”. Para o secretário Robert Gates (Defesa), os EUA não serão vistos como força de ocupação. (págs. 1 e Mundo)

Delegados são investigados em caso de fraude em SP

Quatro delegados são investigados sob suspeita de prevaricação e dispensa de licitação para controlar sistemas de informática do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, informa André Caramante.

Há suspeita de que os delegados tivessem ligações com as empresas escolhidas. Os sistemas transmitem dados colhidos por autoescolas e despachantes. Os acusados não querem comentar o caso. (págs. 1 e C4)

Dinheiro

Preço do litro do álcool supera R$ 2 em postos de SP, diz pesquisa. (págs. 1 e B3)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Após enterrar 40 mil vitimas, Haiti teme onda de violência

Estimativa oficial de mortos sobe para 200 mil; gangues atacam nas ruas

Autoridades haitianos informaram ontem que 200 mil pessoas podem ter morrido após o terremoto que devastou o Haiti na terça-feira. “Estamos retirando os cadáveres das ruas e enterrando-os em valas comuns. Já enterramos 40 mil pessoas”, disse o secretário de Estado para Segurança Pública, Aramick Louis. O governo adverte que gangues estão atacando os sobreviventes, que aguardam cada vez mais desesperados a distribuição de água e comida. O temor das autoridades é de que o desespero da população, que vaga pelas ruas, produza uma onda de violência. (págs. 1, A10 a A19)

Dilma reage a Serra e quer comparar Lula e FHC

Para a ministra Dilma Rousseff (PT), “quem não quer discutir o momento Lula é porque se incomoda com as comparações”. A declaração é uma reação ao governador, José Serra (PSDB), seu provável adversário na eleição presidencial, que pretende “apontar as coisas para o futuro” durante a campanha. Dilma defende o debate entre as gestões Lula e FHC. “Comparar o governo Lula com qualquer outro período é a forma de podermos chegar ao povo”. (págs. 1 e A4)

‘Aluguel’ de máquina do governo é pago em dólar

Mesmo com grande parte de Porto Príncipe sob escombros, há poucas máquinas auxiliando nos resgates. Funcionários do Ministério do Planejamento pagaram US$ 5 mil pelo serviço de uma retroescavadeira, embora o equipamento pertença ao Ministério de Obras Públicas. (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil


Manchete: Barril de pólvora

A pressão dos sobreviventes do terremoto por água e comida deixa a ONU e os militares alertas. A insegurança se espalha por Porto Príncipe, onde 15 mil corpos já foram enterrados em valas comuns – seriam 200 mil mortos – e um armazém de ajuda internacional foi saqueado. “Essa gente não come há 50 horas”, relata uma funcionária da ONU. Quem tenta ajudar teme que a situação leve à violência generalizada. (págs. 1 e Tema do dia, A2 a A9)

Sociedade aberta – Bernardo Ariston – Deputado federal (PMDB-RJ)

Acidentes anunciados têm culpados. (págs. 1 e 11)

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Correio Braziliense


Manchete: Terra sem lei

Desesperados e famintos, haitianos brigam nas ruas e saqueiam casas e armazéns

Com 70% dos prédios destruídos e milhares de pessoas desabrigadas, Porto Príncipe é a imagem do caos. A tragédia no Haiti, devastado por um terremoto na terça-feira, ganha mais contornos: a violência tomou conta das ruas, com homens e mulheres invadindo residências,mercados e depósitos em busca de comida e remédios.Os poucos mantimentos existentes são vendidos pelo triplo do preço. Segundo relato de haitianos ao Correio, há brigas e ataques num país que ficou marcado nos últimos anos pela ação de gangues. A chegada de tropas e doações internacionais é lenta. Para Xavier Castellanos, diretor para as Américas da Cruz Vermelha, a precária infraestrutura e a insegurança atrapalham o envio da ajuda humanitária. ( págs. 22 a 29, e Visão do Correio, 20)

As vítimas da catástrofe

O milagre - Depois de três dias soterrado em casa, Samuel Jachond foi resgatado pelos bombeiros e recebeu atendimento médico. Equipes de 30 países estão trabalhando na cidade destruída. Estima-se que 50 mil pessoas tenham morrido e outras 250 mil estejam feridas.

A volta - Enquanto 14 militares feridos no terremoto desembarcavam em São Paulo, Admilson Neiva, pai de um oficial desaparecido no Haiti, peregrinava em órgãos públicos em busca de notícias do filho. O Exército confirma até agora a morte de 14 homens da Força de Paz.

O adeus - Mais de 5 mil pessoas estiveram no velório de Zilda Arns, em Curitiba. A família da médica sugeriu que no lugar de flores, fossem feitas doações à Pastoral da Criança. O presidente Lula pediu um minuto de silêncio em homenagem a Zilda e às vítimas no Haiti. (págs. 1, 22 a 29, e Visão do Correio, 20)

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