07 de janeiro de 2009
O Globo
Manchete: Gastos com manutenção de rodovias despencam
Os gastos com a manutenção e a recuperação das estradas federais despencaram ano passado, deixando em condições precárias as vias onde, só no período de festas de fim de ano, 435 pessoas morreram. Dos R$ 3,3 milhões previstos no orçamento para investimento na malha rodoviária sob responsabilidade do governo federal, apenas 15,5% (R$ 510 milhões) foram gastos em 2008. Em 2007, o governo gastara 44% do previsto (R$ 1,44 milhão) e, em 2006, 43,2% (R$ 1,05 milhão). O diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Luiz Antonio Pagot, ameaçou demitir superintendentes em estados onde o desempenho foi pífio. No Rio de Janeiro, por exemplo, só 2% do orçamento foi gasto. Em São Paulo, nada foi desembolsado. (págs. 1 e 3)
Elio Gaspari
A aposentadoria em meia hora é uma vitória do governo Lula, um sucesso na veia do andar de baixo. (págs. 1 e 7)
Os Maias e os da Silva
Três parentes do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) irmã, sobrinho e cunhada - foram nomeados para cargos de confiança nos gabinetes dos vereadores Carlo Caiado e Eider Dantas, Em São José (SC), Lurian da Silva Sato, filha do presidente Lula, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Social na administração de Djalma Berger (PSB). Para isso, licenciou-se do PT, que faz oposição ao prefeito. (págs. 1 e 5)
Indústria tem maior tombo em 13 anos
A produção industrial brasileira recuou 5,2% em novembro. Foi o pior resultado desde maio de 1995. Com isso, especialistas preveem queda de até 1,5% do PIB no quarto trimestre. Pelo sexto dia, a Bovespa subiu. (págs. 1, 17 e 19)
Salários além do teto para servidores
O CNJ estendeu aos servidores do Judiciário um benefício dos juízes: somar salários de empregos públicos e ganhar além do teto do funcionalismo, de R$ 24, 5 mil. (págs. 1 e 8)
Paes contrata universitários para escolas
O prefeito Eduardo Paes anunciou que vai contratar universitários para atuar como monitores em escolas de áreas de risco. A “bolsa formação” poderá pagar até R$ 600.(págs. 1 e 14)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Israel bombardeia escolas da ONU
Ataques israelenses deixaram pelo menos 30 mortos em uma escola das Nações Unidas na faixa de Gaza, no pior incidente em 1 dias de ofensiva contra o Hamas. Segundo a ONU, centenas de civis estavam na escola situada num campo de refugiados. Israel alega ter reagido a disparos feitos do local pelo Hamas. Horas antes, três palestinos tinham sido mortos em outra escola da ONU, na cidade de Gaza. Os palestinos estimam que ao menos 660 pessoas já tenham morrido na ofensiva. No lado de Israel, há dez mortos; seis soldados – quatro deles vítimas de “fogo amigo” – e quatro civis. O governo israelense concordou com a criação de um “corredor humanitário” para permitir o envio de suprimentos à população de Gaza. Os EUA anunciaram seu apoio a uma proposta de trégua elaboarada pelo Egito com a ajuda da França. (págs. 1 e Mundo)
Bolsa Família exclui 2,2 milhões de famílias
O Ministério de Desenvolvimento Social detectou 2,2 milhões de famílias que, apesar de preencherem os requisitos de perfil e renda, estão fora do Bolsa Família . Na prática, elas esperam na fila do programa, que atende hoje 11 milhões de famílias. O custo anual para incluí-las no Bolsa Família é de R$2,2 bilhões e não há previsão orçamentária para isso neste ano. O ministério planeja apresentar ao presidente Lula o novo mapeamento para convencê-lo a ampliar a verba do programa. (págs. 1 e A4)
Crise leva indústria à pior queda desde 95
A crise fez a produção industrial brasileira cair 5,2% em novembro ante outubro, na serie livre de influências sazonais. Foi a maior retração desde maio de 1995 (11,2%), segundo o IBGE. A produção já caíra 2,8% em outubro, sob o impacto da turbulência externa. Em apenas dois meses, o recuo chegou a 7,8% e a indústria voltou a produzir no mesmo patamar de maio de 2007. De acordo com o IBGE, a retração atingiu 21 dos 27 setores pesquisados. Desde 2002, ano do primeiro levantamento com esse total de atividades, nunca tantos haviam registrado queda. O instituto ressalta que, em 1995, a industria caiu puxada por um setor – o de petróleo, com a greve na Petrobras. Já os números de novembro devem-se à escassez geral de crédito. (págs. 1 e B1)
Editoriais
Leia "Revés na indústria", sobre dados do IBGE e "Gestão e demagogia", acerca de inovações no INSS. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Israel ataca abrigos da ONU e mata ao menos 30 palestinos
O Exército de Israel matou ontem ao menos 30 palestinos que estavam em escolas da ONU usada como abrigo em Gaza, o que deve ampliar a pressão internacional por um cessar-fogo. Foi o ataque mais violento da ofensiva contra o Hamas, que já dura 11 dias e matou mais de 670 palestinos, um quarto dos quais civis. Israel lamentou as mortes, mas acusou o Hamas de usar civis como escudos humanos. A ONU informara aos israelenses as coordenadas das escolas que abrigam refugiados justamente para evitar ataques. O Egito anunciou planos para trégua e convidou israelenses e palestinos para uma reunião. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, que participa das negociações, disse que um acordo não está distante. (págs. 1 e A8 a A10)
Tesouro faz captação de US$ 1 bilhão no exterior
Depois de quase oito meses, o Brasil voltou ontem ao mercado internacional com o lançamento de bônus da dívida externa com vencimento em 2019. A proximidade da posse do presidente dos EUA trouxe onda positiva e favoreceu a emissão brasileira. (págs. 1 e B4)
Brasil terá registro de pesquisas com voluntários
O Ministério da Saúde vai criar banco de dados sobre pesquisas realizadas com pacientes voluntários. Farão parte do Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos estudos sobre os efeitos de remédios, vacinas e terapias. (págs. 1 e A11)
Freio na indústria é o maior em 13 anos
A produção industrial brasileira em novembro caiu 5,2% ante outubro, o maior recuo apontado pelo IBGE desde 1995, resultado direto da crise internacional. A atividade do setor de veículos, por exemplo, diminuiu 22,6%. Comparando-se a novembro de 2007, a queda geral foi de 6,2%, a maior acentuada em sete anos. Para o IBGE, os resultados mostram que a crise é mais intensa nas áreas de bens duráveis e intermediários, mas está se espalhando por outros setores. (págs. 1 e B1 a B4)
Notas e Informações : Retaliação ao Judiciário
Dois projetos serão apresentados na Câmara com a intenção de contrabalançar a ingerência do Judiciário no âmbito político. O STF, porém, não extrapolou suas atribuições constitucionais. (págs. 1 e A3)
Loteamento de cargos ajuda Temer
Deputado já obteve apoio de 12 partidos para a presidência da Câmara. (págs. 1 e A4)
Kassab decide bloquear R$ 1,5 bilhão do orçamento
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou bloqueio de verbas de R$ 1,5 bilhão, o equivalente a 5,4% do orçamento municipal. Serão suspensas licitações cujos trabalhos não tenham iniciado. O objetivo é dar prioridade à saúde a educação. (págs. 1 e C3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Caça-níqueis ainda livres
A mobilização da equipe da prefeitura pelo Choque de Ordem nos primeiros dias da gestão Eduardo Paes passou batida por um problema familiar a boa parte da população carioca. As máquinas caça-níqueis, proibidas por decreto presidencial, em 2004, e municipal, em 2007, permanecem incólumes em muitos estabelecimentos comerciais nos quatro cantos da cidade - e nenhum deles teve o alvará de funcionamento cassado. Uma ronda feita pelo JB constatou que as maquininhas têm boa relação até com vizinhos ilustres, algumas delegacias, ao lado das quais são utilizadas livremente. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)
Alencar cobra intervenção no BC
O vice-presidente da República, José Alencar, disse ontem que a decisão de reduzir ou aumentar os juros deve ser política e não técnica. Segundo ele, o ideal seria que o governo federal desse uma ordem ao Banco Central para mudar a linha da atual política monetária. (pág. 1 e País, pág. A4)
Bolsa animada, indústria em queda
Estimulada pela volta de investidores estrangeiros, a Bovespa encerrou em alta o sexto pregão consecutivo, com quatro dias seguidos de dólar em baixa. Esses bons sinais, porém, contrastam com os resultados da indústria que, segundo o IBGE, amargou queda de 5,2% na produção de novembro em relação a outubro, a mais acentuada desde maio de 1995. O recuo fez analistas reverem a projeção de crescimento do PIB de 2008. (pág. 1 e Economia, pág. A15)
PF lista 17 cidades na rota de armas
A Polícia Federal identificou pelo menos 17 cidades usadas por traficantes como ponto de entrada de armas ilegais no Brasil. Seis delas estão na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. (pág. 1 e País, pág. A7)
Primeiros passos de uma longa jornada
Salto sobre a bagunça - Enquanto o prefeito Eduardo Paes sentia na pele o que sofrem os cariocas em dia de chuva, uma operação da Secretaria Especial da Ordem Pública reprimiu com adesivos 30 outdoors em Botafogo. As empresas responsáveis pela publicidade irregular foram multadas. O prazo para a retirada dos painéis termina amanhã. (pág. 1 e Cidade, págs. A10, A11 e A13)
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Correio Braziliense
Manchete: Que guerra é essa?
As armas dispararam contra a diplomacia na Faixa de Gaza. Em mais uma demonstração de indiferença aos apelos de cessar-fogo, forças israelenses destruíram duas escolas administradas pela ONU. Pelo menos 30 pessoas morreram com os ataques. O governo de Israel disse que havia militantes do Hamas entre as vítimas. Com a repercussão mundial da nova ofensiva militar, anunciou que permitirá ajuda humanitária em Gaza. Em Nova York, o Conselho de Segurança discute uma trégua para o conflito no Oriente Médio. (págs. 1, 14 e 16 a 18)
Crise arrasa produção industrial no Brasil (págs. 1 e 10)
FGTS com o caixa cheio
Embaladas pelo crescimento da economia, as contribuições para o fundo superaram os saques em R$ 6,7 bilhões em 2008. (págs. 1, Tema do Dia e 11)
Vem aí o táxi pré-pago
Para dar fim às filas nos aeroportos, GDF quer criar sistema de guichê com preços pré-estabelecidos, como no Rio. (págs. 1 e 21)
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Valor Econômico
Manchete: Mercados mostram 'bom humor' apesar da crise
Em meio a sinais claros de contínua deterioração nas principais economias do mundo, os mercados financeiros sustentam uma temporada de otimismo desde o fim de 2008 até agora. Os reflexos domésticos desse “bom humor” levaram o Ibovespa a seu sexto pregão consecutivo de alta e a uma valorização de 16,02% desde o dia 26 de dezembro. O juro real expresso pelo piso privado do custo do dinheiro - swap de 360 dias - e pela projeção do IPCA de 12 meses à frente caiu ontem a 6,698%, menor nível da série histórica. O swap caiu abaixo de 12% ao ano.
Os mercados de commodities voltaram a dar sinais de alta, impulsionados por compras chinesas. A China recompõe seu estoque de soja, beneficiando o produto brasileiro e americano. A soja subiu 2,94% ontem na bolsa de Chicago. Estoques baixos de minério de ferro no país também levaram as ações da Vale do Rio Doce a seu maior valor em três meses. Fabricantes de aço nos EUA, China e outros países estão experimentando fazer anúncios de altas para certos produtos e reabrindo um punhado de usinas que haviam sido fechadas por causa da baixa demanda alguns meses atrás. Ainda não está claro se os aumentos vão vingar.
A alta das commodities, que se estendeu ao petróleo, derrubou o dólar ante o real, consolidando a perspectiva de baixos problemas de repasses inflacionários no futuro. O dólar caiu 3,24% ontem, para R$ 2,18, no quarto recuo consecutivo. Nos três dias úteis do ano, declinou 6,6%. Os investidores estrangeiros percebem uma diminuição do grau de aversão global a risco e, mesmo diante da queda do juro real brasileiro, despejam dólares no mercado futuro da BM&F.
Para testar a menor aversão ao risco dos mercados, o Brasil fez ontem uma bem-sucedida emissão de US$ 1 bilhão em bônus de dez anos, totalmente vendidos e pela menor taxa da história, 5,875% ao ano. A Colômbia vendeu o mesmo valor em títulos. Hoje, os governos americano e alemão vão ao mercado em busca de US$ 40 bilhões. Só em janeiro, governos dos EUA e europeus tentarão obter dos mercados US$ 250 bilhões. (págs. 1, Cl, C2, D2, B6 e B10)
Idéias
Rosângela Bittar: presidente Lula prega uma candidatura única dos partidos aliados para a sucessão. (págs. 1 e A6)
Paraguai apela a movimentos sociais no Brasil por Itaipu
O governo do Paraguai está mobilizando movimentos sociais do Brasil com o objetivo de angariar apoio à sua campanha por mudanças nas regras de Itaipu. Integrantes do governo do presidente Fernando Lugo mantiveram contatos com o MST e outras organizações sociais ligadas ao PT e ao governo Lula. Brasília rejeita mudanças no tratado binacional.
Entre os sem-terra, os pontos de vista paraguaios já entraram na pauta de discussão dos militantes. “Se for necessário faremos no futuro manifestações de solidariedade ao povo do Paraguai”, diz João Pedro Stedile, dirigente do MST.
As reivindicações do governo paraguaio sobre Itaipu são um problema de política interna. A usina sempre esteve para os opositores paraguaios - que após 61 anos chegaram ao poder - assim como “As diretas, já” estiveram para a oposição à ditadura no Brasil. (págs. 1 e A10)
Indústria reduz PIB trimestral
A forte queda da produção industrial em novembro, de 5,2% em relação a outubro, fortaleceu a expectativa de que o PIB do quarto trimestre vai encolher entre 0,5% e 1%. Com a avaliação dominante de que o desempenho da indústria em dezembro também foi ruim, apesar do aumento nas vendas no setor automobilístico, os analistas revisaram para baixo as previsões para a expansão da área industrial em 2008. Agora, estimam variação inferior a 5%, em comparação aos 6% de 2007.
A queda em novembro trouxe preocupação porque foi generalizada. Das 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE, apenas 6 tiveram alta. O recuo mais significativo (- 20,4%)ocorreu no setor de bens duráveis, que inclui automóveis e eletroeletrônicos. A produção de bens de capital caiu 4%, enquanto a de bens intermediários registrou baixa de 3,9%.
O governo já esperava esse tombo da indústria, em virtude do severo ajuste de estoques feito pelas empresas. Na avaliação de fontes do governo, esse processo ainda levará de três a cinco meses. (págs. 1 e A3)
Exportação agrícola deve cair até 23%
O recuo nos preços mundiais das commodities agropecuárias e a estagnação na demanda global por alimentos devem reduzir neste ano em até 23% as exportações do agronegócio brasileiro, que sustentou o superávit comercial na última década, apontam estudos da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
No cenário mais provável, o setor deve gerar uma receita de US$ 57 bilhões no exterior. Em 2008, as vendas do agronegócio fecharam em US$ 71 bilhões. Devem crescer as quantidades exportadas de soja, açúcar e etanol. Mas as vendas de produtos florestais e carnes devem diminuir. (págs. 1 e B10)
Fundos têm o pior ano desde 2002
O ano de 2008 foi o pior para o setor de fundos de investimento desde a crise da “marcação a mercado”, em 2002. Os saques superaram as aplicações em R$ 46,2 bilhões. Em rentabilidade, o desempenho do setor ficou muito abaixo dos anos anteriores.
Houve a primeira redução de patrimônio dos fundos nos últimos sete anos, que fechou o exercício com R$ l,199 trilhão em ativos, ante R$ 1,201 trilhão em 2007. Na média, o retorno dos fundos foi de 3,57%, ante 16,37% em 2007. Queda de 41 % da bolsa e valorização de 32% do dólar afetaram especialmente os fundos multimercados, que tiveram resgates superiores a R$ 43 bilhões. (págs. 1 e D3)
S.A. resiste à divulgação de salários
As companhias abertas vão se opor à proposta da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de abertura dos salários e benefícios de executivos individualmente. Acostumadas à realidade atual, em que divulgam apenas o valor global dos gastos com salários de toda a administração, as empresas não querem expor os detalhes de quanto e como ganham seus diretores e conselheiros. A nova norma da autarquia promete gerar debate acalorado enquanto estiver em consulta pública, até 30 de março.
Para especialistas, a CVM não deveria amenizar as exigências sugeridas, pois elas seriam importantes para que o Brasil continue atraindo recursos de investidores estrangeiros. A nova norma alinha o país às práticas de mercado em países como Estados Unidos e França. (págs. 1 e D1)
Estoques zerados
As vendas de produtos de fim de ano surpreenderam o varejo, que em alguns casos ficou sem estoques antes mesmo do Natal. As vendas de panetones, por exemplo, aumentaram 6% em relação ao ano passado, segundo números da Associação Paulista de Supermercados. (págs. 1 e B4)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Aumentam os estoques no varejo da construção
O varejo especializado na venda de material de construção começa o ano com disposição. Depois de segurar os pedidos para a indústria de novembro até a primeira quinzena de dezembro, por conta de dificuldades de crédito junto aos fornecedores e do aumento de preço dos produtos com insumos importados, os varejistas estão não só voltando a se abastecer, mas também elevando os pedidos. “O varejo segurou as compras e desovou os estoques no final de 2008 através de ofertas para fazer caixa. Agora, as redes estão com estoques baixos e precisam repor produtos. Os executivos negociam à exaustão para conseguir bons preços”, diz Cláudio Conz, presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).
De acordo com a entidade, os varejistas estão dispostos a aumentar os estoques em até 10% para conseguir descontos em seus pedidos. A C&C, maior rede varejista do setor, confirma a disposição do varejo para negociar maiores volumes com a indústria. E na rede Dicico, as negociações estão ainda mais agressivas. Em algumas categorias a varejista encomendou até 25% a mais do que normalmente compraria para esta época do ano. “Aumentamos o volume de compras e conseguimos boas negociações”, afirma Dimitrios Markakis, presidente da empresa.
Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reúne com o setor da construção civil e infraestrutura para discutir medidas de incentivo a estas áreas. A principal expectativa do varejo é a redução da burocracia em financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). (págs. 1 e C2)
Captação de US$ 1 bi pelo Tesouro pode ajudar o real
A volta do Brasil ao mercado externo de bônus, ao captar ontem US$ 1 bilhão com vencimento em 2019, foi considerada um sinal importante para os mercados, o que pode ajudar a manter o dólar em queda. “A captação reduz as preocupações em relação a problemas de financiamento externo do País, tanto do setor público quanto privado. Mostra que o Brasil tem crédito”, comenta o estrategista-chefe do Credit Agricolle, Vladimir Caramaschi.
“Isto acaba reduzindo as pressões sobre o câmbio, o que favorece o real e também facilita o trabalho do BC na condução da política monetária, facilitando um corte na Selic.” O Brasil estava há oito meses sem captar no exterior. (págs. 1 e B1)
Agronegócio
A Equipav negocia compra de usina sucroalcooleira. (págs. 1 e B10)
Opinião
Rogério Mori: A questão agora é saber em que momento o BC se renderá aos fatos e iniciará a redução, ainda que tardia, da taxa básica de juros. (págs. 1 e A3)
Indústria tem o pior resultado desde 1995
A indústria brasileira colocou o pé no freio em novembro. A Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou queda de 5,2% na produção industrial do mês em relação a outubro. Trata-se do pior desempenho apurado pelo instituto desde 1995. Em comparação com o mesmo mês em 2007, a atividade apresenta 6,2% de desaceleração e marca o fim de um ciclo de 28 meses de expansão.
Segundo Silvio Salles, do IBGE, a retração intensa na produção física registrada na pesquisa mostra a velocidade com que a crise internacional impactou o setor industrial.
A perda de ritmo da atividade reforça as projeções de uma queda maior do Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre de 2008 e a aposta do mercado no corte de 0,5 ponto percentual da taxa Selic na próxima reunião do Copom.
A LCA Consultores reduziu a sua estimativa para o PIB do quarto trimestre. As novas projeções indicam queda de 1% no período em comparação com o trimestre anterior. “Isso significa que a chance de uma recessão técnica, ou seja, dois trimestres consecutivos de queda, é predominante”, afirma o economista-chefe da consultoria Bráulio Borges.
O recuo foi expressivo em segmentos sensíveis a crédito, como as montadoras, que fecharam novembro com queda de 22,6% na produção. Este setor foi seguido pela diminuição de 11,9% da indústria de máquinas e equipamentos. Os ramos de edição e impressão, com queda de 14,8%, indústrias extrativas (menos 10,9%) e metalurgia básica, com redução de 10,2%, completam o quadro da desaceleração.
De acordo com o IBGE, o desempenho industrial apresentou piora em 21 das 27 áreas pesquisadas. (págs. 1 e A5)
Venda de carros cresce 4%, prevê Fenabrave
A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) estima crescimento de 4% nas vendas de carros e comerciais leves neste ano. É uma projeção otimista, feita após a reação do mercado em dezembro. Para que a previsão se sustente, o presidente da entidade, Sérgio Reze, sugere que o governo mantenha a redução do IPI, prevista para voltar ao normal em março. Assim, segundo Reze, o País teria condições de atingir 2,78 milhões de carros e comerciais leves em 2009, ante vendas de 2,67 milhões de unidades em 2008.
Para a Fenabrave, o potencial de crescimento do Brasil vai fazer com que as vendas se recuperem, diferentemente de países como o Japão, que é um mercado saturado e vegetativo. “As vendas podem cair agora, mas certamente vão crescer. Temos um grande mercado inexplorado.” (págs. 1 e C1)
Inflação
IPC-Fipe encerra 2008 com alta de 6,16%. (págs. 1 e A4)
Com a crise, o Fisco deve ficar mais atuante
A crise econômica deve ter impacto também na arrecadação federal. A estimativa é de advogados, que alertam que a tendência do Fisco, em momentos de crise, é de aumentar a fiscalização. Por isso, afirmam especialistas, empresários devem ter atenção redobrada na hora de fazer o planejamento tributário.
“Com esta crise, a diminuição da arrecadação pode fazer com que o Fisco busque arrecadar de outras formas para que recomponha o cofre”, diz o advogado Oswaldo Leite de Moraes, do Demarest & Almeida. Simular operações que na verdade não ocorreram, como a cisão de empresas, para pagar menos impostos é um dos pontos na mira da Receita. (págs. 1 e A8)
Produção de motos cai até 20%
A indústria de motocicletas está entre os setores que, devido à crise financeira global, enfrentam retração nas vendas. As projeções são de queda em torno de 20% na produção em 2009. (pág. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Seca afeta safra de milho no Sul
Sem chuva há dois meses, o Rio Grande do Sul deve colher menos 1,6 milhão de toneladas de milho este ano, estima a Federação de Agricultura. As perdas se estendem também pelas lavouras de feijão e soja. (págs. 1 e B9)
Opinião
Ariverson Feltrin: nas médias e longas distâncias, o Brasil não dá a opção ferroviária como alternativa para aliviar a tensão e o estresse dos passageiros. (págs. 1 e A3)
Demissões ameaçam os indianos
Empresários alertaram que a queda nos pedidos devido à recessão global causará o corte de pelo menos 10 milhões de empregos, num setor que dá trabalho a 150 milhões. “O ano de 2009 será o pior da história”, disse o presidente da Federação de Exportadores. (págs. 1 e A9)
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Estado de Minas
Manchete: UFMG terá que explicar gastos de R$ 190 milhões
Auditoria do TCU aponta supostas irregularidades na aplicação do dinheiro. Reitor obtém no Supremo liminar que o livra de ser punido por fraudes. (págs. 1, 19 e 20)
Produção de carros cai. Venda reage
A produção industrial brasileira recuou 5,2% em novembro, em relação a outubro, segundo o IBGE. O resultado, o pior desde 1995, foi influenciado principalmente pela indústria automobilística, que teve queda de 22,6%. O dado positivo é que em dezembro as vendas de veículos cresceram 11,54% sobre o mês anterior. (págs. 1, 11 e Editorial, pág. 8)
Lista da anistia
Nilmário está entre os mais de 100 indenizados pelo governo. (págs. 1 e 7)
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Jornal do Commercio
Manchete: Caem os índices de violência no Estado
Maior redução foi registrada nos crimes contra o patrimônio (14,1%), enquanto queda na taxa de homicídios ficou em 2,8%, na comparação entre 2007 e 2008, segundo a SDS. Campanha de desarmamento, que recolheu 1,8 mil armas, vai continuar. (pág.1)
Redução do IPI garantiu recorde na venda de automóveis em 2008 (pág.1)
Justiça suspende cobrança extra da Celpe (pág.1)
Água mineral fica mais cara com selo de qualidade (pág. 1)
Israel ataca escolas das Nações Unidas e mata mais de 30 (pág. 1)
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