quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que publicam os principais Jornais e Revistas nesta Quinta-Feira

O Globo


Manchete: Apagão revela as falhas do sistema elétrico brasileiro

Novos cortes de energia poderão ocorrer se não forem criados mecanismos de prevenção

O apagão que atingiu 18 estados brasileiros e retirou 45% da carga de energia do país foi causado por raios, chuvas e ventos que derrubaram três linhas de transmissão que levavam a energia da hidrelétrica de Itaipu para o Sudeste e o Centro-Oeste. Especialistas alertam que o sistema interligado brasileiro, conhecido como um dos mais seguros do mundo, ainda está vulnerável e precisa de novos mecanismos de proteção para evitar novas quedas de energia. Nos últimos dez anos, novas linhas de transmissão foram construídas, medidas de segurança foram idealizadas e um sistema de "ilhamento" foi concebido, permitindo que algumas áreas pudessem ter energia, mesmo se fechando em si e garantindo o abastecimento de áreas especificas. Não há explicação para o fato de esse sistema ter falhado no Sudeste. No Rio, 2.906 crianças ficaram sem aulas por falta de água. (págs. 1 e 21 a 28)

'O sistema de Itaipu é blindado. A falha pode ter ocorrido num disjuntor, num conector, num transformador'
Jorge Samek, Presidente da Itaipu Binacional

'A possibilidade de as cinco linhas de Itaipu caírem ao mesmo tempo é tão rara quanto alguém ganhar ao mesmo tempo na mega-sena e na loteria da Califórnia'
Eduardo Bernini, Ex-presidente da Eletropaulo

'O Brasil é o país onde há maior concentração destes fenômenos (climáticos)'
Edison Lobão, Ministro de Minas e Energia

Foto legenda: Descargas elétricas: O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao lado do diretor do ONS e do secretário-executivo do
ministério, dá explicações sobre o blecaute. (págs. 1 e 22)

Foto legenda: Caos no trânsito: No cruzamento das ruas Benedito Hipólito e Carmo Neto, no Centro, sinais não funcionam e guardas tentam controlar fluxo de carros. (págs. 1, 25 e 26)

Lula teme efeitos e tenta blindar Dilma

O apagão caiu como uma bomba no Planalto. O presidente Lula tentou blindar a ministra Dilma Rousseff, sua candidata à Presidência e que comandou a área de Minas e Energia, e ressaltou que o blecaute de anteontem foi diferente do de 2001, no governo FH. Tanto Lula como Dilma tinham garantido que o país não sofreria apagão. A oposição criticou duramente o governo. O governador José Serra (PSDB) cobrou explicações. (págs. 1 e 29)

'Nós temos uma outra certeza, que não vai ter apagão. Nós hoje voltamos a fazer planejamento'
Dilma Rousseff no último dia 29 de outubro

Consumidor tem até 90 dias para obter reparação

Quem teve aparelho danificado com o apagão dispõe de 90 dias para entrar com pedido de ressarcimento na distribuidora de energia, mas é preciso provar o dano no produto. Em caso de dano moral, deve recorrer à Justiça. (págs. 1 e 27)

Inpe desmente a versão de Lobão

Uma análise do Inpe considerou mínima a chance de raios serem a causa do apagão. O Inpe não detectou raios capazes de provocar o desligamento da rede. Na hora do apagão, a tempestade mais próxima estava a 30km da subestação de Itaberá. (págs. 1 e 21)

Lula anuncia hoje queda no desmatamento

O presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff anunciam hoje o menor desmatamento da Amazônia desde que o Inpe iniciou o monitoramento por satélite, há 21 anos. O levantamento foi apressado para ser levado à conferência do clima, em Copenhague. A participação de Dilma, pré-candidata a presidente, é uma estratégia para aproximá-la dos temas ambientais. (págs. 1 e 3)

STF veta posse de suplentes de vereadores

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que as 7 mil novas vagas de vereadores criadas por emenda constitucional só poderão ser preenchidas nas eleições de 2012. Por 8 votos a 1, os ministros confirmaram uma liminar que suspendeu as posses de to dos os suplentes de vereadores que pretendiam ser beneficiados com a criação dessas vagas. (págs. 1 e 8)

Charge Chico: O duelo

- No seu apagão ou no meu?

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Folha de S. Paulo


Manchete: Temporal causou apagão, diz governo

Ministro culpa 'descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes'; especialistas contestam

Falta de energia afetou 18 Estados, não nove Estados e o DF, como informava a 1ª versão oficial

O governo atribuiu a um temporal a responsabilidade pelo apagão mais abrangente do país, que deixou sem energia elétrica moradores de 18 Estados e do Distrito Federal entre a noite de terça e a madrugada de ontem.

As primeiras informações oficiais falavam em nove Estados afetados. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão,
"descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes" causaram um curto-circuito que desativou três linhas de transmissão de Itaipu. A usina foi totalmente desligada pela primeira vez.

O governo afirmou que o apagão, em termos de perda de energia (46% da geração), foi menor que o de março de 1999, na gestão Fernando Henrique Cardoso, que atingiu dez Estados e o Distrito Federal (perda de 70%). O presidente Lula tratou o episódio como um
"incidente" .

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ligado ao governo, diz ser baixa a possibilidade de descarga elétrica ou chuvas fortes terem provocado o blecaute e aponta possível falha no sistema. Especialistas contestam a explicação oficial e vêem má gestão. (págs. 1 e Cl)

A versão dos técnicos
1. Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) diz que as chances de fortes chuvas ou raios terem provocado o apagão são mínimas

2. Apesar da tempestade na região, as descargas elétricas estavam até 30 km distantes da rede elétrica

“Eu, sinceramente, não posso dizer que foi um raio, um vento, um erro humano. Também não quero culpar ninguém antecipadamente”
Luiz Inácio Lula da Silva
presidente, sobre o apagão

“Este foi um episódio que, Deus queira, não ocorrerá mais”
Edison Lobão, ministro de Minas e Energia

“Isso é um microincidente dentro de conquistas extraordinárias que o Brasil teve durante sete anos na produção de energia”
Tarso Genro, ministro da Justiça

“O sistema devia ter mecanismos para não propagar problemas como esse”
Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás

Foto legenda: Letícia, 10, enche balde em bica no parque Fernanda, no Capão Redondo, zona sul de São Paulo

Oposição ataca Dilma, que some

Oposição ao governo federal, DEM, PSDB e PPS usaram o apagão para atacar a candidatura de Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Planalto. Para líderes, o caso mostra que ela não é boa "técnica".

Dilma foi ministra de Minas e Energia por dois anos e meio. Ontem, ela cancelou compromissos, não participou de reunião do governo para discutir o blecaute e não falou no assunto. (págs. 1 e C10)

Falta de água afeta milhões em SP, no Rio e no ES

Depois do blecaute, cerca de 6,7 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e 1 milhão no Rio ficaram sem água. No Espírito Santo, foram 575 mil.

Com o apagão, sistemas de abastecimento e de tratamento de água foram desligados. O fornecimento deve ser normalizado hoje. (págs. 1 e C8)

Vinicius Torres Freire: Politicagem de sempre marca ações no blecaute

O que era confusão desencontrada - e a seguir desorientação e negligência - confirmou-se a politicagem desprezível de sempre.

Autoridades chutavam causas disparatadas para o acidente e procuravam se eximir. A oposição acesa pelo oportunismo deu sua contribuição às trevas. (págs. 1 e B4)

Maternidade sem gerador tira bebês da UTI no escuro

Sem gerador, a maternidade Santa Isabel, em Bauru (SP), tinha seis bebês na UTI na hora do apagão. Cinco crianças foram transferidas no escuro para outro hospital, e uma, de apenas 20 dias, ficou na maternidade graças a um gerador emprestado por TV local. Os bebês passam bem. (págs. 1 e C9)

Novo ministro deve ficar fora de julgamento de terrorista

Supremo Tribunal Federal retoma julgamento do italiano Cesare Battisti hoje, com 4 a 3 a favor da extradição; Toffoli tende a não votar. (págs. 1 e A4)

Diretor em São Carlos é o mais votado para reitor da USP

Diretor do Instituto de Física de São Carlos, Glaucius Oliva venceu também o segundo turno das eleições para novo reitor da USP.

A lista tríplice enviada ao governador José Serra tem ainda João Grandino Rodas e Armando Corbani Ferraz.

A escolha final será de Serra, que poderá indicar qualquer um dos três. (págs. 1 e C12)

Saúde: Governo proíbe bronzeamento artificial (págs. 1 e C14)


Editoriais

Leia "Na escuridão", sobre a reação do governo Lula ao apagão, e
"Extraditar Battisti", acerca do julgamento no STF. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Governo atribui apagão a raios; para especialistas, rede é frágil

Blecaute que afetou 18 Estados, o maior em 10 anos, mostra sistema vulnerável a 'efeito dominó'

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que raios, ventos e chuvas fortes em Itaberá (SP), onde fica uma subestação de Furnas, são a provável causa do maior apagão no País em dez anos. O blecaute atingiu 18 Estados por até quatro horas na noite de terça. Lobão negou falta de investimento, afirmando que o sistema é “de muito boa qualidade" - e o PT acusou a oposição de tentar criar
“factoide” com o caso. O apagão afetou mais pessoas do que o último grande incidente do setor, em 1999, durante o governo FHC. Para especialistas, essa extensão expôs a fragilidade de um sistema quase totalmente dependente de geração hidrelétrica e vulnerável ao
"efeito dominó". Mas eles destacaram que a rede mostrou, agora, maior agilidade para o restabelecimento da energia. (págs. 1, C1 e C3 a C12)

Números
19,3% da energia elétrica consumida no País é gerada em Itaipu

14 mil MW é o volume de energia produzido pela usina

900km é a extensão da linha de transmissão entre Foz do Iguaçu (PR) e Mogi das Cruzes (SP)

Análises

Dora Kramer: Como cegos em tiroteio
Tanto o governo quanto a oposição se atrapalham ao tentar fazer uso eleitoral do apagão. (págs. 1 e A6)

Celso Ming: Os outros apagões

O Brasil é hoje um repositório de apagões que, no entanto, não mobilizam a energia nacional. (págs. 1 e B2)

Histórias da escuridão

Banho quente, só na favela

Lavador achou que era culpado

Luz acabou no meio do assalto

Menino teve cirurgia adiada
(págs. 1 e C7 a C9)

Foto legenda: 'Parecia trovão' - Manoel Perli Filho mostra a subestação de Furnas em Itaberá (SP), que teria sido o 'epicentro' do apagão; o cerealista, que mora a 300 m dali, disse ter ouvido estrondo. (págs. 1 e C1)

Desencontro de versões irrita Lula e abre disputa

As versões desencontradas no governo para o apagão irritaram o presidente Lula. Pela manhã, ele mandou que os auxiliares não dessem mais declarações. O Planalto tentou confinar o problema ao Ministério de Minas e Energia, blindando Dilma Rousseff, que é apresentada como responsável por uma “revolução" no sistema elétrico. Já o governador José Serra disse que esse sistema está "vulnerável". (págs. 1 e C4)

Falta de água afeta 24% da população paulista

Ao menos 10 milhões de pessoas no Estado de São Paulo (24% da população) sofreram desabastecimento de água em razão do apagão. Só na Grande São Paulo foram 6,7 milhões. A normalização é lenta, disse a Sabesp. (págs. 1 e C10)

Glaucius Oliva é o mais votado para reitor da USP

O engenheiro Glaucius Oliva foi o mais votado nas eleições para reitor da USP, mas não obteve maioria dos votos. A lista que será entregue a José Serra terá ainda João Grandino Rodas e Armando Corbani. (págs. 1 e A23)

Foto legenda: Opostos - Funcionários protestam contra eleição para reitor da USP

Dólar baixo faz indústria comprar no exterior

Indústrias brasileiras estão recorrendo a fornecedores estrangeiros de matérias-primas e peças graças à desvalorização do dólar. A diferença de preço chega a 20% entre os produtos nacionais e os importados. (págs. 1 e B1)

SP vira alvo preferencial de sem-terra, indica pesquisa

Pesquisa de grupo ligado à Unesp mostra que o número de invasões de terra no Estado de São Paulo aumentou 88,8% no primeiro semestre de 2009 ante igual período de 2008. No mesmo intervalo, o País registrou queda de 46%. (págs. 1 e A4)

Saúde: Bronzeamento artificial é vetado

Anvisa proíbe uso do equipamento, que causaria câncer. (págs. 1 e A21)

Internet: Telefônica perde clientes do Speedy

Operadora deixa de ser a segunda maior da banda larga. (págs. 1 e B18)

Notas e Informações: A imprensa sob fogo cerrado

Para a Sociedade Interamericana de Imprensa, cenário é de "tendência ao autoritarismo" na América Latina. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Manchete: "Isso foi um microproblema" Tarso Genro, Ministro da Justiça

Em todo o país, pelo menos 80 milhões foram prejudicados

No Rio, 75% dos alimentos nos restaurantes se perderam

Oposição pede explicações. Governo minimiza necessidade

O apagão que deixou nove estados do país e pelo menos 80 milhões de brasileiros às escuras por quase quatro horas não impressionou o ministro da Justiça. Para Tarso Genro, o incidente foi um
"microproblema" diante das questões que o governo já teria resolvido. Com o modelo de distribuição sob críticas de especialistas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, atribuiu o blecaute à incidência de raios. Segundo Lobão, a região onde a falha ocorreu é uma das mais críticas do mundo. Ele garantiu que o sistema, apesar do transtorno, mostrou-se eficiente pela recuperação. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A8)

Editorial: É só desligar a tomada

Por mais que as autoridades tentem negar, uma coisa o apagão deixou claro: se o país estivesse em guerra, bastaria o inimigo desligar uma tomada para derrotá-lo. Atribuir à natureza uma falha gritante e recorrente de concepção do sistema é zombar da inteligência do cidadão. Esse argumento, na realidade, só desvia o foco das vulnerabilidades. Continua na página A8 (pág. 1)

Foto legenda: Tarso Genro - Após blecaute, uma análise otimista

Escuridão acende pira política no Congresso

Atacados no apagão de 2001, PSDB e DEM acusam o governo de má gestão. Querem explicações do ministro Edison Lobão e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff ao Congresso, mas não há consenso. "Não entendem nada disso, o que fariam aqui?" ironizou o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). "É um absurdo", reagiu o líder do PT, deputado Henrique Fontana, buscando evitar que o blecaute respingue na candidatura de Dilma. (págs. 1 e Tema do dia A14)

Luz de Naná ilumina o público na calçada

Naná Vasconcellos mostrou que tem luz própria. Sem energia elétrica para apresentar o espetáculo Blind date, no Leblon, encantou a plateia com um show na rua. Bares e restaurantes cariocas registraram perda de 75% do estoque de alimentos perecíveis. (págs. 1 e Tema do dia A13)

Mídia do mundo marca país em cima

A imprensa mundial repercutiu o blecaute, e vários jornais, como o americano Chigago Tribune e o britânico The Times, enfatizaram o fato de o Rio ser a sede da Olimpíada-2016, pondo em dúvida a capacidade de o Brasil sediar os Jogos. (págs. 1 e Tema do dia A14)

Foto legenda: Salve-se quem puder

Cadê o guarda? - Apesar de a luz ter voltado ontem de madrugada, muitos sinais de trânsito como este, na Barra da Tijuca, passaram o dia apagados, provocando grande confusão no trânsito (pág. 1)

Ofensiva oficial contra milícias

Para cumprir a promessa de não dar trégua às milícias na capital, a Secretaria de Segurança Pública vai colocar quase 200 novos policiais na Delegacia de Homicídios e na 35ª DP (Campo Grande). As unidades investigam crimes de paramilitares na Zona Oeste. (págs. 1 e Cidade A20)

Energia com independência

O smart grid, modelo que pressupõe a geração descentralizada de energia, pode ser, num futuro próximo, uma solução contra blecautes. A rede interligaria quarteirões ou bairros inteiros em sistemas que não dependeriam de fornecimento externo. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Coisas da política

Emoção fora do julgamento de Césare Battisti. (págs. 1 e A2)

Informe JB

Seguro Apagão provoca romaria a Ministério. (págs. 1 e A4)

Anna Ramalho

Fonte do ONS alerta para novos apagões. (págs. 1 e A17)

Heloisa Tolipan

Apagão acompanhado à luz do Twitter. (págs. 1 e B8)

Hildegard Angel

Após blecaute, sociedade espera respostas. (págs. 1 e B5)

Sociedade Aberta

Ruy Quintans
Professor do Ibmec e Consultor

É preciso calma para investigar as causas do apagão. (págs. 1 e Tema do dia A4)

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Correio Braziliense


Manchete: Energia é o nosso drama

O fantasma do apagão, que em 2001 azucrinou os tucanos, voltou para assombrar os petistas. Preocupado com os efeitos do blecaute que atingiu 18 estados, o presidente Lula comandou uma operação técnica e política. Preservou Dilma Rousseff, responsável pelo modelo energético no país, dos ataques da oposição e delegou ao ministro Edison Lobão e a técnicos executivos do governo a tarefa de dar explicações públicas sobre a pane no sistema. A justificativa oficial é de que o Brasil foi atingido por ventos e chuvas incomuns, que provocaram um curto-circuito na rede nacional e a consequente falta de luz. Os governistas garantem que o apagão foi acidental e que o sistema elétrico do país é seguro, fruto de uma política de investimentos. Mas tanto o Tribunal de Contas da União quanto o governo de São Paulo já haviam alertado Brasília para as dificuldades nas áreas de transmissão e manutenção de energia.

Os prejuízos em todo o país//A radiografia do apagão//A história dos blecautes no Brasil//A opinião de especialistas (págs. 1 e 2 a 13)

Sem respostas, caso Villela terá força-tarefa

Juiz determina mudança no comando das investigações do crime e contesta prisão de suspeitos. (págs. 1 e 40)

Foto legenda: Pausa forçada para Arruda

Governador terá que ficar 15 dias sem caminhar para se recuperar de uma cirurgia no tornozelo direito. Médicos do Hospital Sarah implantaram um parafuso de titânio no local para corrigir um problema ósseo. (págs. 1 e 51)

Battisti diz ser troféu na Itália

Condenado por assassinato, ex-ativista diz ao Correio não haver provas contra ele e confiar numa vitória no STF, hoje, para ficar no Brasil. (págs. 1 e 18)

Pelados na UnB por Geisy

Estudante paulista xingada por usar roupas curtas ganhou apoio de universitários brasilienses, que ficaram nus como forma de protesto contra a discriminação na Uniban. (págs. 1 e 20)

Erro da Justiça: Jovem foi à cadeia, mas era inocente

Aldo Rodrigues foi condenado por latrocínio e ficou 14 meses na Papuda. Saiu surdo de um ouvido e com problemas intestinais. Falhas no processo fizeram o TJDF anular a sentença. (págs. 1 e 39)

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Valor Econômico


Manchete: Blecaute expõe riscos do sistema

O governo levou quase 20 horas para informar oficialmente a causa do blecaute que atingiu 18 Estados e o Distrito Federal na terça-feira. Segundo o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o apagão foi provocado por raios, ventos e chuvas fortes na região de Itaberá, em São Paulo. Essa concentração de fenômenos climáticos teria provocado curtos em três circuitos que vêm de Itaipu e, por isso, o sistema de proteção atuou desligando as linhas de transmissão, "para que não houvesse um acidente ainda maior".

Em entrevista em Brasília, Lobão afirmou que essa conclusão sobre as causas foi resultado das discussões de representantes do ministério e de outros órgãos da área, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) e Furnas. (págs. 1 e A5 a A12)

Apagão cria discórdia entre PT e PMDB

O apagão criou desentendimentos entre PT e PMDB e reanimou as críticas da oposição. Antes mesmo de o governo explicar o motivo do blecaute, petistas demonstravam insatisfação com o grupo que controla o Ministério das Minas e Energia, comandado pelo senador Edison Lobão (PMDB-MA), todos apadrinhados do presidente do Senado, José Sarney. "Quando Dilma (Rousseff) era ministra, não tivemos nenhum apagão", disse a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC). O PMDB cobrou respostas rápidas do governo. (págs. 1 e A12)

Indústria tenta recuperar a produção

Ainda sem cálculos sobre perdas, a indústria se prepara para recompor a produção afetada pelo blecaute. No setor automotivo, a Bosch parou por uma hora em Campinas (SP) e terá de repor a produção no fim de semana. A Volks deixou de produzir 1,5 mil carros e 800 motores. Indústrias intensivas em consumo de energia, como siderúrgicas, petroquímicas e mineradoras, foram as maiores prejudicadas pelo apagão. A CSN teve de reduzir a atividade de alto fornos e desligar equipamentos secundários. (págs. 1 e A6)

Um fundo para reaver recursos do Banco Santos

Os R$ 584,9 milhões existentes hoje no caixa da massa falida do Banco Santos e a existência de processos judiciais de cobrança de R$ 4 bilhões chamaram a atenção de um grupo de ex-executivos de instituições financeiras que enxergaram uma oportunidade única de fazer dinheiro. Circula entre os credores do banco, que quebrou em 12 de novembro de 2004, proposta elaborada por eles de criação de um fundo para receber os recursos já arrecadados pela massa falida mais os créditos a receber. O fundo teria como cotistas todos os credores do banco e, detalhe importante, incluiria também seu ex-controlador, Edemar Cid Ferreira. Esse aspecto é o mais polêmico da proposta, já que o ex-banqueiro responde a processo penal por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Pela proposta, o fundo contaria com duas classes de credores. A primeira delas - formada por “cotas A" - seria composta por 100% dos credores do banco. São 1.982 pessoas físicas e empresas, com créditos totais de R$ 2,79 bilhões. Cada corista receberia um número de cotas proporcional ao valor de seu crédito. Uma segunda classe de cotista seria a do único detentor da "cota C, Edemar Cid Ferreira, que só seria pago se sobrasse dinheiro depois que todos os coristas a recebessem o que têm direito. (págs. 1, C1 e C3)

BV Financeira é a campeã em gestão de pessoas de 2009

A BV Financeira passou por prova de fogo na virada de 2008 para 2009. No auge da crise financeira, o Banco do Brasil comprou 49,99% de seu controle. Mas a turbulência não afetou a relação com funcionários. Ao contrário. Foi considerada a melhor empresa em gestão de pessoas deste ano, prêmio que recebeu ontem da revista
"Valor Carreira". Venceu entre 25 companhias destacadas em pesquisa com funcionários feita pela Hewitt Associates.A revista circula hoje para assinantes do jornal e em bancas e traz as cinco melhores de grupos formados segundo o número de empregados. (págs. 1 e A20)

Foto legenda: Wilson Kuzuhara - presidente da BV Financeira: no comando de um time jovem de 'empreendedores'

Com navios da Vale, EAS pode ganhar novo dique

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS) poderá construir um segundo dique seco no porto de Suape (PE) caso vença a concorrência da Vale para a construção de quatro navios para transporte de minério de ferro. As propostas terão de ser entregues pelos estaleiros nacionais até 15 de dezembro e o projeto do novo dique seria submetido ao conselho do EAS até o fim do ano.

Na semana passada, em Londres, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao Valor que buscaria aproximar o presidente da Vale, Roger Agnelli, ao EAS. Segundo o presidente, o estaleiro tem condições de atender a encomenda desde que a mineradora garanta contratos de longo prazo que justifiquem os gastos na ampliação das instalações em Suape. Lula participou em Londres do seminário
"Investimentos no Brasil", promovido pelo Valor em parceria com o "Financial Times".

O projeto do segundo dique ainda não tem um valor definido, mas provavelmente seria superior aos R$ 300 milhões gastos nas obras civis do primeiro dique, que será concluído em dezembro e consumiu outros RS 100 milhões na compra de equipamentos.

Embora estejam adiantadas, as negociações ainda enfrentam obstáculos, como a forma de financiamento e o preço final das embarcações. (págs. 1 e B13)

Perdas salariais põem em risco a recuperação da economia americana (págs. 1 e A17)



Andreas Nobis, da Bosch, convoca fornecedores para elevar nacionalização de componentes automotivos (págs. 1 e B1)


Combustíveis aceleram preços

Puxado principalmente pelos preços dos combustíveis, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28% em outubro. No acumulado do ano, o indicador tem alta de 3,5% e de 4,17% em 12 meses, inferior à meta de 4,5% estabelecida pelo governo. (págs. 1 e A2)

Computador popular da Asus

Criador do netbook, o presidente da Asus, Jerry Shen, estuda com Microsoft e Intel a fabricação de computadores populares no Brasil, voltados para o apoio ao ensino. (págs. 1 e B3)

Hotéis na Baixada

A expectativa de aumento de negócios na Baixada Fluminense com o boom na exploração de petróleo levou a Nep SA, controlada pela Brascorp, a construir dois hotéis em Duque de Caxias. Os empreendimentos serão administrados pela Atlantica, com as bandeiras Confort e Go Inn. (págs. 1 e B4)

Leilão de eólicas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou o edital do leilão de energia eólica marcado para 14 de dezembro. O preço teto será de R$ 189 o megawatt-hora. Há projetos no país para 13 mil MWh, 73% deles na Região Nordeste. (págs. 1 e B12)

Estabilidade nas rações

A produção brasileira de rações caiu 1,6% nos primeiros nove meses de 2009 em relação a igual período do ano passado e alcançou 43,3 milhões de toneladas. Apesar de registrar queda em quase todos os segmentos, a estimativa é que a produção termine o ano estável. (págs. 1 e B15)

Indianos compram usinas

O grupo Shree Renuka, um dos maiores produtores de açúcar da Índia, comprou duas usinas de cana no Paraná por US$ 322 milhões, em dinheiro e assunção de dívidas. Agora, mira as duas plantas paulistas
da Equipav. (págs. 1 e B16)

Ideias

Maria Inês Nassif: Lula, PT e CUT são lideranças e forças constituídas fora do Estado e a ele ascenderam pelo voto. (págs. 1 e A13)

Ideias

Jairo Saddi: o que está em jogo na remuneração de executivos financeiros. (págs. 1 e A19)

Ideias

Adriano Pires e Abel Holz: para o governo, o setor elétrico é a maior
e melhor coletoria de tributos. (págs. 1 e A18)

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Estado de Minas


Manchete: A ameaça das trevas (pág. 1)


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Jornal do Commercio


Manchete: Governo culpa raio e chuva pelo apagão

Apesar da versão oficial, técnicos do Inpe dizem que são mínimas as chances de raio ter provocado o blecaute que atingiu 18 Estados, terça; problema na Usina de Itaipu levantou dúvidas em torno da confiabilidade do sistema. (pág. 1)

Foto legenda: Dona Lindu – Prefeitura sem prazo para concluir o parque (pág. 1)


MEC usa publicidade para resgatar a imagem do Enem (pág. 1)


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