10 de março de 2009
O Globo
Manchete: Justiça bloqueia os bens de grupo que representa MST
Entidade recebeu R$ 3,8 milhões do MEC e não prestou contas
O juiz da 14ª Vara Cível Federal em São Paulo, José Carlos Francisco, determinou o bloqueio dos bens da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), o braço formal do MST, que nem CGC tem. A denúncia do Ministério Público, de Improbidade administrativa, é sobre suposto desvio de verba de R$ 3,8 milhões repassada em 2004 pelo Programa Brasil Alfabetizado, do governo federal, para a Anca. O dinheiro, porém, foi parar nas mãos de secretarias regionais do MST. Auditoria do TCU encontrou uma série de irregularidades, como falta de comprovação do dinheiro para cursos, inexistência de notas fiscais e de fiscalização, conforme mostrou reportagem do GLOBO domingo. A ação foi protocolada pelo MPF na quarta-feira passada, e o juiz deu dois dias depois a liminar, fato tornado público ontem. Na decisão, o juiz não descarta responsabilizar o MST e a União neste caso por suposta falta de fiscalização. Á Anca disse que só se manifestará após ser notificada da decisão judicial. (págs. 1, 3 e 4, e editorial "Seguir adiante")
Dilma e Lula dão presente a mulheres
Ao participar de seminário em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a ministra Dilma Rousseff adaptou o discurso e disse que dará prioridade a elas na concessão de financiamentos do pacote habitacional. Vinte e seis prefeitos de capitais aceitaram reduzir o ISS e o ITBI dos projetos. (págs. 1 e 20)
O presidente Lula anunciou que vai transformar em ministério a atual Secretaria Especial das Mulheres. (págs. 1 e 9)
Foto lengenda - Dia Internacional da Mulher
Mulheres da Via Campesina no prédio do Ministério da Agricultura, invadido pelas manifestantes, que também fizeram protestos pelo país todo, destruindo inclusive madeira da Aracruz Celulose no Espírito Santo e entrando em confronto com a polícia em Pernambuco (pág. 1)
Petrobras suspeita que lucro 'vazou'
A Petrobras vai investigar se houve vazamento de informações sobre os resultados do quarto trimestre do ano de 2008, divulgados na última sexta-feira. A CVM acompanha a oscilação dos papéis. (págs. 1 e 23)
Câmara vai prorrogar CPI do Grampo para investigar Protógenes (págs. 1 e 8)
Renan dá obra a Collor e verba a escudeiro
Após dar ao ex-presidente Collor a comissão que acompanhará obras do PAC, o líder do PMDB, Renan Calheiros, entregou a Comissão de Orçamento do Congresso a Almeida Lima, seu escudeiro no processo em que escapou da cassação. (págs. 1 e 8)
Vendas na indústria caem 13,4%
Em janeiro, o faturamento na indústria registrou a maior queda desde 2003: 13,4% em relação ao mesmo mês de 2008. A expectativa é que essa retração force baixa maior dos juros. (págs. 1, 17 e Míriam Leitão)
Obama autoriza pesquisa de embrião
O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou ontem um decreto pondo fim à proibição de financiamento federal para pesquisas médicas com células-tronco tiradas de embriões humanos, imposta por George W. Bush em 2001. Obama disse que decisões sobre ciência devem ser pautadas por fatos e não por ideologia. Ele prometeu levar os EUA à liderança da área. (págs. 1 e 27)
Coreia do Norte ameaça com guerra
A Coreia do Norte pôs as Forças Armadas em "alerta total para combate" e ameaçou Coreia do Sul, Japão e EUA se houver interferência no lançamento de um satélite, suspeito de ser um míssil de longo alcance. (págs. 1 e 25)
A máquina de lavar, o Papa e a pílula
O Vaticano disse que a máquina de lavar pode ter feito mais pela liberação da mulher do que a pílula ou o direito de trabalhar. (págs. 1 e 26)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Senado paga R$ 6 mi em horas extras no recesso
3.883 funcionários da Casa foram contemplados com o beneficio
O Senado pagou pelos menos R$ ,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionário em janeiro, mês em que a Casa estava em recesso e não houve atividade parlamentar, informam Adriano Ceolin e Andreza Matais. A autorização do pagamento foi feita pelo senador Efraim Morais (DEM-PB), três dias antes de ele deixar a primeira-secretária da Mesa do Senado, órgão que administra a Casa. Além do pagamento, a hora extra foi reajustada em 111% -o limite foi de R$ 2,5642,93. A Casa confirmou a despesa de R$ 6,2 milhões com horas extras em janeiro. Mas, segundo o Siafi (Sistema de acompanhamento de gastos do governo), o valor chegou a R$ 8 milhões. Segundo o senado, os servidores trabalharam além do expediente normal em janeiro. Presidente do Senado até janeiro, Garibalde Alves (PMDB-RN) disse que não foi consultado a respeito; “Realmente não sei como justificar isso”. Enfraim não foi localizado. (Págs.1 e A8)
Equipe da fazenda já reduz estimativa de crescimento
Técnicos do Ministério internamente que a alta do PIB bo ano deverá ser de 2,5%, ante os 4% citados como meta pelo ministro Mantega (Págs.1 e B1)
Petrobrás decide apuarar suposto vazamento de dados do balanço
A Petrobrás abriu investigação, interna para apurar o possível vazamento de dados do balanço da companhia, divulgado oficialmente na noite da última sexta; Segundo o balanço, o lucro da estatal foi de R$ 33,9 bilhões no ano passado, com alta de 58% em relação a 2007. O resultado foi anunciado após o fechamento das Bolsas, como determina a Comissão de Valores Mobiliários. No mercado, porém, havia a informação de que analistas tiveram acesso prévio ao balanço. (Págs.1 e B3)
Obama libera uso de verbas para estudo com células-tronco
O presidente Barack Obama derrubou o veto ao uso de fundos federais do EUA em pesquisas com cèlulas-troncos embrionárias, que podem se converter praticamente em qualquer tecido. “Devemos tomar decisões cientificas baseadas em fato, não em ideologia”, disse. Ele assinou ordem executiva determinando que decisões do governo relativa a fundos para pesquisas não podem levar em conta ideologia ou orientação religiosa. (Págs.1 e A15)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Sem-terra fazem invasões e depredações em 8 Estados
Protesto reúne 6,5 mil militantes; CNJ terá fórum para questões agrárias
O grupo de sem-terra Via Campesina promoveu ontem uma série de ações em oito Estados e no Distrito Federal, com 6,5 mil militantes, a maioria mulheres. Elas invadiram o Ministério da Agricultura, em Brasília, e um escritório do Instituto de Terras de São Paulo, em Presidente Prudente, além de fazendas, uma usina e duas empresas de celulose. O protesto, que aproveitou o Dia Internacional da Mulher, era contra o agronegócio, a falta de recursos para a agricultura familiar e o atraso na reforma agrária.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, anunciou um fórum no Conselho Nacional de Justiça para acompanhar as ações sobre reforma agrária. Ainda ontem, a Justiça bloqueou os bens de entidade que dá fachada ao MST, suspeita de desviar verba federal para alfabetização. (págs. 1 e A4 a A6)
O estilo fashion-campesino
As mulheres da Via Campesina foram bem preparadas para o protesto, até no visual. Cada grupo usou lenço colorido que o identificava. Havia poucas mulheres sem-terra - boa parte das manifestantes era estudantes e militantes de ONGs. (págs. 1 e A6)
Indústria já prevê PIB zero em 2009
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a atividade industrial tende a apresentar queda em 2009, expectativa semelhante à captada por pesquisa do Banco Central no mercado financeiro. Em duas semanas, a CNI divulgará novas projeções para a economia brasileira.“Deveremos revisar o crescimento do PIB para algo perto de zero", disse o economista-chefe da entidade, Flávio Castelo Branco. (págs. 1, B1 e B3)
NÚMERO
13,4% foi a queda das vendas industriais em janeiro.
Quadrilha invade quartel do Exército em SP e leva fuzis
Bandidos assaltaram o 6º Batalhão de Infantaria Leve de Caçapava (SP), levando sete fuzis modelo FAL, com capacidade para 700 tiros por minuto. A quadrilha rompeu uma cerca nos fundos do quartel por volta das 23h30 de domingo e rendeu os soldados no momento da troca de turno. Os assaltantes agrediram os militares com coronhadas e os mantiveram dominados até o fim do roubo. Fugiram sem deixar pistas. (págs. 1 e C1)
Quebrado sigilo de 25 aparelhos de Protógenes
A Justiça quebrou o sigilo de 25 linhas de celular e rádio usadas pelo delegado Protógenes Queiroz, mentor da investigação contra o banqueiro Daniel Dantas. A decisão acolhe pedido da Corregedoria da Polícia Federal, que investiga Protógenes por suspeita de monitoramento clandestino de políticos e uso de agentes da Abin. (págs. 1 e A8)
Notas e Informações - O orçamento em perigo
Técnicos federais estimam para o ano perda de receita de R$ 40 bilhões, se o País reagir no segundo semestre. Na pior hipótese, o governo pode recolher R$ 64 bilhões a menos do que o programado. (págs. 1 e A3)
Arnaldo Jabor
O mal do Brasil não está na crueldade, mas na cordialidade. (págs. 1 e D10)
Droga avança e põe política de repressão em xeque
A expansão da cocaína na América Latina desencadeou onda de violência e de corrupção que tem instigado apelos para a revisão da política antidrogas. Esse debate deve dominar a cúpula da ONU sobre o tema, que começa dia 11 em Viena. "A guerra às drogas é um fracasso", disse César Gaviria, ex-presidente colombiano. (págs. 1 e A12)
Obama libera pesquisas com células-tronco embrionárias
O presidente dos EUA, Barack Obama, cumpriu ontem promessa de campanha ao revogar a restrição ao financiamento de pesquisas com células-tronco de embriões humanos. Obama disse que haverá apoio "vigoroso" aos cientistas. O uso de recursos públicos federais para esse trabalho havia sido proibido em 2001 pelo presidente George W. Bush, que era moralmente contra a destruição de embriões humanos. (págs. 1 e A16)
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Jornal do Brasil
Manchete: Indústria do Rio despenca
Vendas no estado caem mais do que a média nacional: 19,7%, pior nível da história
A crise econômica internacional e a consequente redução das exportações do país fizeram o faturamento da indústria brasileira cair 13,4% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi o pior resultado registrado desde o início da série da pesquisa, em 2003, e o único com dois dígitos. A notícia mostrou-se ainda mais grave para o Rio de Janeiro, onde a queda chegou a 19,7%. Os industriais fluminenses fecharam, em janeiro, cerca de 4.900 postos de trabalho. Para a Federação das Indústrias do Rio (Firjan), os números demonstram que a crise chegou com toda a força ao estado. (págs. 1 e A16)
Poucas brasileiras na política
O Brasil ocupa posição desonrosa no ranking da presença feminina no Parlamento: 141º lugar entre 188 países - apenas 8,9% de mulheres no Congresso. No front Executivo, a oposição reclama que Lula não perde oportunidade de promover Dilma Rousseff. (págs. 1, A6 e A10)
EUA de olho no petróleo do Brasil
A inclusão do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, na comitiva do presidente Lula a Washington para reuniões com Barack Obama é vista como a confirmação de que a estatal pode vir a fornecer petróleo aos EUA, que tentam fugir da dependência da Venezuela. (págs. 1 e A18)
Sociedade Aberta - Ives Gandra Martíns
As crises estimulam a volta da esquerda radical. (págs. 1 e A9)
Sociedade Aberta – Cláudio Mauch
Os socorros de hoje reforçam os acertos do Proer de FHC. (págs. 1e A9)
Sociedade Aberta – Patrícia Saboya
Por que é preciso ter mais mulheres na política. (págs. 1 e A6)
Inclusão digital no Santa Marta
Numa nova forma de ocupar a favela, o governador do Rio, Sérgio Cabral, inaugurou a rede de internet sem fio no Morro Santa Marta, em Botafogo. As 16 antenas instaladas ontem significam o início da saída de toda uma comunidade da exclusão digital, de graça. (págs. 1, A2 e A4)
Obama libera células-tronco
Num ato histórico, o presidente dos EUA, Barack Obama, suspendeu as restrições de financiamento federal à pesquisa com células-tronco humanas. Em tom de crítica a George Bush, o democrata ressaltou que vai "tomar decisões científicas baseadas em fatos, não em ideologia". (págs. 1 e A21)
Plano de Obama está falhando
Três questões sobre a política econômica do presidente Barack Obama: o governo se dá conta de que não está fazendo o suficiente? Está preparado para fazer mais? O Congresso apoiará políticas mais assertativas? (págs. 1 e A19)
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Correio Braziliense
Manchete: Polícia caça concurseiros a serviço de criminosos
O concurso para agente da Polícia Civil do DF, marcado para este domingo, terá uma vigilância maior do que a habitual. Uma investigação do Departamento de Atividades Especiais identificou a ação do crime organizado com o objetivo de se infiltrar na corporação. Os investigadores rastrearam candidatos que têm vínculo com o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). A finalidade é impedir que os representantes das quadrilhas entrem nos quadros da Polícia Civil do DF. A segurança na seleção, com 23 mil inscritos, também se empenhará no combate a fraudes durante as provas.(págs.1, 23 e 24)
Lula vai despachar no CCBB ao lado de Dilma
O Centro Cultural Banco do Brasil vai abrigar parte da equipe do Palácio do Planalto durante a reforma do prédio projetado por Niemeyer, prevista para um ano. Enquanto a mudança sai, ministros que se sentiram desprestigiados por ficar longe de Lula brigam por espaço.(págs. 1 e 2)
Sem-terra promovem invasões em série pelo país
Mulheres ligadas à Via Campesina realizaram protestos em oito estados para marcar o início de uma aliança entre o movimento camponês e as organizações ambientalistas. Invadiram fazendas, usinas e portos. Em Brasília, ocuparam a sede do Ministério da Agricultura por quatro horas.(págs. 1 e 9)
Queda do consumo pode levar PIB a zero em 2009
Uma forte retração do consumo no último trimestre de 2008 provocará uma queda significativa do Produto Interno Bruto, segundo avaliação de analistas. O impacto da crise global é mais forte na indústria, que prevê crescimento zero para 2009. (págs. 1 e 12)
Arrocho
Arrecadação cai e GDF limita gastos. (págs. 1 e 7)
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Valor Econômico
Manchete: Crise global dá impulso a títulos do agronegócio
A crise global de crédito deu um grande impulso aos papéis lastreados em recebíveis do agronegócio. Esses títulos caíram no gosto de grandes tradings com dificuldades de acesso a linhas de crédito no exterior e passaram a rechear a carteira de bancos brasileiros. Os papéis também se transformaram em boa alternativa de investimento para grandes clientes corporativos.
Em 2007, o volume de negócios com esses instrumentos atingiu R$ 5,9 bilhões. No ano passado, ele deu um salto para R$ 37,6 bilhões e, em fevereiro, atingiu R$ 50,8 bilhões, segundo relatório da BM&FBovespa.
Tradicionais financiadoras do agronegócio, as tradings passaram a adotar esses títulos como uma importante fonte de crédito para continuar emprestando aos produtores rurais. A principal estrela é a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), papéis lastreados em recebíveis emitidos pelos produtores, como Cédulas de Produto Rural (CPR), duplicatas e notas promissórias rurais, além de contratos de financiamento e exportação. No ano passado, foram registrados R$ 35,8 bilhões em LCAs. Neste ano,já são R$ 6,2 bilhões em negócios.
Apesar do custo financeiro mais alto do que o dinheiro captado no exterior, os títulos do agronegócio têm aceitação pelo baixo risco, boa liquidez e garantia lastreada na produção. O custo chegaria a taxa Selic mais 2% ou 3% ao ano. Mas os benefícios fiscais são o principal atrativo. Ao usar os títulos de registro obrigatório para captar recursos, as tradings não pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Além disso, os bancos ficam desobrigados de fazer o depósito compulsório de 25% sobre esses valores e não precisam cobrir 100% do risco das operações como prevê o Acordo de Basileia. Pela lei, as instituições também não são obrigadas a recolher 0,2% sobre cada operação para o Fundo Garantidor de Crédito, que dá garantia a depósitos em bancos de até R$ 60 mil. Na outra ponta, o investidor pessoa física é atraído pela isenção de IR.
O mercado potencial para os títulos é estimado em R$ 100 bilhões. Até agora, apenas 15 bancos operam com as LCAs. O Banco do Brasil, maior financiador do setor rural, ficou fora desse mercado. (págs. 1 e B12)
Justiça cassa liminar da Duke Energy
Em uma disputa iniciada em 2004, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) derrubou liminar que liberava a Duke Energy de pagar parte das tarifas pelo escoamento de sua energia no interior de São Paulo. A geradora americana terá que quitar uma dívida de R$ 89,7 milhões com duas distribuidoras do Estado. A vitória da Aneel não é definitiva.
A pendenga começou quando Duke, Cesp e AES Tietê se recusaram a assinar com distribuidoras contrato pelo uso de suas redes de infraestrutura. Em janeiro, a Aneel fechou um acordo extrajudicial de R$ 225 milhões para encerrar a disputa, mas a Duke preferiu manter o contencioso nos tribunais. (págs. 1 e B8)
Escassez de crédito ainda persiste
Seis meses após o acirramento da crise internacional, as torneiras do crédito continuam emperradas no mercado brasileiro. O prazo médio do capital de giro em janeiro encolheu em quase um quarto, para 384 dias, último dado dispon1vel. O juro médio subiu 3,2 pontos percentuais para 36,8 % ao ano, afetando pequenas e médias empresas.
Praticamente secou o crédito mais longo e barato para pessoas físicas, como o financiamento de veículos e o consignado. A saída foi recorrer ao cheque especial, com taxa de 172%, quase seis vezes maior do que com desconto em folha.
Não fossem os bancos públicos, a situação seria ainda pior. O estoque de empréstimos dessas instituições avançou 8,2% no período, o dos bancos privados, 2,7% e o dos estrangeiros, 3,5%.
Por conta do cenário adverso, o professor da Unicamp e ex-secretário de Política Economica do Ministério da Fazenda, Júlio Gomes de Almeida, espera um crescimento do crédito não superior a 5% neste ano. "É um baque muito grande para as empresas", disse. (págs. 1 e C1)
Ideias
Delfim Netto: a cavalar crise financeira destruiu a ilusão dos portadores da "verdadeira" ciência econômica. (págs. 1 e A2)
Ideias
Raymundo Costa: PT não trabalha apenas com a candidatura Palocci. (págs. 1 e A6)
Deflação no IGP-DI
O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve deflação de 0,13% em fevereiro, contra uma pequena variação positiva em janeiro de 0,01%. Os preços no atacado caíram 0,31 %, após uma queda ligeiramente maior, de 0,33%, em janeiro. Os preços ao consumidor subiram 0,21%. (págs. 1 e A3)
Pessimismo na indústria
A utilização da capacidade instalada na indústria brasileira recuou pelo quarto mês consecutivo em janeiro, para 78,4% - ritmo semelhante ao de novembro de 2003. A CNI acredita que o crescimento da economia ficará próximo a zero neste ano. (págs. 1 e A3)
Cimenteiras mantêm vendas
As vendas de cimento no mercado interno em fevereiro cresceram 6,6% em relação a janeiro, considerando-se a média por dias úteis. No mês, o recuo foi de 3,2%, provocado mais pelo menor número de dias e pelas chuvas do que pela crise. (págs. 1 e B8)
Chuvas favorecem a produção
Ainda irregulares, as chuvas voltaram às principais regiões produtoras do país e a Conab corrigiu sua estimativa para a produção nacional de grãos na safra2008/09, cuja colheita de verão está em estágio avançado. A previsão agora é de uma safra de 135,3 milhões de toneladas. (págs. 1 e B12)
Maeda fecha Salto Belo
O grupo Maeda vai fechar a fiação Salto Belo, de Ituverava (SP), que emprega 120 trabalhadores. A decisão foi motivada pela crise econômica, as enchentes no Sul do país - onde está a maioria dos clientes -e a concorrência com produtos da Índia. (págs. 1 e B12)
Compra da Schering afeta a Mantecorp
A aquisição da americana Schering-Plough pela também americana Merck por US$ 41,1 bilhões, anunciada ontem, deve afetar os negócios da Mantecorp, o laboratório brasileiro controlado pela família Mantegazza.
Um acordo de licenciamento de vários medicamentos da Schering, que inclui a droga contra artrite reumatóide Remicade, um dos principais geradores de receita do laboratório brasileiro, vence neste ano e não deve ser renovado. Embora não haja informações oficiais, a Merck no Brasil espera a retomada dos medicamentos para seu portfólio. (págs. 1 e B9)
Bônus da Merrill sob investigação
No início de 2008, a Merrill Lynch apostou pesado no Brasil quando atraiu um ex-banqueiro de investimentos do UBS Pactual, Alexandre Bettamio, e nove outros especialistas em fusões no país oferecendo milhões em bônus garantidos. Bettamio recebeu pelo menos US$ 7 milhões, segundo pessoas a par do assunto. Os banqueiros de investimentos da Merrill na América Latina, incluindo Brasil, México e Argentina, geraram receitas de US$ 50 milhões até o fim de dezembro, enquanto criaram pelo menos US$ 100 milhões em despesas, a maioria ligada a salários. O revés é um raro exemplo de executivos que custaram a seu empregador mais do que renderam.
A Merrill fez acordo para ser comprada pelo Bank of America em setembro, mas agora seus bônus, pagos em dezembro, estão sob investigação do procurador-geral do Estado de Nova York, Andrew Cuomo. (págs. 1 e C4)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Merck paga US$ 41 bi pela Schering-Plough
A crise financeira mundial levantou uma nova onda de consolidação no setor farmacêutico. Depois da compra bilionária da Wyeth pela Pfizer, em janeiro, ontem foi acertada a aquisição da Schering- Plough pela Merck por US$ 41 bilhões. Pressionados por custos crescentes com pesquisa e desenvolvimento e pela acelerada perda de patentes, em uma velocidade maior do que conseguem repor, os laboratórios partiram para a união de forças, como aconteceu nos anos 1990 — quando a Ciba-Geigy se uniu a Sandoz, dando origem à Novartis. O mercado agora aguarda também a aceitação da proposta da Roche pela Genentech. No caso da Merck, é esperada uma redução de US$ 3,1 bilhões em custos. Os reflexos dessa aquisição para o Brasil, no entanto, ainda não foram dimensionados. O diretor de assuntos corporativos da Merck no País, João Sanches, afirma que o Brasil não deve sofrer tanto, uma vez que é considerado um dos mercados importantes para a companhia, ao lado de Rússia, Índia, China, Polônia, Turquia e Coreia do Sul. “A estratégia para mercados emergentes deve ser mantida, com expectativa das vendas no País dobrarem em cinco anos”, diz. Em 2008, a Merck faturou R$ 470 milhões no Brasil, o que representa 1,2% do global. Com a união, a Merck passa do 12° lugar no ranking nacional para o sétimo. Nos EUA, a gigante só perde para a rival Pfizer. (págs. 1, C1 e C2)
Verba só para quem tiver diploma
O Ministério do Planejamento vai publicar uma instrução normativa determinando que, a partir de 2010, os municípios só poderão firmar convênios com a União depois que seus gestores passarem por um intensivão sobre gestão e prestação de contas de convênios.(págs.1 e A7)
Analistas projetam PIB de 1,2%
Analistas consultados pelo Banco Central (BC) revisaram para baixo suas projeções para o ano, estimando crescimento de 1,2% do PIB, taxa Selic em 10,25% e IPCA no patamar de 4,57%. (págs. 1 e A4)
Agronegócio
Conab prevê safra de 135,3 milhões de t. (págs. 1 e B9)
Balança comercial
Superávit chega a US$ 284 milhões na 1ª- semana. (págs. 1 e A6)
Exportações de carros desabam, mas as vendas internas crescem
A indústria automobilística dá sinais de recuperação no Brasil fechando fevereiro com a venda de 199,3 mil veículos, alta de 1% sobre janeiro. Já no exterior, com queda de 57% nos embarques a situação preocupa. Apesar da redução de 4,6% nas vendas internas no primeiro bimestre — de 415,8 mil para 396,8 mil unidades —, o Brasil está melhor que outros países, segundo a Anfavea (associação que representa as montadoras). Os EUA reduziram suas vendas no período em mais de 40%, Europa 17%, Argentina 68%, México 60% e Chile 80%. (págs. 1 e C4)
OAB pede os recursos da Nossa Caixa para precatórios
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu ajuizar ação civil pública contra o governo de São Paulo, a fim de obrigá-lo a reverter, em favor dos credores de precatórios alimentares, os recursos provenientes da venda do banco Nossa Caixa ao Banco do Brasil — negócio efetuado pela soma total de R$ 5,38 bilhões. Na ação, o presidente da entidade, Cezar Britto, pede a concessão de medida liminar. O estado paulista deve R$ 16,3 bilhões em precatórios, sendo que R$ 11,6 bilhões são de precatórios alimentares. De acordo com o Movimento dos Advogados em Defesa dos Credores Alimentares (Madeca), há no Estado de São Paulo 480 mil pessoas esperando para receber precatórios alimentares. A estimativa é que cerca de 60 mil pessoas morreram antes de receber seus créditos. Hoje o estado está pagando precatórios que venceram em 1998. (págs. 1 e A10)
Faturamento da indústria cai 13,4%
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê crescimento econômico próximo a zero em 2009. A entidade fechou os números de janeiro com queda de 13,4% no faturamento real e de 5% nas horas trabalhadas, em relação a igual período de 2008. (págs. 1 e A6)
Produção de celulares recua
A produção e as exportações de celulares despencaram mais de 60% em janeiro deste ano, depois de terem caído também em dezembro do ano passado, em função da retração das encomendas de operadoras no País e na região. (págs. 1 e C5)
GNL compete com o gás boliviano
Tradicionalmente mais caro, o preço final do gás natural liquefeito (GNL) importado — incluindo os gastos com logística — já se equiparou ao valor do gás natural nacional e boliviano, informaram analistas. (págs. 1 e C6)
Queda no preço da carne não chega ao consumidor
Seis meses após a crise financeira mundial tornar-se mais aguda, o setor produtor de carnes continua com cenário desolador. Até mesmo a carne de frango, que foi a que mais reagiu neste ano (subiu 5,4% no atacado), ainda está remunerando o produtor abaixo do custo. O frango abatido é vendido a R$ 2,50 enquanto o custo de produção está em R$ 2,80. Os frigoríficos estão recebendo, em média, 3,6% menos pela carcaça bovina desde janeiro e reclamam que a diferença não está sendo repassada ao consumidor. “Os supermercados não reduzem suas margens”, ataca Péricles Salazar, presidente da Associação Brasileira dos Frigoríficos. O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Susumu Honda, discorda, justificando que a concorrência é alta e que, por isso, não há condições de aumentar margens. (págs. 1 e B10)
Nova fase de consolidação no ensino
No ano passado, um grupo de sete empresas — a maioria com ações no mercado — adquiriu 33 faculdades com recursos superiores a R$ 300 milhões, ou uma média de R$ 5,5 mil por aluno, segundo levantamento feito pela consultoria Cypress. O número é pequeno perto do potencial: cerca de 2,2 mil entidades de ensino superior no Brasil, sendo que a maioria (84%), com capacidade para no máximo 2 mil alunos e problemas financeiros que estão inviabilizando sua operação. O grupo paranaense Campos Andrade decidiu fazer parte das estatísticas. Adquiriu a Universidade Ibirapuera (Unib), criada há 40 anos e que vem passando por um processo de deterioração financeira que levou ao não pagamento dos funcionários e à redução do número de alunos de 12 mil para 6 mil. E não é a única. “Uma faculdade com 2 mil alunos não tem condições de oferecer o padrão tecnológico de uma rede estabelecida em nível nacional”, diz Fábio Matsui, sócio da Cypress. No caso da Unib, a solução encontrada pelos novos acionistas para sanar os problemas é elitizar o acesso. “Ela não foi construída e nem tem instalações para trabalhar com as classes E e D”, afirma o empresário José Campos Andrade. (págs. 1 e C7)
Itaú Unibanco pode assumir a Redecard
O Citibank colocou à venda 82 milhões de ações que detém na Redecard, credenciadora dos cartões MasterCard. Outras 24 milhões de ações foram oferecidas ao Itaú Unibanco, que pode assumir o controle da Redecard, com mais de 50% do capital. O Citi deve levantar mais de R$ 2 bilhões com a venda. (págs. 1 e B3)
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Estado de Minas
Manchete: Marajá tem até 'ilha da fantasia'
Resort particular, avaliado em R$ 3 milhões e nunca declarado a Receita, conta a com cinco suítes, oito chalés externos, heliponto e miniporto com lancha e jet-ski
É assim que moradores de Descoberto, cidade da Zona da Mata a 345 Km de BH, se referem à propriedade pertencente ao ex-presidente do Tribunal de Contas de Estado (TCE) Elmo Braz, cujo acesso é feito por uma ponte móvel acionado por controle remoto. Conforme revelou o Estado de Minas, Braz e os demais conselheiros da corte recebem vencimentos que chegam a mais de R$ 50 mil mensais, acumulando vantagens indevidamente. O Ministério Público vai oficiar o tribunal para que explique os supersalários e pretende exigir a devolução de valores pagos ilegalmente. (págs. 1, 3 e 4)
Santa Catarina
Tempestade destrói 500 casas e mata 2 pessoas. (pág.1)
Obama libera financiamento a pesquisas
Cientistas buscam tratamento para doenças até hoje sem cura. "Milagres médicos não acontecem apenas por acidente", justificou Obama ao derrubar veto de Bush. (pág.1)
Fusão cria o 2° maior laboratório do mundo (pág.1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Prefeitura já admite negociar com camelôs
Ambulantes de Boa Viagem voltaram a fechar o trânsito, ontem, e o decreto ordenamento da orla deve ser revisto para reduzir o impacto social da proibição de comércio na praia. Venda em vasilhames de vidro está descartada. (pág.1)
Fuzis roubados em quartel de São Paulo (pág.1)
Protógenes (pág.1)
Falhas no PAC (pág.1)
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