quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Matéria em foco O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta quinta

O Globo


Manchete: Haiti: morte, devastação violência e desespero

Brasil perde Zilda Arns, 11 militares da missão de paz da ONU e ainda procura desaparecidos

Depois do mais devastador terremoto dos últimos 200 anos e diante da impotência das autoridades do país mais pobre das Américas, os haitianos ontem tentavam resgatar por conta própria vítimas entre os escombros, empilhavam corpos pelas ruas da cidade e ainda procuravam se defender da violência que explodiu em Porto Príncipe - por toda a cidade, aconteceram saques e tiroteios. O país está destruído e o número de mortos, pode chegar a 50 mil segundo o presidente René Préval ou até a 100 mil pelas estimativas do premier Jean-Max Bellerive. Três milhões de pessoas um terço da população do país - necessitam de ajuda emergencial. "O Parlamento desabou. O fisco desabou. Escolas desabaram. Hospitais desabaram. É preciso ver para crer", afirmou o presidente do Haiti. Entre as 12 vítimas brasileiras, está a fundadora e diretora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann. Morreram 11 militares da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah), mas ainda há desaparecidos. A ONU perdeu 16 funcionários e 150 estão desaparecidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto de três dias e propôs ao presidente dos EUA, Barack Obama, uma reunião de países doadores da ONU para arrecadar recursos para o Haiti. (págs. 1, 27 a 34, Ancelmo Gois, Míriam Leitão e Carta das Leitores)

Uma heroína em sua última missão

A catástrofe no Haiti matou uma brasileira que dedicou a vida a salvar crianças. A pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, de 75 anos, morreu quando falava para 150 pessoas dentro de uma igreja em Porto Príncipe, numa viagem já adiada quatro vezes. Fundadora da Pastoral da Criança, ela se dedicava a levar a iniciativa a outros países. "Os escombros caíram sobre ela", contou o filho Nelson Neumann.

Foto legenda: A tristeza dos meninos, machucados e sozinhos, na cidade destruída pelo maior terremoto em dois séculos: haitianos contam milhares de mortos em meio a onda de saques

Foto legenda: Militares brasileiros procuram vítimas nos escombros da sede da missão na capital, Porto Príncipe

Inflação é a 3ª menor desde 1980

O real forte e a crise, que derrubou os preços de alimentos e levou o governo a cortar impostos; fizeram a inflação pelo IPCA cair para 4,31 % em 2009, a terceira menor desde 1980. A taxa ficou abaixo da meta de 4,5%. Arroz, feijão e eletrodomésticos registraram queda de preços, mas restaurantes encareceram. (págs. 1 e 21)

Planalto recua e altera texto que irritou militares

Para contornar a insatisfação dos militares, o presidente Lula editou novo decreto mudando o texto sobre a Comissão da Verdade. Saem termos como "repressão política" e "apuração de violações". Mas ficam outros pontos polêmicos, que desagradaram à Igreja e aos ruralistas. Lula tentou minimizar a crise. (págs. 1, 3 e 4)

Lula pede vista grossa em obras da Copa

O presidente Lula pediu que as obras da Copa de 2014 não passem por fiscalização nem sejam embargadas por questões ambientais para que não sofram atrasos. A proposta do presidente foi feita na solenidade em que União, estados e municípios dividiram as responsabilidades na organização do Mundial. (págs. 1 e 38)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Terremoto no Haiti mata milhares; Zilda Arns e 14 brasileiros morrem

Tremor foi o pior na região em 200 anos; comandantes militares do Brasil no país relatam situação dramática

Os chefes militares brasileiros no Haiti fizeram um dramático relato ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que chegou à base brasileira na capital, Porto Príncipe, um dia após o pior terremoto na região em 200 anos. "As prioridades são médico, água e material de engenharia",
afirmou o comandante da missão de paz da ONU, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto. Na base estão 05 corpos das 15 vítimas brasileiras confirmadas - 14 soldados que integravam a missão e a médica Zilda Arns, 75, fundadora da Pastoral da Criança.

O Exército informou que, além dos 14 mortos, estão desaparecidos 4 dos 1.266 militares brasileiros que integram a missão, iniciada em 2004. Zilda Arns viajara ao Haiti para organizar religiosos para ação nos moldes da Pastoral da Criança, que no Brasil acompanha mais de 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos.

O governo do Haiti estima em "centenas de milhares" as mortes no terremoto, de 7 graus na escala Richter, classificado de "catástrofe inimaginável" pelo presidente René Préval. O cenário no país é de destruição, com sobreviventes procurando conhecidos entre cadáveres e saques na capital. No trajeto do aeroporto à base brasileira, a reportagem da Folha viu prédios destruídos, corpos cobertos e haitianos feridos pedindo ajuda.

Os EUA prometeram mandar militares e ajuda humanitária; o Brasil enviaria ontem à noite avião da FAB com 13 toneladas de água e alimentos. (págs. 1 e Mundo)

Foto legenda: Haitiano ferido no terremoto em Porto Príncipe carrega a filha morta; agências humanitárias têm dificuldades para enviar pessoal

Médica realizou o milagre de multiplicar pães

Há os que primeiro agem e depois buscam recursos e há os que jamais passam da utopia à topia. Zilda Arns, médica, fez o milagre de multiplicar os pães. (págs. 1 e A3)

Foto legenda: Zilda Arns (1934-2010)

Vítima assistia ao aniversário da filha pela web

Raniel Batista de Camargos, 43, subtenente do Exército, assistia ao aniversário da filha pela internet na hora do tremor no Haiti. Momentos antes do parabéns, a conexão da webcam caiu. Camargos será enterrado em Patos de Minas (MG), sua cidade natal. (págs. 1 e A17)

Agenda imposta na Guerra Fria destruiu Estado

Historicamente, o mundo sempre ignorou o Haiti. O golpe de misericórdia foi a agenda da Guerra Fria, que destruiu o Estado. (págs. 1 e A13)


Lula recua em texto de direitos humanos (págs. 1 e A4)


Editoriais

Leia "Tragédia e exemplo", sobre o terremoto no Haiti; e
"Concorrência na saúde", acerca dos planos privados. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Tragédia no Haiti: Terremoto mata pelo menos 30 mil e deixa Haiti em colapso

Entre os mortos, há 12 brasileiros; país agora depende ainda mais da ajuda internacional

O forte terremoto que atingiu o Haiti, no Caribe, anteontem pode ter matado entre 30 mil e 50 mil pessoas, segundo o presidente René Préval. A morte de 12 brasileiros já foi confirmada: a médica Zilda Arns, de 75 anos, fundadora da Pastoral da Criança, e 11 militares que integravam a missão de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil. Entre os desaparecidos, está o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da missão. Ele está sob os escombros da sede da ONU em Porto Príncipe, um dos muitos prédios destruídos. Especialistas dizem que ainda podem ocorrer tremores nos próximos dias. O terremoto de 7 graus na escala Richter, com energia equivalente a 30 bombas de Hiroshima, devastou um país marcado por golpes, pobreza e violência. Com a tragédia, que afetou instituições já frágeis e os organismos de apoio, o Haiti dependerá ainda mais da ajuda internacional. (págs. 1 e Caderno Especial)

Nas ruas, saques e cenas de desespero

Coronel brasileiro conta que foi preciso improvisar um hospital

"Foi assustador. Sentimos a terra tremer e, depois, o cenário que vimos era de destruição, uma catástrofe de grandes proporções", relata o coronel Alan Sampaio Santos, chefe de imprensa do batalhão brasileiro no Haiti. Na base militar em Porto Príncipe foi preciso improvisar um hospital para atender também os haitianos desesperados e feridos que procuravam ajuda. Com as forças internacionais de paz concentradas nas buscas por sobreviventes, o Haiti corre o risco de mergulhar em mais uma crise de segurança pública. Ontem, um supermercado foi saqueado. (págs. 1 e H2)

País retrocede 15 anos, diz brasileiro da ONU

Ricardo Seitenfus interrompeu as férias e embarcou para Porto Príncipe. Agora, é o mais graduado funcionário da ONU no Haiti - dois de seus colegas morreram. As eleições de 28 de fevereiro, segundo ele, deverão ser canceladas. Seitenfus diz ao repórter Lourival Sant'Anna que a tragédia faz o Haiti retroceder 15 anos. (págs. 1 e H10)

Chamado que salvou milhões de crianças

Em 1982, d. Paulo Evaristo Arns convidou sua irmã Zilda a tocar uma obra que se mostraria capaz de salvar milhões de vidas. Com poucos voluntários, a médica sanitarista iniciou, em 1988, seu trabalho na Pastoral da Criança, com foco no combate à desnutrição. Começou aí a redução da mortalidade infantil no Brasil. (págs. 1, H8 e H9)

Foto legenda: Legado - Zilda Arns, em foto de 2004: combate à desnutrição

Lula abranda Comissão da Verdade

O presidente Lula mexeu ontem no texto do Programa Nacional de Direitos Humanos, para abrandar a Comissão da Verdade. Outros pontos polêmicos, como o controle da mídia e o aborto, permanecem inalterados. (págs. 1 e A4)

Artigo - Eugênio Bucci - Jornalista

Lulismo vai ao cinema

Lula, o Filho do Brasil idolatra um mito político ao custo da destruição simbólica da política. (págs. 1 e A2)

Preços: Inflação é a menor dos últimos 4 anos

IPCA ficou em 4,31% em 2009, mas cresce temor de nova alta. (págs. 1 e B1)

Notas e Informações: O decreto da incompetência

Ao isentar Dilma pelo desastroso decreto de direitos humanos, Lula procura transformá-la numa candidata imune a prejuízos de imagem. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Manchete: Lágrimas no inferno

O cálculo é estimado: mais de 100 mil pessoas podem ter morrido no terremoto que arrasou o Haiti. O número inclui 11 militares brasileiros – que voltariam hoje – e Zilda Arns, coordenadora nacional da Pastoral da Criança. Na sede da ONU, na capital, há 300 desaparecidos. Equipes lutam contra o tempo para tentar resgatar feridos nos escombros. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A6, A8, A9, A10 e A12)

Foto legenda: Agonia – A cena, postada na internet, se repetiu em vários pontos de Porto Príncipe: moradores soterrados em casa., pedindo socorro a vizinhos e pedestres. O Brasil vai enviar um avião e ajuda humanitária avaliada em US$ 15 milhões

Foto legenda: Perda – Zilda Arns falava numa igreja para cerca de 150 fiéis, quando o terremoto começou e o templo desabou sobre todos

A velha tortura e o novo decreto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou, em parte, as mudanças solicitadas por militares no Programa Nacional de Direitos Humanos. Ele preservou o artigo que determina as funções da Comissão da Verdade, mas ordenou a troca da expressão "repressão política" por "violações de direitos humanos". (págs. 1 e Editorial A13)

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Correio Braziliense


Manchete: As faces de uma tragédia

O mundo se mobiliza para tentar salvar a população de Porto Príncipe, no Haiti. O terremoto de 7 graus na escala Richter arrasou a já precária infraestrutura da cidade. Sem luz, água, comunicações e com o desabamento dos hospitais, feridos e desabrigados vagam pelas ruas. Entre eles, crianças e idosos. A tragédia pode ter provocado a morte de 100 mil pessoas – há corpos espalhados pelas calçadas e pouca esperança no resgate de soterrados nos escombros. As forças de paz, comandadas pelo Brasil, e de ajuda humanitária da ONU também sofreram perdas e contam mortos. O tremor de terça-feira, segundo especialista da UnB, teve o impacto de 30 bombas atômicas sobre Porto Príncipe. Há seis anos, um estudo alertava para a possibilidade de um abalo sísmico de grandes proporções na região.

11 militares brasileiros morreram, um deles de Brasília

Zilda Arns: 1934-2010 Solidariedade até o fim

Zilda Arns marcou sua trajetória com um incansável trabalho de ajuda aos pobres. Fundadora da Pastoral da Criança, salvou milhares de jovens brasileiros. Quis o destino que, aos 75 anos, ela perdesse a vida num dos países mais miseráveis do mundo, nas ruas, tentando entender a realidade daquele povo. Atingida por destroços de um prédio em Porto Príncipe durante o terremoto, morreu ao lado do tenente brasileiro Bruno Ribeiro Mário. “Que o nosso Deus acolha no céu aqueles que na Terra lutaram pelas crianças e pelos mais desamparados” disse, emocionado, dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, irmão de Zilda. (págs. 1, 18 a 26 e Coluna Entrelinhas, 4. QR Code com galeria de fotos e entrevistas sobre a tragédia)

DF recebe R$ 768 milhões para as obras da Copa

Governo federal anuncia investimento de R$ 20 bilhões nas cidades-sedes do Mundial de 2014. Brasília terá recursos para o Mané Garrincha, o VLT e para as vias de acesso ao Aeroporto JK. (págs. 1 e SUPER ESPORTES, 2)

O maior custo de vida do país

Reajuste médio de 8% nos aluguéis eleva o IPCA de 2009 em Brasília para 4,92%, a mais alta inflação do Brasil. (págs. 1 e 10)

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Valor Econômico


Manchete: Com forte demanda, tarifa aérea sobe 46% em um mês

As companhias aéreas cumpriram as previsões feitas por elas mesmas em outubro e promoveram um forte reajuste de preços das passagens aéreas no fim do ano. Só em dezembro, o aumento de tarifas atingiu 46%, segundo dados levantados pelo IBGE para a elaboração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No mês anterior, a alta já havia sido de 18%. Na média do ano, as tarifas subiram 31,89%, em comparação com os 4,3% do IPCA, o índice oficial de inflação no país.

As empresas aéreas travaram uma guerra tarifária no início do ano passado para ganhar mercado durante os piores momentos da crise econômica. Mas mudaram radicalmente a estratégia a partir de outubro, com a certeza de que havia uma forte retomada da demanda por passagens. Em dezembro, apesar do reajuste tarifário de 46%, o fluxo de passageiros cresceu 38%. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, o transporte aéreo de passageiros no país registrou expansão de 17,65% em 2009, a melhor performance desde 2005, puxada principalmente pela expansão do tráfego doméstico. (págs. 1 e B4)

Tragédia no Haiti exige mobilização mundial

Mais do que nunca, o Haiti precisa agora de uma grande mobilização internacional para enfrentar o cenário pós-tragédia do terremoto que devastou o país na terça-feira. Sem ajuda imediata, o quadro de fome, violência e doenças tende se agravar na mais pobre das nações latino-americanas.

A Cruz Vermelha estima que 3 milhões de pessoas precisam de abrigo e alimentos. Muitos haitianos vítimas do tremor dependerão de ajuda até o fim do ano. Estimativas do governo haitiano indicam que podem ter morrido mais de 100 mil pessoas no terremoto de 7 graus — o mais forte a atingir o país em 200 anos.

Porto Príncipe, a capital, estava sem energia elétrica e sem telefones ontem. O Parlamento ruiu, assim como escolas, hospitais, hotéis e o palácio do governo.

O Brasil foi atingido diretamente pela tragédia do Haiti. Onze soldados brasileiros que prestam serviço nas forças de paz da ONU morreram. A médica Zilda Arns, admirada militante da Pastoral da Criança, também morreu em Porto Príncipe. Ela fazia palestra em uma igreja que desmoronou.

Foto legenda: Criança machucada é carregada para o Hotel Villa Creole, em Porto Príncipe: estimativas indicam que 100 mil pessoas morreram no terremoto

Reajuste do minério pode chegar a 50%

Às vésperas da primeira rodada de conversações formais entre mineradoras e siderúrgicas para fixar o novo preço do minério de ferro a vigorar em 2010, a forte recuperação dos mercados de minério e aço impulsionados principalmente pela demanda da China está levando especialistas a estimar que o aumento do produto poderá chegar a até 50%, como é o caso do Bank of America Merrill Lynch. Outros analistas de bancos preveem reajustes menores, mas mesmo assim bastante significativos, entre 15% e 36%.

Rodrigo Barros, analista do Deutsche Bank, disse que as grandes mineradoras estão trabalhando para repor este ano a queda de preço que tiveram de amargar em 2009, de 28% para a Vale e 33% para as australianas BHPBilliton e Rio Tinto por conta da crise que abalou os mercados de commodities. (págs. 1 e B1)

Múltis elevam o tom contra a China

A ameaça do Google de se retirar da China por causa da censura e da ciberespionagem é um sinal da vontade crescente das empresas e governos estrangeiros de renegar o senso comum que definiu décadas de aproximação ocidental: que a China é grande demais e é preciso se acomodar a ela.

Durante anos, as empresas dos países ricos aceitaram que os negócios sejam feitos de um jeito diferente na China — admitindo interferências governamentais que não seriam toleradas em outros países, desde censura até criação obrigatória de repartições do Partido Comunista da China em suas instalações.

A síndrome do Google é a gota d’água de um volume crescente de queixas de multinacionais sobre a deterioração do ambiente empresarial da China. “Há uma atitude geral na comunidade empresarial do mundo de que está ficando mais difícil fazer negócio aqui”, disse James McGregor, advogado sênior da APCOWorldwide e autor de um livro sobre como fazer negócio na China. “Isso pode ser um divisor de águas”. (págs. 1 e B7)

Economia da Europa volta a desacelerar

A recuperação das maiores economias da Europa perdeu força no segundo semestre de 2009 e levantou dúvidas sobre a velocidade e consistência da retomada da economia mundial neste ano. A Alemanha, a maior economia da região, deu um inesperado sinal de fragilidade: voltou a estagnar no fim do ano, após dois trimestres de expansão que tinham alimentado otimismo na Europa. Em 2009, a economia alemã sofreu sua mais dramática recessão no periodo do pós-guerra, com contração de 5%. Foi a maior queda no mundo industrializado.

“A Europa está de novo na rota do desastre”, disse ao Valor Heiner Flassbeck, o economista-chefe da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Para ele, no cenário atual, a Europa está mais na expectativa de se beneficiar do crescimento nas economias emergentes, para exportar mais, do que de ser um fator de estímulo para essas economias. Analistas mostravamse ontem céticos sobre a possibilidade de a Europa crescer 0,5% em 2010, como se previa anteriormente. (págs. 1 e A11)

Leilões da Vasp só rendem R$ 2 milhões

A massa falida da Vasp só conseguiu arrecadar cerca de R$ 2 milhões com os leilões feitos desde junho de 2009. Hoje, a dívida da companhia aérea está estimada em R$ 3,5 bilhões. A empresa teve falência decretada em setembro de 2008 por não cumprir seu plano de recuperação judicial, iniciado três anos antes.

Até agora, foram arrematados três imóveis dos quase 50 espalhados pelo país. E sete dos 17 veículos. Sucateados, os cerca de 30 aviões da companhia aérea ainda não despertaram interesse nos leilões. Os ex-trabalhadores da Vasp, no entanto, poderão receber antes de outros credores. Na Justiça, conseguiram a posse de uma fazenda que pertencia ao empresário Wagner Canhedo. O leilão do imóvel será em março. (págs. 1 e E1)

Camargo Corrêa entra na disputa pela Cimpor

A CSN, de Benjamin Steinbruch, ganhou ontem competidor de peso na disputa pela cimenteira portuguesa Cimpor. A Camargo Corrêa fez uma proposta de fusão de seus ativos no setor — operações no Brasil e na Argentina — com os da companhia sediada em Lisboa. A Cimpor opera em 13 países, inclusive no Brasil. O plano da Camargo é ficar com menos de 50% do capital da nova empresa resultante da fusão da Cimpor com a Camargo Corrêa Cimentos. (págs. 1 e B1)

Empresas veem riscos de demanda e despesas no projeto do trem-bala (págs. 1 e A6)


Negócios com a Argentina

O governo pretende discutir a redução da lista dos produtos submetidos à licença de importação pela Argentina, na expectativa de avançar na redução de barreiras bilaterais. (págs. 1 e A2)

Pressões no IPCA

Depois de fechar o ano passado em 4,31%, o IPCA deverá sofrer pressões altistas logo neste primeiro trimestre, como reajustes de tarifas de transporte público. (págs. 1 e A3)

Ampliação do parque fabril

Operando perto do limite da capacidade, a Volkswagen do Brasil direcionará a maior parte dos investimentos previstos para 2010 à expansão de suas fábricas. (págs. 1 e B6)

Cotas de Santo Antonio

O banco Santander vendeu para o Fundo de Investimento do FGTS os 5% do total das cotas que detinha na sociedade dona da concessionária Santo Antônio Energia. (págs. 1 e B6)

Menos espaço para crédito

Apesar da promessa de crescimento de 20% das carteiras de crédito para o ano, os bancos começam essa caminhada com quase R$ 100 bilhões a menos de espaço para conceder novos empréstimos. (págs. 1 e C1)

Regulação nos EUA

Grandes bancos dos EUA pediram ontem à Comissão de Investigação da Crise Financeira mudanças reguladoras, como menor alavancagem e mais proteção ao cliente. (págs. 1 e C2)

Ideias

José Roberto Campos: economia se recuperou rapidamente e sinais ruins já aparecem nos preços. (págs. 1 e A2)

Ideias

Maria Inês Nassif: tucanos negam sua própria contribuição para que o Brasil reconstitua seu passado. (págs. 1 e A7)

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Jornal do Commercio


Manchete: Sofrimento, Devastação, Perdas

Sofrimento:
Terremoto causou maior catástrofe da história do Haiti. Mundo se mobiliza por ajuda humanitária.

Devastação:
Palácio do Governo, sede da ONU e bairros inteiros estão em ruínas.

Perdas:
Premiê haitiano estima mais de 100 mil mortes. Entre as vítimas estão confirmadas 12 brasileiros (alguns deles aparecem nas fotos abaixo), sendo um civil, a criadora da Pastoral da Criança, e 11 militares. (pág. 1)

Inflação menor (pág. 1)


Temor no RN (pág. 1)


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