25 de março de 2009
O Globo
Manchete: Petrobras: gasolina não cairá pois é mais barata que água
Gabrielli culpa distribuidoras e impostos por preço elevado na bomba
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que não vai reduzir o preço da gasolina no Brasil porque, nas refinarias, ela custa menos que água. "O litro da gasolina que sai das refinarias é mais barato que o litro de água engarrafada. O que encarece para o consumidor é a margem de lucro das distribuidoras e os altos tributos", disse, em sessão das comissões de infraestrutura e Acompanhamento Econômico, no Senado. José Eduardo Dutra, presidente da BR Distribuidora - responsável por 35% da distribuição no país - estava ao lado de Gabrielli, que ouviu apelos dos parlamentares pela queda de preços. Ele mostrou preços médios de 2008 para dizer que a gasolina não está mais cara do que nos EUA. Mas, pelos valores atuais, o preço no Brasil é 20% maior. (págs. 1 e 19)
Imóvel poderá ter até R$ 23 mil de subsídio (págs. 1, 20 e Negócios &Cia)
103 mil terão seguro-desemprego extra (págs. 1 e 20)
Senado pode ficar só com 14 diretorias
Nova recontagem no Senado mostra que, dos 181 cargos de diretor, só 38 seriam diretorias de fato. Nos demais, os funcionários recebiam como diretor, mas não exerciam a função. Após uma reunião de líderes, o Senado informou que planeja voltar à estrutura de 2001, reduzindo o número de diretorias efetivas para 20 ou até l4. (págs. 1 e 3)
Sequestro-relâmpago agora é crime
O Senado tipificou como crime o sequestro-relâmpago - quando alguém é detido por menos de 24 horas e obrigado, por exemplo, a sacar dinheiro do banco. A pena vai de 6 a 30 anos de prisão. Já aprovada na Câmara, a proposta irá sanção presidencial. (págs. 1 e 9)
Rocinha cresce 65% e já tem 25 mil casas e 6.300 empresas
Justiça decide hoje se Minhocão poderá ser demolido
Um censo inédito feito pela Secretaria estadual de Ação Social revela que a Favela da Rocinha registrou, em nove anos, umento de 65% no número de casas. A quantidade de domicílios saltou de 16.999 - como consta no último censo do IBGE, em 2000 - para 25.915. Ex-presidente do IBGE, o economista Sérgio Besserman diz que, numa estimativa conservadora - na qual se multiplica por três o número de domicílios -, chega-se à conclusão de que a população da Rocinha pulou de 56.338 para mais de 75 mil.
O censo também levantou que a favela tem hoje 6.317 empresas e estabelecimentos comerciais, entre os quais três bancos, uma agência dos Correios, uma loja de companhia aérea e até uma TV a cabo, a TV Roc, com mais de 30 mil assinantes. A pesquisa constatou que a Rocinha tem 10.700 construções. Uma delas é o Minhocão, um prédio de 22 unidades - que terá seu destino decidido hoje pelo Tribunal de Justiça do Rio. (págs. 1 e 11)
Atas mostram como ditadura cassava (págs. 1 e 10)
------------------------------------------------------------------------------------
Folha de S. Paulo
Manchete: Aécio lidera ranking de governadores
Mineiro é mais bem avaliado por eleitores, diz o Datafolha; aprovação de Serra cresce, mas ele cai para 5º lugar
No segundo mandato á frente do governo de Minas, Aécio Neves (PSDB) continua na liderança do ranking de avaliação dos governadores feito pelo Datafolha. Os eleitores mineiro deram a Aécio nota 7,6, em uma escala de zero a dez, e seu índice de aprovação é de 77%. A pesquisa, feita do dia 16 ao dia 19 de março, inclui os nove principais Estados do país e o Distrito Federal. O governador paulista, José Serra, que lidera as pesquisas para a Presidência e disputa com Aécio a candidatura do PSDB), perdeu duas posições em relação ao levantamento de 2007. O índice de aprovação a gestão de Serra subiu cinco pontos (de 49% para 54%) e sua nota passou de 6,5% a 6,6% do terceiro para o quinto lugar. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSDB, passou do quarto lugar ao segundo lugar, e o do Ceará. Cid Gomes (PSB), caiu do segundo para o terceiro. Roberto Requião (PMDB-PR), com a mesma nota de Serra, ganha no índice de popularidade e é o quarto. Sérgio Cabral Yeda Crussius (PMDB-RJ) ocupa a penúltima colocação, e a gaúcha Yeda Crussius (PSDB) é a mais mal avaliada. (Págs.1 e A4)
Senado revê outra vez número de diretorias
O Senado reviu pela terceira vez seu número de diretores – disse que são 38, e não 181, e que reduzirá o total a 20. O diretor-Geral, Alexandre Gazineo, declarou que a casa errou ao afirmar que tinha 181 diretores e que a maioria fazia “assessoramento superior”. Ao todo, serão extinto 64 cargos. Na sexta-feira o Senado chegou a divulgar lista com 50 nomes que perderiam o cargo de diretor. A multiplicação de vagas com indicação política começou na primeira gestão de José Sarney (PMDB-AP) e segui nas de Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) e Renan Calheiro (PMDB-AL) (Págs.1 e A6)
Presidente do STF nega ser `líder da oposição´
Em Sabatina da Folha, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal)Gilmar Mendes, rejeito o rótulo de “líder da oposição” ao governo federal e afirmou que suas criticas se devem a uma “situação de total descontrole, principalmente da Policia Federal. “Procuro advertir para que não haja excessos. Não tenho nenhuma intenção de ser oposição”, declarou Mendes disse ter dado hábeas corpus a Daniel Dantas porque, para ele, a segunda prisão do banqueiro, decretada pelo juiz Fausto De Sanctis, visava “desmoralizar o STF”, Págs.1 e A8)
Câmara aprova parcelamento de dívidas com fisco em 15 anos
A Câmara aprovou plano de parcelamento de dívidas de empresas e pessoas físicas com a Receita pelo qual débitos vencidos até novembro último poderão ser parcelados em até 180 meses, com abatimento de juros e multas e correção por taxas abaixo das de mercado. Nas condições normais, o prazo máximo é de 60 meses, com correção pelos juros do BC. O projeto terá de passar pelo Senado. (Págs. 1 e B1)
FMI oferece crédito para países com bons fundamentos
O Fundo Monetário Internacional anunciou a criação de uma linha de crédito sem limite de empréstimo e com prazo maior para pagamento, destinada a países que tiverem fundamentos econômicos “fortes”. O Brasil disse que não pretende recorrer ao Fundo. (Págs. 1 e B5)
Paulo Rabelo de Castro: Juízo final de pacote americano vai ser adiado, mas virá
O novo trilhão do Fed tem cheiro de inflação, mas não se converterá em inflação tão cedo. O abuso na emissão da moeda sem lastro, em volumes trilionários, terá seu julgamento adiado pela deflação atual e pelo medo de morrer dos mercados. Mas o juízo final virá. (Págs. 1 e B2)
Editorias
Leia “Traças e cupins”, sobre embate de petista e tucanos; e “Restrito e questionável”, acerca de seguro-desemprego. (Págs. 1 e A2)
------------------------------------------------------------------------------------
O Estado de S. Paulo
Manchete: Governo decide subsidiar o bolsa-habitação com R$16 bi
Pacote habitacional será lançado hoje por Lula com festa política no Itamaraty
O pacote de estímulo à construção civil que o governo Lula vai lançar hoje prevê o uso de R$ 16 bilhões numa espécie de bolsa-habitação. O programa entregará casas a famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395) cobrando prestações simbólicas. O dinheiro não sairá do Tesouro Nacional de uma vez só, mas ao longo da execução dos contratos, que terão prazos entre 20 e 30 anos. O plano inclui medidas voltadas para outras faixas de renda. O Conselho Curador do FGTS aprovou ontem um novo orçamento, que reserva R$ 4 bilhões para subsidiar empréstimos destinados a mutuários com renda entre três e seis salários mínimos. Para que seja cumprida a meta de construção de 1 milhão de casas, em prazo ainda indeterminado, os subsídios do FGTS terão de atingir R$ 12 bilhões. Adiado desde dezembro, o pacote habitacional será lançado com uma grande festa política no Itamaraty. (págs. 1, B1 eB3)
Seguro-desemprego ampliado
O Ministério do Trabalho informou que 103.707 trabalhadores demitidos em dezembro terão direito a duas parcelas extras do seguro-desemprego. Eles receberão sete prestações do benefício. O pagamento extra será destinado a desempregados de 42 setores econômicos mais atingidos pela crise financeira. (págs. 1 e B4)
Lula pede ajuda de José Dirceu para Dilma
O presidente Lula pediu a José Dirceu que ajude o PT a fechar alianças estaduais capazes de fortalecer a candidatura de Dilma Rousseff em 2010, informa a repórter Vera Rosa. O ex-ministro percorreu dez Estados, onde conversou com governadores e prefeitos de outros partidos, em especial o PMDB. Dirceu tentará enquadrar petistas que não queiram abrir mão de candidaturas em favor de aliados com mais chances. (págs. 1 e A8)
Foto Legenda - Presidente: 'Prefeitos comem o pão que o diabo amassou'
Lula com roupa de apicultor durante feira em Salvador: promessa de conversa com ministros sobre queda dos repasses para cidades. (págs. 1 e A10)
MEC propõe um novo Enem para substituir o vestibular
O MEC vai propor hoje aos reitores das universidades federais o fim do vestibular, que seria substituído por um Enem mais abrangente que o atual. As universidades têm autonomia para decidir se querem aderir ao novo sistema. (págs. 1 e A15)
Marcos Sá Corrêa - Adeus, reservas
País está em campanha para se livrar de sua exuberância natural. (págs. 1 e A16)
Senado tinha 150 vagas para parlamentares
Além de identificar 203 cargos de confiança na diretoria-geral do Senado, descobriu-se que o ex-diretor Agaciel Maia reservou 150 dessas vagas para senadores preencherem. Uma semana após o anúncio da redução do número de cargos, o presidente José Sarney não exonerou ninguém. (págs. 1 e A6)
Sequestro relâmpago terá pena de até 30 anos
O Senado aprovou projeto de lei que tipifica como crime o sequestro relâmpago, punido com pena de 6 a 12 anos de prisão, na sua forma mais branda, e com até 30 anos de prisão quando resultar em morte da vítima. (págs. 1 e C1)
Assembleia de SP tem 67 diretores
Lista de diretorias inclui a de controle de frota, a de painel e até a de fotocópias
A Assembleia Legislativa de São Paulo tem 67 cargos de diretor, para 94 parlamentares, revela o repórter Ricardo Brandt. Entre as diretorias há a de controle de frota, a de painel e a de fotocópias, que recebe o nome de fotomicrografia. Os gastos não são revelados, mas análise da execução orçamentária mostra que, entre 2006 e 2008, a folha de pagamentos cresceu 28%, descontada a inflação. Para o deputado Vaz de Lima (PSDB), presidente da Casa entre 2007 e 2008, o número de diretores condiz com o total de funcionários - 3,6 mil. (págs. 1 e A4)
------------------------------------------------------------------------------------
Jornal do Brasil
Manchete: Copacabana perde valor
Violência faz cair procura e preço dos imóveis no bairro
Corretores preveem queda de 40% na procura por residências em Copacabana devido aos recentes tiroteios entre traficantes e policiais pelas ruas do bairro. O preço dos imóveis deverá cair entre 10% e 15%, como ocorreu com o Leme após trocas de tiros no Morro Chapéu Mangueira. Wadih Damous, presidente da OAB-RJ, culpou a polícia de segurança do governo do estado pelos confrontos na Zona Sul. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, admitiu falhas na inteligência, mas responsabilizou os usuários de drogas pela guerra. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A4)
Burocracia prolonga a crise de crédito
Nenhum centavo foi liberado, ainda, da linha de crédito emergencial de capital de giro, no valor de R$ 3 bilhões, anunciado pelo governo no fim do ano passado para socorro a empresas imobiliárias. A medida foi divulgada como instrumento de combate aos efeitos da crise e exigiu até a edição da Medida Provisória nº 445. Mas o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, Paulo Safady Simão, disse que a Caixa Econômica Federal está exigindo garantias em padrões que não existem "em nenhum lugar do mundo". (pág. 1 e Economia, pág. A18)
Desmatamento concentrado
A lista de municípios que mais desmataram a Amazônia aumentou para 43, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Juntas, essas cidades foram responsáveis por 55% dos cortes irregulares na floresta em 2008, área que corresponde a 11.900 mil quilômetros quadrados. (págs. 1 e A6)
Sociedade Aberta - Villas -Bôas Corrêa
A oposição não pode ficar esperando. (págs. 1 e A9)
Brasiguaios são alvo de protesto
As ruas de Assunção, capital do Paraguai, foram tomadas por 10 mil pessoas que exigiram do governo Lugo a prometida reforma agrária e a diminuição da quantidade de agricultores brasileiros na fronteira. A produção paraguaia padece com crise e seca. (págs. 1 e A21)
Sociedade Aberta - José Carlos de Assis
O plano de Geithner é inteligente. (págs. 1 e A18)
------------------------------------------------------------------------------------
Correio Braziliense
Manchete: E os servidores do Senado ainda querem aumento...
O país enfrenta a crise financeira internacional, com milhares de postos de trabalho desaparecendo a cada dia. O Senado enfrenta mais uma crise ética, ao ser flagrado com uma estrutura inchada, cheia de cargos de chefia sem nenhuma serventia. Em meio a tal cenário, o Sindicato dos Servidores Legislativos avisa que apresentará ainda nesta semana uma proposta de reajuste salarial ao primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI). O presidente da associação de classe, Magno Mello, adianta que a pedida é de 20% a mais nos contracheques. A explicação: os colegas precisam ser compensados pela perda das gratificações após o corte de dezenas daqueles inúteis cargos de direção. Mello menciona até a possibilidade de greve, caso a reivindicação não seja aceita. “Se a gente aderir ao discurso de que a crise econômica impede a solução, o sofrimento dos colegas perdurará”. Média salarial da categoria é de R$ 12 mil mensais, ou 25 salários mínimos. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 2 e 3)
R$ 29 bi para a casa própria
Depois de vários adiamentos, governo finalmente anuncia, hoje, quanto e de onde virão os recursos para financiar as moradias para quem ganha até 10 salários mínimos. Do total, R$ 16 bi sairão do Tesouro Nacional somente para atender famílias com renda de até R$ 1.395. (págs. 1 e 13)
Pena de 30 anos para sequestro relâmpago
O Senado aprovou ontem projeto de lei que determina uma pena de até 30 anos para quem cometer sequestro relâmpago. No Distrito Federal, a polícia registrou um aumento de 30% nessa modalidade de crime entre 2007 e 2008. Presidente da OAB, Raimundo Brito acredita que apenas modificar a legislação é insuficiente. (págs. 1 e 27)
O caçador da cura do mal de Parkinson
Neurocientista brasileiro que desenvolveu dispositivo para recuperar movimentos em camundongos com a doença diz ao Correio que continuará os testes em Natal (RN). (págs. 1 e 22)
------------------------------------------------------------------------------------
Valor Econômico
Manchete: BNDES amplia compras de participação em empresas
O BNDES elegeu 2009 como o ano da renda variável: vai aproveitar o mau momento dos mercados para ampliar o aporte de capital em empresas. A intenção é reforçar o arsenal anticrise do banco principalmente no apoio aos processos de consolidação de companhias como VCP-Aracruz e BRT- Oi. O BNDES é dono da maior carteira de ações do país - quase R$ 60 bilhões -, com participações concentradas nos setores de petróleo e gás, energia elétrica e mineração. Por meio de sua subsidiária de participações, a BNDESPar, tem presença direta e indireta em mais de 300 empresas - em 186, está presente no capital e em outras 120 participa por meio de seus 35 fundos de investimento.
Eduardo Rathfingerl, diretor da área de mercado de capitais do banco, não menciona o montante dos investimentos que serão realizados. Em 2008, segundo ele, a carteira de renda variável do banco bateu recorde, girando R$ 21,8 bilhões em compra e venda de ações. Deste total, R$ 14 bilhões foram gastos com operações de aquisição de participações em novas empresas.
A política de investimento em ações do banco hoje dá prioridade a empresas dos setores de infraestrutura e inovação e aos processos de consolidação e internacionalização de empresas. Neste mês, o banco colocou R$ 150 milhões na LLX, empresa de logística do grupo EBX, de Eike Batista, para ter uma participação de 12,05%, pois considera o projeto de construção de dois portos no litoral fluminense muito importante para as exportações brasileiras.
Para Rathfingerl, o setor de inovação está repleto de pequenas e médias empresas que necessitam de mecanismos de financiamento adequados para crescer, tanto de renda fixa quanto de renda variável. E, num ano de crise financeira, as consolidações de empresas estarão no "foco". Os setores de frigoríficos e de etanol são candidatos óbvios.
Desde o início do ano,o BNDES participa de um dos maiores processos de consolidação em curso no país. O da Aracruz e VCP. Segundo Rathfingerl, a instituição terá uma participação importante na nova empresa (um relatório do Goldman Sachs fala em 29%). Também está em processo de definição a fatia do BNDES na nova empresa que resulta da fusão de BRT e ai. "Entraremos com percentual próximo de 17%", disse. (págs. 1 e A3)
Ideias
Rosângela Bittar: Dilma acha impossível fazer campanha presidencial com chance de sucesso sem o PMDB. (págs. 1 e A8)
Múltis perdem ações contra multas de IR
Seis multinacionais que foram à Justiça para afastar autuações milionárias aplicadas pela Receita Federal por descumprirem uma instrução normativa foram derrotadas pelo Fisco na primeira instância da Justiça Federal. A norma - a Instrução Normativa nº 243, de 2002 - foi contestada por empresas dos setores farmacêutico, químico, automobilístico e de eletroeletrônicos porque, ao alterar a forma de cálculo do chamado preço de transferência, aumentou-se a carga tributária das empresas que importam insumos para fabricar produtos no Brasil.
As regras do preço de transferência devem ser seguidas por companhias que têm coligadas no exterior ou fazem operações com outras empresas localizadas em paraísos fiscais. O objetivo é evitar que o lucro que deve ser tributado no Brasil seja disfarçado de exportação e remetido para o exterior, não incidindo Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As empresas autuadas foram as que optaram por calcular o imposto com base na Lei nº 9.959, de 2000, na época em que a instrução normativa entrou em vigor. (págs. 1 e E1)
Indenização de companhia aérea sem teto
O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão que tornou sem limites as indenizações no setor aéreo. A 1º Turma do STF manteve, no dia 17, decisão da Justiça do Rio que concedeu indenização por danos morais a uma passageira da Varig. O caso é importante porque nele o STF discutiu se os pedidos de indenização contra as companhias aéreas devem ser julgados com base no Código Aeronáutico, que prevê pagamentos de no máximo R$ 50 mil, ou pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que não estabelece limites. O Supremo decidiu não definir um código, o que significa que deve prevalecer o entendimento anterior, do Superior Tribunal de Justiça, que manda aplicar o CDC. (págs. 1 e B1)
Transações correntes
O saldo do balanço de pagamentos brasileiro registrou déficit de U5$ 591 milhões no mês passado. No bimestre, o saldo negativo é de US$ 3,344 bilhões e de U5$ 25,734 bilhões nos últimos 12 meses, equivalentes a 1,73% do Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1 e C2)
Crise aérea
A retração nas vendas de passagens e no transporte de cargas causada pela crise econômica internacional deverá provocar um prejuízo de US$ 4,7 bilhões às companhias aéreas neste ano, segundo cálculos da Iata. (págs. 1 e B5)
GVT tenta trocar dívida em dólar por reais
A operadora de telefonia GVT está em negociações com seus credores para trocar a dívida que tem em moeda estrangeira por títulos em reais. O objetivo é eliminar - ou pelo menos reduzir - o impacto das oscilações cambiais, que levaram a companhia a registrar prejuízos nos dois últimos trimestres.
A dívida liquida da GVT era de R$ 285 milhões em dezembro. Apesar de não ser alta, pesa nos resultados porque a empresa não utiliza mecanismos de proteção cambial. Dos R$ 782 milhões de endividamento bruto da GVT, 54% estão atrelados ao dólar. O restante são financiamentos do BNDES. A companhia obteve uma linha de R$ 616 milhões em dezembro, dos quais R$ 250 milhões já foram liberados. (págs. 1 e D3)
Apostas domésticas
A alta do dólar nos últimos meses não deverá ser suficiente para compensar a queda nas exportações de frutas diante da desaceleração econômica nos EUA e Europa. A expectativa dos produtores é que o consumo doméstico compense ao menos parte das perdas. (págs. 1 e B12)
Fábrica de sensações
A filial brasileira da americana IFF, líder mundial em aromas e fragrâncias para aplicações industriais, inaugura um laboratório em Alphaville, na Grande São Paulo. Com fábricas em Taubaté e no Rio, "a intenção é ficar mais perto dos clientes", diz Sergio Gelernter. (págs. 1 e B5)
Mais cerveja
Apesar da crise e do aumento dos preços causado pela tributação, no verão passado o consumo de cerveja aumentou 1,3% no Brasil, o equivalente a 43,6 milhões de litros a mais em comparação às vendas de outubro a fevereiro de 2007/08. (págs. 1 e B4)
Celulose do Brasil ganha mais mercado
As fabricantes de celulose no Brasil estão tirando vantagem da forte queda dos preços nos últimos meses e têm conseguido mais espaço nos mercados internacionais, especialmente na Ásia. Mesmo com a redução de quase 50% nos preços desde o agravamento da crise, em setembro, as empresas brasileiras estão competitivas graças ao baixo custo de produção e cada vez mais substituem tradicionais fabricantes nórdicos e canadenses.
A troca da celulose dos países frios pela fibra curta das empresas brasileiras já era esperada, mas parece ter ganhado uma velocidade maior com a redução dos preços no mercado internacional. Com custos de produção acima de US$ 400 a US$ 500 por tonelada, fabricantes da Finlândia, Canadá e até da Suécia estão suspendendo a produção ou fechando suas fábricas. (págs. 1 e B8)
Shopping center atrai investidores
As ações das quatro empresas de shopping centers listadas na Bolsa de São Paulo - BRMalls, Iguatemi, Multiplan e General Shopping - acumulam fortes altas nas últimas semanas por causa dos bons resultados do quarto trimestre de 2008. Para este ano, analistas de investimentos consideram que o setor deve sentir menos o impacto da crise econômica do que o mercado imobiliário. A ocupação nos shoppings continua em níveis recordes, a inadimplência dos lojistas está sob controle e as vendas do varejo mostram sinais positivos, apesar da crise. (págs. 1 e D1)
Ações da Redecard
Os investidores que participam da oferta pública da Redecard deverão pagar R$ 24,50 por ação, um valor 2,2% abaixo dos R$ 25,05 do fechamento de ontem na bolsa. A operação poderá movimentar até R$ 2,2 bilhões com o lote suplementar. (págs. 1 e D3)
EUA rejeitam "moeda" global
A discussão em torno do futuro do dólar como moeda de reserva internacional esquentou. O debate não é um bom prenúncio para a reunião de cúpula do G-20, marcada para 2 de abril, em Londres, com o objetivo de reunir forças globais para enfrentar a crise financeira internacional.
Representantes do governo dos Estados Unidos saíram em defesa do dólar e criticaram a proposta feita pela China, na segunda-feira, e pela Rússia, na semana passada, para que o dólar seja substituído por uma nova moeda internacional de reserva.
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e o presidente do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, rebateram as sugestões durante audiência no Congresso americano, ao responder a pergunta da representante republicana por Minnesota, Michele Bachmann. O ex-presidente do Fed, Paul Volcker, foi na mesma linha. Para ele, a China não vende suas posições em dólar porque não quer afetar sua própria moeda.
A China tem US$ 1,95 tri1hão em reservas e defende o uso dos Direitos Especiais de Saque (DES), criados em 1965 pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como um ativo de reserva internacional. Mas os DES nunca decolaram. (págs. 1 e C1)
Ideias
Martin Wolf: ninguém pode ter certeza que os EUA já tenham uma solução viável para seu desastre bancário. (págs. 1 e Al3)
Ajuda a montadoras no Japão
As montadoras japonesas pediram a seu governo que ofereça subsídios diretos aos compradores para revitalizar as vendas domésticas, que em fevereiro tiveram queda recorde. A previsão é que o recuo chegue a 8% no ano fiscal que começa em abril. (págs. 1 e B6)
------------------------------------------------------------------------------------
Gazeta Mercantil
Manchete: Desempregados terão parcelas extras de seguro
Os trabalhadores que perderam o emprego em dezembro terão direito a duas parcelas adicionais do seguro-desemprego. A medida beneficiará 103,7 mil demitidos sem justa causa no último mês de 2008 e provocará um impacto de até R$ 126 milhões nos cofres do governo federal. Os pagamentos começam a ser realizados a partir de abril.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, a medida definida pela Resolução nº 592 editada em 5 de fevereiro pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), beneficiará 42 setores produtivos mais atingidos pela crise em 16 estados.
Os pagamentos extras serão concedidos aos demitidos pelas indústrias de metalurgia, mineração, mecânica, eletroeletrônica, transporte, fumo, papel, borracha, alimentos, couro e têxtil.
Para Lupi, não será necessário prorrogar a medida que ampliou de 5 para 7 as parcelas do seguro-desemprego para os meses seguintes. “Temos indicações de que a economia está voltando a se aquecer”, diz. (págs. 1 e A6)
Medida é inconstitucional na avaliação de advogados
A Resolução nº 592 do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que garante mais duas parcelas do seguro-desemprego a trabalhadores de determinados segmentos econômicos, é apontada como inconstitucional por alguns advogados trabalhistas. Isso porque ela prevê o benefício a apenas alguns setores. O sócio do Fortunato, Cunha Zanão e Poliszezuk Advogados, Marcos Vinicius Poliszezuk, por exemplo, afirma que a medida fere o princípio da igualdade e deve provocar o aumento de ações coletivas por parte de trabalhadores que não foram contemplados pela Resolução. Já a advogada Sônia Mascaro Nascimento ressalta que o empregado só deve apelar à Justiça caso comprove que seu setor enfrenta as mesmas dificuldades que os segmentos elencados na medida. (págs. 1 e A6)
FHC atribui desempenho de Lula ao Real
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os economistas que integraram a equipe econômica do governo tucano atribuíram ontem em debate sobre os 15 anos do Plano Real, em São Paulo, o bom desempenho dos indicadores econômicos nos últimos cinco anos aos “acertos” da reforma monetária que lançou a nova moeda em julho de 1994.
Fernando Henrique, entretanto, reconheceu avanços promovidos pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A César o que é de César. O Brasil está melhor e vai continuar melhorando. Lula recebeu um País em condições melhores do que aquele entregue a mim e espero recebê-lo de volta em situação ainda melhor”, ressaltou o ex-presidente. (págs. 1 e A10)
FGTS libera R$ 12 bilhões para habitação
A expectativa em torno do pacote de habitação que deverá ser anunciado hoje pelo governo federal está mobilizando empresas para ampliar seus investimentos em um nicho para o qual a indústria da construção já estava atenta, o mercado de baixa renda. A Deca, fabricante de louças e metais sanitários, por exemplo, está expandindo a linha voltada para esse público. A Fabrimar, que atua no mesmo segmento, registra crescimento ainda mais expressivo da demanda.
A decisão aprovada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de liberar R$ 12 bilhões para o programa habitacional do governo federal, que prevê a construção de 1 milhão de moradias populares, reforça esta disposição.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, do total, R$ 4 bilhões devem ser usados ainda este ano no financiamento de moradias para trabalhadores com renda de até três salários mínimos por mês. Os R$ 8 bilhões restantes serão incluídos na proposta orçamentária de 2010. “O detalhamento será feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no lançamento do pacote da habitação”, afirmou Lupi.
De acordo com estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV), o pacote habitacional deve gerar 532 mil empregos e crescimento adicional de 0,7 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB). (págs. 1, A5 e C7)
País não usará nova linha do FMI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, elogiou a nova linha de crédito do FMI, mais simplificada e sem limites, destinada aos países com as “contas fiscais sólidas” e assegurou que o Brasil não precisará dela. (págs. 1 e A14)
Linha de crédito de emergência não sai do papel
A linha de crédito emergencial para capital de giro de R$ 3 bilhões criada pelo governo no final do ano passado para ajudar as empresas imobiliárias ainda não liberou nenhum centavo. O crédito foi anunciado como um instrumento de combate aos efeitos da crise e exigiu, inclusive, a edição da Medida Provisória nº 445, que dispensou a Caixa Econômica Federal de enviar parte dos lucros e dividendos para o Tesouro Nacional como forma de compor um fundo garantidor para lastrear essas operações. Questionada, a Caixa não se manifestou, mas confirmou que nenhum recurso havia sido liberado.
A lentidão na liberação dos recursos é alvo de reclamações de dirigentes do setor. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, disse que do total esperado de liberações, apenas R$ 50 milhões entraram em fase de contratação, mas sem a liberação final. “A Caixa está exigindo garantias em padrões que não existem em nenhum lugar do mundo”, critica. (págs. 1 e B1)
Renault reintegra mais pessoal
A Renault vai chamar nova parcela do total de mil funcionários afastados com parte dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Na segunda-feira, 500 trabalhadores, já haviam sido reintegrados ao trabalho. (págs. 1 e C1)
Criadores propõem confisco
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil quer atrelar créditos tributários de frigoríficos ao pagamento de R$ 700 milhões aos produtores. Já a associação dos criadores de MT propôs o confisco dos frigoríficos. (págs. 1 e B11)
Ações como opção de investimento
Com a Selic em queda e a renda fixa perdendo atratividade, analistas sugerem as ações que rendem bons dividendos como uma opção de investimento. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Setor externo
Déficit recua para US$ 591 milhões. (págs. 1 e A4)
Eletricidade
Cemig tem lucro histórico de R$ 1,9 bilhão. (págs. 1 e C4)
Entrevista - Mapfre Re aposta em resseguros no Brasil
Ao participar da inauguração do escritório da Mapfre Re do Brasil, em São Paulo, o português Pedro de Macedo (foto), diretor-executivo global da resseguradora espanhola, disse que o País é um mercado natural da companhia. À frente de uma das poucas resseguradoras a ter resultado positivo em 2008, o executivo deu a receita para o desempenho: ser conservador na aceitação de riscos e fugir de negócios financeiros nos Estados Unidos. (págs. 1 e B2)
Nafta completa 15 anos com mais promessas que feitos
Visto do México - que recebe hoje a visita da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton - o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) mostra mais intenções que realizações. A ideia era “exportar mercadorias, não pessoas”, como definiu o ex-presidente Carlos Salinas. Embora as exportações tenham quintuplicado, para US$ 292 bilhões em 2008, quase meio milhão de mexicanos vão para os EUA todos os anos, em busca de trabalho.
Outro tema que deve ser abordado na visita de Clinton - o presidente Obama é aguardado no país em abril - é o combate à violência e ao tráfico de drogas na região da fronteira. (págs. 1 e A12)
Zaffari lançará dois shoppings em São Paulo
Depois de abrir seu primeiro shopping center em São Paulo no ano passado (o Bourbon Shopping Pompeia), o grupo gaúcho Zaffari já definiu detalhes de seus dois próximos empreendimentos na cidade. Ainda sem prazo para entrega, o Bourbon Berrini, e o Shopping Bourbon Vila Prudente terão áreas de, respectivamente, 30 mil m² e 34 mil m² destinadas à locação. (págs. 1 e C3)
Opinião - Américo de Paula
Os produtos de marca própria têm baixa participação nas vendas no Brasil porque os varejistas não usam as informações que dispõem sobre os hábitos de consumo de seu público. (págs. 1 e A3)
Opinião - Nelson Rocco
Leilão de títulos podres com recursos de US$ 1 trilhão é uma das etapas do plano de resgate aos bancos americanos. Falta ainda a implementação das duas fases seguintes. (págs. 1 e A3)
------------------------------------------------------------------------------------
Estado de Minas
Manchete: Você arrisca a vida e ainda vai pagar por isso?
Acredite, é verdade. Motoristas podem ter de pagar para trafegar pelo temido Viaduto das Almas (foto) - onde pelo menos 200 pessoas já morreram - antes mesmo de ficar pronto o pontilhão que o substituirá. Isso porque a Agência Nacional de Transportes Terrestres pretende conceder ainda este ano à iniciativa privada os 1.000 quilômetros da BR-040 de Brasília a Juiz de Fora. Mas o prazo para inaugurar o novo viaduto, já adiado três vezes pelo Dnit, é fevereiro de 2010. Quando a privatização for concluída, três dos 10 postos de pedágio em Minas ficarão entre BH e a Zona da Mata. (pág. 1)
Moradia
Programa do governo terá R$ 12 bilhões do FGTS
Dinheiro beneficiará famílias com renda superior a três salários mínimos. Para quem ganha menos, subsídio virá do Tesouro. Lula anuncia o pacote hoje. (pág. 1)
Ajuda para quem perdeu o trabalho
Governo vai pagar duas parcelas extras do seguro-desemprego a 103.707 trabalhadores demitidos em dezembro de 2008 por causa da crise. Em Minas, medidas vão beneficiar 41.402 pessoas. (pág. 1)
Advogado passa a limpo esquema de fraudes no TCE (pág. 1)
------------------------------------------------------------------------------------
Jornal do Commercio
Manchete: Camelôs impõem caos na volta para casa
Protesto de vendedores de espelhos, no Pina, parou o trânsito do Recife na hora do rush. Por toda a cidade, notou-se o reflexo do tumulto. Carros ficaram engarrafados até os limites de Olinda. Chegar à Zona Sul foi exercício de paciência. (pág.1)
Pacote de habitação terá R$ 12 bilhões prometidos do FGTS (pág.1)
Seguro-desemprego será ampliado para vítimas da crise (pág.1)
Metrô aprovado (pág.1)
------------------------
Nenhum comentário:
Postar um comentário