O Globo
Manchete: Senado recua e não demite diretores, que agora são 181
Com mais 104 da Câmara, Congresso tem um diretor para cada dois parlamentares
Depois de uma recontagem para chegar ao número exato de diretorias – que subiu de 136 para 181 - , o Senado anunciou que a Fundação Getúlio Vargas fará uma auditoria para examinar todos os contratos e permitir uma reestruturação administrativa na Casa. Mas houve recuo na decisão anunciada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) de afastar todos os diretores. Na prática, eles continuarão nos cargos, recebendo inclusive a gratificação comissionada. Com os benefícios, o salário médio dos diretores, que é de R$ 18 mil, pode chegar a R$ 30 mil. Até a assessora de imprensa de Roseana Sarney (PMDB-MA) é diretora do Senado. Na Câmara, o número de diretores chega a 104. Com os 181 do Senado, o Congresso tem 285 diretores, um para cada dois parlamentares. (págs. 1, 3 e 4 e editorial "Tempos difíceis")
Até no aeroporto
Entre as 181 diretorias do Senado, há uma só para cuidar das viagens dos senadores - a Diretoria Aeroportuária, que funciona no aeroporto e tem 7 funcionários. (págs. 1 e 3)
A volta dos que não foram
Dilma prestigia Dirceu; Delúbio pede refiliação ao PT
Cassado depois do mensalão, o ex-deputado José Dirceu comemorou 63 anos cercado pelo poder: à sua festa compareceram o vice-presidente José Alencar e nove ministros, inclusive Dilma Rousseff, candidata à sucessão de Lula. Na articulação política pela candidatura da ministra, Dirceu afirmou: "O PT está completamente fechado com a Dilma. Não existem mais divergências." Outro personagem do mensalão, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, expulsou do partido, pediu refiliação, pois quer ser candidato a deputado em 2010. (págs. 1 e 8)
Satiagraha: PF indicia Protógenes
O corregedor da PF, Amaro Vieira, indiciou o delegado Protógenes Queiroz e mais quatro escrivães por quebra de sigilo funcional no comando da Operação Satiagraha que investiga o banqueiro Daniel Dantas. (págs. 1 e 9)
Um túnel para presídio de segurança máxima
A polícia de SP descobriu um túnel de 140 metros dentro da penitenciária de Avaré, unidade considerada de segurança máxima. Segundo a polícia, a passagem seria usada para resgatar presos como o tesoureiro do traficante colombiano Juan Carlos Abadia. O túnel, que tinha até refrigeração, saía de uma casa perto do presídio. Cinco pessoas foram presas. (págs. 1 e 11)
Homicídios têm redução recorde no Rio
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, anunciou ontem que os homicídios no Estado do Rio registraram em 2008 a menor taxa em 17 anos - 35 mortes por cem mil habitantes, contra um índice de 59, em 1991. (págs. 1 e 17)
Argentina quer limitar licenças de TV
Em seu projeto para substituir a lei de Radiodifusão, Cristina Kirchner quer reduzir o número de licenças de TV. Segundo críticos, o objetivo é combater o Grupo Clarín. (págs. 1 e 25)
EUA: Obama é desafiado com novos bônus
Após o escândalo dos bônus da AIG, agora foi a vez de as hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae, socorridas pelo governo dos EUA, pagarem até US$ 1 milhão a executivos. (págs. 1 e 22)
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Folha de S. Paulo
Arrecadação cai e governo revê PIB
A arrecadação de tributos Federais, já está R$ 10,5 bilhões abaixo do previsto no Orçamento deste ano. Apenas em fevereiro, os impostos recolhidos ficaram R$8 bilhões aquém do valor estimado pelo governo. Neste Mês, o resultado continua abaixo do esperado. Os dados devem ser divulgados oficialmente hoje pela Receita Federal. Contribuíram para o resultado medidas de estimulo ao consumo que envolviam redução de tributos, como corte de IPI para veículos novos, que deve gerar perda de R$ 1,05 bilhão no primeiro trimestre. A crise levou o Planalto a rever sua previsão de crescimento do PIP de 3,5% para 2%, ainda longe dos 0,59% estimados pelo mercado. Com menos dinheiro em caixa, a União decidiu ainda reduzir o superávit primário, a economia para pagar juros da divida pública. As decisões serão anunciadas oficialmente até amanhã, quando deverá ser confirmado um bloqueio de R$ 21 bilhões nos gastos do Orçamento deste ano para adequar as contas públicas ao cenário de crise. (Págs.1 e Dinheiro)
Receita começa a intimar sonegadores de IR a partir de segunda-feira (Págs.1 e B3)
Foto-legenda: Banco da reserva
Índios assistem a julgamento no STF sobre a demarcação da reserva Raposa/ Serra do Sol; em seis horas, o ministro Marco Aurélio Mello apresentou o primeiro voto contrário à demarcação feita pelo governo federal, após oito votos favoráveis aos índios. (págs. 1 e A10)
Empregos em fevereiro tem pior resultado desde 1999
No pior resultado para o mês desde 1999, o mercado de trabalho teve em fevereiro saldo positivo de 9.179 vagas com carteira assinada. Apesar de o governo interpretar os dados como início da recuperação do emprego, a indústria ainda teve forte retração em fevereiro – demissões superaram contrações em 56.456 postos. Com a crise, foram fechadas 798 mil vagas entre novembro e janeiro. (págs. 1 e B4)
Senado tem 2 diretores para cada senador
O Senado tem 181 diretores, mais de dois para cada senador – são 81. Há diretorias para assuntos como a de Administração de Residências. Senadores mostram espanto com o número, mas eles próprios aprovam as diretorias. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acertou com a FGV uma reforma da Casa. (págs. 1 e A4)
Protógenes e mais 4 policiais são indiciados
A PF indicou o delegado Protógenes Queiroz sob acusação de vazar dados sigilosos da Operação Satiagraha e ferir a Lei de Interceptações ao escalar agentes da Abin para transcrever e analisar grampos telefônicos, o que é ilegal. Mais quatro policiais foram indiciados. Protógenes vê “perseguição pessoal”. (págs. 1 e A8)
2 governos da América Central reatam com cuba
A Costa Rica e o futuro governo de El Salvador anunciaram que restabelecerão relações diplomatas com Cuba. Isso faz dos EUA o único país das Américas sem laços formais com a ilha. O presidente da Costa Rica Árias, prevê que Barack Obama terá que dialogar com Cuba. (Págs.1 e A12)
Vinicius Torres Freire
Atitude se situa entre a ousadia e o desespero (Págs.1 e B4)
EDITORIAIS
Lei “Política travada”, sobre abuso de medidas provisórias; e “Nem meio caminho andado”, acerca de Idesp (Págs.1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Indústria ainda demite, mas serviços contratam
Após 3 meses de queda, saldo de vagas formais volta a ser positivo
O mercado de trabalho no Brasil voltou a registrar saldo positivo em fevereiro, após três meses de redução no emprego formal. Dados oficiais mostram que, no mês passado, houve 9.179 contratações com carteira assinada a mais do que demissões. O desempenho foi puxado sobretudo pelo setor de serviços, que gerou 57.518 empregos formais. Escolas, hotéis e restaurantes foram os destaques. Mas a indústria cortou 56.546 postos, e o comércio, 10.275. Apesar de positivo, o resultado geral foi o pior em um mês de fevereiro desde 1999. Além disso, entre novembro e janeiro, foram perdidos 797 mil postos formais de trabalho. Para analistas, a abertura de vagas com carteira deve perder fôlego nos próximos meses. Já o ministro Carlos Lupi (Trabalho) espera um saldo positivo de 100 mil vagas em março. (págs. 1, B1 e B3)
FRASE
"A febre diminuiu, mas o doente continua mal. Se houver recuperação, será no segundo semestre"
José Pastore
Professor da USP
Delegado acusa Abin de ação ilegal na Satiagraha
O delegado Amaro Vieira, que preside o inquérito sobre o vazamento da Operação Satiagraha, disse ontem à CPI dos Grampos que há provas da participação ilegal da Abin na investigação da Polícia Federal. A PF indiciou o delegado Protógenes Queiroz no caso. (págs.1 e A11)
Notas e informações - Destrancando a pauta
Em interpretação criativa da Constituição, surge uma providência contra o jugo das medidas provisórias. (págs. 1 e A3)
Senado quer manter 90 de seus 181 diretores
O presidente do Senado, José Sarney, anunciou planos de cortar pela metade o total de diretores da Casa. Atualmente são 181 diretores, com salário médio de R$ 20 mil. O número de diretores é mais do que o dobro do de senadores. São 81 parlamentares. O corte de vagas de diretor, porém, deve demorar pelo menos seis meses, pois depende de auditoria da FGV que nem começou a ser feita. (págs. 1 e A4)
Marzagão cai e Ferreira Pinto assume a Segurança
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Ronaldo Marzagão, pediu demissão, alegando razões pessoais. Sua saída ocorre em meio a denúncias de corrupção envolvendo seu ex-braço direito na secretaria. Em seu lugar assumirá o procurador de Justiça Antônio Ferreira Pinto, que atuou no governo durante a ofensiva do PCC em 2006. (págs. 1, C1 e C3)
Caderno Especial - Ensino fundamental avança pouco em SP
O ensino fundamental da rede estadual avançou pouco em 2008: o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp) subiu de 3,23 para 3,25, numa escala que vai até 10. A rede particular passará a ser avaliada neste ano. (pág. 1)
19,3% das escolas não melhoraram suas notas com relação a 2007
71,4% das escolas atingiram as metas estipuladas pelo governo
Veríssimo – De novo Adam Smith
Nas falas contra a crise só se ouvem apelos pela volta do sentimento moral. (págs. 1 e D12)
Obama quer ajudar México a combater traficantes
O governo dos EUA apresentará um plano integrado para ajudar o México no combate ao narcotráfico. A prioridade será conter o tráfico de armas e drogas e aumentar a segurança na fronteira para tentar diminuir a presença de cartéis mexicanos em território americano. (págs. 1 e A14)
Socorro nos EUA terá mais US$ 1,15 tri
O Federal Reserve (Fed), banco central americano, anunciou medidas adicionais anticrise que podem injetar até US$ 1,15 trilhão na economia dos EUA. Uma das iniciativas foi a ampliação em US$ 750 bilhões do programa de crédito para títulos lastreados em hipotecas imobiliárias. O anúncio do Fed provocou alta nas bolsas de valores. (págs. 1 e B8)
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Jornal do Brasil
Manchete: Emprego freia recessão
Governo e especialistas veem nova tendência com saldo de 9 mil novos postos de trabalho
A economia brasileira teve em fevereiro um saldo positivo de 9.179 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. No mês anterior, as demissões superaram as contratações, resultando em fechamento de cerca de 100 mil vagas. Apesar de ter sido o pior fevereiro desde 1999, para governo e especialistas essa recuperação no mercado de trabalho mostra uma nova tendência: ao invés de queda abrupta e recessão, início de recuperação. (pág. 1 e Economia, pág. A17)
Lula: reajuste depende da crise
O presidente Lula declarou que só deverá reajustar os salários do funcionalismo público este ano num quadro de esfriamento da crise econômica. O governo tinha prometido o aumento a entidades: "Só não cumprirei esse acordo se houver anormalidade. Mas, como terei que decidir em junho, por que ter pressa agora?" (pág. 1 e Economia, pág. A18)
Ministro quer vestibular único
O ministro da Educação, Fernando Haddad, quer unificar os vestibulares das universidades federais, com uma única prova igual para todas. Para Haddad, a proposta acabaria com testes que privilegiam a memorização em detrimento da capacidade analítica do estudante. (pág. 1 e País, pág. A7)
Foto-legenda: O sono dos justos
Raposa/Serra do Sol - A leitura de um voto de 120 páginas consumiu a manhã, a tarde e parte da noite de uma das mais longas sessões do Supremo Tribunal Federal, provocando sono nos ministros Gilmar Mendes (E) e Celso de Mello. O cansaço foi em vão: o fim do julgamento que define a demarcação contínua da reserva indígena em Roraima ficou para hoje. (pág. 1 e País, pág. A10)
Sociedade aberta: José Carlos de Assis
Brasil precisa criar 2 milhões de empregos por ano. (págs. 1 e A17)
O verdadeiro teste de Obama
Thomas L. Friedman: Qualquer um que tenha interesse na estabilização e reforma do sistema terá de fazer sua parte. Isso começa com os corretores da AIG que embolsaram US$ 165 milhões em bônus. Eles têm de devolvê-los. (pág. 1 e Economia, pág. A21)
Beltrame fica sob fogo cerrado por tolerar bicos
A declaração do secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, de que não vai reprimir o bico feito por policiais de folga porque eles ganham mal, foi duramente criticada por especialistas. O vice-presidente da OAB, Lauro Schuch, chegou a dizer que a posição pode ser interpretada como crime de prevaricação. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A6)
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Correio Braziliense
Manchete: Servidor fica mais longe do reajuste
Prometida para junho a várias categorias de servidores civis, a segunda parcela do reajuste salarial do funcionalismo será mesmo adiada, sem nova data para vigorar. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deu início ontem à estratégia de comunicar a má notícia aos trabalhadores sem, no entanto, falar com todas as letras que o aumento de 2009 foi tragado pela crise econômica mundial. “O governo terá que fazer muita restrição orçamentária”, avisou Bernardo a dirigentes dos sindicatos mais representativos, chamados para uma reunião de emergência. Segundo contaram os trabalhadores, restou claro do encontro que o dinheiro só sairá se a economia brasileira der uma guinada fantástica nos próximos dois meses, algo em que nem eles mesmos acreditam. Sobre o assunto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva procura manter o otimismo. “Minha ideia é cumprir o acordo. Só não cumprirei o acordo se houver anormalidade”, declarou. (págs. 1 e 17)
Eles voam, nós pagamos
Proposta dos ministros Nelson Jobim e Mangabeira Unger eleva em 3% preço dos bilhetes aéreos para subsidiar companhias regionais no Norte e no Nordeste. (págs. 1 e 22)
Bate-boca no STF por causa de índios
Ao divergir sobre a criação da reserva Raposa Serra do Sol, os ministros Marco Aurélio de Mello e Carlos Ayres Britto trocaram palavras ríspidas. “Eu não interrompi vossa excelência e espero não ser interrompido”, queixou-se Ayres Britto. “Vossa excelência falou como se eu tivesse delirado aqui”, respondeu Marco Aurélio. (págs. 1 e 12)
Deputados “estudam” fim da mordomia
Um dia depois da revelação, pelo Correio, da farra no pagamento do auxílio-moradia, deputados anunciam disposição de extinguir pagamento. Proposta, no entanto, é inconsistente. (págs. 1 e 6)
Collor quer governar... (págs. 1 e 8)
...E Delúbio, voltar ao PT (págs. 1 e 9)
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Valor Econômico
Manchete: Queda no comércio derruba atividade nos portos do país
A crise global reduziu exportações e importações e atingiu em cheio a atividade nos portos brasileiros neste início de ano. O volume de cargas gerais - produtos de alto valor agregado, transportados em contêineres - teve queda de 25% no primeiro bimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Os embarques de minério de ferro e celulose diminuíram quase 30% e os de produtos siderúrgicos, 50%. Na importação, os volumes da nafta petroquímica caíram 50% e os de fertilizantes, mais de 80%.
A única boa noticia é que já há sinais de melhora em março, embora tímidos. Agentes marítimos registraram ligeiro aumento no número de navios que transportam minério de ferro para a China. Também melhorou o fluxo de embarcações na importação carregadas com fertilizantes nos portos do Sul do país.
A queda nos volumes de comércio no primeiro bimestre se refletiu nas empresas de navegação e derrubou os fretes e o aluguel de navios. O frete de urna carga de granel líquido na rota Santos-Caribe, que era de US$ 55 por tonelada em setembro, está hoje na faixa de US$ 45, queda de 19%. O minério de ferro na rota Brasil-China foi uma das cargas cujo frete mais caiu: de uS$ 100 por tonelada antes da crise para US$ 21 por tonelada, 80% a menos. Para contêineres na rota Brasil-Angola, o frete era de US$ 3,6 mil por unidade em outubro e hoje está em US$ 2,9 mil. Ontem, a companhia alemã Hamburg Stid, que controla a brasileira Aliança, informou que vai reajustar os fretes nos serviços da Europa e América do Norte, em razão de as tarifas terem atingido "um imóvel que já não cobre os custos".
Com a queda do comércio global, muitos armadores ancoraram parte da frota e fizeram ajustes para cortar custos. Pelo menos mil navios de contêineres estariam parados no mundo por falta de demanda.
O Porto de Suape (PE) pode ser uma exceção: trabalha com expectativa de crescer pelo menos 10% na movimentação de cargas na comparação com 2008, porque novos carregamentos já estão fechados, como minério de ferro da Mhag, coque e trigo da Bunge, cujo moinho entra em operação em abril. (págs.1 e B11)
Ideias
Eliana Cardoso: gasto do governo foi pró-cíclico entre 1997 e 2005. (págs. 1 e A2)
STF tende a aceitar liberação da pauta mesmo com MPs
O mandado de segurança impetrado ontem no Supremo Tribunal Federal pela oposição contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), de liberar a pauta de votações trancada por medida provisória corre o risco de ser rejeitado. A maioria dos ministros vê com simpatia providências que permitam ao Legislativo reagir à imposição de sua agenda pelo Executivo. A decisão é questionada por constitucionalistas. Se acatada, permitirá a votação de emendas constitucionais. (págs. 1 e A15)
Ideias
Maria Inês Nassif: disputa deflagra onda de denúncias no Senado. (págs. 1 e A16)
Juro menor estimula novas emissões de dívida privada
A queda da taxa Selic pode reativar o mercado de crédito para as empresas brasileiras, que se retraiu bastante nos últimos meses. Companhias de primeira linha já começam a sondar bancos de investimento para novas emissões de bilhões de reais, com prazos acima de um ano. A Oi planeja uma operação de R$ 3 bilhões em duas séries de debêntures.
Mas mesmo grandes empresas terão de aceitar um novo paradigma do mercado: investidores que exigem retornos maiores para correr riscos de crédito privado. Na emissão da Bradespar, única do ano até agora, a taxa paga foi de 125% do CDI. (págs. 1 e C1)
Bolsa se ajusta à crise
A BM&FBovespa aperta o cinto para enfrentar a queda nas receitas. Entre as medidas estão o fim do pregão viva-voz na BM&F a partir de 1º de julho, demissões, venda de imóveis e fechamento de escritórios fora do eixo São Paulo-Rio. (págs. 1 e D4)
Títulos públicos
A queda da taxa básica de juros e das projeções para a inflação aumentou os ganhos dos títulos públicos prefixados e dos atrelados à inflação, que se tomaram os líderes de rentabilidade no ano, mas o risco dos papéis mais longos ficou maior. (págs. 1 e D1)
Saldo positivo no emprego
A economia brasileira gerou 9.179 empregos com carteira assinada em fevereiro, após três meses consecutivos de saldo negativo. De acordo com os números do Caged, foram contratadas 1.233.554 pessoas e demitidas outras 1.224.375. O resultado é 95,5% menor do que no mesmo período de 2008. (págs. 1 e A3)
Crescimento acelerado
Só em fevereiro, a rede de franquias Sorridents inaugurou dez unidades - quatro no Espírito Santo, três no Rio de Janeiro e três em Ribeirão Preto. Com 85 estabelecimentos, sendo 32 próprios, a meta é chegar a 250 até 2010, diz Cléber Soares. (págs. 1 e B10)
WEG fecha fábrica
A WEG anunciou ontem o fechamento da sua fábrica em Guarulhos (SP), onde produzia motores para eletrodomésticos, com a demissão de 370 trabalhadores. A empresa tem entre seus principais clientes o grupo Whirlpool. (págs. 1 e B10)
CTIS, rede varejista de informática de Brasília, planeja investida no Rio e SP com abertura de dez megalojas, diz Oliveira (págs. 1 e B2)
SP vai mudar ICMS para energia livre
A Secretaria da Fazenda de São Paulo prepara a minuta de um decreto para adotar a substituição tributária na cobrança de ICMS sobre a energia elétrica utilizada pelos consumidores livres. A ideia é fazer com que o distribuidor, e não mais o comercializador, recolha o imposto.
O governo paulista acredita que há uma evasão do imposto, que deixa de ser pago por comercializadores de outros Estados na venda de energia para grandes consumidores locais. A Fazenda calcula que, com a mudança, arrecadará pelo menos R$ 120 milhões a mais por ano.
O setor elétrico está mobilizado para tentar impedir a substituição tributária e espera encontrar uma alternativa. A questão deve ser levada à Justiça caso o decreto estabeleça o modelo imaginado pelo governo paulista. (págs. 1 e Al4)
Onda de protestos atinge a Europa
Duramente atingida pela recessão, a Europa já vive uma onda de protestos que mudou a rotina de várias capitais. Liderados por sindicatos de trabalhadores, manifestantes têm saído às ruas quase toda semana para exigir medidas contra demissões e reduções de salário, além de beneficias sociais.
A França, segunda maior economia da zona do euro, deverá enfrentar distúrbios hoje, por causa da greve nacional que deve levar 2 milhões de pessoas às ruas. O objetivo é cobrar do presidente Nicolas Sarkozy medidas mais amplas do que as já anunciadas para proteger os trabalhadores e os mais pobres. Em janeiro, as manifestações pegaram o governo de surpresa e o forçaram a oferecer € 2,6 bilhões em pagamentos extras de auxílio-desemprego e corte de impostos para a baixa renda. Mas as concessões não satisfizeram os sindicatos.
Além da França, já houve protestos na Alemanha, Irlanda, Reino Unido, Polônia, Portugal, Bósnia, Bulgária, República Tcheca, Grécia, Hungria, Lituânia, Letônia, Montenegro, Rússia e Ucrânia.(págs. 1 e A22)
IBM oferece US$ 6,5 bi pela Sun
A IBM está em estágio adiantado de negociações para comprara rival Sun Microsystems por cerca de US$ 6,5 bilhões em dinheiro, transação que poderia marcar o início de uma onda de fusões das companhias de tecnologia mais afetadas pela recessão. Se concretizada, será a maior compra já feita pela empresa.
A aquisição permitiria à IBM - uma das poucas companhias com caixa forte e em boa medida ilesas à crise até agora reduzir fortemente os custos e ampliar sua operação no mercado de servidores, de baixo crescimento, além de atacar o domínio da Microsoft em segmentos desse mercado. Juntas, as duas companhias dominam quase 70% do mercado mundial de servidores de alto padrão, que movimenta US$ 25,5 bilhões.
Como nos EUA, no Brasil a união despertará a atenção dos órgãos reguladores. A Sun tem forte presença no mercado de telecomunicações no país. A IBM, por outro lado, predomina em boa parte do setor financeiro, que é o maior consumidor nacional de informática. Com a Sun nas mãos, a IBM reforçaria a liderança no mercado de servidores no Brasil. (págs. 1 e B4)
Fed comprará US$ 1,25 tri em títulos
O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, deixou os mercados perplexos ontem ao anunciar que comprará US$ 300 bilhões em titulas de longo prazo do governo e outros US$ 850 bilhões emitidos pela Fannie Mae e a Freddie Mac (as duas maiores agências hipotecárias do país, socorridas pelo governo). O Fed disse que está comprando titulas do Tesouro como forma indireta de reduzir as taxas de empréstimos e espera que as compras maciças de titulas lastreados em financiamentos residenciais reduzam as taxas dos empréstimos da casa própria, permitindo às famílias refinanciarem suas moradias em condições mais favoráveis. Os investidores gostaram da decisão e a Bolsa de Nova York fechou em alta de 1,23%. O Ibovespa subiu 1,6%. (págs. 1 e C2)
Bônus para executivos da AIG eleva pressão contra Tim Geithner (págs. 1 e C3)
Negócios de vento
A EDP Renováveis Brasil, braço da EDP Energias Brasil, anunciou ontem a compra da Elebrás, subsidiária da empresa alemã InnoVent, que desenvolveu quatro projetos de parques eólicos no Rio Grande do Sul, num total de 532 MW. (págs. 1 e B12)
Bancos "vendidos"
Após permanecerem "comprados” em dólar à vista por 19 meses, período em que a moeda americana valorizou-se 27,4%, os bancos decidiram este mês passar à posição "vendida"', num momento em que o dólar já caiu 7,82% desde o dia 2. (págs. 1 e C2)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Emprego reage após três meses em queda
O emprego formal voltou a crescer em fevereiro após três meses seguidos de queda. O saldo de 9.179 vagas registrado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentado ontem pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, representa, contudo, o pior resultado para o mês desde 1999. O número é resultado de 1,233 milhão de contratações ante 1,224 milhão de demissões. Nos últimos 12 meses, até fevereiro, o estoque de emprego do Brasil encolheu em 700 mil vagas com carteira assinada. Lupi sustenta que a criação de um número entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de novos empregos formais este ano é factível e espera a retomada do mercado de trabalho a partir de março, quando prevê a criação de mais de 100 mil novos postos de trabalho.
Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, ainda é cedo para se afirmar que ocorreu uma reversão de tendência do emprego. Apesar de positiva, a geração de postos em fevereiro é muito pequena diante das perdas dos meses anteriores e do contingente total de trabalhadores com carteira assinada.
A tendência, segundo o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, é que o setor de serviços que puxou as contratações em fevereiro com a abertura de 57.518 mil empregos continue a apresentar números positivos. Romão pondera que boa parte do ajuste foi realizado de outubro a janeiro. A previsão da LCA é de que serão criados 50 mil postos com carteira em março, número que corresponde a um quarto das 200 mil vagas geradas em igual período do ano passado.
O mercado de trabalho brasileiro, na avaliação de Antônio Marcos Ambrozio, do BNDES, está mais protegido dos impactos por conta de mudanças estruturais ocorridas na economia do País na década de 1990 e intensificadas pelo ciclo de crescimento experimentado no período de 2003 a 2008. (págs. 1, A4 e A5)
Lula prevê que o País sai logo da crise
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ontem que o Brasil foi o último país a entrar em crise e será o primeiro a sair. Lula atribuiu esta melhora aos sinais positivos como a retomada do consumo de gás natural, de energia elétrica e à reação do nível de emprego no mês passado, além do comportamento do comércio e o reaquecimento das vendas de automóveis.
Segundo Lula, o governo prepara algumas medidas para estimular a economia, como alterações na poupança, no ritmo das obras públicas e nos preços dos combustíveis. O presidente ponderou que, antes de baixar o preço da gasolina e do diesel, consultará as finanças da Petrobras porque a empresa é “importante para o superávit primário”. (págs. 1 e A7)
Justiça aceita a proposta da Embraer aos demitidos
A Embraer conseguiu ontem a sua primeira vitória na disputa travada com sindicatos por conta da demissão de 4.273 trabalhadores em fevereiro deste ano. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) aceitou a proposta da empresa, feita na audiência de conciliação do dia 13 de março, de pagar indenização de dois salários no valor equivalente ao aviso prévio e limitado a R$ 7 mil. A proposta não foi bem recebida pelos sindicatos, que estudam um recurso.
Os trabalhadores tiveram uma vitória, já que os magistrados consideraram a eficácia da liminar que suspendia as demissões até o dia 13 de março. Dessa forma a empresa terá de pagar os salários desde a demissão (20 de fevereiro) até o último dia 13. (págs. 1 e A12)
Opinião
Everardo Maciel: As leis que disciplinam o abuso de poder e a responsabilidade civil do Estado demandam aperfeiçoamentos. O que vigora é inócuo. (págs. 1 e A3)
Estoque reduzido faz preço externo da carne aumentar
A quebra de alguns frigoríficos disseminou desconfiança no mercado, mas contribuiu também para criar vantagens para aqueles que continuam operando. Desde janeiro, o valor da arroba do boi caiu 9% e o da carcaça, 2,4%. Ao mesmo tempo, os preços externos começaram a reagir com a queda dos estoques internacionais. Os importadores reclamam que não estão encontrando alguns cortes, como os de menor valor agregado, segundo Steffani Ursini, trader da Globe Brazil Export, que atua na exportação ao Oriente Médio. Ela conta que os preços neste mercado reagiram entre 10% e 13% na última semana. Segundo a Scot Consultoria, os preços de exportação também estão 6% mais altos na Rússia e 1,2% na União Europeia. (págs. 1 e B10)
Venda de carros cresce e volta aos níveis de março de 2008
Os 123.757 veículos vendidos na primeira quinzena deste mês superam em 4,44% o volume do mesmo período de março de 2008, que foi o ano recorde da indústria automobilística. O número de emplacamentos já é maior que a metade dos 230 mil estimados para o mês.
Este volume confirma a retomada da indústria automobilística, que espera fabricar 250 mil unidades em março e atingir no ano 2,9 milhões de veículos, mesmo patamar de 2007, segundo melhor ano do setor e número considerado bom pela indústria de autopeças. “É uma oportunidade para melhorar os processos de logística em toda a cadeia de produção e também aperfeiçoar o nível de eficiência dos processos produtivos”, diz Virgilio Cerutti, presidente da Magneti Marelli para o Mercosul. (págs. 1 e C5)
Mercado imobiliário: Balde de água fria no pacote que nem saiu
Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safaddy (foto), o governo desistiu do programa de moradias com metas para até 20 anos. Agora, pensa-se em lançar o que chamou de projeto emergencial para este ano, sem previsões nem para 2010. “Sinto que o projeto será algo improvisado e tenho dúvidas se haverá o fundo garantidor e desoneração de tributos.” (págs. 1 e E1)
Construção
Comércio de materiais recua 18,5%. (págs. 1 e C2)
Comunicação
Marketing cenográfico ignora a crise e cresce. (págs. 1 e C8)
Usiminas projeta ano difícil
A Usiminas prevê um ano difícil para o setor siderúrgico e o principal executivo da empresa, Marco Antônio Castello Branco, acredita na recuperação do mercado apenas no quarto trimestre. Apesar disso, a empresa vai investir R$ 3 bilhões este ano. (págs. 1 e C1)
Brasileiros bebem mais café
A demanda interna de café segue crescendo “acima da média”, avalia o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herzkowicz. Em 2008, o consumo per capita foi de quase 76 litros. (págs. 1 e B9)
BC dos EUA injetará mais US$ 1 trilhão na economia
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) anunciou ontem a injeção extra de US$ 1 trilhão no mercado hipotecário e nos títulos de longo prazo do Tesouro para reanimar a economia. Como esperado, o Fed manteve a taxa básica de juros virtualmente em zero. Mas, de surpresa, aumentou dramaticamente a quantidade de dinheiro que criará do nada para destravar os ainda congelados mercados de crédito, que limitaram os empréstimos para os consumidores e empresas.
De fato, o efeito imediato sobre os mercados de títulos foi impressionante, com os preços aumentando e os rendimentos caindo acentuadamente por conta das notícias. A medida também deu um impulso às ações. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,23%.
Todas as medidas do Fed vão além do que já foi uma expansão sem precedentes de empréstimos por parte da instituição. Desde setembro último, a autoridade monetária dobrou o tamanho do seu balanço, de US$ 900 bilhões para quase US$ 2 trilhões - mesmo antes da ação de ontem – principalmente com os esforços para salvar os mercados de crédito. (págs. 1 e B1)
Opinião
Thomas L. Friedman: Os bônus da AIG são pagos às pessoas que operavam um esquema de seguros que teria feito Bernie Madoff sorrir. (págs. 1 e A22)
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Estado de Minas
Manchete: Ministério Público abre guerra à farra do TRT em Minas
MP quer desmontar a manobra pela qual aprovados em concursos para faxineiros ou auxiliares de serviços gerais em prefeituras de Minas foram requisitados para cargos bem remunerados no tribunal. A Procuradoria Regional da República classifica a prática como ilegal e imoral. O parecer foi dado na ação que tramita no Tribunal Regional Federal, em Brasília. A Advocacia-Geral da União – em nome do TRT – recorreu ao TRF contra decisão da Justiça Federal que determinou a “devolução” de 343 servidores municipais do interior, premiados com funções comissionadas na Justiça Trabalhista. Muitos deles são parentes de juízes e outras autoridades. (págs. 1, 3 e 4)
Evocação à Justiça Suprema
O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello aponta supostos vícios de condução do processo sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, que poderiam acarretar sua nulidade. Os índios querem os limites em área contínua. (págs. 1 e 18)
Economia dá sinais de reação à crise
No Brasil, as boas notícias são a criação de mais de 9 mil empregos formais em fevereiro e indicativo de crescimento de até 5% da produção industrial paulista. E nos EUA, o aquecimento da construção civil e a alta do consumo. (págs. 1 e 28)
Risco de epidemia
Em BH, casos confirmados de dengue chegam a 753. (págs. 1 e 37)
Imposto de Renda
Receita vai intimar 1.470 suspeitos de sonegação. (págs. 1 e 29)
Até satélite militar dos EUA é pirateado
PF descobre em Minas e mais cinco estados grupo que usava sinais de satélites militares americanos para se comunicar. Um homem foi preso em Unaí, na Região Noroeste de MG. (págs. 1 e 38)
Monstro da Áustria assume crimes
Além do incesto, coação e estupro, Josef Fritzl confessou também o homicídio contra um dos sete filhos que teve com a própria filha. Agora pode pegar prisão perpétua. (págs. 1 e 31)
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Jornal do Commercio
Manchete: Crise ameaça até o reajuste do servidor
Lula atrelou o aumento à melhora do cenário econômico. Ele reconheceu o acordo com a categoria e disse que sua ideia é cumpri-lo, se o quadro for de normalidade. Reajuste para o funcionalismo federal está previsto para junho. (pág. 1)
Cresce a pressão para Petrobras baixar o preço da gasolina (pág. 1)
Conta de luz pode baixar até 2% pelos cálculos da Aneel (pág. 1)
Bloqueio de vagas na UFPE fica mais difícil (pág. 1)
Adeus a Clô
Morre o deputado Clodovil Hernandes. (pág. 1)
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