sábado, 31 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Protecionismo abre o 1 º confronto da era Obama
Brasil e União Europeia podem ir à OMC; recessão nos EUA agora é oficial

A decisão de incluir no pacote de estímulo à economia americana uma cláusula de proteção à indústria do aço dos EUA abriu o primeiro confronto da era Obama. E conseguiu um feito inédito: pela primeira vez, gerou fortes críticas tanto no Fórum Econômico quanto no Social Mundial. Em Davos, o chanceler Celso Amorim admitiu a possibllldade de o Brasil se aliar à União Europeia para, juntos, irem à Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os EUA o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, condenou os americanos e, em Belém, Lula disse que o protecionismo é um "equívoco". Pressionada, a Casa Branca admitiu que poderia poderá rever a cláusula. A economia americana encolheu 3,8% no quarto trimestre, pior resultado desde 1982. (págs. 1, 23 a 25)


Lula admite projeto para anistiar ilegais
O presidente Lula afirmou que o governo pretende anistiar 50 mil imigrantes ilegais. "O país tem uma lição a dar ao mundo sobre o tratamento de imigrantes." No caao Battisti, o chanceler italiano, Franco Frattini, disse que o ministro Tarso Genro usou expressões demagógicas ao defender o ex-extremista. Tarso atacou a imprensa. (págs. 1 e 3)


A nova polêmica Brasil-Itália
Depois do Caso Battisti, uma campanha publicitária veiculada em Nápoles é a nova polêmica Brasil-Itália. Feitas no Rio, as fotos de uma grife italiana mostram duas modelos sendo revistadas de forma abusiva por dois homens vestidos de policiais. A Riotur repudiou a campanha. (págs. 1 e 14)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Em 9 anos, homicídio cai 66% em SP
Estado atribui melhora a investimento na polícia; em 2008, porém, crimes como assalto e roubo de carga cresceram

Pelo nono ano seguido, caiu o total de assassinatos no Estado de São Paulo: foram 4.426 casos em 2008, 451 a menos que em 2007. O índice ainda é alto se comparado ao de países desenvolvidos, mas, desde o recorde histórico de 1999 (12.818 casos), a queda é de 65,5%. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública. Apesar da redução, o Estado é “zona epidêmica de homicídios” – para a Organização Mundial da Saúde, há epidemia quando o índice supera 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em São Paulo, são 10,76 por 100 mil. Em 2008, o recuo nos assassinatos foi menor no interior do Estado que na capital. Ele foi acompanhado pela alta em alguns crimes contra o patrimônio, como latrocínios (assalto seguido de morte), que subiram 22,5%. Assalto e roubo de carga também cresceram. O governo paulista atribui a queda dos homicídios ao investimento nas polícias, à maior apreensão de armas e à construção de presídios (o Estado tem 145 mil presos). Segundo especialistas, São Paulo elevou a sua taxa de encarceramento para o dobro da nacional. (Págs. 1, C1 e C3)

Supremo decidirá sobre refúgio a terrorista italiano, afirma Lula
No Fórum Social, presidente defendeu o asilo concedido a Cesare Battisti pelo ministro Tarso Genro, mas disse que acatará decisão do STF. (Págs. 1 e A4)


PIB americano tem queda de 3,8%, a maior desde 1982
A economia dos EUA sofreu de outubro a dezembro a maior retração desde 1982. Com praticamente todos os setores em queda livre, o Produto Interno Bruto encolheu 3,8% no último trimestre de 2008. O consumo das famílias, que responde por dois terços do PIB, caiu 3,5% e puxou o recuo geral. O presidente do país, Barack Obama, criou uma força-tarefa, chefiada por seu vice, Joe Biden, para discutir medidas que fortaleçam a classe média. A Casa Branca disse que revisará artigo do pacote de US$ 819 bilhões que exige que o aço usado nas obras do plano seja produzido nos EUA. (Págs. 1 e Dinheiro)

Com reajuste de 12%, mínimo passa a valer R$ 465 amanhã
O novo valor do salário mínimo, de R$ 465, entra em Vigor amanhã. O piso incorpora reajuste de 12,05% - e aumento real de 6,4%. Hoje, o mínimo é de R$ 415. Para o governo, a medida é especialmente importante, neste momento de crise, por injetar na economia R$ 21 bilhões e estimular o emprego. Ao todo, 42,8 milhões de pessoas têm seus vencimentos atrelados ao salário mínimo no país. (Págs. 1 e B8)

Premiê do Reino Unido teme que crise provoque ‘desglobalização’
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, cunhou um neologismo, “desglobalização”, para referir-se ao risco da crise global. Em Davos, Brown deu tom de urgência às providências que devem ser tomadas para que, em vez da “desglobalização”, se tenha uma globalização “mais bem administrada”. (Págs. 1 e B4)

Fabiano Maisonnave: Chávez completa uma década no poder e quer mais
Na segunda, Hugo Chávez completa dez anos como presidente da Venezuela. E, pela segunda vez, mergulhou o país em campanha pela reeleição ilimitada. No Brasil, diplomatas e membros do governo respiram aliviados por não terem de vestir camisas vermelhas. Mas, em público, deitam elogios. A ordem é não melindrar o aliado. (Págs. 1 e A2)

Editoriais: Leia “De Davos a Belém”, que comenta fóruns econômico e social; e “Flagelo evitável”, sobre morte por infecção. (Págs. 1 e A2)

Dinheiro - Banco do Brasil e CEF devem anunciar cortes em juros e ‘spreads’ (Págs 1 e B7)

Saúde – São Paulo veta venda do anticoncepcional Nociclin no Estado (Págs. 1 e C7)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo prepara ofensiva para baixar spread bancário
Uma das propostas é divulgar ranking dos bancos que têm taxas mais altas

O governo vai aumentar a pressão para que os bancos privados reduzam o spread -diferença entre o que o banco paga quando capta dinheiro e o que cobra quando o empresta. Por ordem do presidente Lula, estão sendo fechados os cálculos para que Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil cortem o spread e reduzam juros. Outra medida em estudo é a divulgação do ranking das instituições que têm spread mais alto. Irrita o governo o argumento dos bancos de que, mesmo com queda do custo de captação do dinheiro, o spread não pode cair agora porque o risco de calote aumentou. Membros da equipe econômica lembram que, em 2007, quando a inadimplência diminuiu, o spread não foi reduzido. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, rebateu ontem a principal reivindicação dos bancos: o corte do compulsório, dinheiro que os bancos são obrigados a manter depositado no BC. Para Meirelles, esse dinheiro é "um trunfo do Brasil". (págs. 1, B1 e B3)


Mínimo põe R$ 21 bi na economia
O governo reajustou o salário minímo de R$ 420 para R$ 465 o que representa um aumento real, descontada a inflação, de 6,39%. A medida, que entra em vigor amanhã, vai beneficiar 42,1 milhões de trabalhadores e injetará R$ 21 bilhões na economia. Em tempos de crise mundial, o porcentual do reajuste foi definido com a preocupação de manter o mercado interno aquecido. (págs. 1 e B4)

A saia-justa de Lula em Belém
Deve ter custado esforço a Lula agradar o Fórum Social sem fazer o saludo a la bandera com os bolivarianos. (págs. 1 e A3)

PSDB abala candidatura de Sarney
O apoio do PSDB ao candidato do PT à presidência do Senado, Tião Viana, causou forte abalo na candidatura do senador José Sarney (PMDB-AP), mesmo não sendo suficiente para derrubar o favoritismo do peemedebista na votação em plenário, segunda-feira. Sarney só aceitara o confronto com Viana na expectativa de sair consagrado do plenário. Sem o apoio oficial do PSDB, não deverá haver consagração. (págs. 1 e A4)

Após 10 anos, a volta por cima
Em 1999, o Brasil era parte da crise. Promoveu um jantar em Davos e virou motivo de piada. Neste ano, é parte da solução, conta o enviado especial Rolf Kuntz. Houve até um almoço com titulo "Brazil, power broker" - ou seja, um país influente. (págs. 1 e B7)

PIB do EUA cai 3,8%, pior marca em 26 anos
Desastre confirmado no último trimestre

O PIB dos EUA caiu 3,8% no último trimestre de 2008, a maior queda desde 1982, em taxa anualizada. Analistas, porém, esperavam recuo de 5,5%. O resultado só não foi pior porque houve acúmulo de estoques. "É a maior contração em quase três décadas. Isso não é apenas conceito econômico, mas um desastre contínuo para as famílias trabalhadoras dos EUA", disse Barack Obama. (págs. 1 e B6)

Obama vai rever medidas protecionistas
O governo Obama está revisando os artigos do pacote de estímulo econômico tidos como protecionistas. A ideia é modificar pontos que possam entrar em conflito com as regras do comércio internacional, informou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. (págs. 1 e B6)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: Barack Obama tira US$ 1 bi do Brasil
O Brasil vai perder US$ 1 bilhão por ano se os EUA mantiveram, no pacote de estímulo à economia americana, a cláusula que proíbe a importação de ferro e aço estrangeiros para projetos de infra-estrutura financiados pelos US$ 819 bilhões do programa. O prejuízo virá com a queda da receita de exportações de aço - no ano passado foram vendidas mais de 1,2 milhão de toneladas. O cálculo é do Instituto Brasileiro de Siderurgia. Diante de reações contrárias em todo o mundo, inclusive do presidente Lula, a Casa Branca admitiu que Barack Obama pode rever a medida, considerada protecionista. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

Sarney e Tião têm disputa apertada
Sondagem do JB apontava ontem vitória de José Sarney sobre Tião Viana por pequena margem, na corrida pela presidência do Senado. Ouvidos 60 senadores, com as simpatias já declaradas, o peemedebista somava quatro votos a mais que os 41 necessários. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Cresce lavagem de dinheiro
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Fazenda rastreou, no ano passado, 44.817 operações suspeitas de lavagem de dinheiro no país, contra 23.858 em 2007. O número de pessoas físicas e jurídicas envolvidas cresceu 24%. (pág. 1 e País, pág. A10)

Foto legenda: Lei na Tijuca
Sem aposta - A Polícia Federal estourou ontem o bingo que ficava no 4º andar da sede social do América, na Tijuca. O local de apostas clandestinas havia sido denunciado pelo 'JB'. (pág. 1 e Cidade, pág. A15)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Manchete: Pardais ganham painéis de alerta
Telas luminosas que mostram a velocidade do veículo ao passar pelo sensor posto no asfalto começaram a ser instaladas ontem, no Distrito Federal. Os dois primeiros dos 40 painéis que serão montados até o fim de fevereiro foram ligados na pista de acesso da Asa Sul à Ponte Costa e Silva. A partir de março, serão 30 por mês, em média. “Estamos dando um passo à frente das outras cidades brasileiras”, disse o diretor-geral do Detran-DF, Jair Tedeschi. “Teremos menos multas, mas o efeito educativo dos pardais será duplicado”, anunciou o governador José Roberto Arruda, ao inaugurar os equipamentos. A novidade divide especialistas. O professor Paulo César Marques, da Universidade de Brasília, acredita que os painéis darão mais transparência à fiscalização, mas podem banalizá-la, e defende investimentos em educação. Para o professor José Leles de Souza, também da UnB, a medida é um equívoco técnico: “Perde-se o efeito psicológico que esse tipo de fiscalização traz”. (págs. 1 e 27)

Lula espinafra pacote de Obama
Em aparição no Fórum Social Mundial, em Belém, presidente brasileiro reclama da proibição da importação de aço pelas siderúrgicas norte-americanas. A proposta faz parte do conjunto de medidas mandadas pelo novo governo dos EUA ao Congresso para tirar a maior economia do mundo da recessão. (págs. 1 e 15)

Recessão bem-vinda nos EUA
Maior economia do mundo comemora a divulgação de um recuo de 3,8% na produção do último trimestre de 2008. Péssimo, o número foi bem recebido porque os analistas esperavam retração bem
maior, de 5,5%.(págs. 1 e 22)

Caso Battisti
Primeiro-ministro da Itália entra na briga. (págs. 1 e 24)

Mínimo vai a R$ 465 já amanhã
Com aumento de 12%, o novo salário ficará R$ 50 mais gordo e injetará R$ 27 bilhões na economia brasileira. Apesar de ter recebido reajuste acima da inflação, o montante já não é suficiente para comprar duas cestas básicas, como em 2008. (págs. 1 e 18)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Itaipu e térmicas trazem reajuste maior de energia
Os efeitos da rápida desvalorização do real ante o dólar ainda vão chegar aos consumidores de energia elétrica. Quase 40% do reajuste estimado para o ano pelo Comitê de Política Monetária, de 8%, virá da energia de Itaipu, que é dolarizada e afetará as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, o faturamento de algumas distribuidoras aguentará o choque da redução do consumo de seus clientes industriais, que já começou em dezembro e tende a se acentuar neste trimestre.

Dos 8% de reajuste previstos pelo Copom, cerca de três pontos percentuais corresponderiam à variação do dólar da energia de Itaipu, segundo o diretor-geral interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana. A agência autorizou reajuste de 8,7% a partir deste mês. E toda a escalada do dólar que não for imediatamente para as contas - os reajustes para as distribuidoras são feitos uma vez por ano, ao longo do exercício - será remunerada pela Selic.

As empresas que terão suas receitas elevadas pelo reajuste são as que em 2008 tiveram revisões que diminuíram suas tarifas: CPFL, EDP Energias do Brasil, Celesc, Copel e Cemig. A AES Eletropaulo tem uma situação peculiar. O reajuste para sua área de concessão foi de pouco mais de 8%, a partir de julho de 2008. Na época, o dólar considerado foi de R$ 1,63. Como a energia de Itaipu representa 30% do que a empresa compra para distribuir, a elevação da moeda americana, cotada ontem a R$ 2,30, tem impacto maior no caixa da empresa do que em outras companhias. Todo esse gasto será integralmente repassado em julho, acrescido da remuneração da Selic. O diretor de regulação da AES, Ricardo Mourão, diz que essa devolução acontece ao longo dos 12 meses seguintes ao reajuste. Logo, o caixa não é recuperado de uma só vez, mas a Selic incide ao longo desse período.

Pesarão ainda nas tarifas a inflação passada - o IGP-M em torno de 8%, dependendo da data de reajuste da distribuidora -e a conta de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2008 por causa da manutenção das térmicas em funcionamento e que terá impacto de cerca de 1,5 ponto percentual a mais nos preços. O reajuste da Bandeirante Energia, em outubro, dá uma idéia da pressão sobre as tarifas, porque foi influenciado pelos mesmos fatores: 15%. (págs. 1 e B6)

Expectativa do governo sobre a crise piora
Os prognósticos do governo sobre a economia pioraram sensivelmente do fim do ano passado para cá. O ativismo do governo na produção de idéias e elaboração de medidas para enfrentar a crise e, com isso, minimizar a onda de desemprego que é esperada para os próximos meses pode ser um reflexo dessa deterioração das expectativas.

Já não se nega com a mesma veemência de antes a possibilidade de 2009 chegar mesmo a não ter crescimento algum. Isso não é esperado, mas não é impossível. O nível de dispersão das expectativas para o PIB vai de zero a 3%. Mesmo o rebate do crescimento de 2008 para 2009, calculado entre 1 % e 2%, não deve ocorrer. O mais provável é que o país possa crescer cerca de 2% neste ano. (págs. 1 e A2)

OMC suspeita de subsídio em juros do BNDES e BB
A Organização Mundial do Comércio (OMC) acaba de concluir relatório, que é feito a cada quatro anos, sobre a política comercial do Brasil no qual insufla a suspeita de que as taxas de juros cobradas pelos bancos oficiais, como BNDES e Banco do Brasil, carregam subsídios à produção e exportação. O estudo mostra que o papel do financiamento oficial no Brasil é mais importante do que em qualquer outro país em desenvolvimento, com juros que equivaleriam à metade dos praticados pelos bancos comerciais em 2008.

O documento, sigiloso, já foi entregue ao governo brasileiro. O crédito oficial foi o que mais causou debate entre os economistas da OMC na preparação do exame da política comercial do país. A pergunta era porque os juros continuam tão altos no Brasil e as taxas dos bancos oficiais, tão baixas em relação às do mercado. Ao Valor, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, rechaçou suspeitas de subsídios oficiais. Disse que há uma "deformação" na estrutura dos juros no país, porque a taxa de curto prazo é "extravagantemente elevada" e sempre foi assim desde o Plano Real. (págs. 1 e A3)

Previdência cobra R$ 458,9 milhões da Estácio de Sá
Maior empresa de ensino superior do país em número de alunos, a Estácio de Sá, do Rio, recebeu dois autos de infração da Receita Federal no valor de R$ 458,9 milhões, referentes a dívidas com o INSS. No centro da discussão está a validade do certificado de entidade beneficente que a Estácio possuiu até 2007 e que a isentava do pagamento de contribuições previdenciárias. O valor envolvido fez as ações caírem 6,6% no dia 22, quando a empresa divulgou a informação ao mercado. A Estácio diz que o risco de "perda" é remoto. Por isso, o valor não será provisionado no balanço.(págs. 1 e B1)

Empresas desistem do São Francisco
Mais duas empreiteiras, além da Camargo Corrêa, desistiram de sua parte nas obras de transposição do rio São Francisco. As construtoras LJA e Ebisa, que receberiam R$ 97,6 milhões para a instalação de estações de bombeamento, abandonaram o projeto alegando razões técnicas e financeiras. O Ministério da Integração Nacional recusou-se a aumentar o valor do contrato,e o consórcio formado pelas empreiteiras Gel e Tucuman, que ficou em segundo lugar na licitação, será convidado a assumir a tarefa.

Em uma reunião com as empresas envolvidas na obra, o ministro Geddel Vieira Lima dirá que não faltará dinheiro para o maior empreendimento do PAC com recursos exclusivamente orçamentários e vai exigir mais rapidez no andamento dos trabalhos. O projeto de integração das bacias hidrográficas do Nordeste é estimado em mais de R$ 6 bilhões, se forem levados em conta os investimentos feitos na revitalização do São Francisco. Geddel diz que não há riscos de atraso em função das desistências. Mas afirma que atrasos não serão tolerados, sob pena de rescisão contratual e substituição pelo Exército. "Eles (os empreiteiros) que tratem de fazer o serviço". (págs. 1 e A4)

Vale vende participação na Usiminas
Em uma operação que deve superar R$ 500 milhões, a Vale do Rio Doce deixará o capital da Usiminas. O negócio foi divulgado ontem pela Nippon Steel, que acertou a compra dos 5,9% de ações ordinárias que a Vale detinha na siderúrgica mineira. Os demais acionistas do bloco de controle - Votorantim, Camargo Corrêa e o Clube dos Empregados da Usiminas - têm preferência de compra, proporcionalmente a suas participações, Votorantim e Camargo Corrêa vão exercer o direito, segundo apurou o Valor, mas há dúvidas em relação ao clube dos empregados, dono de 10,1% das ações ordinárias da companhia.

A venda dos papéis da Vale não muda o equilíbrio de forças dentro do bloco de controle da Usiminas. (págs. 1, B1 e D2)

Deflação se aprofunda
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,44% neste mês, a taxa mais baixa desde setembro de 2005. Em dezembro, o recuo foi de 0,13%. Os preços ao consumidor subiram 0,75%, puxados por despesas típicas de início de ano. (págs. 1 e A6)

Aposta biotecnológica
O laboratório Cristália está investindo R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica voltada à produção de medicamentos biotecnológicos. A unidade deve entrar em operação em 2012, produzindo similares do hormônio do crescimento e do interferon. (págs. 1 e B7)

Foco na reposição
Com as exportações e as vendas para as montadoras em declínio, fabricantes de auto-peças voltam-se para o setor de reposição. A estimativa dos fabricantes é que o segmento fature R$ 1 bilhão a mais este ano, chegando a RS 10,6 bilhões. (págs. 1 e B7)

Fundos Imobiliários
A crise internacional e a perspectiva de queda dos juros internos podem criar um cenário favorável para os fundos imobiliários no país. No ano passado, apesar da crise, o retorno da maioria dos fundos listados em bolsa superou o CDI. (págs. 1 e D1)

Idéias
Armando Castelar: a crise oferece uma oportunidade histórica de se reduzir fortemente os juros básicos. (págs. 1 e Al3)

Idéias
César Felício: crise apanha quase todos os presidentes latino-americanos em momento de alta popularidade. (págs. 1 e A8)

FMI avalia emitir títulos de dívida para dobrar recursos contra crise (págs. 1 e C3)

------------------------------------------------------------------------------------

Gazeta Mercantil

Manchete: BB vai liberar R$ 2,5 bi para estimular venda de carro usado
Na tentativa de conter demissões, o governo federal acena com a possibilidade de socorrer mais uma vez o comércio de carros, só que agora os usados. O Banco do Brasil está perto de anunciar linha de crédito no valor de R$ 2,5 bilhões para as revendedoras de carros de segunda mão. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informaram fontes do Ministério do Trabalho à Gazeta Mercantil.

“A linha de crédito está praticamente liberada. Ou seja, ela já se encontra na fase de final dos acertos técnicos”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), Ilidio Gonçalves dos Santos. Segundo ele, a venda de usados caiu cerca de 40% em razão dos juros médios de 1,8% ao mês e da insegurança do consumidor. Um total de 42 mil lojas independentes estaria com encalhe de 1 milhão de veículos. Cada estabelecimento tem em média cinco empregos diretos, informa a Fenauto.

“Se o usado vai mal, a tendência é que o carro novo tenha dificuldade de venda”, diz o presidente da Fenauto. Segundo ele, os recursos vão chegar em boa hora. “O dinheiro é para capitalizar os lojistas que perderam 30% do capital com a depreciação dos usados”, diz.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também discute com o governo medidas para incentivar o comércio de seminovos. (págs. 1 e A4)

Investimentos de R$ 155 Bi adiados
Mapeamento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que a crise provocou a suspensão de R$ 155 bilhões em investimentos industriais. (págs. 1 e A5)

Dívida líquida cai para 36% do PIB
A dívida líquida caiu de 42% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007 para 36% no final do ano passado. O Tesouro estima novo recuo para 2009, já que não fará emissões de títulos a “qualquer custo”, diz o secretário Arno Augustin. (págs. 1 e B3)

Opinião
Klaus Kleber: O PIB de US$ 1,586 trilhão do Brasil em 2008 demonstra a força de nosso mercado interno, que está a exigir medidas urgentes e mais decididas para vencer a crise importada. (págs. 1 e A3)

Fundo de banco tem renda maior que independentes
A crise financeira internacional colocou à prova a performance das gestoras independentes de fundos, cujo desempenho dos multimercados ficou abaixo do apresentado pelas gestoras ligadas a bancos, durante o agravamento da turbulência no mercado no ano passado. Entre agosto e dezembro de 2008, o retorno dos fundos multimercados dos bancos ficou em 3,16%, ante rentabilidade média de 2,16% das gestoras independentes, segundo levantamento elaborado pelo professor William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo. O estudo mostra que o desempenho das gestoras ficou abaixo dos fundos geridos pelos bancos, principalmente nas categorias long/short - que realizam aplicações simultâneas de compra e venda de papéis, ganhando com a diferença de preço entre as apostas - e multimercados, que aplicam em renda variável e permitem alavancagem, segmentos em que as “butiques de investimento” são especializadas. (págs. 1 e B1)

CMN amplia recursos do agronegócio
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem sete votos para prorrogar dívidas antigas e ampliar os recursos disponíveis aos produtores, viabilizando a comercialização da próxima safra. No entanto, representantes dos produtores não ficaram satisfeitos com as medidas anunciadas. Segundo dizem, as aprovações são pleitos antigos de alguns setores e em muitos casos não atendem à realidade dos produtores.

A falta de crédito ainda é considerada o maior problema. Entre as medidas, está a liberação de R$ 700 milhões do Prodecoop como capital de giro para as cooperativas. (págs. 1 e B11)

Opinião
Paulo Skaf: É legalmente viável a redução temporária da jornada de trabalho e dos salários, como sugere a Fiesp, visando dar mais fôlego ao setor produtivo neste momento. (págs. 1 e A3)

Ford perde no mundo, mas lucra na América do Sul
Ao contrário do prejuízo mundial de US$ 14,6 bilhões em 2008, o pior em 105 anos de história da Ford, as operações da montadora na América do Sul têm um histórico de lucros consecutivos, puxados principalmente pelo Brasil, o maior negócio da região. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, o lucro regional atingiu US$ 105 milhões, em contraste com perdas de US$ 5,9 bilhões no mundo, puxadas pelos Estados Unidos.

Um fator que tem sustentado o lucro na região é a crescente demanda liderada pelo Brasil. Mesmo no último trimestre de 2008, quando o mercado brasileiro viveu uma acentuada retração, a operação sul-americana fechou no azul. “A redução do IPI foi muito importante para o mercado brasileiro. As vendas melhoraram”, afirmou Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Governamentais e Comunicação Coorporativa para a América do Sul.

Mesmo com o resultado positivo, Golfarb contém a euforia. “Agora temos que trabalhar com um novo mercado, bem mais retraído. Essa é a nova realidade.” (págs. 1 e C1)

Japão: o moderno, o simples e o tradicional em total harmonia
O fascínio com as fachadas luminosas e os telões por todos os lados é a primeira sensação de quem chega ao Japão. Mas, aos poucos, o modo de vida simples e a tradição locais conq

------------------------------------------------------------------------------------

Estado de Minas

Manchete: Novo mínimo injetará R$ 23 bi na economia
Salário no valor de R$ 465 entra em vigor amanhã. (pág. 1)

Foto-legenda: Os sem-avião
Levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostra que só 12 milhões de brasileiros, o equivalente a 7% da população, já viajaram de avião. A imensa maioria, incluindo gente que trabalha no aeroporto, ou vai lá ver o movimento das aeronaves, como o grupo de produtores rurais (foto), jamais levantou vôo. (págs. 1 e 13)

Crise nos EUA
Obama classifica recuo de 3,8% no PIB americano como desastre. (págs. 1 e 12)

Vale-enchente vai variar de R$ 500 a R$ 2 mil
O auxílio será repassado pela Prefeitura de BH a 1,8 mil famílias atingidas pelo temporal de 31 de dezembro, de acordo com o montante de perdas. A forma de pagamento será definida até segunda-feira. (pág. 1)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Commercio

Manchete: Celpe vai pedir 8% de reajuste
Empresa decidiu cobrar um resíduo de 2005 na revisão tarifária, que entrará em vigor em abril. Expectativa era de percentual negativo. Companhia lucrou R$ 466,3 milhões em 2008. (pág.1)

Salário mínimo de R$ 465 entra em vigor a partir de amanhã (pág.1)

Obama não exclui invasão ao Irã
Ataque militar pode ser levado em consideração caso país árabe não encerre seu polêmico programa nuclear. (pág.1)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Crise já provoca medo de nova onda protecionista
Pacote americano pode criar barreiras a produtos europeus e brasileiros

O Fórum Econômico, de Davos, foi marcado por alertas de que uma nova onde de protecionismo ameaça o mundo diante do agravamento da crise financeira. A Comissão Européia disse que vai contestar cláusula do pacote americano que proíbe a compra de ferro e aço estrangeiros - como europeus e brasileiros - para projetos de infraestrutura financiados com recursos do Tesouro. O pacote de Obama será votado em breve no Senado. Em Belém, no Fórum Social, os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai) celebraram o 'colapso do neoliberalismo de Davos'. Greve na França levou um milhão às ruas. (págs. 1, 19 a 22 e Merval Pereira)

BNDES dará socorro direto a montadoras
O BNDES pode liberar recursos para ajudar montadoras no Brasil. Hoje, o presidente do banco reúne-se com representantes do setor. A Ford teve prejuízo de US$ 14,5 bilhões em 2008, o maior em 105 anos de história. (págs. 1 e 24)

É grave a crise: até FMI pede empréstimo
O Fundo Monetário Internacional está negociando um empréstimo de US$ 100 bi do Japão e deve fazer seu primeiro lançamento de bônus pra reforçar o caixa e enfrentar a crise global. (págs. 1 e 20)

STF ouvirá Itália sobre caso Battisti
O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal, ouvirá o governo da Itália antes de decidir se concede liberdade a Cesare Battisti. O ministro Tarso Genro, que concedeu refúgio a Battisti, disse que a Itália ainda está fechada nos anos de chumbo e que o Brasil fez a pacificação política em relação à ditadura. (págs. 1 e 4)

Federais têm professores que ganham R$ 383
As universidades federais pagam R$ 383 por mês (menos que o mínimo) para professores substitutos de medicina, enfermagem e outras áreas. Eles trabalham 20 horas semanais. "É uma das fragilidades do sistema. Como vamos contratar profissionais competentes e dedicados com esse salário?", critica o reitor. (págs. 1 e 8)

As mulheres de Obama
O presidente dos EUA assina sua primeira lei, que facilita indenizações por discriminação salarial de mulheres. (págs. 1, 25 a 27 e editorial "Poder inteligente")

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: O governo quer comprar e revender casa popular
Medida para aquecer mercado atingiria quem ganha de R$ 1.200 a R$ 2.200

Por meio de licitação, o governo quer comprar casas de construtoras e refinancíá-las pela Caixa Econômica Federal. A medida é parte de pacote que deve ser fechamento na semana que vem. Os financiamentos beneficiaram quem tem renda mensal entre R$ 1.200 e R$2.200. O governo quer a construção de 1 milhão de moradias até 2010 em todo o pacote habitacional. Para quem recebe no máximo R$ 1.200 por mês, já existe financiamento subsidiado. O plano prevê a redução de impostos da área de construção. Os principais objetivos d pacote são manter aquecido o mercado de construção civil e atender a uma faixa de renda que não consegue financiamento a juros subsidiados nem pode arcar com os que já existem. A empresas pediram de R$ 1.500 a R$ 1.600 por metro quadrado, mas o presidente Lula achou caro. Os estudos envolvem unidades de 40 metros quadrados, 60 metros quadrados e 80 metros quadrados. Nas planilhas mostradas ao governo, constatou-se que 40% dos custos se referem a taxas, impostos, seguros e “spread”. (Págs. 1 e B1)

PSDB vai apoiar candidato do PT no Senado
Depois de frustradas as negociações com o PMDB, a cúpula do PSDB resolveu apoiar a candidatura de Tião Viana (PT-AC) á presidência do Senado. O anuncio dos tucanos reforça a campanha do petista, que vinha sendo esvaziada desde que José Sarney (PMDB-AP) decidiu entrar na disputa. (Págs.1 e A7)


TVs têm beneficio fiscal em troca de programa nacional
Novo artigo da Lei do Audiovisual dá ás TVs que comprarem eventos esportivos ou filmes estrangeiros incentivo fiscal para a produção de programas nacionais, relata Laura Mattos. O imposto sobre a compra dos “enlatados” é abatido. Emissoras já procuram obter o incentivo. (Págs.1 e E1)


Ford registra perda histórica de US$ 14,6 bi
Segunda maior montadora dos EUA, a Ford teve em 2008 prejuízo de US$ 14,6 bilhões, o pior da sua história. A empresa afirmou que não vai pedir ajuda estatal. A venda de casas novas nos EUA caiu 14,7% em dezembro, e o número de pedidos de seguro-desemprego subiu no país. (Págs. 1 e B5 e B8)



Fernando Gabeira: É muito difícil fóruns como esses contribuírem para um mundo novo

A visão revolucionaria tem muito de religiosa. Sobretudo na certeza em determinar o sentido do homem, em sonhar com um mundo completamente novo. Uma vez foi tentada uma conferência entre os fóruns de Davos e Porto Alegre. Um caos. Cada um falava a sua língua. Não conseguiram se entender. Se houver outro mundo, ou mais modestamente, um mundo melhor, dependerá mesmo de fóruns como esses? (Págs. 1 e A2)



------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: Senado dos EUA defende plano mais protecionista
Emenda prevê que dinheiro vá só para fornecedores americanos

O Senado americano pretende acentuar o caráter protecionista do pacote de estímulo econômico aprovado pela Câmara dos Representantes. Os deputados já tinham determinado que, nos projetos incluídos no plano, só fossem usados ferro e aço produzidos nos EUA. Agora deve ser acrescentada ao texto uma emenda do senador democrata Byron Dorgan, definindo que todo o dinheiro do pacote seja destinado a fornecedores americanos. O Senado deve ainda elevar o montante do plano de US$ 819 bilhões para US$ 887 bilhões. Em Davos, onde acompanha o Fórum Econômico Mundial, o deputado democrata Brian Baird admitiu que não teria votado a favor do pacote se ele não proibisse a compra de aço estrangeiro. "O contribuinte americano não vai apoiar a criação de empregos em outros países", disse Baird ao enviado especial Fernando Dantas . (págs. 1, B1 e B3)



Lula diz que governo não aceita cortar gastos sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o governo não deve ceder à pressão por cortes de gastos para enfrentar a crise financeira. Durante o voo de Brasilia a Belém, onde participaria do Fórum Social Mundial, ele avaliou que, em momentos difíceis, o governo deve agir de maneira oposta. "O mais importante não é corte de gastos e choque de gestão", disse. "A gente não precisa de lição dos países ricos." (págs. 1 e A4)

Frase-Presidente Lula

"O importante é proteger os desprotegidos e garantir a renda e o emprego do trabalhador"

Os palcos de Lula e Putin
A distância entre Belém e Davos não é só geográfica. É histórica. Os nostálgicos dos anos 50 fariam bem em reler os conselhos dados por Putin no Fórum Econômico. (págs. 1 e A3)

BC admite 'contração' e indica novo corte de juro
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetâria (Copom) do Banco Central reconhece que o consumo deixou de pressionar a inflação. "Há sinais de que, depois de um longo período de expansão, a demanda doméstica teria passado a exercer influência contracionista sobre a atividade econômica", diz o texto. O tom adotado no comunicado reforçou a expectativa de que o BC continue a cortar a taxa de juros. (págs. 1 e B4)

Janeiro tem deflação no índice dos alugueis

A inflação medida pelo IGP-M caiu 0,44% em janeiro. Foi a menor taxa desde setembro de 2005. (págs. 1 e B4)

Berlusconi, em protesto, cancela visita ao Brasil
Diante do desgaste das relações bilaterais provocado pelo caso Cesare Battisti, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cancelou sua visita ao Brasil, prevista para fevereiro, segundo informou fonte da chancelaria italiana. Em entrevista à revista IstoÉ, Battisti admite que pegou em armas e fez assaltos, mas nega que tenha executado inimigos. (págs. 1 e A10)

Guerra de banqueiros nos tribunais de NY
Conhecidos no mundo das finanças pela atuação agressiva, o ex-banqueiro Ezequiel Nasser e o banco americano Merrill Lynch estão brigando na Justiça de Nova York. Cinco fundos da família Nasser alegam ter sido induzidos pelo Merril Lynch a fazer maus negócios e cobram US$ 612 milhões a título de ressarcimento de perdas e indenização. Já o banco americano afirma ter levado um calote de Nasser, de quem quer receber agora US$ 78 milhões. (págs. 1 e B7)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: Juros do BC devem cair a 9% este ano
Crise pode levar Selic ao menor nível da História

A taxa básica de juros (Selic), definida pelo Banco Central, vai cair mais depressa ao longo deste ano. Especialistas ouvidos pelo JB projetam, até dezembro, um índice de 9% - se confirmado, será o menor patamar da História. Mas advertem que o BC demorou a interpretar os sinais de recessão. A tendência de corte foi confirmada ontem, com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A desaceleração da economia ajuda a queda. No ano passado, a indústria teve o pior trimestre dos últimos 10 anos: desabou 17 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2007. (pág. 1 e Economia, págs. A17 e A18)

Governo ameaça fechar faculdades com ensino ruim
O Ministério da Educação determinou a aplicação de medidas cautelares contra três cursos de medicina cujo ensino é de má qualidade. Dois são do Rio: a Universidade Severino Sombra, em Vassouras, e o Centro de Ensino Superior de Valença. As duas instituições tiveram os vestibulares suspensos, e se não melhorarem até junho poderão ser fechadas. (pág. 1 e País, pág. A10)

Sociedade Aberta - Paulo Skaf
É possível reduzir a jornada e os salários para garantir fôlego e empregos. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta - Lucio de Brito Castelo Branco
Para sociólogo, o Brasil é o paraíso dos bandidos e dos torturadores. (págs. 1 e A7)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Manchete: “A briga está boa”
Dizendo-se ainda “entrincheirado” em favor da construção da Praça da Soberania na Esplanada e sentindo-se estimulado pela polêmica, arquiteto escreve texto, manda ao Correio e desqualifica os críticos, citando o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal. Ao defender o monumental obelisco em frente à Rodoviária, Oscar Niemeyer se permite uma velada e raríssima crítica ao projeto urbanístico de Lucio Costa, o Plano Piloto - segundo ele,“dividido entre pobres e ricos, os primeiros em seus apartamentos confortáveis (…), os outros esquecidos pelas cidades-satélites”. A respeito do debate, o Palácio do Buriti informou que o assunto não será tratado na reunião do governador José Roberto Arruda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcada para o início de fevereiro. (págs. 1 e 21)

Castigo para faculdades de medicina
Ministério da Educação pune seis faculdades - três no Rio, duas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul - por deficiência na formação dos médicos. Elas perdem vagas e têm vestibulares suspensos. Examinada pela comissão técnica do MEC, a FaciPlac, do DF, passou no teste. (págs. 1 e 9)

Obama tira Irã do Eixo do Mal
Jornal inglês revela, e Casa Branca não desmente, que diplomatas norte-americanos preparam carta destinada ao Irã. Seria um documento de reaproximação, possivelmente endereçado à população. Autoridades iranianas reagem com otimismo à novidade. (págs. 1 e 16)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Itaipu e térmicas trazem reajuste maior de energia
Os efeitos da rápida desvalorização do real ante o dólar ainda vão chegar aos consumidores de energia elétrica. Quase 40% do reajuste estimado para o ano pelo Comitê de Política Monetária, de 8%, virá da energia de Itaipu, que é dolarizada e afetará as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, o faturamento de algumas distribuidoras aguentará o choque da redução do consumo de seus clientes industriais, que já começou em dezembro e tende a se acentuar neste trimestre.

Dos 8% de reajuste previstos pelo Copom, cerca de três pontos percentuais corresponderiam à variação do dólar da energia de Itaipu, segundo o diretor-geral interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Edvaldo Santana. A agência autorizou reajuste de 8,7% a partir deste mês. E toda a escalada do dólar que não for imediatamente para as contas - os reajustes para as distribuidoras são feitos uma vez por ano, ao longo do exercício - será remunerada pela Selic.

As empresas que terão suas receitas elevadas pelo reajuste são as que em 2008 tiveram revisões que diminuíram suas tarifas: CPFL, EDP Energias do Brasil, Celesc, Copel e Cemig. A AES Eletropaulo tem uma situação peculiar. O reajuste para sua área de concessão foi de pouco mais de 8%, a partir de julho de 2008. Na época, o dólar considerado foi de R$ 1,63. Como a energia de Itaipu representa 30% do que a empresa compra para distribuir, a elevação da moeda americana, cotada ontem a R$ 2,30, tem impacto maior no caixa da empresa do que em outras companhias. Todo esse gasto será integralmente repassado em julho, acrescido da remuneração da Selic. O diretor de regulação da AES, Ricardo Mourão, diz que essa devolução acontece ao longo dos 12 meses seguintes ao reajuste. Logo, o caixa não é recuperado de uma só vez, mas a Selic incide ao longo desse período.

Pesarão ainda nas tarifas a inflação passada - o IGP-M em torno de 8%, dependendo da data de reajuste da distribuidora -e a conta de Encargos de Serviço do Sistema (ESS), que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2008 por causa da manutenção das térmicas em funcionamento e que terá impacto de cerca de 1,5 ponto percentual a mais nos preços. O reajuste da Bandeirante Energia, em outubro, dá uma idéia da pressão sobre as tarifas, porque foi influenciado pelos mesmos fatores: 15%. (págs. 1 e B6)



Expectativa do governo sobre a crise piora
Os prognósticos do governo sobre a economia pioraram sensivelmente do fim do ano passado para cá. O ativismo do governo na produção de idéias e elaboração de medidas para enfrentar a crise e, com isso, minimizar a onda de desemprego que é esperada para os próximos meses pode ser um reflexo dessa deterioração das expectativas.

Já não se nega com a mesma veemência de antes a possibilidade de 2009 chegar mesmo a não ter crescimento algum. Isso não é esperado, mas não é impossível. O nível de dispersão das expectativas para o PIB vai de zero a 3%. Mesmo o rebate do crescimento de 2008 para 2009, calculado entre 1 % e 2%, não deve ocorrer. O mais provável é que o país possa crescer cerca de 2% neste ano. (págs. 1 e A2)

OMC suspeita de subsídio em juros do BNDES e BB
A Organização Mundial do Comércio (OMC) acaba de concluir relatório, que é feito a cada quatro anos, sobre a política comercial do Brasil no qual insufla a suspeita de que as taxas de juros cobradas pelos bancos oficiais, como BNDES e Banco do Brasil, carregam subsídios à produção e exportação. O estudo mostra que o papel do financiamento oficial no Brasil é mais importante do que em qualquer outro país em desenvolvimento, com juros que equivaleriam à metade dos praticados pelos bancos comerciais em 2008.

O documento, sigiloso, já foi entregue ao governo brasileiro. O crédito oficial foi o que mais causou debate entre os economistas da OMC na preparação do exame da política comercial do país. A pergunta era porque os juros continuam tão altos no Brasil e as taxas dos bancos oficiais, tão baixas em relação às do mercado. Ao Valor, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, rechaçou suspeitas de subsídios oficiais. Disse que há uma "deformação" na estrutura dos juros no país, porque a taxa de curto prazo é "extravagantemente elevada" e sempre foi assim desde o Plano Real. (págs. 1 e A3)

Previdência cobra R$ 458,9 milhões da Estácio de Sá
Maior empresa de ensino superior do país em número de alunos, a Estácio de Sá, do Rio, recebeu dois autos de infração da Receita Federal no valor de R$ 458,9 milhões, referentes a dívidas com o INSS. No centro da discussão está a validade do certificado de entidade beneficente que a Estácio possuiu até 2007 e que a isentava do pagamento de contribuições previdenciárias. O valor envolvido fez as ações caírem 6,6% no dia 22, quando a empresa divulgou a informação ao mercado. A Estácio diz que o risco de "perda" é remoto. Por isso, o valor não será provisionado no balanço.(págs. 1 e B1)

Empresas desistem do São Francisco
Mais duas empreiteiras, além da Camargo Corrêa, desistiram de sua parte nas obras de transposição do rio São Francisco. As construtoras LJA e Ebisa, que receberiam R$ 97,6 milhões para a instalação de estações de bombeamento, abandonaram o projeto alegando razões técnicas e financeiras. O Ministério da Integração Nacional recusou-se a aumentar o valor do contrato,e o consórcio formado pelas empreiteiras Gel e Tucuman, que ficou em segundo lugar na licitação, será convidado a assumir a tarefa.

Em uma reunião com as empresas envolvidas na obra, o ministro Geddel Vieira Lima dirá que não faltará dinheiro para o maior empreendimento do PAC com recursos exclusivamente orçamentários e vai exigir mais rapidez no andamento dos trabalhos. O projeto de integração das bacias hidrográficas do Nordeste é estimado em mais de R$ 6 bilhões, se forem levados em conta os investimentos feitos na revitalização do São Francisco.Geddel diz que não há riscos de atraso em função das desistências. Mas afirma que atrasos não serão tolerados, sob pena de rescisão contratual e substituição pelo Exército. "Eles (os empreiteiros) que tratem de fazer o serviço". (págs. 1 e A4)


Vale vende participação na Usiminas
Em uma operação que deve superar R$ 500 milhões, a Vale do Rio Doce deixará o capital da Usiminas. O negócio foi divulgado ontem pela Nippon Steel, que acertou a compra dos 5,9% de ações ordinárias que a Vale detinha na siderúrgica mineira. Os demais acionistas do bloco de controle - Votorantim, Camargo Corrêa e o Clube dos Empregados da Usiminas - têm preferência de compra, proporcionalmente a suas participações, Votorantim e Camargo Corrêa vão exercer o direito, segundo apurou o Valor, mas há dúvidas em relação ao clube dos empregados, dono de 10,1% das ações ordinárias da companhia.

A venda dos papéis da Vale não muda o equilíbrio de forças dentro do bloco de controle da Usiminas. (págs. 1, B1 e D2)

Deflação se aprofunda
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,44% neste mês, a taxa mais baixa desde setembro de 2005. Em dezembro, o recuo foi de 0,13%. Os preços ao consumidor subiram 0,75%, puxados por despesas típicas de início de ano. (págs. 1 e A6)

Aposta biotecnológica
O laboratório Cristália está investindo R$ 25 milhões na construção de uma nova fábrica voltada à produção de medicamentos biotecnológicos. A unidade deve entrar em operação em 2012, produzindo similares do hormônio do crescimento e do interferon. (págs. 1 e B7)

Foco na reposição
Com as exportações e as vendas para as montadoras em declínio, fabricantes de auto-peças voltam-se para o setor de reposição. A estimativa dos fabricantes é que o segmento fature R$ 1 bilhão a mais este ano, chegando a RS 10,6 bilhões. (págs. 1 e B7)

Fundos Imobiliários
A crise internacional e a perspectiva de queda dos juros internos podem criar um cenário favorável para os fundos imobiliários no país. No ano passado, apesar da crise, o retorno da maioria dos fundos listados em bolsa superou o CDI. (págs. 1 e D1)

Idéia
Armando Castelar: a crise oferece uma oportunidade histórica de se reduzir fortemente os juros básicos. (págs. 1 e Al3)

Idéias
César Felício: crise apanha quase todos os presidentes latino-americanos em momento de alta popularidade. (págs. 1 e A8)

FMI avalia emitir títulos de dívida para dobrar recursos contra crise (págs. 1 e C3)

------------------------------------------------------------------------------------

Gazeta Mercantil

Manchete: BB vai liberar R$ 2,5 bi para estimular venda de carro usado
Na tentativa de conter demissões, o governo federal acena com a possibilidade de socorrer mais uma vez o comércio de carros, só que agora os usados. O Banco do Brasil está perto de anunciar linha de crédito no valor de R$ 2,5 bilhões para as revendedoras de carros de segunda mão. Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), informaram fontes do Ministério do Trabalho à Gazeta Mercantil.

“A linha de crédito está praticamente liberada. Ou seja, ela já se encontra na fase de final dos acertos técnicos”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), Ilidio Gonçalves dos Santos. Segundo ele, a venda de usados caiu cerca de 40% em razão dos juros médios de 1,8% ao mês e da insegurança do consumidor. Um total de 42 mil lojas independentes estaria com encalhe de 1 milhão de veículos. Cada estabelecimento tem em média cinco empregos diretos, informa a Fenauto.

“Se o usado vai mal, a tendência é que o carro novo tenha dificuldade de venda”, diz o presidente da Fenauto. Segundo ele, os recursos vão chegar em boa hora. “O dinheiro é para capitalizar os lojistas que perderam 30% do capital com a depreciação dos usados”, diz.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também discute com o governo medidas para incentivar o comércio de seminovos. (págs. 1 e A4)

Investimentos de R$ 155 BI adiados
Mapeamento realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que a crise provocou a suspensão de R$ 155 bilhões em investimentos industriais. (págs. 1 e A5)

Dívida líquida cai para 36% do PIB
A dívida líquida caiu de 42% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007 para 36% no final do ano passado. O Tesouro estima novo recuo para 2009, já que não fará emissões de títulos a “qualquer custo”, diz o secretário Arno Augustin. (págs. 1 e B3)

Opinião
Klaus Kleber: O PIB de US$ 1,586 trilhão do Brasil em 2008 demonstra a força de nosso mercado interno, que está a exigir medidas urgentes e mais decididas para vencer a crise importada. (págs. 1 e A3)


Fundo de banco tem renda maior que independentes
A crise financeira internacional colocou à prova a performance das gestoras independentes de fundos, cujo desempenho dos multimercados ficou abaixo do apresentado pelas gestoras ligadas a bancos, durante o agravamento da turbulência no mercado no ano passado. Entre agosto e dezembro de 2008, o retorno dos fundos multimercados dos bancos ficou em 3,16%, ante rentabilidade média de 2,16% das gestoras independentes, segundo levantamento elaborado pelo professor William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo. O estudo mostra que o desempenho das gestoras ficou abaixo dos fundos geridos pelos bancos, principalmente nas categorias long/short - que realizam aplicações simultâneas de compra e venda de papéis, ganhando com a diferença de preço entre as apostas - e multimercados, que aplicam em renda variável e permitem alavancagem, segmentos em que as “butiques de investimento” são especializadas. (págs. 1 e B1)

CMN amplia recursos do agronegócio
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou ontem sete votos para prorrogar dívidas antigas e ampliar os recursos disponíveis aos produtores, viabilizando a comercialização da próxima safra. No entanto, representantes dos produtores não ficaram satisfeitos com as medidas anunciadas. Segundo dizem, as aprovações são pleitos antigos de alguns setores e em muitos casos não atendem à realidade dos produtores.

A falta de crédito ainda é considerada o maior problema. Entre as medidas, está a liberação de R$ 700 milhões do Prodecoop como capital de giro para as cooperativas. (págs. 1 e B11)

Opinião
Paulo Skaf: É legalmente viável a redução temporária da jornada de trabalho e dos salários, como sugere a Fiesp, visando dar mais fôlego ao setor produtivo neste momento. (págs. 1 e A3)

Ford perde no mundo, mas lucra na América do Sul
Ao contrário do prejuízo mundial de US$ 14,6 bilhões em 2008, o pior em 105 anos de história da Ford, as operações da montadora na América do Sul têm um histórico de lucros consecutivos, puxados principalmente pelo Brasil, o maior negócio da região. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, o lucro regional atingiu US$ 105 milhões, em contraste com perdas de US$ 5,9 bilhões no mundo, puxadas pelos Estados Unidos.

Um fator que tem sustentado o lucro na região é a crescente demanda liderada pelo Brasil. Mesmo no último trimestre de 2008, quando o mercado brasileiro viveu uma acentuada retração, a operação sul-americana fechou no azul. “A redução do IPI foi muito importante para o mercado brasileiro. As vendas melhoraram”, afirmou Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Governamentais e Comunicação Coorporativa para a América do Sul.

Mesmo com o resultado positivo, Golfarb contém a euforia. “Agora temos que trabalhar com um novo mercado, bem mais retraído. Essa é a nova realidade.” (págs. 1 e C1)

Japão: o moderno, o simples e o tradicional em total harmonia
O fascínio com as fachadas luminosas e os telões por todos os lados é a primeira sensação de quem chega ao Japão. Mas, aos poucos, o modo de vida simples e a tradição locais conquistam o visitante, como mostra o ensaio do fotógrafo Daniel Teixeira. (págs. 1, D4 e D5)

------------------------------------------------------------------------------------

Estado de Minas

Manchete: Quadrilha que clonava carros tinha até policial
Os nove integrantes do bando, entre os quais há um policial civil, são acusados de fazer cópias perfeitas de pelo menos 40 veículos. Eles adulteravam as placas e a numeração dos chassis e dos vidros. Documentos em branco desviados dos Detrans de Betim e Ribeirão das Neves eram preenchidos com os dados de automóveis em situação legal. O golpe dava muita dor de cabeça a quem teve o carro duplicado e recebia multas dos clones. (págs. 1 e 21)

Licitação vai ajudar quem viaja de ônibus
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prepara concorrência pelas linhas interestaduais para aumentar a segurança e reduzir tarifas. (págs. 1 e 19)

Para reaver IR dos 10 dias de férias é melhor ir à justiça
Recomendação parte do Ministério Público Federal e instituições de defesa do consumidor. Vale cobrar os descontos desde 2004. (págs. 1 e 14)

Futebol
Fifa quer conter evasão de jogadores jovens. (págs. 1 e 26)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Commercio

Manchete: Advogado é morte na Mata do Norte
O criminalista Antônio Augusto de Barros foi executado em plena luz do dia, em Lagoa de Itaenga, por dois homens em uma moto. Crime por ter relação com o assassinato, há dois meses, de um ex-prefeito da cidade, primo de Antônio.(pág.1)

Battisti fala (pág.1)

Fórum Social (pág.1)

Obama assina lei que iguala salário de homens e mulheres (pág.1)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Lula amplia Bolsa Família um dia após cortar o Orçamento
Programa custará mais meio bilhão; merenda é estendida para ensino médio

Depois de cortar R$ 37,2 bilhões no Orçamento, o governo Lula ampliou o Bolsa Família, com a inclusão de 1,3 milhão de famílias em seu principal programa social. O custo extra será de R$ 549 milhões este ano. Para permitir o aumento, o governo elevou o teto do programa, que atendia apenas famílias com renda de até R$ 120 mensais por pessoa. O novo teto é de R$ 137. O valor do benefício não subiu. O ministro Patrus Ananias disse que o aumento da linha de renda corresponde à variação da inflação medida pelo INPC. A inclusão dos novos beneficiários será gradual, de maio a outubro. Num encontro com 17 governadores da Amazônia Legal e do Nordeste, o presidente Lula anunciou, por medida provisória, R$ 547 milhões para a educação. O programa estenderá a merenda a estudantes do ensino médio e dará reforço ao transporte escolar. Mas o dia também foi de protestos por causa dos cortes no Orçamento. Em Belém, ambientalistas consideraram lamentável o bloqueio dos recursos do Meio Ambiente. (págs. 1, 3, 4 e editorial "Camisa-de-força")

União compensa Roraima com terras
O governo federal doou seis milhões de hectares de terras de sua propriedade ao estado de Roraima - 25% do território estadual. O presidente Lula admite que foi uma compensação depois da homologação da Reserva Raposa Serra do Sol: "Estávamos em dívida." O governo de Roraima fará a regularização das propriedades. (págs. 1 e 9)

Para governo, caso Battisti está encerrado
Um dia após a Itália convocar seu embaixador, aumentando o protesto contra o refúgio ao ex-extremista Cesare Battisti, o Palácio do Planalto e o Itamaraty avisaram que consideram o assunto encerrado. (págs. 1 e 9)

Governo recua e desiste de barrar importações (págs. 1 e 24)

Dezembro teve maior déficit em 17 anos
O Fundo Soberano, criado para financiar projetos de infraestrutura, provocou rombo nas contas públicas em dezembro. Foi o pior resultado em 17 anos. Apesar disso, no ano, o superávit bateu recorde: R$ 118 bilhões. (págs. 1 e 24)

Sarney assume e Câmara vive dia de traições
No dia em que o ex-presidente José Sarney oficializou sua candidatura a presidente do Senado, pelo PMDB, as traições explodiram na Câmara. Os partidos que apoiavam Michel Temer se dividiram e a eleição pode ter 2º turno. (págs. 1 e 8)

Davos é pessimista até com países emergentes (págs. 1 e 21)

Obama vence 1º teste e pacote passa na Câmara
Barack Obama venceu as resistências e aprovou na Câmara o pacote para ajudar a tirar a economia americana da crise. Os parlamentares deram sinal verde ao socorro de US$ 819 bilhões, um pouco menos do que o governo queria. O grande teste será no Senado, que vota semana que vem. Reforçando um estilo, Obama foi ao Pentágono falar com os militantes sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. (págs. 1, 19 e 25)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Lula amplia Bolsa Família e dá merenda para jovens
Medidas são anunciadas um dia após corte de R$ 37 bi no orçamento

Um dia após o governo cortar R$ 37 bilhões do orçamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas na área social que custarão mais R$ 871 milhões por ano ao Estado. O Bolsa Família, principal programa social do Planalto passará a atender mais 1,3 milhões de famílias (ao todo, 12,3 milhões). O limite de renda para obter ajuda federal subiu de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa. O governo também dará merenda escolar, antes restrita aos ensinos infantil e fundamental, aos alunos do ensino médio da rede publica – alguns dos quais, maiores de 16 anos, podem votar. Medida provisória assinada ontem prevê R$ 322 milhões para os 7,3 milhões de estudantes dessa faixa. Segundo o Planalto, as ações visam ampliar a rede de proteção social; para a oposição, elas são eleitoreiras. (Págs.1 e Brasil)

Governo desiste de restringir importação
Por determinação do Planalto, o governo revogou a medida que exigia licença prévia para a importação de cerca de 3.000 itens. Em vigor desde o inicio da semana, a exigência repentina dividiu ao ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento) e Guido Mantega (Fazenda). “A medida foi mal entendida. Conversei co o ministro Miguel Jorge e concordamos pela suspensão”, anunciou Mantega. A frase selou o desfecho de mais de 24 horas de negociações. Empresários alegavam que o Brasil estava adotando barreiras comerciais. (Págs.1

“Sem querer”, Sarney entra na disputa para presidir o senado
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) contrariou o que vinha assegurando há cinco meses e oficializou sua candidatura á presidência do Senado. “Não desejei, não quis, não queria”, disse Sarney, que atribuiu a decisão a solicitação “do [seu] partido, de muitos senadores e de alguns setores da sociedade”. Sarney insinuou que Tião Viana (PT-AC) deveria desistir da disputa para haver apenas um candidato. (Págs.1 e A6)

Câmara dos EUA aprova pacote de US$ 819 bi contra a crise
A Câmara dos Representantes dos EUA (equivalente á câmara dos Deputados) aprovou pacote de US$ 819 bilhões para a economia. O plano segue agora para o Senado, onde Barack Obama e os democratas têm maioria. Para as obras com recursos do pacote, há a exigência de que o aço usado seja produzido no país. O setor já motivou várias disputas entre EUA e Brasil. (Págs.1 e B7)

Paulo Nogueira Batista JR.: Projeção expõe desastre da especulação
As novas projeção do FMI expõem um quadro desastroso. Para todos ou quase todos os países importantes, as previsões de crescimento para 2009 foram drasticamente reduzidas. O mundo pagará caro pela desenfreada especulação financeira dos últimos anos. Como diria Nelson Rodrigues, os bufunfeiros serão caçados a paulada, feito ratazanas prenhes. (Págs.1 e B2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: FMI derruba previsão de crescimento para o Brasil
Estimativa para 2009 cai de 3% para 1,8%; projeção para o mundo é de 0,5%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu de 3% para 1,8% a estimativa de crescimento do Brasil em 2009. Foi a segunda vez em quatro meses que o FMI baixou a projeção, que era inicialmente de 3,5%. Apesar disso, o desempenho do País deve ficar acima da média da economia global - que, de acordo com o Fundo, deverá crescer apenas 0,5%. A taxa é a mais baixa desde a Segunda Guerra Mundial. Outro que vê dificuldades para o Brasil é o economista Nouriel Roubini, célebre por ter previsto a crise financeira global. Ele acha que o País sofrerá forte desaceleração, relata de Davos, na Suíça, o enviado especial Fernando Dantas. "O crescimento do Brasil pode ser próximo de zero, pode ser 1% ou até acabar sendo negativo", disse Roubini, uma das estrelas do Fórum Econômico Mundial.(págs. 1, B1 e B3)

Davos espera longa recessão

O pessimismo deu o tom na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial, relata de Davos o enviado especial Rolf Kuntz. Ninguém vê soluçao rápida para a crise mundial. Stephen Roach, do Morgan Stanley, crê que por muitos anos não haverá um novo crescimento global de pelo menos 4%. (págs. 1 e B4)

Governo recua de bloqueio a importações
Por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda anunciaram ontem a suspensão da exigência de licenças prévias para a importação de produtos de 24 setores. A medida tinha sido avaliada no Planalto como um erro "fenomenal", por contrariar a posição do Brasil nos fóruns internacionais de comércio, nos quais o País é crítico do protecionismo das nações ricas. (págs. 1 e B10)

No que está dando o desgoverno
A imposição de licença prévia para importações é evidência irrefutável do nível a que chegou o governo. (págs. 1 e A3)

Itália desiste de Tarso e Lula e vai buscar solução no STF
O Ministério das Relações Exteriores da Itália confirmou em nota, ontem, a ordem para que o advogado que representa o governo do País "percorra todas as opções do ordenamento jurídico do Brasil que possam conduzir ao objetivo de obter a extradição de Battisti". A decisão mostra que o governo italiano não acredita mais em solução política para a crise com o Brasil por conta do refúgio concedido ao extremista Cesare Battisti. (págs. 1 e A4)

PSDB cobra cargos para apoiar Sarney
Senador, porém, já não vê votos como decisivos para ganhar presidência. (págs. 1 e A6)

Funcionários aceitam reduzir salários
Assembleia aprova corte de 15% por 8 meses na Valeo, fabricante de faróis. (págs. 1 e B8)

UE retira verba para emergentes cortarem CO2
A União Européia modificou na última hora sua proposta para substituir o Protocolo de Kyoto. Foi retirada a parte que previa o repasse de € 100 bilhões para países emergentes aplicarem no corte das emissões de CO2. Mas foi mantida a exigência de que esses países cumpram metas de corte. (págs. 1 e A18)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: O choque da violência
Após meses de trégua, bandidos voltam a atacar na cidade, com atos de vandalismo e execuções

Em reação à morte de três traficantes na Mangueira, incluindo o líder do tráfico local, moradores do morro incendiaram quatro ônibus entre Benfica e Tijuca. No Morro dos Macacos, outro traficante foi morto por policiais. E em Ipanema, na Zona Sul, em plena esquina das ruas Visconde de Pirajá e Maria Quitéria, um motoqueiro executou com três tiros o bicheiro Rogério Mesquita, 65 anos. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Sociedade Aberta - Fabiano Santos
Eleição no Congresso definirá sobrevida da coalizão de Lula. (págs. 1 e A9)

Novas terras para os arrozeiros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto transferindo 6 milhões de hectares de terras da União para o governo de Roraima, cerca de 25% do território do estado. A terra será usada pelos produtores de arroz que desocuparão a reserva indígena Raposa Serra do Sol. (págs. 1 e A6)

Governo suspende medida de restrição a importações
Após dois dias de críticas de empresários brasileiros, o ministro Guido Mantega (Fazenda) cancelou a medida anunciada pelo Ministério do Desenvolvimento, que estabelecia exigências para 60% das importações. Nos EUA, o Fed manteve os juros próximos de zero. (pág. 1 e Economia, págs. A17 a A19)

Sepse mata 250 mil no Brasil
Um estudo do Instituto Latino-Americano do Sepse avisa que apenas 27% dos médicos sabem diagnosticar corretamente a infecção generalizada. Brasil e Malásia lideram o ranking de mortes pela doença: 250 mil óbitos por ano. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

Sociedade Aberta - Roberto Teixeira da Costa
Fórum de Davos não perdeu seu charme e importância. (págs. 1 e A17)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Debate sobre praça chega ao Planalto
Em reunião marcada para 6 de fevereiro no Planalto, o governador José Roberto Arruda discutirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o polêmico projeto da Praça da Soberania — conjunto formado por um prédio em forma de semicírculo, um estacionamento subterrâneo e um obelisco de 100 metros de altura entre a Rodoviária e o Congresso. Nascida de um pedido presidencial, a ideia concebida por Oscar Niemeyer é alvo de debate acalorado desde a exibição do primeiro croqui pelo Correio. Daí a iniciativa de Arruda de ouvir Lula. Em princípio, segundo o governador, o GDF não tem dinheiro para erguer o novo monumento neste ano. (págs. 1 e 29)

Para Lula, caso Battisti está encerrado
Presidente brasileiro garante que não vai repetir gesto italiano de chamar de volta seu embaixador e minimiza a crise aberta pela concessão de refúgio a acusado de terrorismo. (págs. 1 e 24)

Mão aberta
Mesmo em retenção de gastos, governo amplia o Bolsa Família (págs. 1 e 6)

Seis mil novos empregos no mês da crise
Desastroso para o mercado de trabalho do resto do país, dezembro registrou a criação de 6 mil vagas na economia do DF. Segundo o Dieese, o maior número de contratações aconteceu no comércio. (págs. 1 e 16)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Distribuição de lucros cresce em plena crise
O aprofundamento da crise mundial ainda não se mostrou forte o suficiente para impedir as maiores empresas brasileiras de aumentar a distribuição de lucros aos acionistas. Levantamento realizado pelo Valor Online com as 20 maiores empresas de capital aberto do país mostra que, nos quatro meses após o fatídico 15 de setembro de 2008, quando a quebra do Lehman Brothers marcou o agravamento da crise pelo mundo, essas companhias anunciaram R$ 21,7 bilhões em remuneração aos acionistas, tanto na forma de dividendos como em juros sobre o capital próprio. No mesmo intervalo entre o fim de 2007 e o início de 2008, o total ficou em RS 18,5 bilhões.

A distribuição desses valores evidencia,segundo especialistas, que boa parte das grandes companhias nacionais ainda não vive uma situação delicada em termos de necessidade de crédito ou disponibilidade de caixa. Se fosse esse o caso - como vem ocorrendo no exterior e com algumas empresas brasileiras de menor porte, como a Lojas Renner -, a retenção dos dividendos seria uma opção interessante para formar uma espécie de "colchão" de liquidez.

Apesar de a legislação prever distribuição mínima de 25% do lucro na forma de dividendo, os administradores das empresas não têm obrigação de antecipar o pagamento e também podem alegar, durante a assembléia de acionistas, que a remuneração é incompatível com a situação financeira da companhia.

A generosidade das empresas com seus acionistas chamou a atenção dos sindicatos de trabalhadores, que pretendem usá-la como argumento contra as demissões. O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva, diz que a entidade está elaborando um estudo que abrange o pagamento de dividendos das 200 maiores empresas de capital aberto. A idéia é cruzar esses dados com empréstimos tomados pelas companhias com recursos do BNDES, FAT e FGTS. A depender dos resultados, a central avalia o lançamento de uma campanha nacional pelo cancelamento dos dividendos enquanto durar a crise.

As maiores distribuições de dividendos foram anunciadas por Petrobras (R$ 7 bilhões), Vale (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 1,99 bilhão). (págs. 1 e D1)


Governo retira a exigência de licença prévia
Com poucas palavras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, colocaram um ponto final na desastrada exigência de licença prévia para importação de milhares de produtos. "A partir de amanhã [hoje), volta o regime antigo de entrada automática", disse Mantega.

A exigência tumultuou a vida das empresas e deixou irritados governos e empresários do Mercosul. Em Montevidéu, políticos de oposiçâo e empresários saíram a público criticando o protecionismo brasileiro. A revogação foi comunicada ao presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, por telefone. A Secretaria de Indústria argentina reclamou da falta de comunicaçâo prévia. (págs. 1 e A4)

Petrobras descobre gás na Bolívia
A Petrobras encontrou a 5.100 metros de profundidade uma camada de rocha porosa sob a qual técnicos da empresa acreditam estar uma nova reserva de gás na Bolívia. A informação foi transmitida ao Valor por uma autoridade do governo brasileiro que acompanha de perto as operações da estatal no país. O local fica no bloco exploratório de Ingre, no Departamento de Chuquisaca, no centro-sul da Bolívia. Por meio de nota, a Petrobras disse que o projeto se encontra em fase de perfuração, não sendo possível fazer estimativas sobre a existência ou não de hidrocarbonetos. Segundo um funcionário da Petrobras Bolívia, se a descoberta se confirmar, serão necessários no mínimo quatro anos para que o novo campo entre em operação. (págs. 1 e A14)

Rio veta terminais de R$ 5 bi
O governo do Rio vetou três grandes projetos de terminais portuários de empresas estrangeiras no Estado por questões ambientais, sociais e até econômicas,já que nenhum deles elevaria a receita com impostos. Foram rejeitados os terminais da BHP Billiton, da Ferrous Resources do Brasil e da Brazore (joint venture entre ArcelorMittal e Adriana Resources), cujos investimentos somariam cerca de R$ 5 bilhões.

Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Estado, adiantou que tentará promover o uso dos terminais privados aprovados (da Petrobras, LLX Sudeste, CSN, Gerdau, Usiminas e o terminal de Docas) pelas mineradoras excluídas da seleção. Os projetos reprovados ficam na região de Itacuruçá, na Baía de Sepetiba.

Outro empreendimento portuário controverso, o Porto do Sudeste, da LLX Logística, de Eike Batista, levou cerca de 500 pessoas a se aglomerar na casa de festas Cochicho, em Itaguaí, para quase cinco horas de debates acalorados sobre o processo de licenciamento ambiental da obra. O projeto prevê investimento de RS 1,2 bilhão em terminal portuário na Ilha da Madeira, antiga comunidade pesqueira no município. (págs. 1 e B7)

Indústrias de autopeças fecham acordos de redução de salários e jornada (págs. 1 e A18)


Superávit primário
O superávit primário do setor público chegou a 4,07% do PIB em 2008, o mais alto desde 2005 e o terceiro maior nas estatísticas fiscais. O gasto com juros da dívida representou 5,59% do PIB, percentual mais baixo em 11 anos. (págs. 1 e A6)


Desemprego é menor no NE
Com o menor peso da indústria no conjunto de sua economia, o Nordeste tem sido menos afetado pelo desemprego do que o restante do país. A importância da Previdência Social e dos programas sociais do governo também ajuda a amenizar a crise. (págs. 1A18)

Reforço aos genéricos
Levantamento da Pró-Genéricos, entidade que reúne os fabricantes de medicamentos genéricos, mostra que nos próximos três anos vão vencer as patentes de 17 remédios no país, que hoje faturam pelo menos R$ 750 milhões. Entre eles, o Lipitor e o Viagra. (págs. 1 e B1)

Dívida mobiliária
A dívida pública mobiliária federal interna cresceu 3,7% em 2008, para R$ 1,264 trilhão. A dívida externa líquida do Tesouro somou R$ 132,2 bilhões. Com isso, o endividamento total ficou em R$ 1,397 trilhão. (págs. 1 e C2)

Dívida do PT cresce e chega a R$ 45 milhões
As eleições municipais endividaram ainda mais o PT. O financiamento de campanhas elevou o passivo de R$ 38 milhões no início de 2008 para cerca de R$ 45 milhões. E a situação financeira não deve melhorar até 2010. O PT terá gastos elevados, a começar pela campanha para as eleições dos novos dirigentes. Em 2010, haverá a comemoração dos 30 anos do partido, a realização do congresso, em Brasília, e eleições gerais no país, além da conclusão da transferência da sede para a capital federal. A dívida do PT é 11 vezes maior que a do PSDB. (págs. 1 e Al3)

Idéias
Claudio Considera: o Brasil se descolou das políticas "perfeito-idiotas" que o levaram à falência na década de 80. (págs. 1 e Al6)

Idéias
Maria Inês Nassif: grande problema da Amazônia ainda é o fundiário. (págs. 1 e Al3)

Bunge negocia a compra de usinas no país
A Bunge, uma das maiores multinacionais do agronegócio, freou a expansão dos investimentos este ano para ter mais dinheiro em caixa e poder fazer aquisições "a preços razoáveis no Brasil e em outras partes do mundo". O presidente mundial da Bunge, Alberto Weisser, considera que a situação financeira da empresa é provavelmente a melhor dos últimos 15 anos, com US$ 1,5 bilhão em caixa, e que o grupo está pronto para "oportunidades que, sem dúvida, vão aparecer". O Valor apurou que a Bunge negocia a compra de usinas de cana no Brasil. Weisser sempre sinalizou o interesse em ampliar a presença da companhia no setor de açúcar e etanol, mas avaliava que os preços estavam muito altos. Segundo ele, algumas usinas em certas regiões de São Paulo "estão antiquadas e têm dificuldades logísticas". (págs. 1 e B10)

------------------------------------------------------------------------------------

Gazeta Mercantil

Manchete: CVM quer mais transparência nas assembleias
Os manuais para assembleias estão na ordem do dia do mercado de capitais brasileiro. Por isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula as empresas de capital aberto que atuam no País, e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) colocaram a elaboração de documentos sobre o tema em sua agenda do ano. Um dos objetivos dos manuais é trazer mais transparência às questões a serem tratadas nas reuniões com acionistas das companhias. Para a CVM, o documento deve provocar como efeito adicional maior participação dos investidores estrangeiros em assembleias on-line. “Até há pouco tempo as assembleias eram eventos totalmente formais, com convocações muito gerais e o comparecimento de poucos acionistas, que apenas oficializavam as decisões que já haviam acertado”, diz Alexandre Di Miceli, coordenador do Centro de Estudos em Governança Corporativa da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, a Fipecafi.

Empresas como Renner e CPFL já adotam manuais que recomendam como proceder em suas assembleias. (págs. 1, B1 e B4)

Exigência de licença prévia na importação é revogada
O governo federal cancelou a medida anunciada há três dias pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) que estabelecia a exigência de licença prévia para importações. A decisão afetava cerca três mil itens que representam aproximadamente 60% das compras no mercado externo.

A revogação foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O Ministério do Desenvolvimento retornará ao sistema de licença automática”, disse o ministro. O retorno ao padrão anterior vigorará a partir de hoje.

Desde sua implantação, a exigência gerou polêmica e foi classificada como uma estratégia para frear importações e dar maior fôlego à balança comercial. (págs. 1 e A5)

Superávit primário fecha 2008 em R$ 118 bilhões
O setor público registrou superávit primário de R$ 118 bilhões no ano passado, o que corresponde a 4,07% do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas com pagamento de juros superaram a economia do governo, atingindo R$ 162,3 bilhões no ano. Este desempenho resultou num déficit nominal de R$ 44,3 bilhões.

Na avaliação de Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, este resultado pode melhorar. Segundo ele, há espaço para que o déficit nominal caia de 1,53% para 1% do PIB em 2009.

De acordo com Lopes, todas as esferas de governo se mostraram superavitárias em 2008. “Isso mostra que o setor público está gastando menos do que arrecada, é um bom indicador de solvência”, disse o executivo do BC. O esforço efetuado em todas as esferas públicas, aliado à mudança na composição do endividamento, permitiu a queda.

A dívida líquida total encerrou o ano passado em R$ 1,069 trilhão, frente R$ 1,150 trilhão de 2007, o que representa um recuo de R$ 80,8 bilhões, fortemente impulsionado pela variação cambial. (págs. 1 e A6)

Seade/Dieese
Taxa de desemprego cai para 14,1%. (págs. 1 e A4)

Atividade da indústria paulista recua 5,2%
A indústria de transformação paulista apresentou retração de 5,2% em dezembro, no indicador com ajuste sazonal. Com este resultado, o Indicador do Nível de Atividade da Indústria (INA) encerrou o quarto trimestre de 2008 com um recuo de 10,2%, o pior desempenho para o período desde 2002.

O resultado de dezembro mostra aceleração no ritmo de queda da atividade na indústria de transformação que se intensificou no final do ano passado, com declínio de 1,7% em outubro e 3,3% em novembro na comparação mensal. Paulo Francini, diretor do Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), considera o resultado “preocupante” porque a redução de atividade se amplia a cada mês. (págs. 1 e A4)

Autopeças reduzem salário e jornada
A redução do volume de encomendas, com a consequente queda nas vendas, forçou as empresas do setor de autopeças a propor a redução de jornada e salários a seus empregados. Ontem, 800 funcionários da Valeo de São Paulo aceitaram ganhar 15% menos por três meses e reduzir um dia de trabalho por semana. Hoje, 2 mil metalúrgicos da fabricante de motores MWM e 3 mil da Sabó, que produz juntas e retentores, votam em assembléia e também abrem mão de parte do salário.

“Os trabalhadores estão dando a sua contribuição e esperamos que as empresas reconheçam este gesto, pois os empregados estão emprestando parte do salário para ajudá-las a sair da dificuldade”, afirmou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, ligado à Força Sindical. Antes da crise, empresas como a MWM apresentavam crescimento expressivo em produção e faturamento. (págs. 1 e C5)

Novo modelo para o petróleo é criticado
A ideia do governo de alterar o modelo de exploração do petróleo, em razão das descobertas no pré-sal, é criticada por analistas. “O jogo já começou e o Brasil não pode mudar as regras no meio da partida”, diz Giuseppe Bacoccoli, da UFRJ. Em discussão, as propostas para o setor devem ser definidas até março pelo presidente Lula. (págs. 1 e C7)

Opinião
Everardo Maciel: Simplificação tributária no Brasil é tema complexo. O Simples Nacional, que era simples, tornou-se assustadoramente complicado. (págs. 1 e A3)

Intenção de compras cresce
A intenção de compras do consumidor paulistano cresceu de 56,6% no primeiro trimestre de 2008 para 66,6% este ano, segundo estudo do Provar. O cliente busca mais promoções e foge do crediário. (págs. 1 e C3)

Cooperativas pedem R$ 4 bilhões
Depois de apostar no crescimento da economia e investir em expansão, as cooperativas agropecuárias esgotaram suas reservas e pedem que o governo libere R$ 4 bilhões para comercialização e estocagem. (págs. 1 e B10)

Clientes da Oi não pagarão multa
Os 2 milhões de clientes pós-pagos da operadora celular Oi que quiserem deixar a empresa não terão de pagar multas. Campanha que vai ao ar pela TV diz que os subsídios não serão cortados. (págs. 1 e C6)

Comunicação
Verba de publicidade do BNDES é de R$ 50 milhões. (págs. 1 e C8)

Opinião
Durval Guimarães: Céu e inferno em Minas. Fábricas garantem o pleno emprego em Jeceaba. Mas Sete Lagoas, capital do gusa, tem 10 mil desempregados. (págs. 1 e A3)

Mais fusões e aquisições em 2009
Marco Aurélio Militelli, especialista em processos de fusões e aquisições de empresas, acredita no crescimento dessa prática em 2009. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Câmara aprova o pacote de Obama
Por 244 votos a favor e 188 contra, o pacote de US$ 819 bilhões de incentivo à economia proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi aprovado ontem à noite na Câmara dos Representantes e agora será enviado ao Senado.

Obama, que ontem reuniu-se com empresários, comprometeu-se a dar a maior transparência possível à destinação das verbas pelo seu governo e afirmou: “Vamos investir no que dá certo”, depois do que chamou de “reunião equilibrada” com preeminentes executivos empresariais na Casa Branca. O futuro da economia americana repousa menos nas mãos do presidente que “nas mãos das empresas e trabalhadores americanos”, disse Obama.

O presidente informou, como já o fez repetidas vezes, que pretende ver o dinheiro “sendo empregado imediatamente” uma vez que o Congresso atue, ajudando a gerar de três milhões a quatro milhões de empregos, a maioria em empreendimentos privados. “A América corporativa terá que aceitar sua própria responsabilidade com os trabalhadores e o público americano”, anunciou. (págs. 1 e A11)

------------------------------------------------------------------------------------

Estado de Minas

Manchete: O Leão quer pegar você
Sabe aqueles 10 dias das férias que o empregado pode vender à empresa? Eles são isentos de tributação. Mas sobre o valor, a Receita recolheu imposto de renda desde novembro de 2006. O correto, agora, seria pedir desculpas e devolver tudo, devidamente corrigido, depositando diretamente na conta do trabalhador. No entanto, o fisco se recusa a fazer isso. E sugere um absurdo: que o contribuinte refaça as declarações e caia na malha fina para reaver o dinheiro. (pág.1)

José Alencar já respira sem ajuda de aparelhos (pág.1)

Governo recua e derruba barreiras à importação (pág.1)

Acordo reduz salários e jornada de trabalho (pág.1)

Sudene
Aécio se aproximará mais dos nordestinos

Fórum dos Governadores do Nordeste, que será em Minas, servirá para mineiro ampliar visibilidade na região. (pág.1)

Pacote de Obama para salvar bancos leva euforia ao mercado financeiro (pág.1)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Commercio

Manchete: Governo amplia Bolsa-Família
Programa incluirá mais 1,8 milhão de beneficiários. Limite da renda dos participantes foi elevado para R$ 137. Em reunião com governadores, Lula liberou R$ 574,6 milhões para a educação. (pág.1)

Trabalhadores fazem acordo para reduzir jornada e salários (pág.1)

Fruticultor do São Francisco tem crédito de R$ 170 milhões (pág.1)

Interior atrai cada vez mais turistas (pág.1)

Calçadas intransitáveis no Recife (pág.1)
O que u

O Globo

Manchete: Lula amplia Bolsa Família um dia após cortar o Orçamento
Programa custará mais meio bilhão; merenda é estendida para ensino médio

Depois de cortar R$ 37,2 bilhões no Orçamento, o governo Lula ampliou o Bolsa Família, com a inclusão de 1,3 milhão de famílias em seu principal programa social. O custo extra será de R$ 549 milhões este ano. Para permitir o aumento, o governo elevou o teto do programa, que atendia apenas famílias com renda de até R$ 120 mensais por pessoa. O novo teto é de R$ 137. O valor do benefício não subiu. O ministro Patrus Ananias disse que o aumento da linha de renda corresponde à variação da inflação medida pelo INPC. A inclusão dos novos beneficiários será gradual, de maio a outubro. Num encontro com 17 governadores da Amazônia Legal e do Nordeste, o presidente Lula anunciou, por medida provisória, R$ 547 milhões para a educação. O programa estenderá a merenda a estudantes do ensino médio e dará reforço ao transporte escolar. Mas o dia também foi de protestos por causa dos cortes no Orçamento. Em Belém, ambientalistas consideraram lamentável o bloqueio dos recursos do Meio Ambiente. (págs. 1, 3, 4 e editorial "Camisa-de-força")

União compensa Roraima com terras
O governo federal doou seis milhões de hectares de terras de sua propriedade ao estado de Roraima - 25% do território estadual. O presidente Lula admite que foi uma compensação depois da homologação da Reserva Raposa Serra do Sol: "Estávamos em dívida." O governo de Roraima fará a regularização das propriedades. (págs. 1 e 9)

Para governo, caso Battisti está encerrado
Um dia após a Itália convocar seu embaixador, aumentando o protesto contra o refúgio ao ex-extremista Cesare Battisti, o Palácio do Planalto e o Itamaraty avisaram que consideram o assunto encerrado. (págs. 1 e 9)

Governo recua e desiste de barrar importações (págs. 1 e 24)

Dezembro teve maior déficit em 17 anos
O Fundo Soberano, criado para financiar projetos de infraestrutura, provocou rombo nas contas públicas em dezembro. Foi o pior resultado em 17 anos. Apesar disso, no ano, o superávit bateu recorde: R$ 118 bilhões. (págs. 1 e 24)

Sarney assume e Câmara vive dia de traições
No dia em que o ex-presidente José Sarney oficializou sua candidatura a presidente do Senado, pelo PMDB, as traições explodiram na Câmara. Os partidos que apoiavam Michel Temer se dividiram e a eleição pode ter 2º turno. (págs. 1 e 8)

Davos é pessimista até com países emergentes (págs. 1 e 21)

Obama vence 1º teste e pacote passa na Câmara
Barack Obama venceu as resistências e aprovou na Câmara o pacote para ajudar a tirar a economia americana da crise. Os parlamentares deram sinal verde ao socorro de US$ 819 bilhões, um pouco menos do que o governo queria. O grande teste será no Senado, que vota semana que vem. Reforçando um estilo, Obama foi ao Pentágono falar com os militantes sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão. (págs. 1, 19 e 25)

------------------------------------------------------------------------------------

Folha de S. Paulo

Manchete: Lula amplia Bolsa Família e dá merenda para jovens
Medidas são anunciadas um dia após corte de R$ 37 bi no orçamento

Um dia após o governo cortar R$ 37 bilhões do orçamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas na área social que custarão mais R$ 871 milhões por ano ao Estado. O Bolsa Família, principal programa social do Planalto passará a atender mais 1,3 milhões de famílias (ao todo, 12,3 milhões). O limite de renda para obter ajuda federal subiu de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa. O governo também dará merenda escolar, antes restrita aos ensinos infantil e fundamental, aos alunos do ensino médio da rede publica – alguns dos quais, maiores de 16 anos, podem votar. Medida provisória assinada ontem prevê R$ 322 milhões para os 7,3 milhões de estudantes dessa faixa. Segundo o Planalto, as ações visam ampliar a rede de proteção social; para a oposição, elas são eleitoreiras. (Págs.1 e Brasil)

Governo desiste de restringir importação
Por determinação do Planalto, o governo revogou a medida que exigia licença prévia para a importação de cerca de 3.000 itens. Em vigor desde o inicio da semana, a exigência repentina dividiu ao ministros Miguel Jorge (Desenvolvimento) e Guido Mantega (Fazenda). “A medida foi mal entendida. Conversei co o ministro Miguel Jorge e concordamos pela suspensão”, anunciou Mantega. A frase selou o desfecho de mais de 24 horas de negociações. Empresários alegavam que o Brasil estava adotando barreiras comerciais. (Págs.1

“Sem querer”, Sarney entra na disputa para presidir o senado
O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) contrariou o que vinha assegurando há cinco meses e oficializou sua candidatura á presidência do Senado. “Não desejei, não quis, não queria”, disse Sarney, que atribuiu a decisão a solicitação “do [seu] partido, de muitos senadores e de alguns setores da sociedade”. Sarney insinuou que Tião Viana (PT-AC) deveria desistir da disputa para haver apenas um candidato. (Págs.1 e A6)

Câmara dos EUA aprova pacote de US$ 819 bi contra a crise
A Câmara dos Representantes dos EUA (equivalente á câmara dos Deputados) aprovou pacote de US$ 819 bilhões para a economia. O plano segue agora para o Senado, onde Barack Obama e os democratas têm maioria. Para as obras com recursos do pacote, há a exigência de que o aço usado seja produzido no país. O setor já motivou várias disputas entre EUA e Brasil. (Págs.1 e B7)

Paulo Nogueira Batista JR.: Projeção expõe desastre da especulação
As novas projeção do FMI expõem um quadro desastroso. Para todos ou quase todos os países importantes, as previsões de crescimento para 2009 foram drasticamente reduzidas. O mundo pagará caro pela desenfreada especulação financeira dos últimos anos. Como diria Nelson Rodrigues, os bufunfeiros serão caçados a paulada, feito ratazanas prenhes. (Págs.1 e B2)

------------------------------------------------------------------------------------

O Estado de S. Paulo

Manchete: FMI derruba previsão de crescimento para o Brasil
Estimativa para 2009 cai de 3% para 1,8%; projeção para o mundo é de 0,5%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu de 3% para 1,8% a estimativa de crescimento do Brasil em 2009. Foi a segunda vez em quatro meses que o FMI baixou a projeção, que era inicialmente de 3,5%. Apesar disso, o desempenho do País deve ficar acima da média da economia global - que, de acordo com o Fundo, deverá crescer apenas 0,5%. A taxa é a mais baixa desde a Segunda Guerra Mundial. Outro que vê dificuldades para o Brasil é o economista Nouriel Roubini, célebre por ter previsto a crise financeira global. Ele acha que o País sofrerá forte desaceleração, relata de Davos, na Suíça, o enviado especial Fernando Dantas. "O crescimento do Brasil pode ser próximo de zero, pode ser 1% ou até acabar sendo negativo", disse Roubini, uma das estrelas do Fórum Econômico Mundial.(págs. 1, B1 e B3)

Davos espera longa recessão

O pessimismo deu o tom na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial, relata de Davos o enviado especial Rolf Kuntz. Ninguém vê soluçao rápida para a crise mundial. Stephen Roach, do Morgan Stanley, crê que por muitos anos não haverá um novo crescimento global de pelo menos 4%. (págs. 1 e B4)

Governo recua de bloqueio a importações
Por ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os Ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda anunciaram ontem a suspensão da exigência de licenças prévias para a importação de produtos de 24 setores. A medida tinha sido avaliada no Planalto como um erro "fenomenal", por contrariar a posição do Brasil nos fóruns internacionais de comércio, nos quais o País é crítico do protecionismo das nações ricas. (págs. 1 e B10)

No que está dando o desgoverno
A imposição de licença prévia para importações é evidência irrefutável do nível a que chegou o governo. (págs. 1 e A3)

Itália desiste de Tarso e Lula e vai buscar solução no STF
O Ministério das Relações Exteriores da Itália confirmou em nota, ontem, a ordem para que o advogado que representa o governo do País "percorra todas as opções do ordenamento jurídico do Brasil que possam conduzir ao objetivo de obter a extradição de Battisti". A decisão mostra que o governo italiano não acredita mais em solução política para a crise com o Brasil por conta do refúgio concedido ao extremista Cesare Battisti. (págs. 1 e A4)

PSDB cobra cargos para apoiar Sarney
Senador, porém, já não vê votos como decisivos para ganhar presidência. (págs. 1 e A6)

Funcionários aceitam reduzir salários
Assembleia aprova corte de 15% por 8 meses na Valeo, fabricante de faróis. (págs. 1 e B8)

UE retira verba para emergentes cortarem CO2
A União Européia modificou na última hora sua proposta para substituir o Protocolo de Kyoto. Foi retirada a parte que previa o repasse de € 100 bilhões para países emergentes aplicarem no corte das emissões de CO2. Mas foi mantida a exigência de que esses países cumpram metas de corte. (págs. 1 e A18)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Brasil

Manchete: O choque da violência
Após meses de trégua, bandidos voltam a atacar na cidade, com atos de vandalismo e execuções

Em reação à morte de três traficantes na Mangueira, incluindo o líder do tráfico local, moradores do morro incendiaram quatro ônibus entre Benfica e Tijuca. No Morro dos Macacos, outro traficante foi morto por policiais. E em Ipanema, na Zona Sul, em plena esquina das ruas Visconde de Pirajá e Maria Quitéria, um motoqueiro executou com três tiros o bicheiro Rogério Mesquita, 65 anos. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)

Sociedade Aberta - Fabiano Santos
Eleição no Congresso definirá sobrevida da coalizão de Lula. (págs. 1 e A9)

Novas terras para os arrozeiros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto transferindo 6 milhões de hectares de terras da União para o governo de Roraima, cerca de 25% do território do estado. A terra será usada pelos produtores de arroz que desocuparão a reserva indígena Raposa Serra do Sol. (págs. 1 e A6)

Governo suspende medida de restrição a importações
Após dois dias de críticas de empresários brasileiros, o ministro Guido Mantega (Fazenda) cancelou a medida anunciada pelo Ministério do Desenvolvimento, que estabelecia exigências para 60% das importações. Nos EUA, o Fed manteve os juros próximos de zero. (pág. 1 e Economia, págs. A17 a A19)

Sepse mata 250 mil no Brasil
Um estudo do Instituto Latino-Americano do Sepse avisa que apenas 27% dos médicos sabem diagnosticar corretamente a infecção generalizada. Brasil e Malásia lideram o ranking de mortes pela doença: 250 mil óbitos por ano. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

Sociedade Aberta - Roberto Teixeira da Costa
Fórum de Davos não perdeu seu charme e importância. (págs. 1 e A17)

------------------------------------------------------------------------------------

Correio Braziliense

Debate sobre praça chega ao Planalto
Em reunião marcada para 6 de fevereiro no Planalto, o governador José Roberto Arruda discutirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o polêmico projeto da Praça da Soberania — conjunto formado por um prédio em forma de semicírculo, um estacionamento subterrâneo e um obelisco de 100 metros de altura entre a Rodoviária e o Congresso. Nascida de um pedido presidencial, a ideia concebida por Oscar Niemeyer é alvo de debate acalorado desde a exibição do primeiro croqui pelo Correio. Daí a iniciativa de Arruda de ouvir Lula. Em princípio, segundo o governador, o GDF não tem dinheiro para erguer o novo monumento neste ano. (págs. 1 e 29)

Para Lula, caso Battisti está encerrado
Presidente brasileiro garante que não vai repetir gesto italiano de chamar de volta seu embaixador e minimiza a crise aberta pela concessão de refúgio a acusado de terrorismo. (págs. 1 e 24)

Mão aberta
Mesmo em retenção de gastos, governo amplia o Bolsa Família (págs. 1 e 6)

Seis mil novos empregos no mês da crise
Desastroso para o mercado de trabalho do resto do país, dezembro registrou a criação de 6 mil vagas na economia do DF. Segundo o Dieese, o maior número de contratações aconteceu no comércio. (págs. 1 e 16)

------------------------------------------------------------------------------------

Valor Econômico

Manchete: Distribuição de lucros cresce em plena crise
O aprofundamento da crise mundial ainda não se mostrou forte o suficiente para impedir as maiores empresas brasileiras de aumentar a distribuição de lucros aos acionistas. Levantamento realizado pelo Valor Online com as 20 maiores empresas de capital aberto do país mostra que, nos quatro meses após o fatídico 15 de setembro de 2008, quando a quebra do Lehman Brothers marcou o agravamento da crise pelo mundo, essas companhias anunciaram R$ 21,7 bilhões em remuneração aos acionistas, tanto na forma de dividendos como em juros sobre o capital próprio. No mesmo intervalo entre o fim de 2007 e o início de 2008, o total ficou em RS 18,5 bilhões.

A distribuição desses valores evidencia,segundo especialistas, que boa parte das grandes companhias nacionais ainda não vive uma situação delicada em termos de necessidade de crédito ou disponibilidade de caixa. Se fosse esse o caso - como vem ocorrendo no exterior e com algumas empresas brasileiras de menor porte, como a Lojas Renner -, a retenção dos dividendos seria uma opção interessante para formar uma espécie de "colchão" de liquidez.

Apesar de a legislação prever distribuição mínima de 25% do lucro na forma de dividendo, os administradores das empresas não têm obrigação de antecipar o pagamento e também podem alegar, durante a assembléia de acionistas, que a remuneração é incompatível com a situação financeira da companhia.

A generosidade das empresas com seus acionistas chamou a atenção dos sindicatos de trabalhadores, que pretendem usá-la como argumento contra as demissões. O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva, diz que a entidade está elaborando um estudo que abrange o pagamento de dividendos das 200 maiores empresas de capital aberto. A idéia é cruzar esses dados com empréstimos tomados pelas companhias com recursos do BNDES, FAT e FGTS. A depender dos resultados, a central avalia o lançamento de uma campanha nacional pelo cancelamento dos dividendos enquanto durar a crise.

As maiores distribuições de dividendos foram anunciadas por Petrobras (R$ 7 bilhões), Vale (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 1,99 bilhão). (págs. 1 e D1)


Governo retira a exigência de licença prévia
Com poucas palavras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, colocaram um ponto final na desastrada exigência de licença prévia para importação de milhares de produtos. "A partir de amanhã [hoje), volta o regime antigo de entrada automática", disse Mantega.

A exigência tumultuou a vida das empresas e deixou irritados governos e empresários do Mercosul. Em Montevidéu, políticos de oposiçâo e empresários saíram a público criticando o protecionismo brasileiro. A revogação foi comunicada ao presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, por telefone. A Secretaria de Indústria argentina reclamou da falta de comunicaçâo prévia. (págs. 1 e A4)

Petrobras descobre gás na Bolívia
A Petrobras encontrou a 5.100 metros de profundidade uma camada de rocha porosa sob a qual técnicos da empresa acreditam estar uma nova reserva de gás na Bolívia. A informação foi transmitida ao Valor por uma autoridade do governo brasileiro que acompanha de perto as operações da estatal no país. O local fica no bloco exploratório de Ingre, no Departamento de Chuquisaca, no centro-sul da Bolívia. Por meio de nota, a Petrobras disse que o projeto se encontra em fase de perfuração, não sendo possível fazer estimativas sobre a existência ou não de hidrocarbonetos. Segundo um funcionário da Petrobras Bolívia, se a descoberta se confirmar, serão necessários no mínimo quatro anos para que o novo campo entre em operação. (págs. 1 e A14)

Rio veta terminais de R$ 5 bi
O governo do Rio vetou três grandes projetos de terminais portuários de empresas estrangeiras no Estado por questões ambientais, sociais e até econômicas,já que nenhum deles elevaria a receita com impostos. Foram rejeitados os terminais da BHP Billiton, da Ferrous Resources do Brasil e da Brazore (joint venture entre ArcelorMittal e Adriana Resources), cujos investimentos somariam cerca de R$ 5 bilhões.

Júlio Bueno, secretário de Desenvolvimento do Estado, adiantou que tentará promover o uso dos terminais privados aprovados (da Petrobras, LLX Sudeste, CSN, Gerdau, Usiminas e o terminal de Docas) pelas mineradoras excluídas da seleção. Os projetos reprovados ficam na região de Itacuruçá, na Baía de Sepetiba.

Outro empreendimento portuário controverso, o Porto do Sudeste, da LLX Logística, de Eike Batista, levou cerca de 500 pessoas a se aglomerar na casa de festas Cochicho, em Itaguaí, para quase cinco horas de debates acalorados sobre o processo de licenciamento ambiental da obra. O projeto prevê investimento de RS 1,2 bilhão em terminal portuário na Ilha da Madeira, antiga comunidade pesqueira no município. (págs. 1 e B7)

Indústrias de autopeças fecham acordos de redução de salários e jornada (págs. 1 e A18)


Superávit primário
O superávit primário do setor público chegou a 4,07% do PIB em 2008, o mais alto desde 2005 e o terceiro maior nas estatísticas fiscais. O gasto com juros da dívida representou 5,59% do PIB, percentual mais baixo em 11 anos. (págs. 1 e A6)


Desemprego é menor no NE
Com o menor peso da indústria no conjunto de sua economia, o Nordeste tem sido menos afetado pelo desemprego do que o restante do país. A importância da Previdência Social e dos programas sociais do governo também ajuda a amenizar a crise. (págs. 1A18)

Reforço aos genéricos
Levantamento da Pró-Genéricos, entidade que reúne os fabricantes de medicamentos genéricos, mostra que nos próximos três anos vão vencer as patentes de 17 remédios no país, que hoje faturam pelo menos R$ 750 milhões. Entre eles, o Lipitor e o Viagra. (págs. 1 e B1)

Dívida mobiliária
A dívida pública mobiliária federal interna cresceu 3,7% em 2008, para R$ 1,264 trilhão. A dívida externa líquida do Tesouro somou R$ 132,2 bilhões. Com isso, o endividamento total ficou em R$ 1,397 trilhão. (págs. 1 e C2)

Dívida do PT cresce e chega a R$ 45 milhões
As eleições municipais endividaram ainda mais o PT. O financiamento de campanhas elevou o passivo de R$ 38 milhões no início de 2008 para cerca de R$ 45 milhões. E a situação financeira não deve melhorar até 2010. O PT terá gastos elevados, a começar pela campanha para as eleições dos novos dirigentes. Em 2010, haverá a comemoração dos 30 anos do partido, a realização do congresso, em Brasília, e eleições gerais no país, além da conclusão da transferência da sede para a capital federal. A dívida do PT é 11 vezes maior que a do PSDB. (págs. 1 e Al3)

Idéias
Claudio Considera: o Brasil se descolou das políticas "perfeito-idiotas" que o levaram à falência na década de 80. (págs. 1 e Al6)

Idéias
Maria Inês Nassif: grande problema da Amazônia ainda é o fundiário. (págs. 1 e Al3)

Bunge negocia a compra de usinas no país
A Bunge, uma das maiores multinacionais do agronegócio, freou a expansão dos investimentos este ano para ter mais dinheiro em caixa e poder fazer aquisições "a preços razoáveis no Brasil e em outras partes do mundo". O presidente mundial da Bunge, Alberto Weisser, considera que a situação financeira da empresa é provavelmente a melhor dos últimos 15 anos, com US$ 1,5 bilhão em caixa, e que o grupo está pronto para "oportunidades que, sem dúvida, vão aparecer". O Valor apurou que a Bunge negocia a compra de usinas de cana no Brasil. Weisser sempre sinalizou o interesse em ampliar a presença da companhia no setor de açúcar e etanol, mas avaliava que os preços estavam muito altos. Segundo ele, algumas usinas em certas regiões de São Paulo "estão antiquadas e têm dificuldades logísticas". (págs. 1 e B10)

------------------------------------------------------------------------------------

Gazeta Mercantil

Manchete: CVM quer mais transparência nas assembleias
Os manuais para assembleias estão na ordem do dia do mercado de capitais brasileiro. Por isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula as empresas de capital aberto que atuam no País, e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) colocaram a elaboração de documentos sobre o tema em sua agenda do ano. Um dos objetivos dos manuais é trazer mais transparência às questões a serem tratadas nas reuniões com acionistas das companhias. Para a CVM, o documento deve provocar como efeito adicional maior participação dos investidores estrangeiros em assembleias on-line. “Até há pouco tempo as assembleias eram eventos totalmente formais, com convocações muito gerais e o comparecimento de poucos acionistas, que apenas oficializavam as decisões que já haviam acertado”, diz Alexandre Di Miceli, coordenador do Centro de Estudos em Governança Corporativa da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, a Fipecafi.

Empresas como Renner e CPFL já adotam manuais que recomendam como proceder em suas assembleias. (págs. 1, B1 e B4)

Exigência de licença prévia na importação é revogada
O governo federal cancelou a medida anunciada há três dias pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) que estabelecia a exigência de licença prévia para importações. A decisão afetava cerca três mil itens que representam aproximadamente 60% das compras no mercado externo.

A revogação foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O Ministério do Desenvolvimento retornará ao sistema de licença automática”, disse o ministro. O retorno ao padrão anterior vigorará a partir de hoje.

Desde sua implantação, a exigência gerou polêmica e foi classificada como uma estratégia para frear importações e dar maior fôlego à balança comercial. (págs. 1 e A5)

Superávit primário fecha 2008 em R$ 118 bilhões
O setor público registrou superávit primário de R$ 118 bilhões no ano passado, o que corresponde a 4,07% do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas com pagamento de juros superaram a economia do governo, atingindo R$ 162,3 bilhões no ano. Este desempenho resultou num déficit nominal de R$ 44,3 bilhões.

Na avaliação de Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, este resultado pode melhorar. Segundo ele, há espaço para que o déficit nominal caia de 1,53% para 1% do PIB em 2009.

De acordo com Lopes, todas as esferas de governo se mostraram superavitárias em 2008. “Isso mostra que o setor público está gastando menos do que arrecada, é um bom indicador de solvência”, disse o executivo do BC. O esforço efetuado em todas as esferas públicas, aliado à mudança na composição do endividamento, permitiu a queda.

A dívida líquida total encerrou o ano passado em R$ 1,069 trilhão, frente R$ 1,150 trilhão de 2007, o que representa um recuo de R$ 80,8 bilhões, fortemente impulsionado pela variação cambial. (págs. 1 e A6)

Seade/Dieese
Taxa de desemprego cai para 14,1%. (págs. 1 e A4)

Atividade da indústria paulista recua 5,2%
A indústria de transformação paulista apresentou retração de 5,2% em dezembro, no indicador com ajuste sazonal. Com este resultado, o Indicador do Nível de Atividade da Indústria (INA) encerrou o quarto trimestre de 2008 com um recuo de 10,2%, o pior desempenho para o período desde 2002.

O resultado de dezembro mostra aceleração no ritmo de queda da atividade na indústria de transformação que se intensificou no final do ano passado, com declínio de 1,7% em outubro e 3,3% em novembro na comparação mensal. Paulo Francini, diretor do Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), considera o resultado “preocupante” porque a redução de atividade se amplia a cada mês. (págs. 1 e A4)

Autopeças reduzem salário e jornada
A redução do volume de encomendas, com a consequente queda nas vendas, forçou as empresas do setor de autopeças a propor a redução de jornada e salários a seus empregados. Ontem, 800 funcionários da Valeo de São Paulo aceitaram ganhar 15% menos por três meses e reduzir um dia de trabalho por semana. Hoje, 2 mil metalúrgicos da fabricante de motores MWM e 3 mil da Sabó, que produz juntas e retentores, votam em assembléia e também abrem mão de parte do salário.

“Os trabalhadores estão dando a sua contribuição e esperamos que as empresas reconheçam este gesto, pois os empregados estão emprestando parte do salário para ajudá-las a sair da dificuldade”, afirmou Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, ligado à Força Sindical. Antes da crise, empresas como a MWM apresentavam crescimento expressivo em produção e faturamento. (págs. 1 e C5)

Novo modelo para o petróleo é criticado
A ideia do governo de alterar o modelo de exploração do petróleo, em razão das descobertas no pré-sal, é criticada por analistas. “O jogo já começou e o Brasil não pode mudar as regras no meio da partida”, diz Giuseppe Bacoccoli, da UFRJ. Em discussão, as propostas para o setor devem ser definidas até março pelo presidente Lula. (págs. 1 e C7)

Opinião
Everardo Maciel: Simplificação tributária no Brasil é tema complexo. O Simples Nacional, que era simples, tornou-se assustadoramente complicado. (págs. 1 e A3)

Intenção de compras cresce
A intenção de compras do consumidor paulistano cresceu de 56,6% no primeiro trimestre de 2008 para 66,6% este ano, segundo estudo do Provar. O cliente busca mais promoções e foge do crediário. (págs. 1 e C3)

Cooperativas pedem R$ 4 bilhões
Depois de apostar no crescimento da economia e investir em expansão, as cooperativas agropecuárias esgotaram suas reservas e pedem que o governo libere R$ 4 bilhões para comercialização e estocagem. (págs. 1 e B10)

Clientes da Oi não pagarão multa
Os 2 milhões de clientes pós-pagos da operadora celular Oi que quiserem deixar a empresa não terão de pagar multas. Campanha que vai ao ar pela TV diz que os subsídios não serão cortados. (págs. 1 e C6)

Comunicação
Verba de publicidade do BNDES é de R$ 50 milhões. (págs. 1 e C8)

Opinião
Durval Guimarães: Céu e inferno em Minas. Fábricas garantem o pleno emprego em Jeceaba. Mas Sete Lagoas, capital do gusa, tem 10 mil desempregados. (págs. 1 e A3)

Mais fusões e aquisições em 2009
Marco Aurélio Militelli, especialista em processos de fusões e aquisições de empresas, acredita no crescimento dessa prática em 2009. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Câmara aprova o pacote de Obama
Por 244 votos a favor e 188 contra, o pacote de US$ 819 bilhões de incentivo à economia proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi aprovado ontem à noite na Câmara dos Representantes e agora será enviado ao Senado.

Obama, que ontem reuniu-se com empresários, comprometeu-se a dar a maior transparência possível à destinação das verbas pelo seu governo e afirmou: “Vamos investir no que dá certo”, depois do que chamou de “reunião equilibrada” com preeminentes executivos empresariais na Casa Branca. O futuro da economia americana repousa menos nas mãos do presidente que “nas mãos das empresas e trabalhadores americanos”, disse Obama.

O presidente informou, como já o fez repetidas vezes, que pretende ver o dinheiro “sendo empregado imediatamente” uma vez que o Congresso atue, ajudando a gerar de três milhões a quatro milhões de empregos, a maioria em empreendimentos privados. “A América corporativa terá que aceitar sua própria responsabilidade com os trabalhadores e o público americano”, anunciou. (págs. 1 e A11)

------------------------------------------------------------------------------------

Estado de Minas

Manchete: O Leão quer pegar você
Sabe aqueles 10 dias das férias que o empregado pode vender à empresa? Eles são isentos de tributação. Mas sobre o valor, a Receita recolheu imposto de renda desde novembro de 2006. O correto, agora, seria pedir desculpas e devolver tudo, devidamente corrigido, depositando diretamente na conta do trabalhador. No entanto, o fisco se recusa a fazer isso. E sugere um absurdo: que o contribuinte refaça as declarações e caia na malha fina para reaver o dinheiro. (pág.1)

José Alencar já respira sem ajuda de aparelhos (pág.1)

Governo recua e derruba barreiras à importação (pág.1)

Acordo reduz salários e jornada de trabalho (pág.1)

Sudene
Aécio se aproximará mais dos nordestinos

Fórum dos Governadores do Nordeste, que será em Minas, servirá para mineiro ampliar visibilidade na região. (pág.1)

Pacote de Obama para salvar bancos leva euforia ao mercado financeiro (pág.1)

------------------------------------------------------------------------------------

Jornal do Commercio

Manchete: Governo amplia Bolsa-Família
Programa incluirá mais 1,8 milhão de beneficiários. Limite da renda dos participantes foi elevado para R$ 137. Em reunião com governadores, Lula liberou R$ 574,6 milhões para a educação. (pág.1)

Trabalhadores fazem acordo para reduzir jornada e salários (pág.1)

Fruticultor do São Francisco tem crédito de R$ 170 milhões (pág.1)

Interior atrai cada vez mais turistas (pág.1)

Calçadas intransitáveis no Recife (pág.1)