sábado, 3 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

03 de janeiro de 2009

O Globo




Manchete: Paes encontra R$ 1,3 bilhão em caixa deixado por Cesar


Após as divergências entre Cesar Maia e Eduardo Paes sobre a situação financeira do município, durante a transição, a secretária municipal de Fazenda, Eduarda La Rocque, disse ontem que a prefeitura tem em caixa R$ 1,3 bilhão, deixado pelo ex-prefeito. Mas o saldo final do caixa ainda é motivo de controvérsia porque o novo governo afirmou que, do total, somente R$ 334 milhões estão disponíveis no Tesouro municipal. A secretária já adiantou que a situação do caixa exige precaução, mas não é um problema. Ela se referia a um possível déficit de R$ 400 milhões apontado pela equipe de Eduardo Paes ainda durante a transição de governo. (págs.1,10 a 13)


Lula manda prefeito gastar


O presidente Lula criticou ontem os prefeitos que tomaram posse anunciando corte de investimentos e defendeu gastos com obras de infra-estrutura contra a crise econômica. "Qual dinheiro mais bem empregado do que numa obra?", disse Lula. (págs. 1 e 3)

Superávit comercial cai 38% com crise


A balança comercial brasileira fechou 2008 com saldo de US$ 24,7 bilhões, o menor resultado desde 2002, por causa da crise global. O valor é 38% menor que o registrado em 2007, que chegou a US$ 40 bilhões. A queda nos preços de commodities, como minério e grãos, e a valorização do real frente ao dólar - que durou até setembro - ajudaram a reduzir exportações. (págs.1 e 17)


Cidade da Música: seis meses fechada


A decisão da prefeitura de auditar os custos da Cidade da Música vai prorrogar por seis meses a abertura da casa de concertos, que já foi inaugurada por Cesar Maia. A inspeção nos gastos deve durar entre 90 e 120 dias. (págs. 1 e 10)


Choque de ordem terá 2 mil homens


O secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, anunciou que segunda-feira dois mil servidores - entre guardas, PMs e fiscais - darão um choque de ordem em sete tipos de ações em diversas áreas do Rio. A orla terá reforço de 160 guardas municipais. (págs. 1 e 11)


Israel em alerta redobra segurança


Num dia de fúria palestina, convocado pelo Hamas em protesto contra a ofensiva militar em Gaza, o governo entrou em alerta máximo e reforçou as ruas de Jerusalém com 12 mil homens. A segurança não impediu protestos e confrontos de palestinos contra a polícia. Na Cisjordânia, as fronteiras foram fechadas. A força aérea israelense bombardeou 30 alvos do Hamas, visando principalmente às residências de seus dirigentes. Três crianças palestinas morreram e,já há mais de cem civis mortos desde ó início dos ataques, no sábado passado. (págs. 1, 22 e 23)


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Folha de S. Paulo




Manchete: Importação cresce e saldo comercial é o pior sob Lula


Fazenda, pediu mais desoneração dos exportadores. O governo também afirmou que a volatilidade dos preços impede a fixação de uma meta para exportações. Nos cálculos do Desenvolvimento o país deve manter em 2009 a quantidade exportada no ano passado, mas pode haver queda no valor das vendas – há expectativa de redução nos preços neste ano, principalmente nos das commodities. O pior resultado do saldo comercial pesará no fechamento da contabilidade do país. A conta de transações correntes (movimento de mercadorias e serviços entre Brasil e o exterior), que será divulgada neste mês, deve mostrar o primeiro déficit do governo Lula. (págs. 1 e B1)

Redução do IPI abranda queda no comércio de automóveis


O número de veículos licenciados em dezembro de 2008 (194.520) ficou 19,7% abaixo do registrado no mesmo mês em 2007. Em relação a novembro, no entanto, houve acréscimo de 9,4% - consultores atribuem a recuperação de vendas do final de ano à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Ontem, a Receita Federal reduziu o IPI também para Kombis e para carros comprados diretamente da fábrica, pela internet. (págs. 1 e B3)

Editoriais


Leia "Corrosão regional", que comenta efeitos da crise na América Latina; e "Ainda os aeroportos", sobre atrasos. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo




Manchete: Saldo comercial é o menor do governo Lula


A balança comercial fechou 2008 com superávit de US$ 24,7 bilhões, o pior em seis anos e 38,2% menor que o de 2007. O resultado só não foi pior porque em dezembro as importações caíram mais do que as exportações, como reflexo da alta do dólar. A venda de produtos brasileiros no exterior, que entre janeiro e outubro havia crescido 28% contra igual período de 2007, ficou praticamente igual no último bimestre em relação ao de 2007.

Já o crescimento das importações recuou de 51,6% para 9% depois do pior momento da crise. No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 197,9 bilhões, cerca de US$ 4,1 bilhões abaixo da meta oficial. Apesar disso, elas foram 23,2% maiores do que o registrado em 2007. Para o governo, o Brasil perdeu menos mercado do que o resto do mundo. (págs. 1 e B1)

Estrangeiros tiram US$ 24 bi da bolsa


A Bovespa teve fuga recorde de capital estrangeiro em 2008. De janeiro a 26 de dezembro, a diferença entre compra e venda de papéis somou R$ 24,6 bilhões, o pior desempenho desde 1994, quando a bolsa começou a publicar os dados de movimentação de recursos.

A alta foi de 481% ante 2007, ano em que os estrangeiros tiraram R$ 4,2 bilhões. Ontem, no primeiro dia de pregão de 2009, o clima de otimismo nas principais bolsas da Ásia, Europa e Estados Unidos influenciou a Bovespa, que fechou em alta de 7,04%. (págs. 1 e B3)

INSS promete aposentar em meia hora a partir de 2ª


O INSS promete tornar bem mais ágil, a partir de segunda-feira, a concessão de aposentadorias - que agora deverão ser obtidas apenas 30 minutos após a solicitação. Os primeiros beneficiados serão os trabalhadores urbanos que tiverem direito à aposentadoria por idade. (págs. 1 e B4)


A crise e os novos prefeitos


Há, na nova safra de prefeitos, gente que entende melhor a realidade. A busca do equilíbrio das finanças municipais deu o tom dos discursos de posse. O contribuinte agradece. (págs. 1 e A3)


Instituto gaúcho vai gerir Incor-DF


A Fundação Zerbini deixará no dia 19 o controle do Instituto do Coração do Distrito Federal para se dedicar apenas ao Incor-SP. Em novembro, a fundação comunicou a decisão, o que gerou corre-corre. O ministro Nelson Jobim convocou o Instituto de Cardiologia do RS para assumir o Incor-DF. (págs. 1 e A11)


Israel sinaliza que invasão é iminente


Israel permitiu ontem que 270 estrangeiros e palestinos residentes em Gaza com passaporte de algum país atravessassem a fronteira para Israel, de onde seguiram para a Jordânia. A medida fez crescer a expectativa de que os israelenses deflagrassem, a qualquer momento uma invasão de Gaza por terra.

Uma semana após o início da ofensiva em Israel, o total de mortos em Gaza subiu para 425. No campo diplomático, o Egito teria assumido o diálogo com o Hamas. Os EUA também estariam envolvidos numa tentativa de trégua. (Págs. 1, A8 e A10)

Artigo: Não haverá vitória em Gaza


A violência palestina atormenta. A retaliação de Israel é desumana. Os dois povos estão ligados e têm de decidir se isto é uma benção ou uma maldição. (págs. 1 e A9)



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Jornal do Brasil




Manchete: Futuro indefinido das obras no Rio


As incertezas sobre o caixa disponível e a imprevisibilidade da arrecadação, devido à crise internacional, abrem uma janela de dúvidas sobre as obras da prefeitura do Rio. No primeiro dia de trabalho, Eduardo Paes anunciou, na Zona Oeste, a construção de uma estação de tratamento de esgoto. O início, porém, dependerá da análise dos contratos acumulados por Cesar Maia. Segundo a secretária de Fazenda, Eduarda laRocque, só no mês que vem se terá uma previsão de quais projetos começarão a ser executados. Além de tomar as primeiras medidas contra a dengue e iniciar o choque de ordem, Paes fez outra promessa: 100 mil casas populares, erguidas na terceira edição do programa Favela-Bairro, com ajuda do BID. (pags. 1, A2 e A3)

Resultado ruim para a balança comercial


A balança comercial brasileira fechou 2008 com o pior resultado desde 2002, devido ao forte aumento das importações. O superávit caiu 38,2% em relação a 2007 e terminou o ano passado em US$ 24,735 bilhões. Analistas reafirmam: 2009 será difícil. (Pags: 1 e A15)

Novatos da PF vão para a Amazônia


Parceira do Ministério do Meio Ambiente no combate aos delitos contra a natureza, a Polícia Federal está deslocando para a Amazônia e fronteira todos os novos policiais formados na Academia da PF em Brasília. A idéia é evitar que os novatos escolham locais como Rio ou São Paulo e deixá-los durante três anos para se capacitarem e suportarem adversidades. (Pags: 1 e A4)

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Correio Braziliense




Manchete: Um milhão e meio de multas no DF


Os radares, agentes do Detran e policiais militares atingiram em 2008 o recorde de infrações de trânsito notificadas no Distrito Federal, exatas 1.527.239 multas. O número é 23% maior que o de 2007 e, segundo José Teles de Souza, mestre em Engenharia de Transportes, reflete o pouco efeito educativo da fiscalização eletrônica sobre os motoristas. 59% das autuações flagraram excesso de velocidade nas ruas da cidade. (págs. 1 e 20)

Lula instiga novos prefeitos a gastarem


Da ilha de Fernando de Noronha, presidente da República prega a execução de obras, e não cortes de gastos públicos contra a crise. (págs.1 e 2)

Crise põe Brasília na rota do turista


Número de visitantes, como a família de Ivan Moreno, de Cuiabá, aumenta 75%. Mas há atrações fechadas. (págs.1 e 22)

Vai viajar? Confira o mapa da sujeira


Águas e areias poluídas ameaçam brasileiros que buscam o litoral. Só em Alagoas, 10 praias estão condenadas. (págs.1 e 8)

Gaza depois das bombas


Em seguida à mais uma investida da artilharia de Israel, família palestina amontoa seus pertences no campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza. Milhares de pessoas atendem pedido do Hamas e participam do Dia de Cólera nos países árabes. Líder do grupo fala com exclusividade ao Correio. (págs.1, 16 e 17)



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Valor Econômico




Manchete: Economia desaquecida vai garantir oferta de energia


A combinação de crescimento econômico mais moderado, clima chuvoso e o gerenciamento dos reservatórios das hidrelétricas feito ao longo de 2008 vai garantir sobra de energia ao país neste ano, segundo estimativas oficiais e de especialistas no setor. E e a tranqüilidade deve perdurar mais alguns anos, mesmo diante de um quadro desfavorável pelo lado da oferta. A Empresa de Planejamento Energético (EPE) revisou de 5,8% para 5,2% a previsão da alta da demanda em 2009 por conta da crise econômica.

Esse cálculo contempla uma alta de 4% do Produto Interno Bruto e por isso é considerado superestimado por alguns analistas. Mesmo antes do agravamento da crise, o governo já previa uma folga no fornecimento. "Só não digo que em 2009 o risco de apagão é zero porque tecnicamente não existe risco zero”, disse ao Valor o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp.

Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, diz que isso não significa que o governo pode relaxar em relação a novos projetos de geração. "O cronograma de leilões está mantido". Este ano serão realizados leilões para geração a partir de 2012 e 20l4. Também haverá um leilão de energia eólica.

Segundo Tolmasquim, mais importante do que acompanhar a capacidade instalada é analisar o quanto realmente será possível gerar. Isso por que 70% da matriz energética tem fonte hídrica e depende do regime de chuvas, o que faz variar a oferta do insumo no país. Essa característica faz com que hoje o Brasil possua um total de 102 mil megawatts (MW) de potência instalada, mas possa gerar efetivamente 54 mil megawatts médios.

A sobra de energia no país poderá afetar até o relacionamento com a Bolívia. Única produtora e importadora de gás do país, a Petrobras tem um plano alternativo para enfrentar uma queda no consumo do combustível. A diretora de gás e energia da estatal, Maria das Graças Foster, diz que a empresa poderá reduzir importações da Bolívia e de gás natural liquefeito (GNL) se o insumo não for necessário para geração de energia elétrica. (págs. 1, A3 e A4)


Linhões terão R$ 10 bi


O setor de transmissão de energia terá investimentos de R$ 10 bilhões a partir deste ano, para construção de 6,5 mil quilômetros de linhas e quase uma centena de subestações. Essas obras vão gerar 60 mil empregos diretos. (págs. 1 e B5)


Mercado vê corte dos juros


O mercado espera o início do afrouxamento da política monetária na próxima reunião do Copom, dia 21. Expectativa embutida nos juros futuros projeta três cortes consecutivos, reduzindo a Selic a 12,25% no fim de abril. (págs. 1 e C2)


Retração no aço


A produção siderúrgica poderá ter uma redução de pelo menos 10% em 2009, segundo analistas. Seria a maior queda em mais de 60 anos. Estimativas mais pessimistas dão conta de que serão necessários ao menos quatro anos para que a produção retorne aos níveis de 2007. (págs. 1 e B6)


Década de crescimento


Em dez anos, o patrimônio dos fundos de investimento no país cresceu mais de oito vezes, saltando de R$ 146 bilhões em 1998 para R$ 1,1 trilhão. Desse total, os rendimentos representam 82%. No período, os piores anos para o setor foram 2002 e 2008, quando o patrimônio ficou praticamente estável em relação ao ano anterior. (págs. 1 e D2)


Consolidação educacional


Apesar da crise no segundo semestre, 2008 foi o ano com maior número de fusões e aquisições entre as instituições privadas de ensino. De janeiro a novembro, foram fechados 55 negócios, ante 43 em 2007. A liderança no movimento coube à Anhanguera. (págs. 1 e B3)


CPFL interessa à Cemig e Neoenergia


Um dos principais interessados em comprar a participação de 14,2% do grupo Votorantim na CPFL Energia, uma das maiores empresas privadas no setor elétrico do país, é a Neoenergia. Outra companhia que tem conversado com o grupo da família Ermírio de Moraes é a Cemig. Segundo algumas fontes, Neoenergia e Cemig podem até mesmo estar alinhadas para tentar a aquisição.


Expansão na mira de hotéis de negócios


As previsões dos hotéis de negócios para 2009 são naturalmente mais modestas do que os resultados alcançados nos últimos anos, marcados por uma expansão significativa, mas ainda indicam números melhores que os projetados por outros setores. "Sou da opinião que, em tempos de crise, as pessoas tiram menos férias, mas trabalham e viajam mais para fechar negócios", diz Rafael Guaspari, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, que representa 27 redes de hotéis voltadas para viajantes corporativos. Até outubro, esse grupo conseguiu que a receita por apartamento aumentasse 12%. Para Diogo Canteras, da consultaria HVS, o crescimento do PIB poderá não ser tão vigoroso, mas haverá expansão. "Não é nenhuma tragédia crescer 2,5% em vez de 6%. A demanda por hotelaria vai aumentar". (págs. 1 e B1)


Caixa Geral de Depósitos volta a atuar no Brasil


O banco português Caixa Geral de Depósitos está voltando ao Brasil. Estatal e com um terço do mercado bancário de Portugal, a instituição quer crescer fora do país, segundo Rodolfo Lavrador, membro do conselho de administração, ajudando as empresas portuguesas que estão buscando novos mercados. O banco já atuou no Brasil, tendo controlado o banco Bandeirantes por dois anos, até vendê-lo em 2000. O projeto agora é um banco de atacado, que está sendo montado por Debora Vieitas, contratada como diretora-presidente. Debora trabalhou por 12 anos no CCF e por oito anos no BNP Paribas. (págs. 1 e C8)


República Tcheca já paga a conta da recessão européia


Após quatro anos de crescimento em torno de 6%, a República Tcheca assumiu ontem a presidência da União Européia, bloco ao qual aderiu em 2004, como uma vítima em potencial dos mesmos fatores que impulsionaram sua recente prosperidade. O país tornou-se um dos novos pólos industriais da Europa, mas começa a pagar o preço da recessão nas velhas potências do continente, que ainda absorvem mais de 80% de suas exportações. Nunca houve tantos investimentos estrangeiros, porém boa parte vem de empresas alemãs que agora revêem seus planos. Os turistas, que despejam US$ 6 bilhões por ano na economia local, já gastam tanto como antes.

Com o Brasil, as relações comerciais se beneficiam do surgimento de novas companhias aéreas regionais brasileiras. As compras dessas empresas transformaram o país no maior cliente global da fabricante de turboélices LET, que fez história fornecendo bimotores de 19 passageiros, sem cabine pressurizada, às ex-repúblicas soviéticas.

Mas hoje a movimentada linha de produção em Kunovice trabalha com os olhos voltados para o outro lado do mundo: quatro das 15 entregas já confirmadas para 2009 são para o Brasil. A fábrica se beneficia da decisão de suas concorrentes - inclusive a Embraer - de sair do mercado de aeronaves pequenas, diz Tomás Merti, gerente de negócios da LET, nome que significa “vôo" no idioma tcheco.


Idéias


José Graziano: crise internacional deve reduzir a segurança alimentar nos países da América Latina. (págs. 1 e Al0)


Idéias


Armando Castelar: irracionalidade eleitoral e más políticas públicas. (págs. 1 e A11)


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Gazeta Mercantil




Manchete: Por que as 'ações de viúva' fazem sucesso


Para os investidores ainda adeptos à renda variável e as gestoras de fundos de ações, a alternativa mais segura do mercado acionário neste ano devem ser as “ações de viúva”. Apelidadas pela característica de retorno (ainda que ponderado) garantido por anos a fio e, por isso, bons papéis para deixar de herança, essas ações vêm de empresas que têm fluxo de caixa assegurado mesmo em momentos de crise financeira e pouca necessidade de investimentos, o que lhes permite distribuir bem mais que os 25% mínimos do lucro líquido de cada exercício em proventos.

“Aconselhamos aos investidores as ações que são boas pagadoras de dividendos,o que também será a alternativa das gestoras”, diz Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros. Segundo a Economatica, 14 papéis da carteira teórica do Ibovespa apresentaram dividendyield (índice de retorno de dividendos sobre o preço da ação) ao final de 2008 superior a 6%, liderando as ações da Telemar,Transmissora Paulista e Eletropaulo.

“Os setores que apresentam geração de caixa mais equilibrada e previsível farão a diferença em 2009”, diz Andres Kikuchi, chefe de análise da Link Investimentos. Em geral, esses papéis são usados pelas gestoras para assegurar rentabilidade de fundos de ações, mas não são atrativos para o investidor mais ousado, que quer ganhos na oscilação do papel. (págs. 1 e B1)


Crise dá o tom à posse dos prefeitos


Os prefeitos que assumiram ontem os governos locais em todo o País iniciam o mandato em uma conjuntura macroeconômica marcada pela mais forte crise internacional de toda a história depois da industrialização. Menor ritmo de crescimento do PIB provocado pela recessão da economia mundial significa menos recursos nos cofres das prefeituras e, portanto, o máximo de precaução deve nortear os primeiros meses das administrações 2009-2012.

Este foi o tom da posse dos prefeitos das duas principais capitais brasileiras —Gilberto Kassab (DEM), em São Paulo, e Eduardo Paes (PMDB), no Rio de Janeiro —, que anunciaram medidas de redução de despesas para contrapor a esperada queda na arrecadação tributária e no repasse de verbas da União e dos estados. “É preciso cautela para enfrentar este momento, sem comprometer nossa gestão, contendo gastos em determinados setores até sabermos os efeitos desta turbulência”, afirmou Kassab.

O novo prefeito da capital fluminense aproveitou o seu discurso de posse para anunciar o corte de 30% nos valores pagos aos cargos comissionados e especiais e de 20% nas despesas de custeio, além do contingenciamento da quantia destinada aos contratos assinados pela prefeitura com empreiteiras e fornecedores. No interior, o discurso dos prefeitos eleitos e reeleitos também foi no sentido de segurar ao máximo os gastos, pelo menos enquanto o quadro de incertezas perdurar, pois já em fevereiro a folha de pessoal crescerá cerca de 12% por causa do reajuste do salário mínimo.

Os novos administradores locais também contam com aliados políticos e partidários para levar adiante seus projetos de governo em uma conjuntura econômica desfavorável. É o caso de João da Costa (PT), prefeito do Recife. Em sintonia com o governador Eduardo Campos (PSB) e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele afirmou em entrevista a este jornal que pretende chegar ao final do terceiro mandato dos petistas no governo local com índices de pobreza menos ruins. (págs. 1 e A6 a A10)


Novos tempos para os museus do País


Resultado de uma política iniciada em 2003, o governo federal anunciou
no último dia 18 a criação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a aprovação do Estatuto Brasileiro de Museus. As novas medidas mexerão com um setor que, somente entre 2001 e 2007, movimentou mais de R$ 1,5 bilhão no Brasil, gerando 40 mil empregos. Estima-se, hoje, que o País possua 2,6 mil museus, que preservam 200 milhões de bens culturais, conforme informa o museólogo José do Nascimento Junior, presidente do Ibram, em artigo escrito com exclusividade para a Gazeta Mercantil. (págs. 1 e E1)


Contas públicas


Superávit primário fecha em R$ 1,944 bi (págs. 1 e A5)


Confiança da indústria despenca


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 11% de novembro para dezembro. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com os 74,7 pontos de dezembro, o ICI atinge o menor nível desde 1998. (págs. 1 e A5)


Baixa demanda afeta portos


Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS) — os maiores portos do Sul do País — sentiram a crise financeira mundial. Nos dois terminais a baixa demanda fez cair a movimentação de cargas neste ano. (págs. 1 e C1)


Conta-salário entra em vigor


A partir de hoje, bancos que operam folha de pagamento com o setor privado estão obrigados a abrir conta-salário para os funcionários das empresas. As regras só valerão para funcionários públicos a partir de 2012. (págs. 1 e B1)


Obras em construção


A falta de confiança é um problema maior que a crise para a construção civil. Mesmo se o PIB for zero, o setor se expandirá com obras já contratadas. (págs. 1 e Investnews.com.br)


Siderúrgicas perdem 50% de seu valor


As empresas siderúrgicas brasileiras fecharam 2008 com redução de quase 50% no valor das ações. Caso da Usiminas, cujos papéis PNA encerraram o ano a R$ 26,52, queda de 49,72% ante o fechamento de 2007 e abaixo da cotação de R$ 32,61 de 2006. A forte queda é reflexo do momento adverso que as empresas têm vivido: retração de consumo, queda nos preços, cortes de produção. Essa reversão do cenário fez as corretoras revisarem para baixo a estimativa de preço para as ações das siderúrgicas, embora considerem que os valores atuais estão abaixo do potencial.

O Credit Suisse reduziu o preço-alvo das ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para US$ 20, ou R$ 44, por ação, ante os US$ 30 inicialmente estimados. Ainda assim, a projeção representa um potencial de crescimento de 51%, ante os R$ 29 de fechamento da terça-feira passada. Para a Gerdau, o preço-alvo caiu para US$ 8, ou R$ 18, por ação, ante a estimativa anterior de US$ 15/ação. (págs. 1 e C5)


Apesar de valer menos, firmas de agronegócio manterão ganhos


O furacão que atingiu o mundo inteiro em 2008 não deixou ileso o agronegócio. A maior parte das ações das empresas do setor teve desvalorizações superiores à do Ibovespa (- 41,22%) na BM&F Bovespa. Os piores desempenhos foram do frigorífico Minerva (- 82,95%) e da Açúcar Guarani (- 80,32%). Os menos ruins, da SLC Agrícola (-14,91%) e do JBS Friboi (-17,72%). A diferença entre um caso e outro é explicada pelos níveis de liquidez e endividamento. “Mas as companhias devem manter lucro operacional, já que produzem itens básicos”, avalia Peter Ping Ho, da Planner Corretora. (págs. 1 e B9)


Marketing via celular deve crescer em 2009


O ano de 2009 será a vez do marketing pelo celular (via portais, bluetooth ou SMS). Estimativas extraoficiais da Mobile Marketing Association (MMA) são de que o mercado movimentou R$ 150 milhões em 2008 no Brasil e, para este ano, há quem aposte em aumento de 50%.“O marketing via celular estaria, neste cenário, favorecido pela alta penetração dos telefones em todas as populações e segmentos”, diz Terence Reis, diretor da MMA Brasil. Isso porque, segundo ele, há risco de redução das verbas publicitárias. (págs. 1 e C6)


Expansão da telefonia móvel continua firme


Não houve crise na telefonia celular e o mercado doméstico acrescentou 26 milhões de novos usuários até novembro, 10 milhões a mais que no ano passado. Dezembro ainda não foi computado e costuma ser o melhor mês para o setor. Analistas de telecomunicações apontam a competição como a causa de tão vigoroso avanço. “A chegada da Oi a São Paulo provocou as concorrentes Vivo, Claro e TIM, e elas reagiram com promoções agressivas”, dizem Eduardo Tude, do Teleco, e Julio Pushel, do Yankee Group. (págs. 1 e C3)


Precatórios


Estados têm dinheiro para quitar dívida, diz Ferreira (págs. 1 e A11)


Biotecnologia


Aprovações de OGMs batem recorde e inauguram nova era na agricultura (págs. 1 e B10)


Opinião


Antonio Carlos Porto Araujo: No Brasil, 85% do PIB é gerado no mercado interno, levando a crer que há uma tendência para um crescimento expressivo em 2009. (págs. 1 e A3)


Opinião


Maria Fernanda Teixeira: Sou otimista. Os efeitos de fatores externos sobre a economia brasileira podem ser mais brandos que nos EUA e na Europa. (págs. 1 e A3)


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CartaCapital




O mundo em 2009




Henry Kissinger


- Uma nova ordem mundial

Lula da Silva


– Construindo o BRIC

As energias do Brasil – Luiz Pinguelli Rosa - Como aproveitar o potencial nas mãos do País. (págs. 12 a 15)


Menos espuma – A Luiz Antonio Cintra – Para Roger Agnelli, da Vale, a crise reduz os excessos. (págs. 18 e 19)


A AL vista por nós – Antonio Luiz M. C. Costa – O que o futuro reserva à região? (págs. 22 a 24)

Além das aparências – A Sergio Lírio – Guilherme Leal e a vez do desenvolvimento sustentado. (págs. 26 e 28)

A nova esperança dos EUA - Mas em 2009 Barack Obama terá de aprender a dizer não tanto internamente quanto no exterior, argumenta John Micklethwait. (págs. 37 e 40)

O fim da húbris – Os EUA serão menos poderosos, mas ainda considerados uma nação essencial na criação da nova ordem mundial, argumenta Henry Kissinger, ex-secretário de Estado. (pág. 92)

Latinos à deriva – Michael Reid – Separando os pragmáticos dos populistas. (págs. 93 e 94)

Investindo no B do BRIC – Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, vê um crescente papel global para as grandes economias emergentes. (pág. 100)

Tudo pronto para o jogo – Pratibha Thaker – Um futuro melhor para a África Subsaariana dependerá de boas políticas. (págs. 119 e 120)

Seja lá o que for – Zanny Minton Beddoes – O equilíbrio entre governos e mercados nas finanças vai oscilar... um pouco. (págs. 181 e 182)

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