O Globo
Manchete: Cade antecipa linha dura na análise de megafusões
Presidente do órgão diz que julgará grandes negócios ‘sem patriotadas’
Responsável nos próximos meses por comandar os julgamentos de grandes fusões no país (Itaú-Unibanco, Perdigão-Sadia, Oi-Brasil Telecom e Pão de Açúcar-Ponto Frio), o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Badin, antecipa que o órgão vai ser linha-dura nas avaliações, sem ceder a pressões políticas.
“É claro que o Cade é sensível à crise, à escassez de crédito, mas vai analisar (as fusões) sem patriotadas”, diz em entrevista a Gustavo Paul e Geralda Doca.
Com 33 anos e desde novembro à frente do cargo, Badin alfineta até o governo que apoiou seu mandato. Sem citar nomes, ele critica a tese oficial para justificar a união de Oi e BrT, de que só uma empresa nacional gigante pode concorrer no exterior. (págs. 1 e 29)
Pré-sal terá R$ 269 bi de investimentos até 2012
O governo decidiu que o país terá uma nova política industrial com a exploração do petróleo do pré-sal, envolvendo 18 setores da cadeia produtiva de óleo e gás. Com as descobertas, projeções do BNDES mostram que os investimentos chegarão a R$ 269 bilhões até 2012, incluindo Petrobras e empresas privadas, gerando um milhão de vagas.
Será preciso qualificar 207 mil trabalhadores, para atender à construção de refinarias, plataformas, navios e dutos. (págs. 1 e 32)
Congresso tenta driblar fiscalização do TCU
Com apoio da base governista, cresce no Congresso o movimento para reduzir poderes do Tribunal de Contas da União na fiscalização de obras públicas.
O objetivo é impedir o TCU de paralisar obras, mesmo que elas estejam sob suspeita de irregularidades.
O procurador do TCU Marinus Marsico promete apertar a vigilância. (págs. 1, 3 e 4)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Auditoria vê novas fraudes no Senado
Comissão interna detecta indícios de nepotismo e superfaturamento em contratos feitos com terceirizados
O Senado descobriu irregularidades nos 16 contratos para o fornecimento de mão de obra que já foram analisados por comissão interna de servidores, relata Alan Gripp. Criado em março, o grupo sugere fim dos vínculos atuais e imediata abertura de novas licitações.
Foram detectados casos de nepotismo, superfaturamento, pagamentos por serviços não prestados e perpetuação de empresas por contratos aditivos. Todos foram assinados na era Agaciel Maia, diretor-geral do Senado por 14 anos, que deixou o cargo em março. Hoje, há 34 fornecedores de mão de obra na Casa, ao custo de R$ 155 milhões por ano.
Os terceirizados já são 3.516, superando os funcionários de carreira (2.500). A investigação da comissão não visa apontar culpados; isso só ocorrerá em uma segunda etapa, se os auditores sugerirem a abertura de sindicância. (págs. 1 e A4)
Recuo do governo não dissipa tensões na Amazônia peruana
Embora desejem investimento privado, moradores duvidam que Lima reverta lucro em bem-estar e zele por ambiente, informa Flávio Marreiro. (págs. 1 e A21)
Agronegócio vai ter fundo de até R$ 10 bi para crédito
O governo lançará um fundo garantidor com até R$ 10 bilhões em créditos para o agronegócio, informam Kennedy Alencar e Eduardo Scolese. A gestão deve ser do Banco do Brasil.
Pedido do setor, o fundo servirá de avalista a produtores endividados. Ruralistas citam dívidas e a crise global como freios ao crédito. Desde outubro o PIB agrícola caiu 2,26%. (págs. 1 e B3)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Curió abre arquivo e revela que Exército executou 41 no Araguaia
Até hoje, eram conhecidos 25 casos de guerrilheiros executados pela ditadura
Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, o mais conhecido do regime militar (1964-85), abriu ao Estado o seu lendário arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-75).
Os documentos, guardados numa mala de couro há 34 anos, confirmam e detalham a execução de inimigos da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 256 participantes da guerrilha, 67 foram mortos no conflito – destes, 41 foram presos e executados quando já não ofereciam risco às tropas.
As informações contrariam a versão militar de que esses guerrilheiros estavam de arma na mão quando morreram. Até a abertura do arquivo de Curió, que tem manuscritos feitos pelo próprio oficial, eram conhecidos 25 casos de execução. Os papéis esclarecem a terceira e decisiva campanha militar contra os militantes do PC do B, a Operação Marajoara, de outubro de 1973 a janeiro de 1975.
Os documentos dão indicações sobre a política de extermínio nos governos de Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel.
Ao Estado, Curió lembra que a ordem era tirar de combate todos os guerrilheiros – só os adolescentes foram poupados. (págs. 1, A12 e A13)
Senador ameaçado ‘plantou’ auxiliar no Conselho de Ética
Por ato secreto, assessor foi escalado como ‘olheiro’ de processo de cassação
O Conselho de Ética do Senado também fez parte do esquema de atos secretos da Casa. Num boletim sigiloso, o senador Magno Malta (PR-ES) conseguiu colocar seu assessor Nilis Castberg para trabalhar no conselho, durante processo em que a cassação de seu mandato foi avaliada – e rejeitada.
Em entrevista ao Estado, Castberg confirmou ter atuado como “olheiro” do processo. (págs. 1 e A4)
Receita e MP querem lei para prender sonegadores
A Receita e o Ministério Público querem mudar a lei e atuar juntos para pôr os sonegadores na cadeia, relata David Friedlander.
Pela lei em vigor, o sonegador tem o delito perdoado se pagar a dívida com o Fisco e pode até parcelar o pagamento em 60 meses.
No ano passado, a Receita autuou 7.600 contribuintes, acusados de sonegar, ao todo, R$ 23 bilhões. (págs. 1 e B5)
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Jornal do Brasil
Manchete: Restaurantes de luxo fora da lei
Alvarás irregulares driblam fiscalização na Zona Sul
Com alvarás provisórios ou inadequados à natureza do negócio, restaurantes prosperam em ruas onde, pela lei, não poderiam funcionar. É o caso da Dias Ferreira, no Leblon, sofisticado pólo gastronômico do Rio e concentração de estabelecimentos amparados na ilegalidade. “Quase todos funcionam com alvará de casas de comercialização de alimentos.
Não podem servir alimentos prontos”, diz Paulo Saad, do Crea. Sindicatos e associações comerciais alegam que o zoneamento urbano está ultrapassado e defendem revisão. Moradores reconhecem o charme do pólo, mas reclamam dos abusos. E a prefeitura avisa que só agirá se receber denúncias. (pág. 1, Cidade e pág. A15)
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Correio Braziliense
Manchete: Chinatown candanga
Recrutados por um esquema de falsificação de produtos e lavagem de dinheiro, chineses desembarcam na cidade e fazem do Cruzeiro Novo, onde alugam apartamentos, uma base para seus negócios.
O alvo é a Feira dos Importados – já ocupam 120 bancas. Diariamente, eles atravessam a Epia com suas mercadorias, estocadas em casa. (págs. 1, 25 e 26)
Senado torrou R$ 1,5 bilhão em gratificações em 6 anos
Levantamento feito pelo Correio mostra que o Senado consome uma fortuna por ano com o pagamento de gratificações por função aos servidores que têm esse extra no contracheque.
A folha salarial é considerada a maior caixa-preta. Alguns senadores deflagram um movimento para enxugar os gastos. (págs. 1, 2 e 3)
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Veja
Basta de impunidade!
• Nós, as pessoas comuns, lembramos aos senhores feudais de Brasília que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” – Artigo 5º da Constituição
Entrevista – Guido Mantega
O Brasil já chegou ao futuro – O ministro da Fazenda diz que o Brasil passou pelo teste da grande crise mundial, encontrou seu rumo e ele não vai mudar, seja qual for o presidente eleito em 2010. (págs. 19 a 23)
À sombra da Constituição – Ao defender o senador José Sarney de denúncias de irregularidade, o presidente Lula cria no Brasil duas categorias de cidadão: os “comuns”, nós, e os “incomuns”, a quem tudo se permite. (págs. 58 a 65)
Com o rei na barriga – Ao dizer que Sarney não pode ser tratado como um homem comum.
Lula reverbera a mentalidade colonial que ainda resiste nas regiões mais atrasadas do país. (págs. 66 a 68)
O desafio de crescer e preservar – O debate entre ambientalistas e progressistas parece perdido para a irracionalidade, mas há, dos dois lados, boas razões sobre as quais refletir. (págs. 101 a 106)
Regular é com o Brasil – Obama lança projeto de reforma para aperfeiçoar o sistema financeiro – e sugere medidas que já funcionam no mercado brasileiro há mais de uma década. (págs. 108 a 110)
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Época
IRÃ 2.0
• Como a rebelião pela internet e pelo Twitter começou a transformar a república islâmica
Petrobras
O presidente da estatal diz que a CPI é um “soco no fígado”
E Sarney tem um plano...
Depois de dizer que a crise não é dele, mas do Senado, o ex-presidente anuncia reformas na instituição.
A dúvida é se, além de falar, Sarney saberá fazer. (págs. 40 a 43)
Um rebanho sem controle – Como uma investigação que nasceu de denúncias sobre ilegalidades em frigoríficos pode se tornar um marco saneador para a pecuária da Amazônia. (págs. 46 e 47)
Um cardápio de fraudes – O Ministério Público afirma que empresas fornecedoras de merenda em São Paulo formam um cartel e pagam propina a funcionários públicos. (págs. 48 a 50)
Entrevista – José Sergio Gabrielli – “Um soco no fígado” – O presidente da Petrobras diz que a CPI sobre a estatal não vai derrubá-la, mas pode impedir avanços. (págs. 58 a 62)
Uma sigla que quer mudar a ordem global
– Responsável por 65% do crescimento mundial, o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China deixa de ser um termo de relatório econômico para ganhar vida política. (págs. 74 a 76)
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ISTOÉ
57 mitos sobre sua saúde
Médicos derrubam conceitos que passam de pais para filhos
Eleição
O jeito Serra de ser candidato
Entrevista – José Miguel Insulza
Obama vê a América com outros olhos – O secretário-geral da OEA diz que o presidente americano quer outro diálogo com o continente e defende o fim do embargo a Cuba. (págs. 6 a 11)
Procurados – Onde estão os éticos? – Tão grave quanto os atos secretos para práticas de nepotismo e favorecimentos é o silêncio cúmplice de todo o Senado.
Entenda por que nem o chamado grupo ético tomou providências. (págs. 36 a 39)
Serra faz a sua hora – Sem oficializar candidatura, governador de São Paulo pavimenta a campanha presidencial com apoio de recursos federais. (págs. 40 e 41)
O intérprete de Lula – Mundo afora, Sérgio Xavier fala e ouve pelo presidente, guarda segredos de Estado e ganha status no poder. (págs. 42 e 43)
A operação limpeza do Judiciário – Obras faraônicas com banheiros de 800 metros quadrados e salas de massagem fazem corregedor afirmar que nunca pensou que existisse tanta “malandragem e corrupção na Justiça”. (págs. 46 a 48)
Decisão bilionária – Propostas apresentadas à Aeronáutica mostram que o Brasil deverá pagar até R$ 12 bilhões por novos caças. (págs. 54 e 55)
Erro de cálculo – Indústria avalia mal efeito da redução do IPI e compromete a retomada do crescimento. (págs. 96 e 97)
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ISTOÉ Dinheiro
Os segredos do Google no Brasil
O que faz do País uma referência global dentro da maior empresa de internet do mundo
Personagem
O plano de guerra de Gabrielli na Petrobras
Entrevista – Brackett Denniston
“Energia limpa e água são o nosso futuro” – Qualquer um interessado no futuro de temas importantes como infraestrutura tem em Brackett Denniston, vice-presidente sênior da General Electric, uma ótima fonte de informações.
Segundo ele, a tendência sustentável é irreversível e o investimento em energias renováveis e em técnicas de obtenção de água é fundamental, especialmente para gigantes como a GE. (págs. 26 a 28)
As 48 horas de Gabrielli – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, dobra sua rotina de trabalho e se prepara para duas batalhas: uma CPI no Congresso e a discussão do novo modelo do petróleo. (págs. 32 a 37)
Lula e a nova geografia – O presidente tem feito negócios em países cada vez mais exóticos. E essa diplomacia vai continuar ganhando impulso. (págs. 38 e 39)
Os frigoríficos entram numa fria – A decisão do varejo de vetar carne de regiões desmatadas expõe a fragilidade de um setor que ainda não se ajustou às exigências do mundo moderno. (págs. 40 e 41)
Até onde vai o combustível da bolsa? – Empresas aproveitam volta do Ibovespa ao patamar dos 50 mil pontos e preparam novos lançamentos de ações. Mas a atmosfera está repleta de incerteza. (págs. 91 a 93)
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CartaCapital
Sarney, o romancista
O discurso ficcional e a crise no Senado
Eleições no Irã
Os protestos contra a vitória de Ahmadinejad abalaram o sistema, mas não há provas de que ela tenha sido fraudada
Veia de ficcionista – Política
Em um discurso autista, José Sarney tenta emergir do lamaçal que engolfa o Senado. Mas o poeta é um dos artífices da geléia geral. (págs. 28 a 33)
Cadeias cinco estrelas – Sistema carcerário – A primeira Parceria Público-Privada, em Minas, para erguer e gerir um presídio reacende a discussão sobre o papel do Estado, custos e benefícios. (págs. 34 a 36)
Uma disputa pouco zen – Pernambuco – Indicação ao Senado provoca racha e ex-prefeito ameaça deixar o PT. (págs. 38 e 39)
Para romper o monopólio – Saúde – O Ministério Público move ação pelo fim das patentes pipeline, que impedem a produção de centenas de genéricos no Brasil. (págs. 40 a 42)
A história do massacre – Peru – Mortes não computadas, desaparecidos, vidas em suspenso. Estes são os resultados da ação policial contra os indígenas. (págs. 70 a 73)
O Bê distante do Bá – Educação – A redução das taxas de analfabetismo está praticamente estagnada, inclusive nos centros urbanos.
Menos de 10% dos que não sabem ler voltam para a escola. (págs. 78 a 80)
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