O Globo
Manchete: Crise não impede aumento de horas extras no Senado Despesa cresce mesmo com redução do número de servidores beneficiados
No ano em que viveu sua maior crise política e ética, o Senado aumentou os gastos com pagamento de horas extras a servidores. As despesas com hora extra subiram de R$ 83,9 milhões em 2008 pata R$ 87,6 milhões em 2009 - isto apesar da redução do número de funcionários beneficiados. O aumento de gastos se deve ao reajuste de 99,42% do teto para horas extras recebidas pelos servidores, concedido pelo ex-diretor da Casa Agaciel Maia - afastado em março, em meio aos escândalos. Segundo o atual diretor, Haroldo Tajra, o aumento concedido por Agaciel não pôde mais ser cancelado. O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), cobrou explicações: "Parece que todo mundo sempre quer tirar uma casquinha aqui na Casa." O Senado também autorizou que os senadores usem em 2010 créditos de passagens aéreas que sobraram do ano passado. (págs. 1 e 3)
Angra quer demolir 3 mil casas ameaçadas Após sobrevoar as áreas atingidas pelas chuvas em Angra dos Reis, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, disse ontem que pode chegar a três mil o número de construções que serão demolidas, em áreas de risco no município. No Rio, o número estimado é de 12 mil. Angra terá sirenes para alertas no caso de volumes de chuvas acima do normal. (págs. 1 e 10 a 13)
Dnit promete mais fiscalização nas estradas Depois do aumento de mortes nas rodovias nos feriados, o Dnit promete tirar do papel um pacote licitado em julho de 2009 para aumentar a fiscalização nas estradas. Está prevista a instalação de 2.696 aparelhos de fiscalização eletrônica nas BRs, com investimentos de R$ 1,6 bilhão. (págs. 1 e 8)
Caças: FAB se nega a mexer em relatório A Aeronáutica não aceitará mexer no relatório técnico em que concluiu que o caça sueco Gripen, da Saab, é o melhor entre os concorrentes do programa FX-2. O ministro Nelson Jobim (Defesa) negocia com a FAB um texto que não seja tão conclusivo, para reduzir o desgaste político da escolha do Rafale francês. (págs. 1 e 4)
Custo fiscal de reservas chega a R$ 71 bilhões O custo acumulado para os cofres do governo de elevar as reservas cambiais do país, nos últimos três anos e meio, para os atuais US$ 239 bilhões, atingiu R$ 71,4 bilhões. A manutenção do nível recorde de reservas. Importante para proteger o Brasil no auge da crise, agora divide opiniões de economistas. (págs. 1 e 20)
Cristina Kirchner gera crise com ameaça ao BC A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, provocou uma crise ao pedir a Martín Redrado para renunciar à presidência do BC, por não liberar US$ 6,6 bilhões das reservas do país para pagar dívidas. Apoiado pela oposição, Redrado disse que não deixará o cargo até o fim do seu mandato, em setembro. (págs. 1 e 19)
Argentina abre os arquivos da ditadura Por decreto presidencial, a Argentina facilitou o acesso aos arquivos da ditadura militar, exceto os da Guerra das Malvinas. Não será mais necessário ter autorização judicial para chegar aos documentos. (págs. 1 e 25)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Prejuízo com chuva supera R$ 1 bi Valor permitiria construir e equipar 20 hospitais; mortes no Sul e no Sudeste já são 138
As chuvas que atingem o Sul e o Sudeste do país, além de 138 mortes, já causaram aos cofres públicos prejuízo superior a R$ 1 bilhão. Com esse valor, seria possível construir e equipar 20 hospitais com 75 leitos cada um.
Apenas os gastos com recuperação de estradas nas duas regiões já são estimados em mais de R$ 300 milhões. Em São Paulo, aproximadamente 12% das rodovias apresentam problemas provocados pelas chuvas.
No Rio, Angra dos Reis e a Baixada Fluminense estão entre as áreas mais atingidas. Enquanto Angra estima perdas de R$ 217 milhões, a cidade de Nova Iguaçu, por exemplo, calcula seus prejuízos em R$ 20 milhões.
No Rio Grande do Sul, onde 7% das estradas estão interrompidas total ou parcialmente, especialistas estimam que só a reconstrução da ponte que caiu no rio Jacuí, na cidade de Agudo, custe cerca de R$ 2,6 milhões.
Os bombeiros ainda procuram por cinco desaparecidos, entre eles o vice-prefeito de Agudo, Hilberto Boeck (PMDB), 55. O número de sobreviventes chega a dez; dois deles saíram sozinhos do rio Jacuí. (págs. 1, C1 e C5)
Decisão sobre caças da FAB será política, afirma Amorim O chanceler brasileiro Celso Amorim, que participa hoje de seminário em Paris ao lado do presidente Nicolas Sarkozy, disse que a decisão sobre a compra de 36 caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) será política, não "puramente militar".
Relatório da FAB deu preferência ao caça sueco Gripen NG; o francês Rafale é o favorito do presidente Lula. Para o ministro da Defesa da França, Hervé Morin, seu caça é uma “Ferrari”, e o sueco é um “Volvo”. (págs. 1 e A4)
Leia coluna de Janio de Freitas na pág. A7.
Entrada de dólar para área financeira do país é recorde A entrada de moeda estrangeira para a área financeira do Brasil no ano passado superou a saída em US$ 18,8 bilhões, segundo dados do Banco Central. Essa é a maior marca desde 1982, início da série histórica.
No total, as áreas financeira e comercial somaram um fluxo positivo de US$ 28,7 bilhões, o terceiro maior da série iniciada há 28 anos. Houve, assim, recuperação de parte dos quase US$ 50 bilhões que saíram do país em 2008, por conta da crise econômica mundial. (págs. 1 e B3)
Cristina manda tornar públicos documentos da ditadura militar A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, determinou ontem o desbloqueio dos arquivos confidenciais referentes à atuação das Forças Armadas durante a última ditadura militar no país (1976-1983). A documentação fica disponível para a apuração de violações aos direitos humanos, retomada com a revogação das leis de anistia aprovadas após a ditadura. (págs. 1 e A11)
GE quer montar no Brasil centro de pesquisa e desenvolvimento Investimento no centro e sua localização ainda não estão definidos; empresa pretende gastar US$ 118 milhões em expansão de capacidade no país. (págs. 1 e B1)
Iêmen rejeita intervenção externa contra Al Qaeda Sob pressão desde que foi revelado que o autor de uma tentativa de atentado a voo dos EUA recebeu instruções no Iêmen, o governo iemenita rejeitou intervenção externa e disse ser bem-sucedida a ofensiva que lançou contra a rede Al Qaeda.
"Intervenções diretas só complicam as coisas", disse o chanceler iemenita, Abu Bakr al Qirbi. A França quer aumentar de 7 para 30 o número de países cujos passageiros terão de ser submetidos a revista mais rigorosa nos aeroportos. (págs. 1, A9 e A10)
Editoriais Leia "O ano eleitoral", sobre o atual estágio da sucessão; e "Avaliadores reprovados", que comenta anulações no Enade. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Pressão do Planalto faz FAB alterar relatório sobre caças Recomendação de compra de aviões suecos será excluída de parecer técnico
O relatório técnico que o Comando da Aeronáutica apresentará ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a avaliação dos modelos de caças para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), não vai conter uma "hierarquização" das propostas internacionais, informam as repórteres Vera Rosa e Eugênia Lopes. A FAB ia recomendar o Gripen NG, da empresa sueca Saab, o mais barato entre os concorrentes, mas foi pressionada pelo governo e não entrará no mérito de qual a melhor opção para o projeto FX-2, que prevê a compra de 36 caças. O vazamento do relatório para a imprensa foi interpretado pelo Planalto como uma derradeira tentativa da Aeronáutica de constranger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já manifestou sua preferência pelo caça francês Rafale, da empresa Dassault. (págs. 1 e A4)
'É um avião que não existe' O ministro da Defesa francês, Hervé Morion, disse que não dá para comparar o caça francês com o sueco, "que não existe". "Sem querer ofender ninguém, podemos comparar uma Ferrari como o Rafale com o Gripen, que é um Volvo?". (págs. 1 e A4)
Suspenso decreto que liberava obras em Angra Decreto do governo do Rio, de junho de 2009, que autorizava a construção de imóveis em áreas de proteção de Angra dos Reis - incluindo a região atingida por deslizamentos no dia 12 - foi suspenso ontem. Criticado por ambientalistas, o texto foi apontado como aliado da especulação imobiliária. A Associação das Pousadas da Enseada do Bananal apresentou manifesto pedindo estudo geológico "não sensacionalista" da área. (págs. 1 e C1)
Paraitinga: terapia para superar perda Técnicos que ajudaram a reconstruir Goiás Velho (GO) em 2001 vão atuar em São Luís do Paraitinga (SP). Assim como ocorreu em Goiás, psicólogos ajudarão a população a superar a perda do patrimônio. (págs. 1 e C4)
Manobras garantem meta de superávit O governo conseguiu fechar o superávit primário das contas do setor público entre 2% e 2,2% do Produto Interno Bruto (PIE) em 2009. Para cumprir a meta fiscal de 2,5% do PIE, o governo recorreu a manobras fiscais: pela primeira vez, vai abater das contas parte das despesas feitas com o Projeto Piloto de Investimento, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa Minha Casa, Minha Vida. (págs. 1 e B1)
Brasil quer dialogar com o Hamas, diz Amorim O chanceler Celso Amorim admitiu ontem que o Brasil está disposto a estabelecer um diálogo com o grupo islâmico Ramas, considerado terrorista por vários países ocidentais. Mas recebeu um duro recado do governo da Autoridade Palestina: uma aproximação pode dar ao Ramas a impressão de estar ganhando legitimidade internacional. "Os países devem ter cuidado", disse Riad Malki, chanceler palestino. (págs. 1 e A6)
Na Argentina, crise política chega ao BC Presidente do banco diz que não sai
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu a renúncia do presidente do Banco Central, Martín Redrado, e convidou o economista Mario Blejer para assumir o cargo. Redrado, no entanto, disse que não renunciará - seu mandato termina em 23 de setembro e só o Senado pode destituí-lo. Uma das razões do pedido de renúncia foi a recusa de Redrado à proposta do governo de usar US$ 6,5 bilhões do BC para o pagamento de dívidas. (págs. 1 e A10)
Frase Amado Boudou Ministro da Economia "Existe muita politicagem barata para obstruir nossa gestão"
Pagamento de hora extra aumenta no Senado Apesar da promessa de reduzir as despesas com horas extras em 2009, o Senado gastou R$ 87,6 milhões, R$ 3,7 milhões a mais do que em 2008. O gasto cresceu mesmo com a redução - de 4.227 para 2.763 - do número de servidores autorizados a estender a jornada. A hora extra foi um dos itens da crise administrativa que atingiu o Senado em 2009. (págs. 1 e A5)
No SUS: Cresce procura por terapia alternativa Número de consultas de acupuntura aumenta 122% entre 2007 e 2008. (págs. 1 e A13)
Notas e Informações: Redescobrindo os EUA Há sete anos o mercado americano deixou de ser assunto prioritário para a diplomacia comercial brasileira. Os planos de apostar nos EUA só darão certo se envolver o primeiro escalão do governo. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Argentina abre todos os arquivos da ditadura Liberação atende a processos por violação de direitos humanos
A Argentina deu mais um passo para esclarecer crimes cometidos durante o regime militar, que vigorou no país entre 1972 e 1986. Um decreto assinado pela presidente Cristina Kirchner retirou a classificação de "segurança" de todos os documentos relacionados às Forças Armadas no período, com exceção do conflito nas Malvinas. A decisão obedece a uma solicitação da Justiça em processo sobre um centro de detenção clandestino na região de La Plata. Estima-se que 30 mil pessoas teriam desaparecido em ações da repressão. (págs. 1 e Internacional A20)
Caças: relatório da FAB esvaziado O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Defesa da França, Hervé Morin, mostraram ontem que estão com o discurso afinado. Eles minimizaram a preferência da FAB pelos caças suecos e disseram que a decisão de Lula será política. (págs. 1 e País A6)
Bases nucleares no subsolo do Irã Redes de túneis vêm sendo usadas pelo Irã para esconder instalações nucleares. O governo de Teerã diz que as construções são apenas uma estratégia de "defesa passiva", mas os EUA já estão desenvolvendo tecnologias capazes de atacar as instalações. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Coisas da política As sereias do Tietê cantam para Aécio. (págs. 1 e A2)
Informe JB Novela do PSDB está em cartaz no Rio. (págs. 1 e A4)
Anna Ramalho Família Lins e Silva atacada nos EUA. (págs. 1 e A16)
Editorial O governo e a irrelevância da FAB. (págs. 1 e A10)
Sociedade Aberta Antonio Oliveira Santos Empresário
Lei dos Portos pode melhorar. (págs. 1 e A11)
Sociedade Aberta Claudia Costin Secretário municipal de Educação
Balanço da educação no Rio em 2009. (págs. 1 e A11)
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Correio Braziliense
Manchete: Farra sem escalas Senadores têm mais R$ 1,9 milhão para gastar este ano com passagens aéreas, verba que sobrou de 2009. Esse dinheiro deveria ter sido devolvido aos cofres públicos, mas decisão da Mesa prorrogou a utilização da cota. Os recursos são suficientes, por exemplo, para cada um dos 81 parlamentares fazer 14 viagens de ida e volta de Porto Alegre a Macapá, a mais longa rota do país. Ou 30 vezes a ponte aérea Brasília-Rio. Ontem, a Casa confirmou ter pagado R$ 4 milhões em horas extras aos servidores num período de recesso, conforme antecipou o Correio. (págs. 1, 2 e Visão do Correio, 16)
A via-crucis da identidade Com a demanda em alta e a quantidade de funcionários reduzida em razão de férias, tirar o RG vira um sofrimento no DF. Nos 18 postos, as filas são enormes e o atendimento, demorado (págs. 1 e 23)
Tragédia: Por que as chuvas ameaçam Angra dos Reis Novos temporais podem agravar a situação no litoral sul do Rio, advertem meteorologistas e engenheiros. Segundo eles, a região é propícia a deslizamentos de terra, como os que mataram 52 pessoas no réveillon, e a construção nas encostas aumenta o risco. (págs. 1 e 8)
Imposto de Renda Receita libera amanhã consulta a lotes residuais de 2008 e 2009. Mais de 401 mil têm restituição. (págs. 1 e 14)
Argentina revê ditadura Presidenta Cristina Kirchner acaba com o sigilo sobre documentos do governo militar que relatam a ação das Forças Armadas entre 1976 e 1983. (págs. 1 e 19)
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Valor Econômico
Manchete: Confronto com o BC abre crise na Argentina O governo argentino detonou ontem uma crise institucional ao pedir a renúncia do presidente do Banco Central, Martín Redrado, que se recusou a entregar o cargo. A presidente Cristina Kirchner pretendia ter acesso a US$ 6,5 bilhões das reservas internacionais para pagar títulos da dívida externa com vencimento em 2010, evitando o uso de dinheiro do orçamento. Redrado se opôs à medida e esperava uma análise jurídica do BC sobre o assunto. Ele foi acusado pelo governo de ter descumprido suas orientações e não ter tomado providências para transferir as reservas a uma conta especial do Tesouro.
A nove meses de concluir um mandato de seis anos, Redrado recorreu à independência do BC, garantida por lei desde 1992, para manter-se à frente da instituição. Sua atitude pegou desprevenida a presidente, que já havia convidado o economista Mario Blejer, doutor pela Universidade de Chicago e ex-assessor do Banco da Inglaterra, para substituí-lo. (págs. 1 e A10)
Divisão de poder retarda Quattor A fusão da Quattor com a Braskem, dada como certa nos últimos dias, ainda depende de alguns pontos que estão em discussão e sobre os quais não existe acordo entre o Grupo Odebrecht e a Petrobras. Minoritária, com 49% da companhia que surgirá após a operação, a Petrobras não abre mão de participar diretamente da gestão da nova empresa e, para isso, gostaria de nomear ou o presidente do conselho de administração ou o presidente executivo. Além disso, quer algumas diretorias importantes na companhia. A Petrobras não aparenta ter pressa de concluir o negócio, que não é tão relevante para a estatal como para a Odebrecht. O Valor apurou que um esboço de Fato Relevante comunicando o negócio está pronto desde o dia 23.
O fim do período de recesso do Judiciário, hoje, também pode trazer mais complicações. O advogado Ivan Nunes Ferreira, que defende Alberto Geyer, um dos cinco herdeiros da família que controla a Quattor e que não concorda com a operação de venda, explicou que todas as liminares concedidas durante o período de plantão judiciário podem ser revistas. (págs. 1, A5 e B6)
Múltis podem emitir ações no Brasil Depois do sucesso da emissão pública inicial de ações do Santander no Brasil, outras companhias estrangeiras avaliam entrar na onda. Uma forte candidata é a companhia francesa Louis Dreyfus Commodities, que comprou a Santa Elisa Vale. Outro nome bastante citado é o da Avon. No segundo trimestre do ano passado, o Brasil passou os EUA como principal mercado consumidor da empresa americana, que está com bastante caixa por aqui e tem planos de crescimento agressivo. Os bancos não comentam o assunto, mas o Valor apurou que o Credit Suisse e o BTG Pactual estão acertados com uma empresa de navegação marítima para emitir ações no país. O Carrefour foi procurado por bancos de investimento com propostas para emissão de ações, mas o grupo francês não quer realizar a operação neste momento. (págs. 1 e D1)
Lula mantém preferência pela Rafale O presidente Lula pretende passar o cargo ao sucessor com a compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira fechada. O negócio, estimado em R$ 10 bilhões, arrasta-se desde o governo Fernando Henrique (1995-2003) e corre mais riscos de atraso, porque surgiram novos problemas políticos explosivos. Um deles foi a divulgação do conteúdo de um relatório preliminar da Aeronáutica, segundo o qual, tecnicamente, o equipamento que melhor atendia à Força era o sueco Gripen NG. A francesa Rafale, preferida de Lula, ficava em terceiro.
O Valor apurou que o presidente mantém sua intenção de escolher o projeto francês: “Ou tem acordo com a França ou não tem caça”, resumiu fonte ligada às negociações para a compra dos aviões. (págs. 1 e A4)
Indústria tem queda, mas investimentos aumentam Influenciada pela queda de 2,2% na produção de automóveis e de 0,7% no setor extrativo, a indústria manteve em novembro praticamente a produção de outubro, registrando pequena retração de 0,2%. Isolada, contudo, a indústria de transformação registrou alta de 1,4%, com forte expansão em bens de capital — 6,1% em novembro e 16,9% em três meses. Este resultado mantém o padrão de crescimento do PIB do terceiro trimestre, muito influenciado pelos investimentos.
A pequena queda na produção automotiva veio após o setor acumular expansão de 107,6% nos dez primeiros meses de 2009, mas é temporária. As montadoras fizeram encomendas para sustentar uma produção de 1,6 milhão de veículos no primeiro semestre, avanço de 10% sobre o início de 2009. (págs. 1 e A3)
Philips passa a produzir telas de LCD no país A Philips prepara uma ofensiva na área de televisores no Brasil e vai trazer para o país a produção de telas de LCD, até agora centralizada na Polônia. O projeto é ambicioso, com investimentos previstos de R$ 200 milhões e montagem de 1 milhão de telas em um ano.
Toda a produção de LCD — exclusivamente para TVs — será em Manaus, onde a Philips contratará 500 pessoas em 2010. A receita projetada é de R$ 3,3 bilhões nos primeiros três anos de atividade. A Philips será a primeira fabricante de telas de LCD do país. LG, Samsung, Sharp e outras companhias importam o produto da Ásia.
O presidente da Philips, Marcos Bicudo, não quis comentar os investimentos. Disse, porém, que a empresa passa por “fase de renovação de compromisso estratégico com o país” e informou a decisão do grupo de deixar o mercado de informática. Só no Brasil e Reino Unido a empresa vendia computadores com marca própria. (págs. 1, B1 e B4)
Ações tributárias também serão julgadas em juizados Processos tributários de até 60 salários mínimos poderão ser levados para os juizados especiais. A partir de junho, entra em vigor no país a Lei no 12.153 que obriga Estados e municípios a instalar Juizados Especiais da Fazenda Pública no prazo máximo de dois anos. Os juizados devem funcionar nos moldes dos já existentes — cíveis e federais — com a diferença que julgarão causas sobre multas de trânsito, problemas com IPTU e IPVA, questões sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e multas ambientais. A medida deve beneficiar principalmente microempresas e empresas de pequeno porte que em razão dos custos de uma ação e da necessidade de contratação de advogado deixam de utilizar o Judiciário. (págs. 1 e E1)
Reestruturada, a Bunge Brasil terá o ex-ministro Pedro Parente no comando da holding (págs. 1 e B10)
Defesa da concorrência O Ministério da Justiça promete manter neste ano política rigorosa na área de defesa da concorrência, que levou a multas de mais de R$ 300 milhões contra grandes empresas. (págs. 1 e A2)
Mercado interno lidera A reação das vendas ao consumidor no Brasil se reflete na bolsa: as ações das principais varejistas valorizaram acima do índice Ibovespa em 2009, com altas superiores a 100%. (págs. 1 e B3)
Mesa pede concordata A Embraer informou ontem que não é credora da companhia aérea americana Mesa Air Group, que entrou com pedido de concordata no Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. (págs. 1 e B6)
Interesse pela Biovet Uma das principais empresas brasileiras do setor veterinário, a Biovet está na mira de multinacionais como Bayer e Novartis, mas a Elanco está mais perto de comprá-la. (págs. 1 e B10)
Sem atrasos Dirigentes de bancos, como Ricardo Flores, do Banco do Brasil, esperam que os índices de inadimplência não se elevem neste início de ano, contrariando a tendência dos últimos anos. (págs. 1 e C1)
BES eleva capital O Banco Espírito Santo Investment ampliou seu capital em R$ 100 milhões no Brasil, atingindo um patrimônio líquido de R$ 410 milhões. (págs. 1 e C8)
Fundos captam mais O setor de fundos de investimento encerrou 2009 com chave de ouro. A captação líquida no ano passado foi recorde e atingiu R$ 87,634 bilhões. (págs. 1 e D2)
Ideias Maria Inês Nassif: crise militar fabricada em torno do programa de direitos humanos tem sabor artificial. (págs. 1 e A6)
Ideias Rogério Studart: apoio a desenvolvimento é bem público global. (págs. 1 e A8)
Ideias Raquel Balarin: há bastante interesse de novos investidores pelo leilão da banda H ta telefonia celular 3G. (págs. 1 e A2)
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Jornal do Commercio
Manchete: Acesso restrito no novo hospital Tabela com indicações e proibições de encaminhamento para o Hospital Miguel Arraes inclui até limite de idade para algumas especialidades. Unidade explica que critérios foram estabelecidos por causa da implantação gradual dos serviços. (pág. 1)
Rio pode ter 15 mil demolições por causa da chuva (pág. 1)
País combate roubo de celular Ministério da Justiça recomenda à Anatel que operadoras bloqueiem aparelhos roubados ou extraviados, impedindo que sejam reabilitados. Se for adotada, a medida tornará sem nenhum atrativo a revenda dos telefones pelos ladrões. (pág. 1)
Horas extras (pág. 1) |
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