quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Obama congela salários, limita o lobby e intervém em Guantánamo
Prisão será fechada em um ano e julgamentos ficarão suspensos por 120 dias

No primeiro dia de trabalho como presidente dos Estados Unidos, Barack Obama sinalizou ao país que nada será como nos últimos anos em termos de gestão governamental. Ele assinou uma ordem executiva determinando o congelamento de salários para os funcionários que ganham acima de US$ 100 mil por ano, restringiu a ação de lobistas em órgãos públicos e criou um processo sem precedentes de transparência no fluxo de informações. Obama assina hoje a ordem de fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e a suspensão dos julgamentos por 120 dias. "Transparência e império da lei serão a base desta Presidência", disse. Numa nova sabatina no Senado, Timothy Geithner indicado por Obama como secretário do Tesouro, pediu desculpas por erros na dedução de impostos, mas ainda não foi confirmado no governo. (págs. 1, 27 a 31, Míriam Leitão, Merval Pereira e Veríssimo)

BC anuncia corte e bancos já reduzem juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 12,75% ao ano, dentro das expectativas mais otimistas do mercado. A decisão mostrou uma divisão entre os diretores do BC: cinco votaram a favor da queda de um ponto, enquanto três membros queriam apenas 0,75. Foi o primeiro corte desde setembro de 2007. Apesar disso, o Brasil continua com a maior taxa real (descontada a inflação) de juros do mundo. Logo após o anúncio, grandes bancos públicos e privados decidiram divulgar redução em suas taxas de empréstimo. (págs. 1, 21 a 23 e editorial "Ritmo prudente")

Mangabeira critica foco do Bolsa Família (págs. 1 e 3)

BNDES socorrerá Petrobras com até R$ 20 bi
Medida ajuda estatal a obter recursos para o pré-sal em hora de escassez de crédito, informa Ancelmo Gois. (págs. 1, 16 e 17)

Pela 1ª vez em 13 anos, cai o déficit da Previdência (págs. 1 e 23)

Favelas terão R$ 60 milhões do Pronasci (págs. 1 e 14)

Negócios & Cia
Flávia Oliveira: Orçamento da prefeitura terá ajuste de R$ 630 milhões por causa da crise (págs. 1 e 24)

GM perde para Toyota posto de maior montadora do mundo (págs. 1 e 26)

Portugal segue Espanha e também é rebaixado (págs. 1 e 25)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Juro cai 1 ponto; BC indica mais cortes
Taxa básica fica em 12,75%, ainda uma das mais altas do mundo, na maior redução desde novembro de 2003

O Banco Central anunciou redução de um ponto percentual nos juros básicos da economia, que a partir de hoje passam para 12,75% ao ano. Foi a maior redução de uma única vez desde novembro de 2003. A instituição sinalizou cortes para os próximos meses. Foi também o primeiro corte da taxa Selic promovido pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC) desde setembro de 2007. Em comunicado, o BC afirmou que, em meio a forte pressão política, a decisão foi técnica e não coloca em risco o controle da inflação.

De acordo com o texto, a redução em um ponto percentual não foi unânime, com 3 dos 8 diretores defendendo queda de 0,75% ponto. Demissões em vários setores aumentaram a pressão do setor privado e da União sobre o BC. O Copom volta a se reunir em março. A redução da Selic não deverá ser seguida de queda na mesma velocidade dos “spreads” (quanto os bancos cobram para repassar o dinheiro aos seus clientes). Sob a pressão do Planalto, Banco do Brasil e Caixa também cortaram juros de modalidades de crédito. (págs. 1 e B1)

Ciência
Para ministro, corte de 18% do orçamento é irresponsável. (págs. 1 e A16)

Setor que mais demitiu teve mais verba do BNDES
O setor da indústria que mais demitiu no último bimestre de 2008, o de alimentos e bebidas, foi o que obteve mais recursos do BNDES (R$ 8,6 bilhões, 11% do total de janeiro a novembro) informaram Julianna Sofia e Juliana Rocha. Ao longo de 2008, o segmento foi o que mais contratou, criando 57,5 mil postos; no fim do ano, porém, com a crise, fechou 123,2 mil vagas. A associação das indústrias do setor diz não ter dados suficientes para comentar. (págs. 1 e B4)

Dinheiro
Volume de cheques devolvidos é o segundo maior desde 1994. (págs. 1 e B5)

Editoriais
Leia "Na corda bamba", sobre discurso de posse de Obama; e "Integrar para fiscalizar", acerca de extração de madeira. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Juros têm maior corte em 5 anos
Com redução de 1 ponto, BC surpreende analistas e deixa taxa básica em 12,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu ontem em um ponto porcentual a taxa básica de juros da economia, para 12,75%. A decisão surpreendeu analistas, que esperavam redução de 0,75 ponto. A última vez que o BC cortou a Selic em um ponto foi em dezembro de 2003. Em comunicado, a diretoria afirmou que "o Comitê inicia um processo de flexibilização da política monetária realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros". Segundo o texto, a decisão não trará prejuízo ao cumprimento da meta de inflação.

Na reunião, cinco diretores votaram pelo corte de um ponto e três, por 0,75 ponto. Centrais sindicais realizaram ontem protestos em 12 capitais para cobrar a redução dos juros em dois pontos porcentuais e defender a manutenção dos empregos. Em Curitiba, São Paulo, Salvador e Brasília, as manifestações ocorreram em frente à sede do BC. Em São Paulo, o ato reuniu dois mil manifestantes. (págs. 1 e B1 a B5)

Análise
Celso Ming: O problema não são os juros básicos, é o spread, tem advertido o presidente do BC, Henrique Meirelles. Os juros básicos podem cair a níveis civilizados, mas, se o spread continuar como está, o problema continua sem solução. (págs. 1 e B2)

Governo Serra começa 2009 com cofre cheio
A arrecadação estadual paulista bateu na casa de R$ 64 bilhões em 2008, um crescimento inédito de 20% em relação ao ano anterior, informa Sonia Racy. (págs. 1 e D2)

Gigante estrangeira acha petróleo no pré-sal
A americana ExxonMobil confirmou a descoberta de indícios de petróleo no bloco BM-S-22, única concessão do pré-sal da Bacia de Santos em que ainda não havia poços perfurados. A empresa não deu detalhes sobre o volume descoberto, mas a expectativa é de potencial equivalente ou superior a Tupi, onde a Petrobrás já confirmou a existência de reservas de 5 bilhões a 8 bilhões de barris. (págs. 1 e B9)


Obama suspende julgamentos de Guantánamo
Em seu primeiro dia como presidente dos EUA, Barack Obama mandou suspender as comissões militares criadas por George W. Bush para julgar prisioneiros acusados de terrorismo em Guantánamo. A agenda ainda incluiu telefonemas aos principais líderes do Oriente Médio - aos quais prometeu se empenhar pela paz. No front interno, Obama tomou a decisão de congelar os salários dos funcionários públicos mais bem pagos e baixou regras duras para que lobistas tenham acesso à Casa Branca. (págs. 1 e A8)

Artigo: É preciso escrever uma história nova
Thomas Friedman: A eleição de um negro não pode ser o último paradigma que quebramos. Temos de aceitar o desafio. (págs. 1 e A11)

Artigo: Discurso une EUA, mas não o mundo
Timothy Garton Ash: Obama pode reconstruir os Estados Unidos. Mais difícil será reformar o mundo sob sua liderança. (págs. 1 e A13)

Notas e informações: O norte do governo Obama
Há muito de substantivo nas palavras de Barack Obama para autorizar a expectativa de que, sob sua liderança, haverá o restabeleclmento de relações dignas entre os EUA e o sistema internacional. (págs. 1 e A3)

Volta à realidade
Dora Kramer: Após o belo discurso de Obama, o que Brasília oferece é Renan.(págs. 1 e A6)

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Jornal do Brasil

Manchete: Pancada nos juros
BC surpreende: reduz 1 ponto percentual da Selic e, enfim, cede a esforço contra a crise

O Banco Central surpreendeu uma parcela significativa do mercado ao anunciar a queda de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic. Com a redução para 12,75% ao ano, o Comitê de Política Monetária promoveu a mais forte variação desde dezembro de 2003 e incorporou-se ao esforço do governo para reduzir o impacto da crise financeira internacional sobre o país. Foi um dia de protestos de trabalhadores contra os juros altos, em atos realizados no Rio, em São Paulo e em Brasília. A nota divulgada após o anúncio da decisão deixa clara a disposição do BC de prosseguir no movimento de diminuição da taxa nas próximas reuniões. Empresários e analistas aplaudiram. (pág.1 e Economia, A20)

Sociedade aberta
Luiz Gonzaga Belluzzo: Os juros brasileiros estão fora do lugar há bastante tempo por culpa do BC. (págs. 1 e A20)

Sociedade aberta
Zeina Latif: Corte da taxa não é salvador quando o canal de crédito está travado. (págs. 1 e A20)

Mais mortes por culpa do álcool
Estudo do Ministério da Saúde constatou que houve aumento no número de mortes por doenças relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. O índice passou de 10,7 mortes por 100 mil habitantes, em 2000, para 12,64 em 2006, o que corresponde a uma elevação de 18,3% em seis anos. (pág. 1, País, A12)

Rio ganha verba para área social
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) vai investir R$ 60 milhões, no primeiro semestre, em projetos sociais na Cidade de Deus, Vila Kenedy, Acari, Penha, Senador Camará e Reta João 23, em Santa Cruz. (págs. 1, Cidade A18)

Falta psicólogo na PM fluminense
Enquanto São Paulo tem 40 psicólogos para atender 93 mil servidores da Polícia Militar, no Rio, segundo o Ministério da Justiça, os 40 mil homens e mulheres da PM contam com uma equipe formada por apenas um psicólogo, um médico e um assistente social, num dos únicos programas voltados para a prevenção e recuperação de viciados em entorpecentes. (págs. 1 e A11)

Obstáculos para Obama
Em seu primeiro dia de trabalho na Casa Branca, o novo presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou a suspensão por 120 dias dos julgamentos em Guantánamo. Mas a boa impressão do ato é encoberta por obstáculos que já aparecem no horizonte econômico. Dos US$ 350 bilhões liberados do pacote Paulson, US$ 100 bilhões foram prometidos para o auxílio a proprietários inadimplentes de imóveis. No entanto, há quem ache o montante insuficiente para resolver os problemas de moradias populares não quitadas. (pág. 1, Tema do Dia, A2 a A4, A6 a A10)

Sociedade aberta
Alexandre Braga: Ativista analisa o papel de Barack Obama para a questão racial. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta
Carlos Eduardo Novaes: Escritor tenta imaginar por que Bush acha que a História lhe fará justiça. (págs. 1 e A6)

Ecologia: prêmio aos melhores
O 3º Prêmio Brasil Meio Ambiente - iniciativa do Jornal do Brasil, JB Ecológico, JB Online e Gazeta Mercantil - premia hoje, no MAM, empresas, profissionais e personalidades que se destacaram no setor em 2008. Ao todo, 188 projetos foram inscritos. (pág. 1, Vida, Saúde & Ciência A24)

Choque de Ordem e gestão nas ruas
Os moradores de rua alvos do Choque de Ordem rejeitam os abrigos da prefeitura e buscam refúgio em bairros como a Urca. Oito entre 10 acolhidos retornam à rua no mesmo dia. Para evitar isso, a Secretaria de Assistência Social contratará mais 13 equipes de abordagem. (págs. 1, Cidade A14 e A15)

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Correio Braziliense

Manchete: Juros caem para salvar empregos
A onda de demissões que assolou o país em dezembro havia ressuscitado até as manifestações de sindicalistas na porta do Banco Central em protesto contra a política econômica, cena comum nas décadas de 80 e 90. Foi assim, sob pressão popular, que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu ontem cortar a taxa básica de juros do Brasil de 13,75% para 12,75% ao ano. Trata-se do maior recuo em cinco anos e, se o plano der certo, visa reacelerar a economia o mais rapidamente possível. Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agiu nos bastidores para fazer com que o chefe do BC, Henrique Meirelles, patrocinasse uma redução maior do que a esperada na porcentagem de juros, tarefa cumprida com êxito. A reboque da medida, os cinco maiores bancos do país anunciaram o repasse integral da novidade à clientela e adotaram novas tabelas com empréstimos mais baratos.

Crédito: Grandes bancos já anunciaram empréstimos com encargos menores para os clientes. As prestações passam a caber no orçamento das famílias.

Investimentos: Empresas que suspenderam a produção devem voltar a investir, garantindo os empregos existentes e contratando novos funcionários.

Consumo: Muita gente que adiou compras pode retomá-las, movimentando os estoques das lojas e estimulando as encomendas à indústria.

Trabalho: Se o consumo e a produção retomarem o fôlego, a tendência é de reversão da onda de desemprego que tomou conta do país. (págs. 1 e 14)

A ofensiva de Sarney
Ex-presidente dribla o concorrente Tião Viana (PT-AC) e costura a adesão dos tucanos à sua campanha pela presidência do Senado. (págs. 1, 3 e 8)

Niemeyer sai em defesa da nova praça
“Em minha última visita (a Brasília), pude sentir, com clareza, a necessidade de se criar uma praça. É meu direito e obrigação concebê-la e propô-la.” (págs. 1 e 23)

Paz no trânsito: Brasiliense aprova a lei seca e critica fiscalização
Oitenta e nove por cento dos brasilienses são a favor da tolerância zero e 81% afirmam que a fiscalização é insuficiente. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Segurança do Trânsito também revela queda de 25% no número de motoristas que admitem beber e dirigir. PM bebe, bate em carro e moto e fere duas pessoas.(págs. 1, 31 e 32)

Foto: Olá, eu sou Obama
No segundo dia no poder, Barack e Michelle Obama protagonizaram mais um evento inédito na história norte-americana: abriram a sede de governo mais poderosa do mundo e receberam pessoalmente cidadãos comuns na Casa Branca. No trabalho, o novo presidente assinou atos congelando os maiores salários dos servidores, tratou da desocupação do Iraque e do fechamento da prisão de Guantánamo. (págs. 1 e 24 a 29)

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Valor Econômico

Manchete: BC reduz juro em 1 ponto e descarta cortes maiores
Numa decisão que surpreendeu parte do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou ontem a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, reduzindo a Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. A decisão dividiu a diretoria do Banco Central: dos oito votos, três optaram por baixar apenas 0,75 ponto percentual. Em comunicado divulgado logo após a reunião, o comitê procurou limitar uma eventual onda de otimismo no mercado financeiro ao afirmar que o corte decidido ontem representa uma "parte relevante" do movimento de queda que pretende fazer na taxa básica de juros.

Não é a primeira vez que o BC diz que, num só movimento, realiza boa parte do ajuste que pretende fazer na política monetária. Em abril de 2008, ao iniciar um ciclo de contração, o Copom aumentou os juros em 0,5 ponto percentual, acima do 0,25 ponto esperado pelo mercado, e informou que aquela decisão representava "parte relevante" do movimento de elevação dos juros. Ao final, a alta dos juros teve de ser muito maior, de 2,5 pontos percentuais, dada a dimensão das pressões inflacionárias.

A ressalva sobre a "parte relevante" do ajuste foi interpretada de duas maneiras pelo mercado. Uma parte dos analistas entendeu que o Comitê pretendeu indicar que o próximo corte, na reunião de 11 de março, poderá ser de 0,75 ponto e não novamente de um ponto. Outra parte considerou que o alerta aponta para a manutenção da taxa de 12,75%em li de março.

Na esteira da redução da Selic, os bancos anunciaram cortes nas taxas cobradas nos empréstimos. O Banco do Brasil foi o mais agressivo e reduziu os juros em até 0,57 ponto para o crédito ao consumidor. Os bancos privados limitaram a baixa a 0,08 ponto ao mês, equivalente a um ponto no ano.

O corte da Selic está respaldado em um cenário para a inflação cada vez mais benigno em 2009, por causa do desaquecimento abrupto da economia. A segunda prêvia do IGP-M de janeiro mostrou deflação de 0,58%. O recuo se deu principalmente nos preços no atacado, que caíram 1,09%. Com isso, perde força o argumento do Banco Central sobre o efeito inflacionário da alta do dólar, porque esse impacto normalmente teria de se dar no atacado. (págs. 1, Cl e C2)

Déficit da Previdência
A Previdência Social encerrou o ano passado com déficit de R$ 36,2 bilhões (valores correntes), 19,3% menor que em 2007. Foi a maior queda desde 1995. Para este ano, o Ministério da Previdência estima que o saldo negativo voltará a subir, para RS 41,1 bilhões. (págs. 1 e A2)

Idéias
Maria Inês Nassif: Genro não cometeu nenhuma heresia ao conceder a Battisti o status de refugiado político. (págs. 1 e A6)

Argentina quer energia do Brasil de novo
O governo argentino pediu, novamente, ao Brasil que lhe venda energia durante este ano. O Ministério das Minas e Energia analisa o pedido e uma decisão deverá ser anunciada em fevereiro. A dúvida é se o Brasil fará um "empréstimo" de energia, como no ano passado, ou se venderá os 1.500 megawatts solicitados pelo país vizinho. Em 2008, o governo precisou acionar térmicas e o custo disso será repassado às tarifas. (págs. 1 e A5)

Medidas para o setor aéreo ficam no papel
Em seus 18 meses como ministro da Defesa, Nelson Jobim fez um conjunto de promessas que incluía as seguintes medidas: subsídios à aviação regional, tarifas de embarque diferenciadas nas rotas para a América do Sul, maior espaço entre as poltronas nas aeronaves, restrições a novos vôos internacionais partindo de Guarulhos e compensação aos passageiros prejudicados por atrasos e
"overbooking". Nenhuma delas se tornou realidade até agora.

Parte dos especialistas do setor analisa com desânimo essa lentidão. Outros vêem um sinal de aprendizado do ministro que teria divulgado algumas idéias sem o devido embasamento técnico e depois voltado atrás. Seja como for, suas declarações desde 2007 mostram que ele deixou pelo meio do caminho uma série de iniciativas imaginadas para colocar ordem no setor aéreo. (págs. 1 e Al2)

Idéias
Marcio Pochmann: aproximação Mercosul-Unasul agiliza integração. (págs. 1 e All)

Deflação no IGP-M
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,58% na segunda prévia do mês, ante uma ligeira variação positiva de 0,05% um mês antes. Os preços no atacado tiveram deflação de 1,09%, após recuarem 0,15% na mesma apuração de dezembro. (págs. 1 e C2)

Justiça julgará demissões
O Sindicato dos Metalúrgicos de S. José dos Campos vai à Justiça pleitear a reintegração de 802 trabalhadores demitidos pela GM. Decisão anterior do TRT da 2ª Região determinou que demissões em massa estão sujeitas a negociação prévia. (págs. 1 e A4)


Ganho de minoritários da Aracruz ainda pode mudar
As condições da incorporação da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP), anunciada terça-feira, ainda podem mudar. A relação de troca definitiva para os investidores preferencialistas da Aracruz sairá da negociação entre os comitês que serão criados pelas empresas para tratar do assunto. A previsão desse modelo está em recomendação da CVM para esse tipo de operação.

Espera-se uma grande queda-de-braço no processo. Há descontentamento no mercado em relação às condições sugeridas para os minoritários da Aracruz - tanto que as ações das duas empresas foram as que mais caíram ontem na Bolsa paulista. As críticas advêm do fato de o preço da fatia controladora não ter sido reduzido de forma significativa mesmo após o prejuízo da Aracruz com derivativos. (págs. 1, D2 e D3)

Indústria e varejo têm estoque alto
O varejo não conseguiu dar fim aos produtos que comprou para atender as vendas de fim de ano e ficou com estoques acima do planejado. Reduziu encomendas à indústria, que agora também tem estoques em excesso. Na Zona Franca de Manaus, apesar das férias coletivas e demissões, não foi possível equilibrar produção e vendas.

Pesquisa da Abinee mostra que 48% das empresas do setor eletroeletrônico estão com estoque acima do planejado, entre produtos acabados e insumos. “Há muito tempo não tínhamos um número tão expressivo", diz Humberto Sarbato, presidente da entidade. Entre os produtos com maior estoque estão celulares, computadores e material elétrico. Essa situação deve perdurar, já que o ano começou com vendas fracas no varejo. (págs. 1 e A3)

Brasil pesquisa alga como combustível
Com alguns anos de atraso em relação a outros países e a iniciativas independentes no Brasil, o governo federal dá sinais de que incluirá em sua política energética pesquisas com microalgas para a produção de biocombustíveis. São muitas as vantagens desses microorganismos: tem rápida reprodução e boa produtividade de óleo. Além disso, reproduzidas em tanques de água marinha, não entram na disputa por terras agrícolas, questão-chave no debate atual. O CNPq lançou edital para a contratação de projetos com o objetivo de investigar o potencial das algas para finalidade energética. Foram apresentados 63 projetos e selecionados 11. (págs. 1 e B10)

Isolux entra em rodovias
Presente na área de transmissão de energia no país, a espanhola Isolux estreou ontem no setor rodoviário, ao arrematar em leilão, em consórcio com Rodobahia e Engevix, a concessão de 680 km entre as divisas de Minas e Bahia até o porto de Aratu (BA). (págs. 1 e B7)

Seca chega ao Mato Grosso
As lavouras de Mato Grosso, que até o agora não haviam sofrido com a estiagem que atinge o Sul do país e o Mato Grosso do Sul, começam a sentir os efeitos da seca, principalmente nas regiões oeste e sudoeste do Estado. (págs. 1 e B9)

Obama inicia governo sob o signo da cautela
O presidente dos EUA, Barack Obama, reforçou ontem os sinais de que pretende governar com a mesma cautela que adotou na montagem de sua equipe e nos preparativos para seu governo, evitando gestos grandiloqüentes que poderiam criar embaraços depois e resistindo às pressões que tem recebido para agir rapidamente em várias frentes.

Em vez de fechar com uma canetada o campo de prisioneiros de Guantánamo logo no primeiro dia de trabalho, mandou suspender por 120 dias o julgamento de 20 acusados de terrorismo.

Também mandou congelar os salários de assessores que ganham mais de US$ 100 mil por ano e baixou normas para dar mais transparência aos atos do governo e administrar casos de conflito de interesses que surgirem em sua administração.

Sob pressão dos mercados e do Congresso para adotar novas medidas para escorar o combalido sistema bancário, Obama reuniu-se com sua equipe econômica. Mas assessores do presidente indicaram que provavelmente será preciso esperar algumas semanas para saber quais medidas serão implementadas.

Em sabatina no Senado, Tun Geithner, futuro secretário do Tesouro, disse que o governo vai agir de modo "dramático" para reavivar os mercados de crédito e fortalecer os bancos. (págs. 1 e A8)


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Gazeta Mercantil

Manchete: Decisão do Copom força bancos a reduzir juros
O corte de 1 ponto percentual, que não era aplicado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desde dezembro de 2003, na taxa básica de juros ontem confirmou o desvio do foco de atenções da autoridade monetária para o desaquecimento econômico. Números da produção industrial e desemprego, tal como indicadores de preço no atacado, reforçaram a suspeita de que nem a variação cambial fará pressão relevante sobre os preços domésticos diante do cenário de recessão global.

Com a inflação se mostrando sob controle, o BC trocou um esperado ciclo longo e suave de cortes por um curto e agressivo. Assim como o mercado, o comitê ficou dividido sobre a magnitude do corte - cinco membros votaram por 1 ponto e três por 0,75. Em nota, o BC destacou que realizou de imediato “parte relevante do movimento para a taxa básica”.

A interpretação do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, é que os próximos ajustes devem ser menores, totalizando uma redução entre 2,5 e 3 pontos no ano. Mas, para André Lóes, do HSBC, a indicação é justamente de que o BC vai agir com maior agressividade. O consenso é que, na prática, o que vale é a reação do BC com a retomada do ciclo de afrouxamento monetário. De imediato, grandes bancos anunciaram redução de taxas. O Unibanco, por exemplo, cortou 0,08 ponto a taxa máxima mensal do cheque especial. (págs. 1 e B1)

Uma injeção na veia
Com a redução de 1 ponto percentual da taxa Selic, trazendo a taxa real de juros para 7,47% a.a., o Copom deu uma injeção na veia para levantar a economia da prostração em que se encontra. A expectativa é de que os cortes tenham continuidade e que em sua próxima reunião, em 10/11 de março, o Copom baixe a taxa básica em mais 0,50 ponto, pelo menos. Com isso, a Selic voltaria ao menor nível de 2008 (taxa real de 6,70% em março). Como está previsto que, até o fim do mês, o BC acerte o esquema para liquidar empréstimos externos de empresas, passando a ser seu credor a longo prazo, haverá menos pressão sobre o mercado de câmbio. E, igualmente importante, o BC cria melhores condições para fazer com que os bancos privados reduzam o custo do dinheiro para as empresas e consumidores e os bancos estatais baixem ainda mais suas taxas. Chegou ao fim a fase do gradualismo como sinônimo de lentidão. (págs. 1 e B1)

Opinião
Nelson Rocco: Sob pressão do Banco Central, os bancos têm elevado as provisões para devedores duvidosos. Em novembro, elas subiram 3,5%. (págs. 1 e A3)

Opinião
Antonio Corrêa de Lacerda: Está na hora de o Brasil adotar medidas de choque contra a crise. O grande desafio é evitar que a economia real venha a derreter. (págs. 1 e A3)

PAC completa dois anos
Criado há dois anos, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) completa hoje dois anos. O programa é a principal arma do governo federal contra os efeitos da crise global no País. (pág. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Pacote de estímulo à construção
O governo deve anunciar na próxima semana um pacote de estímulo à habitação, com concessão de crédito para a compra de material de construção, como forma de estimular um dos setores que mais empregam no País. (págs. 1 e A5)


Contra a crise, menos impostos
A crise financeira começa a respingar no cenário nacional e advogados empresariais citam medidas pontuais para amenizar os efeitos da turbulência econômica na vida das empresas, entre elas, o parcelamento de dívidas e a redução de impostos. (págs. 1 e A10)

Benefícios
Déficit da Previdência Social recua 19,3%. (págs. 1 e A4)

Anbid prevê emissões de até R$ 120 bi em 2009
As emissões no mercado de capitais em 2009 devem continuar concentradas em operações de renda fixa de curto prazo nos primeiros três meses deste ano e apresentar uma recuperação a partir do segundo semestre, com a melhora do cenário econômico. “Devemos ter um segundo trimestre mais ativo, estabilizando no segundo semestre, podendo alcançar um volume de emissões entre R$ 100 bilhões e R$ 120 bilhões, se não houver um recrudescimento desse cenário”, afirma Alberto Kiraly, vice-presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). No ano passado, as operações de emissões de dívida e de ações totalizaram R$ 101,854 bilhões, volume 30,7% menor que o registrado em 2007.

A Anbid também prepara mudanças na classificação dos fundos de investimento, afirmou à Gazeta Mercantil o presidente da associação, Marcelo Giufrida. “Quando tudo estiver bem, queremos ressaltar o que pode dar errado e vice-versa”, resume. (págs. 1 e B3)

Isolux/Corsan vence leilão de rodovias na BA
Com deságio de 21%, o Consórcio RodoBahia levou o último lote de quatro rodovias do Programa Federal de Concessões Rodoviárias, na Bahia. O vencedor ofereceu R$ 2,212 de tarifa base, enquanto a tarifa básica teto era de R$ 2,80. “O deságio foi agressivo e ficou acima das nossas expectativas”, afirma Bernardo Figueiredo, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O consórcio vencedor é composto pela empresa espanhola Isolux/Corsan, além das brasileiras Engevix e Encalso. De acordo com o governo, o investimento para as rodovias é de R$ 1,9 bilhão, em reparos no pavimento e acostamento, adequação da sinalização, recuperação emergencial de obras, entre outras.

Um dos trechos concedidos, a BR-116, entre a divisa de Minas e Feira de Santana, é considerado inadequado desde os anos 60. “A estrada foi projetada nos anos 50 para pequenos caminhões. Hoje é tomada por bitrens”, disse o presidente do Sindicargas da Bahia, Antonio Siqueira.(págs. 1 e C2)

Rio terá 100 mil novas moradias
O secretário da Habitação da cidade do Rio de Janeiro, Jorge Bittar, desenvolve um ousado plano para reduzir o déficit de moradias no município. Em quatro anos, Bittar pretende construir 100 mil casas populares e ampliar a fiscalização. (págs. 1 e A6)

Soluções brasileiras para árabes
Empresas brasileiras aproveitam evento de energia renovável em Abu Dhabi para vender soluções em saneamento e gerenciamento de tráfego a países árabes. O evento atrai 16 mil visitantes, entre investidores e empresários. (págs. 1 e C3)

Obama anuncia uma era de transparência e respeito à lei
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou ontem uma série de medidas que ele mesmo indicou serem “marcos de uma nova era de transparência e respeito às leis”. Além de congelar os salários mais elevados de funcionários da Casa Branca, Obama anunciou que os lobistas serão submetidos “aos limites mais rígidos da história do país”.

Em seu primeiro dia de trabalho ele também pediu aos juízes responsáveis por julgamentos militares o adiamento por 120 dias dos processos, passo que deve levar ao fechamento definitivo da prisão de Guantánamo.

No Senado, o escolhido para a secretaria do Tesouro, Timothy Geithner, apresentou desculpas por antigos problemas fiscais e comprometeu-se a combater a recessão com “força” e “rapidez”, para devolver a confiança aos norte-americanos. Também no Senado foi anunciada a aprovação, por 94 votos a 2, de Hillary Clinton para o cargo de secretária de Estado. (págs. 1, A12, A13 e A14)

Opinião
Thomas L. Friedman: Minha maior esperança a respeito do presidente Obama é que ele seja tão radical quanto este momento e que coloque tudo sobre a mesa (págs. 1 e A14)

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Estado de Minas

Manchete: Logo na primeira canetada, Obama congela salários
Em seu primeiro ato contra a crise econômica, Barack Obama determina o congelamento do salário de servidores federais que ganham mais de US$ 100 mil por ano. Ele também suspendeu o julgamento de presos em Guantánamo e enviou mensagem aos líderes de Israel e da Autoridade Palestina comprometendo-se com os esforços pela paz. (págs. 1 e 15 a 19)

Brasil contraria bom senso. Apesar da crise, Executivo federal e Judiciário aumentam salários (págs. 1 e 15 a 19)

BC faz maior corte nos juros em cinco anos (págs. 1, 11 e 12)

Mosquito da dengue avança na grande BH
Em bairros de Vespasiano, o índice de infestação chega a 50%

Os prefeitos das sete maiores cidades da região metropolitana declararam guerra à dengue. Mas precisam agir. Os focos do Aedes Aegypti se multiplicam nos municípios, atingindo, muitas vezes, 4% ou mais dos imóveis, o que significa iminência de epidemia. Na capital, as regiões Nordeste (7%), Pampulha (6,5%) e Venda Nova (5,4%) estão em maior risco. Em Governador Valadares, a infestação chega a até 14%. (págs. 1, 21, 22 e 8 - editorial 'O perigo à nossa porta')

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Jornal do Commercio

Manchete: João vai renegociar contratos de João
Prefeitura do Recife alega que acordos foram assinados antes da crise global, em ambiente econômico aquecido, e espera diminuir custos. Despesas com combustível, manutenção e locação de veículos devem ser reduzidas em 25%. (pág. 1)

Filme de Lula (pág.1)

Banco Central baixa taxa de juros em um ponto percentual (pág.1)

Novos voos colocam Pernambuco na rota do turista estrangeiro (pág.1)

Estado vai investir R$ 600 milhões na rede escolar até 2010 (pág.1)

Obama congela o próprio salário (pág.1)

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