O Globo
Manchete: Crise reduzirá crédito para emergentes em até US$ 700 bi
Para o Bird, economia global terá 1ª retração desde a Segunda Guerra
Com o aperto no crédito causado pela crise econômica global, os países emergentes vão enfrentar este ano um déficit de até US$ 700 bilhões em financiamentos para pagar importações e honrar dívidas. A previsão foi divulgada ontem pelo Banco Mundial (Bird), que também afirmou que a economia global vai registrar sua primeira retração desde a Segunda Guerra Mundial, com um crescimento pelo menos cinco pontos percentuais abaixo de seu potencial. Os principais emergentes do mundo são Brasil, Rússia, Índia e China. Pelas projeções do Bird, 98 de 104 países em desenvolvimento não terão suas necessidades de financiamento externo atendidas. (págs. 1 e 13)
Oposição quer saber custo das viagens de Dilma
PSDB e DEM cobraram explicações sobre os gastos do governo com as viagens da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Em um ano, Dilma fez pelo menos 30 viagens para promover obras do PAC. Anteontem, na Bahia, ela chegou a prometer casas de graça. (págs. 1 e 4)
Estupro de crianças é drama diário
Das pacientes que tentam aborto, 43% têm menos de 12 anos
Pesquisa realizada no Hospital Pérola Byington, em São Paulo, referência no tratamento de mulheres vítimas de violência Sexual, mostra que 43% dos atendimentos diários se referem a meninas com menos de 12 anos que engravidaram depois de estupro. O Brasil faz anualmente cerca de 3 mil abortos legais em mulheres de todas as idades, segundo o Datasus. No Dia Internacional da Mulher, a história da menina de 9 anos que engravidou ao ser estuprada pelo padrasto foi relembrada: manifestantes defenderam o direito ao aborto e cobraram o fim da violência. (págs 1 e 3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Sonegação chega a R$ 200 bi, diz estudo
Pesquisa analisa autuações a 9.925 empresas e aponta indústria como o setor líder; alta tributação é o principal motivo
Estudo feito a partir de autuações fiscais aplicadas em 9.925 empresas entre 2006 e 2008 estima que a sonegação chegou a R$ 200,29 bilhões no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
Com o valor seria possível construir 10 mil escolas públicas de alto padrão, com biblioteca, teatro e piscina.
As empresas que sonegaram tiveram um faturamento de R$ 1,32 trilhão não declarado aos fiscos federal, estaduais e municipais.
A indústria é apontada no levantamento como o setor com mais indícios de não pagar todos os impostos. Comércio e serviços vêm em seguida. Os tributos mais sonegados são a contribuição previdenciária, o ICMS e o Imposto de Renda.
A forma mais comum de driblar o pagamento de impostos é a venda sem nota.
A alta carga tributária, que chegou a 36,5% do PIB (Produto Interno Bruto), é apontada como o principal motivo para a sonegação. (págs. 1 e B1)
Banco Mundial prevê 1ª queda da economia global desde 45
Estudo do Banco Mundial prevê para 2009 a primeira contração da economia global desde a Segunda Guerra Mundial. Na sua última projeção (final de 2008), ele estimava 1% de crescimento.
A crise vai impor aos países em desenvolvimento déficits de financiamento de até US$ 700 bilhões, de acordo com o órgão. (págs. 1 e B8)
Falta de crédito preocupa BCs, que cogitam nova moeda
Se há um ano o debate no Banco de Compensações Internacionais era a extensão da crise nos EUA, hoje o foco é a paralisia no crédito.
Reunidos na Suíça, os banqueiros discutem o fortalecimento do poder de empréstimo do Fundo Monetário Internacional, que resultaria até na criação de uma moeda alternativa. (págs. 1 e B8)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Receita do governo deve cair R$ 40 bi
Arrecadação federal no bimestre já ficou 12,2% abaixo do orçamento
A perda de arrecadação de impostos federais deve superar R$ 40 bilhões este ano e, no pior cenário, atingir R$ 64 bilhões. É o que indicam dados exclusivos obtidos pelo Estado sobre a receita da União no primeiro bimestre. A arrecadação foi 12,2% inferior ao programa pela equipe econômica com base no Orçamento. O governo esperava receber R$ 81,9 bilhões, mas arrecadou R$ 71 bilhões. Essa perda de R$ 11 bilhões num só bimestre indica que a situação da economia está pior do que se imaginava. Os assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliam que é fundamental agora a redução agressiva dos juros por parte dos Banco Central, para reduzir o custo da dívida pública. Para o economista Raul Velloso, a crise financeira provocou o estouro de uma “bolha tributária”, que faz a arrecadação subir muito acima do nível da atividade econômica nos últimos anos. Em 2007, no pico dessa bolha, a receita cresceu 14,2%, 137% a mais que a produção industrial. (págs. 1 e B1)
‘Bolsa-Família é projeto de poder’, diz Frei Betto
O escritor e frade dominicano Frei Betto, ajudou a costurar o Fome Zero, anunciado logo após a posse de Lula, mas trocado um ano depois pelo Bolsa-Família. Hoje, fora do Planalto, o dominicano critica a mudança. Para ele, o governo “trocou um projeto de nação por um projeto de poder”. (págs. 1 e A7)
Satiagraha – PF pede quebra de sigilo de Protógenes
Objetivo é identificar ligações e mensagens em apuração sobre abuso de poder. (págs. 1 e A6)
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Jornal do Brasil
Manchete: Pacote para os mais pobres
Secretários de Paes vão despachar na Zona Norte do Rio para conhecer “a realidade”
No primeiro dia do projeto Prefeitura Itinerante, que esta semana levará a administração à Zona Norte, foi anunciado um pacote de R$ 60 milhões para uma área onde há muito não se investia. Haverá isenção de IPTU e redução do ISS para 2% a empresas que se instalarem na região, com expectativa de 20 mil novos empregos. Sobre a mudança no local do trabalho, o prefeito Eduardo Paes brincou: “A maioria dos secretários mora na área litorânea, é bom que vejam a realidade”. (págs. 1, Tema do Dia, A2 e A3)
Reserva Raposa: voto polêmico
Apesar da maioria de oito dos 11 ministros do STF a favor da demarcação da reserva Raposa/Serra do Sol – com 18 condições impostas aos índios – o ministro Marco Aurélio diz ao JB que vai discordar da maioria e que seu voto será polêmico, na conclusão do julgamento. (págs. 1 e A11)
Cofres se fecham aos emergentes
O Banco Mundial divulgou ontem um estudo sombrio para os países em desenvolvimento. Os emergentes enfrentarão este ano um déficit de financiamento de até US$ 700 bilhões, e o comércio internacional terá a maior queda em 80 anos. (págs. 1 e A17)
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Correio Braziliense
Manchete: Salário mínimo extra para 1,7 milhão de pessoas
Decisão do STF pode ampliar auxílio já pago a 2,8 milhões de idosos e deficientes assistidos pelo programa Benefício de Prestação Continuada (BPC). (págs. 1 e 6)
A pane seca dos parlamentares
Deputados reduzem abastecimento em seus próprios postos de gasolina após Câmara anunciar divulgação de despesas. (págs. 1 e 2)
Demitidos e sem esperança
Dispensados pela Embraer não acreditam que vão recuperar o
emprego, apesar da liminar que cancelou as demissões. (págs. 1, 10 e 11)
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Valor Econômico
Manchete: Confusão contábil prejudica análise de balanços de 2008
O Pão de Açúcar divulgou e explicou um lucro de R$ 281 milhões em 2008. O ganho que ficará em seus registros históricos será, porém, de R$ 260 milhões, segundo as novas regras contábeis adotadas a partir dos balanços anuais de 2008. Assim como a rede varejista, quase todas as grandes empresas do mercado – entre aquelas que já divulgaram seus números – ofereceram ao leitor, no mínimo, dois dados de lucros. Há casos de três e até quatro resultados. A Petrobras divulgou duas receitas consolidadas. E os ajustes são relevantes, como os da Vale do Rio Doce e da Camargo Corrêa, que reduzem o lucro do ano passado em 28,6% e 46,5%, respectivamente.
A dificuldade com os balanços desta temporada em função da tumultuada adaptação à nova lei contábil foi tanta – para fazer e para entender – que nasceram diversos resultados para um único período. Não faltou criatividade na hora de tentar explicar, ou não, as mudanças. O lucro nunca teve tantos adjetivos: além do já conhecido pro forma, surgiram ainda os resultados “teóricos”, os “orgânicos” e os “reconciliados”.
“Não deu para fazer milagre. As circunstâncias são desafiadoras”, disse Sérgio Citeroni, da Ernst&Young. Ele se refere à correria da reforma contábil, antecipada em um ano pela assinatura de nova lei em 28 de dezembro de 2007. Se ela fosse assinada três dias depois, companhias, reguladores e investidores teriam um ano a mais para se preparar.
A maioria das companhias optou por não apresentar o balanço de 2007 de forma comparável ao do ano passado, conforme licença concedida pela Comissão de Valores Mobiliários em função da correria dos trabalhos. Com isso, as empresas fizeram os comentários e explicações de desempenho sobre um número que legalmente já não é mais o oficial – o balanço de 2008 pela lei antiga. No quarto trimestre, o problema é maior, com cada empresa adotando a regra que entende mais adequada. Com a confusão, perdeu-se a precisão do primeiro registro dos efeitos da crise global.
Há setores com impactos mais dramáticos, como o de construção. A mudança para as incorporadoras imobiliárias deve resultar em perda de margem. Em compensação, os balanços passarão a ser comparáveis entre as empresas do setor, o que não acontecia antes. (págs. 1, D1 e D3)
Cronograma das térmicas está atrasado
Com a morosidade na construção de hidrelétricas, as usinas térmicas se tornaram a aposta do governo para driblar os riscos de um déficit de energia nos próximos anos. No entanto, também as térmicas enfrentam problemas para cumprir o cronograma. Levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostra que 12 térmicas com potência estimada em 2.308 megawatts (MW) enfrentam restrições para entrar em operação, como atraso no licenciamento ambiental, ações judiciais ou contrato de combustível sem definição. São investimentos que somam quase R$ 3,5 bilhões. Todas as usinas negociaram sua energia futura em leilões e têm data certa para entrar em operação. Se houver atraso, terão de comprar energia no mercado para entregar aos clientes. (págs. 1 e A3)
Mitsubishi do Brasil será base de exportações
Além de ganhar da Mitsubishi o aval para escolher mais quatro modelos de veículos para produzir na fábrica de Catalão (GO), o grupo brasileiro MMC conseguiu licença para exportar para qualquer país da América Latina. Os japoneses não vão investir no Brasil e nem participar da operação do grupo brasileiro, diz o presidente do conselho do MMC, Eduardo Souza Ramos. Mas deram o aval para a empresa brasileira, que já tem a fábrica, ampliar a atividade e exportar. Em troca, poderão ganhar mais royalties com o aumento das vendas. (págs. 1 e B1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Bancos oficiais lucram mais que os privados
Os bons resultados dos bancos públicos ajudaram a puxar para cima os ganhos do setor no ano passado. É o que mostra levantamento da agência classificadora de risco Austin Rating, elaborado a partir dos balanços de 2008 de 27 instituições financeiras. No total, os bancos da amostra tiveram um lucro de R$ 37,29 bilhões, 7,8% a mais quando comparado aos R$ 34,6 bilhões do ano anterior.
Os cinco maiores do País por ativos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa, Banco do Estado do Rio Grande do Sul e Banco do Nordeste do Brasil) registraram juntos lucro de R$ 14,34 bilhões, 61,9% de alta sobre 2007, ou 38,5% do total das 27 instituições. No ano anterior, somaram R$ 8,88 bilhões de ganhos, ou 25,6% do total. Se os resultados desses bancos públicos fossem retirados da análise do conjunto, o lucro líquido do grupo teria caído de R$ 25,71 bilhões em 2007 para R$ 22,95 bilhões.
A pesquisa mostra também o tamanho da preocupação do setor com a possibilidade de aumento da inadimplência. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 41 bilhões, alta de 41,7% sobre 2007, o que ajudou a elevar o saldo com provisões em 46%. (págs. 1 e B1)
Analistas preveem corte da Selic para 11,25%
O mercado financeiro já trabalha com a expectativa de um corte maior na Selic na reunião do Banco Central (BC) desta semana. A fraca produção industrial de janeiro fez com que analistas passassem a prever corte de 1,5 ponto percentual no juro básico, que iria a 11,25% ao ano. “Os números vieram muito ruins, a economia real está piorando rapidamente e a tendência é o BC seguir os bancos centrais de outros países promovendo um corte maior”, comenta Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. Em janeiro, segundo o IBGE, a produção industrial caiu 17,2% na comparação com igual período de 2008.
Em entrevista, o ex-presidente do BC, Arminio Fraga, vai além ao afirmar que, em termos de juro real, a Selic pode ficar entre 2% e 4% em 2009. “Podemos chegar a um juro mexicano.” (págs. 1, B3 e A9)
Petrobras ignora a crise e tem ganhos de R$ 33 bi
A crise financeira mundial passa ao largo da Petrobras, que lucrou R$ 33 bilhões em 2008, 53% acima do valor de 2007. Foi o maior resultado já alcançado por uma empresa brasileira. Preços recordes do petróleo — até antes da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro — e o aumento da produção interna e do dólar contribuíram para a receita gigante de R$ 232 bilhões, 36% acima do ano anterior.
Em 2008, a venda de combustíveis no Brasil subiu 5% sobre 2007. “O crescimento de 6% nas vendas de diesel reflete o aumento do PIB, a atividade agrícola, o funcionamento de térmicas emergenciais e o investimento em obras de infraestrutura, mineração e construção civil”, diz Almir Barbassa, diretor financeiro da estatal. (págs. 1 e C6)
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