17 de janeiro de 2009
O Globo
Manchete: EUA socorrem bancos mas ações continuam em queda
Após uma semana de fortes perdas nas ações do setor bancário, o governo americano anunciou socorro de US$ 20 bilhões ao Bank of America (BofA), além da garantia de US$ 118 bilhões em ativos. Mesmo assim, suas ações caíram 13%. O Citigroup informou que será dividido em dois - uma parte bancária e outra de corretagem e gestão de ativos, que absorverá US$ 301 bi de recursos públicos -, dentro de um pacote lançado ontem depois que o banco informou perdas de US$ 3 bi no último trimestre do ano. Suas ações caíram 3%. Em Londres, o Royal Bank of Scotland caiu 13% na bolsa e os papéis do Barclays tiveram queda de 25%. O dia só não foi pior porque, na expectativa da posse de Obama, na terça-feira, o Dow Jones subiu 0,84%. A Bovespa teve alta de 0,49%. (págs. 1 e 25)
Lula defende reeleição sem limite de Chávez
O presidente Lula defendeu a possibilidade de reeleições ilimitadas para o colega venezuelano Hugo Chávez e afirmou que a consolidação da democracia no Brasil permite que um deputado ou partido proponha mecanismo semelhante. Ele ressaltou que não pretende disputar um terceiro mandato. (págs. 1 e 3)
Tarso ignorou voto de 2º de seu ministério
Ao dar status de refugiado político a Cesare Battisti, condenado por 4 assassinatos na Itália, o ministro Tarso Genro contrariou seu secretário-executivo e a PF, que votaram contra o benefício no Conare. Para o número 2 da Justiça, não ficou provado que Battisti foi perseguido político. (págs. 1, 5 e 8)
Petistas condenam nota do PT com críticas a Israel (págs. 1 e 34)
Vale desiste de projeto de US$ 5 bi
A Vale e os chineses da Baosteel anunciaram a suspensão do projeto de construção da Companhia Siderúrgica Vitória (CSV) , no Espírito Santo, no valor de US$ 5 bilhões. A obra criaria 15 mil empregos diretos e indiretos e, depois de pronta, a usina teria condições de gerar 3 mil vagas. A justificativa foi a crise global, que reduziu fortemente a demanda por aço no mundo. (págs. 1 e 27)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Maior banco dos EUA recebe ajuda de US$ 117 bilhões
O governo dos EUA ofereceu ao maior banco do país, o Banck of América, ajuda de US$ 117,2 bilhões, somando injeção de capital e garantia de perdas – quase 9% dos bens e das riquezas produzidos pelo Brasil em 2007. Em outro sinal da grave crise no setor, o Citigroup confirmou que será dividido em dois: uma “parte boa”, com operações como as de banco comercial, e outra de “ativos arriscados”, como corretoras e financeiras. O socorro é visto como compensação pelo fato de o Banck of América não ter desistido da compra do Merrill Lynch, adquirido em setembro por US$ 40 bilhões. Naquele mês, a concordata do Lehman Brothers e o empréstimo bilionário do governo à AIG fizeram a crise global se agravar. Hoje, o Banck of América alega que a deterioração dos ativos do Merrill Lynch era “muito maior” do que se imaginava. As autoridades americanas discutem a criação de um banco governamental que compraria ativos “podres” em poder das instituições financeiras, como os do setor imobiliário. (Págs. 1, B1 e B3)
Para presidente do STF, decisão de Tarso Genro é “ato isolado”
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, caracterizou a decisão sobre o asilo político concedido ao terrorista Cesare Battisti como “ato isolado” do ministro da Justiça, Tarso Genro. Em texto encaminhado ao Ministério Público, Mendes afirma que a corte nunca debateu a possibilidade de suspender processo de extradição quando a decisão de conceder asilo político é contrária ao entendimento do Comitê Nacional para os Refugiados. (Págs. 1 e A6)
Israel e americanos fazem pacto contra rearmamento do Hamas
A chanceler de Israel, Tzipi Livni, e a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, assinaram em Washington acordo que estabelece cooperação contra o rearmamento do grupo Hamas caso Israel aceite um cessar-fogo na faixa de Gaza. O texto promete apoio dos EUA para criar um sistema de controle das fronteiras terrestres e marítimas de Gaza e destruir os túneis usados pelo Hamas para infiltrar armas no território, entre elas alguns dos foguetes disparados contra Israel. O desarmamento do grupo é a principal exigência israelense para sustar a ofensiva, que já matou mais de 1.100 palestinos. Segundo a imprensa de Israel, o gabinete do premiê Ehud Olmert pode aprovar cessar-fogo unilateral hoje. (Págs 1 e A8)
Obama precisa apurar possíveis crimes de Bush
Um jornalista perguntou a Barack Obama se ele investigaria possíveis crimes do governo Bush. “Não acredito que alguém esteja acima da lei, mas precisamos olhar para o futuro”, respondeu. Lamento, mas, sem investigação, quem detém o poder estará acima da lei. (Págs. 1 e A11)
Editoriais
Leia “Lula na Bolívia”, sobre apoio ao governo Evo Morales; e “O pacote de Obama”, acerca de plano econômico anticrise. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Crise bancária se agrava nos EUA
Duas das maiores instituições financeiras dos Estados Unidos anunciaram ontem perdas bilionárias, aprofundando a crise bancária americana. O Citigroup teve prejuízo de US$ 8,29 bilhões no quarto trimestre de 2008. No mesmo período, o Bank of America perdeu US$ 1,79 bilhão. Numa reação às dificuldades, o Citigroup divulgou os detalhes do plano de reestruturação que vai dividir a instituição em duas partes. Informou, ainda, ter finalizado os termos do acordo pelo qual o Tesouro dos EUA vai garantir eventuais perdas até o limite de US$ 301 bilhões. O Citi acumula prejuízos há cinco trimestres consecutivos e já demitiu 50 mil trabalhadores. No caso do Bank of America, o governo confirmou a liberação de uma ajuda adicional de US$ 20 bilhões. Além disso, comprometeu-se a bancar perdas de até US$1l8 bilhões. A maior parte dessas garantias se refere a ativos do Merryl Lynch, comprado pelo Bank of America em setembro, em negócio estimulado pelas autoridades americanas. Apesar da ajuda oficial, as ações do Citigroup caíram 8,62% e as do Bank of America, 13,8%. (págs. 1, B1 e B3)
O que Chávez quer, Lula deseja
O presidente Lula diz que não quer para si um terceiro mandato, mas encontra justificativas ridículas para apoiar a reeleição indefinida do caudilho Hugo Chávez. (págs. 1 e A3)
Metalúrgicos fazem greve no ABC
Funcionários da fabricante de autopeças Magneti Marelli Cofap em Santo André e Mauá entraram em greve de advertência contra a demissão de 400 colegas. Sindicalistas cobram intervenção direta do presidente Lula para conter as dispensas. (págs. 1 e B6)
Políticos são citados nos arquivos de Protógenes
Peritos da PF encontraram em dois pen drives do delegado Protógenes Queiroz indícios de que políticos caíram no grampo da Operação Satiagraha. Entre eles, estão o ministro Geddel Vieira Lima e o senador Heráclito Fortes (DEM-PI). (págs. 1 e A4)
Estoque de vacina contra febre amarela está baixo
O estoque de vacina contra a febre amarela no Brasil está em 10 milhões de doses, 30 milhões abaixo do recomendado. A previsão é que a situação se normalize só no fim do ano. A Biomanguinhos, responsável pela produçAo, diz que o consumo interno está garantido. (págs. 1 e A13)
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Jornal do Brasil
Manchete: Esperança de cessar-fogo
Em seu último dia como secretária de Estado, Condoleezza Rice assinou documento pelo qual os EUA se comprometem a impedir que o Hamas receba armas contrabandeadas pela fronteira do Egito. Esta era uma das pré-condições para que Israel aceitasse o cessar-fogo, que deve ser votado ainda hoje, pelos deputados israelenses. À noite, haverá uma reunião do Gabinete de Segurança. (págs. 1, A2 e A3)
Supremo adia a libertação do italiano Cesare Battisti
Apesar de ter obtido a condição de refugiado político, o ex-ativista Cesare Battisti vai continuar preso em Brasília. O presidente do STF, Gilmar Mendes, solicitou parecer à Procuradoria-Geral da República para decidir sobre a liberdade. (pág. 1 e País, pág. A4)
Vice da OAB mostra o sofrimento do credor com burocracia. (págs. 1 e A9)
600 Kg de peixes mortos na Barra
Cerca de 600 quilos de peixes mortos foram retirados ontem na praia da Barra. Sem valor comercial, teriam sido descartados por pescadores. A prática, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), é ilegal, mas muito comum no litoral carioca. (págs. 1 e A12)
Rede sísmica em Minas Gerais
Uma rede de monitoramento sísmico será instalada em Minas Gerais para avaliar a atividade do subsolo. Só este mês a área de Montes Claros registrou quatro pequenos abalos - o mais recente, na quinta-feira, de 2,2 graus na escala Richter. (pág. 1 e País, pág. A6)
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Correio Braziliense
Manchete: Força-tarefa para regularizar lotes
Ibama cria grupo de trabalho a fim de apressar a liberação das licenças ambientais de Vicente Pires, Arniqueiras, Varjão, Mestre d’Armas, Sol Nascente e Pôr-do-Sol. Um dos empecilhos é a remoção de famílias em áreas de risco. (págs. 1 e 28)
Senado promove concurso, mas contrata por fora
Apesar de ter realizado seleção pública e preenchido com novos servidores 51 vagas na área de comunicação social, Casa fez licitação com objetivo de contratar empresa para atuar no mesmo segmento, com 337 funcionários terceirizados. (págs. 1, 2 e 3)
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Valor Econômico
Manchete: Citi é pressionado a vender ativos e encolhe no Brasil
A crise profunda da matriz deixou suas marcas no Citigroup no Brasil. No fim do terceiro trimestre, sua participação no mercado de crédito era menos da metade do que no início da década. A carteira somava R$ 8,9 bilhões em setembro, equivalentes a 0,86% do mercado, ligeiramente superior à do BicBanco, de R$ 8,7 bilhões, por exemplo. Com pouco mais de um terço do patrimônio do Citi, o BicBanco produz quase o mesmo total de crédito.
No terceiro trimestre, os depósitos totais do Citi caíram para R$ 6,9 bilhões, em comparação com R$ 7,2 bilhões em junho. Ainda assim, ficou com 0,6% do mercado, o dobro de sua participação no início da década, indicando que o Citi ainda tem uma marca bastante respeitada no mercado brasileiro. A base de clientes de alta renda e de cartões de crédito também são muito cobiçadas, disse o presidente da consultaria Roland Berger, Paul Gruppo.
Esses ingredientes mais a difícil situação da matriz e sua necessidade desesperada de fazer caixa tomaram o Citi no Brasil alvo do assédio de outros bancos. E a expectativa cresceu com o anúncio, hoje, do plano de reestruturação do banco, que terá a missão de dourar a pílula amarga de mais um trimestre de perdas, estimadas em US$10 bilhões.
Analistas acreditam que os negócios no Brasil são um dos ativos que podem ser vendidos. A direção do banco no país evita comentários e apega-se ao que o presidente do Citigroup, Vikram Pandit, disse quando visitou o país em novembro. Ele afirmou que o banco no Brasil não estava à venda. Mas ele também não queria vender a Smith Barney, grande fonte de receita, que selou nesta semana joint venture com o Morgan Stanley.
A direção do Citi está sob forte pressão dos reguladores americanos, analistas e investidores para vender ativos e reforçar o capital. Contrariando a posição até agora adotada, Pandit deve divulgar um plano que praticamente desmonta o império financeiro. Desde que a nova estratégia foi anunciada, na terça-feira, as ações do Citi caíram 32%. (págs. 1 e C3 a C8)
Braskem volta a pensar na Bolívia
A Odebrecht voltará a discutir com o governo da Bolívia a instalação no país de um pólo gás-químico da Braskem para industrializar o gás boliviano, segundo decidiram ontem os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales em almoço com o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht. Na próxima semana, a Braskem enviará à Bolívia uma missão técnica para discutir as condições de instalação do pólo, que depende de garantias de fornecimento regular de gás pelos bolivianos e pode representar investimento de até US$ l,5 bilhão.
A decisão de retomar as conversas sobre o pólo, com possível ajuda do BNDES, foi acompanhada de outros sinais de reaquecimento das relações bilaterais, que passaram por atritos devido a ameaças a imigrantes brasileiros na fronteira e queixas contra a frustração de investimentos da Petrobras. Lula deu apoio explícito a Morales, cuja proposta para a Constituição será submetida a referendo no dia 25. (págs. 1 e A4)
Idéias
Claudia Safatle: Fazenda prevê que PIB estará crescendo em até 6% no último trimestre do ano. (págs. 1 e A2)
Deflação permite corte maior no juro
O IGP-10 de janeiro mostrou a maior deflação da história. A queda foi de 0,85%, mais que o dobro das projeções dos analistas. O IPA, o índice que deveria estar acusando com mais intensidade as pressões cambiais, é justamente o que mais recua, caiu 1,5% no mês. Os juros declinaram pesadamente ontem no mercado futuro. A taxa para o fim do ano cedeu de 11,59% para 11,41%.O juro do swap de 360 dias baixou de 11,56% para 11,45%. Amplia-se a cada dia o contingente de analistas que passa a ver no corte imediato da Selic em 1 ponto uma providência natural e inescapável. Duas das mais importantes consultarias do país, a AC & Pastore e a MB Associados, revisaram suas expectativas de corte para 0,75 ponto. (págs. 1, A2 e C2)
Restrição a PIS/Cofins afeta exportadores
A Medida Provisória nº 449, que regulou a lei contábil, trouxe embutida uma alteração que atinge principalmente os exportadores. Na prática, a medida impede que a partir deste ano os créditos de PIS/Cofins e IPI sejam usados para pagar o Imposto de Renda e a CSLL recolhidos mensalmente pelo lucro real por estimativa. Para os exportadores, diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil, a nova regra afetará o fluxo de caixa durante todo o ano de 2009, exatamente em um momento de falta de crédito. "Sem a compensação, a empresa terá de tirar do caixa recursos para pagar o IR e a CSLL no decorrer do ano". O problema atingirá entre 20% e 30% das mil empresas responsáveis por 90% das exportações em valor e prejudica principalmente os fabricantes de produtos manufaturados. (págs. 1 e A5)
Crise chega ao Vale do São Francisco
A crise econômica mundial chegou às cidades sertanejas de Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia. Com a demanda externa por frutas em queda, os produtores do pólo agrícola do Vale do São Francisco, maior exportador brasileiro de uvas e mangas, começam a demitir funcionários, reduzir a escala das culturas ou substituí-las por outras.
A uva é a cultura mais atingida. Segundo estimativas da Câmara de Fruticultura de Juazeiro, cerca de 10 mil pessoas envolvidas com as plantações foram demitidas na região desde novembro - quase um terço da força de trabalho fixa. (págs. 1 e B10)
Busca por agilidade
Em vigor desde agosto, a lei dos recursos repetitivos já reduziu pela metade o volume de recursos especiais ajuizados no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O volume caiu 51,4% em dezembro, frente ao mesmo período de 2007. (págs. 1 e El)
Idéias
Antônio Ioris: desvario econômico e pilhagem ambiental têm de acabar. (págs. 1 e A8)
Fim da usina capixaba
A chinesa Baosteel e a Vale do Rio Doce podem anunciar hoje o fim dos planos para construção de uma usina de placas em Anchieta (ES), em razão de problemas ambientais levantados pelo governo capixaba. (págs. 1 e B7)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Crise força empresas a reinventar função do RI
Operações de derivativos, crise financeira internacional e virada repentina do câmbio promoveram uma agitação incomum no departamento de relações com investidores (RI) das empresas de capital aberto. Se a missão desses profissionais parecia restrita a viagens internacionais na atração de investidores e à divulgação de balanços a cada trimestre, os acontecimentos recentes lhes reservaram a missão de reter acionistas e até ajudar na captação de crédito bancário.
“Os times de RI tiveram de repensar suas atividades para não haver efeito manada”, diz Andrea Pereira, diretora de RI do grupo EBX.
A empresa de diagnósticos Dasa trocou o discurso sobre potencial de crescimento para a defesa de sua capacidade de atravessar a turbulência mundial, enquanto na Portobello até acompanhar a previsão do tempo tornou-se necessário, já que a empresa está sediada em Santa Catarina. “A maior preocupação dos investidores foi provocada pelas enchentes no estado”, conta Mário Baptista, diretor financeiro e de RI da companhia. Já a Brascan Residential Properties formatou o “kit crédito”, com todas as informações que os bancos precisam para avaliar a empresa, em caso de tomada de empréstimo.
Mas esses executivos também recebem solicitações inusitadas que ajudam a tornar a rotina mais divertida, até na crise. “O RI virou o canal alternativo ao SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)”, diz Ricardo Garcia, do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores. Quando trabalhou no Itaú e no Paraná Banco, Garcia recebia consultas sobre empréstimo pessoal e dica de investimento e, na Metal Leve, a lista incluía dúvidas na instalação de pistão. (págs. 1 e B1)
Força Sindical interrompe negociações com a Fiesp
Após uma semana de tentativas de acordo para minimizar as demissões, a Força Sindical interrompeu as negociações com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) por dez dias. O objetivo da pausa é negociar primeiro com o governo, intensificando os pedidos para um corte substancial na taxa básica de juros. O recuo da Força abre espaço para a unificação do discurso das centrais sindicais e para a adesão da Central Única dos Trabalhadores, que não aceita negociar enquanto os empresários não garantirem a manutenção dos empregos, independentemente de redução de jornada. (págs. 1 e A5)
O poder “parajudicial” de Tarso
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, atribuiu ao poder “parajudicial” do ministro da Justiça, garantido em lei, a decisão do governo brasileiro de conceder refúgio ao italiano Cesare Battisti. (págs. 1 e A7)
Opinião
Marcos Cintra: Na proposta de reforma tributária patrocinada pelo governo, o que é tecnicamente justificável é politicamente inviável. E vice-versa. (págs. 1 e A3)
Opinião
Klaus Kleber: Depois das medidas adotadas no início da crise, tem-se a impressão de que o imobilismo toma conta do governo. Parece que só o BC trabalha. (págs. 1 e A3)
Saneamento básico será acelerado
Os investimentos em projetos de saneamento básico serão acelerados durante este e o próximo ano, informou o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Sérgio Antônio Gonçalves. (págs. 1 e C3)
Teles pedem redução de tributos sobre serviços
No Brasil, os serviços de telecomunicações são tributados com o peso dos produtos supérfluos, como cigarros ou perfumes, embora sejam reconhecidos como essenciais a pessoas físicas e jurídicas de qualquer origem e condição econômica.
A soma dos tributos atinge em média 43%, mais que o dobro da alíquota que incide nos vizinhos Argentina (21%) e Chile (18%), ou nos europeus Portugal (17%), Espanha (16%) e Itália (9%), sem contar os americanos México (15%) e Estados Unidos (12%).
Por não respeitar o princípio da “seletividade”, que define alíquotas menores para serviços essenciais à população, os tributos das telecomunicações são alvo de críticas e campanhas recorrentes.
A associação das operadoras móveis, a Acel, pede postergação do Fistel, imposto de fiscalização que vence em março e prevê arrecadação de R$ 2 bilhões.
Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica, defende a redução dos impostos sobre os serviços nascentes de acesso à internet e tráfego de dados, ainda que os da telefonia sejam exagerados e excluídos do contexto mundial. “Estamos cientes da alta dependência dos estados”, justificou o executivo. (págs. 1, C1 e C2)
Varejo mantém juros e prazos
Ao contrário do que se imaginava, a crise financeira ainda não provocou alteração significativa nas taxas de juros de crediário e nos prazos de financiamento do varejo. Levantamento feito pela Shopping Brasil, empresa de inteligência de mercado, entre os dias 15 de dezembro do ano passado e 11 de janeiro de 2009, mostra que os dois indicadores vêm mantendo a estabilidade. “Esperava-se uma alteração pelo impacto emocional da crise no mercado. Mas na prática os juros não sofreram nenhum aumento significativo. Pelo contrário, já estiveram até mais altos”, afirma a gerente de Negócios da Shopping Brasil, Renata Gonzalez.
A análise foi feita com base no monitoramento de tablóides, jornais e revistas de mais de 300 redes em todo o País, referentes a ofertas de eletrônicos, eletrodomésticos, portáteis, informática e telefonia.
De acordo com o levantamento, a taxa de juros média na primeira semana pesquisada, de 15 a 19 de dezembro, foi de 4,93%. Subiu para 4,99% na semana seguinte, para 5,65% na posterior, e caiu para 5,44% entre os dias 5 e 11 deste mês. Já os prazos, passaram de 181 dias, na primeira semana, para de 183 dias nas duas semanas seguintes e de 189 na última semana do levantamento. (págs. 1 e C2)
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Jornal do Commercio
Manchete: Dia de transtornos
Em apenas cinco horas, choveu ontem o equivalente a um terço do esperado no mês, causando alagamentos e queda barreira. Moradores do Ibura temeram nova tragédia. Um raio caiu numa casa em Igarassu. Risco de dengue aumenta. (pág.1)
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