O Globo
Manchete: Gasolina no Brasil é até 33% mais cara
Queda no preço do petróleo não chegou ao consumidor
A queda no preço internacional do petróleo está fazendo com que o brasileiro pague uma gasolina entre 22% e 33% mais cara do que a vendida nos EUA. De julho do ano passado até agora, a cotação do barril caiu de US$ 145 pata US$ 49 (ontem). Os preços nas refinarias e nas bombas, no entanto, não recuaram. O último reajuste (alta) de combustível foi em maio de 2008. Se toda a diferença fosse eliminada, o valor do litro nos postos deveria cair entre 8% e 12%, ou seja, de R$ 0,20 a R$ 0,30, calculam especialistas em energia. Com o petróleo em alta, a Petrobras também segurou os preços e perdeu US$12,8 bilhões em receita desde 2005. Mas, nos últimos meses, já recuperou. A empresa admite que terá de reduzir os preços. (págs. 1 e 15)
Senado, uma casa com 136 diretores
Ao anunciar medidas para tentar neutralizar a onda de denúncias contra o senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), determinou o afastamento de todos os servidores com status de diretor: são 136 funcionários nessas condições, ou quase dois diretores para cada um dos 81 senadores. O Senado também deve rever a contratação dos terceirizados. (págs. 1 e 4)
Celular sem limite para filha de senador
O senador Tião Viana (PT) emprestou um celular do Senado, sem limite de gastos, à sua filha, que viajou para o México. Não disse que pagará. (págs. 1 e 3)
Obituário
Clodovil, o estilista das polêmicas, aos 71 anos após sofrer AVC (págs. 1 e 14)
Juíza apoia o ilegal. E daí?
Liminares impedem que prefeitura do Rio e governo do estado derrubem construções sem licença em favela e no asfalto
Uma juíza do Plantão Judiciário, Regina Lucia Passos, da 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca, concedeu duas liminares de madrugada, que colocam em xeque a ação do governo do estado e da prefeitura do Rio contra obras ilegais. A decisão judicial impediu a demolição de construções consideradas ilegais. O prédio conhecido como Minhocão da Rocinha e um minishopping construído às margens de um rio na Taquara caracterizado como um crime ambiental. O secretário municipal de urbanismo, Sérgio Dias, afirmou que a decisão é um incentivo às construções irregulares. Para o prefeito Eduardo Paes, a juíza tomou a decisão sem saber que o poder público já tinha agido. Paes lembrou que o proprietário do imóvel foi notificado e multado antes da ordem de demolição. A dona do Minhocão é Maria Clara Santos, conhecida como MC Boquinha, de 44 anos, e ligada ao vereador e líder comunitário da favela, Claudinho da Academia (PSDC), suspeito de compra de votos. Os advogados que assinaram o pedido de liminar foram nomeados e trabalham como comissionados no gabinete de Claudinho. No final da noite, eles deixaram o processo. (págs.1 e 10)
Racismo contra negro leva negra à prisão
Uma empregada doméstica negra foi presa no Espírito Santo e autuada por crime de racismo contra um motorista também negro. Ela subiu no ônibus e, após uma discussão com o motorista, teria dito: "Só podia ter sido um preto para fazer uma coisa dessas." O advogado da doméstica negou a ofensa. (págs. 1 e 9)
Camisinha pode agravar Aids, diz Papa
Em sua primeira visita à África, continente que concentra dois terços das pessoas contaminadas pelo vírus HIV no mundo, o Papa Bento XVI disse que a distribuição de camisinhas não resolve o problema da Aids, e "pelo contrário, pode até agravá-lo”. Ele pregou o despertar espiritual. (págs. 1 e 24)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Chuvas alaga SP, para trens e causa recorde de trânsito
Congestionamento chegou a 20 KM; cidade teve 60 pontos de alagamento
Em três horas de chuva, a região metropolitana de São Paulo teve recorde de congestionamento, dezenas de pontos de alagamento, falta de luz e desabamento. Havia 201 KM de vias paradas. Ás 19h. A interdição da via Anchieta, a desativação da linha de trem que liga São Paulo ao ABC e a operação em velocidade reduzida do metrô complicaram ainda mais os deslocamento. Passageiros chegaram a subir no teto dos ônibus ilhados em busca de socorro. Em São Bernardo do Campo, carros recém-fabricados que estavam no pátio da Ford ficaram submersos. No Ipiranga (zona sul da capital), três barracos desabara, sem deixar vitimas. A Prefeitura de SP gastou mia em publicidade que em prevenção a enchentes. Até 15 de março, foram R$ 22,3 milhões em anúncios, 42,8% do previsto para o ano, contra R$ 17 milhões, 5% do total para inundações. A prefeitura diz que parte da publicidade foi usada para prevenir as enchentes. (Págs.1 e Cotidiano)
Sarney determina que diretores do Senado se afastem
Pressionado por uma série de denúncias contra o Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ordenou que todos os diretores, parte deles indicados pelo próprio Sarney. Ele afirmou que vai anunciar hoje uma reforma administrativa na tentativa de estancar as acusações. (Págs.1 e A7)
600 militares buscam 7 fuzis roubados
A operação do Exército no Vale do Paraíba para recuperar os sete fuzis roubados de um quartel em Caçapava (SP) ganha hoje o reforço de mais 80 a 100 militares. No total efetivo empregado na ação ultrapassará 600 homens. A mobilização conta também com dois helicóptero com dois blindados usados em zonas de guerra. Até agora, só foram recuperados um cinto e uma baioneta, levados com os fuzis. Segundo oficiais, é quase certa a participação de um ex-militar no roubo. (Págs.1 e C9)
Reserva indígena terá disputa por indenizações
Quando terminar o julgamento sobre a demarcação da reserva indígena Raposa /Serra do Sol (RR), que será retomado hoje no STF, começará a batalha sobre o valor das indenizações. Os arrozeiros que atuam na reserva querem R$ 80 milhões –a Funai disponibilizou até agora R$ 12 milhões. O Supremo deve confirmar a demarcação contínua. (Págs. 1 e A8)
‘Contribuição ao partido’ estavam entre os papes de Dantas, diz PF
A Operação Satiagraha apreendeu no apartamento de Daniel Dantas, no Rio, papéis citando “contribuições ao partido” de R$ 30,4 milhões, informa Rubens Valente. O auto de infração da PF não diz qual partido. Dantas e o Opportunity não figuram nas listas oficiais de doadores em nenhuma das principais eleições do país desde a criação do banco, em 1996. O grupo afirma que Dantas “não reconhece” os papéis. (Págs.1 e A4)
Secretário da Segurança do governo Serra deixa cargo
O secretário da Segurança Pública de SP, Ronaldo Marzagão, pediu demissão do cargo, que ocupava desde o início da gestão José Serra (PSDB). O governador aceitou o pedido. Marzagão alegou motivos pessoais. Contribuiu para a saída desgastante após acusações contra seu ex-secretário-adjunto. (Págs. 1 e A4)
Após derrame, Clodovil morre em Brasília aos 71 anos
O estilista, apresentador de televisão e deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP), morreu ontem, em Brasília, dois dias após sofrer derrame cerebral hemorrágico. Terceiro deputado mais votado de SP no último pleito, Clodovil começou a trabalhar com moda nos anos 50. Em 1980, iniciou carreira na TV. Ao longo dos anos, notabilizou-se pelo estilo polêmico. (Págs. 1 e C10)
Editoriais
Leia “Caderneta em disputa”, sobre mudança na poupança; e “Nada novo sob o sol”, acerca de escândalos no Senado. (Págs 1 e 2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Congresso vai limitar poder das MPs
Medidas provisórias não devem mais trancar a pauta de votação, decidem Sarney e Temer
Os presidentes da Câmara e do Senado decidiram que as medidas provisórias não vão mais trancar toda a pauta de votação. Na prática, a decisão limita o poder do presidente da República de impor a agenda ao Congresso, liberando os parlamentares para discutir e votar projetos que não são necessariamente do interesse do Planalto. A decisão também vai elevar o poder do PMDB na formatação da agenda política, porque o partido comanda o Legislativo.A interpretação dada aos artigos da Constituição para fazer com que as MPs não tranquem mais a pauta de votação foi selada em reunião entre os peemedebistas José Sarney, presidente do Senado, Michel Temer, presidente da Câmara, e Nelson Jobim, ministro da Defesa. Jobim, que já presidiu o Supremo Tribunal Federal, ajudou a embasar a tese de que as MPs só impedirão, a partir de agora, a votação de projetos de lei, e não de emendas constitucionais, projetos de lei complementar, projetos de decreto legislativo e resoluções. O DEM, que defende a redução de MPs, chamou a decisão de “arbitrária". (págs. 1 e A4)
Frase
Michel Temer
Presidente da Câmara
"O que pretendo é levantar a cabeça do Legislativo" (pág.1)
Estados vão pressionar para ter dívida renegociada
Governadores e prefeitos vão cobrar do governo federal nova renegociação das dívidas com a União, antes mesmo da confirmação da queda dos juros prevista para os próximos meses. Em ao menos 13 das 27 unidades da federação já se discute como fazer a repactuação, como ocorreu em 1997. (págs. 1 e A10
Procura por crédito cai 4,2% em fevereiro
A procura de crédito por pessoas físicas e jurídicas caiu 4,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2008, mostra pesquisa da Serasa Experian. Entre as empresas, a retração foi de 4,4%. Já entre os consumidores que recebem até R$ 500 mensais, a demanda por crédito recuou 9,9% . (págs. 1 e B1)
Clodovil morre aos 71 anos
Ex-estilista e deputado não resistiu às consequências de um AVC. (págs. 1 e A7)
Policiais culpam governo por conflito
O inquérito que deveria apontar os responsáveis pelo confronto entre a Polícia Civil e a PM ocorrido em outubro nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes serve de objeto, na verdade, para críticas à cúpula da Polícia Militar e ao governo de São Paulo, informa o repórter Marcelo Godoy. Nos depoimentos colhidos pela Corregedoria da Polícia Civil, tanto policiais civis quanto soldados PMs se eximem de culpa. Oficiais da PM ficaram indignados com o inquérito, que mostra os policiais civis como vítimas e os militares como averiguados. Lembram que os civis foram armados para um protesto diante da sede do governo estadual. (págs. 1 e Cl)
Número
40 policiais civil foram ouvidos no inquérito sobre o conflito de outubro (pág.1)
Na África, papa diz que camisinha só piora a aids
Em sua primeira viagem à África, onde a aids já matou 25 milhões de pessoas, o papa Bento XVI reafirmou ontem a oposição da Igreja ao uso de preservativos contra a doença. Segundo ele, a camisinha “só aumenta o problema", cuja solução passa primeiro pela "humanização da sexualidade". (págs. 1 e A16)
Rússia reage à Otan e investe em armas em 'larga escala'
O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou que rearmará as Forças Armadas do país e renovará seu arsenal nuclear a partir de 2011. A medida, segundo ele, foi tomada em resposta à expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para perto das fronteiras russas e à ameaça do terrorismo internacional. (págs. 1 e A12)
Notas e informações - Chavéz cumpre sua palavra
Vencido o referendo de fevereiro, que possibilitou sua reeleição indefinida, o caudilho anunciara que sua próxima etapa seria o aprofundamento e a ampliação da "revolução bolivariana". Dito e feito. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Beltrame expõe crise na polícia
Secretário de Segurança cobra do governo o aumento de salário para policiais e nega-se a combater duplo emprego
Em depoimento na Assembleia Legislativa, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, criticou os baixos salários pagos aos policiais pelo governo do estado e anunciou uma espécie de greve branca: "Serei suficientemente sincero para afirmar que não combaterei o bico (duplo emprego) dos policiais, enquanto o estado não remunerar melhor os profissionais de segurança". Ao assumir, o governador Sérgio Cabral havia prometido reajuste. (pág. 1 e Cidade, pág. A11)
Sociedade aberta - Candido Mendes
Encontro de Lula e Obama não abriu debate político. (págs. 1 e A9)
Sarney afasta 131 diretores
O presidente do Senado, José Sarney, determinou que todos os 131 diretores da Casa coloquem o cargo à disposição. Quer estancar a série de denúncias contra o Senado, a exemplo do pagamento de R$ 6,2 milhões de horas extras para 3.883 servidores no recesso de janeiro. (pág. 1 e País, pág. A6)
Novas regras não esvaziam poupança
As mudanças que deverão ocorrer no cálculo da caderneta de poupança não trarão prejuízos a quem tem dinheiro depositado, mesmo que possam diminuir a remuneração. Segundo especialistas, o governo vai atuar apenas para proteger a rentabilidade dos títulos públicos, que lastreiam os fundos de renda fixa, e evitar queda na arrecadação do Imposto de Renda. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)
Clodovil, 71 anos, sai de cena
Vítima de derrame segunda-feira, o deputado federal Clodovil Hernandes morreu ontem em Brasília. Clodovil, que se destacou na alta costura e trabalhou 45 anos em televisão, foi adotado por um casal espanhol e nunca conheceu os pais verdadeiros. (pág. 1 e País, pág. A5)
Sociedade aberta - Alexandre Farah
Envolver governos no caso Sean é um erro no processo. (págs. 1 e A21)
Veneno pode deter metástase
Uma proteína encontrada no veneno das serpentes pode ser a chave para deter a metástase. Cientistas da Uerj descobriram que a desintegrina interrompe a ativação de células do melanoma - um agressivo tipo de câncer de pele. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)
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Correio Braziliense
Manchete: Faxina no Senado degola 131 figurões
Sob intensa pressão por causa da avalanche de denúncias de malversação de recursos públicos na Casa, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), exigiu ontem que todos os servidores com cargos de direção deixem os postos imediatamente. A situação de cada um será examinada pela Presidência e muitas das vagas que compõem a cúpula administrativa correm sério risco de extinção.
A Fundação Getúlio Vargas fará uma ampla auditoria em todos os contratos e pagamentos e vai elaborar um projeto de reforma nas rotinas burocráticas do Senado. Sarney anda irritado com a sucessão de escândalos e pretende tomar as rédeas da crise sobre a qual a Casa patina. (págs. 1 e 4)
Enquanto isso, na Câmara, a farra do auxílio-moradia continua (págs. 1 e 2)
Clodovil sai de cena
Famoso pelos comentários ferinos, o estilista e deputado eleito em 2006 com a terceira maior votação em São Paulo não resistiu ao AVC hemorrágico que sofreu na segunda-feira. Morreu ontem, às 18h45, em Brasília. (págs. 1 e 5)
Prioridade ao reajuste de militares
O governo avalia a possibilidade de dar um tratamento diferenciado no reajuste a servidores civis e militares, ameaçado pela crise. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, tenta alertar o colega Paulo Bernardo e o presidente Lula sobre a reação dos quartéis se o aumento for abortado. (págs. 1 e 13)
PDOT - Projeto que ordena o DF é aprovado
Por 18 votos favoráveis, a Câmara Legislativa aprovou ontem o Plano Diretor de Ordenamento Territorial. O governo tem 15 dias para sancionar o projeto que regulariza condomínios e outras áreas. (págs. 1 e 7)
Juro baixo vai afetar aplicações
Taxa básica de juros a 9,75% ao ano, esperada para junho, porá o Brasil no grupo de países em que os investidores obtêm muito pouco ganho financeiro ao deixar dinheiro aplicado em títulos públicos, poupança ou CDBs. Analistas preveem dificuldades até para fundos de pensão. (pág. 1 e Tema do dia, pág. 11)
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Valor Econômico
Manchete: Novo pacote busca reduzir spreads e assegurar crédito
O governo já tem um desenho do pacote de medidas, que deve ser divulgado em breve, para reduzir o spread e desobstruir o crédito bancário. As principais propostas em discussão são: o Banco Central assumirá a regulação dos cartões de crédito, a Caixa Econômica estimulará fusões e aquisições de bancos pequenos, a Caixapar, que será constituída com patrimônio de R$ 3 bilhões, vai adquirir participações em bancos médios e provê-los de funding para que possam voltar a emprestar e o BNDES poderá operar um sistema de seguro de crédito. Avalia-se a possibilidade de o BNDE5 usar, para isso, o Fundo Garantidor de Promoção da Competitividade (FGPC).
Essas são algumas das sugestões do grupo de trabalho criado pelo governo para apontar soluções para a baixa dos spreads e retomada do crédito, necessários à reativação da economia.
A CEF e o Banco do Brasil devem assinar, nesta semana, um convênio com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) se comprometendo a conceder isenção de tarifas bancárias e juros menores para os cerca de 5OO mil clientes potenciais que a central tem como associados.
"Vamos jogar pesado na concorrência", adiantou uma fonte qualificada do governo. A ideia é estender a todas as entidades organizadas a possibilidade de assinar convênios dessa natureza, atraindo clientes para os bancos públicos. Com isso, espera-se induzir os grandes bancos privados a também reduzira custo do dinheiro.
O segmento de cartões de crédito vive num limbo regulatório e o governo não vê razão para as administradoras cobrarem juros de 7%, 8% até 9% ao mês. Hoje, o BC desconhece as taxas de juros e os spreads cobrados pelos cartões. Desse setor, a autoridade monetária conhece apenas os volumes emprestados, que chegam a R$ 75 bilhões. Estando sob sua regulação, o mínimo que o BC poderá fazer é dar transparência aos dados das administradoras.
Com a compra de participações minoritárias e posterior capitalização de bancos médios, como a CEF pretende fazer, o governo espera que essas instituições voltem a operar com as médias empresas, no crédito consignado e de veículos usados e motos, áreas que ficaram órfãs do crédito na crise atual. (págs. 1 e C1)
Combate à pobreza na África é objetivo de Lula após 2010
A eleição de um afrodescendente, Barack Obama, para a presidência dos Estados Unidos e seu interesse em fazer gestos positivos em direção ao continente reforçou o desejo do presidente Lula de criar um instituto de combate à pobreza na África quando deixar o governo, em 2011. A iniciativa já foi tema de conversas com empresários interessados em financiar o projeto. "Ele está testando a receptividade à ideia, que é reveladora do gosto que tomou pela política externa", avalia seu assessor internacional, Marco Aurélio Garcia.
Em seu encontro com Obama, Lula mencionou as oportunidades conjuntas para o Brasil e os Estados Unidos na África, em projetos de pesquisa, produção e comercialização de etanol. (págs. 1 e A11)
Preço para diálogo Sadia-Perdigão
Questões de preço e de família. Foram esses os fatores que paralisaram as negociações entre Sadia e Perdigão, iniciadas em janeiro. Os diálogos podem até ser retomados, mas fontes próximas à Perdigão argumentam que só voltam a conversar se a Sadia reduzir suas condições.
As famílias que hoje comandam a Sadia queriam uma participação maior do que a Perdigão julga adequada na empresa que surgiria da união dos negócios, por meio de uma troca de ações. No modelo pensado inicialmente, o BNDES capitalizaria a Perdigão.
As dificuldades financeiras da Sadia são o fator de pressão que pode facilitar a venda, segundo os interessados. Analistas estimam que a dívida de curto prazo, que vence em grande parte até setembro, some R$ 3,5 bilhões.
Antes de chegar a um consenso sobre o preço numa negociação externa, a direção da Sadia precisa acomodar o interesse de 64 signatários de um complexo acordo de acionistas, divididos em seis grupos organizados e distintos. Enquanto isso, a companhia deve apresentar, na sexta-feira da próxima semana, um balanço que, segundo analistas, pode ser o pior de sua história. (págs. 1, D1 e D2)
Santos Dumont muda planos no setor aéreo
Em um ano morno para a aviação comercial, no melhor dos cenários, companhias aéreas aproveitam a porta aberta agora no aeroporto Santos Dumont. Mesmo com risco de demanda baixa em 2009, já há quem se movimente para conseguir mais aviões e, assim, ocupar espaço no aeroporto central do Rio de Janeiro. Os slots (espaços para pousos e decolagens) já foram distribuídos pela Anac. O presidente da Webjet, Wagner Ferreira, que havia suspendido a compra de cinco aviões da Boeing, negocia o recebimento de três até junho. (págs. 1 e Bl)
Investidores perdem com clubes fictícios
A Agente BR Assessoria, ligada à corretora de câmbio de mesmo nome, atraiu clientes com promessas de retornos polpudos em clubes de investimento que não estava autorizada a oferecer. A aplicação mínima variava de R$ 10 mil a R$ 30 mil, conforme a carteira. A venda era feita por indicação de amigos, principalmente entre profissionais liberais. A corretora e a assessoria foram liquidadas no início de janeiro pelo Banco Central. Há indicações de que não há registro dos clubes, de suas operações e nem dos investidores. (págs. 1 e D2)
Ideias
Martin Wolf: há boas razões para esperar grandes aumentos do endividamento público em todo o mundo. (págs. 1 e A25)
Rosângela Bittar: é voluntarismo exacerbado o que se vê, de fora das rodas mineiras, nas ações de Aécio Neves. (págs. 1 e A11)
Demanda por crédito de empresas e consumidores cai mais de 10% (págs. 1 e C2)
Bridgestone lança PDV
Após negociação com o sindicato da categoria, a fabricante de pneus Bridgestone aceitou abrir um plano de demissões voluntárias aos trabalhadores da unidade de Santo André (SP), que emprega 3,3 mil pessoas. (págs. 1 e A7)
Preços desaceleram nos EUA
Os preços do atacado nos EUA aumentaram 0,1% em fevereiro, menos que o 0,4% esperado pelos analistas e muito abaixo do 0,8% de janeiro. O núcleo da inflação - excluídos alimentos e energia - subiu 0,2%. Os preços dos computadores caíram 4,5%, a maior redução desde janeiro de 2005. (págs. 1 e Al3)
Crise na siderurgia
A produção brasileira de aço bruto em fevereiro caiu 39% em relação a igual período de 2008. No bimestre, a queda foi de 42,4%. As vendas internas no mês passado também caíram para 47,2%. Os dois indicadores mostram pequena recuperação ante janeiro. (págs. 1 e Bl)
Comércio eletrônico
As compras de bens de consumo pela internet somaram RS 8,2 bilhões no ano passado, com crescimento de 30% em relação a 2007. Pelo menos 13,2 milhões de brasileiros já fizeram ao menos uma compra on-line. (págs. 1 e B2)
Argentina estatiza a AMC
O governo argentino anunciou ontem a intenção de renacionalizar a indústria aeronáutica Área Material Córdoba (AMC), privatizada em 1995 à americana Lockheed Martin. A decisão abre caminho para uma futura parceria com a Embraer. (págs. 1 e B6)
Suínos para a Rússia
Exportadores catarinenses de carne suína comemoraram a reabertura do mercado russo aos frigoríficos do Estado. As vendas estavam suspensas desde o fim de 2005. A expectativa é exportar até 150 mil toneladas neste ano. (págs. 1 e B12)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Crise de credibilidade ronda setor imobiliário
Nos últimos dois anos, as expectativas de crescimento levaram a uma acirrada competição por bons espaços nas grandes capitais do País, transformando incorporadoras e construtoras, antes só empresas de serviços, em compulsivas investidoras do mercado de terras. Como resultado, só a Gafisa tem um estoque estimado em R$ 17,8 bilhões. O problema é que com a crise acabaram-se as promessas de bons negócios e, hoje, executivos enfrentam uma realidade sombria: não sendo possível prever a demanda, muito menos transformar os terrenos em capital de giro, como manter as taxas de crescimento para 2009 e remunerar os acionistas?
A resposta não é fácil, especialmente quando as companhias ainda estão engolindo o impacto da nova lei contábil (nº 11.638, de 28/12/2007), que devorou alguns milhões do lucro de várias delas. “Já vivemos uma crise de credibilidade no setor financeiro e corremos o risco de enfrentar uma nova crise de credibilidade no mercado imobiliário”, diz Thomaz Assumpção, presidente da consultoria Urban Systems Brasil.
A estratégia das empresas confirma essa realidade. Nos meses de novembro e dezembro do ano passado, a Gafisa trabalhou com um período de pré-reservas mais longo em seus empreendimentos, na tentativa de prever a aceitação do mercado. “Essa é uma estratégia efetiva”, disse Antonio Carlos Ferreira, diretor de incorporação da empresa, em teleconferência a analistas do mercado financeiro.
A rede de imobiliárias Brasil Brokers também notou essa tendência. “Antes, os incorporadores não olhavam direito o mercado e já partiam para a comercialização”, conta Álvaro Soares, diretor financeiro e de relações com investidores da Brasil Brokers. Hoje, empresas esperam até alcançar uma reserva de 50% para lançar os projetos. (págs. 1 e C9)
Crédito continua inacessível, diz CNI
A falta de liquidez na economia representa o principal entrave para reduzir os efeitos da crise, na avaliação de Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esta falta de fluidez do crédito afeta principalmente as pequenas e médias empresas, diz ele. “O crédito continua inacessível. Quando existe, é curto e caro”, resume o presidente da CNI.
Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o governo terá de destravar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tirar do papel o Fundo Garantidor. Mesmo com estas medidas, dificilmente a expansão da economia deverá ultrapassar 1%. Belluzzo considera inevitável uma alteração da taxa de rentabilidade da caderneta de poupança. “Não é mexer na taxa, é ajustar, porque não dá para a poupança concorrer com a Selic”, afirma o economista.
O economista Roberto Troster, sócio da Integral Trust, afirma que “o governo está tratando a crise como se fosse uma questão de psicologia social”. Para Troster, o modelo de política econômica estava esgotado e a economia brasileira já apresentava desaceleração antes do agravamento da crise em setembro do ano passado.
De acordo com o economista, depois do erro de avaliação do governo, o desempenho em 2009 caiu para segundo plano e o importante é se concentrar no crescimento de 2010 e 2011. (págs. 1, A7 e A8)
Desaceleração chega aos estados do NE
Os estados industrializados receberam o maior impacto da crise, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A retração da atividade, registrada principalmente na região Sudeste, foi responsável por 55% das demissões de janeiro. Os cortes de pessoal se concentraram em São Paulo e Minas Gerais. No Nordeste, a retração chegou com relativo atraso porque o peso da indústria é menor, mas estados como Pernambuco e Ceará começam a apresentar sinais de desaceleração. (págs. 1 e A4)
Foto-legenda: Oportunidade de investimento
O ex-banqueiro André Esteves, ex-UBS e atual sócio da BTG Investments, não se mostra pessimista com a crise e vê o momento como oportunidade de investimento. “A estratégia da gestora é crescer organicamente, mas olharemos a possibilidade de compra de outras instituições.” (págs. 1 e B1)
Petrobras estuda substituir dutos por navios de GNL no pré-sal
O escoamento do gás retirado de campos de petróleo do pré-sal pode ser feito por meio de navios de GNL (gás natural liquefeito), o que faria com que a Petrobras, principal detentora dos poços gigantes no litoral brasileiro, deixasse de investir pesadamente na expansão da malha de gasodutos. Essa nova estratégia ainda está em discussão dentro da estatal, mas foi apresentada ontem pela diretora de gás e energia da empresa, Graça Foster, que divulgou detalhes sobre o novo terminal de regaseificação da empresa na Baía da Guanabara (RJ), que será inaugurado hoje pelo presidente Lula.
“Vamos ter que tirar a paixão e usar a racionalidade”, disse Graça, para quem a decisão de substituir projetos para instalação de gasodutos por navios de GNL será “puramente comercial”. “Quando as reservas dos campos acabam, os dutos ficam sem utilidade”, justifica a diretora. (págs. 1 e C1)
Opinião
Ariverson Feltrin: A Petrobras é a joia da coroa que todos querem: ano passado, num único concurso, atraiu meio milhão de candidatos para 2,6 mil vagas. (págs. 1 e A3)
Suape terá suporte técnico indiano
O grupo indiano Reliance assinou este ano um acordo de cooperação técnica com a Petrobras pelo qual 18 técnicos da Reliance darão suporte no desenvolvimento da Companhia Petroquímica de Pernambuco. (págs. 1 e C6)
Não existe pacote para frigoríficos
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, negou que exista um pacote de ajuda aos frigoríficos. O que o setor quer é acesso às linhas de crédito, liberação de créditos de imposto e isenção de PIS e Cofins. (págs. 1 e B9)
Novos produtos da Fort Dodge
A Fort Dodge está entrando no mercado brasileiro de suplementos nutricionais para equinos, do qual quer obter 12% de market share já no primeiro ano. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Fusão
Sadia e Perdigão divergem sobre associação. (págs. 1 e B10)
Comunicação
M&C Saatchi, agência de Hamilton-Jones, vê no Brasil trilha para crescer na AL. (págs. 1 e C10)
G20 avalia modelo espanhol contra calote
Regulamentação mais rigorosa, maior transparência e uma firme fiscalização são tópicos que estarão no centro das questões a serem discutidas pelo G20 (grupo dos países mais ricos e de alguns emergentes, entre eles o Brasil) no dia 2 de abril, em Londres. O G20 iniciou debates em novembro a fim de encontrar soluções para a crise e o que se espera é que na próxima reunião já defina algumas orientações.
Fontes do mercado financeiro brasileiro informam que uma das diretrizes que poderá recomendar é a utilização do sistema espanhol de provisões anticíclicas contra crédito de liquidação duvidosa que, inclusive, já estaria em teste informal no setor bancário do País, em atenção a um pedido, também informal, do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles.
O modelo tem sido elogiado pelos grupos de discussão do G20 e um dos seus maiores entusiastas é o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown. Ele consiste em elevar as reservas contra o calote em momentos de aquecimento da demanda por crédito, assumindo que no futuro o crescimento se reverterá e um cenário mais adverso que poderá gerar maiores perdas com inadimplência, diz Luis Miguel Santacreu, economista da Austin Rating.
Na prática, toda vez que as contratações de financiamentos ultrapassam uma determinada média - o que implica mais riscos futuros - o BC espanhol aciona o modelo, o que reduz o apetite dos bancos por aumentar ativos de crédito e protege o sistema dos ciclos econômicos.
Segundo as fontes, Meirelles estaria convencido de que o modelo tem enorme chance de virar referência para o sistema financeiro mundial. Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban, diz que a informação de uma eventual orientação de Meirelles não chegou à entidade e que o aumento das provisões dos bancos brasileiros no último trimestre do ano passado foi uma estratégia preventiva. (págs. 1 e B1)
Estados Unidos
Construção de casas tem alta de 22,2%. (págs. 1 e A12)
México anuncia retaliação contra os EUA
O governo do México, descontente com o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), anunciou a implementação de tarifas alfandegárias referentes a 90 produtos de seu principal parceiro comercial, no valor de até US$ 2,4 bilhões.
A reação do governo norte-americano foi rápida, mas confusa: o presidente Barack Obama deu instruções ao Departamento de Transportes para encontrar outra solução provisória, mas a sugerida já vigorava como um piloto desde 2007.
Nessa onda de adoção de medidas protecionistas, ontem, o Banco Mundial divulgou um levantamento no qual 17 dos 20 membros do G20 cederam ao protecionismo, com medidas, em geral, de alcance limitado. (págs. 1 e A13)
Chávez quer reajustar gasolina
A crise do petróleo fez o presidente venezuelano Hugo Chávez levantar a possibilidade de elevar, após 13 anos sem alteração, o preço da gasolina no país, que hoje é vendida pelo valor irrisório de US$ 0,04 o litro. (págs. 1 e C2)
Opinião
David Brooks: O presidente Obama fala com paixão sobre reformas dos sistemas de ensino e da saúde, mas está estranhamente distante da crise bancária. (págs. 1 e A14)
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Estado de Minas
Manchete: TRT tira parentes da faxina e põe no alto escalão
Uma manobra possibilitou que mais de 300 pessoas selecionadas por cidades do interior para faxineiros, copeiros e auxiliares de serviços gerais ganhassem funções comissionadas no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais. Pelo menos 94 são familiares de juízes e outras autoridades. Os salários podem chegar a R$ 10 mil. O esquema foi denunciado pelo Ministério Público e a Justiça Federal determinou a demissão de todos esses servidores. O caso foi parar no Tribunal Regional Federal em Brasília. (pág. 1)
Vassourada no Senado
Pressionado, Sarney exige que 131 diretores entreguem cargos. (pág. 1)
Poupança
Governo encara sinuca de bico. (pág. 1)
Sonegação
Fraude de R$ 100 milhões em MG. (pág. 1)
Clodovil sai de cena
Morre aos 71 anos o estilista e deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP), vítima de acidente vascular cerebral (AVC). (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Acidente destrói mais uma família
Um dia após seis mortes em Joaquim Nabuco, outro acidente, em Lagoa Grande, matou mais seis pessoas e feriu nove, quase todas da mesma família. Grupo ia ao velório de um parente, em Araripina. (pág. 1)
Turbulência econômica derruba a procura por financiamentos (pág. 1)
Clodovil perde a luta contra a morte (pág. 1)
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