terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Obama assume a presidência hoje para tentar tirar os EUA do atoleiro econômico

Barack Obama toma posse hoje entre llh30m e 12h (14h30m e 15h no horário de Brasília), cercado de uma ansiedade coletiva em torno da concretização das promessas de mudança que o colocaram no topo do poder da única superpotência que ainda resta no planeta. Ele assume no rastro de uma onda de otimismo que tomou conta do país no meio de uma crise econômica sem precedentes em 80 anos, que sela o fim da era Bush. Passada a euforia da cerimônia de posse do primeiro presidente negro - eleito quase um século e meio após a abolição da escravatura, por Abraham Lincoln, e apenas 40 anos depois do fim da luta contra a segregação racial -, as atenções estarão voltadas às suas primeiras medidas para retirar o país do atoleiro econômico e, ao mesmo tempo, recuperar o seu prestígio internacional. Na empreitada de reerguer a economia, um pacote de US$ 825 bilhões vem sendo preparado, com a criação de 4 milhões de empregos. Dar como encerrada a guerra no Iraque e engrossar o poder de fogo dos EUA no Afeganistão são outras prioridades, assim como fechar o polêmico presídio em Guantánamo. Para isso, Obama cortejou a direita e formou um Ministério composto por pragmáticos, com grande experiência na administração pública, e não por ideólogos, relatam, de Washington, JOSÉ MEIRELLES PASSOS. GILBERTO SCOFIELD JR. e MARÍLIA MARTINS. (págs. 1 e 22 a 25)

Antigo mercado de escravos recebe plateia da festa
O National Mall, antigo mercado de escravos transformado no parque em frente ao Capitólio que receberá milhões de pessoas para a posse de Obama, simboliza as conquistas do movimento negro hoje. Washington, cidade de maioria negra, acolhe milhares de caravanas, muitas delas formadas por jovens que querem participar deste momento de afirmação do orgulho negro.(págs. 1 e 23)

Uma retirada de tropas para Obama ver
O Exército israelense acelerou a retirada de suas tropas da Faixa de Gaza, com o objetivo de completar o recuo até o início da noite de hoje, que coincide com a posse do presidente Barack Obama; no horário de Washington (o fuso é de sete horas). O duelo retórico entre Israel e o Hamas continua. Milhares de palestinos começaram a voltar para suas casas, mas muitos deles s6 encontraram ruínas. (págs. 1 e 26)

Espanha é o 1º país rico a ser rebaixado (pág. 1 e 20)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Indústria concentra demissão recorde
País perdeu 655 mil vagas com carteira assinada em dezembro, das quais 273 mil no setor industrial, diz o governo

Dados do Ministério do Trabalho mostram que a indústria puxou os cortes de vagas no mercado formal em dezembro. Foram fechadas no mês passado 654.946 vagas com carteira assinada no país. É mais que o dobro do verificado em 2007 e o pior resultado em dez anos. Apesar de os cortes terem afetado todos os setores, a maior redução ocorreu na indústria de transformação, que perdeu 273.240 postos de trabalho. O subsetor de produção de alimentos e bebidas foi o mais atingido, com cerca de 110 mil vagas eliminadas em um só mês. Na avaliação do governo, os setores de suco de laranja e sucroalcooleiro tiveram as maiores perdas – por serem exportadores, eles foram fortemente atingidos pela queda na demanda mundial. São Paulo perdeu em dezembro 285.532 vagas, 44% do total eliminado no mês. As demissões no Brasil superaram o recorde dos EUA na atual crise, em novembro de 2008, quando foram cortadas 584 mil vagas. Para o ministro Carlos Lupi (Trabalho), indústria e construção civil exigirão medidas por parte do governo: ele não detalhou quais. (Págs. 1 e B1)

Serra anuncia Alckmin como secretário de Desenvolvimento
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin será secretário de Desenvolvimento do governo de José Serra, também do PSDB. O ex-governador estava sem cargo público desde 2006, quando, após disputa com Serra, concorreu à Presidência e perdeu para Lula. Na eleição municipal, Alckmin foi derrotado por Gilberto Kassab (DEM), apoiado pelo governador. (Págs. 1 e A4)


José Sarney disse a Lula que disputará a presidência do Senado pelo PMDB; Tião Viana (PT) pode ser adversário. (Págs. 1 e A6)

Obama toma posse hoje, com discurso mais negro
A véspera da posse de Barack Obama foi marcada por eventos que lembravam o aniversário de Martin Luther King Jr. (1929-1968). Obama que toma posse em Washington às 15h (horário Brasília), reforçou em discurso o significado de os EUA terem seu primeiro presidente negro. Pesquisa indica que a tolerância racial no país é recorde. (Págs. 1 e A10)

Presidente já é o mais endividado da história recente
Barack Obama assume hoje como o presidente mais endividado da história recente dos EUA. O déficit fiscal em 2009 atingirá estratosféricos US$ 1,2 trilhão. Com o novo pacote para reaquecer a economia e a segunda parcela da ajuda aos bancos, poderá ultrapassar 10% do PIB logo. (Págs. 1 e A11)

Democrata vai deixar de ser uma ‘tela vazia’
Obama aperfeiçoou a arte de soar maravilhoso sem dizer grande coisa. É uma “tela vazia” na qual se projetam visões e esperanças. Mas, quando ele tiver no poder, isso vai mudar. (Págs. 1 e A10)


Novo governo tem eco de Roosevelt
Barack Obama chega ao poder sobre as pegadas de seus antecessores. Inspirado por Lincoln, é com Roosevelt – que assumiu na Grande Depressão – que há paralelos mais fortes, já que Obama pega o país sob intensa crise. (págs. 1 e A14)

Israel sinaliza que completará hoje a retirada da faixa de Gaza
Dois dias após a trégua que pôs fim a três semanas de ofensiva contra o Hamas, fontes de Israel afirmam que pretendem completar a saída da faixa de Gaza antes da posse de Barack Obama. Estima-se que o conflito tenha deixado 1.300 mortos. A retirada continuou ontem, e só agora os moradores começam a dimensionar o grau da devastação. (Págs. 1 e A16)

Editoriais
Leia “A promessa Obama”, sobre expectativas nos EUA; e “Tragédia no Cambuci”, acerca de desabamento. (Págs. 1 e A2)



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O Estado de S. Paulo

Manchete: Corte de vagas é o maior desde 92
Em dezembro foram cortados 654 mil empregos com carteira assinada, principalmente na indústria

O governo anunciou ontem que, em dezembro, o total de demissões superou o de contratações em 654.946 vagas. Trata-se do pior desempenho já registrado num único mês no mercado de trabalho formal, levando-se em conta dados colhidos desde 1992. Com o desempenho de dezembro, o número de empregos com carteira assinada criados no ano passado ficou em 1,45 milhão, o que representa uma queda de 10,2% em relação a 2007.

Até setembro, integrantes do governo julgavam possível fechar 2008 com a criação de 2 milhões de vagas. Antes de divulgar o resultado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, teve uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que determinou a elaboração de medidas para estimular a indústria de transformação, a mais afetada pela crise financeira.

"Nada nos assusta mais do que o desemprego", disse Lupi. A redução do Imposto sobre o Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis foi citada como exemplo de iniciativa que tem produzido efeitos positivos. No final da tarde, Lula reuniu-se com dirigentes de centrais sindicais. (págs. 1, B1, B3 e B4)

Mais de 1/5 dos cursos do ProUni é de baixa qualidade
Um cruzamento realizado pelo Estado, com dados do Índice Geral de Cursos, mostra que 22,9% das instituições ligadas ao Programa Universidade para Todos (ProUni) têm desempenho 1 e 2, o que pode ser traduzido como cursos com baixa ou baixíssima qualidade. Pelo projeto, as universidades devem conceder bolsas a alunos de baixa renda para manter os certificados de filantropia e a consequente isenção fiscal. (págs. 1 e A16)

Alckmin terá secretaria no governo de Serra
O governador José Serra anunciou que Geraldo Alckmin assumirá a Secretaria Estadual de Desenvolvimento, hoje ocupada pelo vice-governador Alberto Goldman. Alckmin tinha se afastado de Serra durante a campanha à prefeitura de São Paulo - quando foi batido por Gilberto Kassab, que teve o apoio velado do governador. "Ele trará uma contribuição preciosa", disse Serra. (págs. 1 e A4)

SPFW - Até teste de aids ganha ar fashion
Ministério da Saúde faz campanha na semana de desfiles. (págs. 1 e C6)

Tragédia na praça onde índio morreu
Dois sem-teto são mortos no lugar em que Galdino foi queimado. (págs. 1 e C5)

Obama assume já sob pressão da economia
O 44º presidente dos EUA toma posse numa cerimônia cheia de simbolismos

Cercado de expectativas sem paralelo, Barack Obama toma posse hoje como o 44º presidente dos EUA, numa cerimônia cheia de simbolismos. Sua prioridade será recuperar a economia americana da maior crise desde a Grande Depressão, como informa o enviado especial Fernando Dantas.

Obama promete mais intervenção do Estado. Na política externa, é esperada a volta do multilateralismo. A correspondente Patrícia Campos Mello diz que o novo governo espera contar com os "Obamistas" - pessoas que se sentem responsáveis por sua vitória -para aprovar medidas polêmicas, como a reforma do sistema de saúde. Esperança é a palavra de posse, relata Paulo Sotero. (págs. 1 e A8 a A14)

Análises: A posse num país sem paralelo
Jack Rosenthal

O mundo espera um governo com paralelos em Lincoln, Roosevelt, Kennedy... Mas Obama assume um país totalmente mudado. (págs. 1 e A12)

Análises: O mais difícil começa agora
Gilles Lapouge

O mundo espera Obama como o Messias. Ele precisará, e depressa, tomar decisões que implicam o risco de quebrar a cara. (págs. 1 e A13)

Notas e informações: Uma pausa para Obama
O cessar-fogo na Faixa de Gaza resultou da exigência americana para a montagem de um invólucro de paz em torno dos primeiros dias de Obama na Casa Branca. (págs. 1 e A3)

Israel marca data com a retirada de Gaza
Israel deve completar hoje, dia da posse de Barack Obama, a retirada de suas tropas da Faixa de Gaza. Após três semanas de bombardeios, a desocupação ocorre rapidamente. Palestinos já retornam para o que restou de suas casas e corpos ainda são retirados dos escombros. Com o cessar-fogo respeitado também pelo Hamas, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, convidou o grupo islâmico para um governo de união nacional. (págs. 1 e A15)

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Jornal do Brasil

Manchete: Obama - Reforma começa pela economia
Mãos à obra

Um dia antes de tomar posse, Obama foi voluntário num abrigo de adolescentes, durante o Dia de Serviço Martin Luther King.

Em tempos de incerteza, Barack Obama, que hoje toma posse da Presidência dos EUA, montou uma verdadeira operação de guerra para salvar a economia. Ainda este mês ele pretende, com ajuda do Congresso liberar US$ 100 milhões de auxílio a proprietários de imóveis inadimplentes e US$ 100 milhões à educação. Nos primeiros 30 dias de governo, seu plano de investimentos em infra-estrutura vai tomar forma, com um pacote de US$ 140 bilhões para o setor, destinados a projetos estaduais e municipais. A saúde ganharia outros US$ 130 bilhões. (págs. 1, A2 e A10)

Queda-de-braço barra juro menor
O Comitê de Política Monetária do Banco Central começa hoje a decidir sobre a taxa básica de juros. É praticamente consenso que a Selic vá cair, mas a tensão entre o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dificulta uma redução mais acentuada - culpa, segundo analistas, da insistência do Copom em reafirmar a independência do BC. Ontem, Meirellles defendeu o regime de câmbio flutuante. (págs. 1 e A20)

Emprego tem pior queda em 10 anos
A piora na crise econômica levou o Brasil a registrar em dezembro o pior resultado para o emprego com carteira assinada em 10 anos. O ministro Carlos Lupi cobrou da Fiesp garantias de postos de trabalho. (págs. 1 e A21)

Poucos querem se qualificar
A adesão dos beneficiários do Bolsa Família ao Plano Setorial de Qualificação é baixa. Só 5% dos 360 mil convites feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foram aceitos. O plano busca capacitar 184 mil trabalhadores na construção civil. (págs. 1 e A14)

Sociedade Aberta - João Baena Soares
Brasil precisa ser enxergado com outros olhos. (págs. 1 e A6)

Sociedade Aberta - Ernesto Lozardo
Por que o 'New Deal' de Obama terá de ser drástico. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta - Gláucio Soares
Bush mostrou que erros podem gerar catástrofes. (págs. 1 e A5)

Sociedade Aberta - Cristina Pecequilo
Presidente já entrou para a História. Agora falta fazer. (págs. 1 e A3)

ANP propõe coalizão governista com Hamas
A Autoridade Nacional Palestina propôs ao Hamas a formação de um governo de unidade nacional, que organize eleições legislativas e presidenciais simultâneas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Isso ajudaria a pressionar Israel pelo fim do bloqueio na região. (págs. 1 e A22)

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Correio Braziliense

Manchete: Obama renova o sonho por um mundo melhor
Na véspera de assumir a Casa Branca, presidente eleito cita Martin Luther King e exorta os americanos a trabalharem juntos para superar as dificuldades.

Evolução
Eleição representa golpe no racismo

Maioria da população acredita que vitória de Obama fortalece o movimento por igualdade racial contra o histórico de segregação no país.

Michelle, uma dama de estilo

Advogada de sucesso com diplomas em Harvard e Princeton, a mulher de Obama fascina pelo perfil moderno, o gosto pela moda e o engajamento social.


Já vai tarde
A melancólica saída de George W. Bush

Republicano que afundou a economia dos EUA telefona para vários líderes mundiais e convida Lula para uma temporada em rancho no Texas.(págs. 1, 16 e 18 a 23)

Sarney no páreo
Ex-presidente sai de reunião com Lula candidatíssimo à Presidência do Senado. (págs. 1 e 3)

Onda de demissões
Nunca antes neste país houve um dezembro com tanta gente mandada embora. (págs. 1 e 12)

Pardais que mais multam no DF
Visível e cercado de placas avisando sobre o limite de velocidade, um equipamento eletrônico instalado no início da Esplanada, na altura do Corpo de Bombeiros, sentido Palácio da Alvorada — Congresso Nacional, lidera o ranking dos 10 que mais flagram excesso de velocidade no DF. Do total de 900.699 multas em 2008, só ele registrou 39.745. O segundo, também no Eixo Monumental, na altura do Cruzeiro, contabilizou 18 mil infrações. (págs. 1 e 27)

Mendigos executados enquanto dormiam
Ainda era madrugada quando um motoqueiro aproximou-se do coreto na Praça do Índio, na 703 Sul, alguns metros distante da parada de ônibus onde o índio pataxó foi queimado vivo 12 anos atrás. Ele sacou o revólver e matou um morador de rua, que dormia, com um tiro na cabeça. Outro mendigo acabou executado com três disparos. (págs. 1, 25 e 26)

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Valor Econômico

Manchete: Aracruz fecha acordo para pagar dívida de US$ 2,6 bi
A Aracruz terá nove anos, além de seis meses de carência, para pagar sua dívida de USS 2,6 bilhões com um grupo de bancos estrangeiros. O acordo concluído pela fabricante de celulose foi um desfecho favorável para liquidar um passivo originado principalmente por prejuízos em operações com derivativos de câmbio.

O Valor apurou que os contratos entre a Aracruz e os bancos devem ser assinados nos próximos dias. Com isso, a companhia começa a equacionar a pior crise de sua história, que quase a levou à lona em outubro, quando sua posição vendida em dólar chegou a US$ 10 bilhões.

O acordo prevê o pagamento de juros crescentes, para estimular a liquidação antecipada. A taxa começa em Libor mais 3,5%, em 2009, e sobe a 4% em 2010. A partir de 2011, aumenta 0,25 ponto percentual a cada seis meses, até o teto de 6%. Como a Libor está em 2,5%, a taxa inicial será de 6% ao ano e o teto, de 8,5%. As parcelas serão trimestrais. A empresa deu fábricas e florestas em garantia.

Os credores da Aracruz são JPMorgan, Merrill Lynch, Citi, Calyon, Santander, Barclays, Deutsche, Goldman Sachs, ING e BNP Paribas. Além dos USS 2,13 bilhões, dívida originada pelos derivativos, o acerto incluiu cerca de US$ 500 milhões em financiamentos tomados antes da crise. Em dezembro, os bancos fizeram sua primeira proposta à empresa: sete anos de prazo e Libor mais 7% ao ano.

O acordo abre caminho para a compra, pela Votorantim, das ações de controle da Aracruz pertencentes a um grupo liderado pelo empresário norueguês Erling Lorentzen. A transferência de 28% das ações ordinárias da empresa, acertada em agosto por R$ 2,7 bilhões, ficou em suspenso depois que vieram à tona, em setembro, os prejuízos da empresa com derivativos. A renegociação da dívida com os bancos permite que se chegue a um novo preço para a Aracruz. Em agosto do ano passado, quando foi anunciado o acordo entre Lorentzen e a Votorantim, o valor de mercado da Aracruz era de R$ 11 bilhões. Ontem, valia R$ 4 bilhões na bolsa. (págs. 1 e C1)

Polêmica sobre terras na Amazônia
No centro da polêmica sobre a necessidade de ampliar a presença do Estado na Amazônia, a regularização das terras da região virou o pivô de uma disputa dentro do governo. Nesta semana, uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve decidir sobre a criação ou não de uma agência executiva para substituir a atuação do Incra na área. A proposta do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, é vincular a nova agência à Presidência e usar a estrutura dos institutos de terras dos nove Estados da Amazônia Legal para tocar um plano de regularização fundiária por meio de uma varredura nas posses. O Ministério do Desenvolvimento Agrário resiste à proposta. Para evitar a perda de poder do instituto a ele subordinado, o ministro Guilherme Cassei apresentará um plano para tirar 67,4 milhões de hectares da irregularidade, que favorece a gri1agem e inibe a proteção à floresta. (págs. 1 e A4)


Demissões ainda são localizadas
Desde que a crise internacional atingiu a economia brasileira, o mercado de trabalho registrou volumes expressivos de demissões - 695,8 mil postos com carteira assinada nos dois últimos meses do ano, 654,9 mil apenas em dezembro. O emprego formal cresceu 5% no país em 2008, mas o índice poderia ter chegado a 6% se as dispensas em dezembro tivessem se mantido na média histórica de 300 mil postos.

Para especialistas, é cedo ainda para dizer que o desemprego se disseminou. Eles avaliam que as demissões em massa estão circunscritas a poucos setores: cadeia automotiva, comércio (com a não-efetivação de temporários) e siderurgia. Janeiro poderá confirmar ou não a tendência. Páginas 1 e A3

Como corrigir a regulação bancária
O sistema financeiro precisa de mais regulação, mais supervisão, maior exigência de capital e limites à concentração bancária, receita o Grupo dos 30. Organização privada, o grupo é comandado por Paul Volcker, presidente do Conselho de Recuperação Econômica do governo de Barack Obama, e reúne um eclético time de economistas renomados. As medidas para consertar o sistema financeiro mundial constam de documento de 77 páginas escrito por Volcker, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central do Brasil, e Tommaso Padoa-Schioppa. A idéia, segundo Fraga, é que ele seja usado como ponto de partida na discussão sobre a reconstrução do sistema. (págs. 1 e Cl0)

Barack Obama passará logo da posse à ação
Barack Obama deve marcar a sua histórica cerimônia de posse como o 44º presidente dos EUA - que deve atrair milhões para a capital, Washington -, com uma convocação para que o país abrace uma nova cultura de responsabilidade.

Nenhuma decisão é esperada para hoje. O trabalho de fato do novo presidente deve começar amanhã. Seus assessores disseram um dos primeiros atos de Obama será convocar a equipe de segurança nacional e dar as ordens para a preparação da retirada das forças do Iraque em 16 meses.

Na frente econômica, a administração de Obama provavelmente vai baixar novas regras logo para forçar os destinatários dos fundos de socorro do governo a dar maior transparência quanto ao uso dos recursos. "Transparência vai fazer uma grande diferença", disse um assessor. (págs. 1 e A12)


Idéias
Delfim Netto: a prova de que houve muito pouco keynesianismo no 'New Deal' é que o desemprego continuou alto. (págs. 1 e A2)

Idéias
José Eli da Veiga: plano de energia está na contramão da história. (págs. 1 e A11)

Educação puxa os preços
A inflação na cidade São Paulo, medida pelo IPC/Fipe, teve alta de 0,23% na segunda quadrissemana de janeiro, acima do 0,18% da apuração anterior. Os gastos com educação tiveram alta de 2,58%, reflexo das despesas com material escolar. Os alimentos caíram 0,23%. (págs. 1 e A2)

APC Compra a Microsol
A APC, do grupo francês Schneider Electric, fechou acordo para comprar a Microsol, fabricante cearense de estabilizadores de energia e nobreaks. O negócio deve ser concluído nos próximos meses, após autorização do Cade. (págs. 1 e B2)


Sadia corta 350 gerentes e diretores
A Sadia, que deve ter em 2008 o primeiro prejuízo em 64 anos, decidiu enxugar sua estrutura administrativa e vai demitir 350 pessoas, o que deve proporcionar à empresa uma economia anual de R$ 44 milhões em salários e encargos. Ao Valor, o presidente da empresa, Gilberto Tomazoni, e o presidente do conselho de administração, Luiz Fernando Furlan, garantiram que não serão demitidos trabalhadores do “chão de fábrica". As demissões em curso atingem cargos de gerência (incluindo gerentes de fábrica), supervisores e diretores em todas as unidades. A maior parte dos afetados estão em São Paulo e Curitiba. (págs. 1 e Al0)

Investimento externo direto mundial caiu 21% no ano passado (págs. 1 e A9)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Demissões chegam a 654 mil em dezembro
O ritmo das demissões registradas em dezembro desagradou ao governo, que deve acelerar as medidas para atenuar a perda de postos de trabalho. O corte de 654.946 trabalhadores com carteira assinada registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no mês passado corresponde ao pior resultado para esse período desde 1992.

O ministro Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, atribui o desempenho à falta de crédito, que afetou principalmente o setor da construção civil, e aos estoques elevados na indústria de transformação.

O País fechou 2008 com a criação de 1.452.204 novos empregos com carteira assinada, desempenho abaixo do 1,617 milhão de 2007. O ministro espera ainda mais resultados “fracos” em janeiro e fevereiro, mas aposta na retomada do nível de emprego a partir de março.

De acordo com projeções da LCA Consultores, a abertura de vagas formais no mercado de trabalho vai cair ainda mais e registrar em 2009 o pior desempenho em seis anos. A abertura de postos com carteira assinada deve ficar em 900 mil vagas no ano - no menor resultado desde 2003 -, após atingir 1,4 milhão no ano passado.

Representantes das principais centrais sindicais reuniram-se ontem com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e reivindicaram o corte da taxa Selic, como forma de estimular a atividade econômica. Os sindicalistas saíram com a promessa de Lula de aumentar o salário mínimo de R$ 415 para R$ 465 a partir de 1º de fevereiro e de redução do spread bancário.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) deve iniciar a partir de hoje manifestações de rua e em portas de fábrica “para chamar a atenção da sociedade para a questão do emprego”, afirmou Artur Henrique Silva, presidente da entidade. (págs. 1, A6 e A7)

BC deve iniciar afrouxamento de juros com corte agressivo
Os indícios de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve iniciar um ciclo de afrouxamento da taxa básica de juros com corte agressivo na reunião que começa hoje foram reforçados com a divulgação da redução de vagas formais efetivada em dezembro. Esse número, adicionado aos dados de produção industrial e comércio, desloca o centro das atenções do BC da inflação para o nível da atividade econômica.

A estimativa de boa parte dos economistas é que haja corte de 0,75 ponto percentual na Selic, para 13% ao ano. “Um corte menor do que este seria muito tímido para as condições atuais”, diz Silvio Campos Neto, economista-chefe do Banco Schahin. A última vez que houve corte desta ordem foi em abril de 2006. (págs. 1 e B1)

Marsh atrai empresas para o “Plano B”
A corretora de seguros e resseguros e gerenciadora de riscos Marsh prevê crescer mais de 350% neste ano com a venda de projetos de continuidade de negócios (BCM, do inglês Business Continuity Management). A multinacional contratou novos analistas e passa a atuar em todas as regiões do País na elaboração de “planos B” para empresas, que contemplam análises de risco, programas de recuperação de desastres e de gerenciamento de crise e treinamento. O executivo Roberto Zegarra explica que a Resolução 3.380 do Conselho Monetário Nacional, que obriga instituições financeiras a adotar o BCM, fomenta a demanda, mas empresas do setor produtivo também buscam a proteção. “O risco operacional é a principal preocupação, a empresa precisa de uma estratégia se seu fornecedor quebra.” (págs. 1 e B1)

Fiat e Chrysler estudam parceria contra a crise
A Fiat e a Chrysler podem estabelecer parceria para juntar forças no momento delicado que as duas companhias atravessam, num cenário global de crise. Caso a negociação evolua, a Fiat terá acesso, com sua tecnologia de carros pequenos, ao mercado norte-americano. Em contrapartida, a Chrysler cederá uma participação à montadora italiana.

A informação, publicada na revista especializada Automotive News Europe, provocou uma resposta do porta-voz da Chrysler, Lori McTavish. “No contexto econômico atual, as companhias de todos os setores estudam parcerias, e nossa indústria não é diferente.” Questionada, a Fiat não quis fazer comentários.

A Fiat admite que atravessa um momento difícil e só conseguirá alcançar suas metas financeiras para 2010 se o mercado de automóveis voltar à “normalidade” até o fim de 2009. A pior crise no mercado automobilístico italiano desde 1993 está obrigando o presidente mundial da companhia, Sergio Marchionne, a considerar uma redução para as metas da montadora pela primeira vez desde que conseguiu tornar a empresa lucrativa em 2005. (págs. 1 e C7)

Opinião
Paul Krugman: Pessoas influentes tornaram-se devotas de um novo tipo de vodu: a crença de que, realizando elaborados rituais financeiros, poderemos manter os bancos-zumbis funcionando. (págs. 1 e A13)

Opinião
Robson Braga de Andrade: Até 2012, Minas receberá investimentos de R$ 170 bilhões em novos projetos. É preciso desde já adequar a infraestrutura e dar condições à mão de obra para essa expansão. (págs. 1 e A3)

Opinião
Costábile Nicoletta: Assim como os eleitores têm direito de saber quanto ganham deputados e senadores, as empresas de capital aberto deveriam revelar aos acionistas o salário de quem as dirige. (págs. 1 e A3)

Balneário Camboriú espera receber um milhão de turistas
Apesar de a população fixa ser inferior a 100 mil habitantes, o Balneário Camboriú tem jeito de cidade grande. Considerada um dos principais polos turísticos de Santa Catarina, a cidade fervilha no verão, com gente de outros municípios catarinenses e também de outros estados, como Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Nesta temporada, a estimativa é de que receba um milhão de turistas. As principais atrações são as nove praias da cidade, banhadas pelas águas claras do Atlântico. (págs. 1 e D1)

Obama rejeita ser o salvador do mundo
Barack Obama enfrenta hoje uma missão assustadora. Suas primeiras palavras como o 44º presidente dos Estados Unidos deverão ser transformadoras não somente para os norte-americanos, mas também para o mundo que assistirá ao juramento que ele fará às 13h (horário de Brasília). O discurso precisa dar início à mudança da qual falou durante 18 meses em sua campanha eleitoral quando seus discursos o ajudaram a vencer as eleições.

O novo presidente já minimiza a crença de que será o salvador do mundo. Falou com severidade sobre o tempo que levará para uma recuperação econômica. “Desde a noite da eleição, Obama não usa de retórica entusiástica. Ao contrário, diminui as expectativas”, disse David Kusnet, ex-redator de discursos para Bill Clinton e professor do Economic Policy Institute.

Ao herdar uma crise econômica sem precedentes e vários conflitos no Oriente Médio, precisará de todo seu carisma para semear confiança depois de oito anos de governo de George W. Bush.

Durante sua campanha, como nenhum outro político da era das novas mídias, Obama soube explorar as ferramentas do mundo virtual. Agora, ele terá de provar ser capaz de vencer os duros obstáculos que o setor de comunicação lhe reserva. O primeiro deles é a conversão digital do sistema analógico de TV nos EUA, prevista inicialmente para 17 de fevereiro.

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um novo apelo para que Obama se comprometa em retomar a Rodada Doha. (págs. 1, A14 e C1)

Reconstrução de Gaza pode custar até US$ 1,9 bi
Mais forças israelenses deixaram ontem a Faixa de Gaza, após 22 dias de ofensiva contra os militantes do Hamas. Um dia antes da posse de Barack Obama, os dois lados mantiveram um cessar-fogo, permitindo que os sofridos palestinos avaliassem a destruição e velassem seus mortos.

A agência oficial palestina disse que o custo da reconstrução ficará em US$ 1,9 bilhão. Além dos 1.300 palestinos mortos, fontes do Hamas informaram que 5 mil casas, 16 edifícios públicos e 20 mesquitas foram destruídos. (págs. 1 e A13)

Agora, Venezuela assedia petrolíferas estrangeiras
A queda brutal do preço do petróleo tornou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mais flexível. Ao contrário de nacionalizar campos de petróleo e aumentar royalties, ele agora corteja empresas prometendo acesso para algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, segundo executivos e consultores do setor de energia na Venezuela.

Aceitar empresas ocidentais pode ser o único meio de escorar a Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a série de programas de bem-estar social, como saúde e ensino superior para os mais pobres, que têm sido possíveis pelos recursos vindos do petróleo. “Se necessário reengajar-se com empresas estrangeiras para sua sobrevivência política, então Chávez fará isso”, disse Roger Tissot, consultor do setor de óleo da Venezuela, da Gas Energy. “Ele é um militar que entende que é preciso perder uma batalha para vencer a guerra.” (págs. 1 e C4)

Investimentos
Aumentam os fundos de capital protegido. (págs. 1 e B3)

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Estado de Minas

Manchete: O sonho não acabou...
A posse de Barack Obama, às 13h (horário de Brasília), devolve ao povo americano a esperança perdida nos oito anos da desastrada administração de George W. Bush. Primeiro presidente negro dos EUA, o democrata assume hoje a Casa Branca em meio a uma das piores crises já enfrentadas pelo país. Além do sonho da igualdade racial, sobre seus ombros repousa a responsabilidade de reativar a economia e retirar do atoleiro a nação mais poderosa da Terra. E se os EUA saírem do buraco, são grandes as chances de o mundo sair junto. Por isso, não são apenas os americanos que rezam para que seu governo dê certo. O planeta inteiro, incluindo o Brasil, também torce por Obama.

...O pesadelo, sim

George W. Bush se despede da Casa Branca como o presidente mais impopular de todos os tempos nos Estados Unidos. Seu governo foi marcado pelo pior atentado terrorista da história - o ataque às torres gêmeas, em 11 de setembro de 2001, em Nova York. E pela mais grave crise financeira mundial desde o crash de 1929. Ao entregar hoje o poder a Barack Obama, Bush deixa para trás um legado maldito. Uma maldição que o mundo inteiro prefere esquecer. Principalmente os americanos. (págs. 1, 14 a 17, Editorial 'A esperança toma posse', pág. 8 e Coluna Brasil S/A, pág. 11)

Emprego
Suspensos contratos de 1,3 mil na Arcelormittal

Para manter os empregos, metalúrgicos de Contagem aprovam suspensão escalonada por até um ano. Lula diz a sindicalistas que salário mínimo vai a R$ 465 este ano. (págs. 1, 10 e 11)

Cocaína
Estourado esquema de tráfico internacional

Operação da PF desbarata quadrilha que atuava no Distrito Federal e cinco estados. Foram presas 65 pessoas, 11 delas em Minas, e apreendidos 900 quilos de cocaína. (págs. 1 e 19)

Israel conclui retirada das tropas de Gaza (págs. 1 e 17)

Digitais do meteorito
Astrônomos da UFMG obtiveram as primeiras imagens digitais (foto) do meteorito achado no Norte de MG em 1965. Estudos podem apontar sua origem. (págs. 1 e 18)

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Jornal do Commercio

Manchete: Salário mínimo será R$ 465 em fevereiro
Lula anunciou aumento de 12% em reunião com sindicalistas e vai enviar medida provisória ao Congresso. (pág.1)

Crise desempregou 654.946 trabalhadores em dezembro
É o pior resultado para o mês nos últimos dez anos no Brasil. Em Pernambuco, foram fechados 8.408 postos de trabalho com carteira assinada. (pág.1)

Transplantes têm incremento de 24% em Pernambuco (pág.1)

Governo propõe reajuste de 5,9% na passagem
Reunião definirá valor da tarifa de ônibus, congelada há dois anos. Estado sugere correção pelo IPCA de 2008. Empresários pedem 29,27%. (pág.1)

Polícia prende 65 pessoas suspeitas de tráfico de drogas (pág.1)

Telhado do templo da Renascer passou por reforma irregular (pág.1)

O despertar da Era Obama
Presidente eleito dos EUA assume hoje. (pág.1)

Israel promete deixar Gaza antes da troca de comando nos EUA (pág.1)

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