O Globo
Manchete: Regras estatizantes para pré-sal assustam mercado
O lançamento das novas regras para a exploração do pré-sal foi marcado por um tom nacionalista. Depois de 14 anos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que quebrou o monopólio do petróleo, o Brasil entrou ontem num novo ciclo de investimento estatal. Nos projetos de lei enviados ao Congresso, o governo cria a PetroSal, empresa que terá o papel de fiscalizar e ditar o ritmo de produção e exploração das reservas. A Petrobras, que no regime atual de concessão disputa os leilões como qualquer outra empresa, passaria a ser operadora de todos os campos e teria 30% de todos os blocos. A concepção estatizante e as dúvidas em relação à capitalização da Petrobras (que pode receber US$ 50 bilhões) deixaram o mercado apreensivo. Empresários disseram que podem reduzir investimentos. Em Nova York e em São Paulo, os papéis da empresa caíram 4,4%. (págs. 1, 19 a 24 e editorial "Delírio estatista")
Perguntas e respostas
Por que é importante explorar o pré-sal?
Na maior parte do mundo, os campos de petróleo têm produção em queda hoje. Por isso, é preciso buscar novas áreas. Mas o pré-sal exige um grande investimento por ser mais caro tirar do mar
Só tem pré-sal no Brasil?
Não. Existe na África, entre Nigéria e Angola, jazidas entre EUA e México, e no Mar do Norte
Por que esta riqueza não pode ser explorada com as mesmas regras de hoje?
O governo justifica que são reservas muito grandes, estratégicas e que é preciso concentrar a maior parte de dinheiro oriundo dessas riquezas na mão do Estado para investir depois em combate à pobreza, educação, etc.
Quem vai ficar com essa riqueza?
A idéia é que todos os estados recebam recursos. Hoje, só estados produtores recebem royalties
Qual o temor dos empresários?
Muitos falam do modelo muito concentrado no Estado e outros apontam uso político do pré-sal
Greenpeace, sem convite, invade a festa
Especialistas em meio ambiente criticaram a ausência de medidas para atenuar a poluição gerada pela exploração no pré-sal. O Greenpeace invadiu a festa de Lula com faixas "Pré-sal e poluição: não dá pra falar de um, sem falar do outro". (págs. 1 e 20)
Estados produtores vão à luta no Congresso
Apesar do discurso público de vitória feito pelos governadores Sérgio Cabral, Paulo Hartung e José Serra, parlamentares dos estados de Rio, Espírito Santo e São Paulo agora vão ter que brigar no Congresso para ficar com uma fatia maior na divisão dos recursos do pré-sal. (págs. 1 e 22)
Foto legenda: O presidente Lula, ao lado de Dilma Rousseff e do presidente do Senado, José Sarney, durante o anúncio do novo modelo do pré-sal
Um palanque para Dilma
Para 3 mil convidados, metade dos pretendidos, e 16 de 27 governadores, o presidente Lula comandou uma festa de cunho nacionalista, procurando colar na ministra Dilma, virtual candidata à Presidência, a imagem da "mulher que faz". Coincidentemente, também lançou o Blog do Planalto, em que os internautas ainda não podem fazer comentários. Ontem, só fez propaganda do pré-sal. (págs. 1 e 23)
Negócios & Cia
Propostas para pré-sal e "áreas estratégicas" põem todos os estados no debate. (págs. 1 e Flávia Oliveira, páginas 24 e 25)
Charge Chico
Mais essa: Blog Lula da Silva!
- Enfim, descobri o Cesar Maia que há em mim...
MEC reprova 36,4% das instituições de nível superior
Uso do Santos Dumont após 22h dará multa
Itaboraí e Rio, rotas opostas na tuberculose
Algodão: Brasil poderá retaliar Estados Unidos
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Folha de S. Paulo
Manchete: Governo lança pré-sal e anuncia megacapitalização da Petrobras
Em tom nacionalista e estatizante, o presidente Lula anunciou as propostas do marco regulatório para a exploração do pré-sal. Confirmou ainda a capitalização da Petrobras em operação estimada em R$ l00 bilhões.
Deve ser a maior injeção de recursos já feita no país. Foi oficializada ainda a proposta de criar a Petro-Sal, que administrará a riqueza. O governo decidiu manter a urgência constitucional para a tramitação dos projetos.
O presidente criticou o "enfraquecimento" da Petrobras nos anos 90 e defendeu maior participação da União na exploração das riquezas como ocorrerá se o Congresso aprovar o modelo de partilha de produção.
Lula disse que governo e Congresso devem tomar decisões corretas para a riqueza, não virar "maldição". Ele deu ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), amostras de petróleo, nafta, gasolina e óleo diesel.
Em seguida, o petista sugeriu que as amostras fossem abertas no Congresso para que deputados e senadores pudessem "dar uma cheiradinha" quando os debates sobre o tema ficassem acalorados. (págs. 1 e Dinheiro)
Opinião/pré-sal
Vinicius T. Freire:
Governo pode ganhar ou perder com operação. (págs. 1 e B4)
Janio De Freitas:
Após 1 ano e meio, Lula agora quer urgência. (págs. 1 e A7)
Julio G. de Almeida e Luiz G. Belluzzo:
Futuro brilhante ou empobrecimento? (págs. 1 e A3)
Como é a proposta
1.Modelo de exploração
O óleo extraído será dividido entre União e grupos vencedores de leilão
2.Quem vai operar
A Petrobras será a única responsável por perfurar poços e extrair o óleo
3.Petrobras nos consórcios
A estatal terá participação mínima garantida de 30% em cada consórcio
4.Divisão dos royalties
Estados produtores mantêm benefícios
Foto legenda: Lula com amostra de nafta produzida a partir do petróleo do pré-sal; ele sugeriu que os congressistas dessem 'uma cheiradinha'
BB terá pacote de R$ 14,5 bi para pequena empresa
O Orçamento federal para 2010 reserva R$ 10 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. (págs. 1, B7 e A4)
Outro secretário de Serra tem a casa assaltada em São Paulo
O roubo ocorreu dois dias antes do assalto à residência de outro secretário do governador José Serra (PSDB), Guilherme Afif Domingos (Emprego e Relações do Trabalho).
Um grupo armado assaltou anteontem à noite uma casa onde moram parentes do deputado estadual Salim Curiati (PP-SP). (págs. 1 e C8)
737 mil universitários estão em escolas ruins
O crescimento ocorreu porque mais instituições foram classificadas como 1 e 2 no IGC (Índice Geral de Cursos), que vai de 1 a 5.
Na avaliação anterior, 31% das instituições tinham nota 1 ou 2, ante 36% hoje. A má qualidade se concentra nas instituições municipais e privadas. A escola de economia e finanças da FGV do Rio foi a melhor faculdade. Entre as universidades, a Unifesp obteve a maior nota USP e Unicamp não participam da avaliação. (págs. 1 e C1)
TCU contesta gastos de festa da 2ª posse de Lula
Segundo relatório, despesas de R$ 759 mil pagas pelo Ministério da Cultura não foram comprovadas. Nem a pasta nem a empresa que realizou o serviço comentaram a investigação. (págs. 1 e A6)
Futuro premiê do Japão ataca burocracia e quer gabinete jovem
Após a vitória oposicionista, a Bolsa japonesa abriu a semana em forte alta. (págs. 1 e A15)
Cotidiano: Cobrança de lanche em voo da Gol gera tumulto entre passageiros (págs. 1 e C6)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Regras do pré-sal ampliam poder do Estado na exploração do petróleo
O presidente Lula lançou ontem as regras para a exploração do petróleo da camada pré-sal, numa cerimônia cujo tom lembrou o nacionalismo da campanha "O petróleo é nosso", dos anos 40. O governo enviou ao Congresso, em regime de urgência, um marco regulatório em que a presença do Estado é a essência. Ele estabelece o sistema de partilha, no qual a União será dona de todo o petróleo do pré-sal. Nas áreas em que a União permitir a participação de empresas privadas, a estatal terá parcela de ao menos 30% no consórcio vencedor. “Diziam que a Petrobrás era o último dinossauro a ser desmantelado no País. Foram tempos de pensamentos subalternos", disse Lula, referindo-se ao governo FHC. Ele chamou o pré-sal de "bilhete premiado" e "dádiva de Deus". Ao lado da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata à sua sucessão, Lula disse: "O petróleo pertence ao povo e ao Estado, ou seja, a todo o povo brasileiro". (págs. 1, B1 e B3 a B9)
Análise - João Bosco Rabello
Por ora, poço não rende óleo, só voto
O pré-sal ditará o discurso nacionalista e se constituirá em poderosa arma contra a oposição. Com resultado previsto para 2020, no entanto, o pré-sal só renderá dividendos políticos aos sucessores de Lula. Hoje, só rende eleitoralmente. É o que basta. (págs. 1 e B7)
Celso Ming
Choro por royalty é político, não técnico
Os royalties indenizam os Estados por causa da exploração de recursos naturais. Não está clara a extensão dessa mamata. A aceitação das razões dos governadores a esse respeito não se baseou em critérios técnicos, mas em conveniências políticas. (págs. 1 e B6)
Foto legenda: Saia-justa - Sob o olhar de Dilma e Sarney, ativista do Greenpeace entrega faixa de protesto a Lula, durante anúncio das regras do pré-sal
Os quatro projetos apresentados
Presença forte do governo
1. Dona do petróleo, a União poderá contratar a Petrobras ou empresas privadas para retirá-lo, mas ficará com a maior parte do óleo.
2. Uma nova estatal, a Petrosal, será a representante do governo nos consórcios de exploração. Ela vai acompanhar os custos de produção.
3. A União vai aplicar o dinheiro obtido em um Fundo Social. Os rendimentos serão revertidos para áreas como educação e combate à pobreza.
4. Para permitir investimentos no pré-sal, a União vai ampliar a participação no capital da Petrobras no valor equivalente a 5 bilhões de barris.
Serra quer mais tempo para debater
Censura ao 'Estado' é citada pelo 'NY Times'
'Estado' sob censura há 32 dias
Número de faculdades ruins cresce, mostra MEC
Afeganistão: Comandante pede nova estratégia
Notas e Informações: Desunião na Unasul
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Jornal do Brasil
Manchete: Regras do pré-sal favorecem Petrobras
Com um tom nacionalista, o governo anunciou ontem que o novo modelo de exploração de petróleo valerá não apenas para o pré-sal mas para outras áreas consideradas valiosas pelo Estado. Além do sistema de partilha de produção, da criação de um fundo social e da nova estatal que atuará nas licitações, a proposta a ser encaminhada hoje ao Congresso dará superpoderes à Petrobras e permitirá à companhia capitalizar-se com recursos da ordem de US$ 50 bilhões. A discussão sobre a distribuição dos royalties ficará para depois. (págs. 1 e Tema do Dia, A2 a A4)
Foto legenda: Vizinhos do inferno
MEC ameaça faculdade de Valença mas exalta Ebape
Luta contra agrotóxicos ganha apoio de São Paulo
Editorial
Informe JB
Anna Ramalho
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Correio Braziliense
Manchete: Triplo assassinato na 113 Sul choca Brasília
Um crime bárbaro, sem sinais de arrombamento nem uso de armas de fogo. Assim é descrito o assassinato de Villela, ex-ministro do TSE. A tragédia foi descoberta pela neta, que pediu ajuda a um chaveiro para abrir a porta do 601/602 no bloco C. Polícia acredita que os homicídios ocorreram no fim de semana por causa do estado dos corpos das vítimas. Casal era obcecado por segurança. (págs. 1 e 27)
Lula diz que pré-sal é o passaporte para o futuro do Brasil
Orçamento 2010: Reajuste mantido para servidores. Mínimo sobe 8,8%
33.012 vagas
Faculdades do DF longe da excelência
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Valor Econômico
Manchete: Pré-sal reforça viés estatizante
Os projetos de lei instituem o regime de partilha da produção para essa nova área; criam a Petro-sal, estatal com capital 100% da União destinada a administrar as novas reservas; instituem também o Fundo Social, na verdade um fundo soberano; e definem como a União capitalizará a Petrobras em US$ 50 bilhões. O atual sistema de distribuição de royalties permanecerá até que lei específica faça mudanças. (págs. 1, A3 a A7, D1 e D2)
Foto legenda: Presidente Lula lança proposta do novo marco regulatório do petróleo, que dá poderes ampliados ao Estado na exploração do pré-sal
Nova empresa terá poder de veto em consórcios
A Petro-sal terá bem mais poder que a Petoro, a norueguesa que a inspirou: ocupará 50% de todos os comitês operacionais criados para a gestão dos poços de exploração em regime de partilha. Cinco ministérios terão representantes em seu conselho de administração presidido por alguém indicado pelo Ministério das Minas e Energia -, que designará os dirigentes da empresa. A estatal poderá participar, como sócia, nos contratos de partilha com a Petrobras e outras empresas petrolíferas. (págs. 1 e A4)
Operadora única preocupa setor privado
IBM sonda Brasil para um de seus "colaboratórios"
A IBM está rodando o mundo para montar o que chama de
"colaboratórios", que reúnem seus próprios pesquisadores e especialistas de governos, universidades e empresas. Ela já formatou seis acordos, com Arábia Saudita, Suíça, China, Irlanda, Taiwan e Índia. (págs. 1 e B2)
Dívida rural poderá ser paga com florestas
PIB mundial já cresce de forma sincronizada
Mais veículos importados que exportados
“Por enquanto, vamos ver muita importação", disse Belini. Para Schneider, a redução nas exportações será compensada pela alta das vendas no mercado interno. Esta é a terceira vez que a indústria automobilística reduz os cálculos de exportações neste ano e a primeira em que começa a contar com um déficit na balança comercial do setor. (págs. 1 e B6)
Fed já lucrou US$ 14 bi com empréstimos a bancos durante a crise (págs. 1 e C1)
Recuperação da indústria
Batalhas comerciais
Foco na capilaridade
Carga pesada
Embraco no varejo
Zogbi investe no TO
Açúcar bate recordes
BB cresce nos EUA
Ideias
Ideias
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Estado de Minas
Manchete: Petróleo é do governo (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Governo anuncia mínimo de R$ 506
UFPE entre as melhores da região
Exploração do pré-sal fica com a União (pág. 1)
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Um comentário:
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