O Globo
Manchete: Ex-secretária confirma reunião e aceita acareação com Dilma
Ministra evita solenidades públicas e não comenta depoimento de Lina
A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reafirmou, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, ter recebido da ministra Dilma Rousseff pedido para agilizar a investigação do Fisco sobre empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
"Entendi como ingerência desnecessária e descabida", disse Lina. A ex-secretária repetiu a versão de que o pedido teria sido feito por Dilma num encontro no fim de 2008 - a oposicionistas, teria dito que foi em 19 de dezembro.
A oposição quer uma acareação entre Lina e Dilma, e a ex-secretária disse que aceita.
Lina não apresentou provas de que o encontro teria ocorrido e alfinetou o presidente Lula: "Não preciso de agenda para dizer a verdade." A ministra, que nega o pedido e o encontro, evitou aparições públicas - embora o Ministério das Cidades tenha informado que ela inaugurara obras do PAC com Lula no Rio.
Na CPI da Petrobras, os governistas rejeitaram 68 requerimentos para convocar autoridades - inclusive Lina Vieira. (págs. 1, 3 a 5, Merval Pereira e Miriam Leitão)
'Certamente no Planalto deve ter a filmagem, eu entrando no quarto andar e entrando na sala. Eu não sou fantasma, está registrado'
Lina Vieira, ex-secretária da Receita
Foto legenda: Lina Vieira ao depor na CCJ: "Não preciso de agenda para dizer a verdade"
Charge Chico: Edilmologia (segundo Lina Vieira)
Agilizar
Fazenda se desmente sobre ida de Erenice ao ministério
Um dia após informar que Erenice Guerra, secretária-executiva da ministra Dilma, estivera várias vezes, no fim do ano passado, no prédio do Ministério da Fazenda, onde funciona o gabinete da Receita Federal, a mesma assessoria de imprensa da pasta divulgou nota desmentindo o que dissera na véspera, alegando que ainda não tem um levantamento completo. Fontes do serviço de segurança do prédio afirmam que ninguém entra ou sai do Ministério da Fazenda sem que isso seja registrado pelas câmeras instaladas na entrada da portaria privativa do ministro e no hall. (págs. 1 e 4)
Serra, de volta à oposição
Na guerra de versões sobre o suposto encontro de Dilma e Lina, 2010 entrou em pauta. O líder do PT, A1oizio Mercadante, disse que o pré-candidato tucano, José Serra, assim como Dilma, deu informação falsa sobre seus diplomas. Serra rebateu chamando Mercadante de mitômano e especialista em dossiês. (págs. 1 e 3)
Gas e Fard, as novas legendas
A CCJ foi palco de novo bate-boca entre governo e oposição. Flexa Ribeiro (PSDB) chamou os governistas de Fard - Forças Armadas da Dilma. Aloizio Mercadante (PT) disse que elas combatiam o Gas - Grupo de Assalto do (José) Serra. Almeida Lima (PMDB) acusou os oposicionistas de serem "trombadinhas do poder". (págs. 1 e 4)
Remédios só fora do alcance de clientes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem que os comprimidos que hoje ficam à disposição dos clientes em prateleiras só poderão ser vendidos atrás do balcão, com acesso restrito aos funcionários das farmácias. Só os produtos fitoterápicos, que não precisam de receita, foram excluídos da nova regra. As farmácias têm seis meses para se adaptar. (págs. 1 e 12)
ANJ denuncia 31 agressões à imprensa
Na comemoração de seus 30 anos, a Associação Nacional de Jornais denunciou 31 casos de violação à liberdade de imprensa no país. "A liberdade de expressão, mais do que um direito dos jornais, é um direito do cidadão”, disse a presidente da ANJ, Judith Brito. (págs. 1 e 9)
Só 0,5% do PIB vai para os transportes
Enquanto a população mais do que dobrou desde 1970, o país reduziu de 1,8% para 0,5% do PIB os investimentos em transporte e trocou ferrovias por rodovias, como mostra a série de 40 anos do caderno de Economia. (págs. 1, 19 e 20)
Talibãs não dão trégua às eleições (págs. 1 e 28)
À moda da casa
'Jornal do Senado' publica receita de 'pizza tingida'
Em meio aos protestos que correm o país contra o arquivamento das investigações sobre o senador José Sarney, o "Jornal do Senado" publicou uma receita que parece ter sido criada à moda da Casa: a "pizza fingida", com pão dormido e claras em neve no lugar da massa. A Secretaria de Comunicação do Senado explicou que a receita era parte de uma matéria sobre aproveitamento de alimentos. Em São Paulo, o Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da USP distribuiu aos estudantes 40 "pizzas Sarney" – com a cara do presidente do Senado e um bigode feito de aliche. No Conselho de Ética da Casa, o PT, pressionado pelo Planalto, deve ajudar a enterrar as investigações sobre Sarney. Em mais uma defesa de Sarney, o presidente Lula citou governantes vítimas do que chamou de "oba-oba do denuncismo" - como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor. (págs. 1 e 8)
Foto legenda: Estudantes de Direito da USP" distribuem e comem pizzas com bigode de aliche
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lina vê 'ingerência descabida' de Dilma e reafirma encontro
Ex-secretária da Receita Federal detalha reunião com ministra no Planalto, mas não apresenta provas
Em depoimento de cinco horas no Senado marcado por bate-bocas entre governistas e oposição, a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira reafirmou que foi chamada para um encontro reservado com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff - que nega a reunião e não comentou o depoimento.
Lina classificou como "ingerência desnecessária e descabida" o pedido que diz ter recebido de Dilma para agilizar investigação do fisco sobre a família de José Sarney. A ex-secretária não levou provas nem forneceu a data exata da audiência.
"Não mudo a verdade no grito. Nem preciso de agenda para dizer a verdade", afirmou. Lina citou duas novas testemunhas, acrescentou detalhes à descrição do encontro no Planalto e aceitou uma acareação com Dilma, sugerida pela oposição.
O Planalto não forneceu dados sobre visitas, alegando questão de segurança.
Os senadores governistas tentaram intimidar a ex-secretária, acusando-a de prevaricação, mas festejaram ao ouvir que ela não se sentiu pressionada por Dilma. (págs. 1 e Brasil)
FERNANDO RODRIGUES
Espectro da mentira ronda ministra
O depoimento da ex-secretária da Receita serviu mais à oposição do que ao governo. Lina não mostrou provas definitivas, mas relatou o episódio em minúcias.
Para debelar a crise, basta ao Planalto desmontar esses detalhes. Negar o encontro, para Dilma, não basta. A não ser que prefira conviver com o espectro da mentira. (págs. 1 e A2)
Foto legenda: A ex-secretária da Receita Lina Vieira presta depoimento, que durou cinco horas, no Senado
Eletrobrás tem prejuízo de R$ 2 bi
A Eletrobrás anunciou que teve prejuízo de R$ 2,09 bilhões no segundo trimestre deste ano. De acordo com a empresa, parte das perdas foi decorrente da valorização do real.
A alta da moeda brasileira em relação ao dólar fez subir os custos com compra e venda de energia de Itaipu.
No mesmo período do ano passado, a estatal registrou lucro de R$ 143 milhões.
A divulgação do balanço, que deveria ter sido feita até o dia 15, foi adiada por "problemas operacionais". (págs. 1 e B1)
Gil afirma que há chance de ser vice de Marina
O cantor e compositor Gilberto Gil declarou que pode aceitar ser vice, se convidado, na possível candidatura da senadora Marina Silva (PT-AC) à Presidência, pelo PV (Partido Verde).
Ex-ministro da Cultura de Lula e filiado ao PV, Gil disse ter "muita vontade" de conversar com Marina. (págs. 1 e A9)
Nas vésperas da eleição, ataque do Taleban em Cabul mata 8
O Taleban cumpriu a promessa de criar temor antes da eleição presidencial no Afeganistão, marcada para amanhã, e usando um carro-bomba matou oito pessoas em novo ataque a Cabul.
Para não afastar eleitores das urnas, o governo proibiu a transmissão de notícias sobre atos de violência. (págs. 1 e A12)
Números do governo indicam queda nos casos da gripe suína
Dados do Ministério da Saúde indicam redução do número de casos da gripe suína - na semana de 9 a 15 de agosto, foram registrados 111 novos casos graves, contra 794 da semana anterior.
Para o governo, pode ser "indicativo preliminar" de recuo, mas os dados não estão totalmente atualizados. Em SP, exames diários em hospitais particulares diminuíram de 140 a 50. (págs. 1 e C4)
Remédios sem receita terão de ficar longe do consumidor
Medicamentos isentos de prescrição como analgésicos e antitérmicos terão de ficar armazenados atrás do balcão das farmácias, segundo novas regras publicadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Também foi proibida a venda de produtos como brinquedos, pilhas e sorvetes nos estabelecimentos, que têm 180 dias para se adequar às normas. (págs. 1 e C9)
Editoriais
Leia "Debate empoeirado", sobre crédito e juro bancário; e "Persiste a dúvida", acerca de depoimento de Lina Vieira. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Pedido de Dilma foi 'incabível', diz Lina
A ex -secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira reafirmou ontem, em audiência em comissão no Senado, que no final de 2008 a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) lhe pediu que “agilizasse" a fiscalização sobre Fernando Sarney, principal administrador das empresas da família Sarney. Lina disse que, embora não tenha se sentido "pressionada", considerou “incabível" o pedido. Ela não mostrou provas de que a reunião ocorreu, mas deu detalhes como o nome do motorista que a levou e o do assessor que a ajudou na pesquisa que fez sobre Fernando após o encontro. Lina se dispôs a fazer uma acareação com Dilma - a ministra nega enfaticamente a reunião e a interferência na fiscalização da Receita. Em clima de confronto, governistas acusaram a ex-secretária de prevaricação, por ter deixado de relatar a seu superior o suposto pedido de Dilma. O Planalto comemorou o depoimento. Para o presidente Lula, segundo relato de auxiliares, Lina “amarelou" ao não conseguir provar suas afirmações. (págs. 1 e A4)
Frase
"Não mudo a verdade no grito, não preciso de agenda para dizer a verdade"
Lina Vieira
Ex-secretária da Receita
Foto legenda: Palavra - Lina Vieira durante depoimento aos senadores: ex-secretária da Receita se dispôs a participar de acareação com a ministra
Construção puxa alta e emprego tem melhor mês no ano
Obras públicas e expansão do mercado de imóveis garantiram bom resultado de julho
O mercado de trabalho registrou em julho a abertura de 138,4 mil novos empregos com carteira assinada. Foi o melhor saldo líquido mensal entre contratações e demissões do ano. Embaladas pelas obras públicas e pela expansão do mercado imobiliário, as empresas da construção foram as que mais contrataram - o saldo foi de 32,1 mil postos. Já na indústria as contratações chegaram a 17,3 mil, mas, no acumulado do ano, as demissões ainda prevalecem. O total de vagas abertas em julho elevou em 0,43% o estoque de empregos formais, para 32,4 milhões. (págs. 1, B1 e B3)
'Estado' sob censura há 19 dias: ANJ busca garantia jurídica contra censura
Entidade dos jornais quer colaboração da OAB
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) pedirá a colaboração de entidades como a OAB na tentativa de convencer o STF a firmar jurisprudência, com efeito vinculante, para impedir que juízes façam censura prévia no País. O ponto a ser superado, de acordo com a ANJ, é encontrar o melhor tipo de ação que preserve a liberdade de expressão sem interferir no poder dos magistrados. O Estado está impedido de publicar notícias que envolvam o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP). (págs. 1 e A7)
MP que ajuda prefeituras é aprovada com 'contrabandos'
A Câmara aprovou ontem, com 13 acréscimos, o texto básico da Medida Provisória 262, editada originalmente para socorrer prefeituras. A MP recebeu “contrabandos" relacionados com assuntos tão díspares quanto a alteração da política ambiental e a renegociação de dívidas com a União. O relator não poupou nem mesmo dispositivos já vetados pelo presidente Lula. Essa é a última MP antes da entrada em vigor da regra que veta alterações sem relação com o tema original. (págs. 1 e A8)
Eleições: Críticos pedem saída de Meirelles
Para analistas, chefia do BC é incompatível com ambição política. (págs. 1 e B4)
Procurador critica Mendes
O procurador-geral, Roberto Gurgel, diz que "frases de efeito" do presidente do STF não ajudam o Judiciário. (págs. 1 e A11)
Farmácia tem de manter remédio atrás do balcão
Remédios vendidos sem prescrição médica - como antitérmicos, analgésicos e digestivos - terão de ficar atrás do balcão das farmácias, não mais em gôndolas, ao alcance direto do consumidor. A resolução da Anvisa tem como objetivo inibir a automedicação. O texto também regulamenta a venda de medicamentos por telefone e pela internet. (págs. 1 e A18)
Atentados matam 36 às vésperas da eleição afegã
A antevéspera da eleição presidencial no Afeganistão foi marcada por atentados do Taleban que deixaram ao menos 36 mortos. Em Cabul, a explosão de um carro-bomba matou oito pessoas. Kai Eide, representante da ONU, admitiu que haverá irregularidades nas eleições de amanhã. (págs. 1, A13 e A14)
Foto legenda: Violência - Afegão carrega menino ferido em atentado em Cabul
Notas e Informações: Esperneio desarticulado
Em um surto de apagão mental, Sarney acusou o Estado de adotar "prática nazista". (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Sexo em risco
Dez milhões de brasileiros tiveram sintoma de doenças sexualmente transmissíveis
Estudo do Ministério da Saúde mostra que mais de 10 milhões de brasileiros já apresentaram algum sintoma de doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas como DSTs. Enquanto 99% das mulheres procuraram tratamento com um médico, um em cada quatro homens recorreu a farmácias para automedieação. Segundo a pesquisa, os homens têm 31,2% mais risco de ter DSTs do que as mulheres. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Lina Vieira depõe contra Dilma sem provas no Senado
A ex-secretária da Receita Lina Vieira reafirmou, no Senado, a acusação de que a ministra Dilma Rousseff pediu para agilizar as investigações sobre Fernando Sarney, mas admitiu que não houve pedido para direcionar as apurações. Lina disse não ter provas do encontro. (págs. 1 e País A4)
Remédios ficarão atrás do balcão
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu as farmácias de deixarem qualquer medicamento ao alcance do consumidor. Também não poderão vender produtos sem vinculação com saúde. A Anvisa deu seis meses para adaptação às novas regras. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)
Informe JB
O incentivo à candidatura de Hélio Costa. (págs.1 e A4)
Editorial
Empresas brasileiras mostram sua força. (págs. 1 e A8)
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Correio Braziliense
Manchete: R$ 12.413,65
Quer ganhar esse salário?
O Ministério do Planejamento abrirá concurso para contratar mais 100 analistas da carreira de políticas públicas e gestão governamental, considerada a elite do Executivo federal e uma das mais cobiçadas por concurseiros de todo o país. O edital será publicado até fevereiro do ano que vem. E não é apenas a boa remuneração que atrai. O cargo está aberto a profissionais com graduação em qualquer área de conhecimento e os futuros servidores poderão trabalhar em diferentes órgãos da administração pública direta ou indireta. Prova do interesse pela carreira é que no dia 30 deste mês, 9.418 candidatos farão provas para 100 oportunidades para especialistas desse quadro, com o mesmo salário. (págs. 1 e 12)
A receita do PT para salvar Sarney
Em agradecimento à ofensiva do PMDB para desqualificar o depoimento da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, o PT vai votar hoje no Conselho de Ética do Senado a favor do arquivamento das denúncias contra José Sarney. “Não verificamos ânimo para uma investigação séria”, disse ao Correio Ricardo Berzoini, presidente do partido.
Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça, Lina Vieira seguiu o roteiro antecipado na véspera ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). A ex-secretária da Receita confirmou o encontro com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e disse estar disposta a uma acareação. Mas nem a oposição vê condições de convocar a ministra para se manifestar sobre o assunto. (págs. 1 e 2 a 4)
Talibãs lançam onda de terror
Dois dias antes das eleições no Afeganistão, grupo terrorista mata 21 pessoas em atentados. Nem Otan escapa. (págs. 1 e 19)
Exploradores da gripe suína
Pesquisa do Procon mostra que produtos como álcool em gel e máscaras cirúrgicas tiveram aumento de 30% após o início da epidemia. (págs. 1 e 10)
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Valor Econômico
Manchete: Brasil vai contestar na OMC taxa americana sobre suco
O Brasil pedirá, nesta semana, a instalação de um comitê de arbitragem ("panel") na Organização Mundial do Comércio (OMC) para examinar queixa contra uma prática dos Estados Unidos em relação ao suco de laranja. A decisão de Brasília ocorre num momento em que esse mercado vive um aumento da concorrência e queda global de preços e de consumo. O governo brasileiro questiona o método de cálculo usado por Washington para estabelecer suposta margem de dumping de até 4,81% por indústrias brasileiras - fórmula que já foi condenada em outros casos na OMC.
A decisão de pedir a abertura de um "panel", que pode levar até à retaliação contra produtos americanos, foi tomada depois do fracasso de consultas formais acionadas pelo país na OMC em novembro do ano passado. "Os EUA insistem em impor sobretaxa calculada por um método que já foi condenado para outros produtos, dificulta nosso acesso e reduz a renda de nossos exportadores", disse o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, Christian Lohbauer. (págs. 1 e B12)
Arbitragem de juros volta a ganhar força
Enquanto os bancos centrais continuam a injetar enormes somas de dinheiro no sistema financeiro global, estão também alimentando uma das mais arriscadas estratégias de investimento para o mercado de câmbio. Conhecida como "carry trade", a estratégia envolve tomar dinheiro emprestado em países como o Japão, onde a taxa de juros é baixa, investi-la onde as taxas são mais altas e embolsar a diferença.
Depois de florescer durante os anos de boom econômico, esse tipo de operação praticamente desapareceu, porque as oscilações do câmbio levaram a grandes perdas durante a crise financeira. Agora, no entanto, os mercados estão mais calmos e, ao mesmo tempo em que alguns bancos centrais sinalizam aumento de juros e outros mantêm as taxas perto de zero, os fundos de hedge e outros investidores voltam às operações. (págs. 1 e C2)
Orçamento de 2010 prevê receita estável
A proposta de Orçamento da União para 2010, que será enviada ao Congresso até o dia 31, prevê praticamente as mesmas receitas que foram estimadas para este ano antes da deflagração da crise internacional. "Isso significa que, em termos de evolução da receita, a crise nos custou um ano de arraso", disse ao Valor uma fonte da equipe econômica.
Apesar de preocupado com a arrecadação, o governo decidiu incluir na proposta recursos para honrar os reajustes salariais concedidos ao funcionalismo público federal por diversas medidas provisórias já transformadas em lei. Comparativamente à folha de 2009, a manutenção dos reajustes provocará um impacto de R$ 11,25 bilhões no Orçamento de 2010. (págs. 1 e A4)
Foto legenda: “Um desastre”
A receita das companhias aéreas deve cair 15% neste ano. "É um desastre. Em 65 anos, nada se compara com o que estamos vivendo", disse o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani. (págs. 1 e B4)
Rajan, ex-FMI, ainda vê riscos à economia
O mundo está saindo da recessão e do pânico financeiro, mas apenas mudanças cosméticas foram realizadas e elas poderão não ser suficientes para conter novos desastres no futuro. Essa é a opinião do indiano Raghuram Rajan, que foi economista-chefe do FMI entre 2003 e 2006 e hoje é professor na Universidade de Chicago. Ele propõe "amortecedores" e "gatilhos automáticos" para capitalizar os bancos em caso de risco sistêmico.
Voz dissonante no mundo do livre mercado, Rajan já alertava para a possibilidade de uma "catástrofe nas finanças" em entrevista ao Valor em setembro de 2005 e foi até chamado de "ludita", no sentido de destruidor de inovações. Ele acredita agora que uma segunda onda de perdas não está descartada se os investimentos continuarem deprimidos e o desemprego aumentar. (págs. 1 e C8)
BRF-Brasil Foods estreia na bolsa em 22 de setembro
A BRF-Brasil Foods, união entre Sadia e Perdigão, estreia na Bovespa a partir de 22 de setembro. As duas empresas aprovaram ontem em assembleia a incorporação das ações da Sadia, que se toma subsidiária integral da Brasil Foods.
Mas nem na hora de bater o martelo houve consenso entre os acionistas. A incorporação da Sadia foi decidida por 5,3% das ações ordinárias, fatia do capital em posse dos minoritários que compareceram ao encontro, depois dos esforços da empresa para assegurar quórum. E houve divergências até mesmo com essa presença reduzida. (págs. 1 e D1)
Gás de Mexilhão chega com dois anos de atraso
O campo de gás de Mexilhão deverá entrar em operação em maio, com quase dois anos de atraso. O plano aprovado pela ANP em outubro de 2006 previa início da produção em 2008. Agora, segundo a agência, a Petrobras apresentará em janeiro de 2010 uma revisão, prevendo o início da produção em maio. Desde o ano passado, há folga no abastecimento de gás. Diante disso, especialistas levantam a possibilidade de que o atraso se deve à falta de demanda. O gerente de Mexilhão, Márcio Alencar, nega essa hipótese. Para a consultoria Gas Energy, o Brasil já teria tanta sobra de gás natural que seria possível voltar a fechar contratos de longo prazo para consumo industrial. (págs. 1 e B7)
Produto chinês fica mais caro na crise
O Brasil importou da China um volume de vestuário e confecções 9,7% maior do que no mesmo período de 2008. Esse aumento sugere um possível assédio maior dos fornecedores chineses, com preços mais baixos, para compensar a retração de consumo em outros mercados mundiais. Não foi exatamente isso, porém, o que ocorreu. Nem no vestuário, nem no total das importações de bens de consumo. Os preços médios de bens não duráveis importados da China no segundo trimestre subiram 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado. (págs. 1 e A5)
Emissões de bônus corporativos já superam US$ l trilhão no ano (págs. 1 e C2)
Equatorial Energia aposta na consolidação da distribuição e cobiça mais ativos, diz Piani (págs. 1 e B1)
Recuperação do emprego
A economia brasileira criou 138.402 vagas com carteira assinada em julho. Foi o sexto mês consecutivo de resultados positivos. Com essa recuperação, o saldo acumulado no ano soma 437.908 novas vagas preenchidas. No mesmo período do ano passado, foram 105 milhão de postos de trabalho. (págs. 1 e A3)
Recessão chilena
O PIB chileno teve contração de 4,5% no segundo trimestre, após recuo de 2,3% no trimestre anterior, levando o país à primeira recessão em dez anos. Analistas creem que o início de uma recuperação lenta se dará no fim do ano ou início de 2010. (págs. 1 e A11)
Recall aéreo
Órgãos de segurança aérea dos EUA e outros países vão exigir reparos nos jatos 170 e 190 da Embraer. Potenciais defeitos foram detectados nas portas dos compartimentos de carga e nos escorregadores de emergência. (págs. 1 e B9)
Parceria em fertilizantes
Os governos de Brasil e Rússia estudam a criação de uma empresa binacional na área de fertilizantes. Os dois países devem aprofundar a discussão em outubro, durante visita do vice-primeiro-ministro, Igor Sechin. (págs. 1 e B12)
Corrida contra o tempo
Para recuperar o atraso causado por décadas de instabilidade econômica e reserva de mercado, o setor privado brasileiro terá de triplicar os investimentos em inovação nos próximos cinco anos. "A ideia de que as universidades são responsáveis por criar inovação fez mal à política industrial do país, diz Carlos Henrique Brito Cruz, da Fapesp. (pág. 1)
'Conselhinho' busca celeridade
Mudanças implementadas em maio no regimento interno do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o "Conselhinho", já conseguiram acelerar a pauta de julgamentos do órgão. Na fila, ainda estão 1,8 mil processos. (págs. 1 e C1)
Ideias
Cristiano Romero: expectativas de inflação melhoram e podem abrir espaço para nova queda de juros. (págs. 1 e A2)
Ideias
David Kupfer: problema do câmbio é grave e exige ação a longo prazo. (págs. 1 e A13)
Ideias
Lytha Spindola: na contramão do mundo, Brasil não devolve plenamente tributos indiretos sobre exportações. (págs. 1 e A12)
Ideias
Raquel Ulhôa: passagem do presidente por Goiás foi um desastre político. (págs. 1 e A8)
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Estado de Minas
Manchete: Construção puxa a fila do emprego (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Mais controle na venda de remédios
Anvisa definiu novas regras para farmácias. Só poderão ser expostos em gôndolas produtos simples, como fitoterápicos. Mesmo medicamentos que dispensam receita terão que ficar atrás do balcão. Também mudam as vendas pela internet e telefone. (pág. 1)
Gilmar Mendes critica Justiça local
No Recife, presidente do Supremo classificou como preocupante a situação do Estado, por causa do congestionamento de processos. (pág. 1)
Ex-chefe da Receita diz no Senado que aceita acareação com Dilma (pág. 1)
Itens de tecnologia na cesta de compras dos brasileiros (pág. 1)
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