O Globo
Manchete: Lula defende Sarney e faz críticas a denuncismo
Ex-presidente, segundo o atual, não pode ser tratado como uma pessoa comum
Em visita ao Cazaquistão, o presidente Lula saiu em defesa do aliado presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que na véspera alegara que a crise da Casa é da instituição e não dele. Lula atacou o que chamou de "política de denuncismo”, numa crítica à imprensa, e afirmou que Sarney "tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum". Ontem, foi descoberto que, além de um neto e sobrinhos, uma prima e uma sobrinha do marido da governadora Roseana Sarney (PMDB) foram contratadas pelo Senado. Também por atos secretos. (págs. 1, 3 e Merval Pereira)
... e reforça apoio a Ahmadinejad
Na contramão das democracias ocidentais e ao lado de China, Rússia, Venezuela e Coreia do Norte, Lula voltou a defender a controversa reeleição do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. (págs. 1 e 27)
Foto legenda: O presidente Lula usa um traje típico ao lado do presidente do Cazaquistão: defesa do aliado Sarney e críticas à imprensa
Irã aperta cerco e prende 200
O governo iraniano apertou o cerco a blogueiros, jornalistas e opositores, e ameaçou manifestantes com pena de morte. Pelo menos 200 ativistas foram presos. O acesso a celulares foi limitado e a velocidade de conexão da internet, reduzida. Sites foram bloqueados. Ainda assim, milhares de pessoas desafiaram as autoridades e voltaram às ruas, em manifestações silenciosas para protestar contra o resultado das eleições que deram vitória ao presidente Ahmadinejad. Sem vistos renovados, jornalistas estrangeiros abandonam o país, privando o mundo de uma cobertura independente. (págs. 1, 26 e 27 e editorial "Mais pressão")
Foto legenda: Enquanto isso, na seleção iraniana...
O meia Karimi exibe munhequeiras verdes, cor da oposição a Ahmadinejad; em jogo contra a Coreia do Sul. Oito jogadores desafiaram o regime no empate que classificou a Coreia do Norte para 2010. (págs. 1, 26 e 31)
País pode ter mais 7 mil vagas de vereador
Graças a um acordo de líderes, o Senado aprovou em dois turnos proposta de emenda constitucional que abre brecha para a recriação de 7.343 vagas de vereadores extintas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os repasses para as câmaras foram reduzidos. A proposta volta agora à Câmara. (págs. 1 e 4)
STF derruba diploma para jornalismo
Por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal derrubou a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. Para a maioria dos ministros, o diploma obrigatório é inconstitucional. (págs. 1, 8 e 9)
Um ano de Lei Seca: desafio é fiscalizar
Dados do Ministério da Saúde mostram que, com um ano de Lei Seca, as mortes no trânsito caíram 22,5% nas capitais. Mas ainda há desafios, como aumentar a fiscalização em cidades menores. (págs. 1 e 10)
Planalto apoia volta do bingo e caça-níqueis
Com apoio dos governistas, comissão da Câmara aprovou a legalização dos bingos, que poderiam também operar caça-níqueis. Estão proibidos há 5 anos por MP. (págs. 1 e 11)
Reforma de Obama regula os mercados
Na maior reforma desde a Grande Depressão dos anos 30, Obama anunciou um pacote para aumentar a regulação do mercado. O Fed terá mais poder de supervisão, será criada agência de proteção ao consumidor e os EUA vão controlar, com outros países, os paraísos fiscais. (págs. 1, 19 e Míriam Leitão)
No Brasil, o governo deverá fazer um novo corte no Orçamento. (págs. 1 e 24)
Charge Chico
- Essa crise não é minha!
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lula apoia Sarney e ataca 'denuncismo'
Presidente diz que senador não é 'pessoa comum' e afirma que denúncias põem em risco credibilidade da imprensa
Em visita ao Cazaquistão (Ásia central), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o que chamou de "denuncismo" da imprensa em torno dos escândalos no Congresso e deu seu apoio ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
"Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum", disse Lula. Anteontem, o presidente do Senado defendeu-se das acusações de empregar parentes e afirmou que a crise não era dele, e sim da Casa.
Para Lula, a sequência de denúncias é um perigo para as instituições, inclusive a imprensa, que "corre risco de ser desacreditada". O presidente questionou a veracidade das revelações de irregularidades, mas pediu "investigação séria" delas.
Um grupo de oito senadores de vários partidos - entre eles PT, PSDB e PMDB - propôs que Sarney adote uma lista de medidas moralizadoras, que incluem a demissão imediata de todos os diretores do Senado. (págs. 1 e Brasil)
Foto legenda: Na terra do Borat
O presidente Lula veste traje típico do Cazaquistão durante visita; ele voltou a defender a legitimidade da votação que reelegeu Ahmadinejad no Irã (págs. 1 e A12)
Foto legenda: Protesto em campo
Iraniano exibe cartaz do líder opositor Mousavi em jogo com a Coreia do Sul em Seul; sob acusação de fraude eleitoral, governo do Irã ampliou repressão (págs. 1 e A12)
Relator propõe cassar deputado dono de castelo (págs. 1 e A7)
STF revoga exigência de diploma para jornalista
Por 8 votos a 1, o Supremo derrubou a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão. Para os ministros, ela estava em conflito com a Constituição.
O STF já revogara a Lei de Imprensa, também editada na ditadura. As entidades de meios de comunicação elogiara a decisão; as dos jornalistas criticaram. (págs. 1, A8 e A9)
Nas minhas últimas horas em Teerã, não posso circular
Não posso usar nem celular nem internet em minhas últimas horas em Teerã. Em teoria, não posso nem circular. O governo cancelou a credencial de jornalistas estrangeiros. Sou aconselhado a sair do país o quanto antes.
Há viaturas diante do hotel. O moço que carrega minha mala sussurra: "É o início de um golpe". (págs. 1 e A13)
Justiça manda SP parar de divulgar salário de servidor
A Justiça determinou, em liminar, que a Prefeitura de São Paulo suspenda a divulgação do valor dos salários dos 162 mil funcionários públicos municipais, iniciada anteontem em portal na internet. A prefeitura disse que não foi notificada. (págs. 1 e C1)
Venda de remédio na gôndola pode acabar, diz Anvisa
A Anvisa votará resolução para restringir a venda de remédios sem prescrição médica. Com a medida, os medicamentos deixariam as gôndolas e passariam para o balcão do farmacêutico - mas a receita continuaria sendo desnecessária. (págs. 1 e C10)
Receita menor faz governo analisar corte nos gastos
O ministro Paulo Bernardo (planejamento) disse que a receita tributária federal em maio, de R$ 49,8 bilhões, ficou R$ 3 bilhões abaixo da previsão do governo. Segundo Bernardo, despesas têm de ser cortadas e "tudo está em análise", inclusive reajustes de servidores. (págs. 1 e B1)
Dinheiro: Obama lança plano para regulamentar o sistema financeiro (págs. 1 e B5)
Editoriais
Leia "A crise do Senado", que cobra reação de congressistas; e “Gestores à prova", sobre limites a indicações políticas. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Fed ganha 'superpoder' para controlar mercado nos EUA
Obama lança a maior revisão de regras do sistema financeiro desde os anos 30
O presidcnte dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem a revisão mais “radical" de regras para o mercado americano desde os anos 30. O Fed (banco central do país) terá "superpoderes” para supervisionar as maiores instituições financeiras e intervir caso sejam identificados riscos sistêmicos. O plano prevê ainda a criação de uma agência para proteger o consumidor de produtos financeiros. Para o governo dos EUA, as décadas de "erros e oportunidades perdidas" e a falta de marco regulatório apropriado foram os grandes vilões da atual recessão. Segundo Obama, o sistema financeiro foi construído sobre "areia movediça". A ideia do presidente é desencorajar os abusos sem engessar o sistema: “O livre mercado continuará a ser o motor do progresso americano". (págs. 1, B1 a B4)
Mudança deve afetar Brasil
O aperto da regulação do mercado nos EUA atingirá outros países, entre eles o Brasil. Os efeitos ainda estão sendo analisados por consultores, mas já se pode dizer que, no curto prazo, o fluxo de capitais para emergentes deve ser afetado. (págs. 1 e B4)
Lula defende Sarney; atos secretos somam 650
O presidente Lula, no Casaquistão, saiu em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), dizendo ter dúvidas sobre a veracidade da ação do político na edição de atos secretos. Segundo Lula, Sarney tem histórico e não pode ser tratado como “pessoa comum". Em Brasília, parlamentares cobraram Sarney por mudanças imediatas no Senado. Comissão de sindicância encontrou 650 atos secretos. (págs. 1 A4)
Preconceito em escolas é generalizado, diz pesquisa
Estudo encomendado pelo MEC com alunos em 501 escolas públicas do País mostra que quase 100% dos entrevistados têm algum tipo de preconceito e que mais de 80% querem distância de deficientes, homossexuais, pobres, negros e favelados. A pesquisa aferiu as agressões dentro da escola - os negros são as maiores vítimas (19%). O problema afeta o desempenho dos alunos. (págs. 1 e A19)
Foto legenda: Irã: 500 mil desafiam governo
Simpatizantes da oposição participam do 5º dia de protestos em Teerã, apesar do recrudescimento da repressão oficial. (págs. 1 e A14)
Para BC, ação contra planos econômicos ameaça bancos
Alguns bancos podem quebrar se o Supremo Tribunal Federal der ganho de causa a poupadores que brigam na Justiça contra perdas causadas pelos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. É o que diz documento entregue pelo Banco Central ao STF para alertar sobre os riscos ao sistema financeiro. O relatório afirma que as perdas somariam R$ 105,9 bilhões, 65% do patrimônio líquido dessas instituições. (págs. 1 e B11)
Estudantes da USP chamam ato contra greve
Contrário à greve na USP, um grupo de alunos está convocando colegas por e-mail para um protesto amanhã, às 12 horas. Pesquisa online criada por um estudante já teve mais de 5 mil votos, 80% contra a greve. (págs. 1 e A20)
Justiça manda Kassab tirar vencimentos do ar
Um dia depois de o prefeito Gilberto Kassab divulgar na internet os vencimentos dos servidores municipais, a Justiça deu liminar ordenando a imediata retirada da lista do site. A prefeitura já entrou com recurso. A iniciativa de Kassab foi criticada até por vereadores aliados. Na Câmara, começou a tramitar o projeto que abre dados de contratos e gastos, mas mantém o sigilo dos salários. (págs. 1 e C1 a C5)
O maior marajá vem de erro de digitação
Um erro de digitação fez do professor Cláudio de Rezendes Silva o maior marajá da prefeitura. Embora ganhe cerca de R$ 2 mil por mês, seu contracheque de maio registra crédito de R$ 142.845,02, valor que ele jamais recebeu. (págs. 1 e C5)
Imprensa: STF anula diploma para jornalistas
Por 8 votos a 1, curso superior deixa de ser obrigatório para a profissão. (págs. 1 e A13)
Roberto Macedo: A universidade trabalhando
Economista e ex-diretor da FEA
Encontrei a FEA de salas cheias. Há um lado da USP que segue funcionando normalmente. (págs. 1 e A2)
Eugênio Bucci: O atraso no espelho
Jornalista e professor da ECA
A evolução das tensões na USP mostra suas mazelas. É uma pena. Às vezes é um vexame. (págs. 1 e A2)
Notas & Informações: A primeira reunião dos Brics
Faltou substância à primeira cúpula dos Brics. Na declaração final, Brasil, Rússia, Índia e China listam objetivos amplos, insuficientes para dar-lhes uma identidade coletiva. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Lei Seca poupou 796 vidas e R$ 6,9 bilhões
Legislação mais rígida garantiu redução de mortes e de despesas com internação em hospitais do SUS
O balanço do primeiro ano de vigência da Lei Seca confirma sua eficácia: protegeu vidas e dinheiro público gasto com acidentes de trânsito, entre despesas hospitalares, remoções e reparações de veículos, seguro e gastos judiciais e previdenciários. Órgãos públicos e privados do país gastam, anualmente, cerca de R$ 30 bilhões com essas despesas. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número de internações de vítimas do trânsito em hospitais ligados ao SUS caiu 23%, o que significa uma economia de pelo menos R$ 6,9 bilhões. A atual legislação resultou também em menos mortes no trânsito. Foram 796 óbitos a menos no segundo semestre de 2007 em relação ao mesmo período de 2007. No Rio registrou-se uma redução de quase 25% das vítimas de acidentes. A Lei Seca impôs maiores restrições e punição aos motoristas flagrados alcoolizados, além de modificar hábitos de consumo do brasileiro. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Foto legenda: Destroços cruciais
Justiça - No mesmo dia em que foi encontrada uma enorme parte da cozinha do Airbus, um juiz do Rio concedeu a primeira antecipação de indenização a parentes de vítimas do voo 447. (págs. 1 e País A7)
Obama apresenta sua reforma financeira
O presidente dos EUA, Barack Obama, detalhou seu projeto de reforma do sistema financeiro - a maior desde os anos 30, pós-Grande Depressão que será enviado ao Congresso. Entre as propostas está a criação de um órgão no governo para avaliar os grandes riscos à economia e a segurança de produtos financeiros. (págs. 1 e Economia A17)
Jornalista não precisa mais de diploma
O Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade do Decreto-Lei 972/69, que exigia conclusão comprovada de curso superior específico para o exercício da profissão de jornalista. (págs. 1 e País A10)
Lula: 'Denúncias não têm fim'
O presidente Lula criticou as denúncias contra o Senado e defendeu o presidente da Casa, José Sarney: "Ele tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum". Para Lula, esse tipo de denúncia ocorre e "depois não acontece nada”. (págs. 1, País A4 e Coisas da Política A2)
Sociedade Aberta
Luiz Flávio Gomes
Advogado
A Lei Seca acabou mais benéfica para os embriagados. (págs. 1 e A3)
Sociedade Aberta
Eduardo Suplicy
Senador (PT-SP)
Transparência no dinheiro público previne irregularidades. (págs. 1 e A9)
Sociedade Aberta
Paulo Rabello de Castro
Economista
Os furos na regulamentação de Obama. (págs. 1 e A17)
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Correio Braziliense
Manchete: Álcool causa 60% das mortes de motoristas
Pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML-DF) indica que a maioria dos condutores que perderam a vida em acidentes de trânsito dirigiam seus carros sob o efeito de bebidas alcoólicas. A convite do Correio, quatro pessoas fizeram um este no Kartódromo do Guará, sob supervisão do Detran e do IML: beberam e tentaram levar seus carros pelo circuito de corridas, montado com obstáculos que simulavam situações encontradas nas ruas do Distrito Federal. Todas apresentaram alterações, cometeram erros e foram reprovadas pelos especialistas. (págs. 1, 35 e 36)
A turma do Sarney
Oito parentes ou pessoas ligadas ao presidente do Senado foram nomeados por meio de atos secretos. Parlamentares cobram afastamento de toda a direção da Casa. (págs. 1 e Tema do Dia, 2 e 3)
Cai diploma de jornalista
Ministros do STF entendem ser desnecessário curso superior para profissionais da imprensa. Gilmar Mendes comparou jornalistas a chefes de cozinha. (págs. 1 e 10)
STF abre vagas para estudantes da rede pública
São 60 oportunidades para alunos do último ano do ensino médio no Supremo Tribunal Federal, com remuneração de R$ 360. (págs. 1 e 28)
Servidores têm reajuste ameaçado
Queda na arrecadação abre rombo de R$ 63 bilhões no caixa do governo federal, e ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admite cortes no Orçamento que podem afetar aumentos já aprovados. (págs. 1 e 22)
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Valor Econômico
Manchete: Juros agora cairão pouco e devagar
O espaço para cortes nas taxas de juros com o objetivo de estimular a economia do país neste momento de crise global praticamente acabou, na avaliação de pessoas do governo ouvidas pelo Valor. Os cortes anunciados pelo Banco Central desde janeiro já chegam a 4,5 pontos percentuais. Seus efeitos sobre a atividade econômica começam a ser sentidos apenas a partir de agora. Quedas adicionais na taxa básica de juros (Selic), caso ocorram, serão bem menores. Os estímulos fiscais, como a redução de impostos e o aumento de salário mínimo, continuarão a agir sobre a demanda agregada nos próximos trimestres.
A cautela se justifica, segundo essas fontes, em virtude dos efeitos defasados e cumulativos, sobre à economia, dos cortes de juros feitos desde janeiro, período em que a Selic caiu de 13,75% para 9,25% ao ano. Movimentos mais ousados, a partir de agora, ampliariam os riscos de aceleração da inflação em 2010. (págs. 1 e C1)
Plano Obama busca estabilidade
O presidente dos EUA, Barack Obama, está determinado a fazer o que a história sugere que não pode ser feito facilmente - domar a tendência do sistema financeiro de se jogar do precipício.
O objetivo de "estabilidade" está em toda parte no plano de reforma financeira apresentado ontem por Obama. Essa palavra aparece 53 vezes no projeto de 88 páginas, que exigirá dos bancos mais capital para os dias mais difíceis, reduzindo a disponibilidade de fundos para apostas mais arriscadas. Além disso, os financiadores de hipotecas terão de manter uma fatia dos empréstimos que vendem e as remunerações de operadores não poderão ser vinculadas a resultados em operações de maior risco. O objetivo final é limitar as altas do mercado e suavizar as quedas inevitáveis.
Oscilações do mercado financeiro tornaram-se familiares para os americanos nos últimos 25 anos. Mas, até o aperto de crédito que começou em 2007, elas foram mais benignas. Surgiram e desapareceram deixando apenas modestas recessões. A recessão atual, porém, enfatizou a grave ameaça que mercados financeiros instáveis representam para a economia. (págs. 1, C4 e C5)
Foto legenda: Barack Obama anuncia nova regulamentação: desafio é controlar sem sufocar o mercado
Lucros caem 20% com as novas regras contábeis
As novas regras contábeis brasileiras tiveram impactos significativos nos balanços das empresas em 2008. Estudo realizado pela consultoria e auditoria Ernst & Young mostra que os lucros registraram redução de 20% em relação ao que seriam se apurados pelas normas antigas.
O lucro líquido somado das companhias da amostra foi de R$ 67 bilhões em 2008. Pelas normas antigas, o resultado seria de R$ 83,5 bilhões, ou R$ 16,5 bilhões maior. Foram analisadas 40 companhias abertas, eleitas entre as cem de maior valor de mercado na Bovespa. (págs. 1 e D1)
Formalização muda varejo farmacêutico
O regime de substituição tributária e a introdução da nota fiscal eletrônica causaram uma reviravolta no varejo farmacêutico. Drogarias que conseguiam sobreviver por meio da sonegação fiscal estão saindo do mercado, abrindo um espaço ainda maior para as grandes cadeias de farmácias. A formalização acelerou a concentração do setor e atraiu a atenção das grandes redes de hipermercados, como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart.
As cinco maiores redes - Pague Menos, Drogaria São Paulo, Pacheco, Drogasil, e Droga Raia - elevaram em 35% sua participação de mercado em apenas dois anos, segundo estatísticas do setor. Em dezembro de 2006, as cinco varejistas controlavam apenas 16,5% das vendas. Em dezembro de 2008, essa participação já alcançava 22,2%. (págs. 1, B1 e B4)
Loera, o homem mais procurado no México
Quando criança, Joaquín Guzmãn Loera vendia laranjas para sobreviver. Hoje, aos 52 anos, tem um império empresarial que o coloca na 701ª posição entre os mais ricos do mundo. Ele é também o criminoso mais procurado do México.
Guzmán é o presidente informal de uma das maiores organizações do tráfico de drogas do mundo, o chamado cartel de Sinaloa. É um herói folclórico do narcotráfico, festejado em vídeos no YouTube e em baladas compostas em sua homenagem. No México, ele é o "El Chapo", gíria para um homem baixo e troncudo. (págs. 1 e A14)
'Come-cotas' leva um mês de rendimento de fundos
Os investidores de fundos DI, renda fixa, curto prazo e alguns multimercados estão levando um susto ao receber os extratos de suas aplicações e descobrir que o saldo aplicado diminuiu. O motivo é a cobrança do Imposto de Renda, o "come-cotas", que incide sobre essas carteiras em maio e novembro e que superou o ganho mensal de alguns fundos. Ou seja, o governo levou um mês ou mais de retorno do investidor. No total, R$ 2,7 bilhões foram recolhidos pelo Fisco.
O efeito do "come-cotas" foi ampliado pela queda dos juros nos últimos meses. Assim, a base de cálculo do imposto ficou maior, enquanto o rendimento de maio refletiu a queda dos juros e não foi capaz de compensar a tributação. (págs. 1 e D3)
Microeletrônica cria as roupas 'inteligentes'
O namoro entre a indústria têxtil e o setor de microeletrônica já deu os primeiros frutos: as roupas "inteligentes". No próximo outono europeu, por exemplo, a grife italiana Zegna pretende vender uma jaqueta, criada pela alemã Interactive Wear, na qual é possível recarregar, com energia solar, o celular ou o tocador de música MP3. O aperto de um pequeno botão no colarinho permite o aquecimento da vestimenta. (págs. 1 e B4)
Nas capitais, demanda já é maior do que capacidade do Minha casa, Minha Vida (págs. 1 e A5)
Conjuntos comerciais de pequeno porte atraem construtoras como a Cyrela, diz Freitas (págs. 1 e B6)
Batalha aérea
O governo brasileiro acredita que a Embraer terá dificuldades para homologar seus jatos para mais de 70 lugares na Rússia, que acaba de entrar no mercado de aeronaves regionais com o Superjets 100, da Sukhoi. (págs. 1 e A2)
Crise reduz déficit nos EUA
O desaquecimento da economia fez o déficit em conta corrente dos Estados Unidos fechar o primeiro trimestre em US$ 101,5 bilhões, o mais baixo desde o quarto trimestre de 2001. O valor representa 2,9% do Produto Interno Bruto, a menor proporção do PIB desde o primeiro trimestre de 1999. (págs. 1 e A11)
Investimento em TI cai
Pesquisa com 240 executivos da área de tecnologia da informação mostra que até o fim de maio só 31% dos investimentos previstos para o ano haviam sido realizados. Fabricantes de equipamentos de telecomunicações também registram queda nas vendas. (págs. 1 e B3)
Restrições nos chás
O Cade aprovou ontem, com restrições, a compra da Leão Júnior, fabricante do Matte Leão, pela Coca-Cola. A empresa terá 12 meses para se retirar da joint venture que produz e distribui a marca Nestea. (págs. 1 e B4)
Venda de carros aumenta
As vendas de carros importados caíram 3,57% em maio sobre igual período de 2008. Em relação a abril, a alta foi de 10,6%. No mercado como um todo, os emplacamentos cresceram 11,2% na primeira quinzena do mês, frente a igual período de maio. (págs. 1 e B6)
Mudança na carne argentina
A difícil conjuntura interna e externa que derrubou a pecuária argentina do segundo para o sétimo lugar no ranking mundial de exportadores de carne desloca a produção dos Pampas para áreas menos férteis no norte e nordeste do país. (págs. 1 e B10)
Ideias
Maria Inês Nassif: o Senado tem se consolidado como caminho na rural dos oligarcas estaduais. (págs. 1 e A8)
Ideias
Raquel Balarin: o comportamento de 'república de bananas' dos EUA. (págs. 1 e A2)
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Estado de Minas
Manchete: BH atropela a lei seca (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Recife é exemplo na guerra ao fumo
Capital pernambucana teve queda de 34,6% no número de fumantes em um ano, a maior do país. Secretário de Saúde destaca parceria com a sociedade para tornar ambientes livres de cigarro. (pág. 1)
Liminar obriga atendimentos de urgência (pág. 1)
Programa federal tira do papel antigos empreendimentos (pág. 1)
Relação entre legistas brasileiros e franceses se torna complicada (pág. 1)
Pesquisa revela preconceito forte nas escolas (pág. 1)
Grupo de senadores dá ultimato a Sarney e exige mudanças (pág. 1)
STF acaba exigência do diploma para exercer o jornalismo (pág. 1)
Em 1 ano de lei seca, 2.726 carteiras foram recolhidas no Estado (pág. 1)
Queda na arrecadação pode provocar novos cortes no orçamento (pág. 1)
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