sábado, 22 de agosto de 2009

O que Publicam os Principais Jornais do País, neste sábado

O Globo

Manchete: Mercadante não consegue dizer ‘não’ para Lula e fica
Constrangido, senador pede desculpas após recuar da ‘renúncia irrevogável’

Depois de anunciar na véspera que renunciaria “em caráter irrevogável” à liderança do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP) voltou atrás ontem e ficou no cargo, mesmo depois de ter sido desautorizado na votação sobre o presidente do Senado, José Sarney. Com ar abatido e envergonhado, ele subiu à tribuna e leu a carta que convenceu o presidente Lula a lhe enviar, afirmando que o considera “imprescindível” na liderança. “Mais uma vez, na minha vida, o presidente Lula me deixa numa situação em que não tenho como dizer não”, disse Mercadante a um plenário quase vazio. Imediatamente, o senador petista virou alvo de chacota no Twitter, ferramenta da internet que tinha usado para anunciar sua “renúncia irrevogável”. Colegas do senador puseram em dúvida suas condições de continuar liderando a bancada do PT. (págs. 1, 3 e 4, Merval Pereira, Ilimar Franco (Panorama Político) e Cartas dos Leitores.

Imagens da segurança do Planalto já foram apagadas
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência disse que as imagens feitas pelas câmeras de segurança do Planalto – que poderiam comprovar se Lina Vieira se reuniu, em dezembro, com a ministra Dilma – só ficam armazenadas por 30 dias. Nomes de autoridades e placas de carros não são anotados. (págs. 1 e 8)

Sarney diz não conhecer sobrinha e depois a demite
Depois de dizer que desconhecia a sobrinha Maria do Carmo Macieira, o presidente do Senado, José Sarney, determinou ao diretor-geral, Haroldo Tajra, a demissão da servidora, lotada no gabinete do senador Mauro Fecury (PMDB-MA). Maria do Carmo – que tinha sido contratada por ato secreto – é casada com Fábio Macieira, sobrinho da mulher de Sarney, dona Marly. (págs. 1 e 4)

Marina nega críticas à política social
A ex-ministra e senadora Maria Silva, que deixou o PT na quarta-feira e deverá se filiar ao PV, negou ontem ter dito, na véspera, em Belém, que o governo Lula é insensível a causas sociais. Ela confirmou outras críticas ao governo, mas voltou a elogiar a política social da gestão petista, argumentando que reduziu o número de famílias abaixo da linha da pobreza. (págs. 1 e 12)



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Folha de S. Paulo

Manchete: Mercadante atende a Lula e desiste de saída ‘irrevogável’
Um dia após prometer renunciar, líder do PT no Senado decide ficar no cargo depois de reunião com o presidente

Um dia depois de afirmar que sua saída da liderança do PT era “irrevogável”, o senador Aloizio Mercadante (SP) anunciou da tribuna da Casa que mudara de ideia para atender a pedido irrecusável do presidente Lula. Em reunião de cinco horas no Alvorada, Mercadante combinou que Lula pediria em carta sua permanência.

A ameaça de saída ocorreu após o arquivamento de todos os processos contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), medida da qual Mercadante afirmava discordar. Lula pressionou pelo arquivamento.

A manutenção do senador no cargo dá alívio ao governo, evitando o desgaste da escolha de um sucessor.

Na avaliação de integrantes da bancada, o senador petista sai do episódio desgastado e sem autoridade.

Num discurso de 23 minutos lido para cinco colegas, só um petista, Mercadante reconheceu seu isolamento e disse ter “perdido as condições de interlocução política” no Senado, sobretudo com Sarney. (págs. 1 e A4)


Planalto afirma não ter como checar suposta visita de Lina
O governo informou que não há imagens, registros de placas de carros nem registros de autoridades que estiveram no Palácio do Planalto no final do ano passado, período em que a ex-chefe da Receita Lina Vieira diz ter tido um encontro reservado com Dilma Rousseff.

As imagens do circuito interno de vídeo são apagadas após cerca de 30 dias, argumenta o governo. (págs. 1 e A8)

Mundo sem droga é tão difícil quanto sem sexo, afirma FHC
O ex-presidente voltou a defender a descriminação do uso da maconha, o atendimento na rede pública de saúde e uma política de redução de danos. (págs. 1 e Esp. C2)

OMS faz alerta para risco de aumento de casos da gripe A
Organização mundial da Saúde prevê “explosão” de ocorrências no inverno no hemisfério Norte; no Brasil, 2ª onda da doença deve vir em abril. (págs. 1, C1 e C3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Mercadante é repreendido por Lula e desiste de sair
Enquadrado, senador recua da decisão ‘irrevogável’ de deixar liderança do PT

O senador Aloizio Mercadante (SP) anunciou ontem que não deixará a liderança do PT, um dia após ter dito que sua renúncia era “irrevogável”. Mercadante atribuiu o recuo a apelo do presidente Lula, feito por carta – elaborada como saída honrosa após tensa conversa entre os dois na noite de quinta. No encontro, Lula cobrou do petista apoio às decisões do partido e do governo e disse que não admitia ser pressionado. Afirmou que a renúncia seria imperdoável, por dar munição à oposição e desgastar o PT. O senador, por sua vez, disse a Lula que o governo “errou” ao apoiar o arquivamento das denúncias contra José Sarney (PMDB-AP). No pronunciamento de Mercadante, havia cinco senadores no plenário, em sessão qualificada de “melancólica” por Pedro Simon (PMDB-RS). Para Cristovam Buarque (PDT-DF), o senado “virou anexo do Planalto”. (págs. 1, A4,A5, A6, A8, A10 e A11)


Sarney demite sobrinha
O presidente do Senado, José Sarney, decidiu demitir a sobrinha Maria do Carmo de Castro Macieira, nomeada em 2005 por ato secreto, validado quarta-feira. Sua assessoria disse que só ontem Sarney descobriu o parentesco. (págs. 1 e A11)

Cresce apoio no STF à união entre homossexuais
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal sinaliza apoio ao reconhecimento da união estável entre homossexuais, com direitos como concessão de pensão e permissão para adotar crianças. Há ministros que defenderam até que a união seja considerada família. (págs. 1 e A26)

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Jornal do Brasil

Manchete: Desmatamento usa o trabalho escravo
Estudo da Organização Mundial do Trabalho (OIT) mostra que, apesar dos avanços feitos pelo governo brasileiro nos últimos anos, a mão de obra escrava continua sendo usada no Brasil para desmatar a Amazônia, preparar a terra para criação de gado e em atividades ligadas à agricultura. O trabalho escravo se encontra, principalmente, em zonas de desmatamento da Amazônia e áreas rurais com índices altos de violência e conflitos lidados à terra. A análise da OIT faz parte de um livro que apresenta uma série de estudos de caso sobre formas de escravidão modernas na América Latina, Ásia, África e Europa. O caso mais grave apontado pela organização está no Pará, onde se registrou metade das operações do governo. Mas os problemas se estendem na faixa que vai de Rondônia ao Maranhão. O estudo confirma alerta de organizações não governamentais. (págs. 1 e Economia, A16)

Um partido corroído espera Marina
Recém-saída do PT, a senadora Marina Silva vai encontrar um partido corroído: alianças consideradas duvidosas, fisiologismos e problemas de moralidade envolvendo deputados federais fazem parte da rotina do PV. (págs. 1 e Tema do dia, A2 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Cerco ao valioso mercado de joias
O governo está de olho no reluzente mercado de joias, pedras e metais preciosos. Só no Distrito Federal, essa atividade econômica movimenta R$ 100 milhões, dos quais 80% na
informalidade. Para evitar a lavagem de dinheiro nesse comércio, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao Ministério da Fazenda, divulga até outubro uma nova regulamentação sobre a compra e venda desses artigos. O primeiro passo é o cadastro de todas as pessoas e empresas que atuam no segmento. Os lojistas do varejo também deverão comunicar ao Coaf as operações acima de R$ 5 mil, e os atacadistas a partir de R$ 50 mil. A fiscalização vai além: revendedores terão de informar se o comprador
possui vínculo político e se o cliente tem algum comportamento suspeito ou em desacordo com seu histórico de consumidor. “Sabemos que esta é uma avaliação subjetiva”, afirma
Antonio Carlos Ferreira de Souza, diretor de Análises e Fiscalizações do Coaf.

O monitoramento também ocorrerá nos leilões de penhor realizados pela Caixa. (págs. 1 e 17)

Mercadante não consegue nem mesmo renunciar
A ameaça de deixar a liderança do PT no Senado durou menos de um dia. A indignação pelo comportamento do partido no arquivamento das denúncias contra José Sarney (PMDB-AP), também. Para não perder espaço político, o
senador fica no cargo. E diz que atendeu um pedido de Lula.(págs. 1, 2 e 3)


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