sexta-feira, 6 de março de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Dilma, Fazenda e governadores não se entendem sobre pacote
Desoneração de impostos e subsídios emperram o plano de Lula

O pacote de habitação do governo Lula, negociado há mais de três meses, tem sérias dificuldades para sair do papel. Num momento em que a arrecadação está em queda, os técnicos da área econômica tentam encontrar uma fórmula para levantar R$ 10 bilhões. Inicialmente, o programa tinha o objetivo de estimular a construção civil e, consequentemente, a economia. Mas, depois, a decisão do presidente Lula foi costurar medidas de cunho mais social, com subsídios.

Pediu ajuda dos governadores para reduzir impostos sobre materiais de construção, mas a reunião da última terça-feira com os governadores não foi bem-sucedida. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não soube dizer quanto tempo o plano vai durar nem quanto o governo federal poderia injetar. Na Fazenda, há discordâncias sobre o Fundo Garantidor, que honrará prestações se o mutuário perder o emprego. (págs. 1, 23 e 24 e editorial "Sonho realizável")

De Marx a Collor, uma trajetória
Com citações ao Manifesto Comunista, o presidente Lula defendeu a estatização dos bancos e disse que a crise revela o crepúsculo da ideologia neoliberal. Pouco depois, em entrevista, afirmou que o cargo dado a Collor no Senado não deve surpreender ninguém, pois fez parte de um acordo para eleger Sarney. (págs. 1, 3 e 25)

Foto-legenda - 'Põe em meus lábios um discurso atraente'
Dilma, pré-candidata do PT à Presidência, na missa celebrada pelo Padre Marcelo Rossi: ela ganhou um terço e leu trechos do livro de Ester, do Antigo Testamento. (págs. 1 e 11)

Fazer sites do Planalto custará R$ 11 milhões
O grupo TV1.Com, de São Paulo, venceu a concorrência pública para reformular os dois sites da Presidência da República e criar um portal de promoção do Brasil no exterior. O trabalho custará R$ 11 milhões - o teto permitido no contrato de um ano - e inclui a atualização dos sites de 14 órgãos diretamente ligados ao Palácio do Planalto. A TVl.Com tem contas de estatais como Banco do Brasil e Petrobras. (págs. 1 e 4)

Temporão: 'Excomunhão é lamentável'
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criticou a Igreja Católica por excomungar os envolvidos na realização de um aborto numa menina de 9 anos estuprada pelo padrasto em Pernambuco: "A posição desse bispo é lamentável.” (págs. 1 e 12)

Procuradoria quer reabrir investigação sobre juíza
A Procuradoria da República recorrerá da decisão da Corregedoria do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que arquivou a investigação sobre a juíza Ângela Catão. Sob investigação da Polícia Federal e suspeita de corrupção passiva, a juíza foi promovida a desembargadora pelo TRF-1. “O tribunal deveria ser mais cauteloso, ela está sendo investigada", afirmou o procurador Ronaldo Albo. (págs. 1 e 8)

Pacote chinês decepciona os mercados (págs. 1 e 27)



Contra crise, BC britânico vai emitir US$ 200 bi (págs. 1 e 27)

Saída de ONGs do Sudão gera crise humanitária
A expulsão de 13 ONGs humanitárias do Sudão, em represália à ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional de Haia contra o presidente Omar al-Bashir, põe em risco a vida de 2 milhões de pessoas que ficariam sem comida e água. A China questionou a ordem de prisão no Conselho de Segurança da ONU, mas os EUA a apoiam. (págs. 1 e 29)

Demitidos em Cuba fazem mea culpa
O velho método da autocrítica entre comunistas está de volta: o ex-vice-presidente de Cuba Carlos Lage e o ex-ministro Felipe Roque publicaram um mea culpa no jornal oficial "Granma", em que reconhecem seus erros, sem identificá-los. Eles entregaram seus cargos na cúpula do partido, o que foi interpretado como uma expulsão. (págs. 1 e 30)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Empresas ampliam pedidos de renegociações de dívidas
Instrumento que substituiu a concordata tem demanda quadruplicada

Pedidos de recuperação judicial, instrumento pelo qual as empresas ganham tempo para retomar seus pagamentos aos credores, tiveram aumento de 300% no início deste ano em relação ao começo de 2008. Os dados são de levantamento feito pela Serasa Experian. Em janeiro e fevereiro houve 135 pedidos de recuperação judicial – no mesmo período do ano passado, foram 34. Para o Serasa, o aumento se deve ao perto do crédito, com menos recursos e taxas maiores,e à piora da situação econômica enfrentada pelas empresas.

O instrumento substituiu a antiga concordata a partir da Lei da Falências de 204 e envolve um caminho burocrático e árduo de negociação entre os envolvidos, acompanhado pela Justiça. A primeira empresa a entrar em recuperação judicial foi a Varig em julho de 2005. Como no início da vigência da nova lei a economia brasileira acabava de entrar em um ciclo de crescimento, poucas empresas – e seus credores – tiveram interesse no mecanismo. Segundo a Serasa, o número de pedidos de falência ficou estável em relação a 2008. (págs. 1 e B1)


Lula diz que PT deve fazer “uma boa salada” com eleição de Collor
O presidente Lula disse que o PT deve fazer “uma boa salada” da eleição de Fernando Collor (PTB-AL) para presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado. Para Lula, não há “surpresa” na vitória sobre Ideli Salvatti (PT-SC), já que a indicação estava no acordo que elegeu José Sarney (PMDB-AP) presidente do Senado. “O PT teria direito se a proporcionalidade tivesse sido respeitada desde o começo. Não foi [Vamos] fazer disso uma boa salada.” (págs. 1 e A4)

Novo professor e médico poderão pagar curso com serviço público
O governo concluiu um projeto para que estudantes de medicina e de cursos de formação de professores de educação básica possam pagar a faculdade trabalhando na rede pública após o fim do curso. A medida integrará o Fies, programa de financiamento estudantil. A novidade é que , após formado, o estudante poderá abater 1% da dívida inicial de cada mçes trabalhado. Ao final de cem meses ele terá quitado todo o crédito. (págs. 1 e C1)

Justiça Federal condena 28 por uso de trabalho escravo no PA
A Justiça Federal de Marabá (PA) condenou criminalmente 28 pessoas acusadas de ter submetido trabalhadores rurais a situação análoga à escravidão. Dentre os condenados, há donos de propriedades onde os crimes foram flagrados, funcionários e os chamados “gatos” – agenciadores de mão-de-obra. As penas de prisão variam de pouco mais de três anos até dez anos. Ainda cabe recurso para todas as decisões. (págs. 1 e A8)

Auditores da GM têm dúvidas sobre salvação da montadora
Auditores da GM nos EUA disseram que há “dúvidas substâncias” sobre a chance de recuperação da montadora, que teve prejuízo em 2008 e em fevereiro viu suas vendas no país caírem 53%. A expectativa é que a GM entre em concordata e receba ajuda estatal de US$ 30 bilhões. Além de GM, resultados ruins do varejo ajudaram a derrubar a Bolsa de Nova York, que caiu 4,09%. (págs. 1 e B9)

Bancos centrais europeus fazem novos cortes de juros contra crise
Bancos centrais dA Europa aprofundaram os cortes de juros para tentar amenizar os efeitos da recessão. O BC do reino Unido decidiu baixar a taxa de 0,5%, a menor desde a criação da entidade em 1694, e anunciou que vai adquirir títulos do governo e de empresas. O Banco Central Europeu reduziu a taxa para 1,5% mais alta que a dos países do G7, e indicou que novos cortes deverão ocorrer. (págs. 1 e B8)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Lula descarta corte de gastos para evitar crise
Para o presidente, 'agora é a hora' de fazer investimentos públicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo não pretende fazer economia para enfrentar a crise. Em discurso a uma plateia de empresários, ele afirmou que não será possível vencer a turbulência se "os ministros resolverem fazer contingenciamento cada vez maior, cada vez gastar menos, cortar salários". Pura Lula, a solução para "poder fazer este País crescer" é realizar "investimentos, com ousadia, disponibilizando crédito". Sobre se deveria haver algum arrocho, ele disse três vezes “não me peçam". Para Lula, “é a hora de a gente aproveitar essa crise para fazer o que nós não tivemos coragem de fazer nos últimos 20 anos", sugerindo mais investimentos públicos. O presidente defendeu que os países ricos tenham "coragem" de estatizar os bancos, para "recuperá-los e depois, se quiserem, entregar os bancos a quem eles entenderem que devem entregar".

Obama
A reunião entre Lula e o presidente dos EUA, Barack Obama, foi antecipada para o dia 14. Cuba e Venezuela deverão estar na pauta. (págs. 1, B1 e A10)



Planalto tira Estados do novo plano de habitação
O governo Lula não pretende transferir para prefeituras e governos estaduais o dinheiro a ser destinado ao programa de moradias populares que será lançado neste mês, com prestações mensais subsidiadas de até R$ 20. Estados e municípios também querem capitalizar a iniciativa, visando à eleição de 2010. O Planalto, porém, defende parceria direta entre Caixa Econômica Federal e a iniciativa privada, para encurtar o prazo de implementação. (págs. 1 e B3)

Privatização de Infraero e aeroportos é engavetada
O governo abandonou a promessa de privatizar a Infraero e os aeroportos, anunciada várias vezes pelo ministro Nelson Jobim (Defesa) como decisão oficial. A mudança de rumo foi sinalizada ontem, com a contratação de uma consultoria para realizar estudos técnicos para reestruturar a Infraero. A previsão de conclusão dos estudos é maio de 2010, ano de campanha eleitoral, época em que dificilmente alguma privatização será levada adiante. (págs. 1 e B4)

Aborto em menina de 9 anos leva a excomunhão
O arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho, anunciou a excomunhão da equipe médica que fez o aborto dos gêmeos de uma menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto. A mãe dela também foi excomungada. "Essa é a lei da Igreja, colocar em primeiro lugar a lei de Deus", explicou d. José. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) afirmou que a decisão é "lamentável". (págs. 1 e A18)

Tasso defende prévias e diz que 'política não tem fila'
O senador tucano Tasso Jereissati (CE) avalia que seu partido deverá realizar prévias para a escolha do candidato à Presidência em 2010. Em entrevista ao Estado, indagado sobre se a vez agora não seria do governador José Serra (SP), Tasso citou o caso de Barack Obama, que se tornou candidato democrata à Casa Branca após vencer de virada as primárias, e respondeu: "Política não tem fila. Tem acordo ou voto". (págs. 1 e A8)

Inquérito sobre o Santos Dumont
0 Ministério Público do Rio vai apurar o impacto da volta de voos nacionais para o Aeroporto Santos Dumont. O governador Sérgio Cabral é contra a mudança. (págs. 1 e B4)

Prefeitos são presos por fraude
A PF agiu em três cidades do Maranhão por desvios na saúde. (págs. 1 e A4)

Notas e Informações - Sem solução à vista
O quadro da crise é mais complexo do que o governo brasileiro admite. A ação anticíclica terá de ser mais calibrada, com mais investimentos, mais apoio à exportação e menos gastos correntes. (págs. 1 e A3)

Nelson Motta - Bombaim é aqui
Sempre que vejo Caminho das Índias penso nos nosos políticos. (págs. 1 e D6)

Investigação - Malheiros ignorou pareceres técnicos
Secretário de Segurança reintegrou policiais acusados de extorsão. (págs.1 e C1)

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Jornal do Brasil

Manchete: Alto risco no forno da CSN
Para o Instituto de Resseguros do Brasil, equipamentos da siderúrgica opera sem cobertura

A Companhia Siderúrgica Nacional tem espalhado medo entre os moradores de Volta Redonda e, sobretudo, quem trabalha na empresa. Há mais de um ano, seus três alto-fornos estão operando sem cobertura do seguro. O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense pediu fiscalização ao Ministério Público e à Delegacia Regional do Trabalho. Os trabalhadores temem acidentes devido a falhas de manutenção. Segundo o Instituto de Resseguros do Brasil, o mercado não estaria disposto a assumir riscos de companhias de práticas irregulares de segurança. Com nove liminares obtidas na Justiça para obtenção de resseguro, a CSN nega os problemas. (págs. 1, A2 e A3)

Prestação da casa própria pode ser simbólica
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou que o novo pacote habitacional do governo terá subsídios maiores para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395). Esse grupo concentra 85% do déficit habitacional no país e poderá pagar prestações mensais simbólicas, de R$ 15 a R$ 20. O subsídio será reduzido gradualmente até a faixa de 10 salários mínimos. (págs. 1 e A18)

Sociedade Aberta – Arnaldo Niskier
Bolsa Família pode ter efeito perverso. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta – Francis Bogossian
PAC: é preciso destravar a burocracia. (págs. 1 e A9)

MPE na briga do Santos Dumont
O Ministério Público do estado instaurou inquérito para apurar possíveis impactos viários, além de poluição sonora, com mais tráfego aéreo no Aeroporto Santos Dumont. A medida não será permitida pelo MPE se causar danos às pessoas e ao meio ambiente. (págs. 1 e A18)

Internet sem fio no Santa Marta
Ocupado desde o ano passado pela Polícia Militar, o Morro Santa Marta, em Botafogo, vai ganhar cobertura de internet sem fio a partir de segunda-feira. Primeira experiência em favelas no Brasil, o serviço será gratuito e beneficiará quase 10 mil moradores da comunidade. (págs. 1 e A13)

Otan e Rússia se reaproximam
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, defendeu um “novo começo” mas relações entre a Otan e a Rússia. Em Bruxelas, pediu aos outros aliados “realismo” para recuperar o diálogo. Moscou recebeu as palavras de Hillary com simpatia. (págs. 1 a A20)

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Correio Braziliense

Manchete: A rinha de ouro de Ortiz
O chefão da máfia dos concursos, Hélio Ortiz, comanda um negócio ilegal paralelo à fraude em seleções para órgãos públicos. Investigadores da Polícia Federal descobriram na chácara do ex-técnico judiciário, no Park Way, duas centenas de galos criados para rinha e vendidos ao exterior. Alguns animais são negociados por R$ 5 mil. (págs. 1 e 21)

Habitação
Brasília terá subsídio maior para imóveis

Pacote do governo a ser lançado em 10 dias vai auxiliar famílias com renda mensal de até 10 salários mínimos. (págs. 1 e 13)

Novo abalo
Escassez de crédito ameaça emergentes

Henrique Meirelles, do BC, afirma que países em desenvolvimento serão as próximas vítimas da crise. (págs. 1 e 12)

A guerra santa entre o bispo e o ministro
Nem o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, poupou o arcebispo de Recife, dom José Cardoso Sobrinho, pela decisão de excomungar médicos e familiares da criança de 9 anos estuprada e submetida a aborto para interromper a gravidez de gêmeos: “Fiquei chocado”. Pensamento do religioso é fundamentalista, critica ONG feminista de Pernambuco. (págs. 1 e 9)

Transparência
Gastos de senadores poderão ser vistos na internet

Pressionados, senadores concordaram em tornar público no site da Casa o CNPJ das empresas pagas com os R$ 15 mil que cada um recebe, mensalmente, de verba indenizatória. Critérios de distribuição de imóveis para servidores serão checados. (págs. 1 e 3)

Caso Agaciel
Bloqueio de mansão para ressarcir erário. (págs. 1 e 2)

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Valor Econômico

Manchete: Teles resistem à crise e lucram mais em 2009
A sucessão de notícias ruins para a economia deixou os consumidores com um pé atrás, mas ainda não fez O brasileiro desligar o telefone nem sair da internet. As operadoras de telefonia fixa e móvel venderam e lucraram mais no quarto trimestre de 2008, quando a crise já havia chegado com força ao país.

As teles listadas na Bovespa tiveram receita líquida 9,7% maior que a do quarto trimestre de 2007 e conseguiram traduzir esse aumento em mais lucros. Levantamento do Valor Data com resultados de oito empresas mostra que, juntas, elas registraram lucro antes de juros. impostos, depreciação e amortizações (lajida) de R$ 7,5 bilhões - 12,5% superior à cifra de igual período do ano anterior. Nem todas as teles acompanharam esse movimento. A Oi teve queda no lucro operacional, mas atribuiu a redução a itens não recorrentes: despesas para a compra da Brasil Telecom e para a entrada no mercado paulista de celulares.

Os'bons resultados são atribuídos ao fato de que o consumo de telefonia não depende da oferta de crédito e de algumas de suas tarifas serem reguladas, observa o analista Alex Pardellas, do Banif. Isso ajuda a sustentar as companhias em momentos desfavoráveis. "O que pode assustar na crise é o aumento do desemprego. Mas hoje o telefone já é um bem de primeira necessidade", afirma o diretor de finanças da Oi, Alex Zornig.

Uma evidência de que as coisas vão bem no aspecto operacional são os indicadores de inadimplência. As provisões para devedores duvidosos mantiveram-se relativamente sob controle - subiram em algumas operadoras, como a TIM, e corram em outras, caso da Telefônica. Também não houve saltos nas taxas de cancelamento dos serviços e o ritmo de vendas - especialmente de celulares e banda larga - continuou forte.

A performance coloca o Brasil como mercado prioritário para a Telecom Itália, que manterá os investimentos de R$ 7 bilhões nos próximos três anos, diz Gabriele Galateri di Genola, presidente do conselho de administração do grupo. Ele reafirmou que não há intenção de vender a TIM Brasil. O projeto é transformá-la em operadora com amplo portfólio na telefonia fixa e celular, banda larga móvel e fixa. Segundo Galateri, a compra da Intelig cai como uma luva para atender a esses objetivos. (págs. 1, Dl, D3 e B3)

Governo sai em socorro das usinas
O governo reforçou a "operação de salvamento” do setor sucroalcooleiro ao anunciar ontem a concessão de R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de até 5 bilhões de litros de etanol pelas usinas. A medida foi decidida na quarta-feira durante reunião de ministros e dirigentes de bancos públicos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O socorro está sendo conduzido diretamente pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O BNDES avalia a renegociação de R$ 3,45 bilhões em dívidas das usinas. O governo quer evitar uma onda de aquisição de empresas por multinacionais e busca fortalecer os principais grupos brasileiros do setor. (págs. 1 e B10)

Crise afeta indústria de forma díspar
Foram muito diversificados os efeitos da crise financeira sobre a atividade industrial em fevereiro. Setores como calçados e têxteis, cujas vendas estão diretamente relacionadas à renda da população, notaram uma recuperação das encomendas e seus dirigentes consideram que a pior fase da crise passou. Fabricantes de máquinas e equipamentos, que dependem de crédito para vender, também registraram melhora nos pedidos.

Mas outros segmentos ainda constatam deterioração no ritmo dos negócios. O resultado de uma pesquisa sobre o primeiro bimestre com os filiados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica deixou o presidente da Abinee, Humberto Barbato, mais pessimista em relação a 2009 do que estava no fim do ano passado. Siderúrgicas também aprofundam os cortes na produção. Mesmo os setores que relatam uma recuperação indicam queda na produção comparado ao mesmo período de 2008.

Outro indicador relevante do nível de atividade, as vendas de papelão ondulado caíram 10% em relação a fevereiro do ano passado, queda inferior aos 12% de janeiro, segundo a Indústria São Roberto. A demanda por papelão caiu menos nas empresas de alimentos e produtos de limpeza e mais no caso de fabricantes de televisores e eletrodomésticos.

Analistas esperam que o IBGE divulgue hoje dados sobre forte expansão da indústria em janeiro sobre dezembro, de 9,2%, segundo a consultoria LCA. Em comparação a janeiro de 2008 espera-se recuo de 10,2%. (págs. 1 e A3)


Hering desliga fornos
A Cristais Hering, de Blumenau (SC), desligou os fornos de produção na quarta-feira, depois de ficar sem recursos para a compra de insumos, como óleo diesel. Criada em 1959,a empresa é administrada por uma associação de trabalhadores desde 1997. (págs. 1 e B7)

FGC amplia atuação e banca novas operações de crédito
Depois de jogar um papel importante para suavizar a crise de liquidez no último trimestre do ano passado, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) vai oferecer soluções mais definitivas aos bancos pequenos e médios. Formado pela contribuição mensal das instituições financeiras, o FGC tem à sua disposição quase R$ 25 bilhões, quantia que o colocaria no lugar de quarto maior banco do país.

O dinheiro do FGC foi usado na compra de carteiras de crédito dos bancos menores no auge da crise - foram R$ 4 bilhões para 25 instituições. Esgotado o estoque de carteiras à venda, o FGC ataca agora outro problema: a falta de liquidez para novos negócios.

Foi lançado em janeiro um programa para dar funding a novas operações de crédito. O FGC investe em certificados de depósitos bancários (CDB) emitidos por bancos e financeiras com até R$ 2,5 bilhões de capital e que usam os recursos para dar novos créditos. São aceitos em garantia financiamentos de veículos, consignado, CDC lojista, crédito para pequenas e médias empresas etc. Já foram feitas operações no valor de R$ 985 milhões. O FGC pode aplicar até R$ 9,5 bilhões no programa. (págs. 1 e Cl)

Planos contra a crise ameaçam o ambiente
Os planos de estímulo econômico que estão sendo executados em todo o mundo poderão impor aos países um crescimento rápido das emissões de gases que provocam o efeito estufa, anulando em parte as iniciativas verdes neles incluídas. Esses pacotes têm sido propagandeados por suas credenciais ambientalistas pelos governos, mas um exame mais detido mostra que os gastos verdes respondem por apenas pequena parcela das iniciativas. A maior parte dos gastos irá para projetos que, na realidade, e1evarão as emissões de poluentes, como novas estradas e termelétricas movidas a combustíveis fósseis, ao passo que muito pouco dinheiro será dedicado a projetos geradores de baixo teor de carbono. (págs. 1 e Al6)

O preço dos expurgos
Os bancos ingressaram, ontem, com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar de uma só vez 515 mil processos sobre correção de poupanças em planos econômicos, um passivo que poderia chegar a R$ 180 bilhões. (págs. 1 e C4)

Ideias
Claudia Safatle: Armínio Fraga, ex-presidente do BC, sugere maior exigência de capital para grandes bancos. (págs. 1 e A2)

Braskem discute preço da nafta
A Braskem negocia com a Petrobras, sua principal acionista, uma mudança nas regras para formação de preço da nafta. A petroquímica teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre, em razão da alta do dólar. No ano, a perda foi de R$2,5 bilhões. (págs. 1 ,B6 e D6

Baosteel volta-se para o Rio
Frustrado o projeto de uma siderúrgica no Espírito Santo, a chinesa Baosteel iniciou negociações com o governo fluminense para levar o empreendimento para o Rio. A LLX, de Eike Batista, foi procurada para discutir a instalação no porto de Açu. (págs. 1 e B6)

Lucro da AmBev
O lucro líquido da fabricante de bebidas AmBev teve uma queda de 14,8% no quarto trimestre de 2008, em relação a igual período de 2007, para R$ 964,5 milhões. A receita aumentou 11.6%, para R$ 6,5 bilhões. No ano passado, o lucro alcançou R$ 3.059 bilhões, alta de 8.6%. (págs. 1 e B4)

Ideias
Chico Santos: investida do PMDB sobre o fundo Real Grandeza confunde deliberadamente o público e o privado. (págs. 1 e A12)

Brasileiros elaboram leis na África
Advogados brasileiros são cada vez mais requisitados por governos de países africanos, como Moçambique e Angola, para elaborar projetos de lei que abordam desde normas para licitações públicas até regulamentação do setor energético. O Instituto de Registro Imobiliário do Brasil coordena um grupo de especialistas que trabalha em uma proposta de legislação habitacional para Angola. Já o escritório Emerenciano Baggio elabora normas para implementação do sistema de transporte coletivo em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, enquanto o Approbato Machado Advogados prepara uma lei de falências para Moçambique, nos moldes da norma brasileira. (págs. 1 e El)


John Taylor, ex-número 2 do Tesouro americano, culpa govemo pela crise (págs. 1 e EU & Fim de Semana)

Crise americana
Os pedidos para as indústrias americanas tiveram recuo de 1,9% em janeiro, pelo sexto mês consecutivo - é a primeira vez desde o início da série histórica, em 1992, que isso acontece. A queda foi menor do que a esperada pelos analistas, que previam retração de 3,5%. (págs. 1 e Al3)

Economia chilena recua 1,4% em janeiro, pela primeira vez desde 2002 (págs. 1 e A13)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Seguradoras disputam apólice de US$ 50 bilhões da Petrobras
Nas próximas semanas, a Petrobras divulgará detalhes da concorrência para a renovação de sua apólice patrimonial, que prevê a cobertura dos riscos operacionais de refinarias, plataformas, movimentação de cargas e outras unidades da petrolífera. O risco total dos ativos a serem segurados fica perto de US$ 50 bilhões, acima dos US$ 47,7 bilhões protegidos em 2007. Será a primeira vez que a estatal conduzirá o negócio com o mercado aberto de resseguros em pleno funcionamento desde abril do ano passado. A restrição em operar com os atuais 57 resseguradores cadastrados no País e as perdas financeiras sofridas pelos principais competidores do mercado internacional preocupam o gerente de seguros da Petrobras, Luiz Octavio Parente de Mello. Ele acredita que o desenho atual do mercado pode não oferecer capacidade financeira suficiente para cobrir o risco total da companhia. O executivo disse que a Petrobras mapeia resseguradores no mercado internacional para se antecipar a esses problemas. Os prêmios de seguros podem ultrapassar a casa dos US$ 40 milhões — em 2007, a operação somou US$ 26,2 milhões. O valor promete esquentar a competição entre as grandes seguradoras brasileiras. Angelo Colombo, diretor de grandes riscos da Allianz, prevê que o fechamento de uma apólice desse porte pode envolver a participação de mais de 50 resseguradores. “Fatalmente vai faltar capacidade para garantir os riscos somando todos os resseguradores do mercado brasileiro. A Petrobras vai fazer uma tentativa e, se o mercado nacional não conseguir, fica facultada, pela legislação, a colocação no exterior com mais resseguradores, num processo que se tornará muito moroso”, diz o executivo. (págs. 1 e B1)

BC já injetou US$ 66 bi para segurar o câmbio
O Banco Central já injetou US$ 66,2 bilhões nas intervenções no mercado desde o agravamento da crise financeira global para segurar o câmbio e garantir crédito em moeda estrangeira no mercado interno. O número refere-se à posição acumulada de setembro até o dia 2 de março. Desse total, US$ 14,5 bilhões foram aplicados no mercado de câmbio à vista; outros US$ 9,7 bilhões foram destinados às linhas de empréstimo com obrigação de recompra pelo BC; e US$ 9,6 bilhões envolvem empréstimos para exportação. As operações de swap cambial somaram outros US$ 32,4 bilhões. O presidente do BC, Henrique Meirelles, destacou a recuperação do volume de contratações de ACCs, com média diária de US$ 146 milhões em fevereiro. Em janeiro, a média foi de US$ 114 milhões. (págs. 1 e B1)

Infraestrutura manterá nível de atividade
Os projetos em infraestrutura e seus longos períodos de maturação fornecerão uma trilha segura para que seus fornecedores atravessem o período da crise em relativa estabilidade. A turbulência deve ser menor para segmentos que têm sua estrutura de negócios associada à produção de bens essenciais. Para Fernando Sarti, professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), “a indústria automobilística vai patinar e o setor de alimentos deve manter o mesmo patamar”. A indústria de bens e serviços vai enfrentar dificuldades. Com a queda no nível de ocupação de capacidade, os projetos de expansão e de compra de máquinas permanecerão engavetados. Heitor Klein, da Abicalçados, acredita que, salvo algum acidente de percurso, a tendência do setor é de estabilidade. A entrada na nova coleção a partir de março deverá testar o ânimo dos compradores e o ritmo das encomendas. O presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, avalia que, se o Produto Interno Bruto (PIB) avançar entre 1% e 1,5% neste ano, a indústria têxtil pode crescer de 2% a 2,5%.Mas será possível uma expansão maior, caso o dólar se estabilize entre R$ 2,30 e R$ 2,35 e o governo consiga defender o mercado contra importações. (págs. 1, A6 e A7)

Embraer perdeu com derivativos
Terminou sem acordo a primeira audiência de conciliação entre a Embraer e os sindicatos. Diante disso, o presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas (SP), Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, marcou para o dia 13 de março nova reunião. Até lá, segue valendo a liminar que prevê a reintegração dos 4.273 funcionários. Para os sindicalistas, a crise global encobre a verdadeira crise da empresa. “Foram aplicados R$ 177 milhões em derivativos que foram perdidos. Foram liberados R$ 50 milhões em bonificações para executivos. E os altos salários variam de R$ 80 mil a R$ 120 mil por mês. Com um planejamento melhor, não precisaria demitir mais de 4 mil funcionários”, disse o sindicalista José Maria de Almeida. (págs. 1 e A4)

Opinião - Robson Braga de Andrade
Além de baixar a Selic, é preciso reduzir os spreads bancários, com menos compulsórios, desoneração tributária e cadastro positivo. (págs. 1 e A3)

Opinião - Antoninho Marmo Trevisan
As empresas nunca mais serão as mesmas. Está em curso uma revolução sobre a maneira de gerir os negócios, o que é positivo. (págs. 1 e A3)

Infraero vai abrir o capital
O governo quer transformar a Infraero em companhia de capital aberto. O BNDES lançou edital para escolher a empresa que fará estudo sobre a reestruturação da estatal. (págs. 1 e C5)

Responsabilização criminal da PJ
Não há previsão legal para punir empresas por crimes cometidos por sócios, mas está em tramitação projeto de lei que prevê a responsabilização da pessoa jurídica. (págs. 1 e A9)

Franquias crescem 19,5% em 2008
O setor de franquias surpreendeu até mesmo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) ao registrar crescimento de 19,5% em 2008, faturando R$ 55 bilhões. (págs. 1 e C7)

Cai a produção de cerveja
A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) divulgou ontem queda de 0,2% na produção de cerveja no ano passado, para 69,9 milhões de hectolitros. (págs. 1 e C2)

Braskem tem prejuízo de R$ 2,5 bi
A crise afetou diretamente os resultados da maior petroquímica da América Latina. A Braskem registrou prejuízo de R$ 2,5 bilhões no ano e uma receita líquida de R$ 17,9 bi. (págs. 1 e C1)

GM admite, em relatório, que pode falir
A General Motors, que perdeu no ano passado US$ 30,9 bilhões, reduziu a remuneração de executivos e cortará neste ano 47 mil empregos, entre outras ações de um programa de reestruturação para se habilitar a empréstimos ao Tesouro americano. Em razão da dependência da ajuda governamental, auditores decidiram atribuir à empresa a denominação de “going concern”, significando que há dúvida substancial sobre a capacidade da montadora de sobreviver. A montadora reiterou, em relatório, que se não for capaz de promover, com sucesso, o processo de reestruturação, poderá ter de pedir liquidação pelo Capítulo 7. Tal pedido, fundamentado neste capítulo, é indicado para empresas que não têm chance de quitar as dívidas e é feita a liquidação de todo patrimônio do devedor. Enquanto isso, no Canadá, o sindicato de trabalhadores e a GM identificam áreas para cortar custos e manter viável a operação local da montadora. (págs. 1 e C5)

Falta de ousadia do plano chinês causa frustração
O primeiro-ministro chinês Wen Jiabao afirmou ontem que o governo dará início a uma mudança fundamental no que se refere a suas estratégias econômicas, encorajando os cidadãos a consumir e procurando investir mais para evitar a fuga do campo. Durante um longo discurso no encontro anual do Congresso Nacional do Povo, o premier não anunciou novos investimentos para fazer frente à crise financeira, além do plano de estímulo econômico de US$ 585 bilhões com o qual a China já havia se comprometido em novembro de 2008. As bolsas mundiais fecharam em queda ontem, pois se esperava um pacote maior. Wen, entretanto, disse esperar que o país cresça 8% neste ano. (págs. 1 e A12)

Ações
China frustra mercados e Bovespa cai 2,69%. (págs. 1 e B3)

Negócios
Safra decide vender ações da Aracruz à VCP. (págs. 1 e B3)

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Estado de Minas

Manchete: Festa no céu e você é quem paga
Além do salário, 14º, verba indenizatória, auxílio-moradia e outras mordomias, deputados federais têm à disposição até R$ 18,7 mil por mês, inclusive nas férias, para gastar com viagens aéreas. Nos últimos nove anos, a benesse teve aumento de 212%, enquanto a inflação nesse mesmo período não passou de 82%. Uma gastança de R$ 77,7 milhões por ano bancada pelo dinheiro que o brasileiro paga de imposto. E que poderia ser mais bem aproveitado em estradas, educação, saúde. (págs. 1, 3 e editorial 'Por conta do contribuinte’, na 8)

Bancos recorrem para não repor perda da poupança
Confederação Nacional do Sistema Financeiro pede ao Supremo Tribunal Federal que considere constitucionais os planos Cruzado, Bresser, Verão e Collor I e II, o que evitaria o pagamento de perdas provocadas pelos pacotes. Segundo bancos, reparação a poupadores atingidos provocaria prejuízo de R$ 170 bilhões. (págs. 1 e 15)

Justiça
STF dá a fugitivo direito de ter recurso julgado. (págs. 1 e 10)

Gaúcha de 11 anos está grávida do pai adotivo
Polícia indiciou o pedreiro, de 51 anos, por estupro. Caso é semelhante ao de Pernambuco, em que menina de 9 anos abortou gêmeos.(págs. 1 e 7)

Minha vida era andar por este país...
Contratos de frete desabam 35%, em média, e deixam em dificuldades caminhoneiros como João Aumendra. Para sobreviver à crise, a categoria reivindica do governo redução de 30% no preço do diesel e carência de seis meses nas prestações dos caminhões. Caso contrário, ameaça sair às ruas em protestos. (págs. 1 e 11)

Diplomacia
OTAN reata com a Rússia, e o mundo fica mais seguro. (págs. 1 e 16)

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Jornal do Commercio

Manchete: Ciência e fé
Excomunhão em debate

Ao dizer que responsáveis por aborto em menina estuprada estariam excomungados, dom José provocou forte reações. Notícia foi discutida até no exterior. (pág.1)

GM admite que pode pedir concordata (pág.1)

Presos na Bahia três coronéis acusados de receber propina (pág.1)

Prefeitura adia conclusão do parque Dona Lindu (pág.1)

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