O Globo
Manchete: Haiti: morte, devastação violência e desespero
Depois do mais devastador terremoto dos últimos 200 anos e diante da impotência das autoridades do país mais pobre das Américas, os haitianos ontem tentavam resgatar por conta própria vítimas entre os escombros, empilhavam corpos pelas ruas da cidade e ainda procuravam se defender da violência que explodiu em Porto Príncipe - por toda a cidade, aconteceram saques e tiroteios. O país está destruído e o número de mortos, pode chegar a 50 mil segundo o presidente René Préval ou até a 100 mil pelas estimativas do premier Jean-Max Bellerive. Três milhões de pessoas um terço da população do país - necessitam de ajuda emergencial. "O Parlamento desabou. O fisco desabou. Escolas desabaram. Hospitais desabaram. É preciso ver para crer", afirmou o presidente do Haiti. Entre as 12 vítimas brasileiras, está a fundadora e diretora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumann. Morreram 11 militares da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti (Minustah), mas ainda há desaparecidos. A ONU perdeu 16 funcionários e 150 estão desaparecidos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto de três dias e propôs ao presidente dos EUA, Barack Obama, uma reunião de países doadores da ONU para arrecadar recursos para o Haiti. (págs. 1, 27 a 34, Ancelmo Gois, Míriam Leitão e Carta das Leitores)
Uma heroína em sua última missão
A catástrofe no Haiti matou uma brasileira que dedicou a vida a salvar crianças. A pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, de 75 anos, morreu quando falava para 150 pessoas dentro de uma igreja em Porto Príncipe, numa viagem já adiada quatro vezes. Fundadora da Pastoral da Criança, ela se dedicava a levar a iniciativa a outros países. "Os escombros caíram sobre ela", contou o filho Nelson Neumann.
Foto legenda: A tristeza dos meninos, machucados e sozinhos, na cidade destruída pelo maior terremoto em dois séculos: haitianos contam milhares de mortos em meio a onda de saques
Foto legenda: Militares brasileiros procuram vítimas nos escombros da sede da missão na capital, Porto Príncipe
Inflação é a 3ª menor desde 1980
Planalto recua e altera texto que irritou militares
Lula pede vista grossa em obras da Copa
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Folha de S. Paulo
Manchete: Terremoto no Haiti mata milhares; Zilda Arns e 14 brasileiros morrem
Os chefes militares brasileiros no Haiti fizeram um dramático relato ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que chegou à base brasileira na capital, Porto Príncipe, um dia após o pior terremoto na região em 200 anos. "As prioridades são médico, água e material de engenharia",
afirmou o comandante da missão de paz da ONU, o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira Neto. Na base estão 05 corpos das 15 vítimas brasileiras confirmadas - 14 soldados que integravam a missão e a médica Zilda Arns, 75, fundadora da Pastoral da Criança.
O Exército informou que, além dos 14 mortos, estão desaparecidos 4 dos 1.266 militares brasileiros que integram a missão, iniciada em 2004. Zilda Arns viajara ao Haiti para organizar religiosos para ação nos moldes da Pastoral da Criança, que no Brasil acompanha mais de 1,9 milhão de gestantes e crianças menores de seis anos.
O governo do Haiti estima em "centenas de milhares" as mortes no terremoto, de 7 graus na escala Richter, classificado de "catástrofe inimaginável" pelo presidente René Préval. O cenário no país é de destruição, com sobreviventes procurando conhecidos entre cadáveres e saques na capital. No trajeto do aeroporto à base brasileira, a reportagem da Folha viu prédios destruídos, corpos cobertos e haitianos feridos pedindo ajuda.
Os EUA prometeram mandar militares e ajuda humanitária; o Brasil enviaria ontem à noite avião da FAB com 13 toneladas de água e alimentos. (págs. 1 e Mundo)
Foto legenda: Haitiano ferido no terremoto em Porto Príncipe carrega a filha morta; agências humanitárias têm dificuldades para enviar pessoal
Médica realizou o milagre de multiplicar pães
Há os que primeiro agem e depois buscam recursos e há os que jamais passam da utopia à topia. Zilda Arns, médica, fez o milagre de multiplicar os pães. (págs. 1 e A3)
Foto legenda: Zilda Arns (1934-2010)
Vítima assistia ao aniversário da filha pela web
Raniel Batista de Camargos, 43, subtenente do Exército, assistia ao aniversário da filha pela internet na hora do tremor no Haiti. Momentos antes do parabéns, a conexão da webcam caiu. Camargos será enterrado em Patos de Minas (MG), sua cidade natal. (págs. 1 e A17)
Agenda imposta na Guerra Fria destruiu Estado
Historicamente, o mundo sempre ignorou o Haiti. O golpe de misericórdia foi a agenda da Guerra Fria, que destruiu o Estado. (págs. 1 e A13)
Lula recua em texto de direitos humanos (págs. 1 e A4)
Editoriais
"Concorrência na saúde", acerca dos planos privados. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Tragédia no Haiti: Terremoto mata pelo menos 30 mil e deixa Haiti em colapso
O forte terremoto que atingiu o Haiti, no Caribe, anteontem pode ter matado entre 30 mil e 50 mil pessoas, segundo o presidente René Préval. A morte de 12 brasileiros já foi confirmada: a médica Zilda Arns, de 75 anos, fundadora da Pastoral da Criança, e 11 militares que integravam a missão de paz das Nações Unidas, liderada pelo Brasil. Entre os desaparecidos, está o diplomata Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade civil da missão. Ele está sob os escombros da sede da ONU em Porto Príncipe, um dos muitos prédios destruídos. Especialistas dizem que ainda podem ocorrer tremores nos próximos dias. O terremoto de 7 graus na escala Richter, com energia equivalente a 30 bombas de Hiroshima, devastou um país marcado por golpes, pobreza e violência. Com a tragédia, que afetou instituições já frágeis e os organismos de apoio, o Haiti dependerá ainda mais da ajuda internacional. (págs. 1 e Caderno Especial)
Nas ruas, saques e cenas de desespero
"Foi assustador. Sentimos a terra tremer e, depois, o cenário que vimos era de destruição, uma catástrofe de grandes proporções", relata o coronel Alan Sampaio Santos, chefe de imprensa do batalhão brasileiro no Haiti. Na base militar em Porto Príncipe foi preciso improvisar um hospital para atender também os haitianos desesperados e feridos que procuravam ajuda. Com as forças internacionais de paz concentradas nas buscas por sobreviventes, o Haiti corre o risco de mergulhar em mais uma crise de segurança pública. Ontem, um supermercado foi saqueado. (págs. 1 e H2)
País retrocede 15 anos, diz brasileiro da ONU
Ricardo Seitenfus interrompeu as férias e embarcou para Porto Príncipe. Agora, é o mais graduado funcionário da ONU no Haiti - dois de seus colegas morreram. As eleições de 28 de fevereiro, segundo ele, deverão ser canceladas. Seitenfus diz ao repórter Lourival Sant'Anna que a tragédia faz o Haiti retroceder 15 anos. (págs. 1 e H10)
Chamado que salvou milhões de crianças
Em 1982, d. Paulo Evaristo Arns convidou sua irmã Zilda a tocar uma obra que se mostraria capaz de salvar milhões de vidas. Com poucos voluntários, a médica sanitarista iniciou, em 1988, seu trabalho na Pastoral da Criança, com foco no combate à desnutrição. Começou aí a redução da mortalidade infantil no Brasil. (págs. 1, H8 e H9)
Foto legenda: Legado - Zilda Arns, em foto de 2004: combate à desnutrição
Lula abranda Comissão da Verdade
Artigo - Eugênio Bucci - Jornalista
Lulismo vai ao cinema
Lula, o Filho do Brasil idolatra um mito político ao custo da destruição simbólica da política. (págs. 1 e A2)
Preços: Inflação é a menor dos últimos 4 anos
Notas e Informações: O decreto da incompetência
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Jornal do Brasil
Manchete: Lágrimas no inferno
Foto legenda: Agonia – A cena, postada na internet, se repetiu em vários pontos de Porto Príncipe: moradores soterrados em casa., pedindo socorro a vizinhos e pedestres. O Brasil vai enviar um avião e ajuda humanitária avaliada em US$ 15 milhões
Foto legenda: Perda – Zilda Arns falava numa igreja para cerca de 150 fiéis, quando o terremoto começou e o templo desabou sobre todos
A velha tortura e o novo decreto
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Correio Braziliense
Manchete: As faces de uma tragédia
11 militares brasileiros morreram, um deles de Brasília
Zilda Arns: 1934-2010 Solidariedade até o fim
Zilda Arns marcou sua trajetória com um incansável trabalho de ajuda aos pobres. Fundadora da Pastoral da Criança, salvou milhares de jovens brasileiros. Quis o destino que, aos 75 anos, ela perdesse a vida num dos países mais miseráveis do mundo, nas ruas, tentando entender a realidade daquele povo. Atingida por destroços de um prédio em Porto Príncipe durante o terremoto, morreu ao lado do tenente brasileiro Bruno Ribeiro Mário. “Que o nosso Deus acolha no céu aqueles que na Terra lutaram pelas crianças e pelos mais desamparados” disse, emocionado, dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, irmão de Zilda. (págs. 1, 18 a 26 e Coluna Entrelinhas, 4. QR Code com galeria de fotos e entrevistas sobre a tragédia)
DF recebe R$ 768 milhões para as obras da Copa
O maior custo de vida do país
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Valor Econômico
Manchete: Com forte demanda, tarifa aérea sobe 46% em um mês
As empresas aéreas travaram uma guerra tarifária no início do ano passado para ganhar mercado durante os piores momentos da crise econômica. Mas mudaram radicalmente a estratégia a partir de outubro, com a certeza de que havia uma forte retomada da demanda por passagens. Em dezembro, apesar do reajuste tarifário de 46%, o fluxo de passageiros cresceu 38%. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, o transporte aéreo de passageiros no país registrou expansão de 17,65% em 2009, a melhor performance desde 2005, puxada principalmente pela expansão do tráfego doméstico. (págs. 1 e B4)
Tragédia no Haiti exige mobilização mundial
A Cruz Vermelha estima que 3 milhões de pessoas precisam de abrigo e alimentos. Muitos haitianos vítimas do tremor dependerão de ajuda até o fim do ano. Estimativas do governo haitiano indicam que podem ter morrido mais de 100 mil pessoas no terremoto de 7 graus — o mais forte a atingir o país em 200 anos.
Porto Príncipe, a capital, estava sem energia elétrica e sem telefones ontem. O Parlamento ruiu, assim como escolas, hospitais, hotéis e o palácio do governo.
O Brasil foi atingido diretamente pela tragédia do Haiti. Onze soldados brasileiros que prestam serviço nas forças de paz da ONU morreram. A médica Zilda Arns, admirada militante da Pastoral da Criança, também morreu em Porto Príncipe. Ela fazia palestra em uma igreja que desmoronou.
Foto legenda: Criança machucada é carregada para o Hotel Villa Creole, em Porto Príncipe: estimativas indicam que 100 mil pessoas morreram no terremoto
Reajuste do minério pode chegar a 50%
Rodrigo Barros, analista do Deutsche Bank, disse que as grandes mineradoras estão trabalhando para repor este ano a queda de preço que tiveram de amargar em 2009, de 28% para a Vale e 33% para as australianas BHPBilliton e Rio Tinto por conta da crise que abalou os mercados de commodities. (págs. 1 e B1)
Múltis elevam o tom contra a China
Durante anos, as empresas dos países ricos aceitaram que os negócios sejam feitos de um jeito diferente na China — admitindo interferências governamentais que não seriam toleradas em outros países, desde censura até criação obrigatória de repartições do Partido Comunista da China em suas instalações.
A síndrome do Google é a gota d’água de um volume crescente de queixas de multinacionais sobre a deterioração do ambiente empresarial da China. “Há uma atitude geral na comunidade empresarial do mundo de que está ficando mais difícil fazer negócio aqui”, disse James McGregor, advogado sênior da APCOWorldwide e autor de um livro sobre como fazer negócio na China. “Isso pode ser um divisor de águas”. (págs. 1 e B7)
Economia da Europa volta a desacelerar
“A Europa está de novo na rota do desastre”, disse ao Valor Heiner Flassbeck, o economista-chefe da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Para ele, no cenário atual, a Europa está mais na expectativa de se beneficiar do crescimento nas economias emergentes, para exportar mais, do que de ser um fator de estímulo para essas economias. Analistas mostravamse ontem céticos sobre a possibilidade de a Europa crescer 0,5% em 2010, como se previa anteriormente. (págs. 1 e A11)
Leilões da Vasp só rendem R$ 2 milhões
Até agora, foram arrematados três imóveis dos quase 50 espalhados pelo país. E sete dos 17 veículos. Sucateados, os cerca de 30 aviões da companhia aérea ainda não despertaram interesse nos leilões. Os ex-trabalhadores da Vasp, no entanto, poderão receber antes de outros credores. Na Justiça, conseguiram a posse de uma fazenda que pertencia ao empresário Wagner Canhedo. O leilão do imóvel será em março. (págs. 1 e E1)
Camargo Corrêa entra na disputa pela Cimpor
Empresas veem riscos de demanda e despesas no projeto do trem-bala (págs. 1 e A6)
Negócios com a Argentina
Pressões no IPCA
Ampliação do parque fabril
Cotas de Santo Antonio
Menos espaço para crédito
Regulação nos EUA
Ideias
Ideias
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Jornal do Commercio
Manchete: Sofrimento, Devastação, Perdas
Terremoto causou maior catástrofe da história do Haiti. Mundo se mobiliza por ajuda humanitária.
Devastação:
Palácio do Governo, sede da ONU e bairros inteiros estão em ruínas.
Perdas:
Premiê haitiano estima mais de 100 mil mortes. Entre as vítimas estão confirmadas 12 brasileiros (alguns deles aparecem nas fotos abaixo), sendo um civil, a criadora da Pastoral da Criança, e 11 militares. (pág. 1)
Inflação menor (pág. 1)
Temor no RN (pág. 1)
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