O Globo
Manchete: Crise faz governo bloquear R$ 37,2 bi do Orçamento
Turismo pode perder 95%; Esporte, 94%; e Meio Ambiente, 79%
Diante da crise, o governo Lula anunciou o bloqueio de R$ 37,2 bilhões no Orçamento deste ano - 25% das despesas previstas. O chamado "corte preventivo" reduz em R$ 14,7 bilhões, ou 30,5%, os gastos com investimentos, mas o governo disse que o Programa de Aceleração do Crescimento está preservado. As despesas com custeio da máquina foram cortadas em 22,5%. Os ministérios mais atingidos são Turismo (corte de 95,5%), Esporte (94,5%) e Meio Ambiente (79%). O bloqueio, o maior do últimos anos, pode ser revisto em março, quando se espera uma avaliação mais precisa da arrecadação. O presidente Lula disse que o Orçamento será olhado com responsabilidade: "Vamos gastar apenas aquilo que podemos gastar. Estão mantidas as obras importantes." Para o ministro Paulo Bernardo, a crise trará crescimento e receita menores. Em 2008, os cortes foram de R$ 19,4 bilhões. (págs. 1 e 3)
Arrecadação recorde no ano cai em dezembro
A crise mundial provocou uma queda real (descontada a inflação) de 4,71% na arrecadação impostos federais. Apesar disso, no ano, ainda há recorde e crescimento de 7,68% sobre 2007. Um dos mais atingidos foi o IPI de automóveis cuja receita encolheu 54,6% no mês. O IR de empresas recuou 26,42%. (págs. 1 e 20)
O crédito recorde faz os bancos temerem calote
O mercado de crédito no Brasil fechou o ano com crescimento de 31,1%, atingindo nível recorde. Com medo do calote, os bancos estão subindo as taxas de juros. (págs. 1 e 19)
Chinaglia cria privilégio em causa própria
Às vésperas da eleição no Congresso e em meio à disputa por cargos das Mesas, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, criou três gabinetes especiais para ex-presidentes da Casa. Um será dele. (págs. 1 e 4)
Battisti: Itália chama de volta seu embaixador
Em protesto pelo refúgio concedido pelo governo brasileiro a Cesare Battisti, a Itália chamou de volta seu embaixador no Brasil, Michele Valensise, para consulta. O país quer a extradição de Battisti. (págs. 1 e 5)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Ganho dos bancos cresce; inadimplência é recorde
Instituições captam dinheiro a juros de 12,6% ao ano e repassam a 43,2%
Em dezembro, os bancos do Brasil captaram dinheiro a taxas mais baixas que as observadas de junho a novembro, mas não repassaram a queda aos correntistas: ao contrário, o “spread” bancário atingiu o maior nível em mais de cinco anos. Os números são do Banco Central. No mês passado, os bancos pagaram 12,6% ao ano para levantar recursos no mercado e repassaram esse dinheiro aos clientes cobrando juros médios de 43,2%. A diferença, que é o maior “spread”, foi de 30,6 pontos. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, há mais aversão ao risco por parte dos bancos. Segundo a Febraban (associação do setor), embora a tendência do “spread” seja cair, a inadimplência tem atuado no sentido oposto. Outros dados do BC mostram que, em dezembro, a inadimplência no financiamento a pessoas físicas foi a maior desde 2002. Atrasos de mais de 90 dias nos pagamentos atingiram 8,1% dos empréstimos, contra 7,8% em novembro. (Págs. 1 e Dinheiro)
Foto legenda: Pingos nos is
O presidente Lula homenageia vítimas do Holocausto em sinagoga de SP, três semanas depois de o PT ter divulgado nota comparando a ofensiva de Israel em Gaza aos ataques do nazismo (Págs. 1 e A14)
Asilo concedido a terrorista faz Itália convocar seu embaixador
Num gesto de agravamento da crise deflagrada pelo refúgio dado ao terrorista Cesare Battisti, o governo da Itália convocou para consultas o seu embaixador em Brasília, Michele Valensise. A decisão italiana foi uma resposta ao parecer da Procuradoria Geral da República que recomendou ao Supremo a extinção do processo de extradição de Battisti. A Folha apurou que o presidente Lula não quer fazer mais nenhum comentário sobre o caso. (Págs. 1 e A4)
Jânio de Freitas: Atitude resulta da má condução do caso Battisti pelo Brasil
A soberania do Brasil para decidir o refúgio a Battisti tornou-se argumento do ministro Tarso Genro e de Lula. Mas ela não foi posta em questão pela Itália, assim como não foi o enquadramento legal da atitude do ministro. Nem para lembrar que um ato não é correto e bom só por refletir soberania e não ser ilegal. (Págs. 1 e A6)
Brasileiros estão entre os menos pessimistas
O Fórum Econômico Mundial começa hoje em Davos com sua principal clientela – os executivos globais – em estado de pânico. A confiança dos executivos caiu ao nível mais baixo desde 2003, de acordo com pesquisa. Os brasileiros estão entre os menos pessimistas –só perdem para os indianos nesse quesito, ainda assim em queda. (Págs. 1 e B8)
Ataques em Gaza matam dois e ameaçam trégua
A explosão de uma bomba na fronteira de Gaza com Israel matou um soldado israelense, e feriu três militares e elevou a tensão na região, que vive trégua frágil, relata o enviado especial Raphael Gomide. Israel reagiu com um ataque aéreo, matando um palestino e ferindo gravemente outro. (Págs 1 e A14)
Obama dá sua 1ª entrevista no cargo a TV árabe
Barack Obama escolheu a TV Al Arabiya, de língua árabe e voltada para a comunidade mulçumana, para dar a primeira entrevista como presidente na Casa Branca. Obama disse que os EUA não são “inimigos” dos mulçumanos e que o trabalho de seu enviado ao Oriente Médio será “ouvir”. (Págs 1 e A12)
Universidades privadas sofrem crise financeira na volta às aulas
Universidades privadas de São Paulo enfrentam problemas na volta às aulas. Docentes da São Marcos e da Unib estão em greve e por atraso nos salários. Na unisa, alunos protestam contra a demissão de professores. Juntas, as três têm 30 mil alunos matriculados. Para especialistas, a disputa por preço com faculdades e uma forte oferta de cursos não acompanhada por aumento de estudantes interessados são fatores de crise. (Págs. 1 e C1)
Editoriais: Leia “Sinais conflitantes”, que critica ação protecionista; e “Persiste a discriminação”, sobre brasileiros em Madri. (Págs 1 e A2)
Saúde: Apenas 27% dos médicos sabem diagnosticar a infecção generalizada. (Págs 1 e C9)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Itália chama embaixador de volta e agrava crise com Brasil
Gesto representa um protesto contra o refúgio concedido a extremista italiano
O governo italiano convocou seu embaixador em Brasília, Michele Valensise, que embarcou ontem para Roma. O gesto representou um protesto contra a concessão de refúgio político ao extremista Cesare Battisti, condenado a prisão perpétua na Itália. A iniciativa foi tomada após a Procuradoria-Geral da República brasileira recomendar ao STF o arquivamento do processo de extradição de Battisti. Para a Procuradoria, que antes tinha se manifestado a favor da extradição, o processo perdeu o sentido com a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar a Battisti o status de refugiado político.O subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica, se declarou tão "indignado" com a atitude do Brasil que chegou a recomendar o cancelamento do jogo amistoso entre as seleções dos dois países, marcado para o dia 10. Mantica sugeriu ainda que a Itália, atualmente na presidência do G-8, vai dificultar a aproximação do Brasil com o grupo que reúne as oito maiores economias do mundo. (págs. 1, A4 e A6)
Governo tenta esfriar o caso
...O presidente Lula considerou "exagerada" a reação das autoridades italianas à concessão de refúgio a Cesare Battisti. Ele orientou seus auxiliares a não esticar o bate-boca, com o objetivo de esfriar a crise entre os dois países. "É fim de papo", determinou. O Itamaraty divulgou nota em que lembra "os laços históricos que unem o Brasil e a Itália".(págs. 1 e A6)
Bloqueio de importação já prejudica indústrias
Medidas adotadas pelo Ministério do Desenvolvimento estão dificultando importações e prejudicando empresas que não conseguem liberar a entrada de componentes no país. A Nokia paralisou a produção em sua fábrica de Manaus por falta de peças importadas para celulares. Desde segunda-feira, é preciso ter licença para trazer do exterior 3 mil produtos que correspondem a 60% do valor da pauta de importações. (págs. 1, B1 e B3)
OMC avalia onda protecionista
... Para a Organização Mundial do Comércio, a adoção de barreiras intensificará a crise internacional. A União Européia criticou a decisão brasileira. (págs. 1 e B4)
Bancos continuam a aumentar o spread
Dados divulgados pelo Banco Central mostram que, apesar das medidas adotadas pelo governo para baratear o crédito, os bancos ampliaram a diferença entre a taxa que pagam para captar dinheiro e o quanto cobram para emprestá-lo. Em dezembro, essa diferença - conhecida como spread - atingiu em média 30,6 pontos, a mais alta desde agosto de 2003. Em novembro, o spread médio tinha sido de 30,1 pontos. (págs. 1 e B6)
Aviação - Tarifa aumentou 36% em 2008
..Apesar dos reajustes, Gol e TAM apresentam balanços ruins. (págs. 1 e B11)
Direto da Fonte - É dos quilombolas
Base de Alcântara não terá mais foguetes, informa Sonia Racy. (págs. 1 e D2)
Obama acena ao mundo árabe
Barack Obama concedeu a uma TV árabe sua primeira entrevista como presidente dos EUA. Ele disse à Al-Arabiya, dos Emirados Árabes, que os americanos estão prontos para estender a mão ao mundo islâmico, mas continuará caçando terroristas. "Minha mensagem para o mundo muçulmano é a de que os americanos não são seus inimigos", disse. “Às vezes cometemos erros, não somos perfeitos. O mais importante é começarmos a negociar o mais rápido possível." Para Obama, o envio do ex-senador George Mitchell para o Oriente Médio seria parte desse esforço. (págs. 1 e A10)
Crise global vai durar mais 3 anos, dizem executivos
A crise mundial ainda vai durar pelo menos três anos, segundo a maioria de 1.124 executivos de 50 países ouvidos pela Price Waterhouse & Coopers. Só 34% deles acreditam numa recuperação antes disso. A crise financeira será o tema onipresente do Fórum Econômico Mundial, que começa hoje em Davos, na Suíça. (págs. 1 e B8)
Notas e Informações - Os gestos calculados de Obama
...A cada dia Barack Obama demonstra seu domínio sobre ações simbólicas que servem para confirmar posições ou conduzir a desdobramentos futuros, no plano dos fatos. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: O reboque voltou
Os motoristas devem pensar bem antes de estacionarem o carro em locais proibidos. Em 22 dias de Operação Choque de Ordem já foram rebocados 1.030 veículos só na Zona Sul, na Barra e no Centro. Os números significam uma média superior a 46 automóveis apreendidos por dia. E a prefeitura avisa: para intensificar o trabalho de fiscalização, mais 24 reboques serão comprados. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)
Governo corta R$ 37 bilhões
O Ministério do Planejamento anunciou contenção de R$ 37,2 bilhões no Orçamento da União para este ano. O corte - R$ 22,6 bilhões de custeio da máquina e R$ 14,6 bilhões em investimentos - vale até março, quando o governo reavaliará o impacto da crise. (págs. 1 e A16)
Mais de 11 mil metros cúbicos de madeira ilegal na Amazônia
Operação realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal e Ibama apreendeu mais de 11 mil metros cúbicos de madeira ilegal em Cujubim, a 160 Km de Porto Velho. Parte da madeira é de uma espécie nobre da Amazônia, que será leiloada pelo Ibama. Em Belém, ativistas abriram a nova edição do Fórum Social Mundial. (págs. 1 e A7 a A10)
Gesto diplomático contra o Brasil
A Itália chamou ao país seu embaixador no Brasil, em protesto contra a Procuradoria Geral da República, que recomendou o arquivamento do pedido de extradição do ex-ativista Cesare Battisti. (pág. 1 e País, pág. A5)
Sociedade Aberta - Antônio Corrêa de Lacerda
Medidas protecionistas do governo podem prejudicar empresas brasileiras. (págs. 1 e A7)
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Correio Braziliense
Manchete: Niemeyer na trincheira:
“Não abro mão”
Aos 101 anos, o arquiteto de Brasília decidiu, em suas próprias palavras,“defender o trabalho” e avisou que pretende provar documentalmente a legalidade da Praça da Soberania,formada por um conjunto de prédio e obelisco com 100 metros de altura projetado para o gramado central entre a Rodoviária e o Congresso. O croqui da obra provoca polêmica desde que foi exibido. O Iphan e a Unesco afirmam que ela agride o tombamento de Brasília. Arquitetos e professores da área se dividem entre elogios e críticas sob o ponto de vista estético e funcional. Na única sondagem de opinião pública até aqui — uma enquete posta na internet pelo Correio — ,a esmagadora maioria das pessoas,mais de 70%,se declara contrária à novidade. Já Oscar Niemeyer diz contar com o apoio dos amigos para entrar na batalha, da qual não recuará. O governador Arruda afirmou que a polêmica é “ótima” e faz a cidade ficar intelectualmente viva. (págs. 1, 22 e 26)
Orçamento-Corte abre batalha entre Ministérios
A crise internacional levou o governo a bloquear R$ 37,2 bilhões em recursos do Orçamento até março. Ministros se preparam para disputar fatias do dinheiro. Aumento dos servidores está ameaçado.(págs. 1, 2 e 3)
Concursos-Detran reabre vagas. Infraero lança edital
Departamento de Trânsito do DF oferecerá salários de até R$ 5.849 para nível superior. Infraero anuncia formação de cadastro reserva. (págs. 1 e 15)
Caso Battisti-Aumenta a ira italiana contra o Brasil
Chanceler chama seu embaixador de volta a Roma e espera que STF decida por extradição de ex-militante de esquerda.(págs. 1 e 18)
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Valor Econômico
Manchete: Governo vê 'barbeiragem' e vai mudar licenças prévias
A exigência de licença prévia para importações desencadeou uma alavanche de reclamações das empresas e obrigou a equipe econômica a fazer uma reunião de emergência para reduzir o alcance da decisão, classificada como uma "barbeiragem" do Ministério do Desenvolvimento, que divulgou duas notas para garantir que insumos destinados à produção industrial não serão afetados.
A medida foi discutida na semana passada pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, e tinha como alvos principais bens de consumo e produtos argentinos. Mas técnicos do Desenvolvimento anteciparam-se e incluíram também grande parte das exportações chinesas.
A forte reação ã medida levou Mantega a telefonar para o ministro Miguel Jorge, em viagem ã África. Mais tarde, reuniu-se com o secretário-executivo do ministério, Ivan Ramalho, e o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, a quem se queixou do tumulto provocado entre as empresas. Mantega reafirmou a oposição da Fazenda a medidas que representem fechamento de fronteiras, disse temer o impacto que a medida teria sobre os preços internos e a inflação.
A exigência deixou atônitos os empresários e já atrapalhou as empresas. A produção de algumas indústrias de eletroeletrônicos parou por falta de peças importadas. A Nokia, uma das maiores fabricantes de celulares do país, opera quase sem estoques e foi uma das prejudicadas. Ela foi obrigada a cancelar a exportação de um lote para um cliente latino-americano. Três setores foram excluídos da exigência ontem no decorrer do dia por pressão do setor automotivo: autopeças, plásticos e borrachas.
Segundo um executivo, o risco de que compras não sejam aprovados e a demora do trâmite das licenças exigirá estoques maiores, pressionando o caixa das empresas em um momento de crédito caro e escasso. Os empresários são quase unânimes em apontar que o governo não tem estrutura e funcionários suficientes para liberar tantas licenças em tempo hábil. Para economistas como Armínio Fraga e Luiz Carlos Mendonça de Barros, a decisão foi um retrocesso e prejudica as exportações brasileiras, que hoje incorporam boa parte de componentes importados. (págs. 1 e Al0)
BNDES lançará 'Fundos Brasil'
O BNDES vem se reunindo com bancos internacionais e alguns nacionais para estruturar "Fundos Brasil de Investimento" em infra-estrutura, petróleo e gás e outras áreas no país. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse ao Valor que a idéia é oferecer os fundos aos "bolsões de poupança" no mundo, como fundos soberanos e países que acumularam centenas de bilhões de dólares em reservas internacionais, como a China. "Esses países não encontrarão nos próximos dois anos oportunidades de investimento com tanta rentabilidade e segurança quanto aquelas que o Brasil pode oferecer".
Os "Fundos Brasil de Investimento" serão fundos privados, formados pelos bancos. O BNDES entra como "estimulador" e poderá participar como cotista. Coutinho também informou que pelo menos 80% dos US$ 100 bilhões que o BNDES receberá do Tesouro serão para investimentos, mas o banco vai aumentar temporariamente as linhas para capital de giro. (págs. 1 e C2)
Pessimismo na Indústria
Pela primeira vez desde janeiro de 1999, o índice de confiança do empresariado brasileiro caiu abaixo dos 50 pontos, o que indica pessimismo, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria. O indicador marcou 47,4 pontos neste mês. (págs. 1 e A2)
Arrecadação de impostos
A arrecadação federal de tributos somou RS 66,2 bilhões em dezembro, a maior do ano passado, embora seja 4,71% menor que a de dezembro de 2007. No acumulado de 2008, o total arrecadado foi de RS 701,4 bilhões, 7,68% mais que no ano anterior. (págs. 1 e A3)
Dresdner quer fechar banco no Brasil e vender ativos
O Dresdner, da Alemanha, que já chegou a ter uma equipe de 250 funcionários no Brasil, resolveu fechar seu banco no país. O controlador Commerzbank negocia com grupos locais e internacionais a venda de seus ativos no mercado brasileiro. Embora hoje sua atuação esteja restrita à área de banco de investimento, o Dresdner possui uma licença de banco múltiplo que pode atrair o interesse de instituições financeiras que ainda não atuam no Brasil.
O banco tem cerca de 60 funcionários, patrimônio líquido de R$ 313 milhões e ativos de R$ 20,8 bilhões. Mantinha, até agora, a atividade de fusões e aquisições, mercado de capitais, câmbio e tesouraria. A decisão de fechar o banco no Brasil veio do novo controlador, que comprou o Dresdner AG por € 9,8 bilhões em transação anunciada em agosto de 2008. (págs. 1 e C3)
Vendas no varejo
Os supermercados tiveram em 2008 o melhor resultado dos últimos dez anos, com um aumento real de vendas de 9% (alta de 15,2% em termos nominais). Para este ano, a Abras projeta um crescimento bem menor, de 2,5% reais. (págs. 1 e B3)
Construção pesada
Apesar da crise econômica, a Promon Engenharia aposta na manutenção de grandes projetos da Petrobras e Vale do Rio Doce, suas principais clientes, para alcançar uma receita de RS 700 milhões neste ano, uma alta de 65% em relação a 2007. (págs. 1 e B6)
Recursos para Açu
A LLX Minas Rio - sociedade entre a LLX do empresário Eike Batista, e a Anglo American - assinou contrato de financiamento de RS 1,32 bilhão com o BNDES para implantação do porto do Aço, no norte fluminense. O investimento total é de R$ 1,81 bilhão. (págs. 1 e B7)
Sadia negocia aporte de R$ 1 bilhão
A Sadia poderá receber, em breve, uma injeção de capital da ordem de R$ 1 bilhão. "Essa faixa de valor seria razoável. Menos do que isso não resolve", afirmou Welson Teixeira, diretor de relações com investidores da companhia, ao Valor. A fonte dos recursos pode ser o BNDES.
Segundo ele, a empresa vem sendo procurada por investidores e há conversas em andamento, inclusive com o banco de fomento. “O BNDES é uma oportunidade", disse ele, lembrando que o banco tem participação em outras grandes companhias do setor, como JBS Friboi e Marfrig. Desde a semana passada, as ações da Sadia na bolsa refletem o receio dos investidores quanto aos efeitos dos derivativos nos resultados. (págs. 1 e D3)
Centro-Oeste amarga troca da soja por cana
Agricultores da Região Centro-Oeste que nos últimos anos trocaram o plantio de grãos, especialmente a soja, pela cana-de-açúcar lamentam agora a decisão. Parte dos produtores goianos que arrendaram terras para usinas enfrenta inadimplência. Além disso, hoje a relação de preços entre a cana e a soja se inverteu e favorece os grãos.
Em Primavera do Leste (MI), por exemplo, a margem de lucro projetada é de 29%. Já os fornecedores de cana do Centro-Sul estão recebendo cerca de RS 38 pela tonelada entregue às usinas. Mas os custos de produção estão em tomo de RS 45. (págs. 1 e B10)
Idéias
Cristiano Romero: exigência de licença prévia para importações reflete "desespero" da equipe econômica. (págs. 1 e A2)
Idéias
Martin Wolf: o setor financeiro, como um todo, não pode desalavancar-se por meio da venda de ativos. (págs. 1 e A9)
Idéias
Cláudio Couto: imbróglio de Battisti tomou ares de ópera bufa. (págs. 1 e A5)
Pacote de Obama atrai emendas protecionistas
Emendas introduzidas pelo Congresso dos Estados Unidos no pacote de estímulo econômico proposto pelo presidente Barack Obama dão preferência a empresas americanas na contratação de obras e serviços públicos financiados pelo plano, que irá a votação hoje na Câmara dos Deputados.
Uma comissão da Câmara aprovou emenda que determina que apenas o aço produzido no país seja utilizado em obras financiadas com o dinheiro do pacote. Outra emenda assegura privilégio semelhante para programas de computador e aparelhos desenvolvidos nos Estados Unidos para hospitais e clínicas médicas.
É possível que as mudanças sejam revistas quando o Senado analisar o pacote. A iniciativa da Câmara gerou protestos de grupos multinacionais preocupados com O avanço do protecionismo no Congresso. (págs. 1 e A6)
Bancos da Europa e dos EUA retêm US$1,6 tri em caixa e agravam a crise (págs. 1 e C1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Arrecadação é maior que o PIB do agronegócio
A Receita Federal registrou recorde de arrecadação em 2008. O Fisco obteve em dezembro o total de R$ 66,229 bilhões em tributos e, com este resultado, o acumulado no ano atingiu R$ 701,403 bilhões, aumento real de 7,68% em relação aos R$ 651,371 bilhões apurados no ano anterior, já corrigidos pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O desempenho da arrecadação é expressivo e supera até a projeção feita pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) para o PIB do agronegócio brasileiro, que deverá fechar o ano com R$ 685 bilhões.
Os números do Fisco mostram que a arrecadação manteve seu crescimento, apesar do agravamento da crise financeira internacional e do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que traria uma receita adicional de R$ 40 bilhões.
O secretário-adjunto da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, considerou o crescimento de 2008 “importante e robusto” e atribuiu o desempenho anual ao dinamismo econômico e ao comportamento da indústria, que deram suporte ao aumento da arrecadação. Se a crise não tivesse se agravado, a expansão seria
maior e fecharia entre 8% ou 9%.
O ex-secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Raul Velloso, acredita que dificilmente o Brasil repetirá em 2009 o resultado robusto registrado no ano passado (págs. 1 e A5)
Governo corta R$ 37,2 bilhões do Orçamento até março
O governo federal decidiu ajustar seus gastos ao novo cenário econômico. O Executivo contingenciou até março R$ 37,2 bilhões do Orçamento. O corte anunciado ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, corresponde a R$ 22,6 bilhões em gastos de custeio e R$ 14,6 bilhões em investimentos.
A medida, segundo Bernardo, não afetará os recursos a serem aplicados nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A proposta de reajuste do salário mínimo, de R$ 415 para R$ 465, também será mantida.
“Um pouco de prudência não faz mal”, comentou o ministro. A equipe econômica deverá se reunir novamente para uma avaliação e reprogramação de despesas. Após esta análise, o governo definirá os cortes no Judiciário e no Legislativo. (págs. 1 e A4)
Rogério Mori
Ao baixar a Selic para 12,75%, o Copom reagiu com muito atraso. A decisão, porém, traz alento de maior ousadia de ora em diante. (págs. 1 e A3)
Déficit da Petrobras é de US$ 1 bi
A Petrobras registrou déficit de quase US$ 1 bilhão no ano passado em sua balança comercial de petróleo e derivados, influenciado pela compra de produtos de maior valor agregado no exterior, como o diesel. (págs. 1 e A6)
Crédito retoma fôlego e sobe 31% em 2008
Após a brusca queda registrada em outubro e novembro por conta do agravamento
da crise financeira internacional, as operações de crédito voltaram a mostrar vigor. O estoque total de empréstimos do sistema financeiro cresceu 1,6% em dezembro na comparação com o mês anterior, atingindo R$ 1,227 trilhão ao final de 2008, o que representa o percentual recorde de 41,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em valores, o saldo aumentou 31,1%, de acordo com dados do Banco Central.
E a relação positiva entre crédito e PIB não deverá cair, a despeito da desaceleração da economia, dos juros altos e dos spreads elevados, indicam especialistas e o próprio Banco Central. A estimativa mais modesta aponta para alta de pelo menos 15% no saldo de operações de crédito em 2009. (págs. 1, B1 E B2)
Infraestrutura
BNDES libera R$ 1,3 bi para a LLX construir Porto do Açu (págs. 1 e C2)
Santelisa Vale negocia troca de dívida por ações
O Grupo Santelisa Vale deverá trocar a dívida de cerca de R$ 2 bilhões com bancos por participação acionária. As negociações entre o segundo maior produtor mundial de açúcar e álcool e mais de dez instituições financeiras, coordenadas pela Angra Partners, caminham bem. Os principais credores — Bradesco, Itaú, Unibanco e HSBC — aguardam também a aprovação de uma operação complementar: o aporte de R$ 500 milhões do BNDES Participações.
Há um ano, o BNDESPar participa do grupo com investimento de R$ 150 milhões, e deverá aumentar a presença com mais R$ 500 milhões, destinados ao pagamento de dívidas não-financeiras, como mão de obra, arrendamento de terras e fornecedores.
As negociações entre o grupo, cujo principal acionista é Luiz Biagi, e os bancos só não foram concluídas porque as famílias Biagi e Junqueira não querem perder o controle da companhia, disse uma fonte do mercado. (págs. 1 e B9)
Siderurgia
Vendas de aço crescem 6% em 2008 no País (págs. 1 e C4)
Oferta menor eleva preço do trigo
A quebra na safra de trigo argentino mudou os negócios no mercado interno. Retraídos, produtores esperam novas altas. Já os moinhos querem garantir seus insumos. (págs. 1 e B10)
Crédit Agricole amplia atuação
A Crédit Agricole DTVM administra cerca de R$ 5 bilhões de ativos no Brasil e pretende expandir a atuação na área de gestão de fundos e private bank. (págs. 1 e B3)
Pacotes na Alemanha e no Japão
O Japão e a Alemanha anunciaram ontem pacotes contra a crise. O do Japão injetará dinheiro do governo em empresas debilitadas, em troca de participação acionária. (págs. 1 e A12)
Augusto Nunes
Se adotar o nome de Partido dos Comunistas Convertidos, o PCC poderá roubar e matar sob a proteção do ministro da Justiça. (págs. 1 e A7)
Leonardo Trevisan
O messianismo em torno de Obama pode fazer a restauração ganhar da transformação. Por enquanto, a euforia venceu a razão. (págs. 1 e A3)
Santander faz oferta a vítimas de Madoff
O Grupo Santander informou ontem que vai oferecer ações em troca das perdas de seus clientes de private banking afetados pelo escândalo Bernard Madoff, gestor de fundos acusado de fraudes estimadas em US$ 50 bilhões. O aporte total será de € 1,38 bilhão e o Santander estima custo de € 500 milhões com a operação, antes dos impostos. (págs. 1 e B3)
Jornal britânico mostra os 25 culpados pela crise
Os jornalistas do diário britânico The Guardian fizeram uma pesquisa e chegaram à conclusão de que 25 pessoas são as maiores responsáveis pela atual recessão.
“A pior crise desde a Grande Depressão não é um fenômeno natural, e sim um desastre fabricado pelo homem”, diz a matéria, que traz como o maior dos culpados o ex-presidente do Fed americano, Alan Greenspan. Em seguida vêm o presidente do BC britânico, uma relação de políticos (entre eles Bill Clinton, George Bush e Gordon Brown), 15 banqueiros e representantes de Wall Street. Na categoria “outros” estão incluídos os cidadãos norte-americanos, “pois deveriam saber que estavam tomando mais dinheiro emprestado do que poderiam
pagar”. (págs. 1 e A12)
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Estado de Minas
Manchete: BH confirma 20 casos de dengue
Primeiras ocorrências da doença e alto índice de infestação pelo mosquito transmissor tornam preocupante o risco de epidemia. As notificações já somam 397. Em todo o estado, o total é de 467. Há dois casos suspeitos da febre hemorrágica, ambos no Vale do Aço, um dos quais com morte. Na capital, chuvas trouxeram outro perigo: a leptospirose, que já acometeu 10 pessoas. (págs. 1 e 21)
Lula exalta a força de José Alencar
Ao lado do cardiologista Roberto Kalil, o presidente visitou o vice, operado domingo para a retirada de tumores abdominais, e deixou hospital demonstrando otimismo quanto à recuperação. (pág. 1)
Bancos se aproveitam da crise para elevar lucro (pág. 1)
A meia hora que leva mais de um mês
No primeiro dia de concessão de salário-maternidade em meia hora, Luana Barbosa conseguiu o benefício no guichê do INSS em 14 minutos. O agendamento, porém, já leva mais de um mês. (pág. 1)
Itália - Relações abaladas
Italianos, que presidem o G-8, ameaçam barrar presença do Brasil no grupo, em retaliação a não-extradição do ex-ativista Cesare Battisti. (págs. 1 e 7)
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Jornal do Commercio
Manchete: PM suspeito de execução é preso
O sargento reformado Inácio Flávio foi levado de Itambé (PE) para depor em João Pessoa (PB). Detido, será acusado de ser mandante da morte do advogado Manoel Mattos, ocorrida sábado. (pág.1)
Carta vai avisar a aposentadoria
A partir de junho, Previdência enviará correspondência aos segurados que já têm direito de se aposentar. (pág.1)
Crise econômica é tema de marcha no Fórum Social Mundial (pág.1)
Caso Battisti (pág.1)
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