O Globo
Manchete: Pré-sal: Cabral e Hartung recusam convite de Lula
Governadores não irão à festa de lançamento do modelo de exploração
Os governadores do Rio, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, ambos do PMDB, recusaram o convite do presidente Lula para participar, na próxima segunda-feira, em Brasília, da festa política de lançamento do marco regulatório do pré-sal, informa Ancelmo Gois. "Não posso participar de uma coisa que não sei do que trata", disse Cabral, forte aliado de Lula. A decisão de Cabral foi tomada um dia após ter dito, em seminário no GLOBO, que iria lutar "com todos os instrumentos democráticos" contra eventuais mudanças na arrecadação de royalties. Responsável, junto com o Espírito Santo, por quase 90% da produção nacional de petróleo, o Rio poderá deixar de receber, pelas regras previstas, até R$ 14 bi por ano. O ministro Edison Lobão foi enviado por Lula em missão de paz ao Rio e a Vitória, informa Ilimar Franco, no Panorama Político. (págs. 1, 2, 14 e 20)
Governo nega crise e Lina diz que houve 'perigoso recuo'
Depois do pedido de demissão de 12 nomes da cúpula da Receita Federal em protesto contra a demissão da ex-secretária Lina Vieira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou a crise: "Demissões? Que demissões?" Para contornar o desgaste, o novo superintendente, Otacílio Cartaxo, anunciou a substituição de três superintendentes indicados por Lina: "As substituições têm caráter técnico." Para o ministro José Múcio, não há rebelião, e as demissões resultaram de um "espírito de corpo" da categoria. Em nota, Lina Vieira afirmou que a demissão coletiva foi um "perigoso recuo" e criticou a substituição em massa de dirigentes da instituição. (págs. 1 e 3 a 5)
Foto legenda: Terceiro tempo
Numa sessão tensa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) exibe um cartão vermelho da tribuna e volta a pedir a renúncia do presidente do Senado, José Sarney - que PT e PMDB salvaram. (págs. 1 e 10)
PT cobra R$ 66 mil para deixar Arns sair
O senador Flávio Arns (PR), que deixou o PT depois que o partido ajudou a absolver José Sarney no Senado, deve à antiga legenda R$ 66 mil. O PT está cobrando a dívida e deve pedir também o mandato dele. (págs. 1 e 10)
Marina: empresários estão à frente do governo
A senadora Marina Silva disse que os empresários avançaram mais que o governo no debate sobre o meio ambiente. (págs. 1 e 11)
Charge Chico: Entreouvido naquele salão azul
- Cartão vermelho só agora? Demorou, Suplicy!
- Mercadantes tarde do que nunca, Sarney...
Furnas: diretor se demite e critica aparelhamento
Diretor de Operações de Furnas, Fábio Resende deixará o cargo no próximo dia 1º. E sai dizendo que o aparelhamento político da estatal deteriorou as relações de trabalho. (págs. 1 e 8)
Colunas e artigos
Elio Gaspari
Há os que saem, como os 12 da Receita; há os que ficam, como Mercadante (págs. 1 e 7)
Míriam Leitão
Ingerência na Receita segue padrão de Lula adotado no Itamaraty e no Ipea
(págs. 1 e Economia 20)
Petrobras pagou mais 1.490% por obra parada
Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) identificaram superfaturamento de 1.490% no pagamento de verba indenizatória nas obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) em 2008. Pelas contas do TCU, a estatal deveria desembolsar R$ 1,5 milhão, mas teria pagado R$ 24,7 milhões durante o período em que as obras ficaram paradas por causa de chuvas. A Petrobras e as empreiteiras não se pronunciaram. (págs. 1 e 19)
Aposentado terá 6,2% de aumento
O governo aceitou a proposta das centrais sindicais e concederá em 2010, ano de eleição presidencial, reajuste de 6,2% para aposentadorias e pensões do INSS com valor acima do salário mínimo. O aumento valerá a partir de janeiro. (págs. 1 e 10)
Maconha sem castigo
Argentina descriminaliza consumo
A Suprema Corte argentina declarou ser inconstitucional a criminalização do consumo de maconha no país. A decisão, em sintonia com a posição da presidente Cristina Kirchner, criou um precedente histórico e acentuou uma tendência cada vez mais forte no continente. Este mês, o governo mexicano sancionou lei permitindo a posse de pequenas quantidades de drogas para uso pessoal. (págs. 1 e 25)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Mais demissões pioram crise na Receita
Cerca de 60 servidores vão deixar cargos de chefia; para secretário, órgão está protegido contra ação política
Num agravamento da crise na Receita Federal, cerca de 60 funcionários em postos de chefia em 5 de 10 superintendências regionais avisaram a seus superiores que deixarão suas funções.
A Receita diz que há cerca de 300 cargos de confiança.
Apenas no Estado de São Paulo, com 42% da arrecadação nacional, foram aproximadamente 30 demissões. A debandada ameaça paralisar fiscalizações, autuações e liberações nas alfândegas. (págs. 1 e Brasil)
Elio Gaspari
Quem sai e quem fica irrevogavelmente
Numa época em que o Planalto prefere se desmoralizar nas cavalariças do Senado, servidores da Receita defendem seus nomes e os interesses do Estado.
Há os que saem, como os "12 da Receita", Marina Silva e Flávio Arns. E há os que, irrevogavelmente, ficam, como o senador do PT Aloizio Mercadante. (págs. 1 e A8)
Foto legenda: Efeito retardado
Seis dias depois de o PT salvar José Sarney, o senador Eduardo Suplicy sobe à tribuna do Senado e mostra cartão vermelho para o presidente da Casa; Heráclito Fortes (DEM-PI) questionou se o petista mostraria o cartão também ao presidente Lula (págs. 1 e A9)
Oposição renuncia às vagas no Conselho de Ética do Senado
A saída de seis senadores do DEM e três do PSDB para protestar contra José Sarney colocou em pauta a discussão sobre mudanças no Conselho. (págs. 1 e A9)
Retomada econômica agrava contas externas
O deficit das transações correntes, que registra operações de compra e venda de bens e serviços (inclusive os financeiros) com outros países, foi de US$ 1,66 bilhão em julho, segundo o Banco Central.
É o dobro do que o governo previa e o triplo do valor verificado em junho.
Segundo o BC, com a retomada do crescimento econômico, importações e remessas de lucros ao exterior têm subido mais que o esperado. Já os investimentos estrangeiros caíram em julho pelo terceiro mês seguido, no pior resultado desde fevereiro de 2008. (págs. 1 e B4)
Acordo restringe publicidade para crianças na TV
Empresas do setor alimentício se comprometeram a não fazer publicidade para crianças em programas com a maioria da audiência infantil a partir de 2010.
A medida pode ser inócua, já que a TV aberta comercial e os canais pagos infantis não se enquadram nos critérios propostos. (págs. 1 e C1)
Verba pública banca evento contra aborto
Manifestação antiaborto marcada para o próximo domingo em Brasília foi financiada com dinheiro público, relata Larissa Guimarães.
O evento recebeu R$ 143 mil de um fundo do Ministério da Cultura.
A pasta informou que o projeto aprovado não fazia menção ao termo "aborto". (págs. 1 e C3)
Pacto concede "estabilidade" para quem vai se aposentar
Acordo entre governo e sindicatos definiu que as empresas não podem dispensar o trabalhador que estiver a um ano da aposentadoria. Em caso de demissão, a indenização será maior.
Aviso prévio e seguro-desemprego serão computados para aposentadoria. O Congresso precisa aprovar. (págs. 1 e B1)
Editoriais
Leia "Alvoroço na Receita", sobre hipocrisia e mudança no fisco; e "Torres de marfim", que critica USP e Unicamp. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: PMDB cobra ainda mais do governo e paralisa Câmara
Partido obstrui votações para forçar a liberação de verbas para emendas
O PMDB aumentou ainda mais a pressão sobre o governo, depois de ter exigido o voto do PT para livrar o senador José Sarney e de cobrar o apoio a candidatos peemedebistas nos Estados para sustentar a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência. O partido agora lidera o movimento para que a equipe econômica acelere a liberação dos R$ 6 bilhões previstos no Orçamento para emendas dos parlamentares. O PMDB conduziu ontem a obstrução das votações na Câmara, com apoio de outros partidos da base aliada, e anunciou a disposição de manter a paralisia até que o governo libere verbas para obras nas bases eleitorais dos deputados. Com isso, foi adiada a análise de propostas de interesse do governo, como a medida provisória que garante crédito para a exportação e o projeto que recria a CPMF, rebatizada de Contribuição Social para a Saúde (CSS). (págs. 1 e A4)
Foto legenda: Abraço protocolar - Lula cumprimenta Mercadante durante evento em São Bernardo. (págs. 1 e A9)
Receita exonera mais seis e amplia expurgo
O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, avançou na tarefa de substituir os funcionários ligados à administração de sua antecessora, Lina Vieira. O expurgo continuou ontem com mais seis exonerações, e os substitutos devem ter perfil técnico. A crise fez funcionários da Receita em vários Estados pedirem demissão - só em São Paulo foram 20. (págs. 1 e A12)
Damatta
Você não vale nada, mas eu gosto de você
Música é a mais perfeita fórmula para este Brasil que nos irrita, mas enreda, e que, apesar de tudo, jamais tiramos do coração. (págs. 1 e D12)
Oposição sai do Conselho de Ética
Tucanos e democratas decidiram deixar o Conselho de Ética do Senado e defenderam sua reformulação, após a absolvição de José Sarney (PMDB-AP). O conselho continua aberto porque os governistas são maioria. (págs. 1 e A8)
EUA elevam previsão de déficit para US$ 9 trilhões
Os EUA elevaram sua previsão de déficit do orçamento de US$ 7,1 trilhões para US$ 9 trilhões ao longo dos próximos dez anos. Segundo o governo, a crise é mais profunda do que se projetava e a arrecadação de impostos será menor, inflando o déficit. A economia americana deve encolher 2,8% neste ano. Ontem, o presidente Barack Obama interrompeu as férias e nomeou Ben Bernanke para mais um mandato de 4 anos à frente do Fed. (págs. 1, B1 e B3)
Análise
Celso Ming
Bombeiro Bernanke
Não há ainda certeza de que esta crise tenha sido vencida. Mesmo depois de apagado o fogo, outros focos podem voltar. Não convém trocar o chefe dos bombeiros. (págs. 1 e B2)
Contas externas têm rombo de US$ 1,6 bilhão
O déficit no balanço de pagamentos do Brasil triplicou em julho, na comparação com junho, fechando em US$ 1,67 bilhão. A conta corrente registra todas as operações de comércio, serviços e transferência de renda do Brasil com o exterior. O resultado é o dobro do esperado pelo Banco Central. Entre as razões, uma remessa inesperada de lucros e dividendos de uma montadora. (págs. 1 e B6)
Foto legenda: Santa Casa: medicina e arte
Livro reúne acervo de 7 mil peças do Museu da Santa Casa, em São Paulo: instrumentos médicos e arte sacra revelam a história de uma das mais antigas casas de saúde do Brasil. (págs. 1 e C8)
Anúncio de alimento terá alerta igual ao de remédio
A Anvisa publicará até o fim do ano novas regras para a propaganda de produtos com altos níveis de açúcar, sal e gorduras. A publicidade deverá conter advertência, como já ocorre com os remédios. Os itens voltados para crianças terão restrições ainda maiores, a despeito da autorregulamentação anunciada por fabricantes desses produtos. (págs. 1 e A21)
Drogas: Justiça argentina libera maconha
A Corte Suprema do país decidiu que consumo pessoal não é crime. (págs. 1 e C6)
Religião: Católicos criticam acordo com Vaticano
Em pesquisa, 75% no País discordam do acordo bilateral com a Santa Sé. (págs. 1 e A22)
Notas e Informações: Rebelião na Receita
A interferência sistemática do governo na Receita acaba de produzir uma crise sem precedentes nesse órgão cujas eficiência e integridade dependem da autonomia. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Voltam as obras na Cidade da Música
Paes anuncia conclusão em seis meses do projeto inacabado de Cesar Maia
O relatório da auditoria que investiga os gastos nas obras da Cidade da Música será conhecido somente na próxima semana, mas o prefeito do Rio, Eduardo Paes, já autorizou o reinício dos trabalhos do polêmico projeto do ex-prefeito Cesar Maia. Em decreto publicado no Diário Oficial, Paes prevê que a sala de espetáculos estará pronta em 60 dias – prazo considerado difícil pelo arquiteto Christian de Portzamparc, responsável pela concepção do projeto. O prefeito determinou que outro orçamento seja elaborado pela Empresa Municipal de Urbanização (Riourbe) e os custos, reavaliados. Segundo a prefeitura, já foram gastos cerca de R$ 500 milhões. (págs. 1 e Cidade A12)
Aneel aprova TV a cabo e internet por rede elétrica
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a utilização da rede de energia elétrica para transmissão de internet banda larga e de televisão por assinatura. Com o sistema, as tomadas residenciais passarão a ser pontos da web e de TV a cabo, quando conectadas a um modem. (págs. 1 e Economia A18)
Antipatia contra volta da CPMF
O líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza, disse que o partido só vota a Contribuição Social para a Saúde (CSS) - conhecida como a nova CPMF - se houver acordo com a oposição, que, por sua vez, declarou não aceitar a volta do imposto proposto pela bancada do PMDB. (págs. 1 e País A4)
Mais R$ 8 bi com 13° antecipado
A antecipação do 13° salário para aposentados e pensionistas pelo INSS vai injetar R$ 8 bilhões na economia entre agosto e setembro - além dos R$ 17 bilhões liberados todo mês. Estudo mostra que, em 1/4 das famílias brasileiras, mais da metade da renda vem de idosos. (págs. 1 e Economia A14)
Triste recorde em mortes pela gripe
Quatro meses após o início da pandemia, o Brasil aproxima-se dos Estados Unidos na incômoda marca de país com maior número de mortes por gripe suína no mundo. Com 516 óbitos confirmados até ontem, estamos a apenas seis de alcançar os americanos. (págs. 1 e Tema do dia Al e A3)
Coisas da Política
Obama está numa esquina do labirinto na CIA. (págs. 1 e A2)
Informe JB
Redução da jornada divide partidos. (págs. 1 e A4)
Anna Ramalho
José Sarney não tentará a reeleição. (págs. 1 e A13)
Editorial
Minirreforma eleitoral é novo casuísmo. (págs. 1 e A8)
Sociedade Aberta
Ives Gandra Martins
Advogado
Acordo não privilegia a Igreja Católica. (págs. 1 e A9)
Sociedade Aberta
Léo de Almeida Neves
Economista
O tempo só agiganta a força de Vargas. (págs. 1 e A9)
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Correio Braziliense
Manchete: Senado em crise amplia regalias
A Mesa Diretora do Senado está alheia à crise política pela qual atravessa a Casa. Um ato publicado no Diário Oficial autoriza os 81 parlamentares a utilizar verba indenizatória para instalar escritórios políticos em suas bases eleitorais. Na prática, os senadores poderão montar comitês de campanha e escolher até 79 funcionários comissionados para atuar como cabos eleitorais. A Direção-Geral, por sua vez, encontrou uma solução para a farra das gratificações. Antes concedidas de forma indiscriminada, agora elas serão incorporadas ao valor do salário. No plenário, Eduardo Suplicy (PT-SP) deu cartão vermelho para Sarney e bateu boca com Heráclito Fortes (DEM-PI). (págs. 1 e 2 a 4)
Detran proíbe daltônicos de tirar a carteira
Airton Miguel Wendt é especialista em fazer reparos nos fios elétricos coloridos de computadores, mas está impedido de dirigir.
O Detran-DF suspendeu a carteira do motorista, habilitado há 21 anos, após concluir que ele é daltônico. A proibição atende a uma resolução que estabelece critérios mais rigorosos nos exames oftalmológicos. Brasilienses pretendem ir à Justiça para garantir o direito de conduzir um veículo motorizado. (págs. 1 e 27)
Estelionato: Golpista prometia emprego na Câmara
Dez pessoas prestaram queixa na polícia alegando terem pago até R$ 20 mil a um homem por uma vaga no gabinete do distrital Cristiano Araújo (PTB), com salário de R$ 65 mil ao ano. O parlamentar diz que é vítima de uma armação. (págs. 1 e 36)
Pensões: Aposentado terá reajuste real em 2010 e 2011 (págs. 1 e 7)
Seu bolso: Conta de luz no DF fica 11,5% mais cara
A partir de hoje, a tarifa de energia elétrica terá um reajuste médio de 11,53%. O aumento interrompe uma sequência de índices negativos cobrados no Distrito Federal, mas é o terceiro menor do país autorizado pela Aneel. (págs. 1 e 34)
Receita: Auditores preparam dossiês contra o PT
Crise deflagrada após a demissão da secretária Lina Vieira e o desmonte da cúpula expõe a ingerência política no Fisco e em outros órgãos federais. Movimento teria por objetivo aparelhar o Estado para as eleições. (págs. 1, 13 e 14)
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Valor Econômico
Manchete: Grandes empresas firmam compromissos ambientais
A cem dias da Conferência do Clima de Copenhague, um grupo de 22 das maiores empresas nacionais e entidades privadas lançou ontem, em São Paulo, um documento que é um marco na posição do setor produtivo rumo à economia de baixo carbono. O texto, uma espécie de "carta ambiental", demonstra um engajamento que lembra o do setor privado na Rodada Doha, sinal de que a agenda comercial flerta cada vez mais com os tópicos da negociação internacional sobre a mudança do clima. A maioria dos signatários tem perfil exportador e inclui a temática verde em seu discurso também para não correr risco de perder mercado.
Na carta, lançada durante o seminário “Brasil e as Mudanças Climáticas", promovido pelo Valor e pela "GloboNews", os líderes empresariais assumem cinco compromissos básicos - desde a publicação anual de inventários de emissões dos gases de efeito-estufa até ações para reduzi-las. Comprometem-se a rastrear a cadeia de suprimentos e fornecedores e elencam nove propostas para influenciar as posições brasileiras nas negociações do possível acordo climático de Copenhague. Também cobram do governo liderança nas negociações e apoiam a criação de um sistema de incentivo para a preservação das florestas. (págs. 1 e F1)
Siderurgia retoma as exportações
As empresas siderúrgicas instaladas no Brasil começam a aproveitar oportunidades do mercado para elevar suas exportações. Nas empresas, dizem seus dirigentes, a ordem é aproveitar o momento de demanda aquecida em várias partes do mundo e ocupar o máximo da capacidade ociosa de suas instalações para fazer caixa. Os preços dos produtos também mostraram boa reação. A ArcelorMittal Tubarão está exportando mais da metade da produção de seus dois altos-fornos em operação. Seu presidente, Benjamirn Batista, disse que está atendendo pedidos de clientes da sua coirmã mexicana, paralisada por conta de uma greve dos trabalhadores. Na Usiminas, segundo Sérgio Leite de Andrade, as exportações já respondem por 35% do volume negociado. (págs. 1 e B8)
Foto legenda: Andrade, da Usiminas: mais vendas para EUA, Europa e América Latina, mas a China é o maior comprador de aço no mundo neste momento
Vírus nos programas antivírus
Vírus disfarçados de programas antivírus é uma das mais novas técnicas usadas em golpes pela internet. Janelas que se abrem dizendo que o computador está infectado e oferecendo um programa antivírus como solução são o início da abordagem. A instalação introduz na máquina programas que abrem as portas para o roubo de dados financeiros e pessoais.
O golpe tem obtido um sucesso significativo. Segundo estimativa da empresa de segurança Panda Security, 35 milhões de computadores em todo o mundo são infectados com programas antivírus falsos a cada mês. Até o fim de setembro, a Panda prevê que serão detectados 637 do segundo mil tipos de antivírus falsos, um crescimento de dez vezes em quase um ano. (págs. 1 e B3)
Os desafios do segundo mandato de Bernanke
Quando assumiu o banco central americano, Ben Bernanke demorou para reconhecer a gravidade do desastre que ameaçava a economia dos EUA, embora tenha tentado recuperar o atraso com um corte drástico dos juros em janeiro de 2008 e o socorro ao Bear Stearns em março. Mas, em setembro, não salvou o Lehman Brothers e a quebra ajudou a empurrar o país para mais perto de uma repetição da Grande Depressão do que Bernanke jamais achou possível. Depois disso desconsiderou a tradição e ampliou a autoridade legal do Fed, conseguindo o que parece ser um resgate bem sucedido da economia.
Agora, dependendo da confirmação do Senado, Bernanke passará os próximos quatro anos lutando contra outros desafios. Entre eles está o de desativar os muitos programas que lançou para salvar a economia com rapidez suficiente para evitar a inflação, mas não tão depressa a ponto de permitir uma volta da recessão. O segundo mandato também será consumido, provavelmente, repensando a regulamentação das instituições financeiras, a fim de reduzir o risco de uma nova crise. (págs. 1 e C8)
Ingresso de capital externo anima as apostas na bolsa
Os investimentos em ações e títulos públicos lideram o fluxo de capitais estrangeiros ao Brasil, segundo dados do Banco Central. Em agosto, até ontem, os investimentos estrangeiros na compra de ações de empresas brasileiras somavam US$ 3,107 bilhões. Em julho, o fluxo líquido de entradas atingiu US$ 6,706 bilhões - USS 2,445 bilhões apenas para oferta pública de ações da VisaNet.
O fluxo externo e a melhoria das condições econômicas doméstica e internacional elevaram as projeções para o comportamento das ações. A maioria das 14 instituições consultadas pelo Valor projeta o Índice Bovespa acima dos 60 mil pontos no fim do ano (ontem, fechou em 57.421). A maioria delas acredita também que haverá uma correção dos preços para baixo no curto prazo. (págs. 1, C2 e D1)
Antaq prepara plano de apoio à cabotagem
Empresas brasileiras de navegação, Ministério dos Transportes e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) avaliam alternativas para incentivar a cabotagem no país, com o "relançamento" do Regime Especial Brasileiro (REB), criado em 1997 para estimular o registro de embarcações brasileiras operadas por empresas de navegação nacionais. Entre as alternativas em estudo estão incentivos fiscais e redução do preço do combustível. Hoje, a participação da navegação de cabotagem na matriz de transportes brasileira é de apenas 1% e o custo de operação de um navio de bandeira brasileira é 80% maior que o de uma embarcação estrangeira. (págs. 1 e B1)
Ministérios pedem revogação de normas do Ibama sobre térmicas (págs. 1 e A4)
Câmbio preocupa, mas este não é o momento para mudar as regras do jogo, diz Ibrahim Eris (págs. 1 e A14)
TI aérea
A TAM fechou a compra de um pacote de tecnologia da informação (TI) válido por dez anos com a Amadeus, no maior contrato do setor na América Latina. O acordo deve facilitar a adesão da empresa brasileira à Star Alliance. (págs. 1 e B3)
Lição de casa
As editoras fecharam contratos de R$ 622,2 milhões com o governo federal para fornecer 114,6 milhões de livros didáticos às escolas públicas do ensino fundamental e médio no próximo ano letivo. A maior receita, de R$ 122,1 milhões, foi da FTD. (págs. 1 e B6)
CEB vende imóvel
A estatal Companhia Energética de Brasília (CEB) vai vender um terreno de 284 mil metros quadrados na capital federal, avaliado em R$ 274 milhões. Os recursos serão empregados em investimentos exigidos pela Aneel e pagamento de dívida com o fundo de pensão da distribuidora. (págs. 1 e B7)
Novo cargueiro militar
No próximo mês, a Embraer recebe da Força Aérea Brasileira, a primeira parcela de R$ 40 milhões para o desenvolvimento do programa do avião de transporte KC-390. Hoje, 80 engenheiros participam do projeto, orçado em US$ 1,3 bilhão, e deverão chegar a 400 em 2011. (págs. 1 e B8)
Expansão da Radar
A empresa de terras Radar, que tem como sócios o grupo Cosan e fundos de pensão americanos, deve concluir nas próximas semanas a compra de 15 mil a 20 mil hectares de propriedades agrícolas voltadas à produção de grãos no Centro-Oeste, chegando a 80 mil hectares. (págs. 1 e B12)
Emissões no forno
Empresas e bancos brasileiros esperam a volta das férias no Hemisfério Norte, em setembro, para lançar bônus no mercado internacional. Entre os emissores estariam companhias como Votorantim, Banco do Brasil e Bradesco. O total deve superar US$ 2,5 bilhões. (págs. 1 e C1)
Ideias
Carlos Lessa: o trem-bala já começa projetado para a discriminação entre o "passageiro econômico" e o executivo. (págs. 1 e A13)
Ideias
Cristiano Romero: passado quase um ano da crise, pode-se dizer que o Brasil saiu inteiro da turbulência. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: Tecnologia para criar emprego (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Crise segue e Sarney passa por vexames
Arquivamento dos processos contra o presidente do Senado continua rendendo protestos e ontem Suplicy empunhou cartão vermelho para Sarney. Oposição deixou o Conselho de Ética. Na Receita, saída de diretores preocupa Lina Vieira. (pág. 1)
Gripe A (H1N1) perde força no Hemisfério Sul (pág. 1)
Polêmica abre debate sobre a redução da jornada de trabalho (pág. 1)
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