segunda-feira, 22 de junho de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

22 de junho de 2009

O Globo

Manchete: Senado pagou até reforma da cozinha com atos secretos
Dinheiro público também custeou gastos médicos fora do padrão

Nem só para contratações irregulares de pessoal serviram os mais de 600 atos secretos do Senado em 14 anos. A comissão de sindicância concluiu que outras decisões administrativas foram tomadas para beneficiar senadores e funcionários. Os gastos, cobertos com dinheiro público, incluem reforma de um apartamento funcional em que só a obra da cozinha custou R$ 100 mil, além de passagens aéreas e reembolso de despesas médicas fora do padrão. (págs. 1 e 3)

MEC: 4 estados gastam menos do que deveriam
Limite mínimo constitucional também é desrespeitado por 165 municípios no país

Um estudo do MEC revela que quatro governos estaduais - Rio Grande do Sul, Paraíba, Sergipe e Mato Grosso - e 165 prefeituras aplicaram, em 2008, menos de 25% de sua receita em educação, contrariando a Constituição. Em Santana do Matos (RN), cidade que menos investiu (apenas 2,06% do orçamento), os alunos são transportados na carroceria de caminhões e boa parte das escolas precisa de reformas. (págs. 1 e 8)

Identificadas 11 vítimas de acidente aéreo
Onze mortos no acidente com o voo 447 da Air France já foram identificados: dez são brasileiros. As equipes de resgate já encontraram 50 corpos das 228 pessoas a bordo. (págs. 1 e 11)

Exportações vão encolher US$ 4 trilhões
A crise fará com que o volume mundialmente exportado encolha US$ 4 trilhões este ano, segundo estimativas da Funcex, especializada em comércio exterior. A redução equivale a 25% das vendas globais e, com isso, o mundo voltará ao patamar de 2006, quando exportou US$ 11,9 trilhões. Medidas protecionistas devem agravar a situação e prejudicam a retomada econômica do Brasil. (págs. 1 e 15)

Ocidente faz pressão sobre o Irã
Ahmadinejad acusa EUA e Grã-Bretanha; Europa reage

No dia em que prisões em massa contiveram a onda de protestos no Irã, Alemanha, França e Grã-Bretanha pressionaram o governo iraniano por liberdade de manifestação. Houve protestos em várias capitais. A chanceler Angela Merkel pediu recontagem de votos e o governo francês condenou a repressão. O presidente do Irã acusou os EUA e a Grã-Bretanha de interferência. (págs. 1, 19 e 20)

Charge Chico: Maneiras de não matar (a mosca) e mostrar (a cara de) pau (2)
- Eu nunca vi mosca nenhuma parar uma partida de futebol!

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Folha de S. Paulo

Manchete: Irã admite ao menos 10 mortes em protesto
Vítimas desde a eleição já são 17; conselho admite voto-fantasma

Pelo menos dez pessoas morreram nos protestos de sábado no Irã, admitiu ontem o governo em Teerã. Os confrontos entre forças do governo e manifestantes que reivindicam a anulação da eleição presidencial deixaram ainda cem feridos.

Desde o pleito do dia 12, os mortos já somam 17. A violenta repressão consolidou a divisão entre líderes religiosos conservadores e reformistas e levou clérigos proeminentes desta segunda ala a desafiarem a ordem do líder supremo do país para que os protestos acabassem.

Parentes do ex-presidente reformista Ali Hashemi Rafsanjani foram detidos brevemente por participarem dos protestos. O governo redobrou a censura à mídia. O correspondente da revista "Newsweek" foi detido, e o da rede BBC, expulso.

O Conselho dos Guardiães, mais alta instância constitucional do país, admitiu que em pelo menos 50 cidades o número de cédulas apuradas superou o de eleitores, segundo um canal estatal de TV. A irregularidade abrange cerca de 3 milhões de votos. (págs. 1 e A12)

Agaciel usou ato secreto para aumentar o salário
O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia usou atos secretos para inflar seu salário acima do teto para funcionários públicos, de R$ 24,5 mil, informa Leonardo Souza. Valores da Receita Federal a que a Folha teve acesso contrariam declarações prévias do ex-diretor.

Agaciel diz que os vencimentos obedecem à lei e que vários benefícios recebidos por ele não entram no cálculo do teto. Segundo o Painel, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), proporá que o TCU audite atos e salários da Casa. (págs. 1 e A4)

Dois meses após liberação de preços, tarifa aérea não baixa
As companhias aéreas no Brasil ignoram a autorização para reduzir as tarifas de voos internacionais de longo curso. Desde 22 de abril, elas podem abater até 20% dos preços mínimos que estavam em vigor até então.

Na maior parte, os preços hoje estão acima do limite anterior. Empresas alegam dificuldades com a crise para reduzir preços. A Anac, agência do setor, pretende liberar totalmente as tarifas em abril de 2010. (págs. 1 e B6)

Falta de crédito afeta 42% das microempresas, aponta pesquisa
Pesquisa nacional do Sebrae-SP com 4.200 micro e pequenas empresas mostra que 42% ainda sofrem com falta de crédito, apesar das medidas dos governos para diminuir os efeitos da crise.

Segundo o estudo, feito entre 16 de março e 15 de maio, os setores mais afetados são o industrial e o agronegócio. Calotes chegam a 5,2%, nível mais alto desde 2000. O BNDES emprestou 30% menos, comparado a setembro de 2008. (págs. 1 e B1)

Identificados corpos de 11 vítimas do voo da Air France
Os corpos de 11 mortos no acidente com o Airbus da Air France foram identificados pelo IML de Recife. Não foram revelados os nomes das vítimas: dez brasileiros - cinco homens e cinco mulheres - e um estrangeiro.

A identificação foi feita com base em impressões digitais e arcada dentária. Dos 50 corpos resgatados, 39 estão à espera de identificação. Peritos ainda aguardam informações sobre as vítimas estrangeiras. (págs. 1 e C7)

Procuradoria reabre caso dos desaparecidos
O Ministério Público Militar decidiu reabrir investigações sobre desaparecidos no regime militar (1964-1985). Pedido de informação sobre o DOI-Codi já foi encaminhado ao Exército.

A base para reabrir 25 casos é a tese do procurador Antonio Fernando Souza de que sequestros de pessoas não encontradas são crimes em andamento. (págs. 1 e A11)

Editoriais
Leia “Violência no Irã", que comenta repressão de sábado; e "No front doméstico", sobre aquecimento global. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Aumenta pressão para abrir todos os arquivos do Araguaia
Reportagem do 'Estado' com Curió reabre debate sobre registros da guerrilha

A divulgação pelo Estado de documentos sobre a Guerrilha do Araguaia ampliou a mobilização pela abertura dos arquivos oficiais e pela busca de corpos dos mortos no conflito. Papéis guardados pejo oficial da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o Major Curió, indicam que 41 guerrilheiros foram executados depois de presos. "É uma reportagem histórica", afirmou o ministro da Justiça, Tarso Genro. O secretário dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pedirá ao presidente Lula que pressione o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a aceitar a participação de representantes das famílias de guerrilheiros na expedição organizada pelo Exército para localizar corpos. "Toda colaboração com elementos para ajudar na elucidação dos fatos é extraordinária", afirmou Jobim. Criméia Almeida, que perdeu o marido, o sogro e o cunhado no Araguaia, disse ter ficado "chocada" com a reportagem. (págs. 1 e A4)

'Erva daninha se corta pela raiz'

Depois de abrir seus arquivos sobre a repressão no Araguaia, o Major Curió defendeu a eliminação de guerrilheiros no confronto. "Num arrozal, quando se capina, não se corta a erva daninha só pelo caule" afirmou. "É preciso arrancá-la pela raiz, para que não brote novamente." (págs. 1 e A6)

Irã detém parentes de ex-presidente
Prisão de filha de aiatolá rival do líder supremo mostra divisão no clero

As forças de segurança iranianas intensificaram ontem as prisões de jornalistas, blogueiros e opositores que denunciam fraude na reeleição de Mahmoud Ahmadinejad. Entre os detidos estão cinco parentes do ex-presidente e aiatolá Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, incluindo sua filha mais velha, acusada de participar de manifestações contra o governo. À noite, todos já haviam sido liberados, segundo a TV local. Para analistas, essas prisões indicam a divisão no clero que detém o poder no Irã. Apesar da tensão, não houve protestos. No sábado, dez pessoas morreram nos confrontos. O líder da oposição, Mir Mousavi, conclamou novas manifestações, mas de forma moderada. (págs. 1, A11 e A12)

Atos secretos favoreceram senadores que os criticam
Segundo fontes com acesso à apuração interna sobre os mais de 600 atos secretos do Senado, a investigação vai revelar que as medidas também favoreceram senadores que hoje as condenam. O relatório da comissão de apuração não cita nomes de parlamentares, mas os atos secretos estão gravados num CD-ROM entregue ao presidente do Senado, José Sarney. Sua assessoria informou que os dados serão divulgados. (págs. 1 e A10)

Crédito cresce sem risco
Linhas de crédito ao consumidor com menor risco de calote serão o alvo preferencial dos bancos e financeiras neste ano. Empréstimos consignados a aposentados e o financiamento de veículos e imóveis estão na lista das operações mais seguras. “As linhas com maior tendência de crescimento são as com maior garantia de recebimento", diz o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento, Adalberto Savioli. (págs. 1 e B1)

Ativismo digital: da rede para a rua
Protestos no Twitter contra o regime dos aiatolás reforçam importância da política nos meios digitais. (págs. 1 e link)

Educação: 'É preciso demitir maus professores'
Para pesquisador Eric Hanushek, os melhores devem ganhar mais. (págs. 1 e A16)

Tecnologia: Nova técnica cria museu virtual
Museu Nacional do Rio terá réplicas tridimensionais de múmias. (págs. 1 e A15)


Notas & Informações: Incentivos provisórios
É preciso eliminar a incidência de impostos sobre a exportação e o investimento. Não é só uma ação anticrise: é uma reforma indispensável para o fortalecimento da economia brasileira. (págs. 1 e A3)

Thomas Friedman: Fuzil e barril não protegem regime
Levante popular em país petrolífero do Oriente Médio é o mais raro dos acontecimentos. (págs. 1 e A12)

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Jornal do Brasil

Manchete: Dez brasileiros do voo 447 são identificados
Famílias não autorizam a divulgação dos nomes

Em mais um doloroso capítulo da tragédia do voo 447 da Air France, os médicos legistas identificaram 11 dos 49 corpos localizados no Oceano Atlântico, que estão no Instituto Médico Legal (IML) do Recife – 10 são de brasileiros e um estrangeiro. Entre os brasileiros, cinco são do sexo masculino e cinco do feminino. O único estrangeiro identificado até o momento é um homem. As famílias das vítimas foram comunicadas pelos Superintendentes Regionais da Polícia Federal entre sexta-feira e o sábado (20). De acordo com eles, os parentes pediram que os nomes dos mortos não fossem divulgados. (págs. 1 e País A5)

Em dois dias, 84 novos casos de gripe no país
O Ministério da Saúde confirmou ontem mais 35 novos casos da gripe A (H1N1) no Brasil, sendo quatro no Rio. Somados aos 49 divulgados no sábado, foi um total de 84 novos infectados no país em um fim de semana. O número total de ocorrências confirmadas já atinge 215 - sendo 23 transmitidos dentro do país. Segundo os médicos, todos os novos pacientes estão passando bem. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Pai descreve o drama de Sophie
O austríaco Sascha Zanger, pai da menina Sophie - morta após ter sido espancada supostamente por Lilian Vianna, filha de Geovanna Viana, que detinha sua guarda - diz ao JB que Sophie agonizou por dois dias até ser socorrida. Os suspeitos saíram de casa levando bagagens. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

Líderes criticam violência no Irã
A conduta violenta do governo ante os protestos do Irã é repudiada em todo o mundo. O presidente americano Barack Obama falou em "ações injustas" contra os manifestantes. Já o francês Nicolas Sarkozy qualificou como "injustificável" a ação da cúpula iraniana. (págs. 1 e Internacional A21)

Sociedade Aberta
Leonardo Boff
Teólogo

Pela reciprocidade com a natureza. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta
Geraldo Tadeu Monteiro
Sociólogo

Página de política parece a de polícia. (págs. 1 e A6)

Sociedade Aberta
Silvana Costa Moreira
Estudante

Por que e para que ser jornalista? (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Ricas ou pobres, elas cansaram de ser agredidas
Desde 2006, quando entrou em vigor a Lei Maria da Penha, 14 mil mulheres do Distrito Federal pediram à Justiça a proibição de contato de maridos ou ex-companheiros. Eles agem, em 90% dos casos, sob efeito do álcool. As vítimas estão tanto em regiões mais pobres quanto em áreas nobres, como o Plano Piloto e o Lago Sul. Empresárias e representantes de entidades se unem e lançam amanhã um projeto de assistência (págs. 1, 19 e 20)

Poder: A bagunça do lixo da Esplanada
Contêineres dos ministérios e do CCBB, onde despacha o presidente Lula, revelam o mau exemplo em relação ao meio ambiente. Não há separação dos resíduos e a papelada oficial consome o equivalente a 4 mil árvores por mês. (págs. 1, 2 e 3)

Moeda forte
Faz 15 anos que o Brasil convive com a estabilidade do real, que teve valorização superior a do dólar. (págs. 1, 9 e 10)

Saúde: Cura da Aids ainda distante
Cientistas que descobriram e isolaram o HIV, Françoise Barré- Sinoussi e Robert Gallo, falam sobre a capacidade de camuflagem do vírus, o que torna muito difícil a erradicação. Para deter a epidemia, apostam no desenvolvimento da vacina. (págs. 1 e 16)

Gripe suína: Inverno pode trazer epidemia
Especialista consultado pelo Correio afirma que a aglomeração de pessoas, nessa estação do ano, pode facilitar a disseminação do H1N1. Para o infectologista Edmilson Migowski, as medidas serão testadas com rigor a partir de agora. O DF confirmou ontem o 11º caso. (págs. 1 e 6)

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Valor Econômico

Manchete: Qualificação sobe e salário diminui nas contratações
Depois de disputar mão de obra no período de aquecimento da economia, as empresas agora contratam trabalhadores mais qualificados por salários menores. Nos primeiros quatro meses do ano, foram abertas 48,4 mil vagas no mercado de trabalho, segundo dados líquidos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O quadrimestre terminou com 332,4 mil novas vagas com remuneração de até 1,5 salário mínimo, ao mesmo tempo em que foram fechados 283,1 mil postos formais com remuneração superior a esse valor. Nos quatro primeiros meses de 2008, quando o mercado de trabalho encontrava-se aquecido, foram criadas 848,9 mil vagas nas duas faixas: 671,4 mil até 1,5 salário e 177,5 mil acima dessa remuneração.

Além da redução dos salários embutida nas novas contratações, as empresas estão trocando antigos funcionários por trabalhadores com maior escolaridade. O saldo de 48,4 mil vagas no primeiro quadrimestre também reflete a diferença entre a demissão de 16,7 mil analfabetos e 74,9 mil trabalhadores com ensino fundamental completo ou incompleto e a contratação líquida de 37,1 mil profissionais com ensino médio e 102,5 mil com ensino superior, em ambos os casos completo ou incompleto. Mesmo entre trabalhadores com experiência profissional, recolocar-se foi mais fácil para quem tinha maior qualificação acadêmica. De janeiro a abril, 89,2% dos profissionais com ensino superior conseguiram se reempregar, contra 70% dos desempregados com ensino médio. (págs. 1, A3 e A4)

TRF impõe derrota aos bancos
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, impôs na quinta-feira uma derrota aos bancos ao definir que sua receita operacional é aquela formada pela venda de serviços - e que entre eles estão as operações financeiras que realizam. A decisão é importante porque é sobre a receita operacional das empresas que incide a Cofins, como já foi definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2005. Os bancos argumentam que o tributo deve incidir apenas sobre os valores provenientes de tarifas bancárias, a menor parte de sua receita. O recurso julgado foi do ABN AMRO Real e envolve cerca de R$ 2 bilhões. A disputa, que será definida no Supremo, é estimada em R$ 20 bilhões pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. (págs. 1 e E1)

Foto legenda: Vantagem no varejo
Adquirida pelo Bradesco em 2008, a corretora Ágora quer consolidar sua posição no segmento de pessoas físicas, o que menos sofreu com a crise, afirma Anibal Cesar dos Santos, diretor-presidente. Com fatia de 20% em "home broker", espera ampliar em 20% o número de clientes no 2º semestre. (págs. 1 e D3)

HSBC vai dar prioridade a emergentes
Uma avaliação pessimista do futuro das economias americana e europeia levou o HSBC a mudar sua tradicional estratégia de negócios. Agora, o banco vai buscar 60% dos resultados nos mercados emergentes e não mais os 50% anteriores, disse Shaun Wallis, que acaba de passar o comando do banco no Brasil para Conrado Engel. Wallis vai cuidar dos negócios com empresas, baseado em Hong Kong.

Na prática, isso significa aumentar as apostas em países como Brasil e China. "Temos que escolher bem onde colocar o capital", disse Wallis, que participou há dez dias da reunião de cúpula dos 55 principais executivos do grupo, em Londres.

Em Hong Kong, estão as raízes do HSBC, segundo maior banco do mundo. No Brasil, é o sexto maior e Engel terá muito trabalho a fazer. As recentes fusões e aquisições fizeram os concorrentes ganhar muito espaço. (págs. 1 e C1)

Brasil desiste do 'clube dos ricos'
O Brasil aspirou por muito tempo fazer parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos ricos" que reúne as maiores economias do mundo. Agora que a chance de ingresso tornou-se real, não tem interesse mais na adesão.

Brasil, China, Índia, África do Sul e Indonésia foram estimulados a aderir à organização. Nenhum deles aceitou.

Pelo menos um dos aspectos que motivavam o interesse brasileiro em ser membro da OCDE perdeu o sentido. A economia brasileira conquistou em 2008 o grau de investimento. "Esse selo valeria mais nos anos 90", diz um assessor do governo. Ninguém questiona o fato de que, ainda assim, participar da organização agregaria valor à imagem do país perante os mercados, mas o que se alega hoje, em Brasília, é que a crise financeira internacional, originada nos EUA e em outras economias avançadas, teria desmoralizado o receituário econômico dos países ricos.

Funcionários graduados da OCDE disseram ao Valor que, do lado brasileiro, a principal resistência ao ingresso do país é de natureza política e está localizada no Itamaraty. (págs. 1 e A14)

Falta dinheiro para desativar usinas nucleares
As empresas proprietárias de quase metade dos reatores nucleares nos EUA não estão reservando dinheiro suficiente para desmantelá-los. Muitas usinas poderão permanecer ociosas durante décadas e, por isso mesmo, criarão riscos à segurança das pessoas e do ambiente.

No caso de 19 usinas nucleares, as empresas proprietárias foram autorizadas a deixar os reatores ociosos por até 60 anos, tempo possivelmente suficiente para permitir que os investimentos financeiros se recuperem e acabem por pagar a desativação. Nos últimos dois anos, as estimativas de custos de desmantelamento dispararam em mais de US$ 4,6 bilhões, devido à alta nos preços da energia e da mão de obra, ao passo que os fundos de investimento que supostamente os cobririam perderam US$ 4,4 bilhões no mercado acionário.

O Brasil começou a recolher há três anos os recursos que serão usados na desativação de Angra 1 e 2. O custo atual estimado para Angra 1 é de US$ 232 milhões e Angra 2, US$ 281 milhões. (Com Marcos de Moura e Souza). (págs. 1 e A10)

Pequenas construtoras crescem com pacote
O programa habitacional do governo disseminou boas perspectivas de negócios entre as pequenas e médias empresas da construção. Companhias como a Cury, Direcional, Mudar e Patrimônio, que já atuavam em moradias para a população de baixa renda, devem ganhar mercado e multiplicar suas receitas.

A Direcional lançou R$ 710 milhões em imóveis em 2008 e começou o ano com a previsão de não crescer. O Minha Casa, Minha Vida a fez rever a meta para R$ 1 bilhão. A Patrimônio também espera chegar a seu primeiro bilhão, após faturar R$ 650 milhões no ano passado. A Cury mudou de patamar: lançou 4 mil unidades em 2008 e já tem 17 mil em processo de aprovação - assinou carta de intenções com a prefeitura de Guarulhos e a Caixa Econômica Federal para lançar 12 mil unidades. (págs. 1 e B1)

Poupança perde recursos na semana
Depois de iniciar junho em ritmo acelerado, com captação líquida acima de R$ 3,5 bilhões na primeira semana, a poupança devolveu boa parte dos recursos depositados. Nos cinco dias úteis subsequentes, de 8 a 15 de junho, o saldo das aplicações ficou negativo em R$ 2,4 bilhões. Os fundos de investimento também tiveram captação positiva no mês, até o dia 16: R$ 4,8 bilhões líquidos. "Por enquanto, não há migração de recursos de fundos para a poupança", diz Rodrigo Menon, da Beta Advisors. (págs. 1 e D2)

A mineradora Xstrata propôs uma fusão à rival Anglo American (págs. 1 e C4)

Tokio Marine diversifica sua atuação e estreia no seguro agrícola, afirma René Leitão (págs. 1 e B11)

Concessão de aeroportos
O modelo para a concessão de aeroportos à iniciativa privada, que será concluído pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até o fim de julho, deverá prever a vitória nas futuras licitações para quem oferecer ao governo o pagamento do maior valor de outorga. (págs. 1 e A5)

China restringe o Google
O governo chinês determinou que o Google impeça o acesso de usuários locais do seu serviço em língua chinesa a websites no exterior. Oficialmente, seria uma punição por permitir o acesso a sites pornográficos. Para analistas, seria resultado da disputa com o rival local Baidu. (págs. 1 e B3)

Inclusão financeira
Donos de uma das melhores infraestruturas do mundo, os bancos brasileiros enfrentam o desafio de levar seus serviços aos 57% da população que ainda estão à margem do sistema financeiro. "Bancarização é cidadania", diz Fábio Barbosa, presidente da Febraban. (págs. 1 e Tecnologia Bancária)

Retomada siderúrgica
A partir do dia 12, a Gerdau vai retomar a operação de seu principal alto-forno na usina da Açominas, em Ouro Branco (MG). Com capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de aço bruto por ano, o equipamento estava parado desde meados de dezembro devido à queda na demanda. (págs. 1 e B8)

Diversificação excessiva
Estudo mostra que o Brasil tem o maior número de classificações em fundos de investimentos do mundo, o que confunde o investidor e prejudica o setor. Desde maio, com a nova classificação das carteiras multimercados e de arbitragem, os investidores brasileiros passaram a ter 36 categorias, sem contar as de previdência. (págs. 1 e D1)

Escalada da construção
A queda das taxas de juros, o pacote do governo de incentivo ao setor imobiliário e um déficit habitacional historicamente alto formam o cenário de crescimento das construtoras no país. O índice do setor acumula alta de 78,77% no ano, mais que o dobro dos 35,56% do Ibovespa. (págs. 1 e D2)

Menos fluxo de capital
O Banco Mundial (Bird) estima que os países em desenvolvimento receberão apenas US$ 363 bilhões em fluxos de capital privado neste ano, depois de atrair US$ 707 bilhões em 2008 e US$ 1,2 trilhão em 2007. Os dados constam de relatório a ser divulgado hoje. (págs. 1 e C5)

Ideias
Dani Rodrik: é difícil manter a ordem econômica mundial na ausência de uma potência dominante. (págs. 1 e A13)

Ideias
Sergio Leo: uniformes das Forças Armadas do Brasil serão fabricados com tecido importado da China. (págs. 1 e A2)

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Estado de Minas

Manchete: Descaso deixa cidades sem verba da educação (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Brasil dá um passeio na Itália
Seleção fez o placar no 1º tempo e se classificou para as semifinais da Copa das Confederações. Adversário será a África do Sul. Luís Fabiano marcou duas vezes. Dassena fez o terceiro, contra. Com a derrota, os italianos foram eliminados. A vaga é dos EUA, que pegam a Espanha. (pág. 1)

Identificados 11 corpos do voo 447
Teve início, ontem, o processo de embalsamento para translado: são dez vítimas brasileiras (cinco homens e cinco mulheres) e uma estrangeira. (pág. 1)

Brasileiro fica em média 22 dias no vermelho (pág. 1)

Greve no metrô (pág, 1)

Correria no Sul (pág. 1)

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